Buscar

Revisão HM II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
EXAME CLÍNICO: 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO GERAL 
É a parte mais importante da Medicina 
➢ Desenvolve relação médico-paciente; 
➢ Monta a história clínica completa e detalhada; 
➢ Reconhece determinantes epidemiológicos 
que influenciam na doença; 
➢ Avalia os sintomas de cada parte do corpo. 
 
ELEMENTOS DA ANAMNESE 
Dados de identificação: 
➢ Nome; sexo; data de nascimento; idade; 
estado civil; religião; etnia; naturalidade; 
procedência; residência; profissão; plano de 
saúde; 
Queixa principal: 
➢ 1º motivo/Queixa; 
➢ 2º tempo; 
História da doença atual (HDA): 
➢ Relato completo, detalhado e cronológico dos 
problemas que motivaram o paciente a 
procurar um médico; 
➢ Inclui o aparecimento do problema, situações 
em que surgiu, tempo em que surgiu, sua 
evolução e manifestações associadas; 
➢ Questiona sobre possíveis exames e 
tratamentos feitos em relação a queixa 
principal; 
➢ Dor: 
▪ Intensidade (0 -10); localização. 
Fatores que pioram ou melhoram; sé 
mais comum em um determinado 
período; tipo de dor (aperto, 
choque...); evolução. 
Antecedentes pessoais: 
➢ Doenças na infância; 
➢ Calendário vacinal; 
➢ Comorbidades; 
➢ Uso de medicamentos; 
➢ Cirurgias; 
➢ História obstétrica; 
➢ Alergia; 
História familiar: 
➢ Questiona sobre pai, mãe, avós do paciente: 
▪ Se estão vivos; 
▪ Se possuem comorbidades; 
▪ Se há histórico de câncer ou doenças 
neurológicas; 
➢ Converse com o paciente sobre relações 
interpessoais na família. 
Hábitos de vida: 
➢ Consumo de álcool; 
➢ Uso de drogas ilícitas; 
➢ Tabaco; 
➢ Sedentarismo; 
➢ Alimentação; 
➢ Ingestão de água; 
Interrogatório sintomatológico: 
➢ O médico revisa cada sistema; 
o Sintomas gerais; 
o Cabeça e pescoço; 
o Tórax; 
o Abdome; 
o Sistema hemolinfopoético; 
o Sistema endócrino e metabolismo; 
o Sistema musculoesquelético; 
o Sistema nervoso; 
o Exame psíquico e avaliação das 
condições emocionais. 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
Complementar a anamnese: Exame físico geral e exame 
físico segmentado. 
 
Posições utilizadas: 
➢ Sentada; 
➢ Decúbito; 
➢ Ortostática; 
Sequência: 
➢ Céfalo-caudal 
 
ANÁLISE INICIAL 
Bom estado geral: 
➢ Aparentemente sadio; 
Regular estado geral: 
➢ Saúde levemente comprometida; 
Mau estado geral: 
➢ Saúde bastante comprometida; 
 
Estado de vigília: 
➢ Consciente; 
➢ Obnubilado (leve comprometimento da 
consciência) 
➢ Sonolento; 
➢ Confuso; 
➢ Torporado; 
➢ Comatoso; 
 
Fala e linguagem: 
➢ Disartria; 
➢ Dislalia; 
Lucidez 
Orientação no tempo e espaço 
Fáscies: 
➢ Atípica; 
➢ Típica (síndrome de Cushing, síndrome de Down...) 
Biotipo: 
➢ Brevilíneo; 
➢ Normolíneo; 
➢ Longilíneo; 
Postura: 
➢ Ereto; 
➢ Prostrado; 
➢ Envergado... 
Medidas antropométricas: 
➢ Peso; 
➢ Altura; 
➢ IMC; 
➢ Circunferência abdominal; 
➢ Circunferência cefálica; 
Estado nutricional: 
➢ Desnutrido; 
➢ Mal estado nutricional; 
➢ Regular estado nutricional; 
➢ Bom estado nutricional; 
Macha. 
 
CABEÇA E PESCOÇO 
Pele e fâneros; 
Hidratação; 
Esclera e conjuntivas; 
Linfonodos; 
Pulso; 
 
MUSCULOESQUELÉTICO 
Tônus e força muscular. 
 
EXTREMIDADES 
Edemas; 
Cicatrizes; 
Feridas; 
Varizes; 
Enchimento capilar; 
 
 
ARMADILHAS DA COMUNICAÇÃO 
COMO SE COMUNICAR 
As frases curtas tendem a ser mais eficazes, frases muito 
longas tendem dispersar o paciente e dificultar o seu 
entendimento. 
 
PROBLEMAS 
Baixa adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes 
portadores de doenças crônicas. 
 
COMO ENFRENTAR O PROBLEMA 
Técnicas educacionais, motivacionais, cognitivas e 
desenvolvimento de sistemas de lembretes; 
 
Ofertas de incentivos ao paciente; 
• Reforço financeiro; 
 
Intervenções para auxílio na gestão dos medicamentos pelo 
paciente; 
 
Combinação de intervenções voltadas ao paciente. 
 
FATORES RELACIONADOS À FALTA DE ADESÃO AO 
TRATAMENTO 
Paciente: 
• Concepções errôneas sobre a enfermidade ou o 
tratamento; 
• Má compreensão das instruções; 
• Limitação na capacidade de acatar e de seguir 
orientações; 
• Julga-se incapaz de seguir o tratamento; 
• Duvida da utilidade do tratamento; 
• Acredita que os benefícios não valem os esforços; 
• Impaciência com a velocidade dos progressos; 
• Tem outras preocupações para dar prioridade; 
Tratamento: 
• Esquemas complexos; 
• Alto custo financeiro; 
• Efeitos indesejáveis; 
• Resultados a longo prazo; 
• Exige demais do paciente; 
• Prejudica a qualidade de vida; 
Doença: 
• Assintomática ou não incomoda muito; 
• Sintomas dificultam o cuida-se (ex: psicose) 
Instituição: 
• Estagnada por problemas de gestão; 
• Difícil acesso ao serviço; 
• Distante da residência do paciente; 
• Pequena duração do tempo de atendimento; 
Profissional: 
• Distante, pouco cordial, desinteressado, 
inacessível, impessoal, formal. 
• Parece sempre ocupado, com pressa, atende com 
várias interrupções; 
• Uso de jargão, não considera as dúvidas e 
preocupações do paciente; 
• Não informa, ou o faz de maneira imprecisa; 
• Perguntas coisas que o paciente não contaria 
sequer a amigos; 
• Não oferece uma atenção contínua e 
personalizada, com retornos programados; 
 
COMO AUMENTAR A ADESÃO AO TRATAMENTO 
• Simplificar o esquema de tratamento, dividi-lo em 
passo; 
• Ser pragmático: o que, como, quando, durante, 
quanto tempo. 
• Ser seletivo: pequena quantidade de informações 
a cada consulta; 
• Dar orientações claras e sem jargão médico, com 
instruções escritas; 
• Orientações reforçadas na pós-consulta com a 
enfermagem; 
• Empregar ilustrações, auxílios mnemônicos, 
esquemas, analogias etc. 
• Comprovar a compreensão (solicitar ao paciente 
para repetir o que entendeu) 
• Empregar ajudas para a memória: deixar a 
medicação ao lado de objeto utilizado no cotidiano 
(escova de dentes, xícara de cafezinho). 
 
PRONTUÁRIO MÉDICO 
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO VO 
Nome do medicamento; 
Concentração; 
Forma farmacêutica; 
Dose; 
Posologia; 
Via de administração; 
Orientações de uso. 
 
PUNÇÃO VENOSA 
DEFINIÇÃO 
 
3 
É um procedimento que se caracteriza pela introdução de 
um cateter na luz de uma veia periférica, cuja principal 
indicação é: 
➢ Administração de líquidos; 
➢ Administração de medicamentos; 
➢ Hemoderivados; 
➢ Coleta de sangue para exame laboratorial; 
➢ Manutenção do acesso venoso no paciente; 
É uma técnica invasiva; 
 
COMPLICAÇÕES 
Segundo a SBP/ML, as principais complicações relacionadas 
a punção são: 
➢ Hematoma; 
➢ Punção de artéria; 
➢ Lesão nervosa; 
➢ Infecção; 
o Quando o cateter IB fica desalojado ou 
uma veia se rompe e a pele ao seu redor 
fica tensa, pálida, fria ao toque, 
edematosa e pode estar dolorida. 
➢ Dor; 
➢ Flebite ou infecção local ou inflamação; 
➢ Sobrecarga circulatória de solução IV; 
➢ Infiltração ou extrasavamento; 
 
ANATOMIA 
As veias mais utilizadas são: 
➢ Veia basílica; 
➢ Veia cefálica; 
➢ Veia radial; 
 
MATERIAL E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO 
Bandeja; 
garrote; 
clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool a 70%, quando não 
houver clorexidina alcoólica; 
bolas de algodão/gases; 
cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao 
calibre da veia e a rede venosa do paciente; 
➢ Scalp: utilizado em medicações rápidas, coleta 
sanguínea; até 24 Horas. 
➢ Jelco: utilizado em medicações demoradas, 
desidratação em adultos e crianças, para repor 
volumes estéreis, administrar drogas de uso 
contínuo e hemoderivados; até 96 Horas. 
esparadrapo antialérgico; 
luvas de procedimento; 
dispositivo a ser conectado ao cateter venoso; 
 soro fisiológico 0,9%; 
seringa 10ml; 
cuba rim; 
 
PROCEDIMENTO 
1. Prepare o material necessário para o 
procedimento; 
2. Explicar o procedimento ao paciente; 
3. Realizar higienização das mãos (ver o POP) 
4. Verificar os 9 certos: paciente certo, medicação 
certa, via certa, dose certa, hora certa, prescrição 
certa, registro e checagem certo, ação certa e 
resposta certa; 
5. Escolha o local de acesso venoso. Verificando a 
condição das veias. 
6. Calce as luvas de procedimento de acordo com a 
NR-32;7. Garroteie o membro que será puncionado (no 
adulto: aproximadamente de 5 a 10 cm do local de 
punção venosa), para propiciar a visualização da 
veia. 
8. Mantenha o algodão embebido em álcool 70% ao 
alcance das mãos; 
9. Localize o acesso venoso; 
10. Faça antissepsia da pele, no local da punção, 
utilizando algodão com álcool a 70% e tracione a 
pele para baixo, como polegar abaixo do local a ser 
puncionado. 
11. Introduza o cateter venoso na pele, com o bisel 
voltado para cima, num ângulo aproximado de 30º 
a 45º e, após o refluxo de sangue no canhão, 
mantenha o mandril imóvel e introduza o cateter 
na veia e em seguida remova o mandril; 
12. Retire (solte) o garrote; 
13. Conecte o dispositivo selecionado previamente 
preenchido com solução fisiológica e testar a 
permeabilidade do sistema. Aspirar para verificar 
se a agulha ou cateter continuam na veia. 
14. Observe se há sinais de infiltração no local da 
punção, além de queixas de dor ou desconforto do 
paciente (se houver, retire o cateter 
imediatamente). 
15. Fixe o dispositivo com gaze ou filme transparente. 
(Qualquer cobertura para cateter periférico deve 
ser estéril, podendo ser semioclusiva – gaze e fita 
adesiva estéril – ou membrana transparente 
semipermeável) 
16. Retire as luvas de procedimento, higienize as 
mãos; 
17. Coloca data e hora da punção na fita adesiva 
estéril. 
18. Orientar o paciente sobre os cuidados para 
manutenção do cateter; 
19. Recolher material e descartar agulhas e 
perfurantes no recipiente adequado de 
perfurocortante e o restante em lixo adequado; 
 
OBSERVAÇÕES EM IDOSOS 
Evitar fricção vigorosa durante a limpeza do local para não 
lacerar a pele frágil. 
 
Utilizar cateter ou agulha com menor calibre, pois as veias 
são muito frágeis. 
 
Diminuir o ângulo de inserção para a punção venosa depois 
de penetrar a pele, pois devido a perda de tecido de 
suporte, as veias ficam superficiais. 
 
Veias esclerosadas ou membros paralisados, edemaciados 
ou com lesões não devem ser puncionados e este deve 
estar com indicativo que deve ser preservado; 
 
FERIDAS E CURATIVOS 
AVALIAÇÃO DA FERIDA 
Local anatômico → odor → edema → extensão e 
profundidade → exsudação/secreção → presença/ausência 
de pulso no local da lesão. 
 
Aspectos da lesão/coloração dos tecidos: 
➢ Classificação: 
o Aguda: 7 a 10 dias de cicatrização; 
o Crônica: feridas com um período maior de 
cicatrização (hipotensos e diabéticos) 
o Sangramento 
o Exsudato (secreção): 
▪ Características: seroso, 
purulento, serosanguinolento e 
sanguinolento. 
▪ Quantidade; 
o Desbridamento: remoção de necrose; 
impulsiona a cicatrização. 
Formação de tecidos: 
➢ Inviáveis: 
o Necrose (tecido morto); 
o Esfacelo 
➢ Viáveis: 
o Granulativo (altamente vascularizado) 
o Tecido de epitelização (quase cicatrizada) 
 
 
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 
1º intenção: não há perda de tecidos, as bordas da pele 
ficam aproximadas (ex.: feridas cirúrgicas) 
➢ Mínima quantidade de exsudato; 
➢ Pontos íntegros; 
➢ Ocorre em feridas assépticas que são 
adequadamente fechadas e cicatrizam-se com 
pouca reação tissular e por união primária. 
 
2º intenção: há perdas de tecidos 
➢ Possui bordas irregulares ou feridas infectadas; 
➢ Maior tempo de cicatrização; 
➢ Geralmente é utilizado curativos de cobertura 
primária. 
 
3º intenção: feridas cirúrgicas que sofreram condições 
traumáticas; 
➢ Deiscência 
 
COBERTURAS ESPECIAIS 
Ácidos graxos essenciais (AGE): óleo vegetal, acelera o 
processo de cicatrização. 
➢ Indicada para prevenção de úlceras de pressão e 
todos tipos de feridas. 
➢ Troca a cada 24 horas; 
Hidrocoloide: prevenção ou tratamento de LPP não 
infectadas. 
➢ Feridas abertas e planas com pouca a moderada 
exsudação; 
➢ Troca a cada 7 dias. 
Carvão ativado: 
➢ Indicada para feridas com mau odor e feridas 
infectadas exsudativas. 
➢ Exerce ação bactericida. 
➢ Troca em 3 a 4 dias, podendo ficar no leito até 7 
dias; 
Hidrogel: 
➢ Indicada para feridas secas ou pouco exsudativas, 
queimaduras de 1º a 2º graus, desbridamento leve 
de necrose. 
➢ Troca em até 48 horas e em feridas infectadas no 
máximo em 24 horas; 
Alginato de cálcio: 
➢ Indicado para feridas exsudativas moderadas a 
altas, com sangramento e/ou desbridamento de 
pequenas áreas de necrose. 
➢ Troca em feridas infectadas no máximo a cada 24 
horas e feridas limpas com sangramento a cada 48 
horas. 
 
DESBRIDAMENTO 
Remoção de tecido necrótico não viável. 
• Livra a ferida de uma fonte de infecção; 
• Possibilita visualização do leito da ferida; 
• Proporciona uma base limpa para cicatrização; 
Desbridamento mecânico: 
• Curativos úmidos a seco com gaze e solução salina 
– não usado de rotina/ irrigação; 
• Funciona por fricção, hidroterapia e é raramente 
usada, pois pode aumentar a dor do paciente e 
danificar o tecido de granulação recém formado. 
Desbridamento autolítico: 
• Curativo sintético (hidrocoloide) para escara seja 
autodigerida por ações enzimáticas no líquido da 
ferida; 
• Atua por hidratação do leito da ferida, por 
fibrinólise ou por ação enzimática e permite 
eliminar os tecidos necrosados. 
Desbridamento químico: 
• Usa uma preparação enzimática tópica – solução 
de Dakin ou larvas estéreis – em gaze. 
• Conhecido como desbridamento enzimático, é a 
aplicação de produto exógenos no leito da ferida 
utilizado para quebrar o tecido desvitalizado sem 
causar danos aos tecidos viáveis. 
Desbridamento cortante/cirúrgico: 
• Uso de bisturi, tesoura ou outro instrumento 
cortante; 
• Indicado quando o paciente tem sinais de celulite 
ou sepse; 
 
LIMPEZA 
Selecionar uma solução apropriada (soro fisiológico) e o uso 
de um meio mecânico. 
Curativos úmidos são indicados apenas para feridas que 
precisam de desbridamento. 
• Jamais usar em ferida limpa e granulando. 
 
TIPOS DE CURATIVOS 
Compressivos: 
• Podem ser utilizados para redução de fluxo 
circulatório promovendo estase sanguínea e 
auxílio na aproximação das extremidades da lesão 
e a perda volêmica é um grande risco para o 
 
5 
paciente devido à possibilidade de formação do 
quadro de choque; 
 
Os curativos podem ser utilizados para favorecer um 
processo de cicatrização adequado à lesão, para tanto se 
torna importante identificar as características gerais da 
lesão, possibilidade de reaproximação de bordas (em casos 
cirúrgicos) e sempre que necessário viabilizar a remoção de 
corpos estranhos 
 
QUEIMADURAS 
CONCEITOS BÁSICOS 
➢ A pele é o maior órgão do corpo humano; 
➢ A queimadura é uma lesão na pele que pode ser 
causada por calor, frio, eletricidade, produtos 
químicos, gases, fricção e radiação; 
➢ O tratamento de queimaduras em primeiros 
socorros tem como objetivo parar o processo de 
lesão, esfriar e cobrir o ferimento. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ O sexo masculino é o mais acometido por 
acidentes com queimaduras tendo o álcool como a 
principal fonte de acidentes em todas as faixas 
etárias. 
➢ Exceto em crianças entre 0 a 4 anos, que são as 
mais cometidas por queimaduras, tendo como 
principal agente etiológico a escaldadura, e o local 
mais comum de acidente é a cozinha doméstica; 
➢ As queimaduras representam no Brasil a quarta 
causa de morte e hospitalização, principalmente 
no caso de crianças e adolescentes. 
 
FISIOPATOLOGIA 
➢ Dependendo da extensão e da profundidade das 
queimaduras, pode haver integridades funcionais 
da pele, afetando a homeostase hidroeletrolítica, o 
controle da temperatura interna, a flexibilidade e a 
lubrificação da superfície corporal; 
➢ A fisiopatologia da lesão se dá devido à destruição 
da integridade capilar e vascular. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
➢ Nem toda queimadura é igual; 
➢ E as queimaduras são classificadas em primeiro, 
segundo e terceiro grau, dependendo da 
profundidade do dano provocado na pele; 
 
QUEIMADURA DE 1º GRAU 
➢ Atingem as camadas superficiais da pele, 
apresentando vermelhidão, inchaço e dor local 
suportável, sem a formação de bolhas; 
➢ O calor destrói apenasa camada superficial da 
pele, ou seja, a epiderme; 
➢ A queimadura provocada pela exposição ao sol é 
um exemplo típico de queimadura de primeiro 
grau; 
➢ Sintomas: 
o Pele vermelhas na área queimada; 
o Dor local; 
o Inchaço local; 
➢ Procedimentos: 
o Lavar o local da lesão água corrente em 
temperatura ambiente ou soro fisiológico, 
até que a área queimada seja resfriada. 
 
QUEIMADURA DE 2º GRAU 
➢ Atingem as camadas mais profundas da pele, 
apresentam bolhas, pele avermelhada, manchada 
ou com coloração variável, dor, inchaço, 
desprendimento de camadas da pele e possível 
estado de choque; 
➢ Ocorre a destruição de camadas intermediárias da 
pele (a epiderme e parte da derme) 
➢ Sua principal característica é a formação de 
bolhas, cheias de um líquido; 
➢ Sintomas: 
o Formação de bolhas; 
o Dor intensa no local; 
➢ Procedimentos: 
o Lavar com soro fisiológico até resfriar a 
área queimada e colocar gaze limpa, 
asséptica e não aderente e enfaixar. 
 
QUEIMADURA DE 3º GRAU 
➢ Atingem todas as camadas da pele e podem 
chegar aos ossos, apresentando pouco ou 
nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada. 
➢ Não há a formação de bolhas, porque as camadas 
mais superficiais da pele morrem imediatamente; 
➢ Na maior dos casos, o paciente não se queixa de 
dor, porque as terminações nervosas responsáveis 
pela sensibilidade aos estímulos dolorosos foram 
destruídas; 
➢ Sintomas: 
o Exposição de camadas mais profundas do 
tecido; 
o Perda da sensibilidade nas áreas 
necrosadas; 
 
REGRA DOS 9 
A regra dos 9 é uma ferramenta de medida utilizada no 
atendimento pré-hospitalar, e a intenção da medida é 
quantizar a área total de superfície corporal atingida por 
uma queimadura. 
Além de determinar a gravidade da queimadura, a medição 
é importante para estimar a possível necessidade de 
mudança do fluido hemodinâmico do paciente; 
 
➢ Classificação quanto à extensão (adultos): 
o Cabeça – 9% 
o Membros superiores – 9% cada 
o Membros inferiores – 18% cada 
o Tronco completo – 36% 
o Pescoço e área genital – 1% 
➢ Classificação quanto à extensão (crianças): 
o Cabeça e pescoço – 19% 
o Membros superiores – 9% cada 
o Membros inferiores – 13% cada 
o Tronco completo – 36% 
o Área genital – 1%. 
 
➢ Extensão da queimadura: 
o Leve: atingem menos de 10% da 
superfície corporal. 
o Médias: atingem de 10 a 20% da 
superfície corporal. 
o Graves: atingem mais de 20% da área 
corporal. 
 
ATENDIMENTO – SAMU 
1. Afastar o paciente do agente causador da 
queimadura ou o agendo do paciente e iniciar 
avaliação primária. 
2. Irrigar a lesão queimada com soro fisiológico (SF) 
em abundância, promovendo resfriamento local e 
em seguida cobrir com compressas estéreis. 
3. Avaliar a oximetria de pulso e permeabilidade de 
vias aéreas, observando as condições respiratórias 
e riscos de lesões pulmonares. 
4. Expor o paciente retirando roupas não aderidas, 
anéis, relógios, pulseiras, cintos e outros objetos 
de uso do paciente. 
5. Cobrir com manta aluminizada ou metálica para 
prevenção de hipotermia. 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) 
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Cerca de 60 a 80% dos ritmos de PCR no âmbito pré-
hospitalar ocorrem em fibrilação ventricular (FV). 
 
FISIOPATOLOGIA 
A parada cardiorrespiratória pode ser desencadeada por 
alguns mecanismos que perturbam a homeostase do 
sistema excitocondutor cardíaco. 
 
Os fatores que interferem na propagação do impulso 
elétrico podem atuar como “gatilhos” para as arritmias, 
como a fibrilação ventricular, a taquicardia ventricular, a 
atividade elétrica sem pulso e assistolia. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Os sinais podem surgir até uma hora antes da parada 
cardíaca: 
➢ Dispneia; 
➢ Dor torácica; 
➢ Fraqueza; 
➢ Visão turva; 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico de PCR é eminentemente clínico. 
➢ Vítima irresponsiva, apneica, hipóxia, pupilas 
dilatadas... 
 
TRATAMENTO 
Acesso precoce (SBV); 
RCP precoce (SBV); 
Desfibrilação precoce (SBV); 
Atendimento de suporte avançado precoce; 
 
MNEMÔNICO – “CABD PRIMÁRIO” 
C 
➢ Local seguro; 
➢ Responsividade; 
➢ Respiração; 
➢ Chamar ajuda; 
➢ Circulação; 
A 
➢ Checar vias aéreas; 
B 
➢ Boa ventilação; 
D 
➢ Desfibrilador; 
 
RCP EM CRINÇAS E ADOLESCENTES 
Neonatos = 2 polegares; 
Lactentes = 2 dedos, no processo xifoide ou abaixo; 
Crianças e adolescentes = depende da sua estatura; 
 
30 compressões para 2 respirações 
 
TÉRMINO DA REANIMAÇÃO 
A RCP deve ser continuada até o sistema cardiopulmonar 
ser estabilizado, o paciente ser declarado morto ou um 
socorrista ser fisicamente incapaz de continuar; 
➢ A decisão de terminar a reanimação é clínica... 
 
SEQUÊNCIA DE AÇÕES EM PCR SÚBITA 
Reconhecimento imediato da PCR; 
Acionamento do serviço de emergência/urgência; 
Reanimação cardiopulmonar, com ênfase nas compressões 
torácicas; 
Rápida desfibrilação; 
Suporte avançado de vida eficaz; 
Cuidados pós-reanimação cardiopulmonar; 
 
OVACE 
DEFINIÇÃO 
Qualquer situação que impeça total ou parcialmente o 
trânsito de ar até os pulmões; 
Pode resultar em óbito; 
Acomete principalmente crianças; 
 
CAUSAS 
Fatores intrínsecos: relaxamento da língua 
 
Fatores extrínsecos: aspiração de corpo estranho como 
alimentos, bala, prótese dentária. 
 
Em trauma: fragmentos ósseos, objetos que estavam na 
boca no momento do trauma. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA OVACE 
Leve (parcial) – apesar da obstrução o paciente será capaz 
de manter a troca gasosa. Tossir, falar e respirar. 
 
Grave (total) – a troca gasosa é insuficiente, causando 
dificuldade respiratória. 
➢ Tosse silenciosa; 
 
7 
➢ Cianose; 
➢ Incapacidade de falar ou respirar; 
➢ Segurar o pescoço com as mãos; 
➢ Evoluem para perda de consciência; 
 
OVACE → Parada respiratória → Parada cardiorrespiratória 
 
OVACE LEVE 
A vítima deve ser acalmada e encorajada a tossir 
vigorosamente; 
O socorrista deve observar a presença de sinais e obstrução 
grave → obstrução grave responsivo. 
 
OVACE GRAVE RESPONSIVO 
Obstrução total de vias aéreas, com tosse ineficaz, aumento 
do desconforto respiratório e cianos, caso observados, 
deve-se iniciar a Manobra de Heimlich, imediatamente. 
 
Vítima consciente → Manobra de Heimlich 
➢ Posicionar atrás do paciente, com as pernas entre 
as pernas do mesmo para caso ele venha a perder 
a consciência você consiga deitá-lo. 
➢ Pergunte: “você está engasgado?” se a pessoa 
responder afirmativamente com a cabeça, diga-
lhe que vai ajudar; 
➢ Fique de pé atrás da vítima (ou ajoelhe-se caso 
seja menor que você) e circunde seus braços ao 
redor da cintura da vítima, de modo que suas 
mãos se encontrem; 
➢ Feche o punho de uma das mãos; 
➢ Posicione o punho, com o polegar voltado contra 
o abdome da vítima, na linha média levemente 
acima da cicatriz umbilical e bem abaixo do osso 
esterno; 
➢ Segure o punho, com a outra mão e pressione-o 
contra o abdome da vítima, aplicando uma 
compressão rápida para cima; 
➢ Repita as compressões até que o objeto seja 
expelido da via aérea ou até que vítima se torne 
não responsiva. 
 
Para grávidas e obesos deve-se aplicar compressões 
torácicas sob o esterno (linha intermamilar) em vez de 
compressões abdominais. 
 
OVACE GRAVE IRRESPONSIVO 
Posicionar o paciente em decúbito dorsal → Compressões 
torácicas; → Abrir vias aéreas e tentar visualizar/ remover o 
corpo estranho; → Estar atento à PCR. 
 
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM LACTENTE 
RESPONSIVO 
Aplicar 5 palmadas utilizando a região hipotênar das mãos 
no dorso do lactente; 
Aplicar 5 compressões torácicas com 2 dedos sobre o 
esterno; 
 
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM LACTENTE 
IRRESPONSIVO 
30 compressões torácicas; 
1 insuflação com o dispositivo bolsa-valva-máscara; 
 
 
POLITRAUMA 
XABCDE DO POLITRAUMA 
Segurança na fase pré-hospitalar 
➢ Avaliar a segurança do local do acidente; 
➢ É importante isolar o local; 
 
X – Extra sanguinação 
➢ Avaliar se tem sangue no local do acidente; 
➢ Cuidado: hemorragia externa grave! 
 
A – Vias áreas 
➢ Avaliar a permeabilidade das viasaéreas, paciente 
responsivo? 
➢ Paciente com respiração ruidosa, roncos e ou 
inconsciente – ALERTA 
➢ Manobras simples: Chin-lift (elevação do queixo) e 
Jaw-trust (tração da mandíbula) 
➢ Vão existir casos que necessitam de uma via aérea 
artificial; 
 
B – Boa ventilação e respiração 
➢ Será avaliado: 
o Posição da traqueia; 
o Presença de turgência jugular; 
o Tórax (exame físico); 
o Respiração anormal; 
 
1. Oferecer oxigenação não reinalante 
 
C – Circulação (5 P e 1 O) 
➢ Perfusão periférica – normal 2 segundos; 
➢ Pulso; 
➢ Pelve; 
➢ Pele (temperatura, umidade e coloração) 
➢ Pança – abdome; 
➢ Ossos longos; 
➢ Se possível aferir PA 
 
1. Infundir ringer lactato aquecido em acesso 
periférico 
 
D – Disfunção neurológica 
➢ Escala de coma de Glasgow; 
➢ Alterações pupilares; 
o Abaixo de 8, considerado em coma. 
 
E – Exposição e controle de hipotermia 
➢ Cortar as vestes do paciente sem 
movimentação excessiva; 
➢ Evitar a hipotermia: uso de manta 
aluminizada, coberto e fluidos aquecidos; 
 
SAMU – 192.

Continue navegando