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FISIOTERAPIA AQUÁTICA PINHEIRO, Evanildo Bezerra1 SILVA, Irene Freire da2 Docente: Nayane Lima Faculdade Padrão-Dergo RESUMO Introdução: A fisioterapia aquática é definida pela área da fisioterapia através do uso da piscina aquecida como meio terapêutico no tratamento de várias patologias usando a mecânica dos movimentos e dos fluídos, como também os efeitos fisiológicos e terapêuticos com auxílio de equipamentos e técnicas específicas do meio aquático. Metodologia: A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo, foi a revisão bibliográfica, baseado na utilização de artigos científicos, foram encontrados 13 estudos, porém apenas 10 foram escolhidos de acordo com o tema, para a discussão dos resultados alcançados. Considerações Finais: Em suma, os resultados apresentados nesta revisão de literatura demonstraram a melhora em pacientes com lombalgia, no quadro álgico, indivíduos com paralisia cerebral, em gestantes, indivíduos com Síndrome de Down, em recém-nascidos e idosos. Palavras-Chave: fisioterapia; aquática; benefício. INTRODUÇÃO A Fisioterapia aquática é um método terapêutico que usa os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos decorrendo da imersão do corpo em piscina aquecida como recurso alternativo da reabilitação ou prevenção de alterações funcionais.A ação terapêutica da água aquecida demanda o aumento do metabolismo e diminuição da tensão muscular,tornando um ambiente agradável, confortável e relaxante (PEREIRA, et.al, 2017). Os benefícios da fisioterapia aquática estão relacionados a redução da tensão muscular, melhora do retorno venoso, aumento da amplitude de movimento,analgesia, relaxamento, aprimoração do equilíbrio e propriocepção, ganho de independência, melhora na marcha, aumento da força muscular e resistência (ANDRADE, 2019). O objetivo do presente artigo é evidenciar os benefícios da fisioterapia aquática em diversas patologias, como a Síndrome de Down, pacientes com lombalgia, indivíduos com paralisia cerebral e outros. 2 Graduanda em Fisioterapia - Faculdade Padrão Dergo - irenemaria190@gmail.com 1 Graduando em Fisioterapia - Faculdade Padrão Dergo - vanildobezerra593@gmail.com METODOLOGIA A metodologia utilizada para a elaboração deste artigo, foi a revisão bibliográfica. Foram utilizados artigos científicos encontrados em bases de dados, foram encontrados 13 estudos, porém apenas 10 foram escolhidos de acordo com tema, para a discussão dos resultados alcançados. Trata-se de um estudo de revisão narrativa com foco na fisioterapia aquática. A bibliografia utilizada parte do ano de 2017 para que as informações utilizadas na composição e construção do artigo tenham informações mais concretas, coerentes e fundamentadas sobre o assunto. Foram utilizadas plataformas de pesquisas como a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Scielo, Google Acadêmico livros, dissertações de mestrado no idioma portugues, com um período de pesquisa compreendido entre 07/02/2022 a 10/02/2022. RESULTADOS E DISCUSSÃO A fisioterapia aquática é definida pela área da fisioterapia através do uso da piscina aquecida como meio terapêutico no tratamento de várias patologias usando a mecânica dos movimentos e dos fluídos, como também os efeitos fisiológicos e terapêuticos com auxílio de equipamentos e técnicas específicas no meio aquático (OLIVEIRA, et.al, 2019). Os benefícios da fisioterapia aquática são inúmeras comparados aos exercícios em solo. Com a temperatura alta nas piscinas de hidroterapia diminuem a dor e a rigidez como também promove o relaxamento. A flutuabilidade minimiza a quantidade de carga que passa por uma articulação permitindo ao paciente realizar uma cadeia fechada funcional junto a exercícios que não podem ser executados em solo. A realização dos movimentos com o corpo submerso na água diminui o estresse articular, o impacto sob as articulações, aumento da amplitude de movimento sem resistência do atrito e diminui os riscos de possíveis lesões (ARAÚJO, et.al, 2021). No estudo de ARAÚJO, et.al, 2021 foi feita avaliação da eficácia da fisioterapia aquática no tratamento da lombalgia, pois, as doenças da coluna vertebral e as lombalgias crônicas são as afecções musculoesqueléticas que mais prevalecem e que afetam, ao longo da vida, boa parte da população. A água aquecida evidencia um tratamento comum para diversas patologías reumáticas, como a osteoartrite axial e periférica, fibromialgia e reumatismos extra articulares para artrite crônica como terapia adjuvante, e artrite reumatoide. Segundo REAL, et.al, (2020), dois terços da população mundial evidenciarão dor lombar em algum momento de sua vida, podendo torná-la crônica. O tratamento para dor lombar crônica é diverso, alguns estudos mostram resultados beneficentes no alívio dos sintomas,com uso de exercícios físicos em solo, apoio para as costas, massagem e também a terapia aquática. Na terapia aquática, quando submersos, os tecidos moles são comprimidos tendo um aumento no retorno linfático, favorecendo a circulação, devido a função da pressão hidrostática. No organismo humano junto a temperatura, prevalece o conforto e melhora da circulação periférica como também ao alívio da dor. A modulação álgica intensifica com a temperatura e a turbulência da água, a sensação de relaxamento e a alteração sobre a percepção, pois as terminações nervosas são afetadas, bem como receptores de temperatura, tato e pressão. Por conta dessa exposição é capaz de diminuir a sensibilidade e condução da fibra nervosa lenta. Os efeitos térmicos da água proporcionam o alívio da dor, bloqueando a informação ao sistema nervoso central através do aumento da dopamina, levando a um aumento do metabolismo e à diminuição da tensão muscular, propiciando um ambiente agradável,relaxante e confortável para o paciente (REAL, et.al, 2020). No estudo de ARAÚJO, et.al, (2018) na paralisia cerebral (PC), o controle de tronco é uma habilidade motora básica e importante para realizar tarefas funcionais, e muitas vezes se encontra afetado nesses indivíduos, variando de acordo com a gravidade da lesão. Evidenciou que os exercícios em que a criança tinha que vencer a resistência dada pela água, e ultrapassar a linha média para alcançar o objeto, proporcionam a ativação de grande número de unidades motoras do músculo, visto que o meio líquido possibilita maior segurança e tempo de resposta para trabalhar a estabilidade de tronco por causa da pressão hidrostática e turbulência, que são efeitos físicos que propiciam as reações de equilíbrio, estimula o aumento dos limites de estabilidade laterais, e também o empuxo relacionado aos manejos do terapeuta executou na postura antigravitacional. Avaliando a qualidade de vida, resultou na melhora da percepção dos pais quanto a dor corporal, pois os efeitos fisiológicos sobre corpo em imersão influenciaram nos níveis de dor através do mecanismo de redução de sensibilidade das terminações nervosas e relaxamento muscular, proporcionando resultados da vasodilatação e baixa sobrecarga corporal (ARAÚJO, et.al, 2018). De acordo com LAMEZON e PATRIOTA, (2021), o exercício aquático terapêutico junto aos exercícios aquáticos com terapia física, são um método terapêutico que usa-se os exercícios aquáticos para ajudar na reabilitação de diversas doenças. Recentemente, obteve-se um aumento da popularidade das aulas aquanatais, onde são aulas de exercícios na água realizadas e específico para mulheres grávidas e também nos primeiros meses pós-parto. Em adição às várias modificações fisiológicas que ocorrem durante a imersão em água aquecida, as propriedades físicas da água oferecem muitas vantagens em um programa de reabilitação; entre elas, promover relaxamento muscular geral, reduzir a sensibilidade à dor, reduzir espasmos musculares, facilitar a movimentação articular, aumentar a força e resistência muscular, reduzir a atuação da força gravitacional, aumentar a circulação periférica, melhorar a musculatura respiratória, melhorar a consciência corporal, promover equilíbrio e estabilidade proximal do tronco,entre outras (LAMEZON e PATRIOTA, 2021). A diminuição de peso nos movimentos e o alívio das dores nas costas por horas ou dias e até mesmo o alívio completo, dormir melhor, ativação da função intestinal devido a massagem da parede abdominal pela água estimulando os movimentos peristálticos, são benefícios notados e relatados pelas gestantes por meio dos exercícios aquáticos. Pois a pressão hidrostática e os aspectos da imersão, são apresentados como vantagens dos exercícios feitos no meio líquido para as gestantes, como também a diminuição do pH em imersão, onde gera maior flutuação proporcionando às gestantes continuar a se exercitar até o fim da gestação (LAMEZON e PATRIOTA, 2021). BRAGA, et.al, (2019), em seu estudo relata que as alterações relacionadas à diminuição da capacidade respiratória em indivíduos com Síndrome de Down, torna-se importante a intervenção fisioterapêutica. Dentre as diversas técnicas que existem na fisioterapia, destaca-se a fisioterapia aquática, onde faz se o uso de princípios físicos, fisiológicos e cinesiológicos no corpo em imersão na água da piscina aquecida. Os resultados do estudo evidenciaram efeitos eficientes do protocolo de intervenção com sessões de fisioterapia aquática na força muscular respiratória de crianças com Síndrome de Down, como também melhora na PImáx (Índice de força dos músculos expiratórios) e PEmáx (Índice de força dos músculos expiratórios), na frequência cardíaca após cada um dos atendimentos. O aumento das pressões respiratórias após as 10 sessões de fisioterapia aquática observados neste estudo, que conduziram uma pesquisa com o método hidroterapêutico de Bad Ragaz com 54 pacientes com síndrome de Down de ambos os sexos e de idades entre 16 e 31 anos, e também constataram melhoria da pressão expiratória máxima. Os autores justificaram o efeito ao fato de que a imersão do corpo na água aumenta o trabalho respiratório, pois a pressão hidrostática que atua sobre a caixa torácica aumenta a resistência da expansão pulmonar (BRAGA, et.al, 2019). RAMBO, et.al, (2019), o exercício físico na água tem apresentado benefícios físicos em diferentes populações. Fisiologicamente, a pressão hidrostática da imersão de água flui o movimento do espaço extravascular para o intravascular, onde esse espaço tem potencial na redução do sangue, pressão e edema. Os efeitos terapêuticos nos recém nascidos em imersão na água aquecida, propicia melhora na circulação sanguínea, na musculatura respiratória, aumentando também a capacidade vital, fazendo com que esse indivíduo se reorganize com os movimentos da sua vida fetal. A fisioterapia aquática também ajuda a diminuir os desconfortos como a dor e melhora da qualidade do sono profundo, proporcionando melhores efeitos na UTIn (Unidade de Terapia intensiva Neonatal) em lactentes, sem privar dos estímulos tátil-cinestésico importantes para o desenvolvimento neurológico (RAMBO, et.al., 2019). SIQUEIRA, et.al., (2017), os métodos de fisioterapia aquática são indicados com frequência como uma modalidade de atividade física para os idosos, devido o ambiente ser seguro, menos sujeito a quedas e ter boa aceitação e adesão ao tratamento. Os exercícios em meio aquático possibilitam o auxílio aos idosos com diminuição da capacidade funcional, déficits de equilíbrio e limitações físicas inerentes ao avanço da idade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em suma, os resultados apresentados nesta revisão de literatura demonstraram a melhora em pacientes com lombalgia, no quadro álgico, indivíduos com paralisia cerebral, em gestantes, indivíduos com Síndrome de Down, em recém-nascidos e idosos. Essa melhora pode ser concedida às propriedades físicas da água sobre o corpo humano, o que potencializa os exercícios realizados pelo fisioterapeuta durante as sessões de fisioterapia aquática. Considerando os estudos apresentados, vale destacar que a fisioterapia aquática tem demonstrado como um método de grande importância como recurso para tratamento de diversas patologias trazendo consigo os vários benefícios à saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEREIRA, S.A.P., et.al. Fisioterapia aquática e sua influência na qualidade de vida do paciente parkinsoniano. Movimento e Saúde - Revista Inspirar, v. 12, n.1, 2017. ANDRADE, A. D.Fisioterapia aquática como recurso terapêutico em pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral, 2019. Disponível em <c0f5f-andrade,-alana-de.-fisioterapia-aquatica-como-recurso-terapeutico-em-pacie n tes-com-sequelas-de-acidente-vascular-cerebral.-fisioterapia.-lages_-unifacvest,-20 1 9-02_.pdf>. Acesso em 09/02/2022. OLIVEIRA, E. M. D., et.al. Tópicos especiais em fisioterapia aquática. 1ª Edição. Artigo Científico - Centro de Estudo e Pesquisa - Rogério Antunes CEPRA: Pernambuco, 2019. ARAÚJO, B. K. T., et.al. Atuação da fisioterapia aquática em pacientes com lombalgia: uma revisão sistemática. Research, Society and Development, v. 10, n. 14, p.2-8, 2021. REAL, B. M. M. B., et.al. Fisioterapia aquática no tratamento de dor lombar crônica. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação Ribeirão Preto, v. 1, n. 1, 2020. https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/c0f5f-andrade%2C-alana-de.-fisioterapia-aquatica-como-recurso-terapeutico-em-pacientes-com-sequelas-de-acidente-vascular-cerebral.-fisioterapia.-lages_-unifacvest%2C-2019-02_.pdf https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/c0f5f-andrade%2C-alana-de.-fisioterapia-aquatica-como-recurso-terapeutico-em-pacientes-com-sequelas-de-acidente-vascular-cerebral.-fisioterapia.-lages_-unifacvest%2C-2019-02_.pdf https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/c0f5f-andrade%2C-alana-de.-fisioterapia-aquatica-como-recurso-terapeutico-em-pacientes-com-sequelas-de-acidente-vascular-cerebral.-fisioterapia.-lages_-unifacvest%2C-2019-02_.pdf https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/c0f5f-andrade%2C-alana-de.-fisioterapia-aquatica-como-recurso-terapeutico-em-pacientes-com-sequelas-de-acidente-vascular-cerebral.-fisioterapia.-lages_-unifacvest%2C-2019-02_.pdf https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/c0f5f-andrade%2C-alana-de.-fisioterapia-aquatica-como-recurso-terapeutico-em-pacientes-com-sequelas-de-acidente-vascular-cerebral.-fisioterapia.-lages_-unifacvest%2C-2019-02_.pdf ARAÚJO, L.B.D., et.al. Efeitos da fisioterapia aquática na função motora de indivíduos com paralisia cerebral: ensaio clínico randomizado. Fisioterapia Brasil, v.19, n.5, p. 613-623, 2018. LAMEZON, A.C., PATRIOTA, A.L.V.F. Eficácia da fisioterapia aquática aplicada a gestantes para prevenção e tratamento da lombalgia-revisão sistemática. Revista terra e cultura, n.41, p.1-6, 2021. BRAGA, H. V, et.al. Arq. Ciência. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 23, n. 1, p. 9-13, jan./abr. 2019. RAMBO, D.C., et.al. Fisioterapia aquática aplicada em recém-nascidos e crianças: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde / Electronic Journal Collection Health, v.30, p.1-8, 2019. SIQUEIRA, A.F., et.al. Efeito de um programa de fisioterapia aquática no equilíbrio e capacidade funcional de idosos. Revista Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 2, p. 331-338, maio/agosto 2017.
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