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ZB As mamas são glândulas sudoríferas modificadas presentes em ambos os sexos, mas que funcionam apenas nas mulheres lactantes, quando produzem leite para nutrir o bebê em resposta à estimulação hormonal. EMBRIOLOGIA Em termos embrionários, as mamas formam-se como parte da pele, surgindo ao longo das linhas bilaterais que passam entre a axila e a virilha, lateralmente no tronco do embrião. Essas cristas mamárias embrionárias persistem apenas na parte média do tórax, onde se formam as mamas definitivas. Aproximadamente uma pessoa em 500 desenvolve mamilos ou mamas adicionais (acessórios), que podem ocorrer em qualquer lugar ao longo da crista mamária. ANATOMIA Localização: A base cônica das mamas nas mulheres estende-se da segunda costela superiormente até a sexta costela inferiormente. Sua margem medial coincide com o esterno e seu limite lateral é a linha medioaxilar, que é reta e se estende inferiormente a partir do meio da axila. Os músculos profundos às mamas são, a cada lado, o peitoral maior e menor e partes do serrátil anterior e oblíquo externo. Vascularização: As artérias principais para a mama são a artéria torácica lateral e os ramos cutâneos da torácica interna e das intercostais posteriores. Os vasos linfáticos que drenam as mamas se dirigem aos linfonodos paraesternais (nódulos ao longo das artérias torácicas internas) e para os linfonodos axilares na axila. O mamilo (papila mamária), a área central saliente da qual o bebê suga o leite, é circundado por um anel de pele pigmentada, a aréola (“pequena área aberta”). Durante a amamentação, grandes glândulas sebáceas na aréola produzem uma secreção oleosa que minimiza cortes e rachaduras na pele do mamilo. Internamente, a glândula mamária consiste em 15 a 25 lobos, sendo cada um deles uma glândula alveolar composta (glândulas mamárias) que se abre no mamilo. Os lobos são separados uns dos outros por uma grande quantidade de tecido adiposo e por faixas de tecido conjuntivo interlobar que formam os ligamentos suspensores das mamas. Esses ligamentos vão dos músculos esqueléticos subjacentes até a derme sobrejacente e fornecem, como o nome sugere, suporte para as mamas. Os lobos da mama consistem em unidades menores chamadas lóbulos, compostas de minúsculos alvéolos, ou ácinos, agrupados como um cacho de uva. As paredes dos alvéolos consistem em um epitélio cuboide simples de células secretoras de leite. Partindo dos alvéolos, o leite passa por ductos cada vez maiores até chegar aos ductos maiores, chamados ductos lactíferos (lactíferos = que transportam leite), situados profundamente no mamilo. Profundo à aréola, cada ducto lactífero possui uma região dilatada chamada de seio lactífero, onde o leite se acumula durante a amamentação. GLÂNDULAS MAMÁRIAS APG 20 @juliaasoare_ HISTOLOGIA Estrutura das glândulas mamárias durante a puberdade e na mulher adulta Antes da puberdade, as glândulas mamárias são compostas de porções dilatadas, os seios galactóforos, e várias ramificações desses seios, os ductos galactóforos. Seu desenvolvimento em meninas durante a puberdade faz parte do processo de aquisição das características sexuais secundárias. Durante esse período, as mamas aumentam de tamanho e desenvolvem um mamilo proeminente. Em meninos, as mamas normalmente permanecem planas. O aumento das mamas durante a puberdade resulta do acúmulo de tecido adiposo e conjuntivo, além de certo crescimento e ramificação dos ductos galactóforos. A proliferação desses ductos e o acúmulo de gordura se devem ao aumento da quantidade de estrógenos circulantes durante a puberdade. Na mulher adulta, a estrutura característica da glândula – o lóbulo – desenvolve-se a partir das extremidades dos menores ductos. Um lóbulo consiste em vários ductos intralobulares que se unem em um ducto interlobular terminal. Cada lóbulo é imerso em tecido conjuntivo intralobular frouxo e muito celularizado, sendo que o tecido conjuntivo interlobular que separa os lóbulos é mais denso e menos celularizado. Próximo à abertura do mamilo, os ductos galactóforos se dilatam para formar os seios galactóforos. As aberturas externas dos ductos são revestidas por epitélio estratificado pavimentoso, o qual bruscamente se transforma em estratificado colunar ou cuboide nos ductos galactóforos. O revestimento dos ductos galactóforos e ductos interlobulares terminais é formado por epitélio simples cuboide, envolvido por células mioepiteliais. O tecido conjuntivo que cerca os alvéolos contêm muitos linfócitos e plasmócitos. A população de plasmócitos aumenta significativamente no fim da gravidez; eles são responsáveis pela secreção de imunoglobulinas (IgA secretora), que conferem imunidade passiva ao recém- nascido. A estrutura histológica dessas glândulas sofre pequenas alterações durante o ciclo menstrual, como, por exemplo, proliferação de células dos ductos em torno da época de ovulação. Essas mudanças coincidem com o período no qual o estrógeno circulante está no seu pico. A maior hidratação do tecido conjuntivo na fase pré-menstrual pode provocar aumento do volume da mama. O mamilo tem forma cônica e pode ser rosa, marrom- claro ou marrom-escuro. Externamente, é coberto por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado contínuo com o da pele adjacente. A pele ao redor do mamilo constitui a aréola. Sua cor escurece durante a gravidez, como resultado de acúmulo local de melanina, e após o parto pode ficar mais claro, mas raramente retorna à sua tonalidade original. O epitélio do mamilo repousa sobre uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras @juliaasoare_ musculares lisas, as quais estão dispostas circularmente ao redor dos ductos galactóforos mais profundos e paralelamente a eles quando entram no mamilo. O mamilo é provido de abundantes terminações nervosas sensoriais, importantes para produzir o reflexo da ejeção do leite pela secreção de ocitocina. Glândulas mamárias durante a gravidez e a lactação As glândulas mamárias sofrem intenso crescimento durante a gravidez por ação sinérgica de vários hormônios, principalmente estrógenos, progesterona, prolactina e lactogênio placentário humano. Uma das ações desses hormônios é o desenvolvimento de alvéolos nas extremidades dos ductos interlobulares terminais. Os alvéolos são conjuntos esféricos ou arredondados de células epiteliais, que são as estruturas ativamente secretoras de leite na lactação. Quatro a seis células mioepiteliais de forma estrelada envolvem cada alvéolo e se localizam entre as células epiteliais alveolares e a lâmina basal do epitélio. Durante a lactação, a quantidade de tecido conjuntivo e adiposo diminui consideravelmente em relação ao parênquima. Algumas gotículas de gordura e vacúolos secretores limitados por membrana contendo vários agregados de proteínas de leite são encontrados no citoplasma apical das células alveolares no fim da gestação. Na lactação, as células secretoras se tornam cuboides pequenas e baixas, e o seu citoplasma apresenta gotículas esféricas de vários tamanhos que contêm triglicerídios, principalmente neutros. Essas gotículas de lipídio são liberadas no lúmen envolvidas por uma porção da membrana apical da célula. Lipídios constituem aproximadamente 4% do leite humano. O leite produzido pelas células epiteliais dos alvéolos se acumula no lúmen dos alvéolos e dentro dos ductos galactóforos. Além das gotículas de lipídios, há, na porção apical das células secretoras, um número grande de vacúolos limitados por membrana que contêm caseínas e outras proteínas do leite, inclusive lactalbumina e IgA. As proteínas constituem aproximadamente 1,5% do leite humano. A lactose, que é o açúcar do leite, é sintetizada a partir de glicose e galactose e constitui aproximadamente 7% do leite humano.A primeira secreção das glândulas mamárias após o parto é chamada de colostro. Ele contém menos gordura e mais proteína que o leite regular, além de ser rico em anticorpos (predominantemente IgA secretora), que fornecem algum grau de imunidade passiva ao recém- nascido, especialmente no lúmen intestinal. Quando uma mulher está amamentando, a ação mecânica da sucção do mamilo estimula receptores táteis, resultando em liberação de ocitocina da neuro-hipófise. Esse hormônio causa a contração das células mioepiteliais nos alvéolos e ductos, resultando em expulsão do leite (reflexo de ejeção). Estímulos emocionais negativos, como frustração, ansiedade ou raiva, podem se refletir no funcionamento do hipotálamo e inibir a liberação de ocitocina, prevenindo, assim, o reflexo @juliaasoare_ Regressão pós-lactacional e involução senil das glândulas mamárias Quando cessa a amamentação (desmame), a maioria dos alvéolos desenvolvidos durante a gravidez sofre degeneração por apoptose. Assim, células inteiras são liberadas no lúmen dos alvéolos, e seus restos são retirados por macrófagos. Depois da menopausa, ocorre a involução das glândulas mamárias em consequência da diminuição da produção regular de hormônios sexuais. A involução é caracterizada por redução em tamanho e atrofia das porções secretoras e, até certo ponto, dos ductos. Modificações atróficas afetam também o tecido conjuntivo interlobular. FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO Desenvolvimento das mamas As mamas, começam a se desenvolver na puberdade. Esse desenvolvimento é estimulado pelos estrogênios do ciclo sexual feminino mensal; os estrogênios estimulam o crescimento da parte glandular das mamas, além do depósito de gordura que dá massa às mamas. Além disso, ocorre crescimento bem mais intenso durante o estado de altos níveis de estrogênio da gravidez, e só então o tecido glandular fica inteiramente desenvolvido para a produção de leite. Os Estrogênios Estimulam o Crescimento do Sistema de Ductos das Mamas. Durante toda a gravidez, a grande quantidade de estrogênios secretada pela placenta faz com que o sistema de ductos das mamas cresça e se ramifique. Simultaneamente, o estroma das mamas aumenta em quantidade, e grande quantidade de gordura é depositada no estroma. Quatro outros hormônios são igualmente importantes para o crescimento do sistema de ductos: hormônio do crescimento, prolactina, os glicocorticoides adrenais e insulina. Sabe-se que cada um desses hormônios tem pelo menos algum papel no metabolismo das proteínas, o que, presumivelmente, explica a função deles no desenvolvimento das mamas. A Progesterona É Necessária para o Desenvolvimento Total do Sistema Lóbulo-Alveolar. O desenvolvimento final das mamas em órgãos secretores de leite também requer progesterona. Quando o sistema de ductos estiver desenvolvido, a progesterona — agindo sinergicamente com o estrogênio, bem como com os outros hormônios mencionados — causará o crescimento adicional dos lóbulos mamários, com multiplicação dos alvéolos e desenvolvimento de características secretoras nas células dos alvéolos. Essas mudanças são análogas aos efeitos secretores da progesterona no endométrio uterino na última metade do ciclo menstrual feminino. A prolactina promove a lactação Embora o estrogênio e a progesterona sejam essenciais ao desenvolvimento físico das mamas durante a gravidez, um efeito especial de ambos esses hormônios é inibir a verdadeira secreção de leite. Por outro lado, o hormônio prolactina tem o efeito exatamente oposto na secreção de leite, promovendo- a. A prolactina é secretada pela hipófise anterior materna, e sua concentração no sangue da mãe aumenta uniformemente a partir da quinta semana de gravidez até o nascimento do bebê, época em que já aumentou de 10 a 20 vezes o nível normal não grávido. Além disso, a placenta secreta grande quantidade de somatomamotropina coriônica humana, que provavelmente tem propriedades lactogênicas, apoiando, assim, a prolactina da hipófise materna durante a gravidez. Mesmo assim, devido aos efeitos supressivos do estrogênio e da progesterona, não mais do que uns poucos mililitros de líquido são secretados a cada dia até após o nascimento do bebê. O líquido secretado, nos últimos dias antes e nos primeiros dias após o parto, é denominado colostro, que contém, essencialmente, as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas quase nenhuma gordura, e sua taxa máxima de produção é cerca de 1/100 da taxa subsequente de produção de leite. Imediatamente depois que o bebê nasce, a perda súbita tanto de secreção de estrogênio quanto de progesterona da placenta permite que o efeito lactogênico da prolactina da hipófise materna assuma seu Aproximadamente 9% de todas as mulheres nascidas nos EUA desenvolvem câncer de mama em algum momento de sua vida. A maioria desses cânceres é de carcinomas que se originam de células epiteliais dos ductos galactóforos. Se essas células se espalham para pulmões, cérebro ou osso, provocando metástases nesses órgãos, o carcinoma de mama se torna uma causa importante de morte. A descoberta precoce (por autoexame, mamografia, exame de ultrassom e outras técnicas) e, consequentemente, o tratamento precoce reduzem significativamente a taxa de mortalidade por câncer de mama. @juliaasoare_ papel natural de promotor da lactação, e no período de 1 a 7 dias as mamas começam a secretar quantidades copiosas de leite, em vez de colostro. Essa secreção de leite requer uma secreção de suporte adequada da maioria dos outros hormônios maternos também, porém os mais importantes são hormônio do crescimento, cortisol, paratormônio e insulina. Esses hormônios são necessários para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, fundamentais para a formação do leite. Depois do nascimento do bebê, o nível basal da secreção de prolactina retorna aos níveis não grávidos durante algumas semanas. Entretanto, cada vez que a mãe amamenta o bebê, sinais neurais dos mamilos para o hipotálamo causam um pico de 10 a 20 vezes da secreção de prolactina, que dura aproximadamente 1 hora. Essa prolactina age nas mamas maternas para manter as glândulas mamárias secretando leite nos alvéolos para os períodos de amamentação subsequentes. Se o pico de prolactina estiver ausente, ou for bloqueado em decorrência de dano hipotalâmico ou hipofisário, ou se a amamentação não prosseguir, as mamas perdem a capacidade de produzir leite dentro de mais ou menos uma semana. Entretanto, a produção de leite pode se manter por vários anos se a criança continuar a sugar, embora a formação de leite, normalmente, diminua consideravelmente depois de 7 a 9 meses. O Hipotálamo Secreta o Hormônio Inibidor da Prolactina. O hipotálamo tem papel essencial no controle da secreção de prolactina, como na maioria de todos os outros hormônios hipofisários anteriores. Contudo, esse controle é diferente em um aspecto: o hipotálamo essencialmente estimula a produção de todos os outros hormônios, mas efetivamente inibe a produção de prolactina. Por conseguinte, o comprometimento do hipotálamo ou o bloqueio do sistema portal hipotalâmico- hipofisário geralmente aumenta a secreção de prolactina, enquanto deprime a secreção dos outros hormônios hipofisários anteriores. Por isso, acredita-se que a secreção pela hipófise anterior de prolactina seja controlada totalmente, ou quase totalmente, por fator inibidor formado no hipotálamo e transportado pelo sistema portal hipotalâmico-hipofisário à hipófise anterior. Este fator é, por vezes, chamado hormônio inibidor de prolactina, se bem que ele é quase certamente o mesmo que a catecolamina dopamina, conhecida por ser secretada pelos núcleos arqueados do hipotálamo e que pode diminuir a secreção de prolactina em até 10 vezes. A Supressãodos Ciclos Ovarianos Femininos na Nutriz Por Muitos Meses Após o Parto. Na maioria das nutrizes, o ciclo ovariano (e a ovulação) não retorna até poucas semanas depois de ela parar de amamentar. A razão disso parece ser que os mesmos sinais neurais das mamas para o hipotálamo que provocam a secreção de prolactina durante o ato de sugar — seja devido aos sinais nervosos ou devido a efeito subsequente de mais prolactina — inibem a secreção do hormônio liberador da gonadotropina pelo hipotálamo. Isto, por sua vez, suprime a formação dos hormônios gonadotrópicos hipofisários — hormônio luteinizante e hormônio folículo- estimulate. Entretanto, após vários meses de lactação, em algumas mulheres, especialmente naquelas que amamentam seus bebês apenas parte do tempo, a hipófise começa a secretar hormônios gonadotrópicos suficientes para restabelecer o ciclo sexual mensal, embora a amamentação continue. O processo de ejeção (ou “descida”) na secreção de leite — a função da ocitocina O leite é secretado de maneira contínua nos alvéolos das mamas, mas não flui facilmente dos alvéolos para o sistema de ductos e, portanto, não vaza continuamente pelos mamilos. Em vez disso, o leite precisa ser ejetado dos alvéolos para os ductos, antes de o bebê poder obtê-lo. Essa ejeção é causada por um reflexo neurogênico e hormonal combinado, que envolve o hormônio hipofisário posterior ocitocina. Quando o bebê suga, ele não recebe quase nenhum leite por mais ou menos 30 segundos. Primeiramente, é preciso que impulsos sensoriais sejam transmitidos através dos nervos somáticos dos mamilos para a medula espinal da mãe e, então, para o seu hipotálamo, onde desencadeiam sinais neurais que promovem a secreção @juliaasoare_ de ocitocina, ao mesmo tempo em que causam secreção de prolactina. A ocitocina é transportada no sangue para as mamas, onde faz com que as células mioepiteliais (que circundam as paredes externas nos alvéolos) se contraiam, assim transportando o leite dos alvéolos para os ductos, sob uma pressão de +10 a 20 mmHg. Em seguida, a sucção do bebê fica efetiva em remover o leite. Assim, dentro de 30 segundos a 1 minuto depois que o bebê começa a sugar, o leite começa a fluir. Esse processo é denominado ejeção ou descida do leite. O ato de sugar uma mama faz com que o leite flua não só naquela mama, mas também na oposta. É especialmente interessante que, quando a mãe pensa no bebê ou o escuta chorar, muitas vezes isso proporciona um sinal emocional suficiente para o hipotálamo provocar a ejeção de leite. A Inibição da Ejeção de Leite. Um problema particular na amamentação vem do fato de que diversos fatores psicogênicos ou até mesmo a estimulação generalizada do sistema nervoso simpático em todo o corpo materno possam inibir a secreção de ocitocina e, consequentemente, deprimir a ejeção de leite. Por essa razão, muitas mães devem ter um período de ajuste após o nascimento, sem transtornos para obter sucesso na amamentação de seus bebês. A composição do leite e a depleção metabólica na mãe causada pela lactação A concentração de lactose no leite humano é cerca de 50% maior que no leite de vaca, mas a concentração de proteína no leite de vaca é, em geral, duas a três vezes maior que no leite materno. Finalmente, apenas um terço de cinzas que contêm cálcio e outros minerais é encontrado no leite materno em comparação ao leite de vaca. No auge da lactação na mulher, 1,5 litro de leite pode ser formado a cada dia (e até mais se a mulher tiver gêmeos). Com esse grau de lactação, grande quantidade de energia é drenada da mãe; aproximadamente 650 a 750 quilocalorias por litro (ou 19 a 27,15 quilocalorias por grama) estão contidas no leite materno, embora a composição e o teor calórico do leite dependam da dieta da mãe e de outros fatores, como a dimensão dos seios. Grandes quantidades de substratos metabólicos são perdidas da mãe. Por exemplo, cerca de 50 gramas de gordura que entram no leite todos os dias, bem como cerca de 100 gramas de lactose, que deve ser derivada da conversão da glicose materna. Além disso, 2 a 3 gramas de fosfato de cálcio podem ser perdidos por dia; a menos que a mãe beba grandes quantidades de leite e tenha uma ingestão adequada de vitamina D, o débito de cálcio e fosfato pela nutriz, geralmente, será bem maior do que a ingestão dessas substâncias. Para suprir as necessidades de cálcio e fosfato, as glândulas paratireoides aumentam bastante, e os ossos são progressivamente descalcificados. Normalmente, a descalcificação óssea materna não representa grande problema durante a gravidez, mas pode tornar-se mais importante durante a lactação. Anticorpos e Outros Agentes Anti-infecciosos no Leite. Não só o leite fornece ao recém-nascido os nutrientes adequados, como também proporciona uma proteção importante contra infecções. Por exemplo, vários tipos de anticorpos e outros agentes anti-infecciosos são secretados no leite, em conjunto com outros nutrientes. Além disso, diversos tipos de leucócito são secretados, incluindo neutrófilos e macrófagos, alguns dos quais são especialmente letais a bactérias que poderiam causar infecções mortais aos recém-nascidos. Particularmente importantes são anticorpos e macrófagos que destroem a bactéria Escherichia coli, que, com frequência, causa diarreia letal em recém-nascidos. Quando o leite de vaca é usado para fornecer nutrição ao bebê no lugar do leite materno, os agentes protetores, no leite de vaca, geralmente são de pouco valor porque, normalmente, são destruídos em questão de minutos no ambiente interno do ser humano. Fibroadenoma de mama (AJMAL, 2021) Um fibroadenoma é um tumor de mama indolor, unilateral, benigno (não canceroso) que é um nódulo sólido, não cheio de líquido. Ocorre mais comumente em mulheres entre 14 e 35 anos, mas pode ser encontrada em qualquer idade. Os fibroadenomas diminuem após a menopausa e, portanto, são menos comuns em mulheres na pós- menopausa. Os fibroadenomas são frequentemente chamados de camundongos de mama devido à sua alta mobilidade. Os fibroadenomas são uma massa semelhante a mármore compreendendo tecidos epiteliais e estromais localizados sob a pele da mama. Essas massas firmes e emborrachadas com bordas regulares geralmente variam em tamanho. @juliaasoare_ As causas do fibroadenoma são discutíveis, mas os profissionais acreditam que a lesão tenha uma etiologia hormonal relacionada ao aumento da sensibilidade do tecido mamário ao hormônio reprodutor feminino estrogênio. O fibroadenoma geralmente cresce durante a gravidez e tende a diminuir durante a menopausa. Isso apoia a teoria etiológica hormonal. Mulheres que tomam contraceptivos orais antes dos 20 anos de idade tendem a sofrer de fibroadenoma em taxas mais altas do que a população em geral. Fisiopatologia hormonal: O fibroadenoma surge a partir de células do tecido conjuntivo estromal e epitelial que são funcional e mecanicamente importantes na mama. Esses tecidos contêm receptores para estrogênio e progesterona. Por esse motivo, os fibroadenomas tendem a se proliferar durante a gravidez devido à produção excessiva de hormônios reprodutivos femininos. A sensibilidade hormonal causa proliferação excessiva de tecidos conjuntivos mamários. Histopatologia: Um fibroadenoma é uma lesão bem circunscrita, não encapsulada, com bordas empurradas que não infiltra o parênquima mamário adjacente. Eles são caracterizados por uma proliferação celular de estroma e glândulas (ductos mamários benignos). A razão entre estroma e glândulas é relativamente constante em toda a lesão. Doença de Paget da Mama (RIBEIRO, 2021) A doença de Paget da mama é uma patologia rara, mais frequentemente associada ao sexo feminino, com um pico de incidência entre os 50 e os 60 anos. Afeta o complexo areolo-mamilar (CAM)e está comummente associada a um carcinoma in situ ou invasivo subjacente. A sua apresentação clínica inicial pode resultar de alterações inespecíficas do mamilo tais como dor, ardor, eritema ou prurido. A doença tende a evoluir do mamilo para a aréola com consequente ulceração e destruição do complexo areolo-mamilar. Referências: Marieb, 2014 Tortora, 2016 Guyton, 2017 Junqueira e Carneiro, 2017 @juliaasoare_
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