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Epidemiologi� ❖ Epidemiologia vem do grego: Epi= sobre/incidir; Demo=Povo/população e Logia=estudo ❖ É o estudo da incidência de doenças/agravos/problemas de saúde sobre uma determinada população e fragmentos dela. ❖ Agravos:violência, acidentes etc. ❖ Estudo de todos os fatores que, ao incidirem sobre uma população específica, podem alterar a frequência e o perfil de doenças, agravos ou problemas de saúde. ❖ Estudos epidemiológicos servem basicamente para prevenir doenças e agravos ❖ A epidemiologia está pautada na ideia que nada acontece por acaso em lugar nenhum no mundo, tudo segue um padrão. A ocorrência e a distribuição de eventos relacionados à saúde não se dão por acaso. A epidemiologia que vai ser responsável por buscar uma resposta matemática para a ocorrência e a distribuição de eventos relacionados à saúde, com relações de risco, para que possamos traduzir essas situações em análise de risco, em projetos para saúde pública, em leis, em ações específicas sanitárias, decisões de governo. ❖ Histórico da epidemiologia Hipócrates(Médico grego) ➢ A epidemiologia originou-se das observações de hipócrates, de que fatores ambientais, raciais, dietéticos influenciam a ocorrência de doenças. ➢ Analisava as doenças em bases racionais(fatores ambientais, fatores na dieta) e não sobrenaturais ➢ Teoria Hipocrática ou Teria Humoral:Entendia que existia uma relação do ambiente com o ser humano, e isso causava doenças. John Graunt (1620-1674) ➢ Publicou um tratado sobre tabelas mortuárias de Londres ➢ Analisou nascimentos e óbitos semanais e quantificou o padrão de doença na população londrina ➢ Foi importante para a epidemiologia, pois realizou o reconhecimento do valor dos dados coletados rotineiramente- Base da epidemiologia moderna ➢ Considerado o pai da demografia ou das estatísticas vitais(número de nascimentos e números de óbitos) Século xix ➢ As pessoas tinham hábitos muitos anti-higiênicos ➢ Revolução industrial na inglaterra- pessoas do campo para a cidade(acúmulo de pessoas) ➢ Epidemias de cólera, febre tifóide e febre amarela ➢ Mudança da teoria miasmática(cheiro-As doenças vivam dos miasmas, que eram cheiros, odores, ventos. Por exemplo, o acúmulo de lixo traziam o odor, e eles achavam que as pessoas adoeciam pelo odor ) - Teoria dos germes Pierre Louis(1787-1872)-França ➢ Propôs a contagem rigorosa de casos de doenças, introduzindo de fato o método estatístico. ➢ O primeiro estudo dele para comprovar que esse dados eram eficazes: Ele observou que o número de mortes era muito maior naqueles pacientes em que a sangria havia sido introduzida mais precocemente. Morreram 44% dos pacientes submetidos a sangria nos estágios mais iniciais e 25% daqueles em que o processo de sangramento foi mais tardio. Mostrou também que a doença durava menos tempo nos sobreviventes do grupo em que a sangria foi iniciada mais cedo. A conclusão de Louis não foi pela condenação da sangria, mas pela limitação de seu uso. Louis Villermé(1782-1863)- França ➢ Economista e médico ➢ Investigou a pobreza e as condições de trabalho e as suas repercussões sobre a saúde ➢ Era defensor da reforma higiênica em fábricas e prisões ➢ Realçando a estreita relação entre a situação socioeconômica e a mortalidade William Farr(1807-1883) ➢ “Doenças são mais facilmente prevenidas do que curadas, e o primeiro papel para a prevenção é a descoberta das suas respectivas causas.” ➢ Leis das epidemias:mostrou que durante a epidemia de varíola, uma parcela do número de mortes por trimestre seguiu um padrão aproximadamente em forma de sino ou "curva normal", e que epidemias recentes de outras doenças seguiram um padrão semelhante. ➢ Prevenir a doença, conforme a doença se comporta na população, embora não se tenha a cura da causa da doença. ➢ Se a causa latente das epidemias não puder ser descoberta, o modo em que opera pode ser investigado. As leis de sua ação podem ser determinadas por observação, bem como as circunstâncias em que surgem epidemias, ou pelas quais podem ser controladas" (Farr, 1840); John Snow(1813-1858) ➢ Médico inglês, considerado pai da epidemiologia moderna ➢ 1854: Estudou as epidemias de cólera em Londres e conseguiu identificar o uso da água contaminada como a responsável pelas mortes. ➢ Mapeus os óbitos, identificou uma bomba de água específica e a isolou. Resultando na diminuição do número de mortes por cólera. Mais tarde, foi descoberto uma fossa localizada embaixo de uma das casas próximas no poço que abastecia a bomba de água. Ignaz Semmelweis(1818-1865) ➢ Pioneiro dos procedimentos antissépticos ➢ Descobriu que a incidência de febre puerperal poderia ser drasticamente reduzida pelo uso de desinfecção das mãos em clínicas obstétricas. ➢ Propôs a prática de lavar as mãos com soluções de hipoclorito de sódio em 1847, enquanto trabalhava na Primeira Clínica Obstétrica do Hospital Geral de Viena, onde as enfermarias dos médicos tinham três vezes a mortalidade das enfermarias das parteiras. ❖ Epidemiologia: Intervenção visando o controle, mesmo sem conhecer seu agente etiológico! ❖ Conceito:Epidemiologia é um estudo que dá amplitude para entender as causas, consequências, prevenção e controle de agravos/doenças e situações de saúde.“A ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (Almeida-Filho & Rouquayrol, 1993). ❖ A abordagem epidemiológica- Coeficientes ( ou taxas) de doenças em subgrupos populacionais tornou-se uma prática comum no final do século XIX e início do século XX para: ➢ Controle de doenças transmissíveis ➢ Relações entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas ➢ Análise de doenças crônicas não transmissíveis: doenças cardíacas, câncer. ❖ Avanços recentes da epidemiologia ➢ Disciplina relativamente nova ➢ Métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças/agravos nas populações humanas ➢ Define estratégias de prevenção e controle ➢ Ações coletivas visando melhorar a saúde das populações ➢ Como a epidemiologia é importante para a análise de doenças crônicas: Em 1950, dois estudiosos ( Richard Doll e Andrew Hill), realizaram uma pesquisa de Coortes com longos períodos de acompanhamento, no qual observou que o hábito de fumar e a ocorrência de câncer de pulmão entres os médicos britânicos.Analisaram o Número de cigarros fumados pelos médico e o número de cigarros vendidos Coorte de médicos britânicos demonstrou ainda uma redução progressiva na taxa de mortalidade entre indivíduos não fumantes nas décadas subsequentes. Médicos fumantes que nasceram entre 1900-1930 morreram, em média, dez anos mais jovens que os médicos não fumantes. ➢ Outro avanço importante na epidemiologia ao longo da história é a erradicação(não é uma ameaça muito significativa no número de mortes nos dias atuais) da varíola em 1980.Jenner(1749-1823)- comprovou a eficácia da vacina.A epidemiologia desempenhou papel central nesse processo, principalmente por: 1. Fornecer informações sobre a distribuição dos casos e sobre o modelo, mecanismos e níveis de transmissão; 2. Mapeamento de epidemias da doença; e 3. Avaliação das medidas de controle instituídas. Louis Pasteur(1822-1895) ➢ Derrubou a teoria da geração espontânea ➢ Isolou vários micro-organismos ➢ Desenvolveu a vacina da raiva em 1885 ➢ Em 1871, o Pasteur obrigou os médicos dos hospitais militares a ferver o instrumental e as bandagens que seriam utilizadas nos procedimentos médicos ➢ Teoria da unicausalidade ❖ Fundamentos da epidemiologia ➢ Um saber clínico naturalizado, racionalista e moderno- Descrição e classificação das doenças ➢ Um base metodológica estatística- quantificação e interpretação as ocorrências ➢ Um Substrato político-ideológico, a medicina social- determinaçãodos fatores socioambientais das doenças e das ações de promoção da saúde. ❖ Doença de Minamata(1950)- Um exemplo da atuação da epidemiologia ➢ Compostos de mercúrio foram liberados na descarga de água de uma indústria em Minamata, Japão; ➢ Os primeiros casos foram confundidos com meningite infecciosa; ➢ Foi observado que a maioria dos 121 pacientes com a doença residia próximo à baía de Minamata. ➢ Um inquérito entre pessoas afetadas e não afetadas mostrou que as vítimas pertenciam a famílias cuja principal ocupação era a pesca e a dieta principal à base de peixe. ➢ Pessoas que apenas visitavam essas famílias ou que comeram peixe em pequena quantidade não foram acometidas por essa doença. Concluiu-se, então, que algo presente nos peixes causava o envenenamento e que a doença não era transmissível nem geneticamente determinada. Medind� saúd� � doenç� ❖ “Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença”- OMS(1948) ❖ Para estudo epidemiológico nós precisamos de definições mais práticas do que seja saúde e doença(conhecimento clínico-definir o caso clínico), definir o método de estudo e o contexto socioeconômico. ❖ A epidemiologia concentra-se em aspectos da saúde que são relativamente fáceis de medir e prioritários à ação. ❖ Estudos/métodos qualitativos ❖ Exemplo: Critérios de diagnósticos: Infarto agudo do miocárdio(eletrocardiograma-1980)(dosagem de enzimas-1990) População de risco ❖ Total de pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a doença. Idealmente, esse número deveria incluir somente pessoas potencialmente suscetíveis de adquirir a doença em estudo. ❖ Por exemplo: Homens não deveriam ser incluídos no cálculo da ocorrência de câncer de colo uterino. Definições claras para trabalhar estudos epidemiológicos ❖ Normal e anormal ❖ Caso/situação a ser estudado ❖ Critérios diagnósticos ❖ População de risco Incidencia e prevalencia ❖ Incidência:Número de casos novos ocorridos em um certo período de tempo em uma população específica. ❖ Prevalência:Número de casos( novos e velhos) encontrados em uma população específica. ❖ Obs: são mais úteis quando transformados em taxas.Para transformar em taxas deve-se dividir pelo número total da minha população de risco. ❖ Doenças agudas vão ter uma prevalência mais reduzida, pois ou as pessoas vão morrer ou elas vão se curar. ❖ Doenças crônicas, vai ter um número elevado de prevalência. Prevalência ❖ Número total de pessoas que tiveram a doença(novos e antigos) em um determinado período de tempo, dividido pela população em risco de ter a doença no meio desse período. ❖ O 10 sempre vai ser elevado a 3, por mil.População muito pequena, pode-se diminuir para 2. Doenças raras devem-se aumentar o N. ❖ Os principais fatores que determinam a taxa de prevalência são: ➢ A severidade da doença (quanto mais severa a doença muitas pessoas morrem, diminuído a prevalência) ➢ A duração da doença(se uma doença é de curta duração, sua taxa prevalência é menor do que a de uma doença com longa duração) ➢ O número de novos casos( se muitas pessoas contraem a doença, sua taxa de prevalência será maior do que se poucas pessoas a contraírem) ➢ Pode-se comparar a prevalência da doença de Alzheimer com a febre amarela. ❖ Fatores que podem influenciar as taxas de prevalência Aumentado devido a: ➢ Maior duração da doença ➢ Aumento da sobrevida do paciente, mesmo sem a cura da doença ➢ Aumento dos novos casos( aumento da incidência) ➢ Imigração de casos ➢ Emigração de pessoas susceptíveis ➢ Melhora dos recursos diagnósticos(melhora do sistema de registro) Diminuído devido a: ➢ Menor duração da doença ➢ Maior letalidade da doença ➢ Redução de novos casos(diminuição da incidência) ➢ Imigração de pessoas sadias ➢ Emigração de casos ➢ Aumento da taxa de cura da doença ❖ Obs: Pode ser determinado por muitos fatores não relacionados à causa da doença. Questões diagnósticas, tratamento, imigração e emigração. Incidência ❖ Número total de pessoas que tiveram a doença(casos novos) em um determinado período de tempo, dividido pela população em risco de ter a doença no meio desse período. ❖ No cálculo da incidência, qualquer pessoa incluída no denominador deve ter a mesma probabilidade de fazer parte do numerador ❖ Por exemplo, no cálculo da incidência de câncer de próstata, devemos incluir no denominador somente individuos do sexo masculino. ❖ Usos da incidência: ➢ Identificar grupos de risco, em especial, as areas e as caracteristicas das pessoas associadas a maior ocorrencia de casos, tais como, sexo, idade, estilos de vida, ocupaççao, condição social e associação com outras patologias(AIDS) ➢ Monitorar tendências da doença, no tempo, espaço e grupos populacionais específicos ➢ Proceder análise comparada das condições de saúde, com vistas ao planejamento, gestão e avaliação políticas e ações do setor ➢ Avaliar programas de prevenção e controle da tuberculose ❖ Limitações da incidência ➢ O indicador de incidência baseia-se na notificação de ocorrência de eventos, sendo dependente das condições técnico-operacionais para a detecção, notificação e confirmação de casos. ➢ Tais condições são peculiares a cada área geográfica de desagregação dos dados e podem variar ao longo do tempo, em função de fatores como: ampliação das fontes de notificação; intensidade dos esforços realizados para a detecção de casos; sensibilidade e especificidade das técnicas de diagnóstico utilizadas; mudanças de critérios para definição de caso. ❖ Letalidade ➢ Quando mais grave a doença maior será a letalidade ➢ A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de mortes entre os doentes por uma causa específica em um certo período de tempo. Risc�� � Indicadore� ❖ Os indicadores epidemiológicos são determinados pelos riscos de ocorrência de eventos(risco de doenças; probabilidade e frequência) ❖ Através dos indicadores epidemiológicos: Conseguem saber o quadro de saúde atual, passado e previsto; Apontam os risco(probabilidade); Correlaciona com causas e aponta soluções. ❖ Qual a lógica dos indicadores de saúde?Está constituída nos subconjuntos de morbimortalidade, o conjunto P de população geral e o subconjunto internos a eles quem definem os indicadores. ❖ Com os indicadores conseguimos responder esses questionamentos: O que se correlaciona?; O que aconteceu?; O que poderá acontecer? ❖ Sendo P a população geral-de risco, temos dentro desse conjunto da população geral, temos os subconjuntos dos expostos,infectados, doentes, graves e óbitos. ❖ Taxa e Coeficientes ➢ Diferença entre taxa e coeficiente:Diferença é o denominador.Sempre que o indicador usar a população de risco no denominador teremos uma taxa.Quando utilizar quaisquer dos subgrupos no denominador, vamos ter um coeficiente. ➢ Incidencia e prevalencia :macro indicador-Taxa ➢ Letalidade: Micro Indicador-Coeficiente ➢ Mortalidade: Macro indicador- Taxa ➢ Patogenicidade:Número de infectados entre os doentes.É a capacidade da patogenicidade causar a doença.Coeficiente. ❖ Mortalidade ➢ É o número de óbitos é uma importante fonte para avaliar as condições de saúde da população. ➢ É um caso particular de incidência ➢ As taxas de mortalidade são os mais tradicionais indicadores de saúde, sendo os principais: ■ Mortalidade geral ■ Mortalidade infantil(crianças em crianças menores de 1ano de idade) ■ Mortalidade neonatal(Do primeiro minuto de vida até 28 dias) ■ Mortalidade perinatal(20 semanas a até 28 dias) ■ Mortalidade materna(gestante, puérperas que foram a óbitos por causa materna) ■ Mortalidade específica por doença ➢ Qual a importância para a mortalidade infantil:Indicador mais importante de todos, pois é considerado um efeito sentinela(indica que algo muito grave está ocorrendo na população, podem vim a ter taxas muito grandes de mortalidade em períodos de guerras, epidemias, questões econômicas graves) ➢ Limitações:Preenchimento dos registros(atestados de óbito), Determinação da causa de óbito,Não está muito disponível em muitos países, Os dados mundiais reúnem somente um ⅓ dos países(OMS) ➢ Em alguns países, o sistema de registro vital cobre apenas parte do país, como áreas urbanas. ➢ Em outros países, embora toda a área geográfica seja coberta, nem todos os óbitos são registrados ➢ Há ainda países que validam seus óbitos através de amostras representativas da população como ocorre, por exemplo, na china e na Índia ➢ Finalmente, há ainda países que realizam vigilância demográfica prevendo taxas de mortalidade para populações específicas. ❖ Existe dois tipos de estudos epidemiológicos: ➢ Descritivos:Estudo a distribuição de frequência das doenças e agravos à saúde coletiva, em função de variáveis ligados ao tempo, ao espaço e às pessoas, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico.Ex:Qual a prevalência de hipertensão em Juiz de fora? ➢ Analistico: Comprova as relações causais( como e por que ocorreu?. Podem ser experimentais(ensaio clínico randomizado) ou observacionais( estudo de coorte(ou segmento), estudo de caso controle, estudo transversal, estudo ecológico). Investiga se existe associação entre um fator( exposição) é uma doença ou problema de saúde( desfecho) na população.Ex:Os indivíduos obesos têm maior risco de hipertensão do que os indivíduos com peso corporal normal( de acordo com o IMC)? ❖ Tipos de Variáveis de estudo ➢ Podem ser relativas ao:Indivíduo, lugar e tempo.Não devem ser aleatórias. ❖ Indicadores epidemiológicos ➢ Para que a saúde seja quantificada e para permitir comparações na população, que devem refletir o panorama da saúde populacional. ➢ Eles devem apresentar validade, confiabilidade, clareza, simplicidade e objetividade. Estud�� epidemiológic�� ❖ Teoria da multicausalidade:O processo saúde-doença constitui uma expressão do processo geral da vida social. Tornou-se bem claro que os agentes microbiológicos e físicos não explicam totalmente as questões de etiologia e prognóstico.Sendo acrescentados fatores físicos, psicossociais, biológicos e outros como sociologia, psicologia e antropologia. ❖ Os estudos epidemiológicos não seguem um modelo determinístico puro. O modelo usado agora é o modelo de causalidade probabilístico. ❖ Objetivos dos estudos epidemiológicos: ➢ Descrever a frequência, distribuição, padrão e tendência temporal de eventos ligados a saúde coletiva; ➢ Explicar a ocorrência de doenças, indicando as causas e seus determinantes de distribuição, tendência e transmissão; ➢ Predizer a frequência de doenças e os padrões de saúde de populações específicas ➢ Controlar a ocorrência de doenças através da prevenção de novos casos, cura de casos existentes e aumento de sobrevida. ➢ Importante ■ Ter a capacidade de escolher um delineamento para o estudo epidemiológico ■ Cada delineamento epidemiológico tem vantagens e desvantagens ■ Os pesquisadores devem considerar todos os potenciais fontes de viés(erros) e de confusão e tentar reduzi-las ■ Os aspectos éticos são tão importantes quanto em outras ciências ❖ Tipos de Estudos científicos ➢ Epidemiológicos-caso controle ■ Estudos Observacionais(da lógica do pesquisador, se ele só observa uma situação sem intervenção). Tem o descritivo(limita-se a descrever a ocorrência de uma doença em uma população, sendo, frequentemente, o primeiro passo de uma investigação epidemiológica a partir de dados rotineiramente coletados- dados secundários ou coletados diretamente através de questionários específicos- dados primários. Os estudos puramente descritivos não tendem a analisar possíveis associações entre exposições e efeito.analítico(aborda, com mais profundidade, as relações entre o estado de saúde e outras variáveis). ● Ecológico: ◆ É um estudo observacional com a informação obtida e analisada no nível agregado(montante-geral) ◆ Nesse tipo de estudo não existe informação sobre a doença e exposição do indivíduo, mas apenas do grupo populacional como um todo. ◆ Avaliam a influência do contexto social ou ambiental na unidade de estudo: grupo de pessoas pertencentes a uma determinada área geográfica ◆ Vantagens: ➢ Rápidos ➢ Baratos ➢ Podem avaliar efeitos de contexto ➢ Geram novas hipóteses ➢ Testam rapidamente novas hipóteses ◆ Desvantagens: ➢ Não possibilita associar exposição e doença no nível individual ➢ Difícil controlar os fatores de confusão ➢ As exposições são medidas médias da população e não valores individuais reais ◆ Exemplo:Em 1960, Friedman mostrou uma correlação positiva entre as taxas de mortalidade por doença coronariana (DC) e as vendas de cigarros per capita, em 44 estados americanos. ◆✓ Esta observação inicial contribuiu para a formulação da hipótese de que o tabagismo poderia causar doença coronariana. ● Transversal ◆ Estudos de prevalência ◆ Coleta-se informações de exposição e efeito ao mesmo tempo ◆ Busca avaliar as associações ◆ São úteis para avaliar as necessidades em saúde da população ◆ Fornecer indicadores úteis de tendências ◆ Vantagens: ➢ Simples, rápidos e de baixo custo ➢ Coleta de dados objetiva ➢ Fácil definição da amostra ◆ Desvantagens: ➢ Doenças/agravos de baixa prevalência-amostras enormes ➢ Não testa pressupostos, pois as variáveis são medidas simultaneamente(não volta mais no indivíduo para acompanhar) ◆ Exemplo de estudo transversal: Associação entre a violência comunitária e no local de trabalho e a qualidade do sono de profissionais da saúde:estudo transversal. ● Casos e controles: ◆ São estudos longitudinais (conseguem acompanhar o indivíduo- estudo mais demorado) ◆ Em geral são retrospectivos: parte-se de indivíduos com doença(casos) e sem doença(controles) e busca-se no passado a presença ou a ausência do fator exposição ◆ Compara-se os grupos para investigar a associação entre o evento de interesse e alguns preditores ◆ São importantes para analisar doenças raras e situações de surtos ou agravos desconhecidos ◆ Casos:grupo de indivíduos acometidos pela doença em estudo ◆ Controle:grupo de indivíduos, que devem ser semelhantes aos casos, exceto por não apresentarem a doença(pareamento) ◆ Exemplo:Estudo de caso controle para avaliar o impacto do abuso sexual infantil nos transtornos alimentares. ● Coorte ◆ São estudos longitudinais ◆ Prospectivos (define uma amostra de pessoas saudáveis e não saudáveis) ◆ Os estudos de coorte fornecem a melhor informação sobre a etiologia das doenças e a medida mais direta de desenvolvê-la ◆ Embora conceitualmente simples, os estudos de coorte são bastante caros porque podem requerer longos períodos de acompanhamento, visto que a doença pode ocorrer após uma exposição prolongada. ◆ ◆ Melhor forma de avaliar a história natural da doença ◆ Estabelece a etiologia e os fatores de risco ◆ Melhor forma de verificar a incidência de uma doença ou agravo à saúde ◆ Compara dois ou mais grupos de indivíduos:expostos e não expostos ■ Estudos experimentais(pesquisador faz intervenções):Envolvem a tentativa de mudar os determinantes de uma doença, tais como uma exposição ou comportamento, ou cessar o progresso de uma doença através de tratamento.São os estudos padrão ouro.Tem que ter uma intervenção, seja o uso de uma droga, tratamento. ● Ensaio clínico randomizados: ◆ É um experimento epidemiológico ◆ Estudar os efeitos de uma intervenção em particular ◆ Os indivíduos selecionados são aleatoriamente alocados para grupos de intervenção e controle, e os resultados são avaliados comparando-se os desfechos entre grupos. ◆ São semelhantes aos estudos caso controle, porém não são observacionais, mas sim experimentais. ◆ Considerados estudos padrão-ouro para testar a eficiência de uma intervenção/tratamento/terapêutica ◆ Custo elevado ◆ Demorado ◆ Necessita de amostras grandes ◆ Problemas éticos(testes em animais antes de ser testados em humanos) ◆ Ex:Comparação de dipirona intravenosa com metoclopramida intravenosa no tratamento de crise aguda de enxaqueca: ensaio clínico randomizado ● Ensaios de campo: ◆ Analisam pessoas que estão livres de doenças, massob risco de desenvolvê-lo ◆ Os ensaios de campo envolvem um grande número de pessoas, o que os torna caro e logisticamente complicados(pessoas podem mudar de lugar) ◆ Um dos maiores ensaios de campo já realizados foi para testar a vacina Salk para a prevenção da poliomielite, que envolveu mais de um milhão de crianças. ◆ Parece o estudo ecológico, só que com intervenção ● Ensaios comunitários: ◆ Envolvem a intervenção em nível de comunidades, ao invés de indivíduos ◆ Usados para avaliar a eficácia de intervenções que busquem a prevenção primária através da modificação dos fatores de risco numa população ◆ São conduzidos dentro de um contexto socioeconômico de uma população naturalmente formada ◆ limitação:dificuldade de isolar uma comunidade ➢ Não epidemiológicos-Série de casos ■ Estudo de caso ■ Estudo de série de casos ■ Pesquisa qualitativa ■ Pesquisa-ação ■ Pesquisa documental ■ Experimento laboratorial ■ Revisão de literatura ■ Revisão sistemática da literatura ■ Meta-análise ]�777
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