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ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E ECONOMIA PROF. ME. RICARDO DANTAS LOPES PROF. GALILEU LIMONTA MAIA PROF. DR. MARCOS AURÉLIO BRAMBILLA Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-Reitoria Acadêmica Maria Albertina Ferreira do Nascimento Diretoria EAD: Prof.a Dra. Gisele Caroline Novakowski PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Edson Dias Vieira Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Camila Cristiane Moreschi Danielly de Oliveira Nascimento Fernando Sachetti Bomfim Luana Luciano de Oliveira Patrícia Garcia Costa Renata Rafaela de Oliveira Produção Audiovisual: Adriano Vieira Marques Márcio Alexandre Júnior Lara Osmar da Conceição Calisto Gestão de Produção: Cristiane Alves © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande responsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica e profissional, refletindo diretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conhecimento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivência no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mercado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR 33WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 01 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5 1 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................................................6 2 CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................... 7 3 IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................9 4 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO............................................................................................................................... 11 4.1 TEORIA CIENTÍFICA .............................................................................................................................................. 12 4.2 TEORIA CLÁSSICA ................................................................................................................................................ 14 4.3 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ................................................................................................................... 16 4.4 TEORIA BUROCRÁTICA ........................................................................................................................................ 17 4.5 TEORIA ESTRUTURALISTA .................................................................................................................................. 19 4.6 TEORIA COMPORTAMENTAL ..............................................................................................................................20 PRINCÍPIOS E TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO PROF. ME. RICARDO DANTAS LOPES ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E ECONOMIA 44WWW.UNINGA.BR EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 4.7 TEORIA SISTÊMICA ..............................................................................................................................................23 4.8 TEORIA CONTINGENCIAL ....................................................................................................................................23 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................25 5WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Iniciaremos nosso estudo com os princípios e definições sobre o processo de gestão das organizações. Em outras palavras, vamos discutir e analisar a seguinte questão: o que é administração? Uma das respostas tem relação com a resolução de problemas complexos. Em linhas gerais, o processo de gestão ocupa-se da avaliação da realidade dos negócios e da busca por soluções para as diversas situações conflituosas. A assertividade da gestão gera empresas mais competitivas e com mais valor de mercado. Nesse sentido, nosso estudo nos leva a pensar em formas de como uma organização deve ser gerida. Administrar é complexo e depende de muitos fatores e conhecimento e capacidade analítica dos gestores. Atingir uma meta ou objetivo depende de uma administração de excelência. Também, vamos estudar as Teorias da Administração, tendo como foco principal o respectivo desenvolvimento histórico e a aplicabilidade atual. Veremos que elas podem ser agrupadas de acordo com algumas variáveis, ou seja, as tarefas, a estrutura, as pessoas, o ambiente, a tecnologia e a competitividade. Todas as teorias são válidas e podem ser utilizadas no atual contexto dos negócios. Em resumo, todas elas foram criadas com o objetivo de resolver os problemas industriais e corporativos. Lembremos que até nossa própria vida cotidiana precisa ser administrada para que não seja um grande fracasso. Nossa carreira precisa ser administrada, nosso dinheiro, e até nossos problemas! Imaginem então como seria uma organização ou empresa qualquer sem administração? Um caos com toda certeza. 6WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO Antes de iniciarmos nosso estudo sobre algumas questões históricas da administração, vamos entender a definição básica do termo. Isto é: É o sistema estruturado e intuitivo que consolida um conjunto de princípios, processos e funções para alavancar, harmoniosamente, o planejamento de situações futuras desejadas e seu posterior controle e avaliação de eficiência, eficácia e efetividade, bem como a organização – estruturação – e o direcionamento dos recursos das empresas – principalmente as pessoas – para os resultados esperados, com o mínimo de conflitos interpessoais. OLIVEIRA (2019, p. 1). Em síntese, devemos entender a gestão das organizações como o processo necessário para atingir as metas e objetivos estratégicos por meio das pessoas. Para isso, os resultados devem ser medidos para verificar o sucesso na geração dos resultados e valor para os negócios. Voltando às questões históricas, o ato de administrar foi crucial para o desenvolvimento da humanidade. Para Maximiano (2015, p. 22), A administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos humanos. As teorias e técnicas da administração, que você estuda agora, surgiram e vêm se aprimorando há muito tempo, desde que os administradores do passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de soluções para resolvê-los. MAXIMIANO (2015, p. 22), Mesmo as mais primitivas civilizações já adotavam técnicas e ferramentas administrativas para atingir seus objetivos. Em resumo, desde os primórdios da humanidade as pessoas administram as mais variadas situações recursos e problemas. Por exemplo, como explicar obras complexas feitas por antigas civilizações como as Pirâmidesdo Egito (1640 a.C.) e as Muralhas da China (220 a.C.)? Com certeza, nenhuma delas seria possível sem o uso da administração. Podemos destacar, na história, que sempre existiu alguma forma de associação entre os homens para o alcance de objetivos comuns. Sem esse esforço coletivo, ou seja, isoladamente, as metas não seriam cumpridas. Em síntese, o processo de administrar está vinculado a qualquer situação em que existam pessoas fazendo o uso de recursos para atingir determinado objetivo. Em termos efetivos, Maximiano (2015) destaca cinco grandes eventos da história que contribuíram para o desenvolvimento da administração, são eles: a revolução urbana, Grécia, Roma o Renascimento e a Revolução Industrial. Para terminar essa parte, devemos discutir a seguinte questão. Qual o benefício que a administração gera para as empresas? Como resposta, podemos elencar alguns aspectos, segundo Oliveira (2019): • Proporciona maior sustentação e qualidade para a tomada de decisão; • Proporciona conhecimento sobre como gerenciar as pessoas; • Amplia a capacidade analítica da realidade por parte dos gestores; • Colabora com o desenvolvimento sustentável dos negócios. 7WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 2 CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO Já discutimos alguns aspectos históricos da administração e entendemos que, de acordo com Afonso e Ferrari (2018, p. 15), “a administração foi a responsável pelo desenvolvimento econômico e tecnológico no mundo, mostrando como inovações, tecnologias e ferramentas podem ser utilizadas e transformadas em resultados”. Nessa perspectiva, podemos entender que a administração visa analisar os objetivos estabelecidos pelas organizações para realizar ações que permitam alcançá-los. Essas ações, por sua vez, devem levar em consideração os princípios de planejamento, organização, direção e controle dos esforços. Mas, em resumo, como podemos entender o que é administração? Podemos afirmar que a Administração é uma ciência social aplicada, responsável pelo planejamento, organização, direção e controle dos recursos (humanos, financeiros, materiais, entre outros) de uma organização. É possível encontrar muitas outras definições, de acordo com Jones e George (2012, p. 25), administração pode ser entendida como o “planejamento, a organização, a liderança e o controle dos recursos humanos e de outros recursos para que se atinjam os objetivos de modo eficiente e eficaz”. Segundo Chiavenato (2007, p. 3), “a administração é o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados”. E ele ainda afirma que, administrar significa “criar condições ideais de solidariedade para que as pessoas possam se ajudar mutuamente e gerar valor e riqueza de modo eficiente e eficaz”. Qual a diferença entre eficácia e eficiência? Você já se confundiu com a definição desses dois termos? Na área dos negócios possuem significados diferentes. Em termos efetivos, a eficiência está relacionada em fazer certo as coisas (nível operacional). Já eficácia, consiste em fazer as coisas certas (nível gerencial). Disponível em: h t t p s : // i n t e g r a d a . m i n h a b i b l i o t e c a . c o m . b r / # / books/9788550816081/. Acesso em: 23 de abril de 2021. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788550816081/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788550816081/ 8WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Para Maximiano (2015, p. 25), A administração é o processo ou atividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos. O processo de administrar (ou processo administrativo) é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. A finalidade última do processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos. MAXIMIANO (2015, P. 25). Já segundo Drucker (2000), Administrar significa assumir tarefas. Significa disciplina. Mas significa também gente. Cada realização da administração é a realização de um administrador. Cada fracasso, é o fracasso de um administrador. São pessoas que administram, e não ‘forças’ nem ‘fatos’. DRUCKER (2000). Diante disso, explica-se que a administração é um processo simples de tomada de decisão. Na visão de Drucker (1997), administração pode ser entendido como o processo de tomada de decisão e de controle sobre as ações dos indivíduos, para que as organizações possam atingir as metas definidas. Lembremos que Peter Drucker é considerado o pai da administração moderna, tendo instituído o chamado “PODC” (Planejamento, Organização, Direção e Controle). Para ele, a administração deve apoiar-se sobre uma teoria com rigor científico, em uma prática efetivamente aplicada. Em outras palavras, é necessário ter conhecimentos científicos e teóricos consistentes, ou seja, devemos saber “por que fazer”, “ o que fazer” e “como fazer” as coisas para que aconteçam. Destaca, também, que o administrador deve ser considerado o elemento chave, dinâmico e essencial de qualquer empresa, pois ela colabora, por meio da qualidade e do desempenho do seu trabalho, o sucesso ou o fracasso e, principalmente, a sobrevivência da empresa (DRUCKER, 2000). Diante de tudo que já foi exposto, pode-se dizer que a administração significa um processo para a tomada de decisões que deve resultar em ações de melhoria nas empresas. Para Maximiano (2015, p. 34), “[...] compreende cinco processos principais interligados: planejamento, organização, liderança [...], execução e controle”. Para Chiavenato (2007, p. 2), A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata do planejamento da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão do trabalho que ocorrem dentro de uma organização. CHIAVENATO (2007, p. 2). De acordo com o mesmo autor, “a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais” (CHIAVENATO, 2007, p. 11). Portanto, fica claro que, independente da variedade das definições e visões sobre administração, esta abrange ações como a preparação de planos, relatórios e projetos. Também, cabe ao administrador o papel de planejar, organizar, dirigir ou liderar e controlar as atividades, nos mais diversos tipos de organizações. 9WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 3 IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO A administração está presente em nosso cotidiano, tendo muita importância em nossas vidas. A maioria das pessoas nunca percebeu que a administração também está presente em nossas vidas. Por isso, não pode ser considerada um processo presente apenas nos negócios. Lacombe (2009, p. 13), “tudo acontece por meio de organizações; são as organizações que executam, de uma forma ou de outra, quase todas as atividades na sociedade moderna. As organizações complexas constituem um dos elementos mais importantes nas sociedades atuais”. Mesmo sem perceber, a administração está inserida em nosso dia a dia, pois tudo envolve administração. Nossas casas, por exemplo, para se manterem em ordem é necessário saber administrar, organizar, estabelecer regras e resolver problemas. É fato que os lares bem-sucedidos e pacíficos são aqueles bem administrados por seus membros ou pelos “chefes” de família. Aliás, nossos lares são bem parecidos com as empresas, pois possuem os chefes que decidem, estabelecem as normas e resolvem problemas, ou seja, administram. Assim como nas empresas ou em qualquer tipo de organização, as pessoasque convivem juntas em um mesmo ambiente precisam conviver em harmonia e trabalhar em equipe. No entanto, isso só é possível graças à nossa capacidade de administrar. Para entender a importância da administração é preciso compreender seu papel nas organizações e para a sociedade. Em outras palavras, as organizações têm objetivos a serem cumpridos e metas a serem alcançadas e os administradores vão decidir quais são os melhores recursos a serem utilizados para se chegar a tais objetivos. De acordo com Maximiano (2011), administração está relacionada ao processo de tomada de decisão sobre como alcançar as metas traçadas e o uso correto dos recursos. O processo de administrar é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. A última finalidade do processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos. Conforme cita Drucker (1980), administração é necessária em todas as escalas de utilização de recursos para realizarem objetivos. ” Em termos práticos, para Gamble e Thompson Jr. (2012), três questões devem nortear o trabalho de qualquer tipo de organização, que são: qual a situação atual do negócio, qual direção seguir e quais as estratégias que devem ser utilizadas. Em outras palavras, [...] a gestão estratégica de uma empresa se refere a como alcançar uma meta – como eliminar a concorrência; como reagir a mudanças, como administrar cada área funcional do negócio, como desenvolver recursos e competências importantes, como tirar vantagens das oportunidades de crescimento e como atingir os objetivos estratégicos e financeiros. GAMBLE E THOMPSON JR. (2012) Lembremos que o processo administrativo é importante em qualquer contexto na utilização de recursos. No entanto, a razão principal para estudá-lo diz respeito ao seu reflexo sobre o desempenho das organizações. Isto é, o principal motivo para que existam, é que certos objetivos só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas, pois, atualmente, as organizações assumiram tamanha importância na sociedade e na vida das pessoas, que não temos como pensar em organizações sem administradores. Muitos problemas que enfrentamos têm sua origem na inexistência ou ineficiência administrativa de alguma organização. Para Andrade e Aboni (2018) faz-se necessário o entendimento da gestão em condições de incerteza, instabilidade e imprevisibilidade. Essa condição, atual e complexa, propõe desafios para que qualquer gestor possa sobreviver e se manter competitivo. Estamos convivendo com situações que exigem trabalho em equipe de maneira colaborativa para que os negócios possam alcançar seus objetivos. 10WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Em outra perspectiva, as organizações bem administradas ou não, são muito importantes por causa do impacto que causam na qualidade de vida da população. É dramático o impacto do mau funcionamento de uma organização de grande porte sobre a sociedade em que está inserida, pois, muitas vezes pessoas perdem seu emprego ou recebem serviços péssima qualidade. Podemos afirmar que, atualmente, as organizações operam em ambientes instáveis, complexos e competitivos. Por isso, existe a necessidade de um constante aprimoramento no que se refere às questões de eficiência e eficácia. Podemos notar, também, o aumento da chamada administração empreendedora, que estimula as pessoas criarem seus negócios. Nesse contexto, a ideia da administração participativa ganha seu espaço como tendência, pois é preciso educar os funcionários a serem seus próprios gerentes na qual serão capazes de tomar decisões. Para Chiavenato (2021, p. 12) “a tarefa básica da administração é a de conseguir fazer as coisas por meio das pessoas e dos recursos disponíveis de maneira eficiente e eficaz. ” Em relação aos objetivos da administração, as instituições privadas ou públicas, com ou sem fins lucrativos, não existem por conta própria ou por acaso, mas para satisfazer alguma necessidade da sociedade, da comunidade ou de um indivíduo em particular. Em outras palavras, elas existem para cumprir uma finalidade social definida e certa. Lembremos que de acordo com Drucker (2006), os princípios básicos para administrar são: planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC), em que as principais funções administrativas são: • Fixar objetivos. • Analisar, conhecer os problemas. • Solucionar os problemas. • Organizar e alocar os recursos, tanto financeiros, quanto tecnológicos e humanos. • Liderar, comunicar, dirigir e motivar as pessoas. • Negociar. • Tomar decisões. • Controlar, mensurar e avaliar. De acordo com Maximiano (2015), as organizações possuem, de modo geral, as mesmas funções, ou seja, produção (ou operações), marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças e recursos humanos. Em outras palavras, podemos dizer que existem quatro áreas básicas de atuação da administração, que são: finanças, produção, marketing e recursos humanos. Porém o mercado abrange várias áreas do conhecimento na qual a administração é resultado de um processo de formação que passa por diversas áreas, desde as exatas, como matemática, até humanas como filosofia por exemplo. Assim, a administração é necessária para equilibrar objetivos pessoais e organizacionais, coordenar esforços e conseguir eficiência (capacidade de fazer certo as coisas) e eficácia (habilidade de fazer as coisas da maneira correta), ou ainda, atingir os objetivos utilizando-se dos recursos com eficiência e eficácia buscando a efetividade. 11WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 4 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Para Chiavenato (2021, p. 15) “tudo em administração depende da situação e das circunstâncias. Tudo nela é relativo devido à complexidade das organizações. Por isso, existem várias teorias a respeito da administração”. As teorias nos ensinam o que é relevante e o que devemos fazer em cada situação. Em resumo, “teorias científicas são declarações que predizem como o mundo real vai responder quando provocado de certa maneira” (CHIAVENATO, 2021, p. 16). Nos dias atuais, qualquer teoria da administração pode ser aplicada. Contudo, o administrador necessita compreendê-la e aplicá-la de modo a solucionar os problemas. De acordo com Rossés (2014), a importância e os motivos que nos levam a estudar as teorias da administração são os seguintes: 1. As teorias guiam as decisões administrativas: • Ajudam a entender os processos fundamentais; • Possibilitam escolher uma linha eficaz de ação; • Permitem prever, através de estudos de cenários, o que pode vir a acontecer; • Permitem o uso de diferentes teorias da administração em situações distintas. 2. As teorias dão forma à nossa visão das organizações: • Permitem identificar as ideias pelas quais tem-se a concepção do significado da palavra organização; • Permitem identificar a importância das pessoas dentro do processo administrativo; • Possibilitam verificar diferentes maneiras de realizar as tarefas de modo eficiente e eficaz. 3. As teorias nos conscientizam do ambiente empresarial: • À medida que se estudamos as teorias administrativas, percebemos que estas são um conjunto de forças presentes em um dado momento e lugar; • Este conhecimento possibilita compreendermos quais tipos de teoria são apropriadas em diferentes situações. 4. As teorias são uma fonte de novas ideias: • Permitem assumir um ponto de vista diferente com relação a novas ideias; • Destacam que não há nenhuma teoria mais importante que a outra, mas sim situações em que a utilização de uma é mais apropriada em relação às demais. 12WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA O Quadro 1 apresenta as principais teoriase seus respectivos enfoques. Quadro 1 - Teorias e seus respectivos enfoques. Fonte: Chiavenato (2021). Em suma, pode-se perceber que o estudo das teorias oferece ao administrador possibilidades de estabelecer como se estrutura, se coordena e se gerencia e também de que maneiras são geridas as pessoas em uma empresa. 4.1 Teoria Científica A Teoria Científica ou Administração científica é uma teoria da administração desenvolvida pelo americano Frederick Winslow Taylor, no fim do século XIX e início do século XX. Segundo Chiavenato (2021), Taylor, o fundador da Administração Científica, iniciou sua carreira como operário, passando a outros cargos maiores até chegar a ser engenheiro. Seu objetivo foi a aplicação do método científico na administração para garantir o melhor custo/ benefício aos sistemas produtivos. Suas teorias foram divulgadas, pela primeira vez, em 1903 com a publicação do livro “Administração de Oficinas”. Boas teorias permitem tanto ao estudante quanto ao profissional compreender melhor a forma de executar as tarefas ou simplesmente a tomada de decisão. A teoria é a base para a prática correta. Se você entender a teoria, saberá exatamente o porquê a prática deu certo! 13WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Sua teoria tinha como ênfase o chão de fábrica (tarefas) e como enfoque a produção no nível operacional. Em outras palavras, seu trabalho se deu no chão de fábrica junto ao operariado, voltado para a sua tarefa. De acordo com Rossés (2014), em seu segundo livro, Princípios de Administração Científica, publicado em 1911, Taylor apresenta seus principais estudos com maior ênfase em sua filosofia, trazendo a discussão dos quatro princípios fundamentais da administração científica: • Princípio de planejamento: substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos. Ao invés do improviso e do julgamento individual, surge a ideia do trabalho planejado e testado, ou seja, os movimentos decompostos, a fim de reduzir e racionalizar sua execução. • Princípio de preparo dos trabalhadores: selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e, depois, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. • Princípio de controle: controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e de acordo com as metas. • Princípio da execução: distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível. Taylor não confiava nos métodos tradicionais de trabalho, por isso ele sustentou seu sistema de administração no estudo dos tempos nas linhas de produção das fábricas. Na prática, ele cronometrou o tempo dos movimentos dos trabalhadores para realizar cada um desses princípios. Conforme Chiavenato (2021), a administração científica, na tentativa de substituir o método empírico de trabalho pelos métodos científicos estabeleceu 8 princípios, pertencentes a ORT (organização racional do trabalho): 1 – análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos; 2 – estudo da fadiga humana; 3 – divisão do trabalho e especialização do operário; 4 – desenho de cargos e tarefas; 5 – incentivos salariais e prêmios de produção; 6 – conceito de homo economicus; 7 – condições ambientais do trabalho; 8 – padronização. Mesmo com os métodos de Taylor aumentando em vários casos dramaticamente a produtividades e os salários, sindicatos e alguns trabalhadores se opuseram à sua abordagem, pois temiam que se trabalhassem mais rápido e com mais intensidade iria causar demissões. Nesta perspectiva, algumas críticas foram apresentadas ao modelo de Taylor, como contribui Rossés (2014): • Para os críticos, a administração científica transformou o homem em uma máquina. O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas. • A padronização do trabalho seria mais uma intensificação da “maquinização” humana do que uma forma de racionalizar o trabalho. • A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho. Porém, esse fato reduz sua satisfação, pois ele adquire uma visão limitada do processo. • A administração científica não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção. 14WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA • A administração científica propõe uma abordagem científica para a administração, no entanto ela mesma carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico. • A administração científica se restringe apenas aos aspectos formais da organização não abrangendo, por exemplo, o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais. • A administração científica trata da organização como um sistema fechado, sem considerar as influências externas. Contudo, o modelo de Taylor, representou sem dúvida um avanço significativo na forma de encarar a participação do trabalhador no processo da produção e, ainda hoje algumas das suas conclusões continuam sendo viáveis e sendo aplicadas no processo de produção. 4.2 Teoria Clássica A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol (1841-1925) e sua característica é a ênfase na estrutura organizacional que leva em consideração a visão do homem econômico e também a busca da eficiência máxima e o enfoque na organização formal, princípios gerais da administração e funções da administração. Saímos de uma abordagem mais simples e global e partimos para uma mais anatômica e estrutural. Na visão de Oliveira (2021), a Teoria Clássica partiu do todo organizacional para obter a eficiência dos negócios. Em resumo, a micro abordagem no nível individual das tarefas foi ampliada para o nível da organização e de sua estrutura organizacional. De acordo Chiavenato (2021), Fayol apresenta seis funções básicas que considera essenciais à toda empresa, essas funções são: • Técnicas – produção de bens ou serviços da empresa; • Comerciais – compra, venda e troca de bens; • Financeiras – procura e gerenciamento de capitais; • Segurança – proteção e preservação de bens; • Contábeis – inventários, registros, balanços, custos e estatísticas; • Administrativas – coordenam e comandam as outras cinco, constituindo-se na mais importante. Vamos discutir um pouco mais sobre o Taylorismo e o Fordismo? https://www.youtube.com/watch?v=kev0Dn9ryNo https://www.youtube.com/watch?v=kev0Dn9ryNo 15WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA De acordo com Rossés (2014), Fayol destacou, principalmente, a administração, porque acreditava que era a mais negligenciada das operações empresariais. Antes de Fayol, acreditava-se, geralmente, que os administradores nascem prontos, entretanto Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Segundo Chiavenato (2021): • Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação. • Organizar: articular o aspecto material e social da empresa. • Comandar: dirigir e orientar o pessoal. • Coordenar: fazer a devida articulação entre todos os esforços e atos das pessoas envolvidas na empresa. • Controlar: verificar se os procedimentos do pessoal estão de acordo com as regras e os princípios estabelecidos na empresa. Essas cinco funções administrativas podem ser observadas em qualquer nível ou departamento de uma empresa e quando unidas são consideradas a base do processo administrativo. Segundo Gil (2016), para melhor explicar suas ideias, Fayol estabeleceu 14 princípios que, segundo ele, norteiam o processo administrativo: 1. Divisão do trabalho – quanto mais as pessoasse especializarem, mais eficientemente podem realizar o seu trabalho. Este princípio é ilustrado pela linha moderna de montagem. 2. Autoridade – os administradores devem dar ordens para que as ações sejam feitas. Apesar de sua autoridade formal lhes dar o direito de comandar, os administradores nem sempre irão induzir à obediência, a não ser que tenham também autoridade pessoal. 3. Disciplina – os membros de uma organização precisam respeitar as regras e os acordos que a governam. Para Fayol, a disciplina resulta de uma boa liderança em todos os níveis da organização. 4. Unidade de comando – cada empregado deve receber instruções de apenas uma pessoa. Fayol acreditava que, quando um empregado responde a mais de um administrador, o resultado gera instruções conflitantes e confusões de autoridade. 5. Unidade de direção – em uma organização, as operações que têm o mesmo objetivo devem ser dirigidas apenas por um administrador, usando um único plano. 6. Subordinação do interesse individual ao bem comum – em qualquer empreendimento, os interesses dos empregados não devem ter precedência sobre os interesses da organização como um todo. 7. Remuneração – a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa, tanto para os empregados quanto para os empregadores. 8. Centralização – a diminuição do papel dos subordinados nas tomadas de decisão é a centralização. Fayol acreditava que os administradores devem ter a responsabilidade final, mas devem, ao mesmo tempo, dar aos subordinados autoridade suficiente para que realizem bem seus trabalhos. 16WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 9. Hierarquia – a linha de autoridade em uma organização, frequentemente representada por um organograma, vai, por ordem de escalões, da alta administração até os níveis mais baixos da empresa. 10. Ordem – os materiais e as pessoas devem estar no lugar certo e na hora certa. As pessoas, em particular, devem estar nos serviços ou cargos para os quais sejam mais capacitadas. 11. Equidade – os administradores devem ser amigáveis e justos para com seus subordinados. 12. Estabilidade de pessoal – uma alta taxa de rotatividade dos empregados estraga o funcionamento eficiente de uma organização. 13. Iniciativa – os subordinados devem ter a liberdade de conceber e concretizar seus planos, ainda que disso possam resultar alguns erros. 14. Espírito de equipe – a promoção de um espírito de equipe dará um sentido de unidade à organização. Para Fayol, até mesmo pequenos fatores podem ajudar a desenvolver esse espírito. Essa teoria, no entanto, sofreu algumas críticas como cita Chiavenato (2021): 1 – abordagem simplificada da organização formal; 2 – ausência de trabalhos experimentais, 3 – extremo racionalismo na concepção da administração; 4 – teoria da máquina; 5 – abordagem incompleta da organização e 6 – abordagem de sistema fechado. Em resumo, essa teoria permite uma visão simples e ordenada e seus princípios permitem a execução dos trabalhos com mais segurança e confiança. No entanto, pode ser considerada rígida, inflexível e conservadora. 4.3 Teoria das Relações Humanas A teoria das relações humanas, também conhecida como Escola Humanística da Administração, teve seu início nos Estados Unidos, “como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores” (CHIAVENATO, 2021, p. 97). Essa teoria teve como objetivo identificar a correlação entre a iluminação e a eficiência dos operários, usando como medida a produção da fábrica e foi um movimento de oposição à Teoria Clássica da Administração. De acordo com Rossés (2014), a abordagem humanista surgiu, em parte, porque a abordagem clássica não proporcionou suficiente eficiência de produção e harmonia no local de trabalho. Para a frustração dos administradores, as pessoas nem sempre seguiam os padrões de comportamento previstos ou esperados. Essa teoria tinha como ênfase as pessoas e como enfoque a organização informal, motivação, liderança, comunicação e dinâmica de grupo. A pesquisa teve maior enfoque na fadiga humana, nos acidentes de trabalho, na alta rotatividade de pessoal e no efeito das condições de trabalho sobre a produtividade. Ela se estendeu até 1932, devido a constatação de que seus resultados eram constantemente alterados por variáveis de natureza psicológica, fato que na época era estranho e não comprovado cientificamente. Como a duração da pesquisa foi longa, ela teve quatro fases, nas quais se pode comprovar com eficiência que a correlação pretendida não existia, pois, as operárias reagiam às experiências de acordo com suas suposições pessoais, ou seja, houve a sobreposição do fator psicológico ao fator fisiológico, e os pesquisadores passaram a se fixar no estudo das relações humanas, segundo Chiavenato (2021). 17WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Para Rossés (2014), a experiência de Hawthorne gerou um novo paradigma para os administradores mundiais. Suas conclusões mais importantes são: • Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a escola clássica, que colocava os fatores físicos como determinantes; • Comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações informais, cada empregado não age isoladamente; • As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e sanções não materiais; • O despertar para as relações humanas dentro das organizações; • A ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do comportamento; • A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas. Enfim, essa experiência proporcionou princípios básicos das relações humanas e conclui- se que o nível de produção é resultante da integração social, ou seja, é determinada pela capacidade física ou fisiológica do empregado. Algumas críticas dessa teoria podem ser resumidas, de acordo com Chiavenato (2012): 1 – oposição cerrada à teoria clássica, 2 – inadequada visualização dos problemas de relações industriais, concepção romântica e ingênua do operário; 4 – limitação do campo experimental; 5 – parcialidade das conclusões e 6 – ênfase nos grupos informais. 4.4 Teoria Burocrática Para Gil (2016), após o surgimento de várias críticas sobre as teorias organizacionais já existentes, principalmente a teoria clássica e a teoria das relações humanas, surge então a teoria burocrática. Esta tem o objetivo de ser sólida e abrangente, para servir de orientação para os administradores. Teve como ênfase a estrutura e como enfoque a racionalidade com adequação dos meios para alcance dos objetivos. A origem da Burocracia vem desde a antiguidade, contudo foi a partir da descoberta dos estudos de Max Weber, um economista e sociólogo alemão, autor do livro Sociologia da Burocracia, que a administração e seus estudiosos tomaram posse dos conceitos da teoria weberiana e ajustaram aos pressupostos organizacionais administrativos da época. De acordo com Chiavenato (2021), a teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de 1940 em função dos seguintes aspectos: • A fragilidade e a parcialidade das Teorias Clássica e das Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. • A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes e aplicável não somente à fábrica, mas todas as formas de organização humana, e principalmente às empresas. • O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais bem-definidos. Tanto a Teoria Clássica como a Teoriadas Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação. 18WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA • O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, seu criador. A sociologia da Burocracia propõe um modelo de organização. A teoria burocrática tem como base a racionalidade, ou seja, os meios são estabelecidos e analisados de forma totalmente formal e impessoal, com o objetivo de alcançarem os fins pretendidos. De acordo com Chiavenato (2021) a burocracia tem as seguintes características: 1. Caráter legal das normas e regulamentos: é baseada em legislação própria e previamente estabelecida e possui caráter legal, pois confere às pessoas nomeadas em cargos, poder de coação sobre os subordinados. 2. Caráter formal das comunicações: na burocracia, as comunicações, regras e decisões são escritas, criando a formalidade com o preenchimento de formulários e a rotina que advém desse procedimento. 3. Caráter racional e divisão do trabalho: a divisão do trabalho é sistemática e adequada aos objetivos pretendidos de máxima eficiência com cada funcionário e sua respectiva função, com suas atribuições e responsabilidades. 4. Impessoalidade nas relações profissionais: a distribuição das atividades é feita em termos de cargos e funções, e não pessoas envolvidas. 5. Hierarquia da autoridade: segundo o princípio da hierarquia, cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto superior. 6. Rotinas e procedimentos padronizados: as regras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante de cada cargo e suas atividades são executadas de acordo com as rotinas e procedimentos. 7. Competência técnica e por mérito: a escolha do profissional é feita por meio de méritos adquiridos e na competência técnica. 8. Especialização da administração: os administradores da burocracia não são seus donos ou acionistas, assim surgiu a especialidade de gerir o negócio. 9. Profissionalização dos participantes: cada funcionário da burocracia é um profissional especializado nas atividades do cargo que ocupa. 10. Completa previsibilidade do comportamento funcional: os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização e conforme o previsto. Para Chiavenato (2021), as vantagens da burocracia são: racionalidade dos objetivos, precisão na definição do cargo e na operação, rapidez nas decisões, única interpretação de informações recebidas, uniformidade de rotina e procedimentos, continuidade da organização, redução dos conflitos interpessoais, decisões tomadas nas mesmas circunstâncias, confiabilidade e benefícios para as pessoas da organização. Por outro lado, existem também consequências imprevistas e não desejadas, que podem ocorrer nessa teoria que não devem ser esquecidas, são anomalias de funcionamento, como as tensões internas, importantes para o contexto geral da organização. Dentre essas disfunções pode-se citar: • Internalização das regras e apego aos regulamentos. 19WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA • Excesso de formalismo e de papelada. • Resistência às mudanças. • Despersonalização do relacionamento. • Categorização como base do processo decisório. • Superconformidade às rotinas e aos procedimentos. • Exibição de sinais de autoridade. • Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público. Em resumo, pode-se concluir que Max Weber teve uma contribuição muito relevante para a organização das empresas e instituições, pois ele encontrou problemas nos processos de organização das empresas. 4.5 Teoria Estruturalista A Teoria Estruturalista teve origem a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez da teoria da burocracia, que foi considerado um modelo típico fechado, fundado em uma “teoria da máquina”. Foi a partir desse momento que criaram a Teoria Estruturalista, partindo de um desdobramento da Teoria da Burocracia como a Teoria das Relações Humanas. Esse novo modelo é considerado um sistema aberto no estudo das organizações e se relaciona com o ambiente e com outras organizações. De acordo com Chiavenato (2021), ao final da década de 1950, as Teorias Clássica e das Relações Humanas criaram situações sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de resolver. Então a Teoria Estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções na Administração. Ainda na visão de Chiavenato (2021), a Teoria Estruturalista teve os seguintes fatos como origem: • A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas. • A necessidade que a organização seja vista como uma grande e complexa unidade social, onde os grupos sociais interagem. • A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. • Novos conceitos de estrutura – conjuntos de dois ou mais elementos que permanece inalterado, na mudança ou na diversidade de um dos elementos. A Teoria Estruturalista teve como ênfase a estrutura e como enfoque uma múltipla abordagem: organização formal e informal; análise intraorganizacional e análise interorganizacional e está baseada no conceito de estrutura, ou seja, a organização como um todo composto por partes que se relacionam. Essa teoria mostra a ideia da sociedade das organizações. Em outras palavras, as organizações, tanto formais quanto informais, dependem uma das outras. A Teoria Estruturalista considera que as organizações estão em constante interação com o meio externo e que influencia o comportamento das pessoas. Também classifica as organizações como um sistema social cooperativo, ou seja, as pessoas estão sempre interagindo para conseguir os objetivos organizacionais. Sendo assim, ela é considerada como “sistemas abertos”. 20WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Vale ressaltar que essa teoria não considera somente os fatores externos, mas também os internos, sendo considerada uma organização flexível. Neste caso, as pessoas visam atender os objetivos tanto individuais como organizacionais, passando por conflitos e tendo que tomar decisões para tais objetivos. Para Oliveira (2012, p.182), a Teoria Estruturalista possui cinco contribuições, ou seja, tratamento dos fatores internos e externos, análise estruturada das mudanças nas organizações, identificação dos vários tipos de organizações, identificação dos conflitos organizacionais e “constatação de que a identificação de problemas e de necessidades de mudanças são fundamentais para manter o crescimento das organizações”. De acordo com Rossés (2014), a teoria estruturalista ofereceu as seguintes contribuições para os estudos organizacionais: • A oposição surgida entre a teoria clássica e a teoria das relações humanas, tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra. A teoria estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando- se na abordagem de Max Weber. • A necessidade de visualizar a organização como uma unidade social complexa na qual interagem grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da organização, mas podem se opor a outros. • A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. Na teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações sociais. • Novo conceito de estrutura. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado, seja na mudança ou seja na diversidade dos conteúdos, ou seja, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em algunscampos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes, são as características do estruturalismo. 4.6 Teoria Comportamental Para Chiavenato (2021, p. 305), [...]a teoria comportamental da administração trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional mais amplo. CHIAVENATO (2021, P. 305). Essa teoria tem como ênfase as pessoas e como enfoque os estilos de administração, ou seja, teoria das decisões, integração dos objetivos organizacionais e individuais. Segundo Chiavenato (2021), a teoria comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, para explicar o comportamento organizacional. 21WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Para os pesquisadores, para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações, os administradores precisam conhecer as necessidades humanas para melhor conhecer o seu próprio comportamento. Essa teoria também considerava indispensável a valorização do trabalhador em qualquer empreendimento baseado na cooperação. Essa teoria é composta por um complexo sistema de decisões, em que entendemos que todos os membros que fazem parte da empresa tomam decisões, e não somente o administrador. Cada membro tem uma participação racional e consciente, escolhe e toma decisões individuais sobre alternativas racionais de comportamento. Essa decisão é uma escolha entre possibilidades ou alternativas e ela acontece para aproveitar oportunidades ou sanar problemas. Rossés (2014) afirma que alguns autores ponderam seis elementos necessários ao processo decisório: • Tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção frente às várias existentes; • Objetivos: são os objetivos que o tomador de decisões busca atingir; • Preferências: para fazer a sua escolha, o tomador de decisões estabelece critérios, preferências; • Estratégia: é o caminho escolhido pelo tomador de decisões para o alcance de seus objetivos, com base nos recursos que lhes são disponíveis; • Situação: são os aspectos do ambiente que circunda o tomador de decisões; • Resultado: é o que se obteve com as estratégias utilizadas. Com isso, para que se consiga obter um resultado satisfatório ou não, o tomador de decisões precisa estabelecer preferências e formular estratégias para se conseguir o objetivo almejado. Enfim, a teoria estudada propiciou uma reformulação na teoria administrativa e ainda ampliou as dimensões dos estudos do comportamento direcionados para a ciência administrativa. Se o comportamento humano influencia nas tomadas de decisão de uma organização, então devemos conhecer profundamente cada colaborador dessa organização, principalmente o que os motiva a estar ali e a se dedicar ao ofício que escolheu. As necessidades e desejos de cada pessoa precisam ser consideradas. 22WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Figura 1 - Pirâmide das Necessidades de Maslow. Fonte: Chiavenato (2021). A Teoria Comportamentalista e a Motivação Humana Esta teoria teve como base principal a inserção de uma preocupação nos processos organizacionais e não na estrutura. Enfocaram a motivação humana por meio do conhecimento da teoria da Motivação de Maslow. Abraham Maslow, psicólogo norte-americano que viveu durante o período de 1908 a 1970, tentou identificar o que sustenta o comportamento humano. Propôs que a motivação do ser humano está relacionada a uma hierarquia de necessidades humanas. Dentro das necessidades propostas por Maslow o ser humano não busca a necessidade seguinte sem a anterior estar satisfeita. Foi definido na Teoria de Motivação descrita por Maslow um conjunto de cinco necessidades, são elas: • Necessidades fisiológicas, tais como a fome, sede, sexo, excreções; • Necessidades de segurança que vão desde a simples necessidade de estar seguro dentro de uma casa às formas mais elaboradas de segurança, como um emprego, uma religião, a ciência, dentre outras; • Necessidades de amor, afeição e sentimentos como o afeto, o carinho entre outros; • Necessidade de estima: o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros em face de nossa adequação frente às funções que desempenhamos. 23WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 4.7 Teoria Sistêmica Para Oliveira (2012, p. 221), A Teoria de Sistemas apresentou as organizações como “sistemas vivos e abertos”, ou seja, em contato interativo com as variáveis e fatores externos que estão no ambiente organizacional, bem como proporcionou uma metodologia de análise das diversas partes que compõem o sistema social organizacional, sem perder a visão e a noção do todo. OLIVEIRA (2012, P. 221). A Teoria Sistêmica surgiu entre 1950 e 1968 com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, cujo um dos trabalhos é conhecido como Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Seu objetivo é o de produzir teorias e formulações conceituais que sejam capazes de criar condições para aplicar na realidade empírica. A teoria tem como ênfase a tecnologia – é o foco das teorias que consideram a administração uma ciência e que busca das organizações às demandas e situações que ocorrem em seu contexto externo, tem como enfoque a administração da tecnologia (imperativo tecnológico). Umas das características dessa teoria é que ela não trata de maneira separada os inúmeros segmentos de uma organização, pelo contrário, ela enxerga a organização como um sistema composto por partes inter-relacionadas. Isto é, um sistema unificado e propositado. Rossés (2014) contribui dizendo que as organizações são, por definição, sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente compreendidas de forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre diversas variáveis internas e externas, que afetam seu comportamento. Por fim, a Teoria Sistêmica teve uma contribuição significativa para o desenvolvimento das organizações, pois as orientou para a busca do conhecimento global, do alcance de melhores resultados, com o ser humano na sua totalidade. 4.8 Teoria Contingencial A palavra contingência significa incerto ou eventual, que pode suceder ou não, ela refere- se a uma proposição que só pode ser conhecida pela experiência e pela evidência e não pela razão. Com isso, na Teoria da Contingência tudo é relativo, tudo depende, não tem nada de absoluto. Para Chiavenato (2021, p. 473) essa teoria “explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização”. Na visão de Rossés (2014), a abordagem contingencial vai mais longe do que a teoria de sistemas quando aborda a problemática do ambiente. Na teoria da contingência as condições de ambiente é que causam transformações no interior das organizações. Isto é, o ambiente explica o fenômeno organizacional. Essa teoria tem como ênfase o ambiente tecnológico e como enfoque a análise ambiental (imperativo ambiental), abordagem de sistema aberto. Segundo Rossés (2014), a abordagem contingencial, algumas vezes chamada de teoria situacional, foi desenvolvida por administradores, consultores e pesquisadores que tentaram aplicar os conceitos das principais escolas a situações reais, por exemplo: quando métodos altamente eficazes numa situação deixavam de funcionar em outras elesbuscavam uma explicação. Nessa teoria o administrador precisa identificar qual técnica será usada que melhor contribua para a obtenção dos objetivos da organização, considerando as especificidades da situação, das circunstâncias e a do momento. 24WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA De acordo com Chiavenato (2021), a Teoria da Contingência com as pesquisas para avaliar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. Como resultado, puderam concluir que a estrutura e o funcionamento da organização dependem da interface com o ambiente. E ainda que tudo é flexível não tendo um único jeito melhor de organizar. 25WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado aluno, nessa unidade concluímos os estudos que destacam a visão geral da administração e suas principais teorias. Com as constantes mudanças em nossa sociedade, a administração e o processo administrativo tornam-se cada vez mais indispensáveis para qualquer tipo de negócio, assim como o conhecimento das principais teorias administrativas e sua aplicabilidade. Várias foram as teorias tratadas aqui, dentre elas a clássica e a científica, a humanística e a burocrática, comportamental, sistêmica e contingencial. Enfim, foram muitas e todas elas com sua importância na história da administração e nos processos administrativos da atualidade. Depois que aprendemos sobre a evolução das teorias, precisamos entender suas aplicações e benefícios. Também devemos saber como se enquadram na realidade dos negócios para a resolução dos problemas. 2626WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 02 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................27 1 AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL ......................................................................................28 1.1 ORGANIZAÇÃO ........................................................................................................................................................28 1.2 AMBIENTE ..............................................................................................................................................................29 2 CARACTERÍSTICAS, TIPOS E FUNÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................... 31 3 O PROCESSO ADMINISTRATIVO (PODC) ..............................................................................................................35 4 PROCESSO DE TOMAR DECISÕES .........................................................................................................................36 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................38 AS ORGANIZAÇÕES E O PROCESSO ADMINISTRATIVO PROF. ME. RICARDO DANTAS LOPES ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E ECONOMIA 27WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Nessa segunda unidade vamos discutir o chamado processo administrativo. De modo mais simples, nosso foco será o PODC, ou seja, planejamento, organização, direção e controle. No entanto, é importante destacar que, para discutirmos o processo administrativo, não podemos deixar de falar sobre as organizações como um todo, sobre o conceito de organização, suas características, tipos e funções e também sobre o ambiente organizacional. Então, façamos uma pequena reflexão: Como é possível uma organização alcançar suas metas e objetivos sem ao menos fazer um planejamento? Imaginemos, então, uma empresa sem organização de seus ambientes corporativos, ou seja, uma empresa toda desorganizada, como seria? E quando não há direção e nem liderança? Ninguém manda, ninguém obedece, ou ninguém sabe quem é quem? E o controle? Imagine uma empresa que não controla seus gastos, por exemplo, está com certeza fadada ao fracasso absoluto. É por isso que nesta unidade iremos debater esses elementos. 28WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1 AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL 1.1 Organização Para Oliveira (2012, p. 9) “organização é a instituição legalmente constituída, com a finalidade de oferecer produtos e/ou serviços para outras organizações e/ou para os consumidores do mercado em geral”. É importante destacar que o mundo onde vivemos é um mundo de produtos (bens e serviços), oferecidos por diversas organizações, públicas, privadas com ou sem fins lucrativos e que toda a nossa sociedade vive por meio das organizações. Contribuindo com essa afirmativa, para Chiavenato (2004), nossa sociedade é composta por organizações e todas as atividades ligadas a produção de algum produto ou a prestação de algum serviço são planejadas dirigidas e executadas por organizações. Neste sentido, é fácil percebermos que as organizações assumiram papel determinante na sociedade. Em outras palavras, é impossível viver sem alguma relação com algum tipo de organização. Tente, por exemplo, fazer uma pequena lista das organizações com as quais você está envolvido, que se relaciona ou que interagiu no dia de hoje. Não é uma tarefa das mais difíceis não é mesmo? Vejamos alguns exemplos: Onde você trabalha? Se não trabalha, onde estuda? Os produtos que consumiu hoje em suas refeições, de onde vieram? De onde vem a água, energia elétrica, internet? E os serviços públicos que você utiliza? Pois bem, são inúmeros os exemplos de organizações a qual nos envolvemos no nosso dia a dia. Destacamos que o homem moderno passa a maior parte de seu tempo nas organizações das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu sustento, obter produtos e serviços que consome e necessita para o seu dia a dia. Dessa forma, pode-se dizer que uma organização compreende duas ou mais pessoas trabalhando juntas de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto de objetivos. Segundo Maximiano (2015), uma organização pode ser considerada um sistema de trabalho organizado, que transforma os mais diversos recursos em produtos ou serviços. Também, podemos destacar que, por meio de uma organização, podemos alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros. A organização então é o resultado da combinação de todos estes elementos orientados a um objetivo comum. Já para Moraes (2004, p. 91): [...]organizações são instituições sociais e a ação desenvolvida por membros é dirigida por objetivos. São projetadas como sistemas de atividades e autoridade, deliberadamente estruturados e coordenados, elas atuam de maneira interativa com o meio ambiente que as cerca. MORAES (2004, P. 91) De acordo com Chiavenato (2021), para que uma organização possa existir ela deve atender aos seguintes pré-requisitos: existirem pessoas aptas a se comunicarem; atuarem de forma conjunta e atingirem um objetivo comum. Por organização, também, entende-se que é o agrupamento de pessoas que se reuniram de forma estruturada e deliberada e em associação, traçando metas para alcançarem objetivos planejados e comuns a todos os seus membros, segundo Lacombe (2003). É importante lembrar que a administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades que ocorrem dentro de uma empresa/organização. Em outras palavras, administrar significa ação e a organização é o objetivo, pois uma organizaçãosomente atinge seu propósito e seus objetivos quando bem administrada. 29WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1.2 Ambiente Quando falamos em empresas e organizações não podemos esquecer de destacar a importância do chamado ambiente organizacional. Para Chiavenato (2021), diz respeito ao contexto que envolve externamente a organização. Como as organizações são sistemas abertos, é no ambiente externo que ocorrem as influências nos negócios. Em outras palavras, temos que entender que todas as organizações estão sujeitas às influências do ambiente e, por isso, sua análise é fundamental para que a gestão possa ser orientada para o alcance dos resultados almejados. É por meio da análise ambiental que se consegue definir os diferentes cenários competitivos e com base neles as ações a serem realizadas. A interação entre a organização e o ambiente é fundamental para o alcance dos resultados, assim como as relações externas entre uma organização e outras organizações no ambiente. O ambiente em que as organizações atuam proporciona a elas várias vantagens, mas também grandes riscos que precisam ser administrados. Figura 1 - Ambiente Organizacional. Fonte: Mavsaouzaa (2015). As organizações podem adaptar-se e mudar para cumprir requisitos ambientais (adaptativa) ou podem alterar o ambiente, para que ele fique adequado às capacidades delas (processo político). A importância da análise ambiental se fortalece com base na necessidade que as organizações têm em conhecer o ambiente em que atuam. É por meio dessa análise que se pode identificar possíveis ameaças, oportunidades, restrições e contingências importantes e que não devem nunca ser ignoradas. É comum a divisão do ambiente externo das organizações em duas partes: macroambiente e microambiente. O ambiente interno refere-se à organização com suas características, potencialidades (pontos fortes) e limitações (pontos fracos), pois é o ambiente que determina como a organização deve funcionar, além de determinar as mudanças necessárias, a fim de alcançar seus objetivos gerais e específicos. 30WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Para Chiavenato (2021) o macroambiente ou ambiente geral é constituído por um conjunto bastante amplo de condições e fatores que influenciam e são influenciados pelas diversas organizações existentes no mercado. Muitas oportunidades e ameaças surgem deste macroambiente, em constante transformação. As variáveis que compõem este ambiente são as tecnológicas, político-legais, socioculturais, econômicas, demográficas e ecológicas. Figura 2 - Ambiente geral e de tarefa. Fonte: Chiavenato (2021) Em se tratando do microambiente, Chiavenato (2021) destaca que também é conhecido como ambiente de tarefa e compreende o meio específico em que a empresa opera. Ele envolve outras empresas, instituições, grupos e indivíduos com quem se mantém um relacionamento mais próximo e que possibilite a sua operação de modo a propiciar benefícios mútuos, na qual interagem e se ajudam. É muito importante e decisivo para o sucesso da organização que ela saiba identificar as oportunidades que venham a surgir, como também se defender e saber reagir às ameaças inerentes neste ambiente. Neste sentido, é necessário obter informações sobre os componentes desse ambiente, ou seja, fornecedores, clientes ou usuários, concorrentes e entidades reguladoras (CHIAVENATO, 2021). O ambiente interno é o nível de ambiente que possui implicação imediata e específica na administração da organização. A análise desse ambiente tem por finalidade identificar e destacar as qualidades (pontos fortes) e as deficiências (pontos fracos) da empresa, chamadas de variáveis controláveis e que são determinadas diante da sua atual posição produto-mercado. Dentre os fatores que devemos levar em consideração para a definição do ambiente interno da empresa podemos citar os seguintes: • Aspectos organizacionais – rede de comunicação; estrutura da organização; registro dos sucessos; hierarquia de objetivos, política, procedimentos e regras; habilidade da equipe administrativa. • Aspectos do pessoal – relações trabalhistas; práticas de recrutamento; programas de treinamento; sistema de avaliação de desempenho; sistema de incentivos; rotatividade e absenteísmo. 31WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA • Aspectos de marketing – segmentação do mercado, estratégia do produto, estratégia de preço, estratégia de promoção, estratégia de distribuição. • Aspectos de produção – layout das instalações da fábrica; pesquisa e desenvolvimento; uso de tecnologia; aquisição de matéria-prima; controle de estoques; uso de subcontratação. • Aspectos financeiros – liquidez; lucratividade; atividades; oportunidades de investimento. O diagnóstico do ambiente interno corresponde a uma análise de como a empresa se encontra e o quanto ela está preparada para enfrentar os desafios que possam surgir nos confrontos com seus concorrentes. MATRIZ SWOT Ambiente interno FORÇAS / Strengths FRAQUEZAS / Weaknesses Ambiente externo OPORTUNIDADES / Opportunities AMEAÇAS / Threats Quadro 1 - Matriz SWOT. Fonte: O autor. 2 CARACTERÍSTICAS, TIPOS E FUNÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES Para Maximiano (2015), organizações existem com o objetivo de fornecer produtos ou serviços. Podem ser classificadas de acordo com vários critérios, ou seja, por tamanho, por natureza jurídica, por área de atuação, entre outros. Segundo Moraes (2004), os elementos humanos e materiais, que fazem parte das organizações, possuem forte ligação e interdependência do meio ambiente, no qual estão inseridas, e a este fazendo trocas constantes. Assim como as pessoas são únicas, as organizações são diferentes entre si, ou seja, não existem duas com as mesmas características, elas podem perdurar meses, anos, décadas ou séculos, sobrevivendo aos seus fundadores ou podem desaparecer rapidamente pelo simples fato de que não são sistemas perfeitos ou também por não terem sido bem administradas. Como podemos ver, as organizações são criadas para prover produtos e serviços. De acordo com Moraes (2004), podem ser de natureza econômica ou social. De natureza econômica são as organizações que têm caráter específico de empresa e buscam finalidade lucrativa, assumem riscos, e são dirigidas por uma filosofia de negócios. Já as de natureza social são as organizações voltadas às ações comuns ou de utilidade pública, fundamentam-se na aceitação dos valores e das normas sociais, sem finalidade lucrativa, existem para servir a sociedade e suprir lacunas sociais muitas vezes não supridas pelo estado. A matriz SWOT é uma ferramenta de análise do ambiente organizacional. Por meio dela, podemos dividir a análise do ambiente do negócio em duas partes, ou seja, ambiente interno, para se avaliar as forças e fraquezas e ambiente externo, para se avaliar as oportunidades e ameaças. 32WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Segundo Maximiano (2015) estão representadas por: • Organizações do Governo: são administradas pelo governo e possuem como objetivo prestar serviços à comunidade em geral. São mantidas pela arrecadação de impostos, taxas e contribuições. • Organizações Empresariais: são organizações que têm como finalidade o lucro na produção e/ou comercialização de bens e serviços, podendo ser classificadas de acordo com o seu tamanho, natureza jurídica e área de atuação. São criadas com recursos próprios (dos proprietários em forma de capital social) e também com recursos de terceiros, como fornecedores e credores em geral (como empréstimos e financiamentos). O seu resultado é distribuído aos sócios e o restanteé mantido como reservas de lucros para a empresa. • Organizações do Terceiro Setor: são as organizações de utilidade pública, sem fins lucrativos e são criadas por pessoas sem vínculo com o governo. Entre elas estão as ONGs (organizações não-governamentais) e outras entidades com fins filantrópicos. Considerando a discussão sobre as organizações, devemos chamar atenção para duas postulações importantes desse contexto, ou seja, as organizações e seus níveis e as organizações e suas áreas. Independentemente de sua natureza ou tamanho, as organizações possuem três níveis hierárquicos ou classes de problemas que precisam resolver e a responsabilidade pela solução desses problemas é atribuída a essas três diferentes partes ou níveis hierárquicos que são: Nível institucional ou estratégico – corresponde ao nível mais elevado, composto pelos diretores, proprietários ou acionistas e pelos altos executivos e, em algumas empresas este nível envolve ainda o conselho administrativo. O nível estratégico é responsável por estabelecer objetivos, verificar e analisar alternativas estratégicas, tomar decisões globais e elaborar o planejamento estratégico e as políticas organizacionais de longo prazo. Para Jones e George (2012, p. 10) “os altos executivos são responsáveis pelo desempenho de todos os departamentos”. Também definem os objetivos da organização e como os recursos serão utilizados e quais ações implantadas para que as metas sejam alcançadas. Nível intermediário ou tático – está localizado entre o nível institucional e o operacional, cuida da articulação interna entre os dois níveis que respectivamente, estão situados no topo e na base da organização. Cabe a este nível administrar o nível operacional e cuidar das decisões aos níveis departamentais relacionados com o dimensionamento e alocação dos recursos necessários às atividades da organização. É também responsável por estabelecer objetivos setoriais ou departamentais, verificar e analisar alternativas táticas, elaborar e implementar planos táticos e avaliar resultados, e relaciona-se às ações de médio prazo. De acordo com Jones e George (2012, p. 10), os gerentes intermediários pertencem a esse nível da organização. Eles são responsáveis por encontrar a melhor maneira de organizar os recursos humanos e os outros tipos de recursos para atingir os objetivos da organização”. Nível operacional – é o que se localiza nas áreas inferiores. Relaciona-se com os problemas ligados à execução de tarefas e operações, com materiais a serem processados e com a cooperação de diversos especialistas necessários ao andamento dos trabalhos. É o nível em que as tarefas são executadas e as operações realizadas. Também é verificado e analisado alternativas operacionais, além de avaliar, planejar e replanejar a ação diária, também implementa a ação do dia-a-dia e avalia resultados do cotidiano, relaciona-se com as ações de curto prazo. Segundo Jones e George (2012), os gerentes desse nível da empresa são responsáveis pela supervisão dos funcionários e não possuem responsabilidade gerencial. 33WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Chiavenato (2021, p.3) estabelece uma relação entre as habilidades necessárias de um administrador e os níveis hierárquicos das organizações. As habilidades técnicas “envolvem” o uso de conhecimento e aplicação de técnicas relacionadas com o trabalho e sua realização. É o caso de habilidades em produzir algo, uso do computador para planejar, organizar etc.”. Já as habilidades humanas são relacionadas ao trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais. Finalmente as conceituais [...]envolvem a visão da organização ou da unidade organizacional como uma totalidade, facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias, modelos e abstrações. Constituem o aspecto soft e permitem visualizar as várias funções da organização, complementá-las entre si, como a organização se relaciona com seu ambiente, e como as mudanças em uma parte da organização afetam o restante dela. CHIAVENATO (2021, P.3). A Figura 3 destaca a relação entre as habilidades do administrador e os níveis hierárquicos das organizações. Figura 3 - Habilidades do administrador. Fonte: Chiavenato (2021). Para que as organizações funcionem adequadamente e atinjam seus objetivos, é necessário que as tarefas ou funções especializadas sejam executadas. Outro componente tão importante, que são as áreas ou unidades organizacionais, ou ainda as tarefas especializadas que as pessoas e os grupos executam, para que a organização consiga realizar seus objetivos. As principais funções organizacionais são: • Marketing: processo que analisa e determina quais produtos ou serviços serão ofertados e/ou desenvolvidos e que poderão interessar aos consumidores. Também, a estratégia que será utilizada nas vendas, comunicações e no desenvolvimento do negócio. A finalidade do marketing é criar valor e satisfação no cliente, gerir relacionamentos lucrativos para ambas as partes. As atividades de um gestor de marketing abrangem um leque muito grande de atividades, desde o estudo de mercado, como atividade base, definição de estratégias, comunicação, vendas e pós-venda (OLIVEIRA, 2019). • Produção: área responsável, segundo Oliveira (2019) pela transformação dos insumos em produtos ou serviços, ou seja, estuda e desenvolve técnicas de gestão da produção de bens e serviços. A função de produção se preocupa, principalmente, com os seguintes pontos: 34WWW.UNINGA.BR AD M IN IS TR AÇ ÃO , E M PR EE ND ED OR IS M O E EC ON OM IA | U NI DA DE 2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA estratégia de produção, projeto de produtos e serviços, sistemas de produção, arranjos produtivos, ergonomia; estudo de tempos e movimentos; planejamento da produção, planejamento e controle de projetos e produtos. • Finanças: responsável pela proteção e a utilização eficaz, coerente e otimizada dos recursos financeiros, o que inclui a maximização do retorno dos acionistas e diretores envolvidos. É uma técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de crédito para clientes, planejamento, análise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da organização. Em resumo, gerencia os recursos econômicos com a finalidade de maximizar valor de mercado da empresa e a remuneração de seus acionistas e investidores (OLIVEIRA, 2019). • Recursos humanos: área responsável é formada por um conjunto de habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com objetivo de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano. Tem por finalidade selecionar, gerir e nortear os colaboradores na direção dos objetivos e metas da empresa. Seu objetivo mais básico é alinhar as políticas de gestão de pessoas com a estratégia da organização. Também, para Ribeiro (2019, p.3) tem uma missão “projetar no mercado o nome da empresa como um lugar excelente para se trabalhar, altamente interessante e atrativo para todos os profissionais capazes e talentosos”. Já para Maximiano (2011), as principais funções organizacionais e que são coordenadas pela administração geral da empresa são: • Produção (operações) – tem como objetivo transformar insumos (matérias-primas e outros) em produtos ou serviços para suprir as necessidades dos clientes. Há três tipos de processos produtivos: produção em massa e em grandes lotes; produção por processo contínuo; e produção unitária e em pequenos lotes; • Marketing – estabelece relações entre a organização e seus clientes. Abrange as diferentes atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos, distribuição, preço e promoção (publicidade e propaganda); • Pesquisa e desenvolvimento
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