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Introdução à Logística

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Logistica
Introdução
Tratar de Logística se faz necessário porque hoje, na prática, todas as áreas da atividade humana são afetadas de forma direta ou indireta pelo processo logístico, e a disciplina de Tópicos de Logística e Transporte ajudará na interpretação de fundamentos essenciais a essas questões. Nesta Unidade inaugural serão apresentadas noções sobre os elementos básicos, para apoiar a argumentação ao longo das aulas.
Na primeira aula teremos como missão compreender a evolução da Logística ao longo do tempo. Iniciando desde os primórdios até os dias de hoje, a Logística será tratada sob o aspecto principalmente de atendimento ao cliente. Para tanto, conceituaremos um conjunto de atividades que integra e racionaliza o processo logístico, desde a matéria-prima até a entrega ao consumidor final, obtendo vantagens competitivas na Cadeia de Suprimentos e, consequentemente, a satisfação dos clientes.
Todas as atividades da Logística, sendo elas primárias ou secundárias, são importantes para o sucesso da Cadeia de Suprimentos. Alguns autores afirmam que a atividade primária “Transporte” representa de 30 a 60 % dos custos da empresa. Esse será o tema da segunda aula. Neste contexto, apresentaremos a importância do Transporte, a matriz de Transporte Brasileira, as características, vantagens e desvantagens de Modalidade de Transporte e, ainda, métodos para otimização do Transporte com o objetivo de reduzir custos.
Ao longo dos anos as empresas sofreram grandes mudanças na relação com os clientes. Tais mudanças ocorrem cada vez mais rápido, e atualmente os consumidores não estão em busca apenas de qualidade e bons preços, mas de atendimento personalizado. Desta forma, as empresas precisaram otimizar suas atividades para reduzir custos e torná-las mais ágeis e eficientes. Foi assim que surgiu a definição de “Logística Integrada”, que será trabalhada na terceira aula.
Finalizaremos a unidade com uma aula sobre Cadeia de Suprimentos, partindo da premissa de que a empresa só existe em razão do cliente. Desta forma, concluímos que a Cadeia de Suprimentos, bem como sua correta Gestão, Planejamento e, ainda, a utilização da Tecnologia da Informação, podem agregar valor ao produto visando o sucesso do crescimento empresarial.
Fundamentação Teórica
Hoje, com um mercado cada vez mais competitivo e uma economia globalizada, os conceitos de logística se tornaram fundamentais para a operação das organizações.
Mas, afinal, o que significa Logística?
Vários autores desenvolveram conceitos, muito em função da evolução do capitalismo globalizado e, principalmente, do marco na história que mudou a humanidade: a Revolução Industrial.
De modo resumido, podemos dizer que a logística é um sistema que coordena o fluxo de informações, insumos e pessoas, com o objetivo de obter agilidade para que a organização se sobressaia perante seus concorrentes.
Imagine, por exemplo, o aumento considerável de produtos produzidos e consumidos às vésperas de grandes comemorações, como o Natal ou Páscoa. A corrida do consumidor às compras e o respectivo aumento das vendas obriga as indústrias a se prepararem para essa demanda muitas vezes com meses de antecedência.
E não só quem produz, mas também quem vende precisa de um planejamento prévio para dar conta de atender ao aumento da demanda, comprando mais matéria-prima, contratando mais pessoal, necessitando de um local maior para armazenamento, otimização do transporte para distribuição dos produtos, entre outros fatores.
Preocupações como estas estão na esfera de atuação do profissional de logística.
História da logística
Não se tem uma data confirmada para o surgimento do termo logística. No entanto, há registros de técnicas utilizadas em ações de guerra que se aproximam dos conceitos de logística praticados atualmente. A título de exemplo, Alexandre, o Grande, organizava de forma estratégica suas tropas. A distribuição de mantimentos, munições e água aos soldados era uniforme, de modo que não faltasse nada à tropa.
Alexandre, conhecido como “o Grande” ou Magno, nasceu em 20 de julho de 356 A.C. na Macedônia, e faleceu em 10 de junho de 323 a.C. Na Babilônia, foi príncipe e rei da Macedônia. Era um dos três filhos do rei Filipe II e de Olímpia, da cidade de Épiro. Foi considerado o mais célebre conquistador do mundo antigo. Na juventude, teve sua formação pelo educador e filósofo Aristóteles.
Adaptado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande
Mas foi na Segunda Guerra Mundial, cujo início se deu na década de 1930, que o termo logística de fato foi cunhado como ciência, uma vez que antes disso, a gestão das atividades logísticas era feita de maneira fragmentada em setores, sem uma gestão única.
As atividades como fornecimento de insumos, transporte, produção, armazenagem, distribuição física, entre outras atividades, estavam sob diferentes responsabilidades, ocasionando conflitos de interesse entre os setores. Hoje, a logística é tida como um diferencial para os diversos setores da empresa, de forma integrada, focada no nível de serviço oferecido ao cliente.
Em resumo, podemos dizer que o conceito de logística sempre esteve presente na história da humanidade, mesmo sem sua conceituação formal. Ao longo do tempo, no entanto, esse conhecimento acumulado evoluiu, sendo otimizado e potencializado.
Conceituação de logística
Vamos voltar o olhar agora para a conceituação de logística na literatura.
De acordo com Ballou, a logística:
(...) refere-se a todas as atividades, desde a movimentação à armazenagem, que contribuem com o fluxo de materiais, da aquisição da matéria-prima até a entrega do produto ao cliente final, do mesmo modo que o fluxo de informações que propiciam a movimentação dos produtos, com o objetivo de oferecer níveis de serviço satisfatórios aos clientes, a um menor custo. (BALLOU, 1993)
Já de acordo com Novaes, a logística:
(...) é um longo percurso que compreende desde as fontes de matéria-prima, percorrendo a produção de produtos e distribuidores, chegando até o cliente final, formando a Cadeia de Suprimentos (Supply Chain). (NOVAES, 2007)
Para Novaes, a Cadeia de Suprimentos (Supply Chain):
(...) pode ser definida como a integração dos processos industriais e comerciais, desde os fornecedores de insumos, produzindo produtos, serviços e informações, para agregar valor para o clientes. (NOVAES, 2007)
Há várias atividades necessárias para a integração da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), sendo elas classificadas como atividades primárias e secundárias, ou de apoio.
As atividades primárias são essenciais para atingir redução de custo e o melhor nível de serviço oferecido ao cliente. São elas: transporte, manutenção de estoque e processamento de pedido.
Já as atividades secundárias são atividades que contribuem para o processo logístico. São elas: armazenagem, manuseio, embalagem, obtenção, programação do produto e manutenção da informação.
As atividades da Cadeia de Suprimentos se correlacionam e são de extrema importância para o processo logístico. Desse modo, as empresas conseguem alcançar vantagens competitivas e, consequentemente, reduzir os custos de estoques e armazenagem, aumentando os níveis de serviço perante o cliente.
Com a demanda por atividades mais ágeis e eficientes, a logística deixa de ter um enfoque meramente operacional e passa a ter um enfoque estratégico.
Hoje, a logística deve ter uma visão sistemática da Cadeia de Suprimentos, considerando-a como um processo amplo, que tem o objetivo de integrar o fluxo de materiais e informações, da etapa de projeto e elaboração de um produto, busca de parcerias com fornecedores, recepção de matérias-primas, programação de produtos, armazenagem até transporte e distribuição física, para satisfazer as expectativas do cliente.
Veja na figura a descrição da operação logística da Cadeia de Suprimentos, desde a aquisição da matéria-prima, passando pela produção, armazenagem, até a distribuição física.
Além de se ter a visão sistêmica dos processos que compõem a Cadeia de Suprimentos, se faz necessário realizaruma pesquisa individual de cada processo logístico, no que diz respeito às suas características, à correlação entre os processos, a todos os custos envolvidos e como são associados:
· Logística de Suprimentos: define o marco inicial da Cadeia Logística; é composto pelos seguintes itens: projeto, desenvolvimento e especificação de um produto, previsão e planejamento da demanda de novas fontes de fornecimento, recebimento, obtenção (compras), armazenagem e controle de matérias-primas.
· Logística de Produção: inicia-se com o planejamento, programação e controle da produção (PPCP), que recebe matérias-primas e componentes do estoque e envia para a produção, manuseio e transporte interno e estoques em processo. Em alguns casos, faz parte também o DRP – Planejamento dos Recursos da Distribuição.
· Logística de Armazenagem: responsável pelos recebimentos dos fluxos da produção; auxilia na armazenagem de produtos acabados, unitização das embalagens e processamento dos pedidos.
· Logística de Distribuição e Transporte: realiza todo o planejamento da distribuição física dos produtos a partir dos pedidos realizados pelos clientes; estabelecer qual ou quais modalidades serão utilizadas (rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo e dutoviário) e qual a rota será utilizada (definida pelos softwares de roteirização) pelo transporte (próprio ou de terceiros), ficando responsável pela expedição, desde a baixa no estoque até a entrega ao consumidor final.
· Logística Reversa: é um processo regular constante, responsável pelo retorno do produto ou parte dele para a empresa, para o reaproveitamento ou para ser utilizado em qualquer outro ciclo produtivo, que tenha um destino de forma adequada.
A história das organizações nos mostra que, cada vez mais, impõe-se o grande desafio de produzir e distribuir os produtos e serviços corretos, na momento correto, no local correto, ao menor custo possível, satisfazendo, assim, às aspirações e vontades do cliente.
Vimos que a definição de logística nada mais é do que uma parte do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), que tem como premissa planejar, implementar e controlar os fluxos de insumos, produtos semi-acabados e produtos acabados, bem como seu armazenamento eficiente e econômico, e o fluxo de informações, desde a origem até consumidor final. Por fim, atender às necessidades dos clientes.
Conceitos de Logística
Fundamentação Teórica
Relembrando a aula anterior, Logística é a área da Administração responsável pela otimização dos fluxos de informações e insumos materiais, desde a origem (no caso, a aquisição), até o seu destino (no caso, o consumidor).
A premissa da Logística é oferecer níveis de serviços satisfatórios aos seus clientes e fornecedores, a um custo baixo.
No contexto da Logística, as Atividades Primárias são fundamentais. Essas atividades são consideradas primárias em função de representarem o maior percentual dos custos logísticos, no que diz respeito aos fatores essenciais para a coordenação e o cumprimento das metas logísticas.
(...) as atividades de Transporte, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos são classificadas como primárias em função delas contribuírem com a maior fração do custo total da logística, e ainda, são imprescindíveis para o gerenciamento das atividades logísticas. (BALLOU, 2001)
Mas por que as Atividades Primárias são fundamentais para a Logística?
Como já dissemos, as atividades de Transporte, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos representam a maior fração do custo logístico. É primordial evidenciar que isso não representa uma parcela dos custos da empresa, e sim do que a empresa consome com Logística. A soma de todos estes fatores acarreta no chamado Custo Total da Logística.
Vejamos agora, em maior detalhes, cada uma das Atividades Primárias.
Transportes
O transporte está ligado às diversas maneiras de movimentar matérias-primas e produtos e, para a maioria das empresas, essa atividade é considerada a mais importante. Em valores aproximados, o item Transporte representa de 30% a 60% dos valores que a empresa gasta com Logística.
Segundo Ballou, Transporte:
(...) é atividade logística mais importante porque absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. (...) refere-se aos vários métodos para se movimentar produtos. (BALLOU, 1993, p. 24)
Em relação à modalidade, o transporte pode ser rodoviário, ferroviário, aquaviário (fluvial, cabotagem e longo curso), aeroviário ou dutoviário.
Atualmente, o transporte rodoviário predomina em nosso país. Na contramão, a tendência mundial é a utilização da multimodalidade, ou seja, a integração das diversas modalidades de transporte.
	Modalidade
	Participação [%]
	Rodoviário
	61,1
	Ferroviário
	20,7
	Aquaviário
	13,6
	Dutoviário
	4,2
	Aéreo
	0,4
Matriz Brasileira de Transporte
Fonte: Boletim Estatístico – CNT – Agosto (2018)
Resumindo:
· As Atividades Primárias, dentro da Logística, são as mais importantes, pois representam dois terços dos custos logísticos.
· Existem diversas maneiras de se realizar a movimentação dos produtos.
· A escolha da modalidade impacta nos roteiros e capacidade do veículo, permitindo que a empresa realize a movimentação de matérias-primas e produtos. Essa atividade pode agregar valor de “lugar”, dependendo da escolha da modalidade.
Desta forma, Transporte é o braço operacional do processo de movimentação, com objetivo de assegurar que o nível de serviço seja realizado de modo eficaz e eficiente. Ele ocupa um papel fundamental como estratégia para obter vantagem competitiva para as empresas, principalmente no que tange o atendimento ao cliente, a um menor custo e menor tempo de entrega.
Manutenção de Estoques
É a atividade que tem a responsabilidade de realizar a administração dos produtos em Estoque e, ainda, a entrega ao cliente. A atividade Manutenção de Estoques realiza o controle de níveis mínimos de estoques dos produtos no que diz respeito à reposição.
Segundo Ballou, sobre Manutenção de Estoque:
(...) para se atingir um grau razoável de disponibilidade de produto, é necessário manter estoques, que agem como amortecedores entre a oferta e demanda. (...) enquanto o transporte adiciona valor de “lugar” ao produto, o estoque agrega valor de “tempo”. (BALLOU, 1993, p.24)
Essa atividade representa de 35 a 45% dos recursos destinados à Logística, tornando a Manutenção de Estoques, juntamente com Transportes, as atividades mais onerosas do processo logístico da empresa.
Quando falamos em Estoques é necessário ter um cuidado especial, pois é um grande desafio otimizar o nível de estoque sem reduzir a qualidade do nível de serviço ao cliente, isto é, manter uma quantidade mínima para atender ao cliente no momento que ele precisar.
Sabe-se que não se trata de um desafio simples, mas o avanço tecnológico e técnicas de gestão auxiliaram a minimizar essas tarefas.
Resumindo:
· A escolha de trabalhar com níveis de estoques altos pode resultar de um a dois terços dos custos logísticos.
· O local dos estoques deve ser o mais próximo dos seus consumidores ou aos pontos de manufatura.
· A gestão de estoques otimizada remete a trabalhar com níveis tão baixos quanto possível, mas sem deixar de atender aos clientes.
· O uso da tecnologia da informação inovou a gestão de estoques.
Processamento de Pedidos
É a atividade que inicia o processo de movimentação interno de produtos, em função do atendimento aos pedidos realizados pelos clientes. Esses pedidos são diferentes dos pedidos de aquisição de matéria-prima e insumos aos fornecedores.
Segundo Ballou, sobre Processamento de Pedido:
(...) sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. (BALLOU, 1993)
Apesar de não ser uma atividade de custo de elevado, o Processamento de Pedidos refere-se à qualidade do nível de serviço oferecido aos clientes, e representa de 1 a 3% de tudo que uma empresa gasta com Logística.
O grande desafio do Processamento de Pedidos é reduzir o tempo do ciclo do pedido, quenada mais é do que, o tempo total do pedido do cliente até a entrega.
E
nfim, é fundamental possuir sistemas eficientes de recebimento de pedido, conferência do pedido, anuência de crédito, separação, expedição e entrega do produto escolhido ao cliente.
Resumindo:
· Se trata de um elemento crítico no que diz respeito ao tempo para entregar produtos ou serviços aos clientes, por isso sua elevada importância.
· É a atividade que inicia o processo de movimentação para a entrega de produtos ou serviços aos clientes.
Contextualização
Como vimos, as Atividades Primárias são de extrema importância para o processo logístico e poucas áreas de pesquisa têm impactos tão significativos na qualidade de vida da sociedade quanto a Logística.
Alguma vez você viu um produto anunciado no supermercado e não o encontrou na prateleira?
Você já comprou algum produto por telefone ou correio e recebeu o produto errado?
Você já enviou alguma encomenda para alguém, da sua cidade ou outro estado, e a encomenda chegou danificada ou mesmo não foi recebida?
Esses são só alguns exemplos de situação do dia a dia e que estão relacionadas diretamente a questões logísticas.
Para finalizar, o fluxograma abaixo mostra a importância do chamado “ciclo crítico de atividades logísticas”, que nada mais é do que o tempo exigido para entrega do pedido ao cliente. O tempo depende da modalidade escolhida para entregar do produto.
Atividades Secundárias
Fundamentação Teórica
As Atividades Secundárias são primordiais dentro do ambiente da Logística. Essas atividades oferecem apoio para a disponibilidade e condição física de bens e serviços, e para que os processos fluam de forma satisfatória.
São as Atividades Secundárias que dão o suporte indispensável às Atividades Primárias para que seja atendido, na plenitude, o objetivo de redução de distâncias entre a demanda e a produção, para a perfeita satisfação dos clientes.
Porém, para se obter um equilíbrio entre os custos logísticos e o nível de serviço oferecido aos clientes, é de extrema importância que o Gestor de Logística faça uma análise os dados e proponha soluções para a melhoria nas Atividades Primárias e, consequentemente, nas Atividades Secundárias.
São consideradas Atividades Secundárias ou de apoio:
· Armazenagem
· Manuseio de Materiais
· Embalagem de Proteção
· Obtenção
· Programação de Produtos
· Manutenção de Informação
Sobre essas atividades, Ching as considera:
(...) como diferencial competitivo, desde a origem até o destino, para otimização da Cadeia de Suprimentos. (CHING, 2001)
Segundo o autor é necessário ter coordenação e controle efetivos dessas atividades relacionadas com o fluxo de produtos e serviços, com o objetivo de reduzir estoques e o tempo médio de entrega.
Passemos agora para uma explicação mais detalhada de cada uma das atividades.
Armazenagem
Refere-se à otimização do espaço essencial para a manutenção dos estoques, bem como a escolha da localização do armazém ou Centro de Distribuição – CD, envolvendo problemas como localização dos armazéns, estimativa da área a ser utilizada, entre outros.
Possui dois papéis:
	Operacional
	Estratégico
	Tem a função de controlar as atividades voltadas à estocagem, movimentação, processamento do produto e informações. Opera o espaço externo à armazenagem, tais como sistematizar os canais de distribuição que atendem áreas distantes.
	A armazenagem estratégica consiste em ações de gerenciamento para otimizar processos logísticos, já que os centros de distribuição, por sua vez, auxiliam no atendimento de mercados muitas vezes distantes do foco produtivo e permitem que a empresa ofereça aos clientes um serviço mais eficiente, principalmente no que diz respeito aos prazos de entrega.
Ballou assim define a Armazenagem:
(...) administração do espaço necessário para manter os estoques. Envolve problemas como localização, dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação de estoque, projeto de doca ou baias de atracação e configuração do armazém. (BALLOU, 1993)
Já para Banzato, a Armazenagem:
(...) é vista como atividade fundamental para a Gestão da Cadeia de Suprimentos devido ao fato de ser o processo de realizar o abastecimento do fluxo logístico, e ainda, servindo como apoio na regularidade, e desta forma, proporcionando um nível de serviço adequado e agregando valor ao produto. (BANZATO, 2001)
Hoje, a Armazenagem assumiu um papel estratégico para as empresas, principalmente quando falamos em competitividade, já que os clientes querem seus produtos o mais rápido possível.
Manuseio de Materiais
Refere-se à movimentação dos produtos no local de armazenagem e compreende desde o processo de recebimento do item, incluindo a sua movimentação interna dentro do armazém, até a o momento de saída deste (expedição) e apoia à atividade de Manutenção de Estoques.
Segundo Ballou, o Manuseio de Materiais representa:
(...) o transporte interno de pequenas quantidades de produtos em pequenas distâncias em fábricas, lojas, centros de distribuição, bem como, no desembarque entre as modalidades de transporte. Essa atividade concentra-se em produtos de baixo custo e de forma rápida. (BALLOU, 1993)
De maneira geral, essa atividade tem se apresentado como importante aliada em busca de redução de custos na melhoria operacional, com o uso de métodos e equipamentos eficientes.
Barros (2005), no entanto, chama a atenção para o fato de que quando há muitos produtos a serem movimentados e por um longo período de tempo, pequenas ineficiências no processo podem representar perdas significativas.
A Manutenção de Materiais possui alguns princípios:
1
ECONOMIA DE ESCALA NO MANUSEIO
Tem o objetivo de movimentar uma grande quantidade de carga em uma única operação.
REDUÇÃO DE QUANTIDADE DE ESFORÇOS
Quando falamos em peso, volume e alternância, na forma de transporte.
CONTINUIDADE DE MOVIMENTOS
No manuseio realizado por equipamentos, o grande desafio é otimizar o nível de estoque, tendo sempre um estoque mínimo para atendimento na hora que o cliente necessitar, sem perder a qualidade do nível de serviço ao cliente.
Outro ponto fundamental é o Gerenciamento do Manuseio e Armazenagem, no que tange à redução de produtos entregues com danos ou produtos que tenham dificuldade de manuseio, o que causa insatisfação ou mesmo perda do cliente.
Embalagens de Proteção
Essa atividade tem a função de reduzir os custos de envio do produto, assim como potencializar as vendas, evitando avarias e desperdícios.
É papel das embalagens acondicionar os produtos de modo a manter suas características durante todas as etapas do processo logístico. Em termos de proteção, as embalagens são fundamentais para evitar avarias que podem danificar e desvalorizar o produto. Outra finalidade das embalagens é agregar valor ao produto.
Negrão e Camargo assim definem Embalagem de Proteção:
(...) um conjunto de atribuições técnicas e comerciais, com a finalidade de acondicionamento, proteção da origem até o cliente final, identificação, informação, promoção e venda de um determinado produto. (NEGRÃO & CAMARGO, 2008)
Já Moura e Banzato apontam que:
(...) as embalagens têm quatro funções básicas: proteger o produto, adequação para movimentação e estocagem, fácil identificação e possibilitar segurança. (MOURA & BANZATO, 2003)
Para Carvalho (2008), as Embalagens de Proteção se classificam em cinco categorias. São elas:
1
EMBALAGEM DE VENDA OU PRIMÁRIA
Embalagem que tem proximidade direta e acondiciona o produto. É a embalagem que o cliente recebe e vê.
Exemplo: embalagem de shampoo.
EMBALAGEM COLETIVA OU SECUNDÁRIA
Embalagem que acondiciona as embalagens primárias, e podem ou não ser utilizadas no transporte.
Exemplo: caixa de papelão que acondiciona uma cartela de remédios.
EMBALAGEM DE TRANSPORTE OU TERCIÁRIA
Embalagem que acondiciona as embalagens secundárias e são utilizadas para o transporte de produtos até o revendedor ou distribuidor.
Exemplo: caixa de papelão com várias caixas de sachê de chá.
EMBALAGEM UNIFICADA OU QUATERNÁRIA
Embalagem que acondiciona uma grande quantidade de unidades e facilitaa movimentação e o transporte.
Exemplo: pallets que acondicionam centenas de unidades; esse processo recebe o conceito de unitização.
EMBALAGEM DE QUINTO NÍVEL
Embalagens utilizadas para o transporte de cargas para longas distâncias, no caso, uma embalagem padronizada.
Exemplo: contêineres.
Enfim, a finalidade principal das embalagens é o transporte dos produtos, sem avarias, do Centro de Distribuição até os consumidores e, ainda, deve conter a identificação do produto, embalá-lo e preservá-lo, contribuindo para a eficiência da distribuição física.
Obtenção
É a atividade que disponibiliza os produtos para o processo logístico. Deste modo, a obtenção refere-se ao processo de seleção de fornecedores, processo de compras, suprir as necessidades e localização do produto. A sua relevância está associada aos custos logísticos no que tange à localização geográfica e temporal nas decisões de compras.
Essa atividade é chamada também como “Aquisição”. A Obtenção ou Aquisição diz respeito às ações entre a empresa e seus fornecedores, influenciando diretamente a disponibilidade e o fluxo dos produtos.
Segundo Dias, a Obtenção ou Aquisição tem o objetivo de:
(...) coordenar o fluxo contínuo de produtos com intuito de suprir a programação de produtos, aquisição de insumos com custos menores, e ainda, buscar melhores oportunidades para a empresa. (DIAS, 2005)
Já Moraes defende que a Obtenção ou Aquisição:
(...) também pode exercer outras funções, como a função de negociar; neste caso, seria a negociação de valores aos fornecedores, o que irá estabelecer o valor final dos produtos, e com isso, qual o grau de competitividade da empresa. (MORAES, 2005)
De maneira geral, a atividade de Obtenção ou Aquisição possui quatro objetivos:
· Adquirir produtos e serviços na quantia correta
· A um custo menor e com qualidade
· Certificar que a entrega seja realizada de forma correta
· Ampliar a relação entre os fornecedores.
Programação de Produtos
É a atividade está ligada diretamente à quantidade de produtos que deverão ser fabricados e em que local será fabricado e, ainda, cuida da distribuição do produto, quer dizer, a sua saída para armazenagem.
Segundo Ballou, a Programação de Produtos tem o objetivo de:
(...) cumprir às demandas de produção, visando às necessidades do cliente. A definição de ótima programação se dá quando os materiais estão à disposição, no momento certo que a produção solicitar. (BALLOU, 1993)
Corrêa et at., afirma que a Programação de Produtos:
(...) precisa planejar os materiais usados nos produtos acabados, para não haver falta. Desta forma, essa programação emprega inúmeros aspectos referentes a ressuprimento e de cálculos. A definição de cálculo se refere à carência de materiais baseado na compreensão de todos os itens de um determinado produto e o tempo de aquisição deles. (CORRÊA et al., 2001)
A Programação de Produtos é a elaboração do sistema produtivo para suprir as solicitações de venda. A programação dos fluxos de materiais por toda a Cadeia de Suprimentos é a fundamental decisão após a formação da eficiência produtiva e de sua localização.
Com o aumento da demanda de mercado competitivo, as empresas buscam diferentes ferramentas para o gerenciamento de materiais, tais como:
· Warehouse Managemente System – WMS, sistema de gerenciamento de armazéns e linhas de produção.
· Transportation Managemente System – TMS, sistema para melhoria e eficiência do processo de distribuição.
· Enterprise Resource Planning – ERP, sistema para integração da Gestão Empresarial.
· Material Requirement Planning – MRP, sistema de planejamento da programação de materiais.
Manutenção da Informação
É a atividade fundamental para o planejamento e controle logístico. Desta forma, é essencial que a informações se mantenham na mesma base de dados, como por exemplo, informações e localização dos clientes, quantidade de vendas e indicadores de entregas, com o intuito de equilibrar a integração entre as atividades primárias e de apoio.
Bowersox et al. afirma que a Manutenção da Informação:
(...) é uma ferramenta importante para integração das atividades logísticas. O sistema de informações logísticas possibilita que as empresas obtenham vantagens, como redução de custos e melhor nível de serviço aos clientes. (BOWERSOX et al., 2006)
Já segundo Laudon et al.:
(...) contribui para as atividades o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, tais como tomada de decisões do que e quando produzir, armazenamento e transporte, monitoramento e comunicação eficaz dos pedidos, acompanhamento dos embarques, coordenação dos estoques, plano de programação de produtos em função da demanda, compartilhamento das informações sobre as falhas, devoluções, fornecimentos das informações dos produtos e, ainda, a comunicação de alterações nos produtos. (LAUDON et al., 2004)
Hoje, há plataforma de informações que disponibilizam, para os diversos níveis gerenciais das empresas, informações precisas para o planejamento estratégico de qualquer empresa. Em função da quantidade de processos logísticos, se torna primordial a implantação de Sistemas integrados de Gestão Empresarial.
Para o Processo Logístico, a manutenção de informação é fundamental como ferramenta de controle de custos e desempenho. Por exemplo:
· Você faz uma compra de um produto anunciado pela internet em uma plataforma E-commerce.
· Já no momento da compra você sabe o prazo de entrega em função do Sistema de Informações, por meio da Manutenção da Informação.
· Na plataforma você consegue acompanhar o status do pedido, desde a compra, aprovação do pedido, separação, transporte e entrega do produto escolhido.
· Caso haja algum problema no processo logístico, a informação é atualizada na plataforma.
Contextualização
Hoje, existem outras atividades que procedem as Atividades Secundárias ou de apoio, e que também têm seu papel no processo logístico, como as que estão interligadas ao Gerenciamento do Transporte, tais como:
· Roteirização
· Gerenciamento de Risco
· Comércio Exterior
Essas atividades podem, dentro da estratégia logística da empresa, serem terceirizadas, não afetando o processo logístico, mas sim agregando valor ao nível de serviço oferecido ao cliente.
A integração das Atividades Primárias e Secundárias permite à empresa um melhor controle e otimização dos diferentes processos. Resumindo:
Nível de Serviço Logístico
Fundamentação Teórica
Hoje, com o mercado cada vez mais competitivo, as empresas buscam se diferenciar por meio de melhores preços, condições para pagamento, qualidade do produto, descontos e inovação, dentre outras estratégias. Na busca por um diferencial, a Logística ocupa um papel estratégico e decisivo para a melhoria do atendimento aos clientes.
Neste contexto, surge o conceito de “Nível de Serviço”:
De modo simplificado, podemos dizer que o Nível de Serviço é a satisfação dos clientes, ou seja, ele representa a eficiência, a qualidade do serviço que foi prestado.
Para Bowersox e Closs, o principal objetivo das organizações passa a ser:
(...) alcançar um nível de serviço excepcional ao cliente, tendo em vista a otimização do custo total, e ainda, disponibilizando para a Logística alternativas versáteis no que está relacionado, principalmente, à velocidade, gerenciamento operacional e missão de alcançar as expectativas dos clientes no que diz respeito ao serviço recebido. (BOWERSOX & CLOSS, 2010)
A questão fundamental passa a ser como mensurar este Nível de Serviço e identificar quais as necessidades dos clientes, em função do que as empresas oferecem.
Bertaglia (2003) afirma que as empresas que obtêm sucesso são aquelas que reconhecem e buscam a melhoria contínua, tendo uma percepção sistêmica e visando atender aos aspectos externos da Cadeia de Suprimentos.
Enfim, por que o Nível de Serviço é fundamental para as empresas?
Hoje, a Logística não é mais considerada como um mero processo da empresa, mas sim como uma estratégia fundamental para sua eficiência diante de um cenário extremamente competitivo. Nessa realidade, se faz necessário o acompanhamento dosprocessos, mensurando seus desempenhos e identificando oportunidades de melhorar e otimizar esse desempenho, que é elemento primordial para alcançar o sucesso da empresa.
Junto a isso, as expectativas e aspirações dos clientes contribuem na identificação dos pontos críticos a serem melhorados para atingir o Nível de Serviço desejado.
O serviço ao cliente está se tornando um tema cada vez mais valorizado. Em função de os clientes estarem cada vez mais exigentes, bons produtos e bons preços já não são suficientes para sua fidelização.
Os clientes buscam ainda disponibilidade, atendimento, rapidez na entrega, ausência de avarias, além de serviços que agreguem valor para a redução de custos o que, consequentemente, aumenta a vantagem competitiva da empresa.
Dentre alguns indicadores para mensurar o Nível de Serviço logístico, podemos citar:
· Tempo médio de entrega.
· Versatilidade do tempo de entrega.
· Sistema de informações para rastreabilidade dos pedidos.
· Prestação de serviços de urgência.
· Solução de reclamações.
· Políticas de devolução.
· Formas de pagamentos.
· Sistema flexível.
· Serviços técnicos.
· Nível de estoque e reposição temporária do produto durante reparos.
· O serviço ao cliente pode ser assim esquematizado, dividido em três momentos: antes, durante e após a transição de compra:
· 
Contextualização
As empresas têm diferentes maneiras de avaliar seu Nível de Serviço junto ao cliente. Por exemplo:
Você faz a compra de um produto em uma Plataforma E-commerce e, ao final do processo da compra, há um sistema de avaliação do Nível de Serviço do atendimento, que pode ser por e-mail ou mensagem. Ou ainda quando você liga para uma prestadora de serviços para fazer alguma reclamação ou solicitação e, ao final da ligação, a atendente pede para você avaliar o atendimento.
Todos esses dados da avaliação são utilizados para determinar o Nível de Serviço oferecido ao cliente.
Atualmente, se uma empresa não atender às necessidades ou demandas de seus clientes provavelmente estará com sua falência decretada. Por menor que seja a insatisfação dos clientes, é imprescindível voltar o máximo possível de esforços para reverter esse quadro e impulsionar as atividades da empresa. Em resumo:
Em um mercado cada vez mais competitivo, a satisfação dos clientes é fundamental para o sucesso das empresas.
Conceitos sobre Logística Integrada
Fundamentação Teórica
Nos dias atuais, somente corresponder ao desejado não é suficiente. É preciso atrair e agradar aos clientes, consumidores e fornecedores, realizando adequações, de acordo com a crescente demanda do mercado.
Estar sempre antenado ao que surge no mercado, ser evolutivo, dinâmico e interativo é um diferencial em um mundo tão competitivo, e fundamental para as empresas que almejam conquistar e fidelizar clientes.
Qualidade, rapidez e sensibilidade aos preços é essencial, impondo que as empresas sejam eficazes e eficientes em suas gestões, tais como gestão logística, gestão de compras, gestão comercial e gestão de produção.
Não há a confirmação exata de quando surgiu o conceito de Logística Integrada. Segundo os estudiosos, no entanto, a década de 1960 foi a era da “integração interna”, quando as funções passaram a ser integradas. Já a partir da década de 1980, a Logística Integrada foi impulsionada, principalmente, pela revolução da tecnologia de informação e pelas exigências crescentes de desempenho em serviços de distribuição.
Um exemplo é a era do Fordismo. Em meados de 1900, Henry Ford desenvolveu um sistema para automatizar e organizar, de forma estratégica, a primeira linha de montagem de carros no mundo, integrando funções de modo que eram as esteiras rolantes que se movimentavam, e não os operários. Isso eliminava movimentos inúteis, de modo que os funcionários pudessem realizar apenas uma pequena etapa da produção, de forma mais eficiente.
Dentre diversas invenções, a empilhadeira foi desenvolvida por volta de 1917, devido à necessidade de movimentar materiais de modo a integrar as áreas, economizando tempo e esforço dos funcionários para otimizar o processo produtivo.
Muitos autores desenvolveram conceitos sobre como utilizar a Logística Integrada, sua necessidade e seus avanços tecnológicos. Ching acredita que a Logística Integrada:
(...) é o sistema onde estão todas as operações logísticas da empresa, interligadas em um sistema inteligente que consegue administrar o fluxo logístico dentro de uma organização de forma eficiente. Integrar a cadeia de processos logísticos é um plano estratégico inteligente, pois manter os departamentos de vendas, marketing, manufatura e logística em um elo com clientes e fornecedores traz resultados tangíveis à empresa. (CHING, 2010)
Coronado cita algumas mudanças tecnológicas que vêm contribuindo para a Logística Integrada:
(...) o leitor ótico, a reposição contínua, o código de barras, a transferência eletrônica de fundos, os sistemas logísticos sofisticados, as etiquetas eletrônicas, o gerenciamento de banco de dados, o sistema de previsão de vendas, entre outros (...) possibilitam um melhor contato com clientes e integração entre departamentos. (CORONADO, 2013)
Mas afinal, qual a importância da Logística Integrada para Empresas?
Existem muitas áreas que relacionam à Logística Integrada com o propósito de agilizar, organizar e melhor atender o cliente final. Algumas dessas áreas estão interligadas ao processo, de maneira a otimizar sua capacidade de produção para que se possa assegurar o sucesso durante e depois de sua realização, tais como os departamentos de planejamento, coordenação e organização das atividades operacionais.
Atualmente, a Logística Integrada vem se destacando e melhorando sua eficiência e eficácia nas operações, devido à maior facilidade de acesso a informações de outros departamentos. É imprescindível que tudo seja planejado e organizado desde a escolha do fornecedor no departamento de compras até o recebimento, separação, conferência, e transporte ao cliente final, de modo a gerar redução de custos e uma melhor otimização do processo.
A figura acima mostra como os departamentos estão interligados; dentre eles, a administração de materiais, a movimentação de materiais e a distribuição física estão sempre presentes, tanto na Logística quando na Logística Integrada, onde vem se destacando cada dia mais por auxiliar na vantagem competitiva das empresas.
Veja agora como cada área pode auxiliar na vantagem competitiva:
Administração de Materiais
Compreende ao ato de planejar, coordenar e executar todo o procedimento de suprimentos e distribuição, gerando qualidade, aumento de competitividade e redução de custos.
A Administração de Materiais visa três conceitos básicos da Logística, que são o material no local certo, no tempo correto e com o menor custo, pois a distribuição de uma empresa é o suprimento da outra.
Essa área deve sempre ter em mente um nível elevado de gestão do seu estoque, uma vez que gerir bem um estoque é maximizar os lucros. A Administração de Materiais tem por finalidade:
· Preços baixos
· Alto giro de estoques
· Baixo custo de aquisição
· Consistência de qualidade
· Pouca despesa com pessoal
· Relações favoráveis com os fornecedores
· Aperfeiçoamento do pessoal
· Bons registros
Movimentação de Materiais
Não estabelece limites apenas em movimentar, encaixotar e armazenar, mas também visa o tempo e o espaço disponíveis. Tem por intuito um transporte eficiente e eficaz de materiais, além de realizar a emissão de guias que deverão ser entregues ao armazém junto ao produto acabado.
As atividades que dão suporte à produção e unitização devem ser integradas também em um sistema de organização de atividades, com a intenção de maximizar a produtividade.
Distribuição Física
São as operações de transferências de materiais, bens e objetos de sua produção ao consumidor final. Existem dois tipos de canais:
· Transferência de propriedade (transação): sua função é contratar, vender e negociar.
· Distribuição física e entrega do produto ou serviço: tem como principais objetivos a rápidadisponibilidade dos produtos, intensificação máxima do potencial de vendas, cooperação máxima entre os integrantes da cadeia de suprimentos em relação à distribuição, bom nível de serviço, fluxo rápido de informações, e forma integrada e permanente de redução de custos.
Assim, a principal vantagem da Logística Integrada é garantir o gerenciamento sobre o fluxo dos produtos e processos. Desta forma, o Gestor poderá monitorar o fluxo de vendas desde a liberação por parte do fornecedor até a entrega ao cliente final.
Por exemplo: a Logística e o Marketing estão interligados e a integração entre estes departamentos é fundamental dentro de uma empresa. Você sabe por quê?
A Logística cuida da gestão de atividades, planejamento, armazenagem e distribuição de produtos e, dessa forma, já é possível ver a relação direta com o Marketing, uma vez que ele pensa produtos e serviços para atender ao cliente. Essa ligação se faz em vários momentos do processo. A Logística viabiliza a chegada da matéria-prima, a produção, já o Marketing viabiliza o ponto de venda, a “cara” do produto, seu público, estimativa de vendas, entre outros aspectos, tais como a qualidade, que também é integrada ao processo.
Viu como a Logística e o Marketing andam juntos e são essenciais para as empresas?
Veja algumas matérias que tratam da relação entre a Logística e o Marketing:
É comum ouvir os termos Logística Inbound, Industrial e Outbound, mas você sabe para que servem? Ou por que estamos falando delas?
São as três principais áreas da Logística Integrada.
LOGÍSTICA INBOUND
São as entradas, operações pré-produtivas e produtivas. É a relação com fornecedores e transportes, armazenamentos, aquisições e controles de qualidade de matérias-primas para os produtos acabado.
LOGÍSTICA INDUSTRIAL
É o abastecer da linha de produção e o controle e transporte de materiais em processamento.
LOGÍSTICA OUTBOUND
São as saídas, as operações produtivas e pós-produtivas. É a saída dos produtos, responsáveis por levar produtos para os consumidores finais e a relação da empresa com seus clientes.
Áreas da Logística Integrada
Fundamentação Teórica
Na Logística existem muitos departamentos, funções e trabalho a serem realizados. Tempo é dinheiro e, pensando assim, foram desenvolvidas áreas integradas na logística, cujo objetivo é reduzir custos, aumentar os lucros e atender à demanda de forma eficiente, a fim de satisfazer e fidelizar os clientes.
As mudanças têm acontecido cada vez mais velozes em nossas vidas. Na Logística não poderia ser diferente. Com sistemas inteligentes e profissionais capacitados, os produtos chegam cada vez mais rápido nas mãos do consumidor final. Capazes de controlar o fluxo logístico e coordenar atividades, os sistemas integrados vêm dando suporte e agilidade às áreas de Administração de Materiais, Movimentação de Materiais e Distribuição Física.
Há quem diga que as áreas logísticas e suas operações são muito complexas, isso porque vivemos em uma era tecnológica e bastante avançada. Imagine, então, como eram feitas essas atividades na idade da pedra, na época dos escravos ou durante a Revolução Industrial!
Segundo Fernandes (1987), desde o início dos tempos já ocorria a administração de materiais, porém isso era feito de maneira muito incipiente, com troca de caças e utensílios, ou seja, trocas mercantis.
A Revolução Industrial marcou o início da mudança do processo de manufatura, que ocorreu por volta de 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Pode-se dizer que a Revolução impulsionou uma era de forte crescimento econômico, tornando-se primordial a administração de todos os bens disponíveis de modo a não perder nada e sempre maximizar os lucros.
A distribuição física vem sendo feita desde a época das cavernas, quando para movimentar determinada carga do ponto A ao ponto B demorava-se dias, semanas ou até meses. O transporte era feito manualmente, sem que houvesse uma empilhadeira para carregar e descarregar um caminhão, afinal também não havia caminhões, ou qualquer outro recurso para realizar o percurso.
Segundo Viana:
(...) alguns acontecimento foram decisivos para que ocorresse a obrigação de os materiais serem administrados. (...) as duas grandes guerras que ocorreram na história podem ser citadas como exemplo devido à procura de meios eficazes para o abastecimento. O apoio logístico de material às unidades de combate foram de suma importância e mostraram-se essenciais para que fosse bem-sucedido os confrontos armados. O foco principal da administração de materiais é definir o quê, quando, como e quanto comprar, visando o menor custo desde a compra até a entrega no cliente final. (VIANA, 2002)
Costa afirma que movimentar material:
(...) está ligado a entrada, saídas e transferências, onde cada etapa é imprescindível para que não ocorram avarias ou furtos dos produtos.
(...)
· Entrada: é a chegada do produto ao estoque, devendo ser conferido e direcionado ao depósito;
· Saída: é quando ocorre a retirada do produto de seu estoque porque foi vendido ou por movimentação interna;
· Transferência: ocorre uma movimentação no centro de distribuição devido à necessidade de gerar débito e crédito na empresa, sem afetar sua situação financeira.
(COSTA, 2012)
Para Novaes, a Distribuição Física está:
(...) empregada na manufatura e no comércio, descrevendo as atividades relacionadas à movimentação eficiente dos produtos acabados, da linha de produção ao consumidor final. Esta atividade inclui movimentar material, embalagem de proteção, controle de estoque, localização de fábrica e armazém, processamento de pedido, previsão de Marketing e serviços ao usuário. (NOVAES, 2014)
Você já ouviu falar que a primeira impressão é a que fica? Pode-se dizer que na Logística também é assim, pois a primeira visão que se deve ter da aplicação da Logística Integrada é uma boa comunicação e, para alcançar este objetivo, é necessário manter um fluxo contínuo de benefícios provenientes dela, sendo um fluxo claro e objetivo das informações sobre os processos, auxiliando na tomada de decisão para que seja assertiva e ágil.
Com o intuito de melhor retratar e ajudar na compreensão da Logística Integrada e como este setor é importante, foi desenvolvida uma lista com as principais áreas de atuação da Logística Integrada, que são: armazenagem, embalagem, estoque, manutenção de informação, processamento de pedidos, transporte, gestão da frota e Supply Chain Management.
ARMAZENAGEM
É definida a melhor aplicação do espaço para acondicionar e conservar o estoque. Antes de se realizar a armazenagem são realizados estudos sobre a localização, suas dimensões de espaço e da climatização do local, que auxiliam na tomada de decisão que envolve essa área, como o melhor lugar para o centro de distribuição (CD) e o aluguel de galpão. A escolha do CD é determinada de acordo com a rota de saída, proximidade do cliente, tributação e as demais variáveis.
EMBALAGEM
Está atrelada à conservação do produto transportado, ou seja, visa garantir que os produtos cheguem ao seu destino sem que ocorram avarias ou danos. Neste caso é necessário que se encontrem bons fornecedores após a realização da melhor embalagem por tipo de produto a ser transportado.
ESTOQUE
É preciso manter os produtos organizados e em quantidades consideráveis para atender à demanda, sendo necessário controlar os pedidos e relatórios de compra e venda. É uma área que auxilia no equilíbrio entre a procura e a aquisição de novos itens e, por isso, são realizados levantamentos de previsão de demanda e análise da curva ABC.
MANUTENÇÃO DE INFORMAÇÃO
As informações de custo e desempenho estão vinculadas a está área para a realização de transações diárias. Seu impacto na lucratividade do negócio é direta, sendo crucial levantar os custos e todas as atividades da empresa, levando em consideração que o custo não seja muito elevado devido a seu impacto, pois o intuito ainda é maximizar o lucro. É necessário ter informações relevantes e adequadas, uma vez que este é o fator-chave para conquistar um diferencial competitivo frentea clientes cada vez mais exigentes.
PROCESSAMENTO DE PEDIDOS
É a área responsável desde controlar o pedido até incitar e garantir que a entrega seja rápida e segura.
TRANSPORTE
Essa área engloba dois terços dos custos logísticos, por isso é necessário assegurar o funcionamento da produção, distribuição e comercialização do produto. É nesta área que se determina qual a transportadora que irá melhor atender a sua demanda, de acordo com o item, prazo ou custo. São de sua responsabilidade planejamento de rotas, programação de pagamentos para transportadoras e gestão de ocorrências no transporte.
GESTÃO DE FROTA
É baseada em frota própria, análise de desempenho dos veículos, decisão de renovação dos transportes utilizados, acompanhamento de emissão de poluição e manutenção. Sua rotina é voltada ao cuidado com os caminhões, visando garantir seu desempenho e bons resultados no transporte e distribuição.
SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
É responsável por acompanhar os processos internos, estendendo-se aos parceiros de negócios que são os fornecedores e transportadoras. Seu objetivo é alcançar a integração entre as partes, gerando eficiência nos processos, satisfação dos clientes e, por consequência, sua fidelização. Todos os envolvidos na cadeia de abastecimento trabalham de maneira integrada, gerando a operações mais sólidas e aumentando a competitividade.
Contextualização
A Logística Integrada pode ser vista como uma evolução da logística tradicional, pois vai além de sistemas de integração entre departamentos. Ela é uma área estratégica visando boa comunicação e buscando controlar cada etapa do ciclo de vida de um pedido, desde o lucro até a fidelização de seus clientes.
Reduzir custos e aumentar a produtividade acaba aumentando o lucro, sendo uma consequência positiva para a empresa.
A Logística Integrada e suas áreas têm muitos benefícios, vamos falar sobre os principais que impulsionam as empresas ao sucesso, como a melhoria na gestão de materiais, a agilidade nos processos, o aumento da produtividade, a redução de custos e a criação de vantagem competitiva.
Melhoria na gestão de materiais
É primordial para garantir o suprimento da demanda, visando reduzir os custos operacionais, não se limitando apenas às operações de armazém, mais iniciando no setor de compras até o momento em que o cliente recebe o pedido. Para que possa aplicar a melhoria contínua, o acompanhamento de cada etapa é essencial, permitindo ao gestor a identificação das falhas e ações que serão necessárias para otimizar o fluxo dos produtos.
Agilidade nos processos
A comunicação aqui é essencial, pois o compartilhamento de informações dá forma a um processo mais ágil e reduz o índice de erros. As decisões podem ser tomadas com base em informações confiáveis, pois os processos devem ser ágeis, aumentando a chance de um diferencial competitivo.
Aumento da produtividade
Visa corrigir as falhas e otimizar os processos da cadeia de suprimentos, além de auxiliar na identificação do melhor método de trabalho. Envolve melhorias no ambiente, como a modificação do layout e eliminação de etapas que não agregam valor para o cliente. Assim, as equipes se tornam mais produtivas e eficientes.
Redução de custos
Por meio da redução de custos é possível aumentar a produtividade, diminuir os erros e a necessidades de retrabalho, redução de desperdícios, dentre outras modificações positivas.
Criação de vantagem competitiva
O planejamento é essencial para qualquer atitude que seja tomada, seja ela a curto, médio ou longo prazo, visando sempre um fluxo ordenado e contínuo do processo produtivo. Geralmente é pré-determinado o quê, quanto, como, onde, quando vai ser produzido e quem irá produzir. O correto é determinar antes os objetivos e prazos para a produção, uma vez que quando se chega na etapa de controle, estas questões já devem estar respondidas e designadas.
O planejamento e controle de produção possuem as mesmas, etapas que são:
· Primeira etapa: É o que determina a quantidade de produtos a serem fabricados, o que é feito por meio dos pedidos recebidos dos clientes e previsão de venda.
· Segunda etapa: é o roteiro, onde se cria a lista de operações que constituem o processo produtivo, fixa-se quem fará e onde será a operação e o tempo de fabricação em cada operação.
· Terceira etapa: determina-se quando começará a produção, quando terminará e quanto tempo levará.
· Quarta etapa: é a de liberação, a movimentação dos recursos usados na produção, desde o seu início, de acordo com os prazos estabelecidos.
Uma boa comunicação, processos produtivos, qualidade, vantagem competitiva e fluxo de informações atualizadas são fundamentais para uma boa integração entre departamentos, de modo a atender à demanda evitando faltas e excessos e, consequentemente, maximizando os lucros.
Marketing na Logística Integrada
Fundamentação Teórica
A Logística não raramente se utiliza de conhecimento de outras áreas, como o Marketing por exemplo.
O Marketing tem por objetivo explorar, criar e oferecer valor. Sua intenção é chamar a atenção do cliente, obtendo relações lucrativas para as partes interessadas. Para isso, define o estudo de mercado, a estratégia de publicidade, de venda e a assistência no pós-venda.
Como você pode ver, isso está intimamente ligado à Logística, que abrange as atividades de planejamento da armazenagem, circulação e distribuição de produtos.
Para rememorar o início da relação entre essas áreas, um bom exemplo é o jornal! Considera-se como primeiro jornal o alemão Relation aller Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, por volta de 1605. Porém, a prensa de Gutenberg que revolucionou a era de anúncios impressos, somente surgiu no século XVII, possibilitando que jornais e revistas fossem publicados em massa.
Quando pensamos no jornal, vemos que Marketing e Logística devem compartilhar os mesmos objetivos para transmitir confiança a seus clientes. Ambas as áreas almejam que as entregas ocorram no tempo certo, no local correto e no menor tempo possível, com qualidade e responsabilidade, visando atender da melhor forma o cliente final.
De forma clara e objetiva o Marketing e a Logística, desde o primeiro jornal criado, possuem um vínculo, uma integração, desde a logística de entrega, distribuição, e a necessidade de qualidade de uma boa propaganda e também do pós-venda.
Outro exemplo: em tempos remotos, a possibilidade de imprimir panfletos possibilitou que a divulgação de produtos e serviços fosse mais fácil, porém a logística de distribuição não era eficiente, uma vez que era necessário entregar os panfletos um a um.
Mais uma vez, devido à integração das áreas de Marketing e Logística, foi possível pensar de forma clara e objetiva para que se pudesse tomar uma decisão simples, eficiente e eficaz: a criação do outdoor que, sem esforço, em um ponto estratégico, permite que muito mais pessoas tenham acesso à informação que se deseja transmitir.
Existem vários autores que discorrem sobre a relação entre as áreas, sua funcionalidade e, principalmente, sua necessidade. Para Dias, é necessário se ter um bom Marketing:
(...) para que seja possível estabelecer uma boa relação entre cliente e fornecedor, onde o marketing acaba se tornando um elo para as relações corporativas, desenvolvendo assim uma atenção maior dos clientes em seus produtos e serviços (...) porém, se não existir um ótimo serviço logístico e não se conseguir fidelizar clientes, somente o esforço do marketing não mantém a empresa no mercado (...) é através do serviço logístico que o cliente valoriza a empresa e se fideliza. (DIAS, 2005)
Já Novaes afirma que o Marketing é:
(...) uma vantagem competitiva para a Logística, o que, por consequência, gera lucratividade, tornando-se uma ferramenta logística para o processo da cadeia de suprimentos. A logística gera demanda, produto e estruturação dos canais de distribuição, conectando-se assim ao cliente. Atualmente a cadeia de suprimentos tem quatro funções: indução de demanda, satisfação de demanda e pós-vendas, que é o relacionamento com o cliente, novosprodutos e serviços. (NOVAES, 2001)
A área de Marketing é responsável por diversas atividades, tais como planejar a comunicação da empresa, gerenciar a comunicação, definir os objetivos e metas de comunicação, desenvolver e gerenciar campanhas promocionais, definir canais e formas de atrair novos clientes, analisar e mensurar resultados de campanhas, gerenciar produção multimídia, gerenciar canais como redes sociais e websites, e gerenciar fornecedores como gráficas e agências de Publicidade ou Marketing.
O Marketing não deve se limitar apenas a vender mais, mas sim olhar o processo como um todo, buscando sempre agregar pontos positivos.
Pensando em integração, lucro, qualidade e confiança, o Marketing desenvolveu os 8Ps, que agregam valor às empresas e departamentos para que possam trabalhar unidas e seguindo o mesmo objetivo, interligando-as de maneira simples e satisfatória.
Hoje existem muitas estratégias para que o negócio dê certo, e uma delas é que, assim como existe a Logística Inbound e Outbound, existe também o Marketing Inbound e Outbound, de acordo com o seu segmento. A estratégia de Marketing deve, portanto, identificar, atrair e manter clientes rentáveis.
Murphy e Poist (1996) identificaram na literatura 14 ferramentas de gerenciamento que podem ser empregadas para requintar a cooperação entre Marketing e Logística, são elas:
· Apoiar a alta administração
· Disseminar quais são objetivos e indicadores de desempenho comuns
· Desenvolver projetos de trabalho em conjunto
· Gerenciar a conexão entre os setores
· Compartilhar as informações
· Criar comitês para debater pontos de interesse de ambos os setores
· Capacitar os funcionários de Marketing em Logística e vice-versa
· Negociar com os setores para solução de problemas
· Criar um sistema para compartilhamento de ganhos e riscos
· Agrupar os departamentos de Marketing e Logística
· Job switching entre profissionais dos dois setores
· Desenvolver interação entre os profissionais dos dois setores
· Escolher um funcionário neutro (de outra área ou terceirizado) para resolver problemas dos dois setores
· Incluir doutrina de cooperação
O compartilhamento de informações e implantação de filosofia de cooperação são consideradas técnicas funcionais entre a Logística e o Marketing. Como dizia Charles Darwin: “Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o mais receptivo às mudanças”, e Logística e Marketing são isso! Mudanças constantes, buscando sempre melhorar e se adaptar ao mercado que muda a todo momento.
Vejamos um exemplo prático, relacionado à implantação de retorno de pallets de uma indústria do setor de bebidas para resolver os problemas de perda, extravios e ausência de retorno por parte dos clientes.
Inicialmente foi necessário fazer o mapeamento de todos os processos da Cadeia Logística, levantando os dados e funcionários envolvidos na operação. Com isso, obteve-se a demanda de pallets utilizados pelos clientes. Com base nesse levantamento, o setor de Marketing implantou uma série de melhorias, como compartilhamento de pallets entre a empresa e os clientes, com a regra de que todos os caminhões sempre deveriam voltar com pallets separados pelos clientes.
Como resultado desta ação, houve a redução de 25% na aquisição de novos pallets, além da redução de 20% no total de extravios de pallets movimentados.
Esse exemplo mostra que Logística e Marketing têm papel fundamental para o sucesso da empresa, obtendo vantagem competitiva por meio de oferta de produtos e serviços com grande aceitação por parte dos clientes.
Você já ouviu falar em Composto de Marketing? Não? Então fique ligado!
Composto de Marketing são os quatro elementos básicos (4P’s) que compõem qualquer estratégia de Marketing: Produto, Preço, Praça e Promoção.
Vamos detalhar na sequência cada um dos 4P’s:
· Produto: pode significar tanto um produto como um serviço, ou até mesmo uma ideia, ou seja, o que você oferece aos consumidores.
· Preço: está ligado à sobrevivência da empresa. Pode-se dizer que também se refere ao valor agregado do seu produto, serviço ou ideia, enfim, tudo tem um preço e um valor agregado.
· Praça: é conhecido como a distribuição de um produto no mercado, pois é após a distribuição que o consumidor final tem acesso à oferta do produto. Estabelece relação direta entre a Logística e as atividades de Marketing.
· Promoção: significa a maneira de divulgação de algum produto, serviço ou ideia. Está diretamente relacionado ao Marketing, no que diz respeito à Publicidade.
Assim como os canais de Logística (depósito de fábrica, caminhão da empresa, depósito regional, transportadora rodoviária, depósito público, entrega local e cliente), o Marketing também tem canais de distribuição (escritório central de vendas, escritório de vendas distrital, distribuidor, varejistas e cliente), que estão ligados à melhor maneira de encontrar o seu público-alvo e ao caminho que é preciso percorrer para que se atinja o objetivo.
É fundamental que no processo de criação, o Marketing repasse informações das pesquisas realizadas em campo para que se possa atingir o público-alvo. Após este processo, deve começar a distribuição do produto. Após feita a distribuição é preciso mensurar os resultados de forma que seja possível medir sua eficiência, o que é possível por meio de indicadores, como o Key Performance Indicator – KPIs.
Sem estratégia, sem saber para onde ir, por onde começar ou como chegar, nenhum esforço irá garantir resultado, por isso é necessário uma boa estratégia, um bom Marketing e uma boa Logística!
Canais de Distribuição
Fundamentação Teórica
A utilização do termo “canal de distribuição” faz parte do dia a dia dos executivos, contudo existe uma ampla variedade de termos utilizados para tratar do assunto, como canal de marketing ou canal de comércio. A ideia é que os canais "... superem as lacunas de tempo, lugar e posse que separam bens e serviços daqueles que poderiam usá-los" (Kotler, 1991).
Os canais de distribuição nada mais são do que opções a serem dadas às empresas fabricantes e aos consumidores como formas de serem distribuídos os produtos de acordo com a escolha do cliente final.
A modernização do Marketing ocorreu por volta da década de 1950, no Pós-Guerra; foi quando aconteceu o maior passo da industrialização mundial, ocorrendo disputas acirradas entre as maiores empresas do mercado.
Com o passar do tempo os clientes se tornaram mais exigentes, e ter qualidade já não era suficiente para a obtenção de lucro. O cliente passou a ter o poder de escolha, obtendo alternativas disponíveis no mercado, com diferentes relações de custo x benefício. A liberdade de escolha tornou os compradores mais conscientes do que era considerado correto ou abusivo, tornando-os mais exigentes aos olhos de fabricantes e revendedores.
Nesta época, começaram a ser desenvolvidos os canais de distribuição, com mudança nas atitudes de compra dos consumidores. Foi então desenvolvida a cadeia “sem fim”: fabricação, venda e compra.
É considerado como canal de distribuição qualquer meio estabelecido pela empresa que tenha o objetivo de levar mercadoria ao cliente, na hora certa, de acordo com o previsto para o cliente, sem atrasos.
Em relação ao tipo de distribuição, Jain explica que uma empresa pode:
(...) adotar e distribuir seus produtos ao consumidor ou varejista sem que possua intermediários, o que é chamado de distribuição direta, ou podem passar por intermediários, como atacadistas ou representantes, o que é chamado de distribuição indireta. (JAIN, 1985)
Mccalley descreve que quando o consumidor:
(...) recebe seu produto é o fim da linha de distribuição, ou seja, todos os participantes do canal devem estar aplicados a atingir o objetivo, que é a satisfação do cliente junto ao seu produto. (...) Na verdade, toda a estrutura do canal é desenvolvida para proporcionar uma ponte do fabricante em relação ao serviço e à satisfação do consumidor. (MCCALLEY, 1996)
Ter um bom produto não é suficiente: ele precisa chegar até o cliente certo, na quantidadecerta e no tempo certo.
Alguns fabricantes, no entanto, não têm capacidade financeira para comercializar de forma direta seus produtos. Pensando nisso foram desenvolvidos os canais de distribuição, que estão diretamente ligados ao Marketing, que é a área que define qual canal será utilizado, demonstrando a flexibilidade logística existente, onde ser flexível é dar opções tanto às empresas, como aos clientes.
Os sistemas de distribuição são meios que auxiliam na hora de escolher o melhor canal a ser utilizado:
DISTRIBUIÇÃO DIRETA
Neste sistema a empresa não utiliza intermediários; ela realiza a venda de seus produtos diretamente ao consumidor final. É o produtor quem controla suas atividades até o recebimento dos produtos pelo consumidor final. Um exemplo deste tipo de distribuição é o sistema “porta a porta” e as vendas por catálogos, como adotados pela Avon e Natura.
Neste caso, a empresa utiliza colaboradores autônomos como revendedores para promover a marca. Há quem goste de catálogos e quem prefira manusear o objeto antes da compra, por isso existem outros sistemas.
DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA
Este sistema utiliza de intermediários, porém são poucos, pois atendem segmentos específicos do mercado, podendo ser representantes comerciais ou lojas que tenham exclusividade na distribuição do produto.
Casualmente o McDonald's realiza eventos voltados para seu público-alvo em conjunto com fabricantes diversos, devido ao fluxo que a rede de lojas assegura a seus parceiros nessas promoções.
DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA
Este sistema utiliza de intermediários, porém são poucos, pois atendem segmentos específicos do mercado, podendo ser representantes comerciais ou lojas que tenham exclusividade na distribuição do produto.
Casualmente o McDonald's realiza eventos voltados para seu público-alvo em conjunto com fabricantes diversos, devido ao fluxo que a rede de lojas assegura a seus parceiros nessas promoções.
DISTRIBUIÇÃO INTENSIVA
Tem por objetivo alocar seu produto no maior número possível de pontos de vendas, sendo produtos de alto consumo, compra contínua e de baixo valor unitário. A ideia é disponibilizar o produto em locais de fácil acesso, evitando que o consumidor troque de marca, pois ele certamente encontrará a marca desejada.
É ideal que a venda seja feita por representantes comerciais, vendedores do próprio fabricante ou atacadistas distribuidores. Bons exemplos são a Coca-Cola, Unilever e Gillette.
Ao estudarmos em maior profundidade os canais de distribuição, notamos que, sem dúvida, esse é um aspecto bastante complexo da Logística. Desse modo, seu estudo se tornou fundamental para não haver erro na escolha do melhor canal de distribuição, a depender de cada situação.
As empresas têm vantagens competitivas na forma de distribuir, na maneira como o produto é distribuído até chegar às prateleiras, desde a qualidade no transporte, até a eficiência de entrega de insumos ao fabricante. (BERTAGLIA, 2010)
A Coca-Cola, por exemplo, escolheu a distribuição do tipo intensiva: seus produtos são encontrados em todos os locais de venda, o que fortaleceu a marca, fazendo dela líder de mercado no seu segmento.
Contextualização
Atualmente os consumidores esperam gastar o menor tempo possível com suas compras e, utilizando o canal correto, isso se torna uma realidade. A escolha entre o canal direto e o canal indireto deve ser estratégica, pensando no tipo de produto e na relação que os clientes possuem com eles.
Um bom exemplo são os alimentos perecíveis, que exigem menor tempo de transporte e, em alguns casos, precisam de câmaras resfriadas para não perecerem até a chegada ao cliente final. Em outros casos, o produto pode demorar dias a chegar, pois já é o esperado pela empresa devido a não haver necessidade imediata de consumido, como uma peça para a indústria, por exemplo.
Canal direto
É um canal simples e objetivo. Seu modelo é muito utilizado na área de cosméticos, pois trata-se do porta a porta. É quando a empresa vai ao encontro de seus clientes através de seus funcionários, utilizando catálogos e revistas, realizando seus pedidos por encomendas, com data marcada para o recebimento do produto de acordo com a data do catálogo ou revista.
	Vantagens
	Desvantagens
	● Relacionamento direto com os clientes.
● Sem pagamento de comissões.
● Custo reduzido para o consumidor final.
● Controle elevado sobre a Cadeia de Distribuição.
	● Elevado custo de implementação.
● Alcance menor de clientes.
● Volume menor de vendas.
● Menor divulgação da marca.
Canal indireto
A distribuição é feita utilizando intermediários, encaixando os sistemas de distribuição exclusiva e intensiva neste canal:
· Varejo: os produtos são adquiridos direto do fabricante e vendidos em seguida, geralmente em quantidades menores e diretamente ao cliente final. Pode-se citar como exemplo farmácias, supermercados, padarias e lojas em geral.
· Atacado: a aquisição e a venda dos produtos são em quantidades maiores em relação ao varejo. Como por exemplo, os atacadistas de autosserviço que vendem alimentos em quantidades maiores para bares, donos de pizzarias etc.
· Distribuidor: o sistema de distribuição tende a ser regional, oferecendo assessoria para qualquer produto que houver necessidade. Um exemplo deste modelo é a distribuição de bebidas.
· Representante comercial: neste sistema, as empresas selecionadas terão o função de representar a empresa, realizando vendas passíveis de comissionamento.
Canal híbrido
É um canal em que parte das funções é efetuada em paralelo por dois ou mais elementos da Cadeia de Suprimento, ou seja, a empresa precisa manter uma relação direta com o cliente. Como exemplo, temos a Vacutainer, que negocia diretamente com os hospitais. Após a venda concretizada, é entregue a relação dos distribuidores que irão se encarregar pela Distribuição Física.
	Vantagens
	Desvantagens
	● Contato direto do fabricante.
● Melhores preços na compra de lites maiores.
● Os distribuidores conseguem atender a uma quantidade maior de fornecedores.
	● Problemas na gratificação aos elementos da Cadeia de Suprimentos.
● Transparência entre as partes na troca de informações.
● Maior exatidão no levantamento dos custos envolvidos.
● As parcerias devem ser bem estruturadas, para atividades de médio a longo prazo.
Fundamentos de Transporte
Fundamentação Teórica
O termo transporte vem do Latin “transportare” e transmite a ideia de mudança de lugar.
Hoje, o transporte se tornou fundamental para toda e qualquer atividade econômica e, sem ele, não existe o desenvolvimento de um bairro, cidade, região ou país.
O transporte está profundamente relacionado a inúmeras atividades e é a forma econômica que permite o deslocamento das pessoas com a finalidade de satisfazer suas necessidades pessoais e coletivas, beneficiando a mobilidade e acessibilidade.
O transporte é, ainda, fundamental para a movimentação do fluxo de material, de maneira eficaz e eficiente, desde o fornecedor até o ponto consumidor. Em razão disso, ele representa a maior parcela dos custos logísticos para a maioria das empresas, com parcela significativa no PIB dos países, no que diz respeito ao seu grau de desenvolvimento.
Para que o desenvolvimento ocorra é necessário que haja uma infraestrutura eficiente que, além de reduzir as distâncias, otimize a mobilidade e o avanço tecnológico, incentive o comércio de produtos, bens, serviços e informações com outras regiões ou países, e impulsione o desenvolvimento industrial, aumentando a demanda e produção e, consequentemente, gerando novos empregos.
O transporte estabelece-se como a atividade definida para deslocamento espacial. Segundo o Código Civil Brasileiro, se dispôs acerca das obrigações que caracterizam o Contrato de Transporte, nos seguintes termos:
Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas. (Código Civil Brasileiro, Art. 730.)
De acordo com Alvarenga e Novaes, para ter um sistema de transporte organizado:
(...) é fundamental ter uma visão sistêmica e planejada,e ainda, que se tenha noção do nível de serviço atual e o nível de serviço esperado. (ALVARENGA & NOVAES, 2000)
Ballou descreve a função do transporte na Logística, colocando o seguinte:
(...) na Logística está relacionada basicamente às medidas de tempo e lugar, sendo fundamental que os produtos, bens e serviços estejam disponíveis na hora correta, no lugar correto e a um custo reduzido. (BALLOU, 2001)
Evolução do Transporte
Deste a antiguidade, o homem precisou se locomover e transportar seus pertences de um lugar para outro, sendo ele próprio considerado o primeiro meio de transporte da humanidade.
Futuramente, em função da sua limitação física, foi necessário domesticar animais para poder transportar um volume maior de carga. Uma das principais necessidades era transportar e distribuir a produção agrícola e, em função disso, o homem inventou a roda e desenvolveu veículos tracionados por animais, aumentando assim a quantidade de carga transportada.
Com a Revolução Industrial, o homem inventou a máquina a vapor e conseguiu manipular o ferro para a construção de embarcações, que até então usavam madeira. Com isso, os meios de transporte passaram a ter maior capacidade e autonomia.
No final do século XVIII, em 1886, na Alemanha, foi criado o primeiro automóvel, por Karl Benz e, desde então, esse meio de transporte tem evoluído em termos de design, tecnologia e acessibilidade.
Com o surgimento do avião, no início do século XX, iniciou-se sua exploração comercial para o transporte de mercadorias, reduzindo os prazos de entrega principalmente para locais distantes e mercadorias perecíveis, como frutas e flores, o que acabou agregando valor aos produtos.
Em 1926 o cientista Dr. Robert Hutchings Goddard realizou o primeiro teste com foguete, movido a combustível líquido (mistura de gasolina e oxigênio líquido). O vôo durou cerca de 2,5 segundos e atingiu 56 metros.
Resumindo a Evolução do Transporte:
· Invenção da Roda: há indícios de sua utilização por volta de 3500 a.C, pelos habitantes da Suméria, o que propiciou maior mobilidade, já que na época o transporte era feito por meio de troncos de madeira.
· Barco a Vapor: com a invenção da máquina a vapor em 1807, esse sistema se tornou fundamental para todos os meios de transporte, principalmente para as embarcações. A primeira embarcação a vapor foi construída pelo americano Robert Fulton, chamada de Clermont. A partir desse evento, o transporte marítimo se expandiu.
· Transporte Ferroviário: o transporte ferroviário se tornou popular a partir de 1830. A primeira locomotiva a vapor foi inventada por George Stephenson.
· Automóvel Moderno: o primeiro automóvel de três rodas movido a gasolina foi criado pelo alemão Karl Benz, em 1886.
· Aviação Comercial: o transporte aéreo revolucionou os meios transportes em 1926, e é atribuído a três grandes inventores: os irmãos Wright (Wilbur e Orville) em 1903 e Santos Dumont em 1906. Desta forma, não era mais necessário utilizar as embarcações para realizar longas viagens.
· Transporte Espacial: o transporte espacial por meio de foguetes de combustível líquido foi inventado em 1926, pelo americano Robert H. Goddard.
Ballou chama a atenção para a relação entre a atividade de transporte e o desenvolvimento da economia. Segundo o autor:
(...) ao se comparar a economia de um país desenvolvido e de outro em desenvolvimento, podemos ver o papel do transporte na concepção de um nível de elevado de atividade na economia. Países que estão em desenvolvimento geralmente têm produção e consumo de produtos decorrendo no mesmo lugar, grande parte da mão de obra sendo utilizada na produção agrícola, sendo a menor parcela da população reside nas áreas urbanas. Com a redução dos custos nos serviços de transporte, a economia tende a ficar semelhante a uma economia desenvolvida: metrópoles se constituem com a migração para os centros urbanos, algumas regiões geográficas limitarão a número de itens e, com isso, o nível de vida tende se a elevar. (BALLOU, 2001)
Ainda segundo o autor, quanto mais adequado for o sistema de transporte, mais ele contribuirá para:
· Elevar a competitividade no mercado
· Certificar a economia de escala na produção
· Reduzir o valor dos produtos
A escolha sobre o melhor tipo de transporte para determinada mercadoria vai depender de diversos fatores, como tipo de carga e características do país em termos geográficos e econômicos.
De acordo com Bowersox & Closs (2001), há cinco variáveis que são fundamentais para a classificação das modalidades de transporte:
Mobilidade Urbana
O transporte está presente em todos os momentos de nossa vida. Imagine, por exemplo, que você está programando ir ao Teatro Municipal de São Paulo. Há diversas formas de se chegar: você pode ir com seu veículo próprio, pode ir de transporte público, ou pode utilizar serviços como Uber, 99 Táxi, dentre outros.
Independentemente da escolha, em todas elas há a necessidade de programar a rota até seu destino, de modo que o tipo de transporte escolhido influencia diretamente seu programa.
Enfim, as alternativas são diversas e com custos e tempos variados. Hoje, o transporte está diretamente ligado ao nosso dia a dia, já pensou nisso?
Contextualização
O transporte tem um papel fundamental como estratégica na Cadeia de Suprimentos, se fazendo necessária a criação de soluções que visem flexibilidade e velocidade ao cliente, a um custo reduzido, propiciando maior competitividade para a empresa. O impacto do transporte no nível de serviço ao cliente é um dos mais relevantes, e a principal exigência do mercado está ligada à pontualidade do serviço.
A área de transporte está cheia de desafios, por isso, vários autores consideram essa como a área com maior custo logístico dentro das empresas. Por exemplo: nos grandes portos, o problema principal é a falta de expansão em função de questões ambientais e a falta de investimento por parte dos setores públicos em equipamentos eficientes, reduzindo a produtividade.
Podemos citar também nossa matriz de transporte voltada para a modalidade rodoviária, que fez com que o transporte entrasse em colapso em função da Greve dos Caminhoneiros, que buscavam melhores condições, investimentos em infraestrutura, redução da carga tributária, dentre outras reivindicações.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/
Unidos à evolução da Tecnologia da Informação, as modalidades de transporte possibilitaram a redução do tempo e do espaço, e as distâncias entre os extremos, proporcionado a redução de custos, o tempo em trânsito e o envio de mensagens. Desta forma, a globalização propiciou o estímulo do fluxo de informações e serviços, interligando vários locais do globo.
Modalidades de Transporte
Fundamentação Teórica
Cada modalidade de transporte tem suas próprias características. Desta forma, é essencial considerar tipo de carga, possíveis rotas a serem percorridas, capacidade de carga, flexibilidade, segurança, tempo e custos envolvidos para realizar a escolha correta de uma modalidade, com suas vantagens e desvantagens.
Para Ballou (2001), a escolha da modalidade de transporte pode ser um diferencial para obter vantagem competitiva para a fidelização do cliente.
Mas afinal, qual a melhor modalidade?
A escolha de modalidade deverá ser feita após estudos de viabilidade e, principalmente, de custos, como por exemplo, o custo da tonelada por quilômetro (t/km).
A principal utilidade das modalidades de transporte é transportar pessoas ou produtos (seja na forma de matéria-prima, produtos semiacabados ou produtos acabados), e ainda estocar produtos, utilizando recursos de tempo e espaço para realização das tarefas com eficiência.
Existem dois pontos econômicos primordiais que definem a eficiência dos transportes: economia em escala e economia em distância. (BOWERSOX et al., 2006)
	Economia em Escala
	Economia em Distância
	Define o custo por tonelada transportada, que é reduzido em função da capacidade de carga de cada modalidade. Comparando, por exemplo, modalidades que têm maior capacidade de carga, como Ferroviário e Aquaviário,

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