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CENTRO UNIVERSITARIO DAS FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS ANA LAURA APARECIDO - 6952957 BEATRIZ SILVA SANTOS - 5992357 BRENDA EVANGELISTA - 6640287 BRUNA NAIARA DOS SANTOS - 7302426 GABRIELLY MATHIAS PEREIRA - 7425709 GIOVANNA SARAGOÇA – 6480533 JANICLEBIO FERREIRA CRUZ - 7458718 JULIANA SILVEIRA DOS SANTOS - 7393645 MARCIA MAFRA - 7388021 MATHEUS HENRIQUE BERTOLUCI CASTRO RODRIGUES - 3231433 ESTRATÉGIAS PARA O CUIDADE DA PESSOA COM DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAUDE COMUNIDADE SÃO PAULO 2022 2 ANA LAURA APARECIDO - 6952957 BEATRIZ SILVA SANTOS - 5992357 BRENDA EVANGELISTA - 6640287 BRUNA NAIARA DOS SANTOS - 7302426 GABRIELLY MATHIAS PEREIRA - 7425709 GIOVANNA SARAGOÇA – 6480533 JANICLEBIO FERREIRA CRUZ - 7458718 JULIANA SILVEIRA DOS SANTOS - 7393645 MARCIA MAFRA - 7388021 MATHEUS HENRIQUE BERTOLUCI CASTRO RODRIGUES - 3231433 ESTRATÉGIAS PARA O CUIDADE DA PESSOA COM DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAUDE COMUNIDADE Trabalho, realizado para a professora MICHELLE BUSCARILLI, como parte das exigências para a obtenção de nota. São Paulo, 12 de maio de 2022. SÃO PAULO 2022 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 04 1.1 Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC).......................... 04 1.2 Promoção da Saúde da Comunidade…………...……………………...... 06 1.3 Sistema Único de Saúde (SUS)………………………….………………... 07 1.4 Trabalho em Equipe…………………......…………………………………. 07 1.5 Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS)…………...………… 08 2 OBJETIVO................................................................................................ 09 3 METODOLOGIA....................................................................................... 09 4 RESULTADOS.......................................................................................... 10 4.1 Observação da Realidade......................................................................... 10 4.2 Pontos-chave….................................………………………………………. 11 4.3 Teorização................................................................................................. 11 4.4 Hipóteses de Solução............................................................................... 13 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 14 REFERÊNCIAS........................................................................................ 16 4 1. INTRODUÇÃO Um estado de saúde pode ser definido como instâncias de saúde humana que se apresentam mais ou menos persistentes e requerem respostas sociais reativas ou proativas, intermitentes ou contínuas, e fragmentadas ou integradoras de sistemas de saúde, profissionais de saúde e usuários. Dentre as condições de saúde, destacam-se as doenças crônicas, principalmente as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como: diabetes, cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas, etc. que começam e se desenvolvem lentamente. Essas doenças têm muitas causas que mudam ao longo do tempo, incluindo uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais. A detecção, estratificação de risco e o tratamento dessas doenças, bem como os cuidados paliativos, são elementos-chave da resposta a essas doenças [MENDES, 2018]. No contexto das DCNT, o diabetes mellitus (DM) é um importante problema de saúde, pois dados estatísticos mostram um número crescente de pessoas acometidas por ela. O DM é uma doença crônica de importância para a saúde pública, dado seu grande número de casos e seu impacto descontrolado nos indivíduos, famílias e sociedade. O envelhecimento populacional, o aumento das taxas de obesidade e sedentarismo, bem como a urbanização são considerados os principais fatores do aumento da prevalência do diabetes no mundo. Atualmente, uma em cada onze pessoas tem diabetes, o que corresponde a 25 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos em todo o mundo. Para o atendimento às pessoas com DM, a Rede de Atenção à Saúde de Doenças Crônicas, conforme definido pela Portaria nº83, de 1º de abril de 2014, estabelece diretrizes para a organização das linhas de cuidado. A Linha de Cuidado (LC) deve ser identificada e inserida no fluxo de trabalho, pois é responsável pelas ações e serviços desenvolvidos em diferentes pontos de interesse da rede de atenção à saúde - RAS (níveis primário, secundário e terciário) e apoio. 1.1 Programa de Integração Saúde Comunidade (PISC) O programa de integração Saúde Comunidade (PISC) tem objetivo de integrar os alunos as práticas da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do Sistema Único de Saúde (SUS). 5 Sua essência fundamenta-se na inserção direita na realidade da comunidade e proporcionar aos alunos passagem do papel passivo para o ativo no processo de ensino-aprendizagem e permitir planejamento de ações de saúde. Os programas de extensão universitária revelam a importância de sua existência na relação estabelecida entre instituição e sociedade, consolidando-se por meio da aproximação e troca de conhecimentos e experiências entre professores, alunos e população. Na área da saúde, assumem particular importância na medida em que podem servir de espaço diferenciado para novas experiências voltadas à qualificação dos profissionais do sistema de saúde [HENNINGTON, 2005]. Em 2003, o Ministério da Saúde (MS) instituiu dispositivos importantes de articulação entre a educação e o trabalho em saúde. A partir de diálogos com o Ministério da Educação, desenvolveu parcerias em programas para fortalecer o processo de formação e desenvolvimento profissional, com vistas a qualificação da Atenção Básica (AB). Entre as ações relacionadas à educação superior para melhoria dos cursos de graduação, destacam-se: o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) [MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007 a]. O Pró-Saúde, lançado em 2005 com o objetivo de promover transformações no ensino na saúde, teve como foco cursos de graduação em enfermagem, medicina e odontologia, três categorias que integram as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), dispositivo prioritário para a reorientação do modelo de AB no Brasil. Em 2008, um novo edital inclui os demais cursos da área da saúde, acompanhando a iniciativa do MS de instituição dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Um terceiro edital, lançado em 2011, articula a organização de projetos de reorientação da formação à criação das Redes de Atenção à Saúde (RAS), destacando ainda o papel da AB como coordenadora nas linhas de cuidado em saúde. O Pró-Saúde propõe que a criação de modelos de reorientação apoia a construção de um novo panorama na formação profissional, com vistas ao ensino integrado com o serviço público, tendo como base as reais necessidades da população e dos trabalhadores da saúde [MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007 a]. Por sua vez, lançado em editais anuais de 2008 a 2013, o PET-Saúde tem como pressuposto a educação pelo trabalho, disponibilizando bolsas para tutores (docentes universitários), preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de graduação da área da saúde [MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010]. 6 Esses programas têm como orientação comum a proposta de integração ensino serviço- comunidade no processo de formação, destacando os cenários de prática como lócus singular para a reflexão sobre a real condição da produção de cuidados e a necessidade de transformação do atualmodelo de atenção, centralizado no profissional e nas técnicas. Essa interação consiste no trabalho coletivo, pactuado e integrado entre docentes e discentes dos cursos de formação, trabalhadores, gestores e usuários dos serviços [MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007 a]. 1.2 Promoção da Saúde da Comunidade A porta de entrada do acesso à saúde se dá pela atenção primária à saúde (APS), que tem a Unidade básica de saúde (UBS) como o centro das articulações em prol de melhor qualidade de vida através da proteção, promoção, prevenção, tratamento e reabilitação de todos os indivíduos. E para que haja a universalização desses serviços, são necessárias à participação de setores especializados em cada área de atuação, dentre eles, se destacam: Estratégia da Saúde da Família (ESF), que utiliza de profissionais multidisciplinares para alcançar a população, e assim prevenir futuras intercorrências no sistema Único de saúde e no bem-estar social. A criação do Programa Mais médicos, o qual se caracteriza por equipes qualificadas voltadas as regiões de maior vulnerabilidade, impulsionou a cobertura dessa iniciativa no Estado brasileiro e hoje já conta com um aumento de 70% no alcance territorial, em comparação aos anos anteriores. Além do NASF (Núcleo Ampliado da Saúde da Família) que é responsável pela organização dos serviços individuais e coletivos realizados pelos profissionais de saúde. E assim, a partir da APS, surgem os demais projetos desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, como a Atenção secundária que se responsabiliza pelas doenças crônicas, Emergências e Urgências, escalas que são constituídas por fatores de complexidade intermediária, e por isso a criação de Hospital Geral e UPA (Unidade de Pronto Atendimento), os quais são voltados ao cuidado de maior atenção. O planejamento para 2030, segundo a Organização Mundial de Saúde em conjunto aos Objetivos de Desenvolvimento sustentável, engloba a oferta de ações e serviços com garantia de recursos, elaboração e planejamento de profissionais especializados da atenção primária em 7 prol da criação de equipes fixas e preparadas, e principalmente o acompanhamento da qualidade dos serviços ofertados à população. 1.3 Sistema Único de Saúde (SUS) O Sistema Único de Saúde (SUS) na atualidade participa no tratamento de diabetes e seus problemas associados por meio da utilização da Rede Básica de Saúde, dispondo consultas com médicos especialistas, o SUS oferece também medicamentos de graça. São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e liberados nas farmácias credenciadas entre eles Insulina humana NPH, metformina e glicazida. A segurança do tratamento farmacológico de pessoas com DM tem motivado o interesse da comunidade científica, especialmente quanto às interações medicamentosas, reações adversas e erros de medicação que podem diminuir a aderência e a eficácia do tratamento [GUIDONI et al, 2009]. Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso. O tratamento não-farmacológico oferecido ao portador do DM2 e outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis como hipertensão, obesidade e dislipidemias abrange as seguintes estratégias: educação, alteração do estilo de vida, prática de atividade física, reeducação dos hábitos alimentares, redução de peso e diminuição e/ou abandono de vícios prejudiciais à saúde, como tabagismo e alcoolismo [GUIDONI et al, 2009]. 1.4 Trabalho em Equipe Trabalho em equipe, em poucas palavras, é a união de esforços de duas ou mais pessoas que levará a um objetivo, seja ele a solução de um problema ou a conclusão de um projeto e meta. Um dos principais objetivos da equipe de trabalho é fazer com que todos os integrantes, de uma mesma equipe, atinjam o máximo de sua produtividade e engajamento, para alcançar o bem maior mútuo. 8 Mas, para que isso aconteça é necessário que todos os integrantes se esforcem para trazer resultado. E, para isso, é necessário que se tenha interação, união e compartilhamento de foco, habilidades e conhecimento entre os integrantes. A denominação trabalho em equipe ou trabalho em grupo surgiu após a Primeira Guerra Mundial e é um método muitas vezes usado no âmbito político e econômico como um sistema para resolver problemas [OLIVEIRA, 2021]. Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em equipe são os esportes, onde os atletas precisam uns dos outros para conseguir fazer gols ou pontos, assim como no ambiente de trabalho e estudantil, ambos são formados por equipes, onde cada um desempenha um papel para atingir o todo [OLIVEIRA, 2021]. Mas saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para profissionais e estudantes, é valorizado a pessoa que não pensa somente na sua própria tarefa, e sim naqueles que pensam nos colegas [OLIVEIRA, 2021]. 1.5 Objetivo do Desenvolvimento Sustentável Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil [NAÇÕES UNIDAS, ODS]. A ONU e seus parceiros no Brasil estão trabalhando para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. São 17 objetivos ambiciosos e interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo [NAÇÕES UNIDAS, ODS]. Os ODM-Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD através da agenda 2030, tem uma forte evidência na preocupação da iniciativa de melhorar a vida da população, acabar com a miséria, escola de nível para todos, direito de opção sexual e direitos da mulher, diminuição da mortalidade na infância, mais atenção à saúde das gestantes, combater as doenças infecciosas, proporcionar qualidade de vida e proteção ao meio ambiente [NAÇÕES UNIDAS, ODS]. 9 A Agenda 2030 foi criada para colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente. É um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade. A Agenda consiste em uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (os ODS) e suas 169 metas, bem como uma seção sobre meios de implementação e de parcerias globais, e um roteiro para acompanhamento e revisão. Esses objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. Eles deverão ser alcançados até o ano 2030, o que dá o nome a Agenda [AGENDA 2030]. Diante de todos os fatos que envolvem este período, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) em conjunto com os 5 Pilares, representam o esforço em conjunto de toda uma humanidade, para alcançar um único objetivo, a sobrevivência, o bem- estar de todas as pessoas que habitam este planeta [NAÇÕES UNIDAS, ODS]. 2. OBJETIVO Estudar acerca do cuidado da pessoa com diabetes mellitus na atenção primária em saúde, a partir das diretrizes preconizadas na lei que instituiu a política nacional da prevenção do diabetes e da assistência integral à pessoa diabética. 3. METODOLOGIA A metodologia utilizada para este projeto foi a problematização através do arco de Maguerez, este método consiste da complexificação de um tópico através de 5 (cinco) etapas. A revisão bibliográfica foi realizada através da análise de conteúdo utilizando o método de Laurence Bardin, dispondo de artigos disponíveis nos sites de publicação como: Pubmed,Scielo, periódicos CAPES e bibliotecas virtuais de saúde, escolhidos por conveniência e relacionados com o tema da diabetes. Deve-se considerar que a etapa de observação não ocorreu in locu. 10 4. RESULTADOS 4.1 Observação da Realidade A Diabetes mellitus é uma doença de alta relevância mundial e um grande problema de saúde em vários países, apresentando uma prevalência estimada de 347 milhões de pessoas, sendo 9,1 milhões de pessoas somente no Brasil. A Diabetes é uma doença metabólica complexa, multifatorial, caracterizada por hipoglicemia, acompanhada de dislipidemia e disfunção endotelial, é associada a doenças micro e macrovasculares que afetam o sistema nervoso e multiesquelético. Neste desequilíbrio metabólico, o pâncreas produz pouca ou nenhuma quantidade de insulina favorecendo a hipoglicemia. A Diabetes é classificada em tipo 1 (insulino-dependente) quando há ausência de produção insulina e tipo II (insulino-não dependente) quando o pâncreas produz de forma insuficiente a insulina, também apresentando resistência a mesma e a diabetes gestacional [PORTES, 2015] Essa doença é um grande desafio para os sistemas de saúde já que a doença produz complicações agudas e crônicas. Porém mesmo com os diversos avanços científicos ainda é observado um diagnóstico limitado e baixa adesão às propostas de tratamento. Por conta disso existe a necessidade de investimentos na prevenção, no controle da doença e nos cuidados longitudinais, assim devem ser ofertados serviços de saúde suficientes e adequados para atender a crescente demanda, buscando evitar complicações, hospitalizações, óbitos e elevados gastos do sistema de saúde. Segundo a sociedade brasileira de diabetes (SBD) estima-se que a diabetes representa 7,6% da população brasileira de ambos os sexos, sendo que 50% desconhecem a doença até serem diagnosticados e, muitas vezes como possuem caráter assintomático é difícil manter a adesão correta ao tratamento. Trazendo muita preocupação já que a doença exige diversos tipos de tratamento e cuidados diários. Portanto o rastreamento de portadores e pessoas em risco por meio da realização de exames, é uma das principais medidas para prevenção e tratamento. Portanto a diabetes é considerada um problema de saúde pública em aumento, que representa um alto grau de morbimortalidade e de complicações que geram consequências para a economia nacional, além de diminuir a qualidade de vida dos acometidos. 11 4.2 Pontos-chave Observamos que a informação é algo muito relevante na conduta de tratamento e\ou prevenção. No Brasil, 46% das pessoas portadoras de diabetes desconhecem que tem a doença, dos 54% que tem o diagnóstico, somente a metade se submete a algum tipo de controle e tratamento, a pouca conscientização entre a população geral e profissionais de saúde é o início dos sintomas ou progressão do diabetes. A desinformação pode ser prejudicial para o diagnóstico precoce e o tratamento, afetando a qualidade de vida do paciente. Algumas pessoas subestimam os perigos por causa da falta de conhecimento, especialmente sobre as consequências de não tratar adequadamente o diabetes. O senso popular diz que após seu diagnostico a utilização da farmacoterapia correta, associada a uma alimentação balanceada e a pratica de exercícios auxilia na redução de complicações decorrente desta patologia. Mas por onde começar? O que é uma dieta balanceada? Que previne ou melhora o quadro de diabéticos? O que são alimentos de alto e baixo índice glicêmico? Que exercícios os pacientes diabéticos devem praticar? Que idade posso ter diabetes? Que especialidade médica procurar? Quais são os fatores de risco? 4.3 Teorização O acréscimo da expectativa de vida também é um fator decisivo quando se trata da expansão mundial da população diabética. É preciso uma equipe multiprofissional direcionada ao portador do diabetes mellitus para que ele consiga uma melhora de sua qualidade de vida. A promoção à saúde é dever desta equipe multidisciplinar, que o fará por meio de orientações sobre a doença, suas causas e fatores de predisposição, os benefícios de se aconselhar a boa qualidade de vida e a conservação das capacidades funcionais, possibilitando o máximo de independência no dia a dia (COSTA, J.A et al, 2011). Conforme os dados na literatura, algumas complicações e/ou percepções são relatados em pacientes diabéticos. Dentre eles o déficit de equilíbrio e o consequente risco de queda é uma frequente manifestação sobretudo entre os portadores de diabetes mellitus tipo 2. A instrução de exercícios domiciliares, envolvendo o treinamento de força dos membros inferiores e caminhada, relacionada a encontros regulares entre o fisioterapeuta e paciente também se apresenta como uma importante estratégia desejando à melhora do 12 equilíbrio e, por consequência, a precaução de quedas em pacientes com neuropatia diabética (CENCI, D.R et al, 2013). As predominantes complicações microvasculares do paciente diabético são retinopatia, nefropatia, e neuropatia e as macro vasculares são a doença isquêmica do coração, doença vascular periférica e doença cerebrovascular. A drenagem linfática manual adequar-se neste caso como uma considerável modalidade terapêutica, sendo uma opção para o controle de edema dos membros inferiores, decorrente de doença arterial periférica, expressando ainda, como efeito agudo, a diminuição da glicemia capilar e da glicose urinária em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (PALAZZIN, E.P et al, 2012). A realização de um programa de exercícios físicos em pacientes diabéticos proporciona também um melhor controle glicêmico, promovendo aumento na captação de glicose pelas células, aumentando sua sensibilidade a insulina. Esta redução da resistência à insulina possibilita benefícios cardiovasculares e a redução do perfil lipídico, reduzindo morbidade e mortalidade destes pacientes. A atividade aeróbica também é favorável sendo observado melhora dos níveis da hemoglobina glicada e da adesão à dietoterapia em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, submetidos a um programa de exercícios aeróbicos. Além disto, a atividade física resulta numa melhora na pressão arterial e na diminuição da obesidade que são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares nos portadores de diabetes. No decorrer do tempo, um bom programa de exercícios físicos, promoverá adaptações agudas e crônicas no sistema metabólico, neuroendócrino e cardiovascular destes pacientes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Conveniente a esta conduta, um programa de reeducação alimentar voltado para o consumo de alimentos com alto teor de fibras influencia na redução da absorção de glicose em nível intestinal e na redução de alimentos rico em gorduras, que ajudam na prevenção das complicações vasculares do diabetes, possibilitando a perda de peso e adequação sanguínea dos níveis de lipídios no sangue (COSTA, J.A et al, 2011). No que se refere ao tratamento farmacológico, existem tratamentos diferentes entre os pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e 2, sendo no primeiro caso sendo proposto a administração de insulina (via subcutânea), prescrita em esquema intensivo, de três a quatro doses por dia, divididas em insulina basal e prandial e na diabetes mellitus tipo 2, recomendado o uso de antidiabético oral de 1 a duas doses por dia de insulina basal. Além disto, o paciente com diabetes mellitus tipo 2 necessita adotar hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, controle no uso de álcool e abandono do tabagismo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). 13 Desde 2019, uma nova lei estabelece a nova Polícia Nacional de Prevenção do Diabetes e de Assistência Integral à Pessoa Diabética no Brasil, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS) o responsável pelo tratamento do diabetese também pelos problemas causados pela enfermidade. A portaria 2.583/07 defini quais os medicamentos que são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde aos usuários portadores de diabetes mellitus e a lei 11.347/06 prevê sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais fundamentais à sua aplicação e ao acompanhamento da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos. As práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) são importantes ferramentas terapêuticas quando em conjunto ao tratamento complementar de diversas doenças crônicas. A Coordenação Nacional da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde (CNPIC), indica que meditação, yoga, acupuntura, auriculoterapia e práticas corporais chinesas e as plantas medicinais possuem eficácia comprovada cientificamente no tratamento de pessoas diabéticas e melhoram o controle glicêmicos, sensibilidade a insulina dentre outros benefícios a nível neuromotor, vascular, etc. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). 4.4 Hipótese de Solução Através do estudo da doença e de toda a situação onde vemos a pouca adesão dos pacientes ao tratamento pelo SUS conseguimos chegar em algumas possíveis soluções para este problema. Sabemos que o SUS atende milhões de brasileiros e por isso, alguns fatores fazem com que ele não seja tão eficaz como deveria ser. As vezes a remuneração menor do que nas redes privadas faz com que afaste os médicos de escolherem ao SUS, a falta de medicamentos também é um grande problema que afeta muitas pessoas. Nesse caso precisamos que ocorra um bom gerenciamento para que isso não aconteça com a frequência que ocorre, precisamos de bons profissionais nessa área pois a falta de medicamentos é um grande problema para os pacientes. É de extrema necessidade que haja mais apoio a esses pacientes, mais empenho para diagnóstico e é necessário deixar claro que pacientes com Diabetes conseguem retirar seus medicamentos para tratamento de forma gratuita pelo SUS assim como os mesmos também tem 14 direito a um acompanhamento. Por mais que muitos saibam, ainda existe uma grande desinformação sobre o assunto e o aumento de propagandas, folhetos ou de profissionais da saúde que guiem esses pacientes já pode aumentar a adesão deles ao tratamento. Portanto existe a necessidade de mostrar e ajudar no processo de retirada do medicamento pelo SUS (Onde ir, quais documentos levar, etc.) e quais medicamentos são fornecidos para o tratamento. Além disso, deixá-los cientes dos fatores que podem causar/piorar a doença. Como já citado anteriormente na pesquisa os exercícios físicos e a alimentação ajudam muito esses pacientes então com a criação de grupos de apoio, suporte e incentivo os pacientes têm a possibilidade de criarem hábitos saudáveis resultando em uma melhora na qualidade de vida. Sendo assim, a criação de projetos e programas de exercícios, de informação e de nutrição é essencial a esses pacientes para que dessa forma aumente o conhecimento geral da população a doença evitando assim, casos mais agravantes dessa enfermidade. Portanto é necessário organizar os serviços, medicamentos e práticas na Atenção Básica para alinhar junto a necessidade da população de cada município para que haja qualidade na assistência. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como já foi dito no início, a Diabetes Mellitus é uma doença de alta prevalência no mundo e só no Brasil atinge mais de 9 (nove) milhões de pessoas. Esclarecer a sintomatologia da diabetes, grau de existência e influência sobre a população, formas de detecção, controle, prevenção de sintomas e as formas de lidar com a doença foram objetivos perseguidos nesse estudo. Haja vista que, as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) são importantes ferramentas terapêuticas quando em conjunto com outros tratamentos de diversas doenças crônicas. Nesse contexto, depreende-se da revisão bibliográfica realizada, que padronizar e integrar ações para o tratamento de pessoas com diabetes mellitus e obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) com foco na atenção primária, é o ponto nevrálgico para o sucesso das ações que visam implementar as diretrizes estabelecidas na Lei Nº 13.895/2019 que instituiu a Política Nacional de Prevenção do Diabetes e de Assistência Integral à Pessoa Diabética. Para tanto, o 15 Ministério da Saúde, através da Secretaria de Atenção Primária criou o projeto denominado Linhas de Cuidado, cujos conteúdos voltados para profissionais de saúde, mas também disponíveis para toda a população, orientam o caminho que o paciente deve percorrer e o encaminhamento que as equipes devem prescrever no atendimento. Toda sistematização do material está disponível no sítio do Ministério da Saúde com acesso livre. Os conteúdos padronizam a organização do atendimento e descrevem a trajetória que o paciente deve percorrer no SUS, promovendo integração de ações e serviços desde a Unidade de Saúde na Atenção Primária à Saúde até os serviços especializados. 16 REFERÊNCIAS BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm). Acesso em: Acesso em: 21 maio. 2022. BRASIL. LEI Nº 11.347, DE 27 DE SETEMBRO DE 2006. Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2006/lei/l11347.htm. Acesso em: 12 mar 2022. BRASIL. LEI Nº 13.895, DE 30 DE OUTUBRO DE 2019. Institui a política nacional de prevenção do diabetes e de assistência integral à pessoa diabética. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11347.htm. Acesso em: 12 mar 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares (PICS): quais são e para que servem. 2020. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e- complementares (https://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares). Acesso em: 21 mai. 2022. CENCI, D.R; SILVA, M.D; GOMES, E.B; PINHEIRO, H.A. Análise do equilíbrio em pacientes diabéticos por meio do sistema F-Scan e da Escala de Equilíbrio de Berg. Fisioterapia e movimento, vol. 26, no 1, p. 55-61, 2013. COSTA, J.A; BALGA, R.S.M; ALFENAS, R.C.G; COTTA, R.M.M. Promoção da saúde e diabetes: discutindo a adesão e a motivação de indivíduos diabéticos participantes de programas de saúde. Ciências e saúde coletiva, vol. 16, no 3, 2011. 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Informe sobre evidências clínicas das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nº01/2020 Obesidade e Diabetes Mellitus. 2020. Disponível em: http://observapics.fiocruz.br/wp- content/uploads/2020/09/Informe-1-evidencia_obesidade-e-diabetes.pdf. Acesso em: 12 mar 2022. Mendes, EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde. Promoção da saúde. v.3, nO.2, 2018. OLIVEIRA, A. Qual a importância do trabalho em equipe ?. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreiraqual-a- importancia-do-trabalho-em-equipe. Acesso 05 mar 2022. PALAZZIN, E.P; KIUICHI, N.H; SCHITTLER, R.F; RUARO, J.A; MARQUETTI, M.G.K; FRÉZ, A.R. Efeito da drenagem linfática manual sobre a glicemia e a glicose urinária em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1: estudo preliminar. Scientia medica, vol. 22, no 2, 2012. PORTARIA Nº 2.583 DE 10 DE OUTUBRO DE 2007. Define elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, nos termos da Lei nº 11.347, de 2006, aos usuários portadores de diabetes mellitus. Disponível em: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/19111220-20130926101322-portaria- 2583-07.pdf. Acesso em: 05 mai 2022. PORTES, L.H. Abordagem do fisioterapeuta no diabetes mellitus: revisão de literatura. Arquivos de ciência da saúde, volume 22, no 3, p. 9 – 14, 2015. SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019 – 2020. Editora científica Clannad, 2019. http://observapics.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/09/Informe-1-evidencia_obesidade-e-diabetes.pdf http://observapics.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/09/Informe-1-evidencia_obesidade-e-diabetes.pdf https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreiraqual-a-importancia-do-trabalho-em-equipe https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreiraqual-a-importancia-do-trabalho-em-equipe https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/19111220-20130926101322-portaria-2583-07.pdf https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/19111220-20130926101322-portaria-2583-07.pdf 18 Relatório ANA LAURA APARECIDO – 6952957 Parcial – Teorização (escrito) Final – SUS (escrito e áudio) BEATRIZ SILVA SANTOS – 5992357 Parcial – Hipótese de Solução (escrito) Final – Hipótese de Solução (escrito e áudio), observação da realidade (escrito e áudio), Teorização (áudio) BRENDA EVANGELISTA – 6640287 Parcial - Final – Metodologia (escrito e áudio) BRUNA NAIARA DOS SANTOS – 7302426 Parcial – Objetivo (escrito) Final – Introdução (áudio), Objetivo (escrito e áudio), Pisc (áudio), junção para o PDF final, formatação ABNT, revisão, Power point com áudios. GABRIELLY MATHIAS PEREIRA – 7425709 Parcial – Introdução (escrito) Final –Promoção saúde comunidade (escrito e áudio) GIOVANNA SARAGOÇA – 6480533 Parcial – Observação da Realidade (escrito) Final – Trabalho em Equipe (escrito e áudio), ODS (escrito e áudio) JANICLEBIO FERREIRA CRUZ – 7458718 Parcial - Pontos-Chave (escrito) Final – JULIANA SILVEIRA DOS SANTOS – 7393645 Parcial - Pontos-Chave (escrito) Final – Pontos-Chave (escrito e áudio) MARCIA MAFRA – 7388021 Parcial – Metodologia (escrito) Final – Conclusão (escrito e áudio), Bibliografia (escrito), Revisão. MATHEUS HENRIQUE BERTOLUCI CASTRO RODRIGUES – 3231433 Parcial – Junção para o PDF parcial, formatação ABNT. Final -
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