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Etapas envolvidas na escolha de sistema tensoativo ideal: 
 
▪ Determinar o tipo de emulsão A/O ou O/A. 
▪ Determinar a proporção de cada componente constante na fase 
oleosa. 
▪ Multiplicar cada valor obtido na fase 2 pelo valor dado de EHL (em 
geral tabelado). 
▪ Somar os valores obtidos na fase 3 e determinar o valor de EHL 
requerido. 
▪ Escolher dentre o(s) tensoativo(s) disponíveis aquele(s) que mais se 
adéqua(m) ao valor de EHL requerido. 
 
Obs.: quando os valores de EHL requeridos são distintos dos valores dos 
tensoativos disponíveis, em geral trabalha-se com dois tensoativos, sendo que, 
obviamente, um deverá apresentar valor superior e o outro inferior ao valor de EHL 
requerido. As proporções são calculadas conforme Esquema B, a seguir. 
 
Cálculo dos percentuais de tensoativos 
▪ Escolher o par de tensoativos que irá compor o sistema tensoativo. 
▪ Atribuir a um tensoativo (A) valor algébrico (x) e ao outro tensoativo (B) 
valor de (1-x) e aplicar a fórmula abaixo: 
 
EHLreq = x . EHLA + (1-x) . EHLB 
 
O valor obtido para x corresponderá à proporção de tensoativo A, que 
multiplicado por 100 nos dá o valor em percentual. O valor (1 – x) nos dá, por sua 
vez, a proporção necessária de tensoativo B, assim como 100 – (%A) igual (%B). 
Os valores em gramas podem ser obtidos multiplicando-se a proporção 
determinada de cada tensoativo pela quantidade em gramas previamente estipulada 
na formulação. 
Obs.: em geral as formulações empregam de 3 a 7% de emulsificante. 
Valores superiores resultariam em desperdício, e inferiores seriam insuficientes para 
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recobrir adequadamente a superfície de todas as gotículas. 
 
Exemplo de cálculos envolvendo EHL 
 
Calcule as quantidades em gramas de tensoativos para o sistema 
emulsificante mais adequado às formulações abaixo: 
 
a) Loção hidratante 
 
Cera branca .................... 5,0 g 
 
Óleo mineral ................... 26,0 g 
 
Óleo de amêndoas ......... 18,0 g 
 
Lactato de amônia ........... 4,0 g 
 
Emulsificante(s)............... 5,0 g 
 
Água destilada .......... qsp 100 mL 
b) Creme emoliente 
 
Cera branca .............. 40 g 
 
Lanolina .................... 10 g 
 
Óleo de amendoim ... 57 g 
 
Óleo de rícino ............ 5 g 
 
Emulsificante(s) .........3 % 
 
Água ......................... 20 g 
 
Dados (EHL A/O e EHL O/A): cera branca (4 e 11); óleo mineral (5 e 12); óleo 
de amêndoas (6 e 14); lanolina (8 e 11), óleo de rícino (6 e 14). 
Com base nas formulações acima, pode-se inferir, sem a necessidade de 
qualquer método de análise, que a fórmula a é uma emulsão O/A, e a b, A/O. Essa 
conclusão se baseia no fato de que sempre que a fase aquosa for superior em 
proporção será a fase externa. 
Igualmente, formulações com aproximadamente 31% ou mais de água já 
tornam possível sistemas O/A. Em contrapartida, sempre que a FO for superior a 
75% será a fase externa. 
Assim sendo, os valores a serem utilizados na emulsão a serão os 
correspondentes à EHL O/A, enquanto para emulsão b, EHL A/O. 
Esses valores, por sua vez, são multiplicados pelas respectivas proporções 
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de cada componente da fase oleosa. A somatória nos dará o EHL requerido para 
cada emulsão. 
 
Cera branca ............ 5,0 / 49 . 11 = 1,12 
 
Óleo mineral .......... 26,0 /49 . 12 = 6,36 
 
Óleo de amêndoas.18,0 / 49 . 14 = 5,14 
 
FO = 5 + 26 + 18 = 49 
 
EHLreq = 1,12 + 6,36 + 5,18 = 12,62 
Cera branca ............ 40 / 112 . 4 = 1,43 77 
 
Lanolina .................. 10 / 112 . 8 = 0,71 
 
Óleo de amêndoas ... 57 / 112 . 6 = 3,05 
 
Óleo de rícino............ 5 / 112 . 6 = 0,27 
 
FO = 40 + 10 + 57 + 5 = 112 
 
EHLreq = 1,43 + 0,71 + 3,05 + 0,27 = 5,45 
 
Com base no EHL requerido, consulta-se na literatura qual o tensoativo ou 
sistema tensoativo mais adequado. 
 
Quadro – Valores de EHL para alguns agentes emulsificantes 
 
Nome químico Nome Comercial EHL 
Sequioleato de sorbitano Arlacel® 3,7 
Monoestearato de sorbitano Span 60® 4,7 
Monopalmitato de sorbitano Span 40® 6,7 
Monolaurato de sorbitano Span 20® 8,6 
Éter láurico de polioxietileno Bryj30® 9,7 
Monooleato de polioxietilenosorbitano Tween 81® 10,0 
Monoestearato de polioxietileno Myrj 45 ® 11,1 
Monolaurato de polioxietilenossorbitano Tween 21® 13,3 
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Monoleato de polioxietilenossorbitano Tween 80® 15,0 
Lauril Sulfato de sódio (LSS) Crodalan AWS 40,0 
 
Como nenhum dos tensoativos apresenta EHL exatamente igual aos EHLs 
requeridos que são encontrados nos cálculos, utilizam-se dois cujos valores estejam 
imediatamente superior e inferior ao determinado. 
Por exemplo, para emulsão a (EHL req = 12,62), os tensoativos Myrj 45 e 
Tween 21 podem, nas devidas proporções, resultar em um sistema tensoativo de 
EHL exatamente igual a 12,62. 
Para tanto se aplica a fórmula: 
 
EHLreq = x . EHLA + (1-x) . EHLB 
 
Assim, assumindo-se que tensoativo A seja o Myrj 45 e B o Tween 21, 
substitui-se e determina-se valor de x. 
12,62 = 11,1x + 13,3 (1-x) 
 
x = 0,31 = 31% 
Ou seja, o sistema tensoativo será composto por 50% do tensoativo Myrj 45 e 
50% de Tween 21, o que em gramas corresponderia a 2,5 g de cada. 
Já para a emulsão b, os tensoativos com EHL mais próximos do requerido 
(5,45) são o Span 60 (EHL = 4,7) e o Span 40 (EHL = 6,7). 
 
5,45 = 4,7x + 6,7 (1-x) 
 
x = 0,625, ou seja 62,5% de Span 60 e 37,5% de Span 40. 
 
Considerando que 3% de 132 g (FO + FA) é igual a 3,96 g (~ 4,0 g), o 
sistema tensoativo ideal para fórmula b será composto por 1,5 g de Span 60 e 2,5 g 
de Span 40. 
 
Formulação de Emulsões 
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As emulsões líquidas ou semissólidas possuem, necessariamente, uma fase 
aquosa e outra oleosa, as quais são imiscíveis de tal forma que se faz primordial o 
uso de tensoativos. De modo geral, cada fase da emulsão é preparada 
isoladamente, incorporando-se depois uma fase em outra. A fase aquosa é 
preparada aquecendo-se a água e nela dissolvendo-se os compostos hidrossolúveis 
sem exceder a faixa de temperatura de 75-80 ºC. De modo similar, a fase oleosa é 
também aquecida (ou fundida). 
A dispersão da fase interna na externa deve ser feita com ambas as fases 
praticamente à mesma temperatura (em torno de 70 ºC). 
Essa dispersão (mistura) é feita sob agitação constante, sendo 
invariavelmente necessária a presença de um sistema tensoativo adequado. 
Ressalta-se que emulsões de uso interno, por apresentarem limitações quanto a 
gama de tensoativos biocompatíveis, são menos estáveis, devendo-se recomendar 
a agitação antes do uso. 
O fármaco, em geral, é incorporado depois do resfriamento e da formação da 
emulsão. 
Componentes Usuais 
 
 
Fase aquosa: a água é a matéria-prima utilizada em quase todos os produtos 
farmacêuticos. Frequentemente constitui o componente mais abundante da formulação em 
emulsões O/A. Deve ser adequadamente tratada, apresentar carga microbiana baixa ou 
nula, e preferencialmente ausência de eletrólitos. 
Fase oleosa: no caso de emulsões A/O, a fase oleosa é, invariavelmente, superior 
em proporção. Pode ser composta por ampla variedade de substâncias lipofílicas, as quais 
em geral são responsáveis pela inerente ação emoliente das emulsões. Estas substâncias 
podem ser de origem: 
Natural: os óleos de origem vegetal, como óleo de amêndoas, óleo de soja e cera de 
carnaúba; têm como vantagem ser renováveis. Entre os compostos de origem animal, cada 
vez menos utilizados para elaboração de cosméticos e medicamentos, destacam-se: 
lanolina e derivados, espermacete e derivados. 
Semissintética: destacam-se os ácidos graxos, como o ácido esteárico; álcoois 
graxos superiores, como o álcool cetílico, álcool estearílicoe álcool cetoestearílico 
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(misturas comerciais 50:50 e 50:70); ésteres de ácidos graxos e álcoois de cadeia média, 
como éster decílico do ácido oleico (Cetiol V ®); ésteres de glicerol, como monoestearato de 
glicerila; ésteres de glicol, como monoestearato de etilenoglicol, o diestearato de 
etilenoglicol e o monoestearato de dietilenoglicol; e ésteres isopropílicos, como o miristato 
de isopropila, palmitato de isopropila e estearato de isopropila - que são os mais 
empregados, seja como espessantes ou como emulsionantes secundários. 
Sintéticas: de maior destaque temos os silicones, que são compostos orgânicos 
constituídos por cadeias, nas quais se alternam átomos de silício e oxigênio e que 
apresentam radicais, tais como metil, etil e fenil, ligados ao átomo de silício. Podem 
apresentar, de acordo com características estruturais, além de inércia química, baixa 
comedogenicidade, bom espalhamento, baixa pegajosidade e ausência de efeito brilhante 
quando aplicado na pele. Estas vantagens deram origem aos produtos oil free, que em 
função de seu aspecto não gorduroso ganham a cada dia mais destaque. 
 
Entre os principais tipos de silicones utilizados em formulações temos: 
• Óleos de silicone: formam uma película isolante sobre a pele, repelindo 
a água, agindo como lubrificante e emoliente (ex.: dimeticona e a 
fenilmeticona). 
• Silicones voláteis: evaporam-se rapidamente quando aplicados, porém 
são capazes de deixar sobre o local uma fina película (ex.: 
ciclometiona). 
• Silicones emulsionantes: apresentam-se sob a forma emulsionada e 
podem ser empregados na obtenção de preparações do tipo A/O. 
 
Minerais: são hidrocarbonetos extraídos do petróleo cuja inocuidade depende do 
grau de pureza, pois os mesmos podem conter substâncias carcinogênicas. Não são 
saponificáveis e são quimicamente inertes, resistindo à oxidação e à hidrólise. Não 
apresentam capacidade de penetração percutânea, sendo que o tamanho da cadeia 
determina ainda propriedades emolientes, oclusivas e espessantes. Destacam-se o óleo 
mineral, a vaselina e a parafina. 
Tensoativos: podem ser naturais (saponinas, colesterol, lecitina, lanolina, 
gomas) ou sintéticos, os quais se subdividem em: aniônico (estearato de 
sódio, oleato de sódio, laurilsulfato de sódio); catiônicos (cloreto de 
benzalcônio, cloreto de cetilpiridineo); não iônicos (ésteres de sorbitano, alquil 
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ésteres de sorbitano); tensoativos anfóteros (aminoácidos). Para o uso interno 
são permitidos os tensoativos naturais como gomas, gelatina, lecitina, ou 
sintéticos, como monoestearato de glicerilo, Spans® e Tweens®. 
A combinação de ceras e tensoativos deu origem a produtos comerciais 
denominados “ceras autoemulsionantes”, cuja composição, embora varie de fabricante para 
fabricante, integra um ou mais tensoativos e substâncias graxas sólidas, dentre as quais se 
destacam os álcoois graxos superiores. 
O tipo de sistema tensoativo presente na cera autoemulsionante determina sua 
natureza aniônica, catiônica ou não iônica. 
Do mesmo modo, uma vez que a adição de ativos de carga contrária pode ocasionar 
a desestabilização da emulsão, as ceras ditas não iônicas apresentam vantagens sobre as 
demais, já que o risco de incompatibilidades é menor. Em contrapartida, as ceras 
autoemulsionantes à base de tensoativos catiônicos apresentam ainda a desvantagem de 
serem mais irritantes. 
Outros coadjuvantes: incluem conservantes (parabenos, bronopol, 
imidazolidinil ureia, 2-fenoxietanol, metilcloroisotiazolinona e 
metilisotiazolinona), espessantes (álcool cetílico, álcool estearílico e ácido 
esteárico), gelificantes (Carbopol®, gomas e hidroxietilcelulose), umectantes 
(glicerina, sorbitol e propilenoglicol), e eventualmente edulcorantes, flavorizantes, 
aromatizantes e corantes. 
 
FORMAS PLÁSTICAS OU SEMISSÓLIDAS 
 
São formas farmacêuticas consistentes e pegajosas de aparência translúcida ou 
opaca, destinadas à aplicação na pele ou mucosas. As indicações dependem do grau de 
absorção percutâneo. 
Para ação tópica epidérmica destacam-se as ações emoliente, antimicrobiana, 
desodorizante, protetora, entre outras. 
Para ação tópica endodérmica destacam-se as ações anti-inflamatória, anestésica 
local e antimicótica. 
Para ação hipodérmica destacam-se anti-inflamatórios, anestésicos locais, 
hormônios. 
 
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Outras formas plásticas incluem supositórios, óvulos e velas que apresentam 
consistência mais firme e são destinados respectivamente à mucosa retal, vaginal e uretral. 
 
 
Penetrabilidade Percutânea 
 
 
A penetrabilidade percutânea das formas semissólidas depende de fatores 
intrínsecos e extrínsecos. 
Entre os fatores intrínsecos destacam-se o coeficiente de partição, coeficiente de 
difusão, solubilidade e peso molecular do fármaco, todos decisivos para a penetrabilidade. 
No que diz respeito aos fatores extrínsecos destacam-se a temperatura, aspectos 
anatomofisiológicos (área aplicada, tipo de pele), forma de aplicação (massagem, 
iontoforese) e forma farmacêutica. 
O tipo de pele determina o grau de hidratação, espessura e constituição da emulsão 
epitelial, podem depender de fatores como idade, hereditariedade, dieta, medicação e 
patologias. 
No que diz respeito à forma farmacêutica, destacam-se como fatores positivos para a 
penetração percutânea: 
• O poder oclusivo das substâncias graxas ou oleosas aumenta a 
hidratação da pele e absorção; 
• Bases nas quais o fármaco é pouco solúvel aumentam a 
cedência do mesmo para a pele; 
• Uso de promotores de absorção (Dimetilsulfóxido-DMSO, 
dimetilformamida-DMF, dimetilacetamida-DMA, ureia, propilenoglicol, tensoativos); 
• Uso de substâncias altamente higroscópicas tende a aumentar 
o conteúdo de água na pele, facilitando a absorção de fármacos hidrofílicos 
(aniônicos, catiônicos e não iônicos); 
• Uso de bases contendo óleos de origem animal (lanolina, 
espermacete) apresenta maior afinidade com a emulsão epidérmica e viabilizam a 
absorção. 
 
Classificação das formas Semissólidas 
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As formas semissólidas são classificadas sob vários critérios, incluindo 
penetrabilidade, características físico-químicas e físicas. 
Quanto à penetrabilidade, podem ser: epidérmicas, endodérmicas ou diadérmicas. 
Quanto às características físico-químicas as formas plásticas podem ser do tipo solução 
(pomadas, géis, óvulos e supositórios), suspensão (pastas) ou emulsão (cremes), 
características determinantes na técnica de preparo das pomadas. 
Quanto às características físicas, ou aspecto, as formas semissólidas são 
classificadas em: 
 
Pomadas propriamente ditas hidrófobas: são formas semissólidas 
translúcidas, pegajosas e consistentes que absorvem pouquíssima água, 
compostas de mistura de hidrocarbonetos líquidos e sólidos; ceras, silicones 
ou outras substâncias graxas, as quais são submetidas à fusão. 
Pomadas propriamente ditas hidrófilas: são formas miscíveis com a água, 
compostas por uma mistura de polímeros hidrófilos (PEG) de pesos 
moleculares distintos (PEG 400 + PEG 4000). São consistentes, removíveis 
com água e de aparência translúcida. 
Pastas: são formas farmacêuticas de consistência semissólida, que encerram 
boa proporção de partículas sólidas insolúveis (~20-50%). Eficazes para 
absorver secreções de lesões. São formuladas com excipientes de 
características graxas ou aquosas e destinadas à aplicação na pele ou 
mucosas. 
Cremes e loções: são formas emulsionadas de aparência opaca, cuja 
viscosidade depende da composição e do tipo de fase externa; cremes O/A 
(hidrófilos) são em geral menos viscosos que os A/O (hidrófobos). O = óleo e 
A=água. 
Géis: sistemas semissólidosconstituídos por uma matriz polimérica (natural 
ou sintética) dispersa em fase líquida (água ou óleo de parafina). Gel hidrófilo 
(água e polímeros; gel hidrófobo (óleo mineral e PEG). O gel hidrófob pode 
ser 
 classificado como pomada hidrófoba. 
 
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Preparação de Formas Plásticas 
As formas plásticas (semissólidas) podem ser obtidas por dissolução ou dispersão 
mecânica, com ou sem fusão dos componentes sólidos em veículos apropriados. Os 
princípios seguidos no preparo das diferentes formas líquidas (soluções, suspensões e 
emulsões) são também válidos para formas plásticas dos tipos solução, suspensão e 
emulsão. 
Assim sendo, as técnicas a serem empregadas dependerão não só das 
características físico-químicas dos fármacos e coadjuvantes, como também do veículo. 
O veículo deve ter consistência adequada (boa espalhabilidade), ser bem tolerado, 
não apresentar incompatibilidades, apresentar cedência adequada a cada tipo de fármaco 
para melhor permeação, ser estável, ser preferencialmente lavável e esterilizável. 
Os veículos podem ser constituídos por componentes: 
 
Hidrófobos 
 
Ceras: são usadas para aumentar a consistência das pomadas, e embora não 
laváveis, podem absorver água. Em geral, apresentam poucas incompatibilidades. Como 
exemplos podem citar a lanolina, cera de abelhas, cera de cacau, espermacete e palmitato 
de cetila. 
Hidrocarbonetos: são bases oclusivas, inibindo a evaporação normal da pele. Não 
absorvem e não são laváveis com água, apresentam muito pouca incompatibilidade e 
elevada estabilidade química. Parafina (derivado de hidrocarboneto de alto PM) e vaselina 
pastosa (derivado de PM intermediário) são emolientes e espessantes, sendo que a parafina 
tem emprego como endurecedora de supositórios. Já o óleo mineral, vaselina líquida ou 
parafina líquida possuem cadeia menor e são usados para diminuir a consistência de formas 
plásticas em geral (inclusive como amolecedores de supositórios e óvulos). 
Silicones: são bastante estáveis e fisiologicamente inertes, usados quando se 
pretende obter fórmulas altamente hidrófobas 
 
Hidrófilos 
 
Polietilenoglicóis (PEGs): a consistência adequada é determinada pela 
mistura de olímeros sólidos e líquidos (PEG 4000 e PEG 400, Carbowax®). Possuem boa 
aderência, boa espalhabilidade, não são oclusivos, podem ser misturados a 
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vaselinas, lanolinas e óleos vegetais. São estáveis, laváveis com água, 
incompatíveis com vários conservantes. 
Produtos minerais: são partículas inorgânicas finamente divididas que formam 
sistemas coloidais liofóbos (géis). Exemplos: bentonita e dióxido de silício (Aerosil®). 
Derivados de celulose: são polímeros orgânicos hidrofílicos utilizados como 
agentes doadores de consistência em géis típicos (liófilos). Ésteres de celulose como 
metilcelulose (MC), hidroxietilcelulose (HEC), carboximetilcelulose (CMC) e seu sal sódico 
(CMC-Na), bem como outros polímeros orgânicos, tais como alginato de sódio, PVA, ácido 
poliacrílico (Carbopol®), são exemplos de componentes utilizados em veículos para géis, 
que geralmente integram 80 a 98% de água. São todos laváveis com água, podem deixar 
resíduo sólido na pele e apresentam várias incompatibilidades. 
 
Emulsionados 
 
Emulsões A/O: agentes espessantes e emulsificantes, como monoestearato de 
glicerila, colesterol e álcool cetílico podem ser adicionados para aumentar a estabilidade. 
Destaque para o Cold Cream, que forma um filme protetor sobre a pele diminuindo a 
evaporação de água. 
Emulsões O/A: são mais empregadas em razão das vantagens como fácil remoção 
da água. Formam um filme na superfície da pele quando a água evapora. Destaque para 
diadermina, com elevado poder desengordurante. Entre os agentes espessantes temos o 
ácido esteárico saponificado, e ceras autoemulsionáveis à base de álcool cetílico e 
estearílico associadas aos tensoativos. 
Outros componentes usualmente empregados em formas plásticas incluem 
umectantes, conservantes, antioxidantes e, eventualmente, corantes e aromatizantes. 
 
Géis 
Os géis são formas farmacêuticas ou cosméticas obtidas a partir da hidratação de 
alguns compostos orgânicos macromoleculares ou de compostos inorgânicos gelificantes. 
São preparações livres de gorduras (oil-free)*, cujo teor de água é bastante elevado, sendo 
em geral facilmente laváveis. Estas características fazem dos géis produtos de consumo em 
expansão. Entre as desvantagens destacam-se a baixa penetrabilidade percutânea (exceto 
géis transdérmicos**) e maior susceptibilidade à contaminação microbiana, fato também 
relacionado ao elevado teor de água (80 a 98%). 
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Dependendo do tipo de agente gelificante os géis podem ser liófilos (polímeros 
hidrofílicos) ou liófobos (argilas, bentonita). Do ponto de vista físico-químico, os géis são 
considerados dispersões coloidais, em geral liófilas, transparentes e tixotrópicas***. 
*OLEOGÉIS: são produtos contendo 90 a 95% de óleo, espessados por 
agentes gelificantes não hidrossolúveis, como por exemplo, sílicas e argilas. 
Assemelham-se às pastas, mas são mais fluidos. 
**GÉIS TRANSDÉRMICOS: são, na verdade, microemulsões de uma fase 
hidrossolúvel, que é o gel aquoso de polaxamer 407 (20 a 40%), e de uma fase 
lipossolúvel composta de uma solução de lecitina granulada e palmitato de 
isopropila. O Pluronic® Lecithin Organogel (PLO) é uma microemulsão lipossomal 
fosfolipídica empregada para administração de fármacos via transdérmica. 
**TIXOTROPIA: fenômeno associado à diminuição da viscosidade do sistema 
provocado por forças mecânicas, sendo, porém, reversível quando em repouso. 
 
 
 
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