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apg 20 glandulas mamarias

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ZB 
 
As mamas são glândulas sudoríferas modificadas 
presentes em ambos os sexos, mas que funcionam 
apenas nas mulheres lactantes, quando produzem leite 
para nutrir o bebê em resposta à estimulação hormonal. 
EMBRIOLOGIA 
Em termos embrionários, as mamas formam-se como 
parte da pele, surgindo ao longo das linhas bilaterais que 
passam entre a axila e a virilha, lateralmente no tronco 
do embrião. 
Essas cristas mamárias embrionárias persistem apenas na 
parte média do tórax, onde se formam as mamas 
definitivas. Aproximadamente uma pessoa em 500 
desenvolve mamilos ou mamas adicionais (acessórios), 
que podem ocorrer em qualquer lugar ao longo da crista 
mamária. 
ANATOMIA 
Localização: A base cônica das mamas nas mulheres 
estende-se da segunda costela superiormente até a 
sexta costela inferiormente. Sua margem medial coincide 
com o esterno e seu limite lateral é a linha medioaxilar, 
que é reta e se estende inferiormente a partir do meio 
da axila. 
Os músculos profundos às mamas são, a cada lado, o 
peitoral maior e menor e partes do serrátil anterior e 
oblíquo externo. 
Vascularização: As artérias principais para a mama são 
a artéria torácica lateral e os ramos cutâneos da torácica 
interna e das intercostais posteriores. 
Os vasos linfáticos que drenam as mamas se dirigem aos 
linfonodos paraesternais (nódulos ao longo das artérias 
torácicas internas) e para os linfonodos axilares na axila. 
O mamilo (papila mamária), a área central saliente da qual 
o bebê suga o leite, é circundado por um anel de pele 
pigmentada, a aréola (“pequena área aberta”). Durante a 
amamentação, grandes glândulas sebáceas na aréola 
produzem uma secreção oleosa que minimiza cortes e 
rachaduras na pele do mamilo. 
Internamente, a glândula mamária consiste em 15 a 25 
lobos, sendo cada um deles uma glândula alveolar 
composta (glândulas mamárias) que se abre no mamilo. 
Os lobos são separados uns dos outros por uma grande 
quantidade de tecido adiposo e por faixas de tecido 
 
 
conjuntivo interlobar que formam os ligamentos 
suspensores das mamas. Esses ligamentos vão dos 
músculos esqueléticos subjacentes até a derme 
sobrejacente e fornecem, como o nome sugere, 
suporte para as mamas. 
Os lobos da mama consistem em unidades menores 
chamadas lóbulos, compostas de minúsculos alvéolos, ou 
ácinos, agrupados como um cacho de uva. As paredes 
dos alvéolos consistem em um epitélio cuboide simples 
de células secretoras de leite. 
Partindo dos alvéolos, o leite passa por ductos cada vez 
maiores até chegar aos ductos maiores, chamados 
ductos lactíferos (lactíferos = que transportam leite), 
situados profundamente no mamilo. 
Profundo à aréola, cada ducto lactífero possui uma região 
dilatada chamada de seio lactífero, onde o leite se 
acumula durante a amamentação. 
 
 
 
 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS APG 20 
@juliaasoare_ 
HISTOLOGIA 
Estrutura das glândulas mamárias durante a 
puberdade e na mulher adulta 
Antes da puberdade, as glândulas mamárias são 
compostas de porções dilatadas, os seios galactóforos, e 
várias ramificações desses seios, os ductos galactóforos. 
Seu desenvolvimento em meninas durante a puberdade 
faz parte do processo de aquisição das características 
sexuais secundárias. Durante esse período, as mamas 
aumentam de tamanho e desenvolvem um mamilo 
proeminente. Em meninos, as mamas normalmente 
permanecem planas. 
 
 
O aumento das mamas durante a puberdade resulta do 
acúmulo de tecido adiposo e conjuntivo, além de certo 
crescimento e ramificação dos ductos galactóforos. A 
proliferação desses ductos e o acúmulo de gordura se 
devem ao aumento da quantidade de estrógenos 
circulantes durante a puberdade. 
Na mulher adulta, a estrutura característica da glândula – 
o lóbulo – desenvolve-se a partir das extremidades dos 
menores ductos. Um lóbulo consiste em vários ductos 
intralobulares que se unem em um ducto interlobular 
terminal. Cada lóbulo é imerso em tecido conjuntivo 
intralobular frouxo e muito celularizado, sendo que o 
tecido conjuntivo interlobular que separa os lóbulos é 
mais denso e menos celularizado. 
Próximo à abertura do mamilo, os ductos galactóforos se 
dilatam para formar os seios galactóforos. As aberturas 
externas dos ductos são revestidas por epitélio 
estratificado pavimentoso, o qual bruscamente se 
transforma em estratificado colunar ou cuboide nos 
ductos galactóforos. O revestimento dos ductos 
galactóforos e ductos interlobulares terminais é formado 
por epitélio simples cuboide, envolvido por células 
mioepiteliais. 
 
 
O tecido conjuntivo que cerca os alvéolos contêm muitos 
linfócitos e plasmócitos. A população de plasmócitos 
aumenta significativamente no fim da gravidez; eles são 
responsáveis pela secreção de imunoglobulinas (IgA 
secretora), que conferem imunidade passiva ao recém-
nascido. 
A estrutura histológica dessas glândulas sofre pequenas 
alterações durante o ciclo menstrual, como, por exemplo, 
proliferação de células dos ductos em torno da época de 
ovulação. Essas mudanças coincidem com o período no 
qual o estrógeno circulante está no seu pico. A maior 
hidratação do tecido conjuntivo na fase pré-menstrual 
pode provocar aumento do volume da mama. 
O mamilo tem forma cônica e pode ser rosa, marrom-
claro ou marrom-escuro. Externamente, é coberto por 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado contínuo 
com o da pele adjacente. A pele ao redor do mamilo 
constitui a aréola. Sua cor escurece durante a gravidez, 
como resultado de acúmulo local de melanina, e após o 
parto pode ficar mais claro, mas raramente retorna à sua 
tonalidade original. O epitélio do mamilo repousa sobre 
uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras 
@juliaasoare_ 
musculares lisas, as quais estão dispostas circularmente 
ao redor dos ductos galactóforos mais profundos e 
paralelamente a eles quando entram no mamilo. O mamilo 
é provido de abundantes terminações nervosas 
sensoriais, importantes para produzir o reflexo da ejeção 
do leite pela secreção de ocitocina. 
 
Glândulas mamárias durante a gravidez e a 
lactação 
As glândulas mamárias sofrem intenso crescimento 
durante a gravidez por ação sinérgica de vários 
hormônios, principalmente estrógenos, progesterona, 
prolactina e lactogênio placentário humano. 
Uma das ações desses hormônios é o desenvolvimento 
de alvéolos nas extremidades dos ductos interlobulares 
terminais. Os alvéolos são conjuntos esféricos ou 
arredondados de células epiteliais, que são as estruturas 
ativamente secretoras de leite na lactação. 
Quatro a seis células mioepiteliais de forma estrelada 
envolvem cada alvéolo e se localizam entre as células 
epiteliais alveolares e a lâmina basal do epitélio. Durante a 
lactação, a quantidade de tecido conjuntivo e adiposo 
diminui consideravelmente em relação ao parênquima. 
Algumas gotículas de gordura e vacúolos secretores 
limitados por membrana contendo vários agregados de 
proteínas de leite são encontrados no citoplasma apical 
das células alveolares no fim da gestação. 
Na lactação, as células secretoras se tornam cuboides 
pequenas e baixas, e o seu citoplasma apresenta 
gotículas esféricas de vários tamanhos que contêm 
triglicerídios, principalmente neutros. 
Essas gotículas de lipídio são liberadas no lúmen 
envolvidas por uma porção da membrana apical da célula. 
Lipídios constituem aproximadamente 4% do leite 
humano. O leite produzido pelas células epiteliais dos 
alvéolos se acumula no lúmen dos alvéolos e dentro dos 
ductos galactóforos. 
Além das gotículas de lipídios, há, na porção apical das 
células secretoras, um número grande de vacúolos 
limitados por membrana que contêm caseínas e outras 
proteínas do leite, inclusive lactalbumina e IgA. As 
proteínas constituem aproximadamente 1,5% do leite 
humano. A lactose, que é o açúcar do leite, é sintetizada 
a partir de glicose e galactose e constitui 
aproximadamente 7% do leite humano.A primeira secreção das glândulas mamárias após o parto 
é chamada de colostro. Ele contém menos gordura e mais 
proteína que o leite regular, além de ser rico em 
anticorpos (predominantemente IgA secretora), que 
fornecem algum grau de imunidade passiva ao recém-
nascido, especialmente no lúmen intestinal. 
Quando uma mulher está amamentando, a ação mecânica 
da sucção do mamilo estimula receptores táteis, 
resultando em liberação de ocitocina da neuro-hipófise. 
Esse hormônio causa a contração das células mioepiteliais 
nos alvéolos e ductos, resultando em expulsão do leite 
(reflexo de ejeção). Estímulos emocionais negativos, como 
frustração, ansiedade ou raiva, podem se refletir no 
funcionamento do hipotálamo e inibir a liberação de 
ocitocina, prevenindo, assim, o reflexo 
@juliaasoare_ 
Regressão pós-lactacional e involução senil das 
glândulas mamárias 
Quando cessa a amamentação (desmame), a maioria dos 
alvéolos desenvolvidos durante a gravidez sofre 
degeneração por apoptose. Assim, células inteiras são 
liberadas no lúmen dos alvéolos, e seus restos são 
retirados por macrófagos. 
Depois da menopausa, ocorre a involução das glândulas 
mamárias em consequência da diminuição da produção 
regular de hormônios sexuais. A involução é 
caracterizada por redução em tamanho e atrofia das 
porções secretoras e, até certo ponto, dos ductos. 
Modificações atróficas afetam também o tecido 
conjuntivo interlobular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
Desenvolvimento das mamas 
As mamas, começam a se desenvolver na puberdade. 
Esse desenvolvimento é estimulado pelos estrogênios do 
ciclo sexual feminino mensal; os estrogênios estimulam o 
crescimento da parte glandular das mamas, além do 
depósito de gordura que dá massa às mamas. 
Além disso, ocorre crescimento bem mais intenso 
durante o estado de altos níveis de estrogênio da 
gravidez, e só então o tecido glandular fica inteiramente 
desenvolvido para a produção de leite. 
Os Estrogênios Estimulam o Crescimento do Sistema de 
Ductos das Mamas. Durante toda a gravidez, a grande 
quantidade de estrogênios secretada pela placenta faz 
com que o sistema de ductos das mamas cresça e se 
ramifique. Simultaneamente, o estroma das mamas 
aumenta em quantidade, e grande quantidade de gordura 
é depositada no estroma. Quatro outros hormônios são 
igualmente importantes para o crescimento do sistema 
de ductos: hormônio do crescimento, prolactina, os 
glicocorticoides adrenais e insulina. Sabe-se que cada um 
desses hormônios tem pelo menos algum papel no 
metabolismo das proteínas, o que, presumivelmente, 
explica a função deles no desenvolvimento das mamas. 
A Progesterona É Necessária para o Desenvolvimento 
Total do Sistema Lóbulo-Alveolar. O desenvolvimento 
final das mamas em órgãos secretores de leite também 
requer progesterona. Quando o sistema de ductos 
estiver desenvolvido, a progesterona — agindo 
sinergicamente com o estrogênio, bem como com os 
outros hormônios mencionados — causará o 
crescimento adicional dos lóbulos mamários, com 
multiplicação dos alvéolos e desenvolvimento de 
características secretoras nas células dos alvéolos. Essas 
mudanças são análogas aos efeitos secretores da 
progesterona no endométrio uterino na última metade 
do ciclo menstrual feminino. 
A prolactina promove a lactação 
Embora o estrogênio e a progesterona sejam essenciais 
ao desenvolvimento físico das mamas durante a gravidez, 
um efeito especial de ambos esses hormônios é inibir a 
verdadeira secreção de leite. 
Por outro lado, o hormônio prolactina tem o efeito 
exatamente oposto na secreção de leite, promovendo-
a. A prolactina é secretada pela hipófise anterior materna, 
e sua concentração no sangue da mãe aumenta 
uniformemente a partir da quinta semana de gravidez 
até o nascimento do bebê, época em que já aumentou 
de 10 a 20 vezes o nível normal não grávido. 
Além disso, a placenta secreta grande quantidade de 
somatomamotropina coriônica humana, que 
provavelmente tem propriedades lactogênicas, apoiando, 
assim, a prolactina da hipófise materna durante a gravidez. 
Mesmo assim, devido aos efeitos supressivos do 
estrogênio e da progesterona, não mais do que uns 
poucos mililitros de líquido são secretados a cada dia até 
após o nascimento do bebê. O líquido secretado, nos 
últimos dias antes e nos primeiros dias após o parto, é 
denominado colostro, que contém, essencialmente, as 
mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, 
mas quase nenhuma gordura, e sua taxa máxima de 
produção é cerca de 1/100 da taxa subsequente de 
produção de leite. 
Imediatamente depois que o bebê nasce, a perda súbita 
tanto de secreção de estrogênio quanto de 
progesterona da placenta permite que o efeito 
lactogênico da prolactina da hipófise materna assuma seu 
Aproximadamente 9% de todas as mulheres nascidas 
nos EUA desenvolvem câncer de mama em algum 
momento de sua vida. A maioria desses cânceres é de 
carcinomas que se originam de células epiteliais dos 
ductos galactóforos. Se essas células se espalham para 
pulmões, cérebro ou osso, provocando metástases 
nesses órgãos, o carcinoma de mama se torna uma 
causa importante de morte. A descoberta precoce 
(por autoexame, mamografia, exame de ultrassom e 
outras técnicas) e, consequentemente, o tratamento 
precoce reduzem significativamente a taxa de 
mortalidade por câncer de mama. 
@juliaasoare_ 
papel natural de promotor da lactação, e no período de 
1 a 7 dias as mamas começam a secretar quantidades 
copiosas de leite, em vez de colostro. Essa secreção de 
leite requer uma secreção de suporte adequada da 
maioria dos outros hormônios maternos também, porém 
os mais importantes são hormônio do crescimento, 
cortisol, paratormônio e insulina. Esses hormônios são 
necessários para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, 
glicose e cálcio, fundamentais para a formação do leite. 
Depois do nascimento do bebê, o nível basal da secreção 
de prolactina retorna aos níveis não grávidos durante 
algumas semanas. Entretanto, cada vez que a mãe 
amamenta o bebê, sinais neurais dos mamilos para o 
hipotálamo causam um pico de 10 a 20 vezes da 
secreção de prolactina, que dura aproximadamente 1 
hora. 
Essa prolactina age nas mamas maternas para manter as 
glândulas mamárias secretando leite nos alvéolos para os 
períodos de amamentação subsequentes. Se o pico de 
prolactina estiver ausente, ou for bloqueado em 
decorrência de dano hipotalâmico ou hipofisário, ou se a 
amamentação não prosseguir, as mamas perdem a 
capacidade de produzir leite dentro de mais ou menos 
uma semana. Entretanto, a produção de leite pode se 
manter por vários anos se a criança continuar a sugar, 
embora a formação de leite, normalmente, diminua 
consideravelmente depois de 7 a 9 meses. 
 
O Hipotálamo Secreta o Hormônio Inibidor da 
Prolactina. O hipotálamo tem papel essencial no 
controle da secreção de prolactina, como na maioria de 
todos os outros hormônios hipofisários anteriores. 
Contudo, esse controle é diferente em um aspecto: o 
hipotálamo essencialmente estimula a produção de todos 
os outros hormônios, mas efetivamente inibe a produção 
de prolactina. Por conseguinte, o comprometimento do 
hipotálamo ou o bloqueio do sistema portal hipotalâmico-
hipofisário geralmente aumenta a secreção de prolactina, 
enquanto deprime a secreção dos outros hormônios 
hipofisários anteriores. 
Por isso, acredita-se que a secreção pela hipófise anterior 
de prolactina seja controlada totalmente, ou quase 
totalmente, por fator inibidor formado no hipotálamo e 
transportado pelo sistema portal hipotalâmico-hipofisário 
à hipófise anterior. Este fator é, por vezes, chamado 
hormônio inibidor de prolactina, se bem que ele é quase 
certamente o mesmo que a catecolamina dopamina, 
conhecida por ser secretada pelos núcleos arqueados do 
hipotálamo e que pode diminuir a secreção de prolactina 
em até 10 vezes. 
A Supressãodos Ciclos Ovarianos Femininos na Nutriz 
Por Muitos Meses Após o Parto. Na maioria das nutrizes, 
o ciclo ovariano (e a ovulação) não retorna até poucas 
semanas depois de ela parar de amamentar. A razão 
disso parece ser que os mesmos sinais neurais das 
mamas para o hipotálamo que provocam a secreção de 
prolactina durante o ato de sugar — seja devido aos 
sinais nervosos ou devido a efeito subsequente de mais 
prolactina — inibem a secreção do hormônio liberador 
da gonadotropina pelo hipotálamo. Isto, por sua vez, 
suprime a formação dos hormônios gonadotrópicos 
hipofisários — hormônio luteinizante e hormônio folículo-
estimulate. Entretanto, após vários meses de lactação, 
em algumas mulheres, especialmente naquelas que 
amamentam seus bebês apenas parte do tempo, a 
hipófise começa a secretar hormônios gonadotrópicos 
suficientes para restabelecer o ciclo sexual mensal, 
embora a amamentação continue. 
O processo de ejeção (ou “descida”) na secreção 
de leite — a função da ocitocina 
O leite é secretado de maneira contínua nos alvéolos das 
mamas, mas não flui facilmente dos alvéolos para o 
sistema de ductos e, portanto, não vaza continuamente 
pelos mamilos. 
Em vez disso, o leite precisa ser ejetado dos alvéolos 
para os ductos, antes de o bebê poder obtê-lo. Essa 
ejeção é causada por um reflexo neurogênico e 
hormonal combinado, que envolve o hormônio hipofisário 
posterior ocitocina. 
Quando o bebê suga, ele não recebe quase nenhum leite 
por mais ou menos 30 segundos. Primeiramente, é 
preciso que impulsos sensoriais sejam transmitidos 
através dos nervos somáticos dos mamilos para a medula 
espinal da mãe e, então, para o seu hipotálamo, onde 
desencadeiam sinais neurais que promovem a secreção 
@juliaasoare_ 
de ocitocina, ao mesmo tempo em que causam 
secreção de prolactina. 
A ocitocina é transportada no sangue para as mamas, 
onde faz com que as células mioepiteliais (que circundam 
as paredes externas nos alvéolos) se contraiam, assim 
transportando o leite dos alvéolos para os ductos, sob 
uma pressão de +10 a 20 mmHg. Em seguida, a sucção 
do bebê fica efetiva em remover o leite. Assim, dentro 
de 30 segundos a 1 minuto depois que o bebê começa 
a sugar, o leite começa a fluir. Esse processo é 
denominado ejeção ou descida do leite. 
O ato de sugar uma mama faz com que o leite flua não 
só naquela mama, mas também na oposta. É 
especialmente interessante que, quando a mãe pensa no 
bebê ou o escuta chorar, muitas vezes isso proporciona 
um sinal emocional suficiente para o hipotálamo provocar 
a ejeção de leite. 
A Inibição da Ejeção de Leite. Um problema particular na 
amamentação vem do fato de que diversos fatores 
psicogênicos ou até mesmo a estimulação generalizada 
do sistema nervoso simpático em todo o corpo materno 
possam inibir a secreção de ocitocina e, 
consequentemente, deprimir a ejeção de leite. Por essa 
razão, muitas mães devem ter um período de ajuste 
após o nascimento, sem transtornos para obter sucesso 
na amamentação de seus bebês. 
A composição do leite e a depleção metabólica 
na mãe causada pela lactação 
A concentração de lactose no leite humano é cerca de 
50% maior que no leite de vaca, mas a concentração de 
proteína no leite de vaca é, em geral, duas a três vezes 
maior que no leite materno. Finalmente, apenas um terço 
de cinzas que contêm cálcio e outros minerais é 
encontrado no leite materno em comparação ao leite de 
vaca. 
No auge da lactação na mulher, 1,5 litro de leite pode ser 
formado a cada dia (e até mais se a mulher tiver gêmeos). 
Com esse grau de lactação, grande quantidade de 
energia é drenada da mãe; aproximadamente 650 a 750 
quilocalorias por litro (ou 19 a 27,15 quilocalorias por grama) 
estão contidas no leite materno, embora a composição 
e o teor calórico do leite dependam da dieta da mãe e 
de outros fatores, como a dimensão dos seios. 
Grandes quantidades de substratos metabólicos são 
perdidas da mãe. Por exemplo, cerca de 50 gramas de 
gordura que entram no leite todos os dias, bem como 
cerca de 100 gramas de lactose, que deve ser derivada 
da conversão da glicose materna. Além disso, 2 a 3 
gramas de fosfato de cálcio podem ser perdidos por dia; 
a menos que a mãe beba grandes quantidades de leite 
e tenha uma ingestão adequada de vitamina D, o débito 
de cálcio e fosfato pela nutriz, geralmente, será bem 
maior do que a ingestão dessas substâncias. Para suprir 
as necessidades de cálcio e fosfato, as glândulas 
paratireoides aumentam bastante, e os ossos são 
progressivamente descalcificados. Normalmente, a 
descalcificação óssea materna não representa grande 
problema durante a gravidez, mas pode tornar-se mais 
importante durante a lactação. 
Anticorpos e Outros Agentes Anti-infecciosos no Leite. 
Não só o leite fornece ao recém-nascido os nutrientes 
adequados, como também proporciona uma proteção 
importante contra infecções. Por exemplo, vários tipos 
de anticorpos e outros agentes anti-infecciosos são 
secretados no leite, em conjunto com outros nutrientes. 
Além disso, diversos tipos de leucócito são secretados, 
incluindo neutrófilos e macrófagos, alguns dos quais são 
especialmente letais a bactérias que poderiam causar 
infecções mortais aos recém-nascidos. Particularmente 
importantes são anticorpos e macrófagos que destroem 
a bactéria Escherichia coli, que, com frequência, causa 
diarreia letal em recém-nascidos. 
Quando o leite de vaca é usado para fornecer nutrição 
ao bebê no lugar do leite materno, os agentes 
protetores, no leite de vaca, geralmente são de pouco 
valor porque, normalmente, são destruídos em questão 
de minutos no ambiente interno do ser humano. 
Fibroadenoma de mama (AJMAL, 2021) 
Um fibroadenoma é um tumor de mama indolor, 
unilateral, benigno (não canceroso) que é um nódulo 
sólido, não cheio de líquido. 
Ocorre mais comumente em mulheres entre 14 e 35 
anos, mas pode ser encontrada em qualquer idade. 
Os fibroadenomas diminuem após a menopausa e, 
portanto, são menos comuns em mulheres na pós-
menopausa. 
Os fibroadenomas são frequentemente chamados de 
camundongos de mama devido à sua alta mobilidade. 
Os fibroadenomas são uma massa semelhante a 
mármore compreendendo tecidos epiteliais e estromais 
localizados sob a pele da mama. Essas massas firmes e 
emborrachadas com bordas regulares geralmente variam 
em tamanho. 
@juliaasoare_ 
As causas do fibroadenoma são discutíveis, mas os 
profissionais acreditam que a lesão tenha uma etiologia 
hormonal relacionada ao aumento da sensibilidade do 
tecido mamário ao hormônio reprodutor feminino 
estrogênio. 
O fibroadenoma geralmente cresce durante a gravidez 
e tende a diminuir durante a menopausa. Isso apoia a 
teoria etiológica hormonal. 
Mulheres que tomam contraceptivos orais antes dos 20 
anos de idade tendem a sofrer de fibroadenoma em 
taxas mais altas do que a população em geral. 
Fisiopatologia hormonal: O fibroadenoma surge a partir 
de células do tecido conjuntivo estromal e epitelial que 
são funcional e mecanicamente importantes na 
mama. Esses tecidos contêm receptores para estrogênio 
e progesterona. Por esse motivo, os fibroadenomas 
tendem a se proliferar durante a gravidez devido à 
produção excessiva de hormônios reprodutivos 
femininos. A sensibilidade hormonal causa proliferação 
excessiva de tecidos conjuntivos mamários. 
Histopatologia: Um fibroadenoma é uma lesão bem 
circunscrita, não encapsulada, com bordas empurradas 
que não infiltra o parênquima mamário adjacente. Eles 
são caracterizados por uma proliferação celular de 
estroma e glândulas (ductos mamários benignos). A 
razão entre estroma e glândulas é relativamente 
constante em toda a lesão. 
Doença de Paget da Mama (RIBEIRO, 2021) 
A doença de Paget da mama é uma patologia rara, mais 
frequentemente associada ao sexo feminino, com um 
pico de incidência entre os 50 e os 60 anos. 
Afeta o complexo areolo-mamilar (CAM)e está 
comummente associada a um carcinoma in situ ou 
invasivo subjacente. 
A sua apresentação clínica inicial pode resultar de 
alterações inespecíficas do mamilo tais como dor, ardor, 
eritema ou prurido. 
A doença tende a evoluir do mamilo para a aréola com 
consequente ulceração e destruição do complexo 
areolo-mamilar. 
 
 
 
Referências: 
Marieb, 2014 
Tortora, 2016 
Guyton, 2017 
Junqueira e Carneiro, 2017 
 
 
@juliaasoare_

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