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apg 22 sistema genital masculino

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HN 
ESCROTO 
O escroto, a estrutura que contém os testículos, consiste 
em pele solta e tela subcutânea subjacente. 
Ele está pendurado na raiz (parte anexa) do pênis. 
Externamente, o escroto parece uma bolsa de pele 
ímpar separada em porções laterais por uma crista 
mediana chamada de rafe do escroto. 
Internamente, o septo do escroto divide o escroto em 
dois sacos, cada um contendo um testículo. 
O septo do escroto é constituído por uma tela 
subcutânea e tecido muscular chamado músculo dartos, 
que é composto de feixes de fibras de músculo liso. O 
músculo dartos também é encontrado na tela 
subcutânea do escroto. 
Associado a cada testículo no escroto está o músculo 
cremaster, várias pequenas bandas de músculo 
esquelético que descem como uma extensão do 
músculo oblíquo interno do abdome por meio do funículo 
espermático para circundar os testículos. 
A localização do escroto e a contração de suas fibras 
musculares regulam a temperatura dos testículos. 
A produção normal de espermatozoides demanda uma 
temperatura de aproximadamente 2 a 3 °C abaixo da 
temperatura corporal central. Esta temperatura reduzida 
é mantida no escroto porque ele está fora da cavidade 
pélvica. 
Em resposta a temperaturas frias, os músculos 
cremaster e dartos se contraem. 
A contração dos músculos cremaster move os testículos 
para mais perto do corpo, onde eles podem absorver o 
calor do corpo. 
A contração do músculo dartos reduz o volume do 
escroto (de aspecto enrugado), o que reduz a perda de 
calor. A exposição ao calor inverte essas ações. 
 
 
 
 
 
 
 
TESTÍCULOS 
Os testículos são um par de glândulas ovais no escroto 
com aproximadamente 5 cm de comprimento e 2,5 cm 
de diâmetro. Cada testículo tem massa de 10 a 15 g. 
Os testículos são as gônadas masculinas, que produzem 
espermatozoides e hormônios masculinos, 
principalmente testosterona. 
Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos 
espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-
se em posição mais baixa do que o direito. 
 
Vascularização dos testículos: 
As longas artérias testiculares originam-se da face 
anterolateral da parte abdominal da aorta, imediatamente 
abaixo das artérias renais. 
Elas seguem no retroperitônio (posterior ao peritônio) 
em direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as 
partes inferiores das artérias ilíacas externas para chegar 
aos anéis inguinais profundos. 
Entram nos canais inguinais através dos anéis profundos, 
atravessam os canais, saem deles através dos anéis 
Sistema Genital Masculino 
APG 22 
@juliaasoare_ 
inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos 
para irrigar os testículos. 
A artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se 
com a artéria do ducto deferente. 
As veias que emergem do testículo e do epidídimo 
formam o plexo venoso pampiniforme, uma rede de 8 a 
12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que 
circundam a artéria testicular no funículo espermático. 
O plexo pampiniforme faz parte do sistema 
termorregulador do testículo (juntamente com os 
músculos cremaster e dartos), ajudando a manter essa 
glândula em temperatura constante. 
As veias de cada plexo pampiniforme convergem 
superiormente, formando uma veia testicular direita, que 
entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular 
esquerda, que entra na veia renal esquerda. 
A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia 
testiculares até os linfonodos lombares direitos e 
esquerdos (caval/aórtico) e pré-aórticos. 
Os nervos autônomos do testículo originam-se como o 
plexo nervoso testicular sobre a artéria testicular, que 
contém fibras simpáticas do segmento T10(–T11) da 
medula espinal, fibras aferentes viscerais e, talvez, fibras 
parassimpáticas vagais. Fibras autônomas também 
chegam ao testículo via plexo deferencial. 
 
Histologia do testículo: 
Cada testículo é envolvido por uma grossa cápsula de 
tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. 
Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos para 
formar o mediastino do testículo, do qual partem septos 
fibrosos. 
Esses septos penetram o testículo, dividindo-o em 
aproximadamente 250 compartimentos piramidais 
chamados lóbulos testiculares. Esses septos são 
incompletos, e frequentemente há intercomunicação 
entre os lóbulos. 
Cada lóbulo é ocupado por um a quatro túbulos 
seminíferos, que se alojam como novelos envolvidos por 
um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos 
e linfáticos, nervos e células intersticiais (células de 
Leydig). 
Os túbulos seminíferos produzem as células reprodutoras 
masculinas, os espermatozoides, enquanto as células 
intersticiais secretam andrógeno testicular. 
Os testículos se desenvolvem em posição 
retroperitoneal, na parede dorsal da cavidade abdominal. 
Durante o desenvolvimento fetal, eles migram e se 
alojam na bolsa escrotal e ficam suspensos na 
extremidade do cordão espermático. 
Por causa da migração, cada testículo arrasta consigo um 
folheto do peritônio, a túnica vaginal. 
Esta túnica consiste em uma camada parietal exterior e 
uma camada visceral interna, que recobrem a túnica 
albugínea nas porções laterais e anterior do testículo. 
A bolsa escrotal tem um papel importante na 
manutenção dos testículos a uma temperatura abaixo da 
intra-abdominal. 
 
Túbulos Seminíferos: Os espermatozoides são 
produzidos nos túbulos seminíferos, que são túbulos 
enovelados. 
Cada testículo tem 250 a 1.000 túbulos seminíferos que 
medem 150 a 250 mm de diâmetro e 30 a 70 cm de 
comprimento cada um, sendo o comprimento 
combinado dos túbulos de um testículo de 
aproximadamente 250 m. 
@juliaasoare_ 
Os túbulos estão dispostos em alças, e suas 
extremidades se continuam com curtos tubos 
conhecidos por túbulos retos. 
Os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos a um 
labirinto de canais anastomosados em forma de rede, 
revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou 
cúbico, constituindo a rede testicular no mediastino do 
testículo. 
Em continuação, aproximadamente 10 a 20 ductos 
eferentes conectam a rede testicular ao início da porção 
seguinte do sistema de ductos – o ducto epididimário ou 
ducto do epidídimo. 
A parede dos túbulos seminíferos é formada por várias 
camadas de células denominadas epitélio germinativo ou 
epitélio seminífero, o qual é envolvido por uma lâmina 
basal e por uma bainha de tecido conjuntivo. 
O tecido conjuntivo, por sua vez, é formado por 
fibroblastos, e sua camada mais interna, aderida à lâmina 
basal, é formada por células mioides achatadas e 
contráteis e que têm características de células 
musculares lisas. 
As células intersticiais ou de Leydig se situam nesse 
tecido conjuntivo e ocupam a maior parte do espaço 
entre os túbulos seminíferos. 
 
O epitélio seminífero é formado por duas populações 
distintas de células: as células de Sertoli e as células que 
constituem a linhagem espermatogênica. Essas duas 
populações têm morfologia, origem embriológica e 
funções bastante distintas.. 
As células da linhagem espermatogênica se dispõem em 
4 a 8 camadas, e sua função é produzir 
espermatozoides. Elas se originaram do saco vitelino do 
embrião. 
Por volta do 5o mês de vida fetal, um pequeno grupo 
de células, denominadas células germinativas primordiais, 
migra do saco vitelino para a gônada que está em 
desenvolvimento. Neste local as células proliferam e 
colonizam a gônada, originando células denominadas 
espermatogônias. 
A produção de espermatozoides é chamada 
espermatogênese, um processo que inclui divisão celular 
por mitose e meiose e é seguida pela diferenciação final 
das células em espermatozoides, chamada 
espermiogênese. 
ESPERMATOGÊNESE 
Nos seres humanos, a espermatogênese leva de 65 a 
75 dias. 
Começa com a espermatogônias, que contêm o número 
diploide (2n) de cromossomos. 
As espermatogônias são tipos de células-tronco; quando 
sofrem mitose, algumasespermatogônias permanecem 
próximo da membrana basal dos túbulos seminíferos em 
um estado não diferenciado, para servir como um 
reservatório de células para a divisão celular futura e 
subsequente produção de espermatozoides. 
O restante das espermatogônias perde contato com a 
membrana basal, espreme-se através das junções 
oclusivas da barreira hematotesticular, sofre alterações de 
desenvolvimento e diferencia-se em espermatócitos 
primários. 
Os espermatócitos primários, como as espermatogônias, 
são diploides (2n); ou seja, contêm 46 cromossomos. 
Pouco depois de se formar, cada espermatócito primário 
replica seu DNA e então começa a meiose. 
Na meiose I, pares de cromossomos homólogos se 
alinham na placa metafásica, e ocorre o crossing-over. 
Em seguida, o fuso meiótico puxa um cromossomo 
(duplicado) de cada par para um polo oposto da célula 
em divisão. 
As duas células formadas pela meiose I são chamadas de 
espermatócitos secundários. Cada espermatócito 
secundário tem 23 cromossomos, o número haploide (n). 
Cada cromossomo dentro de um espermatócito 
secundário, no entanto, é constituído por 2 cromátides 
(2 cópias do DNA) ainda ligadas por um centrômero. 
Não há replicação de DNA nos espermatócitos 
secundários. 
@juliaasoare_ 
Na meiose II, os cromossomos se alinham em fila indiana 
ao longo da placa metafásica, e as duas cromátides de 
cada cromossomo se separam. 
As quatro células haploides resultantes da meiose II são 
chamadas de espermátides. Portanto, um único 
espermatócito primário produz quatro espermátides por 
meio de dois episódios de divisão celular (meiose I e 
meiose II). 
Durante a espermatogênese ocorre um processo único. 
Conforme as células espermatogênicas proliferam, elas 
não conseguem completar a separação citoplasmática 
(citocinese). 
As células permanecem em contato por meio de pontes 
citoplasmáticas ao longo de todo o seu desenvolvimento. 
Este padrão de desenvolvimento provavelmente é 
responsável pela produção sincronizada de 
espermatozoides em qualquer área do túbulo seminífero. 
Também pode ser importante para a sobrevivência de 
metade dos espermatozoides contendo um 
cromossomo X e metade contendo um cromossomo Y. 
O cromossomo X maior pode transportar os genes 
necessários para a espermatogênese que estão faltando 
no cromossomo Y menor. 
A fase final da espermatogênese, a espermiogênese, 
consiste no desenvolvimento de espermátides haploides 
em espermatozoides. 
Não ocorre divisão celular na espermiogênese; cada 
espermátide se torna um espermatozoide único. 
Durante este processo, as espermátides esféricas se 
transformam no espermatozoide delgado e alongado. 
Um acrossomo forma-se no topo do núcleo, que se 
condensa e se alonga, um flagelo se desenvolve, e as 
mitocôndrias se multiplicam. 
As células sustentaculares eliminam o excesso de 
citoplasma que se desprende. 
Por fim, os espermatozoides são liberados de suas 
conexões com as células sustentaculares, em um evento 
conhecido como espermiação. O espermatozoide então 
entra no lúmen do túbulo seminífero. 
O líquido secretado pelas células sustentaculares 
“empurra” os espermatozoides ao longo de seu caminho 
em direção aos ductos dos testículos. 
Neste momento, os espermatozoides ainda não 
conseguem se deslocam sozinhos. 
 
ESPERMATOZOIDE 
A cada dia, aproximadamente 300 milhões de 
espermatozoides concluem o processo de 
espermatogênese. 
Um espermatozoide tem aproximadamente 60 μm de 
comprimento e contém várias estruturas que são 
adaptadas para alcançar e penetrar um ovócito 
secundário. 
As principais partes de um espermatozoide são a cabeça 
e a cauda. 
A cabeça pontiaguda e achatada do espermatozoide 
mede aproximadamente 4 a 5 μm de comprimento. Ela 
contém um núcleo com 23 cromossomos bem 
acondicionados. 
Englobando os dois terços anteriores do núcleo está o 
acrossomo, uma vesícula semelhante a capa preenchida 
com enzimas que ajudam o espermatozoide a penetrar 
no ovócito secundário para promover a fertilização. Entre 
as enzimas estão as proteases e a hialuronidase. 
A cauda de um espermatozoide é subdividida em quatro 
partes: colo, peça intermediária, peça principal e peça 
terminal. O colo é a região encontrada imediatamente 
atrás da cabeça, que contém centríolos. Os centríolos 
formam os microtúbulos que compreendem o restante 
da cauda. A peça intermediária contém mitocôndrias 
dispostas em espiral, que fornecem energia (ATP) para 
@juliaasoare_ 
a locomoção dos espermatozoides até o local da 
fertilização e para o metabolismo do espermatozoide. A 
peça principal é a parte mais longa da cauda, e a peça 
terminal é a parte distal e afilada da cauda. 
Uma vez ejaculados, a maior parte dos espermatozoides 
não sobrevive por mais de 48 h no sistema genital 
feminino. 
 
CONTROLE HORMONAL DA FUNÇÃO TESTICULAR 
Embora os fatores de iniciação sejam desconhecidos, na 
puberdade, determinadas células neurosecretoras do 
hipotálamo aumentam a sua secreção de hormônio 
liberador de gonadotropina (GnRH). 
Este hormônio estimula, por sua vez, os gonadotropos 
na adeno-hipófise a aumentar sua secreção de duas 
gonadotropinas, o hormônio luteinizante (LH) e o 
hormônio foliculoestimulante (FSH). 
O LH estimula as células intersticiais que estão localizadas 
entre os túbulos seminíferos a secretar o hormônio 
testosterona. 
Este hormônio esteroide é sintetizado a partir do 
colesterol nos testículos e é o principal androgênio. É 
lipossolúvel e se difunde facilmente das células intersticiais 
para o líquido intersticial e, em seguida, para o sangue. 
A testosterona, via feedback negativo, suprime a 
secreção de LH pelos gonadotropos da adeno-hipófise e 
suprime a secreção de GnRH pelas células 
neurossecretoras do hipotálamo. 
Em algumas células-alvo, como aquelas dos órgãos 
genitais externos e da próstata, a enzima 5-alfarredutase 
converte a testosterona em outro androgênio, chamado 
di-hidrotestosterona (DHT). 
O FSH atua indiretamente ao estimular a 
espermatogênese. 
O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas 
células sustentaculares estimulando a secreção da 
proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos 
túbulos seminíferos e no líquido intersticial em torno das 
células espermatogênicas. 
A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua 
concentração elevada. A testosterona estimula as etapas 
finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. 
Uma vez alcançado o grau de espermatogênese 
necessário para as funções reprodutivas masculinas, as 
células sustentaculares liberam inibina, um hormônio 
proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH 
pela adeno-hipófise. Se a espermatogênese ocorrer 
muito lentamente, menos inibina é liberada, o que 
possibilita maior secreção de FSH e aumento da 
espermatogênese. 
A testosterona e a di-hidrotestosterona se ligam aos 
mesmos receptores de androgênios, que se encontram 
no interior dos núcleos das células-alvo. O complexo 
hormônio-receptor regula a expressão do gene, ativando 
alguns genes e desativando outros. 
Em decorrência dessas alterações, os androgênios 
produzem vários efeitos: 
• Desenvolvimento pré-natal. Antes do nascimento, a 
testosterona estimula o padrão masculino de 
desenvolvimento dos ductos do sistema genital e a 
descida dos testículos para o escroto. A di-
hidrotestosterona estimula o desenvolvimento dos 
genitais externos. A testosterona também é convertida 
no encéfalo em estrogênios (hormônios feminilizantes), 
que podem atuar no desenvolvimento de determinadas 
regiões do encéfalo em homens 
• Desenvolvimento das características sexuais masculinas. 
Na puberdade, a testosterona e a di-hidrotestosterona 
realizam o desenvolvimento e o alargamento dos órgãos 
sexuais masculinos e o desenvolvimento das 
características sexuais secundárias masculinas. As 
características sexuais secundárias distinguem os homens 
das mulheres, mas não têm um papel direto nareprodução. Estes incluem o crescimento muscular e 
esquelético que resulta em ombros largos e quadris 
estreitos; os pelos faciais e torácicos (dentro dos limites 
da hereditariedade) e a presença de mais pelos em 
outras partes do corpo; o espessamento da pele; o 
aumento da secreção das glândulas sebáceas e o 
@juliaasoare_ 
aumento da laringe e consequente engrossamento da 
voz 
• Desenvolvimento da função sexual. Os androgênios 
contribuem para o comportamento sexual masculino e 
espermatogênese, e para o desejo sexual (libido) em 
homens e mulheres. Lembre-se de que o córtex da 
glândula suprarrenal é a principal fonte de androgênios 
nas mulheres 
• Estimulação do anabolismo. Os androgênios são 
hormônios anabólicos; isto é, estimulam a síntese de 
proteínas. Este efeito é evidente no maior peso dos 
músculos e massa óssea que é observado na maior parte 
dos homens em comparação às mulheres. 
Um sistema de feedback negativo regula a produção de 
testosterona. Quando a concentração de testosterona no 
sangue aumenta até um determinado nível, isso inibe a 
liberação de GnRH pelas células hipotalâmicas. Como 
resultado, há menos GnRH no sangue portal que flui do 
hipotálamo para a adeno-hipófise. 
Os gonadotropos na adeno-hipófise então liberam menos 
LH, de modo que a concentração de LH no sangue 
sistêmico cai. Com menos estimulação pelo LH, as células 
intersticiais dos testículos secretam menos testosterona, 
e há um retorno à homeostasia. 
Se a concentração de testosterona no sangue cai muito, 
no entanto, o GnRH é novamente liberado pelo 
hipotálamo e estimula a secreção de LH pela adeno-
hipófise. 
O LH, por sua vez, estimula a produção de testosterona 
pelos testículos. 
DUCTOS DO SISTEMA GENITAL MASCULINO 
Ductos do testículo 
A pressão produzida pelo líquido que é secretado pelas 
células sustentaculares empurra os espermatozoides e o 
líquido ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, em 
seguida, por uma série de ductos muito curtos chamados 
de túbulos seminíferos retos. 
Os túbulos seminíferos retos levam a uma rede de 
ductos no testículo chamados de rede do testículo. Da 
rede do testículo, os espermatozoides se movem por 
uma série de ductos eferentes enrolados no epidídimo, 
que se esvaziam em um tubo único chamado de ducto 
do epidídimo. 
 
Epidímio 
O epidídimo é um órgão em forma de vírgula de 
aproximadamente 4 cm de comprimento que fica ao 
longo da margem posterior de cada testículo. 
Cada epidídimo consiste principalmente em ductos do 
epidídimo bem enrolados. 
Os ductos eferentes do testículo se unem aos ductos do 
epidídimo na parte maior e superior do epidídimo, 
chamada de cabeça do epidídimo. 
O corpo do epidídimo é a parte média estreita, e a cauda 
do epidídimo é a parte inferior menor. Na sua 
extremidade distal, a cauda do epidídimo continua como 
o ducto deferente. 
Os ductos do epidídimo mediriam aproximadamente 6 m 
de comprimento se fossem desenrolados. São revestidos 
por epitélio pseudoestratificado e circundados por 
camadas de músculo liso. As superfícies livres das células 
cilíndricas contêm estereocílios, que apesar de seu nome 
são microvilosidades longas e ramificadas (não cílios) que 
aumentam a área de superfície para a reabsorção de 
espermatozoides degenerados. O tecido conjuntivo em 
torno da túnica muscular se insere nas alças do ducto do 
epidídimo e transporta os vasos sanguíneos e nervos. 
Funcionalmente, o epidídimo é o local de maturação dos 
espermatozoides, processo pelo qual o espermatozoide 
adquire motilidade e a capacidade de fertilizar um óvulo. 
Isto ocorre ao longo de um período de 
aproximadamente 14 dias. O epidídimo também ajuda a 
impulsionar os espermatozoides pelos ductos deferentes 
durante a excitação sexual, pela contração peristáltica do 
seu músculo liso. Além disso, o epidídimo armazena 
espermatozoides, que permanecem viáveis aqui por até 
vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que 
não seja ejaculado durante esse período de tempo é, 
por fim, reabsorvido. 
Ducto deferente 
No interior da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo 
torna-se menos enrolado e o seu diâmetro aumenta. 
Além deste ponto, o ducto é conhecido como ducto 
deferente 
O ducto deferente, que mede aproximadamente 45 cm 
de comprimento, ascende ao longo da margem posterior 
do epidídimo através do funículo espermático e, em 
seguida, entra na cavidade pélvica. Ele contorna o ureter 
@juliaasoare_ 
e passa lateralmente e desce pela face posterior da 
bexiga urinária. 
A parte terminal dilatada do ducto deferente é a ampola. 
A túnica mucosa do ducto deferente é composta por 
epitélio pseudoestratificado e lâmina própria (tecido 
conjuntivo areolar). A túnica muscular é composta por 
três camadas de músculo liso; as camadas interna e 
externa são longitudinais, e a camada do meio é circular. 
Funcionalmente, o ducto deferente transporta os 
espermatozoides, durante a excitação sexual, do 
epidídimo em direção à uretra por contrações 
peristálticas de seu revestimento muscular. 
Como o epidídimo, o ducto deferente também pode 
armazenar espermatozoides durante vários meses. 
Funículo espermático 
O funículo espermático é uma estrutura de suporte do 
sistema genital masculino que ascende a partir do 
escroto. 
Ele consiste na porção do ducto deferente que ascende 
através do escroto, na artéria testicular, nas veias que 
drenam os testículos e levam testosterona para a 
circulação (o plexo pampiniforme), nos nervos 
autônomos, nos vasos linfáticos e no músculo cremaster. 
O funículo espermático e o nervo ilioinguinal atravessam 
o canal inguinal, uma passagem oblíqua na parede 
abdominal anterior ligeiramente superior e paralela à 
metade medial do ligamento inguinal. 
O canal, que mede aproximadamente 4 a 5 cm de 
comprimento, tem origem no anel inguinal profundo 
(abdominal), uma abertura em forma de fenda na 
aponeurose do músculo transverso do abdome; o canal 
termina no anel inguinal superficial (subcutâneo), uma 
abertura discretamente triangular na aponeurose do 
músculo oblíquo externo do abdome. 
Nas mulheres, o ligamento redondo do útero e o nervo 
ilioinguinal passam através do canal inguinal. 
O termo varicocele se refere a uma protuberância no 
escroto decorrente da dilatação das veias que drenam 
os testículos. Em geral é mais aparente quando a pessoa 
está em pé e geralmente não requer tratamento. 
Ductos ejaculatórios 
Cada ducto ejaculatório mede aproximadamente 2 cm 
de comprimento e é formado pela união do ducto da 
glândula seminal e a ampola do ducto deferente. 
Os curtos ductos ejaculatórios formam-se imediatamente 
superiores à base (parte superior) da próstata e passam 
inferior e anteriormente através da próstata. 
Eles terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam 
os espermatozoides e secreções das glândulas seminais 
pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o 
exterior. 
Uretra 
Nos homens, a uretra é o ducto terminal compartilhado 
dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma 
passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. 
Medindo aproximadamente 20 cm, passa através da 
próstata, dos músculos profundos do períneo e do pênis; 
é subdividida em três partes. 
A parte prostática da uretra mede 2 a 3 cm de 
comprimento e passa através da próstata. Conforme 
esse ducto continua inferiormente, passa através dos 
músculos profundos do períneo, onde é conhecido como 
parte membranácea da uretra. A parte membranácea da 
uretra mede aproximadamente 1 cm de comprimento. 
Quando esse ducto passa através do corpo esponjoso 
do pênis, é conhecido como parte esponjosa da uretra, 
que mede aproximadamente 15 a 20 cm de 
comprimento. A parte esponjosa da uretra termina no 
óstio externo da uretra. 
GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSÓRIAS 
Glândulas seminais 
O par de glândulas seminais são estruturas enroladas em 
forma de bolsa que medem aproximadamente 5 cm de 
comprimento e seencontram posteriormente à base da 
bexiga urinária e anteriormente ao reto. 
Por meio dos ductos das glândulas seminais, elas 
secretam um líquido viscoso alcalino que contém frutose 
(um açúcar monossacarídio), prostaglandinas e proteínas 
de coagulação, que são diferentes das do sangue. 
A natureza alcalina do líquido seminal ajuda a neutralizar 
o meio ácido da uretra masculina e do sistema genital 
feminino, que de outro modo inativariam e matariam os 
espermatozoides. 
A frutose é utilizada para a produção de ATP pelos 
espermatozoides. 
@juliaasoare_ 
As prostaglandinas contribuem para a mobilidade e a 
viabilidade dos espermatozoides e podem estimular as 
contrações do músculo liso no sistema genital feminino. 
As proteínas de coagulação ajudam o sêmen a coagular 
após a ejaculação. 
O líquido secretado pelas glândulas seminais 
normalmente constitui aproximadamente 60% do 
volume do sêmen. 
Próstata 
A próstata é uma glândula única em forma de rosca, 
aproximadamente do tamanho de uma bola de golfe. 
Ela mede cerca de 4 cm de um lado a outro, 
aproximadamente 3 cm de cima a baixo, e cerca de 2 
cm de anterior a posterior. Encontra-se inferiormente à 
bexiga urinária e circunda a parte prostática da uretra. 
A próstata aumenta de tamanho lentamente desde o 
nascimento até a puberdade. Em seguida, se expande 
rapidamente até aproximadamente os 30 anos de idade; 
após esse período, seu tamanho normalmente 
permanece estável até os 45 anos, quando podem 
ocorrer novos aumentos. 
A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido 
(pH de aproximadamente 6,5) que contém diversas 
substâncias. 
(1) O ácido cítrico do líquido prostático é usado pelos 
espermatozoides para a produção de ATP por meio do 
ciclo de Krebs. 
(2) Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno 
prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, 
amilase e hialuronidase, que por fim quebram as 
proteínas de coagulação das glândulas seminais. 
(3) A função da fosfatase ácida secretada pela próstata 
é desconhecida. 
(4) A plasmina seminal do líquido prostático é um 
antibiótico que pode destruir as bactérias. A plasmina 
seminal pode ajudar a diminuir a quantidade de bactérias 
que ocorrem naturalmente no sêmen e no sistema 
genital inferior da mulher. 
As secreções da próstata entram na parte prostática da 
uretra por meio de diversos canais prostáticos. As 
secreções prostáticas constituem aproximadamente 
25% do volume do sêmen e contribuem para a 
motilidade e viabilidade dos espermatozoides. 
 
Glândulas bulbouretrais 
O par de glândulas bulbouretrais mede aproximadamente 
o tamanho de ervilhas. 
Elas se encontram inferiormente à próstata em ambos 
os lados da parte membranácea da uretra, no interior 
dos músculos profundos do períneo, e seus ductos se 
abrem para dentro da parte esponjosa da uretra. 
Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais 
secretam um líquido alcalino na uretra que protege os 
espermatozoides que passam ao neutralizar os ácidos da 
urina na uretra. 
Também secretam um muco que lubrifica a ponta do 
pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a 
quantidade de espermatozoides danificados durante a 
ejaculação. 
Alguns homens liberam uma ou duas gotas de muco 
durante a estimulação sexual e a ereção. Esse líquido não 
contém espermatozoides. 
Sêmen 
O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido 
seminal, um líquido que consiste nas secreções dos 
túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e 
glândulas bulbouretrais. 
O volume de sêmen em uma ejaculação típica é de 2,5 
a 5 mililitros (mℓ), com 50 a 150 milhões de 
espermatozoides por mℓ. Quando a contagem cai abaixo 
de 20 milhões/mℓ, há probabilidade de o homem ser 
infértil. É necessária uma quantidade muito grande de 
espermatozoides para a fertilização bem-sucedida, 
porque apenas uma pequena fração por fim alcança o 
ovócito secundário. 
Apesar da leve acidez do líquido prostático, o sêmen tem 
um pH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em decorrência 
do pH mais elevado e maior volume do líquido 
proveniente das glândulas seminais. A secreção 
prostática confere ao sêmen um aspecto leitoso, e os 
líquidos das glândulas seminais e glândulas bulbouretrais 
lhe dão uma consistência pegajosa. 
O líquido seminal fornece aos espermatozoides um meio 
de transporte, nutrientes e proteção do ambiente ácido 
hostil da uretra masculina e da vagina feminina. 
Uma vez ejaculado, o sêmen coagula em menos de 5 
min, em decorrência da presença de proteínas de 
coagulação das glândulas seminais. 
@juliaasoare_ 
O papel funcional da coagulação do sêmen não é 
conhecido, mas as proteínas envolvidas são diferentes 
daquelas que causam a coagulação do sangue. 
Depois de aproximadamente 10 a 20 min, o sêmen se 
reliquefaz, porque o antígeno prostático específico (PSA) 
e outras enzimas proteolíticas produzidas pela próstata 
quebram o coágulo. 
A liquefação anormal ou tardia do sêmen coagulado pode 
causar uma imobilização completa ou parcial do 
espermatozoide, inibindo desse modo o seu movimento 
ao longo do colo do útero. 
Depois de passar pelo útero e tubas uterinas, os 
espermatozoides são afetados pelas secreções da tuba 
uterina em um processo chamado de capacitação. 
A presença de sangue no sêmen é chamada de 
hemospermia. Na maior parte dos casos, é causada pela 
inflamação dos vasos sanguíneos que revestem as 
glândulas seminais; geralmente é tratada com antibióticos. 
Pênis 
O pênis contém a uretra e é uma passagem para a 
ejaculação do sêmen e a excreção de urina. 
Ele tem uma forma cilíndrica e é composto por um 
corpo, uma glande e uma raiz. 
O corpo do pênis é constituído por três massas cilíndricas 
de tecido, cada uma circundada por tecido fibroso 
chamado de túnica albugínea. 
As duas massas dorsolaterais são chamadas de corpos 
cavernosos do pênis. A massa médio-ventral menor, o 
corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da 
uretra e a mantém aberta durante a ejaculação. 
A pele e uma tela subcutânea envolvem todas as três 
massas, que consistem em tecido erétil. O tecido erétil é 
composto por diversos seios sanguíneos (espaços 
vasculares) revestidos por células endoteliais e 
circundados por músculo liso e tecido conjuntivo e 
elástico. 
A extremidade distal do corpo esponjoso do pênis é uma 
região um pouco aumentada, em forma de bolota, 
chamada de glande do pênis; a sua margem é a coroa. 
A uretra distal aumenta no interior da glande do pênis e 
forma uma abertura terminal em forma de fenda, o óstio 
externo da uretra. 
Recobrindo a glande em um pênis não circuncidado está 
o frouxamente ajustado prepúcio do pênis. 
A raiz do pênis é a porção de inserção (porção proximal). 
Consiste no bulbo do pênis, a continuação posterior 
expandida da base do corpo esponjoso do pênis, e o 
ramo do pênis, as duas porções separadas e cônicas do 
corpo cavernoso do pênis. 
O bulbo do pênis está ligado à face inferior dos músculos 
profundos do períneo e é fechado pelo músculo 
bulboesponjoso, um músculo que auxilia na ejaculação. 
Cada ramo do pênis se dobra lateralmente para longe do 
bulbo do pênis para se inserir no ísquio e ramo púbico 
inferior, e é circundado pelo músculo isquiocavernoso. 
O peso do pênis é suportado por dois ligamentos que 
são contínuos com a fáscia do pênis. (1) O ligamento 
fundiforme do pênis surge a partir da parte inferior da 
linha alba. (2) O ligamento suspensor do pênis surge a 
partir da sínfise púbica. 
Após a estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfatória 
ou imaginada), fibras parassimpáticas da porção sacral da 
medula espinal iniciam e mantêm uma ereção, o 
alargamento e o enrijecimento do pênis. 
As fibras parassimpáticas produzem e liberam óxido 
nítrico (NO). 
O NO faz com que o músculo liso das paredes das 
arteríolas que irrigam o tecido erétil relaxe, o que 
possibilita que estes vasos sanguíneos se dilatem. Isso, por 
suavez, faz com que grandes volumes de sangue 
entrem no tecido erétil do pênis. O NO também faz com 
que o músculo liso do tecido erétil relaxe, resultando em 
dilatação dos seios sanguíneos. 
A combinação de fluxo sanguíneo aumentado e dilatação 
dos seios sanguíneos resulta em uma ereção. A 
expansão dos seios sanguíneos também comprime as 
veias que drenam o pênis; a desaceleração do fluxo de 
saída do sangue ajuda a manter a ereção. 
O termo priapismo se refere à ereção persistente e 
geralmente dolorosa do pênis que não envolve desejo 
ou excitação sexual. A condição pode durar várias horas 
e é acompanhada por dor espontânea e à palpação. É 
decorrente de anormalidades nos vasos sanguíneos e 
nervos, geralmente em resposta à medicação usada 
para produzir ereções em homens que de outro modo 
não são capazes de alcançá-las. Outras causas incluem 
transtornos da medula espinal, leucemia, anemia 
falciforme ou um tumor pélvico. 
@juliaasoare_ 
A ejaculação, a poderosa liberação do sêmen pela uretra 
para o ambiente externo, é um reflexo simpático 
coordenado pela parte lombar da medula espinal. 
Como parte do reflexo, o músculo liso do esfíncter na 
base da bexiga urinária se fecha, impedindo que seja 
expelida urina durante a ejaculação, e a entrada de 
sêmen na bexiga urinária. 
Mesmo antes de a ejaculação ocorrer, contrações 
peristálticas no epidídimo, no ducto deferente, nas 
glândulas seminais, nos ductos ejaculatórios e na próstata 
impulsionam o sêmen para a parte peniana (esponjosa) 
da uretra. Normalmente, isso leva à emissão de um 
pequeno volume de sêmen antes da ejaculação. A 
emissão também pode ocorrer durante o sono (polução 
noturna). 
A musculatura do pênis (músculos bulboesponjoso, 
isquiocavernoso e transverso superficial do períneo), que 
é irrigada pelo nervo pudendo, também se contrai 
durante a ejaculação 
Quando a estimulação sexual do pênis termina, as 
arteríolas que irrigam o tecido erétil do pênis se estreitam 
e a musculatura lisa no interior do tecido erétil se contrai, 
tornando os seios sanguíneos menores. 
Isso alivia a pressão sobre as veias que irrigam o pênis e 
possibilita que elas drenem o sangue. 
Consequentemente, o pênis volta ao seu estado flácido. 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO 
Desenvolvimento das Gônadas 
As gônadas (testículos e ovários) são os órgãos que 
produzem os gametas (espermatozoides e ovócitos). 
As gônadas são derivadas de três fontes: 
• Mesotélio (epitélio mesodérmico), revestindo a parede 
abdominal posterior 
• Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo 
embrionário) 
• Células germinativas primordiais (células sexuais 
indiferenciadas primordiais) 
 
Gônadas Indiferenciadas O desenvolvimento gonadal 
inicia-se durante a quinta semana, quando uma espessa 
área de mesotélio se desenvolve na região mediana dos 
mesonefros. 
A proliferação desse epitélio e mesênquima subjacente 
produz uma protuberância na região mediana dos 
mesonefros – a crista gonadal. 
Cordões epiteliais gonadais – semelhantes a dedos – 
crescem no mesênquima subjacente. As gônadas 
indiferenciadas agora consistem em um córtex externo 
e uma medula interna. Em embriões com um complexo 
cromossômico sexual XX, o córtex da gônada 
indiferenciada se diferencia em ovário, e a medula 
regride. 
Em embriões com um complexo cromossômico sexual 
XY, a medula diferencia-se em testículo e o córtex 
regride. 
Células Germinativas Primordiais As células germinativas 
primordiais se originam na parede do saco vitelino (do 
epiblasto) e migram ao longo do mesentério dorsal do 
intestino posterior para as cristas gonadais. 
Durante a sexta semana, as células germinativas 
primordiais penetram no mesênquima subjacente e são 
incorporadas nos cordões gonadais. 
@juliaasoare_ 
Elas finalmente se diferenciam em ovócitos ou 
espermatozoides. 
Determinação do Sexo Sexo cromossômico e genético, 
estabelecido na fertilização, depende se um 
espermatozoide portando X ou Y fertiliza o ovócito 
portando X. 
O tipo de gônada que se desenvolve é geralmente 
determinado pelo complexo cromossômico sexual do 
embrião (XX ou XY). 
Antes da sétima semana, as gônadas dos dois sexos são 
idênticas na aparência e são chamadas de gônadas 
indiferenciadas. 
O desenvolvimento de um fenótipo masculino 
(características) requer um cromossomo Y funcional. 
Dois cromossomos X são necessários para o 
desenvolvimento do fenótipo feminino. 
Desenvolvimento dos Testículos Uma sequência coordenada 
de genes induz o desenvolvimento dos testículos. O gene 
SRY (região determinante do sexo do Y) que codifica o 
fator determinante do testículo (FDT) localiza-se no 
braço curto do cromossomo Y e age como um 
interruptor que dirige o desenvolvimento da gônada 
indiferenciada em um testículo. 
Desenvolvimento da Genitália Externa Masculina 
Masculinização da genitália externa indiferenciada é 
induzida pela di-hidrotestosterona (produzida 
perifericamente) por meio da conversão da testosterona 
(produzida pelas células testiculares de Leydig) pela 
5α- redutase. 
À medida que o falo primordial se amplia e se alonga para 
se tornar o pênis, as pregas urogenitais formam as 
paredes laterais ao sulco uretral na superfície ventral do 
pênis. 
Esse sulco é revestido por uma proliferação de células 
endodérmicas, a placa uretral, que se estende a partir da 
porção fálica do seio urogenital. 
As pregas uretrais se fusionam umas com as outras ao 
longo da superfície ventral do pênis para formar a uretra 
esponjosa. 
O ectoderma superficial se fusiona no plano mediano do 
pênis, formando a rafe peniana e envolvendo a uretra 
esponjosa dentro do pênis. 
No topo da glande peniana, um crescimento interno 
ectodérmico forma um cordão celular ectodérmico, que 
se estende em direção à raiz do pênis para encontrar a 
uretra esponjosa. 
Esse cordão canaliza e se junta à uretra esponjosa 
anteriormente formada. Essa junção completa a porção 
terminal da uretra e move o orifício uretral externo para 
o topo da glande peniana. 
Durante a 12ª semana, um crescimento interno circular 
do ectoderma ocorre na periferia da glande peniana. 
Quando esse crescimento interno se rompe, forma-se o 
prepúcio. 
O corpo cavernoso e o corpo esponjoso se 
desenvolvem no falo a partir do mesênquima. As 
intumescências labioescrotais crescem uma em direção 
à outra e se fusionam para formar o escroto . 
A linha de fusão dessas pregas é claramente visível na 
rafe escrotal. 
 
 
DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL 
Determinação do sexo 
A presença de um cromossomo Y leva à masculinização, 
independentemente do número de cromossomos X 
@juliaasoare_ 
presentes. A ausência do cromossomo Y resulta em 
desenvolvimento feminino. 
Sabe-se, no entanto, que a ação determinante do sexo 
do cromossomo Y limita-se especificamente ao 
desenvolvimento dos testículos. 
Segundo Ohno, os cromossomos sexuais dos mamíferos 
evoluíram a partir de um par ancestral de homólogos. 
A diferenciação morfológica acompanhou a emergência 
de um papel determinante do sexo no cromossomo Y e, 
nas fêmeas, de um mecanismo de compensação de 
dose para os genes localizados no cromossomo X, 
mediante inativação casual de um dos cromossomos X. 
O fato de existirem regiões homólogas entre os 
cromossomos X e Y corrobora a teoria sobre sua origem. 
Diferenciação sexual 
Embora os cromossomos sexuais estejam presentes no 
zigoto desde a concepção, as gônadas são 
indiferenciadas no início do desenvolvimento embrionário. 
Durante a quarta semana de desenvolvimento, células 
germinativas migram do saco vitelino para as gônadas 
indiferenciadas e aproximadamente na sexta semana 
inicia-se a diferenciação gonadal. 
Nessa fase, o embrião apresenta gônadas bilaterais 
indiferenciadas, que consistem em córtex e medula, e 
dois conjuntos de ductos ou canais. 
As estruturas potencialmente femininas são denominadas 
de ductos de Müller eas estruturas potencialmente 
masculinas, ductos de Wolff. 
A partir da sexta semana de desenvolvimento, o embrião 
desenvolve-se na direção feminina, a menos que o fator 
determinante testicular (TDF, do inglês testis-determining 
factor) inicie uma sequência de eventos que levem as 
gônadas até então indiferenciadas a se desenvolverem 
em testículos. 
Principais etapas da determinação do sexo 
A expressão do gene SRY desencadeia uma cascata de 
eventos, com certeza envolvendo outros genes, como 
o SOX9, que leva a medula da gônada indiferenciada a 
se desenvolver em testículo, no qual as células intersticiais 
(ou de Leydig) começam a produzir testosterona. 
Esse hormônio estimula os ductos de Wolff, que formam 
a genitália interna masculina (epidídimos, vasos 
deferentes e glândulas seminais), e leva à masculinização 
da genitália externa. 
Essa última etapa é mediada especificamente pela di-
hidrotestosterona, que é um hormônio mais potente 
produzido a partir da testosterona, sob a ação da enzima 
5--redutase 2. 
Nos testículos, as células de Sertoli, cuja diferenciação 
seria o primeiro evento da cascata iniciada pelo produto 
do gene SRY, produzem uma glicoproteína conhecida 
como hormônio antimülleriano ou fator inibidor mülleriano 
(MIF, do inglês Müllerian inhibitory factor), que causa a 
regressão dos ductos de Müller. 
Na ausência de um cromossomo Y, como na mulher 
normal (46,XX), e na ausência da expressão normal do 
gene SRY, o córtex da gônada indiferenciada desenvolve- 
-se em ovário. Não há produção de testosterona, nem 
do hormônio antimülleriano. 
Os ductos de Müller formam a genitália interna feminina, 
inclusive a porção superior da vagina, o útero e a tuba 
uterina. 
A genitália externa não se desenvolve como no sexo 
masculino, evoluindo, então, para a genitália externa 
feminina normal. Sem os efeitos estimuladores da 
testosterona, os ductos de Wolff regridem. 
A diferenciação sexual normal está completa 
aproximadamente entre a 12a e a 14a semanas de 
gestação, embora os testículos só migrem para o 
escroto quase no fim da gravidez. 
São raras as anormalidades da diferenciação sexual, mas 
são causas importantes de infertilidade e ambiguidade 
sexual. Algumas delas, como os pseudo-hermafroditismos. 
 
 
 
@juliaasoare_ 
Criptorquidia (DIAS, 2017) 
A criptorquidia é a malformação urológica congénita mais 
comum, com uma incidência que varia entre 1 a 2%, 
entre os 3 e os 12 meses de vida. É ainda mais prevalente 
em crianças prematuras podendo atingir 20% 
Esta malformação caracteriza-se pela não descida do 
testículo, podendo este ficar bloqueado em qualquer 
parte, desde a cavidade abdominal até ao anel inguinal. 
Apresenta como principais consequências, infertilidade, 
possibilidade de malignização futura do testículo, bem 
como possíveis distúrbios de imagem da criança e 
adolescente. 
Atualmente, o tratamento usado é a orquidopexia, que 
consiste na colocação do testículo ectópico no saco 
escrotal. Existem diversas formas de abordagem cirúrgica 
a estes doentes, dependendo do cirurgião que vai operar 
e do caso específico da criança que vai ser operada. 
Vasectomia (DA SILVA, 2018) 
A vasectomia é definida como um método cirúrgico 
seguro e eficaz, que consiste na interrupção dos dois 
ductos deferentes, impedindo assim, a passagem dos 
espermatozoides para as vesículas seminais, 
promovendo a azoospermia. 
Nessa cirurgia, o médico faz uma pequena incisão em 
ambos os lados do escroto, corta os dois ductos 
deferentes e depois fecha as extremidades cortadas 
amarrando-as ou fundindo-as por cauterização. 
Embora os espermatozoides continuem sendo 
produzidos, eles não podem mais sair do corpo e são 
fagocitados no epidídimo 
 
Referências: 
Tortora, Gerard, J. e Bryan Derrickson. Princípios de Anatomia 
e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14th edição). 
Grupo GEN, 2016. 
Moore, Keith, L. et ai. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª 
edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2018 
Junqueira, Luiz Carlos, U. e José Carneiro. Histologia 
Básica - Texto e Atlas. Disponível em: Minha Biblioteca, 
(13ª edição). Grupo GEN, 2017 
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia Clínica. 8ª 
edição. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2008. 365p 
BORGES-OSÓRIO, Maria Regina & ROBINSON, Wanyce 
Miriam. Genética Humana. 2. ed. Porto Alegre, Artmed, 
2001. 459 p 
 
 
@juliaasoare_

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