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1 EXAME CLÍNICO: ANAMNESE E EXAME FÍSICO GERAL É a parte mais importante da Medicina ➢ Desenvolve relação médico-paciente; ➢ Monta a história clínica completa e detalhada; ➢ Reconhece determinantes epidemiológicos que influenciam na doença; ➢ Avalia os sintomas de cada parte do corpo. ELEMENTOS DA ANAMNESE Dados de identificação: ➢ Nome; sexo; data de nascimento; idade; estado civil; religião; etnia; naturalidade; procedência; residência; profissão; plano de saúde; Queixa principal: ➢ 1º motivo/Queixa; ➢ 2º tempo; História da doença atual (HDA): ➢ Relato completo, detalhado e cronológico dos problemas que motivaram o paciente a procurar um médico; ➢ Inclui o aparecimento do problema, situações em que surgiu, tempo em que surgiu, sua evolução e manifestações associadas; ➢ Questiona sobre possíveis exames e tratamentos feitos em relação a queixa principal; ➢ Dor: ▪ Intensidade (0 -10); localização. Fatores que pioram ou melhoram; sé mais comum em um determinado período; tipo de dor (aperto, choque...); evolução. Antecedentes pessoais: ➢ Doenças na infância; ➢ Calendário vacinal; ➢ Comorbidades; ➢ Uso de medicamentos; ➢ Cirurgias; ➢ História obstétrica; ➢ Alergia; História familiar: ➢ Questiona sobre pai, mãe, avós do paciente: ▪ Se estão vivos; ▪ Se possuem comorbidades; ▪ Se há histórico de câncer ou doenças neurológicas; ➢ Converse com o paciente sobre relações interpessoais na família. Hábitos de vida: ➢ Consumo de álcool; ➢ Uso de drogas ilícitas; ➢ Tabaco; ➢ Sedentarismo; ➢ Alimentação; ➢ Ingestão de água; Interrogatório sintomatológico: ➢ O médico revisa cada sistema; o Sintomas gerais; o Cabeça e pescoço; o Tórax; o Abdome; o Sistema hemolinfopoético; o Sistema endócrino e metabolismo; o Sistema musculoesquelético; o Sistema nervoso; o Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. EXAME FÍSICO GERAL Complementar a anamnese: Exame físico geral e exame físico segmentado. Posições utilizadas: ➢ Sentada; ➢ Decúbito; ➢ Ortostática; Sequência: ➢ Céfalo-caudal ANÁLISE INICIAL Bom estado geral: ➢ Aparentemente sadio; Regular estado geral: ➢ Saúde levemente comprometida; Mau estado geral: ➢ Saúde bastante comprometida; Estado de vigília: ➢ Consciente; ➢ Obnubilado (leve comprometimento da consciência) ➢ Sonolento; ➢ Confuso; ➢ Torporado; ➢ Comatoso; Fala e linguagem: ➢ Disartria; ➢ Dislalia; Lucidez Orientação no tempo e espaço Fáscies: ➢ Atípica; ➢ Típica (síndrome de Cushing, síndrome de Down...) Biotipo: ➢ Brevilíneo; ➢ Normolíneo; ➢ Longilíneo; Postura: ➢ Ereto; ➢ Prostrado; ➢ Envergado... Medidas antropométricas: ➢ Peso; ➢ Altura; ➢ IMC; ➢ Circunferência abdominal; ➢ Circunferência cefálica; Estado nutricional: ➢ Desnutrido; ➢ Mal estado nutricional; ➢ Regular estado nutricional; ➢ Bom estado nutricional; Macha. CABEÇA E PESCOÇO Pele e fâneros; Hidratação; Esclera e conjuntivas; Linfonodos; Pulso; MUSCULOESQUELÉTICO Tônus e força muscular. EXTREMIDADES Edemas; Cicatrizes; Feridas; Varizes; Enchimento capilar; ARMADILHAS DA COMUNICAÇÃO COMO SE COMUNICAR As frases curtas tendem a ser mais eficazes, frases muito longas tendem dispersar o paciente e dificultar o seu entendimento. PROBLEMAS Baixa adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes portadores de doenças crônicas. COMO ENFRENTAR O PROBLEMA Técnicas educacionais, motivacionais, cognitivas e desenvolvimento de sistemas de lembretes; Ofertas de incentivos ao paciente; • Reforço financeiro; Intervenções para auxílio na gestão dos medicamentos pelo paciente; Combinação de intervenções voltadas ao paciente. FATORES RELACIONADOS À FALTA DE ADESÃO AO TRATAMENTO Paciente: • Concepções errôneas sobre a enfermidade ou o tratamento; • Má compreensão das instruções; • Limitação na capacidade de acatar e de seguir orientações; • Julga-se incapaz de seguir o tratamento; • Duvida da utilidade do tratamento; • Acredita que os benefícios não valem os esforços; • Impaciência com a velocidade dos progressos; • Tem outras preocupações para dar prioridade; Tratamento: • Esquemas complexos; • Alto custo financeiro; • Efeitos indesejáveis; • Resultados a longo prazo; • Exige demais do paciente; • Prejudica a qualidade de vida; Doença: • Assintomática ou não incomoda muito; • Sintomas dificultam o cuida-se (ex: psicose) Instituição: • Estagnada por problemas de gestão; • Difícil acesso ao serviço; • Distante da residência do paciente; • Pequena duração do tempo de atendimento; Profissional: • Distante, pouco cordial, desinteressado, inacessível, impessoal, formal. • Parece sempre ocupado, com pressa, atende com várias interrupções; • Uso de jargão, não considera as dúvidas e preocupações do paciente; • Não informa, ou o faz de maneira imprecisa; • Perguntas coisas que o paciente não contaria sequer a amigos; • Não oferece uma atenção contínua e personalizada, com retornos programados; COMO AUMENTAR A ADESÃO AO TRATAMENTO • Simplificar o esquema de tratamento, dividi-lo em passo; • Ser pragmático: o que, como, quando, durante, quanto tempo. • Ser seletivo: pequena quantidade de informações a cada consulta; • Dar orientações claras e sem jargão médico, com instruções escritas; • Orientações reforçadas na pós-consulta com a enfermagem; • Empregar ilustrações, auxílios mnemônicos, esquemas, analogias etc. • Comprovar a compreensão (solicitar ao paciente para repetir o que entendeu) • Empregar ajudas para a memória: deixar a medicação ao lado de objeto utilizado no cotidiano (escova de dentes, xícara de cafezinho). PRONTUÁRIO MÉDICO PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO VO Nome do medicamento; Concentração; Forma farmacêutica; Dose; Posologia; Via de administração; Orientações de uso. PUNÇÃO VENOSA DEFINIÇÃO 3 É um procedimento que se caracteriza pela introdução de um cateter na luz de uma veia periférica, cuja principal indicação é: ➢ Administração de líquidos; ➢ Administração de medicamentos; ➢ Hemoderivados; ➢ Coleta de sangue para exame laboratorial; ➢ Manutenção do acesso venoso no paciente; É uma técnica invasiva; COMPLICAÇÕES Segundo a SBP/ML, as principais complicações relacionadas a punção são: ➢ Hematoma; ➢ Punção de artéria; ➢ Lesão nervosa; ➢ Infecção; o Quando o cateter IB fica desalojado ou uma veia se rompe e a pele ao seu redor fica tensa, pálida, fria ao toque, edematosa e pode estar dolorida. ➢ Dor; ➢ Flebite ou infecção local ou inflamação; ➢ Sobrecarga circulatória de solução IV; ➢ Infiltração ou extrasavamento; ANATOMIA As veias mais utilizadas são: ➢ Veia basílica; ➢ Veia cefálica; ➢ Veia radial; MATERIAL E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO Bandeja; garrote; clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool a 70%, quando não houver clorexidina alcoólica; bolas de algodão/gases; cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao calibre da veia e a rede venosa do paciente; ➢ Scalp: utilizado em medicações rápidas, coleta sanguínea; até 24 Horas. ➢ Jelco: utilizado em medicações demoradas, desidratação em adultos e crianças, para repor volumes estéreis, administrar drogas de uso contínuo e hemoderivados; até 96 Horas. esparadrapo antialérgico; luvas de procedimento; dispositivo a ser conectado ao cateter venoso; soro fisiológico 0,9%; seringa 10ml; cuba rim; PROCEDIMENTO 1. Prepare o material necessário para o procedimento; 2. Explicar o procedimento ao paciente; 3. Realizar higienização das mãos (ver o POP) 4. Verificar os 9 certos: paciente certo, medicação certa, via certa, dose certa, hora certa, prescrição certa, registro e checagem certo, ação certa e resposta certa; 5. Escolha o local de acesso venoso. Verificando a condição das veias. 6. Calce as luvas de procedimento de acordo com a NR-32;7. Garroteie o membro que será puncionado (no adulto: aproximadamente de 5 a 10 cm do local de punção venosa), para propiciar a visualização da veia. 8. Mantenha o algodão embebido em álcool 70% ao alcance das mãos; 9. Localize o acesso venoso; 10. Faça antissepsia da pele, no local da punção, utilizando algodão com álcool a 70% e tracione a pele para baixo, como polegar abaixo do local a ser puncionado. 11. Introduza o cateter venoso na pele, com o bisel voltado para cima, num ângulo aproximado de 30º a 45º e, após o refluxo de sangue no canhão, mantenha o mandril imóvel e introduza o cateter na veia e em seguida remova o mandril; 12. Retire (solte) o garrote; 13. Conecte o dispositivo selecionado previamente preenchido com solução fisiológica e testar a permeabilidade do sistema. Aspirar para verificar se a agulha ou cateter continuam na veia. 14. Observe se há sinais de infiltração no local da punção, além de queixas de dor ou desconforto do paciente (se houver, retire o cateter imediatamente). 15. Fixe o dispositivo com gaze ou filme transparente. (Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, podendo ser semioclusiva – gaze e fita adesiva estéril – ou membrana transparente semipermeável) 16. Retire as luvas de procedimento, higienize as mãos; 17. Coloca data e hora da punção na fita adesiva estéril. 18. Orientar o paciente sobre os cuidados para manutenção do cateter; 19. Recolher material e descartar agulhas e perfurantes no recipiente adequado de perfurocortante e o restante em lixo adequado; OBSERVAÇÕES EM IDOSOS Evitar fricção vigorosa durante a limpeza do local para não lacerar a pele frágil. Utilizar cateter ou agulha com menor calibre, pois as veias são muito frágeis. Diminuir o ângulo de inserção para a punção venosa depois de penetrar a pele, pois devido a perda de tecido de suporte, as veias ficam superficiais. Veias esclerosadas ou membros paralisados, edemaciados ou com lesões não devem ser puncionados e este deve estar com indicativo que deve ser preservado; FERIDAS E CURATIVOS AVALIAÇÃO DA FERIDA Local anatômico → odor → edema → extensão e profundidade → exsudação/secreção → presença/ausência de pulso no local da lesão. Aspectos da lesão/coloração dos tecidos: ➢ Classificação: o Aguda: 7 a 10 dias de cicatrização; o Crônica: feridas com um período maior de cicatrização (hipotensos e diabéticos) o Sangramento o Exsudato (secreção): ▪ Características: seroso, purulento, serosanguinolento e sanguinolento. ▪ Quantidade; o Desbridamento: remoção de necrose; impulsiona a cicatrização. Formação de tecidos: ➢ Inviáveis: o Necrose (tecido morto); o Esfacelo ➢ Viáveis: o Granulativo (altamente vascularizado) o Tecido de epitelização (quase cicatrizada) TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 1º intenção: não há perda de tecidos, as bordas da pele ficam aproximadas (ex.: feridas cirúrgicas) ➢ Mínima quantidade de exsudato; ➢ Pontos íntegros; ➢ Ocorre em feridas assépticas que são adequadamente fechadas e cicatrizam-se com pouca reação tissular e por união primária. 2º intenção: há perdas de tecidos ➢ Possui bordas irregulares ou feridas infectadas; ➢ Maior tempo de cicatrização; ➢ Geralmente é utilizado curativos de cobertura primária. 3º intenção: feridas cirúrgicas que sofreram condições traumáticas; ➢ Deiscência COBERTURAS ESPECIAIS Ácidos graxos essenciais (AGE): óleo vegetal, acelera o processo de cicatrização. ➢ Indicada para prevenção de úlceras de pressão e todos tipos de feridas. ➢ Troca a cada 24 horas; Hidrocoloide: prevenção ou tratamento de LPP não infectadas. ➢ Feridas abertas e planas com pouca a moderada exsudação; ➢ Troca a cada 7 dias. Carvão ativado: ➢ Indicada para feridas com mau odor e feridas infectadas exsudativas. ➢ Exerce ação bactericida. ➢ Troca em 3 a 4 dias, podendo ficar no leito até 7 dias; Hidrogel: ➢ Indicada para feridas secas ou pouco exsudativas, queimaduras de 1º a 2º graus, desbridamento leve de necrose. ➢ Troca em até 48 horas e em feridas infectadas no máximo em 24 horas; Alginato de cálcio: ➢ Indicado para feridas exsudativas moderadas a altas, com sangramento e/ou desbridamento de pequenas áreas de necrose. ➢ Troca em feridas infectadas no máximo a cada 24 horas e feridas limpas com sangramento a cada 48 horas. DESBRIDAMENTO Remoção de tecido necrótico não viável. • Livra a ferida de uma fonte de infecção; • Possibilita visualização do leito da ferida; • Proporciona uma base limpa para cicatrização; Desbridamento mecânico: • Curativos úmidos a seco com gaze e solução salina – não usado de rotina/ irrigação; • Funciona por fricção, hidroterapia e é raramente usada, pois pode aumentar a dor do paciente e danificar o tecido de granulação recém formado. Desbridamento autolítico: • Curativo sintético (hidrocoloide) para escara seja autodigerida por ações enzimáticas no líquido da ferida; • Atua por hidratação do leito da ferida, por fibrinólise ou por ação enzimática e permite eliminar os tecidos necrosados. Desbridamento químico: • Usa uma preparação enzimática tópica – solução de Dakin ou larvas estéreis – em gaze. • Conhecido como desbridamento enzimático, é a aplicação de produto exógenos no leito da ferida utilizado para quebrar o tecido desvitalizado sem causar danos aos tecidos viáveis. Desbridamento cortante/cirúrgico: • Uso de bisturi, tesoura ou outro instrumento cortante; • Indicado quando o paciente tem sinais de celulite ou sepse; LIMPEZA Selecionar uma solução apropriada (soro fisiológico) e o uso de um meio mecânico. Curativos úmidos são indicados apenas para feridas que precisam de desbridamento. • Jamais usar em ferida limpa e granulando. TIPOS DE CURATIVOS Compressivos: • Podem ser utilizados para redução de fluxo circulatório promovendo estase sanguínea e auxílio na aproximação das extremidades da lesão e a perda volêmica é um grande risco para o 5 paciente devido à possibilidade de formação do quadro de choque; Os curativos podem ser utilizados para favorecer um processo de cicatrização adequado à lesão, para tanto se torna importante identificar as características gerais da lesão, possibilidade de reaproximação de bordas (em casos cirúrgicos) e sempre que necessário viabilizar a remoção de corpos estranhos QUEIMADURAS CONCEITOS BÁSICOS ➢ A pele é o maior órgão do corpo humano; ➢ A queimadura é uma lesão na pele que pode ser causada por calor, frio, eletricidade, produtos químicos, gases, fricção e radiação; ➢ O tratamento de queimaduras em primeiros socorros tem como objetivo parar o processo de lesão, esfriar e cobrir o ferimento. EPIDEMIOLOGIA ➢ O sexo masculino é o mais acometido por acidentes com queimaduras tendo o álcool como a principal fonte de acidentes em todas as faixas etárias. ➢ Exceto em crianças entre 0 a 4 anos, que são as mais cometidas por queimaduras, tendo como principal agente etiológico a escaldadura, e o local mais comum de acidente é a cozinha doméstica; ➢ As queimaduras representam no Brasil a quarta causa de morte e hospitalização, principalmente no caso de crianças e adolescentes. FISIOPATOLOGIA ➢ Dependendo da extensão e da profundidade das queimaduras, pode haver integridades funcionais da pele, afetando a homeostase hidroeletrolítica, o controle da temperatura interna, a flexibilidade e a lubrificação da superfície corporal; ➢ A fisiopatologia da lesão se dá devido à destruição da integridade capilar e vascular. CLASSIFICAÇÃO ➢ Nem toda queimadura é igual; ➢ E as queimaduras são classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau, dependendo da profundidade do dano provocado na pele; QUEIMADURA DE 1º GRAU ➢ Atingem as camadas superficiais da pele, apresentando vermelhidão, inchaço e dor local suportável, sem a formação de bolhas; ➢ O calor destrói apenasa camada superficial da pele, ou seja, a epiderme; ➢ A queimadura provocada pela exposição ao sol é um exemplo típico de queimadura de primeiro grau; ➢ Sintomas: o Pele vermelhas na área queimada; o Dor local; o Inchaço local; ➢ Procedimentos: o Lavar o local da lesão água corrente em temperatura ambiente ou soro fisiológico, até que a área queimada seja resfriada. QUEIMADURA DE 2º GRAU ➢ Atingem as camadas mais profundas da pele, apresentam bolhas, pele avermelhada, manchada ou com coloração variável, dor, inchaço, desprendimento de camadas da pele e possível estado de choque; ➢ Ocorre a destruição de camadas intermediárias da pele (a epiderme e parte da derme) ➢ Sua principal característica é a formação de bolhas, cheias de um líquido; ➢ Sintomas: o Formação de bolhas; o Dor intensa no local; ➢ Procedimentos: o Lavar com soro fisiológico até resfriar a área queimada e colocar gaze limpa, asséptica e não aderente e enfaixar. QUEIMADURA DE 3º GRAU ➢ Atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos, apresentando pouco ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada. ➢ Não há a formação de bolhas, porque as camadas mais superficiais da pele morrem imediatamente; ➢ Na maior dos casos, o paciente não se queixa de dor, porque as terminações nervosas responsáveis pela sensibilidade aos estímulos dolorosos foram destruídas; ➢ Sintomas: o Exposição de camadas mais profundas do tecido; o Perda da sensibilidade nas áreas necrosadas; REGRA DOS 9 A regra dos 9 é uma ferramenta de medida utilizada no atendimento pré-hospitalar, e a intenção da medida é quantizar a área total de superfície corporal atingida por uma queimadura. Além de determinar a gravidade da queimadura, a medição é importante para estimar a possível necessidade de mudança do fluido hemodinâmico do paciente; ➢ Classificação quanto à extensão (adultos): o Cabeça – 9% o Membros superiores – 9% cada o Membros inferiores – 18% cada o Tronco completo – 36% o Pescoço e área genital – 1% ➢ Classificação quanto à extensão (crianças): o Cabeça e pescoço – 19% o Membros superiores – 9% cada o Membros inferiores – 13% cada o Tronco completo – 36% o Área genital – 1%. ➢ Extensão da queimadura: o Leve: atingem menos de 10% da superfície corporal. o Médias: atingem de 10 a 20% da superfície corporal. o Graves: atingem mais de 20% da área corporal. ATENDIMENTO – SAMU 1. Afastar o paciente do agente causador da queimadura ou o agendo do paciente e iniciar avaliação primária. 2. Irrigar a lesão queimada com soro fisiológico (SF) em abundância, promovendo resfriamento local e em seguida cobrir com compressas estéreis. 3. Avaliar a oximetria de pulso e permeabilidade de vias aéreas, observando as condições respiratórias e riscos de lesões pulmonares. 4. Expor o paciente retirando roupas não aderidas, anéis, relógios, pulseiras, cintos e outros objetos de uso do paciente. 5. Cobrir com manta aluminizada ou metálica para prevenção de hipotermia. SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Cerca de 60 a 80% dos ritmos de PCR no âmbito pré- hospitalar ocorrem em fibrilação ventricular (FV). FISIOPATOLOGIA A parada cardiorrespiratória pode ser desencadeada por alguns mecanismos que perturbam a homeostase do sistema excitocondutor cardíaco. Os fatores que interferem na propagação do impulso elétrico podem atuar como “gatilhos” para as arritmias, como a fibrilação ventricular, a taquicardia ventricular, a atividade elétrica sem pulso e assistolia. QUADRO CLÍNICO Os sinais podem surgir até uma hora antes da parada cardíaca: ➢ Dispneia; ➢ Dor torácica; ➢ Fraqueza; ➢ Visão turva; DIAGNÓSTICO O diagnóstico de PCR é eminentemente clínico. ➢ Vítima irresponsiva, apneica, hipóxia, pupilas dilatadas... TRATAMENTO Acesso precoce (SBV); RCP precoce (SBV); Desfibrilação precoce (SBV); Atendimento de suporte avançado precoce; MNEMÔNICO – “CABD PRIMÁRIO” C ➢ Local seguro; ➢ Responsividade; ➢ Respiração; ➢ Chamar ajuda; ➢ Circulação; A ➢ Checar vias aéreas; B ➢ Boa ventilação; D ➢ Desfibrilador; RCP EM CRINÇAS E ADOLESCENTES Neonatos = 2 polegares; Lactentes = 2 dedos, no processo xifoide ou abaixo; Crianças e adolescentes = depende da sua estatura; 30 compressões para 2 respirações TÉRMINO DA REANIMAÇÃO A RCP deve ser continuada até o sistema cardiopulmonar ser estabilizado, o paciente ser declarado morto ou um socorrista ser fisicamente incapaz de continuar; ➢ A decisão de terminar a reanimação é clínica... SEQUÊNCIA DE AÇÕES EM PCR SÚBITA Reconhecimento imediato da PCR; Acionamento do serviço de emergência/urgência; Reanimação cardiopulmonar, com ênfase nas compressões torácicas; Rápida desfibrilação; Suporte avançado de vida eficaz; Cuidados pós-reanimação cardiopulmonar; OVACE DEFINIÇÃO Qualquer situação que impeça total ou parcialmente o trânsito de ar até os pulmões; Pode resultar em óbito; Acomete principalmente crianças; CAUSAS Fatores intrínsecos: relaxamento da língua Fatores extrínsecos: aspiração de corpo estranho como alimentos, bala, prótese dentária. Em trauma: fragmentos ósseos, objetos que estavam na boca no momento do trauma. CLASSIFICAÇÃO DA OVACE Leve (parcial) – apesar da obstrução o paciente será capaz de manter a troca gasosa. Tossir, falar e respirar. Grave (total) – a troca gasosa é insuficiente, causando dificuldade respiratória. ➢ Tosse silenciosa; 7 ➢ Cianose; ➢ Incapacidade de falar ou respirar; ➢ Segurar o pescoço com as mãos; ➢ Evoluem para perda de consciência; OVACE → Parada respiratória → Parada cardiorrespiratória OVACE LEVE A vítima deve ser acalmada e encorajada a tossir vigorosamente; O socorrista deve observar a presença de sinais e obstrução grave → obstrução grave responsivo. OVACE GRAVE RESPONSIVO Obstrução total de vias aéreas, com tosse ineficaz, aumento do desconforto respiratório e cianos, caso observados, deve-se iniciar a Manobra de Heimlich, imediatamente. Vítima consciente → Manobra de Heimlich ➢ Posicionar atrás do paciente, com as pernas entre as pernas do mesmo para caso ele venha a perder a consciência você consiga deitá-lo. ➢ Pergunte: “você está engasgado?” se a pessoa responder afirmativamente com a cabeça, diga- lhe que vai ajudar; ➢ Fique de pé atrás da vítima (ou ajoelhe-se caso seja menor que você) e circunde seus braços ao redor da cintura da vítima, de modo que suas mãos se encontrem; ➢ Feche o punho de uma das mãos; ➢ Posicione o punho, com o polegar voltado contra o abdome da vítima, na linha média levemente acima da cicatriz umbilical e bem abaixo do osso esterno; ➢ Segure o punho, com a outra mão e pressione-o contra o abdome da vítima, aplicando uma compressão rápida para cima; ➢ Repita as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea ou até que vítima se torne não responsiva. Para grávidas e obesos deve-se aplicar compressões torácicas sob o esterno (linha intermamilar) em vez de compressões abdominais. OVACE GRAVE IRRESPONSIVO Posicionar o paciente em decúbito dorsal → Compressões torácicas; → Abrir vias aéreas e tentar visualizar/ remover o corpo estranho; → Estar atento à PCR. DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM LACTENTE RESPONSIVO Aplicar 5 palmadas utilizando a região hipotênar das mãos no dorso do lactente; Aplicar 5 compressões torácicas com 2 dedos sobre o esterno; DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM LACTENTE IRRESPONSIVO 30 compressões torácicas; 1 insuflação com o dispositivo bolsa-valva-máscara; POLITRAUMA XABCDE DO POLITRAUMA Segurança na fase pré-hospitalar ➢ Avaliar a segurança do local do acidente; ➢ É importante isolar o local; X – Extra sanguinação ➢ Avaliar se tem sangue no local do acidente; ➢ Cuidado: hemorragia externa grave! A – Vias áreas ➢ Avaliar a permeabilidade das viasaéreas, paciente responsivo? ➢ Paciente com respiração ruidosa, roncos e ou inconsciente – ALERTA ➢ Manobras simples: Chin-lift (elevação do queixo) e Jaw-trust (tração da mandíbula) ➢ Vão existir casos que necessitam de uma via aérea artificial; B – Boa ventilação e respiração ➢ Será avaliado: o Posição da traqueia; o Presença de turgência jugular; o Tórax (exame físico); o Respiração anormal; 1. Oferecer oxigenação não reinalante C – Circulação (5 P e 1 O) ➢ Perfusão periférica – normal 2 segundos; ➢ Pulso; ➢ Pelve; ➢ Pele (temperatura, umidade e coloração) ➢ Pança – abdome; ➢ Ossos longos; ➢ Se possível aferir PA 1. Infundir ringer lactato aquecido em acesso periférico D – Disfunção neurológica ➢ Escala de coma de Glasgow; ➢ Alterações pupilares; o Abaixo de 8, considerado em coma. E – Exposição e controle de hipotermia ➢ Cortar as vestes do paciente sem movimentação excessiva; ➢ Evitar a hipotermia: uso de manta aluminizada, coberto e fluidos aquecidos; SAMU – 192.
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