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Anotações Monitoramento e Avaliação em Serviço Social

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Pagina 34 
Características de planejamento: Estudo de viabilidade, escolha dos avaliadores e dos 
instantes em que as avaliações ganharão destaque, esclarecimentos dos objetivos (o que e 
como avaliar), identificação dos indicadores e elaboração do roteiro. 
Os motivos que levam os órgãos públicos a manterem-se vigilantes e construírem 
metodologias de monitoramento e avaliação de forma que atendam à execução das ações 
estão relacionadas a: 
 • comprovação através de dados empíricos tanto das políticas governamentais quanto das 
denúncias pela sociedade civil; 
 • exigência dos órgãos internacionais que fomentam e financiam projetos através das políticas 
públicas e, nessa linha, requisitam que o desempenho seja conforme o previsto; 
• democratização das informações acerca da realidade na qual se insere a política e seu 
financiamento, sobretudo, destacando a importância do diálogo entre o público e a sociedade 
civil, aumentando, por conseguinte, a participação dela, com a necessária presença, desde a 
proposição da ação até seus mecanismos de monitoramento e avaliação (KAYANO, 2002, p. 
291). 
O cidadão alimenta a coleta de indicadores movendo o planejamento e seus aspectos 
voltados para ao monitoramento e à avaliação. 
A eficiência traz a necessária responsabilidade no uso dos recursos; a eficácia demonstra que 
as metas precisam ser alcançadas; e a efetividade, sobretudo no que se refere ao uso do 
público, mostra a necessária correção do caminho das ações, à medida que o processo se faz. 
(Batpstista, 2007) Os indicadores comunicam os resultados da ação e, portanto, da plítica a 
que se destina. 
Mecanismos de captação de infomações: 
- o plao que dá base ao controle (o que, quando, ondem quanto, como) 
- manuais de operação; 
- gráficos de desenvolvimento; 
- relatórios 
- cronogramas; 
- floxugramas 
- orçamento-programa 
A media que utilizarmos os instrumentais descritos, a execução será o sucessão da ação, logo 
se constituirá em mecanismo de incçusão. 
 
Racionalização dialética da ação: A existência de planejmento impede que cada dificuldade 
seja vista de forma isolada e dá ao processo características de globalidade e de 
responsabilidade coletiva. Os planos, programa e projetos são continuamente dinâmicos, pois 
pois acompanham as situações concretas do mundo em ação. Assim podemos identificar o 
caráter dialético do planejamento. 
 
O monitoramento, entendido como fonte de subsídio ao planejamento, deve operar na 
esfera da produção acerca do processo, ou seja, deve exprimir as impressões do 
desenvolvimento da ação ou da política pública. Esse processo somente será fidedigno na 
medida em que as informações e os dados estiverem dispostos de forma clara, organizada e 
forem perfeitamente confiáveis. 
Um fator de diálogo entre monitoramento e avaliação é a informação. 
É importante para o monitoramento a participação social. Ao tomar parte dos processos de 
definição, implantação, implementação e avaliação das politicas publicas, os sujeitos sociais 
constroem uma identidade de pertencimento. Participar é tomar parte da gestão publica. A 
participarção social está relacionada à sociedade cicil organizada. 
Kauchakje (2012, p. 75) apresenta as formas de participação oriundas das “inovações 
democráticas”, destacando sua importância na gestão das políticas públicas e, em especial, no 
controle, uma vez que decorrem de reivindicações populares e lutas sociais: • conselho; • 
iniciativa popular; • audiência pública; • plebiscito; • referendo; • orçamento participativo; 44 
Unidade I • conferência de políticas; • organização não governamental; • fórum; • movimento 
social. 
A participação, nesse sentido, é o elemento dinâmico a alterar situações de desigualdades e 
criar possibilidades de construção de novos referenciais de vida. 
As políticas públicas equivalem a instrumentos de mudança na vida do cidadão – devem 
orbitar na esfera da operacionalização dos direitos sociais e, não raro, respondem às 
necessidades impostas pelas desigualdades, que se estabelecem a partir da divisão social, 
fruto da sociedade de perspectiva capitalista. 
No interior do campo movimentalista (movimentos sociais, organizações não governamentais, 
conselhos e fóruns); grupos de pressão social; partidos políticos; gestores e técnicos de 
políticas públicas nos órgãos do Estado. Esses sujeitos têm, legalmente, a função clara e 
objetiva de promover o controle das funções públicas e, em muitos casos, precisam acionar 
mecanismos legais para que a execução da política pública ou política social proteja o cidadão 
dos riscos oriundos das desigualdades. 
As formas de participação podem partir de várias frentes. Kauchakje (2012, p. 77) aborda os 
conselhos formados a partir dos movimentos sociais caracterizados por força política e que 
não se vinculam a instituições ou ao Estado. Surgem como efervescências dos anos 1980 e 
são divididos em: 
 • conselhos de políticas públicas setoriais: formados por representantes da sociedade civil e 
do governo voltados à formulação, implementação e ao monitoramento de políticas públicas 
da União, dos Estados e dos municípios, em áreas como saúde, educação, assistência social, 
entre outras; 
• conselhos de políticas públicas por direitos específicos: também com a participação da 
sociedade civil e do governo direcionados à implementação e ao monitoramento de políticas 
de direitos e grupos sociais específicos, entre eles, direitos da mulher, do negro, da pessoa 
com deficiência (ou necessidade especial), das crianças e adolescentes, dos idosos, de 
direitos humanos e outros; 
• conselhos de programas: também são constituídos por membros da sociedade civil 
vinculados à esfera da operacionalização de programas, projetos e ações oriundas do 
governo e, de formas específicas, voltadas a questões como alimentação, medicamentos, 
risco e vulnerabilidade social (KAUCHAKJE, 2012, p. 77). 
 
O Poder Legislativo deve operar formas articuladas com a sociedade civil para empreender 
ações que visem à participação da coletividade. 
- Conferencias publicas 
As conferências em âmbito municipal, estadual e federal são espaços de 
gestão de políticas públicas que reúnem governo e sociedade civil organizadas 
com os objetivos principais de avaliar os encaminhamentos anteriores da 
política específica (inerente à educação, à assistência social, à criança e ao 
adolescente, por exemplo) e traçar diretrizes e metas que subsidiem o 
planejamento da política num próximo período de gestão (KAUCHAKJE, 2012. 
p. 80). 
- Constituição de comissões: O Poder Legislativo oportuniza a condição de fiscalização com 
base em informações e dados ofertados pelas partes envolvidas, fazendo o papel de 
intermediador de ações e distorções que se referem a assuntos públicos. 
- Audiência pública: Trata-se de um processo em que se estabelecem encontros organizados, 
cujo convite deve ter a maior amplitude possível, para que a adesão seja oportuna à 
necessidade de discussão das temáticas. Geralmente é instituída quando a comunidade é 
lesada em algum direito ou prestação de serviço público. 
- Orçamento participativo: Outro mecanismo importante é o orçamento participativo, que 
pode ser entendido como mecanismo de participação popular em que os cidadãos, 
coletivamente, podem opinar sobre o destino dos projetos e das políticas públicas. Cabe 
acrescentar que o movimento de participação nas esferas do orçamento ou da implementação 
das políticas requer, invariavelmente, conhecimento (inclusive das legislações pertinentes) e 
precisa ser apreendido pela comunidade. 
- Ação popular: Significa que o cidadão pode, a qualquer tempo, de forma coletiva ou 
individual, empreender ações populares junto ao Poder Judiciário, e isso que deve ocorrer na 
medida em que um direito social for lesado por outrem. Por meio da ação popular, o cidadão 
pode legitimar ações de defesa e garantia de direitos coletivos.- Ministério Público, que figura como relevante agente de representação da defesa do direito 
do cidadão. Este deve estar sempre na vigília da operacionalização do direito na sociedade, 
assegurando, assim, o usufruto desse direito. Trata-se de estar atento ao respeito dos 
direitos do cidadão, zelando pela prestação dos serviços mediante políticas públicas e 
sociais, por meio dos poderes públicos, e assegurá los pela supremacia da Constituição 
Federal. 
Por meio de ações civis públicas, o cidadão poderá, por meio do Ministério Público ou das 
associações com legitimidade pública (criadas e legítimas há mais de um ano e com 
atividades regulares), ser representado na luta por seu direito em virtude de algum 
impedimento. Essas ações são gratuitas, ou seja, não requerem o pagamento de honorários 
ou custas periciais, e podem ser traduzidas como efetivação de direitos. Os mandados de 
segurança podem ser coletivos, protegendo, assim, o direito do cidadão. Geralmente são 
mecanismos utilizados quando o direito não está sendo garantido, ou, ainda, quando o 
cidadão está sendo impedido de seu usufruto. Seja de responsabilidade de órgãos públicos 
ou de instituições de direito privado, em se tratando de direito, o mandado de segurança irá 
proteger e garantir o direito da pessoa. Pode ser impetrado por organizações não 
governamentais (ONGs), partidos políticos ou quaisquer associações com legitimidade, 
reconhecido funcionamento há mais de um ano e regularizados por documentações. Outro 
elemento que contribui para a garantia de direitos é o mandado de injunção, que pode ser 
utilizado quando há ausência de normas que regulamentem os direitos e as liberdades 
constitucionais. Para tal, juizados e instituições ligadas ao Poder Judiciário podem ser 
acionados e muito contribuirão para o alcance do direito. 
- A Defensoria Pública é outro mecanismo usado para o alcance do direito. Por meio de 
recursos constitucionais, a assistência jurídica gratuita é garantida àqueles que estão em 
situação de desprovimento de recursos ou que possuem insuficiência de recursos que 
possibilitem acesso à assistência jurídica. Nesse processo, o cidadão poderá ter, 
gratuitamente, defesa, orientação e instrução, para que possa usufruir do seu direito, uma 
vez que, para recorrer ou representar junto ao Poder Judiciário, é necessária a presença de 
um advogado. 
- Um importante aliado do controle social nas ações de monitoramento é o Tribunal de 
Contas. Trata-se de uma instituição com competência para a fiscalização da contabilidade, 
das finanças e dos orçamentos, bem como do patrimônio dos municípios, dos Estados e da 
União. Como instituição auxiliar das assembleias legislativas e do Congresso Nacional, esses 
tribunais operam no âmbito das administrações públicas, ou seja, da União, dos Estados e 
dos municípios, bem como das autarquias a eles vinculadas e, na mesma medida, das 
entidades das administrações nesses três níveis de governo. Ao auditar as contas das 
instituições, o Tribunal de Contas passa a ofertar condições para efetivar as leis que 
garantem o bom uso do dinheiro público e para funcionar como mecanismos inibidores dos 
desvios e do mau uso do bem público. Os tribunais ganham força a partir do advento da Lei 
de Responsabilidade Fiscal. 
- As ONGs são fruto da iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) e remontam aos 
anos 1940; porém, somente a partir dos anos 1980 ganham destaque nas sociedades, 
especialmente aquelas com perspectivas capitalistas estratificadas e, por consequência, com 
a firme presença da desigualdade social. Assim, as ONGs surgem como possibilidades de 
respostas imediatas e efetivas às ações de nações cujos governos estavam distantes. Trata-
se de instituir, por meio da sociedade civil, formas de enfrentamento das desigualdades, 
uma vez que o Estado (de inspiração neoliberal) ficava de olhos fechados. Podem figurar na 
filantropia, com o objetivo de ajudar os necessitados deixados à própria sorte, mas também 
podem ser constituídas pela iniciativa privada ou por entidades sem fins lucrativos, que 
operam no espaço de oferta de benefícios à sociedade e que se encontre ao alcance do 
cidadão trabalhador. Neste último caso, geralmente as ações tendem a oferecer benefícios e 
descontos fiscais e são instituídas como de responsabilidade social. Por último, temos as 
ONGs consideradas cidadãs, com origem nos movimentos sociais que frutificaram em 
associações populares e que passaram a contribuir para o apontamento de ações de 
necessidade social e consubstanciam mecanismos de controle social e monitoramento das 
políticas públicas. Essas instituições, de forma geral, empreendem ações voltadas para a 
inclusão social, defesa do meio ambiente etc. 
Os sindicatos e as universidades, assim como as ONGs, fomentam interessante debate sobre 
as políticas públicas, logo contribuem para ações voltadas ao monitoramento dessas 
políticas, exercendo um importante papel no controle social. 
- Os sindicatos, embora estejam voltados para a defesa de uma classe de trabalho, com 
explícita defesa do emprego e sua valorização, atendem a demandas oriundas dos 
segmentos que defendem e, assim, podem trazer contribuições para o monitoramento das 
políticas públicas. Nesse aspecto, ao travar embates entre capital e trabalho, empreendem 
ações que tencionam atingir instâncias superiores que representam o capital, remetem 
reflexões acerca das desigualdades estabelecidas socialmente e, consequentemente, podem 
fazer frutificar novos encaminhamentos no nível de políticas públicas que beneficiem todos 
os cidadãos que vivem do trabalho. 
- Já as universidades são extremamente importantes no cenário do controle social, uma vez 
que se estabelecem como instituições formadoras de consciência e promotoras do 
rompimento de paradigmas arraigados. Por meio de estudos, debates e, sobretudo, das 
pesquisas empreendidas, publicizam o conhecimento sistematizado à luz da realidade social. 
Assim, podem oportunizar espaços de discussão, por meio de congressos, encontros e 
simpósios que aqueçam o debate acerca da efetivação e da qualidade das políticas públicas e 
sociais. Assim, configuram-se como espaço de articulação do controle social. Trata-se de 
trazer à luz discussões oriundas da sistematização do conhecimento, a partir de sua inserção 
nos diversos espaços da sociedade, bem como de articular e fomentar o debate sobre 
temáticas pertinentes à realidade social, trazendo novos olhares e novas possibilidades de 
interlocução entre o espaço acadêmico, a sociedade, os grupos organizados e os poderes 
públicos instituídos e responsáveis pela garantia dos direitos do cidadão. 
Entretanto, o controle social e as ações de monitoramento das políticas públicas e sociais 
podem advir de outros mecanismos, tais como os monitoramentos autônomos, as 
ouvidorias, os plebiscitos, os referendos etc. Cabe destacar que muitas possibilidades podem 
ser instituídas como mecanismos de monitoramento e que a sociedade ainda tem muitos 
desafios a enfrentar nesse sentido. É importante abordar que as ações de monitoramento 
devem primar pela busca constante da efetivação do direito do cidadão, que deve ser 
entendido como elemento fundamental para que a sociedade possa estabelecer novos 
patamares de organização e de gozo dos direitos, por meio do usufruto de políticas públicas 
que proporcionem uma vida melhor. Ter o direito garantido é alcançar um patamar de 
sociedade em condições dignas de saúde, trabalho e de qualidade de vida. 
 
UNIDADE 2 - AVALIAÇÃO 
Avaliar é o ato de calcular, de formar um juízo crítico de valor sobre determinada condição, a 
qual pode ser melhorada por meio de uma gestão pública eficiente. 
Na avaliação formal o senso comum não pode estar presente em nenhum momento. Para 
tanto, na modalidade formal, pressupõe objetivos e direcionamento teórico-metodológico 
escolhido e definido já no planejamento. ParaMagalhães (2006), uma avaliação formal traz 
consigo o estabelecimento de critérios. Estes servem de ponto de referência à leitura que o 
profissional faz do objeto. Nesse sentido, podemos afirmar que a avaliação formal depende da 
capacitação do profissional e/ou da equipe envolvida no processo de planejamento, execução, 
monitoramento e avaliação da gestão. 
O avaliador deve estar disposto a colher as informações sem julgamento prévio. Para 
Magalhães (2006), o compromisso está na capacidade técnica, instrumental e ética dos 
profissionais. 
O Código de Ética do Profissional dos Assistentes Sociais materializa-se pela Resolução CFESS 
nº 273/1993. Foi aprovado em 15 de março de 1993, com as alterações introduzidas pelas 
Resoluções CFESS nº 290/1994 e 293/1994. 
 
Elementos da dialética são reconhecidos no processo de avaliação, utilizando as ideias da 
autora, que os destaca: dimensão do futuro, dimensão da historicidade, dimensão da 
contradição e dimensão do enfrentamento de reificação.

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