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- ESCON - ESCOLA DE CURSOS ONLINE CNPJ: 11.362.429/0001-45 Av. Antônio Junqueira de Souza, 260 - Centro São Lourenço - MG - CEP: 37470-000 MATERIAL DO CURSO ENCANADOR RESIDENCIAL E PREDIAL APOSTILA INSTALAÇÕES PREDIAIS E COMBATE AO INCÊNDIO INSTALAÇÕES PREDIAIS DE COMBATE A INCÊNDIO COMBUSTÍVEL: responsável por produzir a combustão, substância que reage com o oxigênio. São conhecidos pelas formas líquidas, sólidas e gasosas. A ação física consiste em retirar o material combustível, construindo assim um dos métodos de extinção. CALOR: fator inicial de um incêndio e incentivador de sua propagação. Aqui, o controle da reação de combustão ou resfriamento do material incendiado é a forma mais utilizada de extinção, enquanto o maior agente extintor utilizado é a água. OXIGÊNIO: a manutenção das chamas e intensificação da combustão ocorrem por conta do oxigênio. Para diminuir os níveis de oxigênio abaixo da concentração indicada pelos materiais para queimar, utiliza-se o método de extinção conhecido como “abafamento”. Ex: Pequenos incêndios controlados com pano. REAÇÃO EM CADEIA: acontece entre o início da reação química da combustão (exotérmica) e termina por retroalimentar o processo. Quando ocorre a produção de chamas é utilizado o método de extinção pela inibição da reação em cadeira da combustão. Há elementos que reagem juntamente com os radicais ativos intermediários da reação química da combustão, interferindo e rompendo a reação em cadeia. CLASSES DE INCÊNDIOS • CLASSE ‘A’: Fogo em materiais combustíveis sólido: Ex: madeira, papel e assemelhados. A extinção ocorre principalmente pela água, dando origem ao resfriamento. • CLASSE ‘B’: Fogo em combustíveis líquidos e gasosos: Ex: graxas, vernizes, inflamáveis, óleos, GLP e assemelhados. A extinção acontece pela quebra da cadeia química, pela retirada do material ou abafamento. Os agentes extintores são: produtos líquidos vaporizantes, CO2, químicos secos, água nebulizada e a espuma mecânica (sendo a maior indicação). • CLASSE ‘C’: Fogo em equipamentos elétricos. Ex: aparelhos de ar condicionado, televisores, rádios, transformadores, motores e assemelhados. São utilizados os pós líquidos vaporizantes, químicos secos e o CO2. • CLASSE ‘D’: Fogo em metais pirofóricos. Ex: titânio, zircônio e magnésio. Para combater o incêndio nessas condições, devido ao fato dos metais queimarem mais rápido, é preciso técnicas, equipamentos e agentes extintores especiais formando uma capa protetora que isole o combustível do ar atmosférico. SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO • Sistemas móveis: extintores sobre rodas e portáteis. • Sistemas fixos: 1. Sob comando: mangotinhos e hidrantes; 2. Automáticos: água nebulizada e chuveiros automáticos (sprinklers). TERMINOLOGIA SEGUNDO A NBR 13714/2000 Bombas de incêndio: a) Bomba principal: bomba hidráulica centrífuga que serve para recalcar água para os sistemas de combate a incêndio. b) Bomba de pressurização (Jockey): bomba hidráulica centrífuga que serve para manutenção do sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida. c) Bomba de reforço: bomba hidráulica centrífuga que serve para fornecimento de água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos somente pelo reservatório elevado. DISPOSITIVO DE RECALQUE: equipamento para uso do Corpo de Bombeiros, permitindo o recalque de água para o sistema, com possibilidade de ser até mesmo dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido. ESGUICHO: dispositivo acoplado na extremidade das mangueiras, com intuito de dar direção, forma e controle ao jato, sendo do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto. RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO: destinado apenas ao combate a incêndio com um volume mínimo de água. SISTEMA DE HIDRANTES OU DE MANGOTINHOS: sistema de combate a incêndio composto por rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos, reserva de incêndio, bombas de incêndio (se necessário) e demais acessórios. Tipos de sistemas sob comando: a) Sistema de Mangotinhos (tipo 1): Contém tomadas de incêndio com uma saída simples, com uma válvula de abertura rápida, de passagem plena, permanentemente acoplada a uma mangueira semirrígida, esguicho regulável e outros acessórios. b) Sistema de Hidrantes (tipos 2 e 3): Contém tomadas de incêndio, sendo uma (simples) ou duas (duplo) saídas de água. Contém válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, mangueiras de incêndio, tampões e acessórios. COMPOSIÇÃO DOS SISTEMAS SOB COMANDO Possui válvulas de retenção e de gaveta, colunas de incêndio, caixas de incêndio, reservatório, barrilete de incêndio, hidrantes de passeio ou recalque e sistema de bombeamento. O armazenamento da reserva técnica para incêndio pode ocorrer em reservatório superior ou inferior. RECALQUE Todos os sistemas precisam contar com dispositivo de recalque, que consistem em um prolongamento de igual diâmetro da tubulação principal, com diâmetro mínimo DN50 (2”) e máximo de DN100 (4”), sendo os engates compatíveis aos que são usados pelo Corpo de Bombeiros local. Caso o dispositivo de recalque esteja localizado no passeio (hidrante de passeio), é necessário que ele esteja enterrado em caixa de alvenaria, contendo fundo permeável ou dreno, tampa articulada e requadro em ferro fundido, com identificação da palavra “INCÊNDIO”, dimensões de 0,40 m x 0,60 m, afastada a 0,50 m do meio-fio. Para que a água seja bombeada para dentro da instalação predial de incêndio, o hidrante de passeio pode ser utilizado pelo corpo de Bombeiros, devendo assim, que o barrilete de incêndio seja dotado de válvula de retenção. TUBULAÇÃO Trata-se de um conjunto de tubos, conexões e demais acessórios que conduzem a água, iniciando na reserva de incêndio até que chegue aos hidrantes ou mangotinhos. Não pode ter diâmetro nominal inferior a DN 65 (21/2”), e a tubulação aparente do sistema deve conter a cor vermelha. ESGUICHO Sendo medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, o alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema não deve ser inferior a 8 m. ALARME Todo sistema deve conter indicativo do uso de qualquer ponto de hidrante ou mangotinho, sendo acionado automaticamente por meio de pressostato ou chave de fluxo, bem como alarme. ABRIGO Nos abrigos devem ser acopladas as mangueiras de incêndio: em ziguezague ou aduchadas de acordo com as orientações da NBR 12779, sendo que as mangueiras semirrígidas podem ser acopladas enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo o uso com facilidade e rapidez. Os abrigos precisam ser na cor vermelha, contendo apoio ou fixação própria, independentemente de sua tubulação que abasteça o hidrante ou mangotinho. SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS (SPRINKLER) Para realizar o primeiro combate ao fogo, é essencial a utilização do chuveiro automático de extinção de incêndio (sprinkler). Normalmente é instalado em tetos, e sua função é vedar a passagem de água, com seu ponto de fusão baixo. Ao ultrapassar determinado nível de temperatura local, esse aparelho entra em ação, espalhando a água nas áreas com fogo, evitando que se espalhe até que chegue os bombeiros. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS a) Sistema de tubo molhado: Conhecida por ser uma rede de tubulação fixa, contendo água sob pressão, sendo que são instalados os chuveiros automáticos em seus ramais; uma válvula que soa automaticamente um alarme controla o sistema na entrada, quando há abertura de chuveiros atuados por um incêndio. Os chuveiros desenvolvem o papel paralelo de detectar e combater o fogo. Aqui, a água apenas é escorregada pelos chuveirosacionados pelo fogo. b) Sistema de tubo seco: Mantida sob pressão de ar comprimido ou nitrogênio, a rede de tubulação fixa seca possui em seus ramais instalados os chuveiros automáticos. Ao serem acionados pelo fogo, eles liberam o ar, abrindo, automaticamente, uma válvula de tubo seco, instalada na entrada do sistema. Tal válvula possibilita a entrada de água na tubulação, devendo fluir pelos chuveiros acionados. Esse sistema é utilizado em regiões sujeitas a temperaturas de congelamento da água. c) Sistema de ação prévia: Rede de tubulação seca, sendo que em seus ramais são instalados os chuveiros automáticos, como no sistema de tubo molhado, contendo ar que pode ser ou não sob pressão. É instalado um sistema de detecção de calor, na mesma área protegida pelo sistema, de operação mais sensível, interligado a uma válvula instalada na entrada da rede de tubulação. A abertura da válvula especial é automaticamente provocada quando há a atuação de quaisquer dos detectores (incêndio). Assim, é permitida a entrada da água na rede, sendo descarregada por meio dos chuveiros. Antes da abertura de quaisquer dos chuveiros automáticos, a ação prévia do sistema de detecção faz soar simultânea e automaticamente um alarme. d) Sistema dilúvio: Rede de tubulação seca é conhecida por ter em seus ramais chuveiros abertos instalados. É instalado um sistema de detecção de calor, ligado a uma válvula-dilúvio instalada na entrada da tubulação na área protegida pelos chuveiros. Atraída por um princípio de incêndio, ou ainda a ação manual de um controle remoto, a atuação de quaisquer dos detectores provoca a abertura da válvula-dilúvio. Assim, é permitida a entrada da água na rede, sendo descarregada por meio de todos os chuveiros abertos. Soa um alarme de incêndio, sendo automática e simultaneamente. O acionamento da válvula- dilúvio pode ser feito por meio de um sistema de detecção de gases específicos, quando se tratar de casos especiais. e) Sistema combinado de tubo seco e ação prévia: Rede de tubulação seca, com chuveiros instalados nos ramais e contendo ar comprimido. É instalado um sistema de detecção de calor na área do sistema de chuveiros, sendo de operação mais sensível, fazendo ligação a uma válvula de tubo seco na entrada da tubulação. Simultaneamente, a atuação dos detectores provoca a abertura da válvula de tubo seco sem que haja a perda da pressão do ar comprimido contido na rede dos chuveiros. Assim, nos extremos das tubulações de chuveiros, o sistema de detecção provoca a abertura de válvulas de alívio de ar, facilitando o enchimento com água da tubulação, dando a abertura dos chuveiros automáticos. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS DAS OCUPAÇÕES a) Ocupações de risco leve: Relacionam as ocupações isoladas, nas qual são baixos o volume e/ou a carga-incêndio (combustibilidade do conteúdo). Tais como: escritórios, hospitais, hotéis, edifícios residenciais, escolas, motéis, etc. b) Ocupações de risco ordinário: São médios o volume e/ou a combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio), sendo as ocupações isoladas. c) Ocupações de risco extraordinário: O volume e a combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) são altos, possibilitando que haja um incêndio de rápido desenvoltura e alta velocidade de liberação de calor, sendo as ocupações isoladas. d) Ocupações de risco pesado: Armazenamento de líquidos combustíveis e inflamáveis, produtos de elevada combustibilidade, como: espumas celulares ou materiais comuns em alturas superiores às previstas nas ocupações de risco ordinário, borracha, papel e papelão, sendo as ocupações ou parte das ocupações isoladas, comerciais ou industriais. TUBULAÇÕES As tubulações de uma instalação de chuveiros automáticos contêm determinados requisitos: a) Ramais: ramificações nas quais são instalados diretamente ou utilizando-se braços horizontais chuveiros automáticos de tubo com 60 cm de comprimento máximo; b) Tubulações subgerais: responsáveis por alimentarem os ramais; c) Tubulações gerais: responsáveis por alimentarem as subgerais; d) Tubulações de subidas ou descidas: responsáveis por fazerem as ligações entre as redes de chuveiros dos diversos pavimentos, as ligações das subgerais com os ramais, ou dos chuveiros individuais com os ramais, quando a subida ou descida >30 cm de comprimento; são tubulações verticais, de subidas ou descidas. e) Subida principal: local no qual é instalada a válvula de alarme ou chave detectora de fluxo d’água que controla a operação do sistema, sendo uma tubulação que liga a rede de abastecimento de água com as tubulações gerais. Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: ESCON - Escola de Cursos Online Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)
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