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5 princípios fundamentais da adminsitração pública

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CAPÍTULO 5 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
INTRODUÇÃO
Os princípios fundamentais orientadores de toda a atividade da Administração Pública encontram-se, explícita ou implicitamente, no texto da Constituição de 1988.
Após a promulgação da EC19/98, cinco passaram a ser esses princípios explícitos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (este último acrescentado pela emenda referida).
Os princípios são as idéias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo a ele um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de sua estrutura. Os princípios determinam o alcance e o sentido das regras de um dado subsistema do ordenamento jurídico, balizando a interpretação e a própria produção normativa.
Devemos notar que o art. 37, CF encontra-se inserido em seu Cápitulo VII (Da Administração Pública), especificamente correspondendo à seção I deste Capítulo, que trata das Disposições Gerais por isso fica claro que os princípios ali enumerados são de observância obrigatória para todos os Poderes, quando estiverem no exercício de funções administrativas, e para todos os entes federados (União, estados, Distrito Federal e municípios), alcançando a Administração Direta e a Indireta.
2 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
É um princípio implícito. Com efeito, por força do regime democrático e do sistema representativo, presume-se que toda atuação do Estado seja pautada pelo interesse público.
É um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando todas as prerrogativas especiais de que dispõe a Administração. Decorre dele que, existindo conflito entre o interesse público e o interesse particular, deverá prevalecer o primeiro, tutelado pelo Estado, respeitados, entretanto, os direitos e garantias individuais expressos na Constituição, ou dela decorrentes (está adstrito aos princípios constitucionais que determinam a forma e os limites de sua atuação)
Ele não está diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração Pública. Tem incidência direta, o princípio em foco, sobretudo nos atos em que a Administração Pública manifesta poder de império (poder extroverso), denominados, por isso, atos de império. São atos de império todos os que a Administração impõe coercitivamente ao administrado, criando unilateralmente para ele obrigações, ou restringindo ou condicionando o exercício de direitos ou de atividades privadas; são os atos que originam relações jurídicas entre o particular e o Estado caracterizadas pela verticalidade, pela desigualdade jurídica.
Quando, entretanto, a Administração atua internamente, mormente em suas atividades-meio, praticando os denominados atos de gestão e atos de mero expediente, não há incidência direta do princípio da supremacia do interesse público, simplesmente porque não há obrigações ou restrições que necessitem ser impostas aos administrados. Assim, também quando o Estado intervém como agente econômico (Estado Empresário), pois neste caso é regido predominantemente pelo direito privado.
Ressalta-se que ao menos indiretamente o princípio da supremacia do interesse público irradia sobre toda a atuação administrativa, uma vez que os atos da Administração Pública revestem aspectos próprios do direito público.
Exemplos de prerrogativas de direito público da Administração Pública derivadas diretamente do princípio da supremacia do interesse público:
As diversas formas de intervenção na propriedade privada. Ex: desapropriação (assegurada a indenização); requisição administrativa; tombamento
Cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos
Exercício de poder de polícia administrativa;
Presunção de legitimidade dos atos administrativos.
3 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
É um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo. Dele derivam todas as restrições especiais impostas à atividade administrativa. Tais restrições decorrem, exatamente, do fato de não ser a Administração Pública “dona” da coisa pública, e sim mera gestora de bens e interesses alheios (do povo); os bens e interesses públicos são indisponíveis, não pertencem a Administração pública, tampouco a seus agentes.
Em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público (a expressão interesse público é utilizada, aqui, em sentido amplo, abrangendo todo o patrimônio público e todos os direitos e interesses, imediatos ou mediatos, do povo em geral, único titular da coisa pública) são vedados ao administrador quaisquer atos que impliquem renúncia a direitos do Poder Público ou que injustificadamente onerem a sociedade.
O princípio da indisponibilidade do interesse público está diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração Pública. Deveras, manifesta-se o princípio da indisponibilidade tanto no desempenho das atividades-fim, quanto no das atividades-meio da Administração, tanto quando ela atua visando o interesse público primário, como quando visa ao interesse público secundário, tanto quando atua sob regime de direito público, como quando atua sob regime predominantemente de direito privado.
3.1 INTERESSES PÚBLICOS PRIMÁRIOS E INTERESSES PÚBLICOS SECUDÁRIOS
Os interesses públicos primários são os interesses diretos do povo, os interesses gerais imediatos. Já os interesses públicos secundários são os interesses imediatos do Estado na qualidade de pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações. Esses interesses secundários são identificados pela doutrina, em regra, como interesses meramente patrimoniais, em que o Estado busca aumentar sua riqueza, ampliando receitas ou evitando gastos. Também são mencionados como manifestação de interesses secundários os atos internos de gestão administrativa, ou seja, as atividades-meio da Administração, que existem para fortalecê-la como organismo, mas que só se justificam se forem instrumentos para que esse organismo atue em prol dos interesses primários.
Em qualquer hipótese, o interesse público secundário só é legítimo quando não é contrário ao interesse primário.
Em nossa opinião, mesmo no Brasil é possível fazer distinção doutrinária entre interesse público primário e interesse público secundário. Seguindo a orientação apontada pelo Porf. Celso Antônio Bandeira de Mello, caracterizamos como interesse secundário legítimo aquele que represente um interesse de uma pessoa jurídica administrativa na qualidade de titular de direitos, mesmo sem implicar busca direta da satisfação de um interesse primário, desde que: (a) não contrarie nenhum interesse público primário; (b) possibilite atuação administrativa ao menos indiretamente tendente à realização de interesses primários. Ex: Sociedade de economia mista exploradoras de atividades econômicas.
4 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade é o postulado basilar de todos os Estados de Direito (vigora o “império da lei”). 
Tendo em conta o fato de que a Administração Pública está sujeita, sempre, ao princípio da indisponibilidade do interesse público - e não é ela quem determina o que é de interesse público, mas somente a lei (e a própria Constituição), expressão legítima da “vontade geral” -, não é suficiente a ausência de proibição em lei para que a Administração Pública possa agir, é necessária a existência de uma lei que imponha ou autorize determinada atuação administrativa.
A legalidade traduz a idéia de que a Administração Pública somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que o determine (atuação vinculada) ou autorize (atuação discricionária), devendo obedecer estritamente ao estipulado na lei, ou, sendo discricionária a atuação, observar os termos, condições e limites autorizados na lei.
Por outro lado, para o administrado, o princípio da legalidade administrativa representa uma garantia constitucional, exatamente porque lhe assegura que a atuação da Administração estará limitada ao que dispuser a lei.
Em suma, a Administração, além de não poderatuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a lei (a atividade administrativa não pode ser contra legem, mas apenas secundum legem).
Ademais, a Administração está sujeita a seus próprios atos normativos, expedidos para assegurar o fiel cumprimento das leis, nos termos do art. 84, inciso IV, da CF. Assim, na prática de um ato individual, o agente público está obrigado a observar não só a lei e os princípios jurídicos, mas também os decretos, as portarias, as instruções normativas, os pareceres normativos, em suma, os atos administrativos gerais que sejam pertinentes àquela situação concreta com que ele se depara.
Algumas vezes, os autores falam em atuação legal (conforme a letra da lei) e legítima (conforme os princípios jurídicos, ordenamento jurídico). Note-se, entretanto, que essa distinção entre os referidos vocábulos não é rígida, isto é, podem perfeitamente ser empregadas as palavras “legalidade” e “legitimidade” como sinônimas. 
Devemos observar que a possibilidade de o Poder Executivo expedir atos que inaugurem o direito positivo somente existe nas situações expressamente previstas no próprio texto constitucional. Tais hipóteses possuem caráter excepcional, sendo as principais a edição de medidas provisórias, art. 62, CF e de leis delegadas, cuja edição deve ser autorizada por resolução do Congresso Nacional, art. 68, CF. Entretanto, esses dois atos não são administrativos em sentido próprio, e sim, atos de natureza legislativa.
Merece menção, ainda, a atribuição, bastante restrita, acrescentada pela EC 32/01, de edição de decretos autônomos pelo Poder Executivo, ou seja, decretos que retiram seu fundamento de validade diretamente do texto constitucional, atos primários, que não são editados em função de qualquer lei, não regulamenta lei alguma. Art. 84, CF.
Legalidade: Significa que o administrador só pode fazer aquilo que a lei manda. Ele deve subordina-se a lei. Critério de subordinação a lei.
No direito privado significa que pode-se fazer tudo o que quiser, só não pode fazer aquilo que a lei proíbe. O critério aqui é de não contradição a lei.
OBS: A lei não autoriza a criação de cargos por decreto; 
Como decorrência da indisponibilidade do interesse público, a atividade administrativa só pode ser exercida em conformidade absoluta com a lei. O princípio da legalidade é uma exigência do Estado de direito, ou seja, da submissão do Estado ao império da ordem jurídica.
Estado de Direito: Estado politicamente organizado que obedece as suas leis. Logo, o princípio da legalidade é fundamental para a existência de um Estado de Direito. 
 
OBS: Princípio da reserva de lei: aparece quando o constituinte separa uma matéria e determina qual espécie normativa regulará tal matéria (ou seja, escolha da espécie normativa para uma determinada matéria). Assim, o conceito de legalidade é mais amplo que o princípio da reserva da lei. 
OBS: Este princípio, entretanto, pode sofrer constrições provisórias e excepcionais, em situações especiais e expressamente previstas na Constituição, como nas hipóteses permissivas de medidas provisórias e na vigência do Estado de Defesa e Estado de Sítio (Estados de Exceção).
Ilegalidade do ato: este deve ser anulado
pela administração Pública ou
pelo Judiciário
	Anulação de ato ilegal pela administração pública
	Pelo Judiciário
	Prazo: 5 anos. Art. 54, da lei 9784/99
	Não há prazo, justamente por ser um ato ilegal; hoje tem surgido um novo posicionamento tendo em vista a segurança jurídica, fazendo a ponderação de interesses entre esta e a ilegalidade. Nesse novo posicionamento o judiciário também teria 5 anos para anular um ato ilegal.
(deve-se olhar as alternativas da prova para ver qual o posicionamento que está sendo adotado)
5 PRINCÍPIO DA MORALIDADE
A denominada moral administrativa difere da moral comum, justamente por ser jurídica e pela possibilidade de invalidação dos atos administrativos que sejam praticados com inobservância deste princípio. 
É importante compreender que o fato de a Constituição haver erigido a moral administrativa em princípio jurídico expresso permite afirmar que ela é um requisito de validade do ato administrativo, e não de aspecto atinente ao mérito. Vale dizer, um ato contrário à moral administrativa não está sujeito a uma análise de oportunidade e conveniência, mas uma análise de legitimidade, isto é, um ato contrário à moral administrativa é nulo, e não meramente inoportuno ou inconveniente.
A moral administrativa liga-se á idéia de probidade e de boa-fé. Para atuar observando a moral administrativa não basta ao agente cumprir formalmente a lei na frieza de sua letra. É necessário que se atenda à letra e ao espírito da lei, que ao legal junte-se o ético.
É evidente que “moral administrativa” consiste em um “conceito jurídico indeterminado”, mas repita-se, conquanto indeterminado, trata-se de um conceito jurídico, portanto, objetivo - e não pessoal, subjetivo. É passível de ser extraída do conjunto de normas concernentes à conduta de agentes públicos, existentes no ordenamento jurídico.
Nenhuma relevância tem a opinião do agente que praticou o ato cuja moralidade está sendo avaliada. Importa unicamente o que se extrai do ordenamento jurídico acerca da conduta compatível com a moralidade administrativa.
	CF, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
CF, Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
V - a probidade na administração;
Ao lado desses dispositivos a Constituição confere aos particulares o poder de controlar o respeito ao princípio da moralidade administrativa, seja mediante provocação da própria Administração Pública, por exemplo, exercendo o direito de petição, seja por meio de ações judiciais diversas. Um importante meio de controle judicial da moralidade administrativa é a ação popular, remédio constitucional previsto no inciso LXXIII do art. 5° da Constituição.
	CF, Art. 5°, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
6 PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É tratado sobre dois prismas:
Como determinante da finalidade de toda a atuação da administração (também chamado princípio da finalidade): 
Traduz a idéia de que toda a atuação da Administração deve visar ao interesse público, deve ter como finalidade a satisfação do interesse público.
A impessoalidade da atuação administrativa impede, portanto, que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente ou de terceiros, devendo ater-se à vontade da lei, comando geral e abstrato em essência. Dessa forma, ele impede perseguições ou favorecimentos, discriminações benéficas ou prejudiciais aos administrados. Qualquer ato praticado com objetivo diverso da satisfação do interesse público será nulo por desvio de finalidade.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, essa acepção decorre da isonomia.
Há sempre uma finalidade geral, que é a satisfação do interesse público, e uma finalidade específica, que é o fim direto ou imediato que a lei pretende atingir.
*Súmula Vinculante n°13, STF: 
Súmula vinculante nº 13: Parentesco até o 3º grau (cargos em comissão, contratação temporária, empresa contratada por dispensa ou inexigibilidade de licitação). Proibição do nepotismo cruzado. 
A NOMEAÇÃO DE CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE EM LINHA RETA, COLATERAL OU POR AFINIDADE, ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, DA AUTORIDADE NOMEANTE OU DE SERVIDOR DA MESMAPESSOA JURÍDICA INVESTIDO EM CARGO DE DIREÇÃO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO, PARA O EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU DE CONFIANÇA OU, AINDA, DE FUNÇÃO GRATIFICADA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA EM QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS, COMPREENDIDO O AJUSTE MEDIANTE DESIGNAÇÕES RECÍPROCAS, VIOLA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
O CNJ e CNMP vedaram o nepotismo no Judiciário. Parente não pode ser contratado temporariamente, para cargo em comissão nem por contratação direta. A associação dos magistrados do Brasil ajuizou ação no STF questionando esta resolução dos conselhos, ADCn°12. O STF entendeu que a resolução poderia tratar deste assunto, do nepotismo, porque o nepotismo viola a impessoalidade, moralidade, eficiência e isonomia. Com base nestes princípios o STF entendeu que a resolução poderia regular sobre esta matéria.
RE 579.951/RN: entendeu que esta situação do nepotismo deveria se estender a toda Administração Pública (direta e indireta), não só ao Judiciário.
ADC Nº 12: É competência do CNJ, através de resolução, exonerar servidor. Representa a aplicação do princípio da impessoalidade, moralidade, eficiência e isonomia. 
OBS: quem foram os esquecidos pela súmula? Aqueles que compõe o quarto grau, primo. Não se considera nepotismo a contratação de primo. 
*A súmula também não falou nada de ocupantes de cargos políticos. Então nessas duas situações não se configura o nepotismo.
Reclamação 6650 e 7834.
Como vedação a que o agente público se promova às custas das realizações da Administração Pública
	CF, Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Observa-se que esse segundo desdobramento do princípio da impessoalidade tem por escopo proibir a vinculação de atividades da Administração à pessoa dos administradores, evitando que estes utilizem a propaganda oficial para sua promoção pessoal.
STF: RE 191.668/RS “O rigor do dispositivo constitucional que assegura o princípio da impessoalidade, vincula a publicidade ao caráter educativo, informativo ou de orientação social é incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que caracterizam promoção pessoal ou de servidores públicos.”
7 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Também apresenta dupla acepção:
Exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público
Nessa acepção, a publicidade não está ligada à validade do ato, mas à sua eficácia, isto é, enquanto não publicado, o ato não está apto a produzir efeitos.
O ato que obrigatoriamente deva ser publicado é um ato imperfeito (não concluído) enquanto a sua publicação não ocorre. Evidentemente, em um Estado de Direito, é inconcebível a existência de atos sigilosos ou confidenciais que pretendam incidir sobre a esfera jurídica dos administrados, criando, restringindo ou extinguindo direitos, ou que onerem o patrimônio público.
Exceções: Não precisa publicar: 
colocar em risco a segurança da sociedade e do Estado (art. 5º, XXXIII); 
para proteger o direito à intimidade (art. 5º, X)
atos processuais que correm em sigilo, na forma da lei (art. 5º, LX).
Exigência de transparência da atuação administrativa :Essa acepção deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público, diz respeito à exigência de que seja possibilitado, da forma mais ampla possível, o controle da Administração Pública pelos administrados.
	CF, Art. 5°, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Importante garantia individual apta a assegurar a exigência de transparência da Administração Pública é o direito de Petição aos Poderes Públicos e o direito de obtenção de certidões em repartições públicas:
	CF, art.5°, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Decorrência lógica do princípio da transparência é a regra geral segundo a qual os atos administrativos devem ser motivados. Com efeito, a motivação possibilita o efetivo controle da legitimidade do ato administrativo pelos órgãos de controle e pelo povo em geral.
O princípio da motivação dos atos administrativos não é um princípio que esteja expresso na Constituição para toda a Administração Pública. Entretanto, especificamente para a atuação administrativa dos tribunais do Poder Judiciário.
	CF, Art. 93, X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
8 PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Doutrina do “Estado Mínimo”; este modelo de Administração Pública, em que se privilegia a aferição de resultados, com ampliação de autonomia dos entes administrativos e redução dos controles de atividades-meio, identifica-se com a noção de administração gerencial e tem como postulado central exatamente o princípio da eficiência. Ex de instrumentos: contrato de gestão.
Esse princípio apresenta dois aspectos:
Relativamente à forma de atuação do agente público, espera-se o melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados. Ex: avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade pelo servidor público e a perda do cargo do servidor estável mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho (art. 41, CF), outro exemplo: participação em cursos (art. 39, §2°, CF);
Quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública, exige-se que este seja o mais racional possível, no intuito de alcançar melhores resultados na prestação dos serviços públicos. 
O objetivo do princípio da eficiência é assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade que os custeia.
A idéia de eficiência aproxima-se da de economicidade, princípio expresso no art. 70, caput, da CF, referente ao controle financeiro da Administração Pública. Busca-se o atingimento de objetivos traduzidos por boa prestação de serviços, de modo mais simples, mais rápido, e mais econômico, melhorando a relação custo/benefício da atividade da Administração. O administrador deve sempre procurar a solução que melhor atenda ao interesse público, levando em conta o ótimo aproveitamento dos recursos públicos, conforme essa análise de custos e benefícios correspondentes.
O constitucionalista Alexandre de Moraes define o princípio da eficiência como aquele que “impõe à Administração Pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia, e sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitar desperdícios e garantir-se uma maior rentabilidade social.”
Eficiência tem como corolário a boa qualidade. Note-se que sendo um princípio expresso, a eficiência indiscutivelmente integra o controle de legalidade ou legitimidade, e não de mérito administrativo. Deveras, a atuação eficiente não é questão de conveniência e oportunidade administrativa, mas sim uma obrigação do administrador, vale dizer, não é cabível a Administração alegar que, dentre diversasatuações possíveis, deixou de escolher a mais eficiente porque julgou conveniente ou oportuno adotar uma outra, menos eficiente. Com isso, é possibilitada, em tese a apreciação pelo Poder Judiciário de um ato administrativo quanto a sua eficiência (o ato ineficiente é ilegítimo, o que enseja sua anulação, ou, se a anulação causar ainda mais prejuízo ao interesse público, responsabilização de quem lhe deu causa).
CURSO LFG: Eficiência
Foi introduzida na CF pela emenda 19/98. Mesmo antes da EC a Administração tinha a obrigação de observá-lo: lei 8987/95, art. 6º. 
Ausência de desperdícios. 
Produtividade.
Agilidade.
Economia: gastar o mínimo possível. 
Trouxe para a Administração Pública o dever explícito de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.
Proíbe o uso inadequado dos recursos públicos, veda o desperdício. Busca maior produtividade.
Eficiência e a estabilidade dos servidores art.41, §1º, III.
Estabilidade: Nomeação para cargo efetivo, através de prévia aprovação em concurso público; três anos de exercício; avaliação de desempenho. 
estágio probatório para alcançar a estabilidade: prazo de 3 anos. Prazo para adquirir a estabilidade também de 3 anos.
avaliação especial de desempenho: é a condição que o agente precisa conseguir para adquirir a estabilidade. Avaliação por uma comissão instituída para essa finalidade. É uma condição para aquisição da estabilidade.
	Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade
perda da estabilidade: processo administrativo (com o contraditório e com a ampla defesa), judicial (com trânsito em julgado) e através de uma avaliação periódica (com EC 19 passou a ter força de retirar a estabilidade). 
Art. 41, §1°, III, CF: avaliação periódica de desempenho: depois que o agente já adquiriu a estabilidade tem essa avaliação periódica, por uma comissão. De forma que se o agente não for aprovado neste procedimento ele poderá perder a estabilidade, deve ser assegurada a ampla defesa.
Racionalização da máquina administrativa: busca pela eficiência, forma de buscar a eficiência.
Gasto com pessoal ativo e inativo: Na União até 50% da arrecadação pode ser gasto com folha de pagamento. Estados e Municípios até 60% da arrecadação. Se ultrapassar terá que haver exoneração. (art. 169, CF; art. 19 da LC 101/2000)
Cortes: (Nessa ordem). 
- cargos em comissão e funções de confiança (cortes em 20%).
- servidores não estáveis; (a idéia era atingir os servidores que entraram antes de 88 e que não prestaram concurso e não adquiriram estabilidade. Entretanto, a regra aplica-se a todos não estáveis. Não há percentual para cortes).
- servidores estáveis.
Obs: Os servidores serão exonerados e não DEMITIDOS (são por falta grave).
Obs: SOMENTE os servidores estáveis tem direito a indenização. 
Obs: O cargo será extinto e só poderá ser recreado 4 anos depois.
Meios e fins eficientes:
Gastar o menor valor possível, obtendo o melhor resultado possível.
A eficiência não se confunde com a eficácia nem com a efetividade. A eficiência transmite sentido relacionado ao modo pelo qual se processa o desempenho da atividade administrativa; a idéia diz respeito, portanto, à conduta dos agentes. Por outro lado, eficácia tem relação com os meios e instrumentos empregados pelos agentes no exercício de seus misteres na administração; o sentido aqui é tipicamente instrumental. Finalmente, a efetividade é voltada para os resultados obtidos com as ações administrativas; sobreleva nesse aspecto a positividade dos objetivos. 
9 PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não se encontram expressos no texto constitucional. São eles, na verdade, princípios gerais de Direito, aplicáveis a praticamente todos os ramos da ciência jurídica.
Embora sejam implícitos, o STF, em diversos julgados, tem apontado como sede material expressa desses princípios o postulado do devido processo legal (art. 5°, LIV, CF), em sua acepção substantiva. Esse aspecto substantivo do princípio do devido processo legal diz respeito à proteção material direta dos bens e da liberdade em sentido amplo, isto é, á proteção material direta desses bens jurídicos em si mesmos considerados, diferentemente do aspecto formal ou adjetivo, que diz respeito às garantias processuais (ampla defesa, contraditório, presunção de inocência, ônus da prova para acusação, juiz natural, vedação a tribunais de exceção, dentre outras), ou sejam aos instrumentos de proteção daqueles bens jurídicos.
No âmbito do direito administrativo, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade encontram aplicação especialmente no controle dos atos discricionários que impliquem restrição ou condicionamento a direitos dos administrados ou imposição de sanções administrativas. Deve ser esclarecido desde logo que se trata de controle de legalidade ou legitimidade, e não de controle de mérito, vale dizer, não se avaliam conveniência e oportunidade administrativas do ato - o que implicaria, se fosse o caso, a sua revogação - mas sim sua validade. Sendo o ato ofensivo aos princípios da razoabilidade ou da proporcionalidade, será declarada sua nulidade; o ato será anulado, e não revogado.
É diante de situações concretas, sempre no contexto de uma relação meio-fim, que devem ser aferidos os critérios de razoabilidade e proporcionalidade, podendo o Poder Judiciário, desde que provocado, apreciar se as restrições impostas pela Administração Pública são adequadas, necessárias e justificadas pelo interesse público: se o ato implicar limitações inadequadas, desnecessárias ou desproporcionais (além da medida) deverá ser anulado.
Embora não seja muito freqüente a distinção entre princípio da proporcionalidade e da razoabilidade, pensamos ser mais freqüente associarem o princípio da razoabilidade às análises de adequação e de necessidade do ato ou da atuação da Administração Pública. Assim não basta que o ato tenha uma finalidade legítima. É necessário que os meios empregados sejam adequados à consecução do fim almejado.
Adequação = obriga o administrador a perquirir se o ato por ele praticado mostra-se efetivamente apto a atingir os objetivos/resultados pretendidos.
Necessidade = concerne à exigibilidade ou não da adoção das medidas restritivas. Deve-se indagar se haveria um meio menos gravoso à sociedade e igualmente eficaz na consecução dos objetivos visados.
Em síntese, sempre que a autoridade administrativa tiver à sua disposição mais de um meio para a consecução do mesmo fim deverá utilizar aquele que se mostre menos gravoso aos administrados, menos restritivos aos direitos destes. Essa faceta do princípio da razoabilidade é às vezes citada como “princípio da proibição de excesso” 
O princípio da razoabilidade tem por escopo aferir a compatibilidade entre os meios empregados e os fins visados na prática de um ato administrativo, de modo a evitar restrições aos administrados inadequadas, desnecessárias, arbitrária ou abusivas por parte da Administração Pública.
O princípio da proporcionalidade (citado por alguns autores como “princípio da proibição de excesso”), segundo a concepção a nosso ver majoritária na doutrina administrativa, representa, em verdade, uma das vertentes do princípio da razoabilidade. Isso porque a razoabilidade exige, entre outros aspectos, que haja proporcionalidade entre os meios utilizados pelo administrador público e os fins queele pretende alcançar. Se o ato administrativo não guarda proporção adequada entre os meios empregados e o fim almejado, será um ato desproporcional, excessivo em relação a essa finalidade visada.
Impede o princípio da proporcionalidade que a Administração restrinja os direitos do particular além do que caberia, do que seria necessário, pois impor medidas com intensidade ou extensão supérfluas, desnecessárias, induz à ilegalidade do ato, por abuso de poder. Esse princípio fundamenta-se na idéia de que ninguém está obrigado a suportar restrições em sua liberdade ou propriedade que não sejam indispensáveis, imprescindíveis à satisfação do interesse público.
É mister registrar que alguns autores referem-se a “proporcionalidade em sentido estrito” com um sentido um pouco diferente desse que se vem expor. Para eles, a verificação de “proporcionalidade em sentido estrito” consiste em perquirir se as restrições decorrentes do ato são compensadas pelos benefícios que ele proporciona, ou seja, verifica-se se a prática do ato mais promove do que restringe direitos fundamentais, se há mais “prós” do que “contras” na sua adoção, se a “resultante” favorece mais do que prejudica o conjunto dos direitos constitucionalmente protegidos.
A exigência de observância desses princípios impõe limitações à discricionariedade administrativa, ampliando os aspectos de controle do ato administrativo realizado pelo Poder Judiciário.
Nunca é demais frisar que, embora razoabilidade e proporcionalidade sejam princípios utilizados para controlar a discricionariedade administrativa não se trata de controle de mérito administrativo. Vale dizer, o ato que fira a razoabilidade ou proporcionalidade é um ato ilegítimo (não é meramente inconveniente ou inoportuno), e deve ser anulado (não é cabível cogitar revogação sob o fundamento de que o ato seja desarrazoado ou desproporcional).
10 PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
Uma verdadeira prerrogativa ou um poder-dever da administração pública.
Ao lado dessa possibilidade absoluta de apreciação pelo Poder Judiciário, quando provocado, de atos que possam implicar lesão ou ameaça a direito, existe o poder administrativo de autotutela. O poder de autotutela possibilita à administração pública controlar seus próprios atos, apreciando-os quanto ao mérito e quanto à legalidade. É um princípio implícito, que decorre da natureza da atividade administrativa e de princípios expressos que a orientam, especialmente o princípio da legalidade.
O princípio da autotutela instrumenta a Administração para a revisão de seus próprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da atuação da Administração Pública, e no que respeita ao controle de legalidade, reduzindo o congestionamento do Poder Judiciário.
Diz-se que o princípio da atutotutela autoriza o controle, pela Administração, dos atos por ela praticados, sob dois aspectos:
De legalidade, em que a Administração pode, de oficio ou provocada, anular os seus atos ilegais;
De mérito, em que examina a conveniência e oportunidade de manter ou desfazer um ato ilegítimo, nesse último caso mediante a denominada revogação.
Não precisa a Administração ser provocada para o fim de rever seus atos ilegais, pode fazê-lo de ofício.
É importante frisar que não só em relação a atos ilegais que a Administração pública exerce o poder-dever de autotutela, anulando-os. Os atos válidos, sem qualquer vício, que, no entender da Administração Pública se tornarem inconvenientes ao interesse público também podem ser retirados do mundo jurídico no uso da autotutela. A revogação de atos administrativos, com fundamento em razões de conveniência e oportunidade administrativas, sendo um poder discricionário, é de exercício exclusivo pela própria Administração que praticou o ato; o Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, nunca aprecia a conveniência de um ato, mas tão-somente a sua legalidade e legitimidade.
	Súmula 473 STF
A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE
VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS;
OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE,
RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.
NÃO CONFUNDIR: poder de autotutela com tutela administrativa, expressão empregada como sinônimo de controle finalísitico, ou supervisão, que a Administração Direta exerce, nos termos e limites da lei, sobre as entidades da Administração Indireta.
11 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
É um princípio implícito, decorrente do regime de direito público a que eles estão sujeitos.
A expressão serviços públicos, aqui é empregada em sentido amplo, como sinônimo de atividade de administração em sentido material. Alcança, portanto, todas as atividades propriamente administrativas executadas sob regime jurídico de direito público.
Abrange, assim, a prestação de serviços públicos em sentido estrito - prestações que representem, em si mesmas, utilidades materiais fruíveis diretamente pela população em geral, efetuadas diretamente ou por meio de delegatários -, o exercício do poder de polícia, as atividades de fomento e a intervenção. Ficam excluídas, por outro lado, a atuação do Estado como agente econômico em sentido estrito (Estado empresário), a atividade política de governo, a atividade legislativa e a atividade jurisdicional.
Os serviços públicos, como o seu nome indica, são prestados no interesse da coletividade, sob regime de direito público. Por esse motivo, sua prestação deve ser adequada, não podendo sofrer interrupções.
Esse princípio é de observância obrigatória não só para a Administração Pública, mas também para os particulares que sejam incumbidos da prestação de serviços públicos sob regime de delegação.
Greve - esse direito deve ser exercido nos termos e limites definidos em lei específica.
Impossibilidade do particular prestador de serviço público por delegação interromper sua prestação, mesmo que o poder concedente descumpra os termos do contrato que tenha celebrado com ele. Essa restrição é a denominada inoponibilidade da “exceção do contrato não cumprido” (exceptio non adimpleti contractus). No caso da prestação de serviços públicos, o particular delegatário prejudicado pela Administração Pública concedente só poderá rescindir o contrato mediante sentença judicial.
OUTROS PRINCÍPIOS CURSO LFG:
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Como condição do ato é necessário que haja um processo. 
	Art. 5º, LV, CR/88: Aos litigantes, em processos administrativos e judiciais, ficam assegurados o contraditório e ampla defesa
Contraditório: 
ciência da existência do processo (forma-se a bilateralidade da relação jurídica). 
abre-se a ela a oportunidade de defesa (Ampla defesa).
Desdobramentos da ampla defesa:
defesa prévia (as penas e procedimentos devem ser predeterminados). 
informações. (direito de cópias? STJ: Não tem direito a reprodução, mas a Administração tem que garantir que o advogado faça a cópia). Não há como fazer carga dos autos do processo administrativo. 
a parte tem que ter direito a produção de provas e que esta seja analisada.
d) defesa técnica por advogado?
Súmula Vinculante n°5, STF: a falta de defesa técnica em processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Ou seja, pode ter processo administrativo disciplinar sem advogado. A presença de advogado é facultativa. No mesmo sentido tem a lei 8.112/90.
Cancelada a Súmula 343, STJ: dizia que era obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar. 
Súmula Vinculante n°21, STF: “é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiros ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”. Isso porque viola o direito de exercer o contraditório e ampla defesa. (AI 698.626)
Súmula Vinculante 3, STF: “Nos processos perante o Tribunal de Contas da união asseguram-se o contraditório e a ampla defesaquando da decisão puder resultar anulação ou revogação do ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”
processo administrativo perante o Tribunal de Contas da União:
Pessoa que já tem o direito -> o Tribunal de Contas poderá - anular 
 - revogar 
Pessoa que ainda não tem direito -> Tribunal de contas - analisa a legalidade -> para concessão inicial da aposentadoria, reforma, pensão - aqui não há contraditório e ampla defesa. 
Plantão de dúvida: Examinando o texto da súmula, entende-se que o contraditório e a ampla defesa devem ser observados durante todo o processo de anulação ou revogação de ato administrativo, não sendo observados quando da concessão inicial da aposentadoria, reforma ou pensão, o que significa que quando se questiona a concessão da aposentadoria, que está em seu início, não há que se observar tais princípios. O TCU somente comporá o ato administrativo complexo de concessão, que depende da sua apreciação. Essa apreciação não necessita de um processo formal, com observância de todos os princípios constitucionais processuais, sendo apenas um ato de verificação do valor dos proventos. Destarte, é importante ressaltar que a súmula trata do respeito a esses princípios apenas no âmbito dos processos de admissão e de aposentação (CF/88, art. 71, III). Não versa sobre o devido processo legal, com seus consectários: contraditório e amplo defesa, no âmbito dos demais processos de fiscalização (auditorias, denúncias, representações etc.) nem no dos processos de contas (anuais, extraordinárias e especiais - CF/88, art. 71, II). É claro que isso não significa estar dispensado o respeito ao contraditório e à ampla defesa nos demais processos, de fiscalização e de contas. Mas tão-somente que a Súmula 3 não dispõe sobre a observância desses princípios nesses processos, regendo apenas o devido processo legal nas fiscalizações atinentes ao registro de admissões ou de aposentadorias, reformas e pensões.
Princípio da auto tutela
Significa revisão, possibilidade que a Administração Pública tem de revisar seus próprios atos. Através da anulação quando o ato for ilegal ou através da revogação de atos inconvenientes ou inoportunos.
	Súmula 346 STF: A administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.
Súmula 473, STF: A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vício que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Revogação: ocorre porque o ato é inconveniente ou inoportuno ao interesse público. 
Quem pode anular atos ilegais? Administração Pública e o Judiciário. 
Quem pode revogar atos administrativos? Só a Administração Pública que o praticou. O Judiciário não pode revogar ato praticado por outro poder
Arguição de Descumprimento de Preceito fundamental ,APPF n° 46: o que fazer quando a política pública eleita pela administração pública for irrazoável ou desproporcional, por exemplo quando se escolhe fazer um monumento ao invés de um hospital? Neste caso o Judiciário pode anular o ato porque a Administração desobedeceu a lei porque fere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade que estão previstos na lei 9784/99, art. 7°. O judiciário não pode revogar, pode anular porque fere a lei. Atinge o ato discricionário indiretamente.
Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos
Significa que os serviços públicos tem que ser prestado de forma contínua sem interrupções. 
* Quando que pode ocorrer a descontinuidade? Art. 6°, §3°, da lei 8987/95. O serviço pode ser descontinuado em 2 situações:
 - sem aviso prévio: Na situação de urgência, situação emergencial.
 - com aviso prévio: 
- desobediência de normas técnicas: ex. quando o indivíduo puxa o sinal elétrico do vizinho (“gato”)
- Em caso de inadimplemento: com base no princípio da supremacia do interesse público (não tem interesse público continuar a prestar o serviço daquele que não paga) e com base na isonomia porque não deve prestar o serviço de forma igual para aquele que paga e para aquele que não paga. No caso de serviço essencial deve haver ponderação, razoabilidade devendo manter um mínimo do serviço para sobrevivência, é o caso por exemplo da inadimplência de um hospital.
Direito de greve dos servidores: está previsto no art. 37, VII, CF. Este artigo diz que há o direito a greve para os servidores que deve exercer este direito nos termos da lei. Essa norma da constituição é uma norma de eficácia limitada, porque precisa de uma lei para dizer como o direito de greve será exercido. O problema é que não há essa lei.
Constitucionalmente há o direito de greve, mas falta a lei para regulamentar. No STF tiveram vários mandados de injunção, n° 670, n° 708, n° 712. O STF decidiu que enquanto não há a lei que regulamenta a greve no serviço público utiliza-se no que couber a lei que regulamenta a greve no setor privado, lei 7.783/89. O STF conferiu efeito erga omnes a esses mandados de injunção, valendo para todo o funcionalismo público.
Exceptio non adimpleti contractus: exceção do contrato não cumprido.
Não se pode exigir que a empresa cumpra a obrigação se a Administração não cumprir a obrigação dela.
É aplicável aos contratos administrativos? Sim, a partir de 90 dias de inadimplemento a empresa poderá suspender o serviço. Portanto, aplica-se a exceptio de forma diferenciada (a partir de 90 dias). Art. 78 da lei 8.666/93. 
Princípio da Isonomia / Igualdade
Limite de idade em concurso público: somente se a natureza do cargo justificar o limite.
	Súmula 683 STF: “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7°, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.
Deve analisar se o fator de discriminação é compatível com o objetivo da norma: Depende do caso em concreto.
STF: é constitucional a limitação de idade para cargo público, DESDE que compatível com as atribuições do cargo a ser preenchido e precisa estar na lei da carreira (salvo MP e Magistratura porque estão na CR/88). 
Exame psicotécnico: a doutrina e jurisprudência criticam. Para estar no edital como fase do concurso tem que estar na lei da carreira e tem que ser feito de forma objetiva. 
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade está expresso na lei 9784/99 (art. 2°, caput, §ú, VI)
Razoabilidade: agir de forma coerente, lógica e congruência. 
A proporcionalidade está embutida na razoabilidade. Significa agir com equilíbrio, de forma equilibrada.
Equilíbrio: 
benefícios X prejuízos causados. 
atos praticados X medidas.
Estão implícitos na CR/88. O termo razoável previsto no art. 5º, LXXVIII, da CR/88, representa o princípio da celeridade e não da razoabilidade.
Estão expressos na lei 9784/99, art. 2º.
Revisão do ato administrativo:
qualquer ato administrativo pode ser revisto pelo Poder Judiciário (controle de legalidade em sentido amplo: pode ser controle de lei e também de regras constitucionais, em especial, princípios).
Poder Judiciário pode controlar mérito de ato administrativo? Mérito significa discricionariedade do administrador. Regra geral: o Judiciário não pode rever. 
Município precisando de escola e hospital. Administrador constrói uma praça. Fere o princípio da razoabilidade e da proporcionalidade. Judiciário pode rever. Isso é controle de legalidade em sentido amplo. Controle de princípios. Apesar disso, acaba esbarrando no mérito.
- São limitadores da discricionariedade do administrador. 
Importância: políticas públicas: controle? STF: se a política pública não é razoável/proporcional, o Judiciário podefazer controle de legalidade em sentido amplo. Indiretamente atinge o mérito do ato. 
ADPF 45 (PRINCÍPIO DA RESERVA DO POSSÍVEL E DO MÍNIMO EXISTENCIAL).
Princípio da especialidade
As pessoas jurídicas da Administração Direta (entes políticos) criam as pessoas jurídicas da Administração Indireta (autarquia, fundação pública, empresa pública e sociedade de economia mista). A criação ou autorização da A.I. é por meio de lei. A lei estabelece a finalidade específica da A.I., por isso estão vinculadas a essa finalidade. Somente outra lei poderá alterar a finalidade. 
Princípio da presunção de legitimidade 
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade (obediência moral) + presunção de legalidade (obediência a lei) + presunção de veracidade (compatível com a realidade, com verdade). Presunções relativas. A quem cabe o ônus da prova? Ao administrado. 
Qual a conseqüência prática da presunção de legitimidade? O ato administrativo será aplicado imediatamente.

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