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Administração, Empreendedorismo e Economia

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ADMINISTRAÇÃO, 
EMPREENDEDORISMO E 
ECONOMIA
PROF. ME. RICARDO DANTAS LOPES
PROF. GALILEU LIMONTA MAIA
PROF. DR. MARCOS AURÉLIO BRAMBILLA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Edson Dias Vieira
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Camila Cristiane Moreschi
Danielly de Oliveira Nascimento
Fernando Sachetti Bomfim
Luana Luciano de Oliveira
Patrícia Garcia Costa
Renata Rafaela de Oliveira
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................5
1 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................................................6
2 CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................... 7
3 IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO ..............................................................................................9
4 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO............................................................................................................................... 11
4.1 TEORIA CIENTÍFICA .............................................................................................................................................. 12
4.2 TEORIA CLÁSSICA ................................................................................................................................................ 14
4.3 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ................................................................................................................... 16
4.4 TEORIA BUROCRÁTICA ........................................................................................................................................ 17
4.5 TEORIA ESTRUTURALISTA .................................................................................................................................. 19
4.6 TEORIA COMPORTAMENTAL ..............................................................................................................................20
PRINCÍPIOS E TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
 PROF. ME. RICARDO DANTAS LOPES
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E 
ECONOMIA
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
4.7 TEORIA SISTÊMICA ..............................................................................................................................................23
4.8 TEORIA CONTINGENCIAL ....................................................................................................................................23
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................25
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Iniciaremos nosso estudo com os princípios e definições sobre o processo de gestão 
das organizações. Em outras palavras, vamos discutir e analisar a seguinte questão: o que é 
administração? Uma das respostas tem relação com a resolução de problemas complexos. Em 
linhas gerais, o processo de gestão ocupa-se da avaliação da realidade dos negócios e da busca 
por soluções para as diversas situações conflituosas. A assertividade da gestão gera empresas mais 
competitivas e com mais valor de mercado. 
Nesse sentido, nosso estudo nos leva a pensar em formas de como uma organização deve 
ser gerida. Administrar é complexo e depende de muitos fatores e conhecimento e capacidade 
analítica dos gestores. Atingir uma meta ou objetivo depende de uma administração de excelência. 
Também, vamos estudar as Teorias da Administração, tendo como foco principal 
o respectivo desenvolvimento histórico e a aplicabilidade atual. Veremos que elas podem 
ser agrupadas de acordo com algumas variáveis, ou seja, as tarefas, a estrutura, as pessoas, o 
ambiente, a tecnologia e a competitividade. Todas as teorias são válidas e podem ser utilizadas no 
atual contexto dos negócios. Em resumo, todas elas foram criadas com o objetivo de resolver os 
problemas industriais e corporativos.
Lembremos que até nossa própria vida cotidiana precisa ser administrada para que 
não seja um grande fracasso. Nossa carreira precisa ser administrada, nosso dinheiro, e até 
nossos problemas! Imaginem então como seria uma organização ou empresa qualquer sem 
administração? Um caos com toda certeza. 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre algumas questões históricas da administração, 
vamos entender a definição básica do termo. Isto é:
É o sistema estruturado e intuitivo que consolida um conjunto de princípios, 
processos e funções para alavancar, harmoniosamente, o planejamento de 
situações futuras desejadas e seu posterior controle e avaliação de eficiência, 
eficácia e efetividade, bem como a organização – estruturação – e o 
direcionamento dos recursos das empresas – principalmente as pessoas – para 
os resultados esperados, com o mínimo de conflitos interpessoais. OLIVEIRA 
(2019, p. 1).
Em síntese, devemos entender a gestão das organizações como o processo necessário para 
atingir as metas e objetivos estratégicos por meio das pessoas. Para isso, os resultados devem ser 
medidos para verificar o sucesso na geração dos resultados e valor para os negócios. 
Voltando às questões históricas, o ato de administrar foi crucial para o desenvolvimento 
da humanidade. Para Maximiano (2015, p. 22), 
A administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos 
humanos. As teorias e técnicas da administração, que você estuda agora, 
surgiram e vêm se aprimorando há muito tempo, desde que os administradores 
do passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de soluções para 
resolvê-los. MAXIMIANO (2015, p. 22), 
 
Mesmo as mais primitivas civilizações já adotavam técnicas e ferramentas administrativas 
para atingir seus objetivos. Em resumo, desde os primórdios da humanidade as pessoas 
administram as mais variadas situações recursos e problemas. Por exemplo, como explicar obras 
complexas feitas por antigas civilizações como as Pirâmidesdo Egito (1640 a.C.) e as Muralhas da 
China (220 a.C.)? Com certeza, nenhuma delas seria possível sem o uso da administração.
Podemos destacar, na história, que sempre existiu alguma forma de associação entre os 
homens para o alcance de objetivos comuns. Sem esse esforço coletivo, ou seja, isoladamente, as 
metas não seriam cumpridas. Em síntese, o processo de administrar está vinculado a qualquer 
situação em que existam pessoas fazendo o uso de recursos para atingir determinado objetivo. 
Em termos efetivos, Maximiano (2015) destaca cinco grandes eventos da história que 
contribuíram para o desenvolvimento da administração, são eles: a revolução urbana, Grécia, 
Roma o Renascimento e a Revolução Industrial. 
Para terminar essa parte, devemos discutir a seguinte questão. Qual o benefício que a 
administração gera para as empresas? Como resposta, podemos elencar alguns aspectos, segundo 
Oliveira (2019):
• Proporciona maior sustentação e qualidade para a tomada de decisão;
• Proporciona conhecimento sobre como gerenciar as pessoas;
• Amplia a capacidade analítica da realidade por parte dos gestores;
• Colabora com o desenvolvimento sustentável dos negócios. 
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
2 CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO
Já discutimos alguns aspectos históricos da administração e entendemos que, de acordo 
com Afonso e Ferrari (2018, p. 15), “a administração foi a responsável pelo desenvolvimento 
econômico e tecnológico no mundo, mostrando como inovações, tecnologias e ferramentas 
podem ser utilizadas e transformadas em resultados”. Nessa perspectiva, podemos entender que 
a administração visa analisar os objetivos estabelecidos pelas organizações para realizar ações que 
permitam alcançá-los. Essas ações, por sua vez, devem levar em consideração os princípios de 
planejamento, organização, direção e controle dos esforços.
Mas, em resumo, como podemos entender o que é administração? Podemos afirmar que 
a Administração é uma ciência social aplicada, responsável pelo planejamento, organização, direção 
e controle dos recursos (humanos, financeiros, materiais, entre outros) de uma organização.
É possível encontrar muitas outras definições, de acordo com Jones e George (2012, p. 
25), administração pode ser entendida como o “planejamento, a organização, a liderança e o 
controle dos recursos humanos e de outros recursos para que se atinjam os objetivos de modo 
eficiente e eficaz”. Segundo Chiavenato (2007, p. 3), “a administração é o veículo pelo qual as 
organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações 
para chegar ao êxito no alcance de resultados”. E ele ainda afirma que, administrar significa “criar 
condições ideais de solidariedade para que as pessoas possam se ajudar mutuamente e gerar valor 
e riqueza de modo eficiente e eficaz”.
Qual a diferença entre eficácia e eficiência?
Você já se confundiu com a definição desses dois termos? Na área dos negócios 
possuem significados diferentes. Em termos efetivos, a eficiência está relacionada 
em fazer certo as coisas (nível operacional). Já eficácia, consiste em fazer as 
coisas certas (nível gerencial).
Disponível em: 
h t t p s : // i n t e g r a d a . m i n h a b i b l i o t e c a . c o m . b r / # /
books/9788550816081/.
Acesso em: 23 de abril de 2021.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788550816081/
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Para Maximiano (2015, p. 25),
A administração é o processo ou atividade dinâmica, que consiste em tomar 
decisões sobre objetivos e recursos. O processo de administrar (ou processo 
administrativo) é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando 
recursos para atingir algum tipo de objetivo. A finalidade última do processo 
de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de 
recursos. MAXIMIANO (2015, P. 25).
Já segundo Drucker (2000),
Administrar significa assumir tarefas. Significa disciplina. Mas significa também 
gente. Cada realização da administração é a realização de um administrador. 
Cada fracasso, é o fracasso de um administrador. São pessoas que administram, 
e não ‘forças’ nem ‘fatos’. DRUCKER (2000).
Diante disso, explica-se que a administração é um processo simples de tomada de decisão. 
Na visão de Drucker (1997), administração pode ser entendido como o processo de tomada de 
decisão e de controle sobre as ações dos indivíduos, para que as organizações possam atingir as 
metas definidas. 
Lembremos que Peter Drucker é considerado o pai da administração moderna, tendo 
instituído o chamado “PODC” (Planejamento, Organização, Direção e Controle). Para ele, a 
administração deve apoiar-se sobre uma teoria com rigor científico, em uma prática efetivamente 
aplicada. Em outras palavras, é necessário ter conhecimentos científicos e teóricos consistentes, 
ou seja, devemos saber “por que fazer”, “ o que fazer” e “como fazer” as coisas para que aconteçam. 
Destaca, também, que o administrador deve ser considerado o elemento chave, dinâmico e 
essencial de qualquer empresa, pois ela colabora, por meio da qualidade e do desempenho do 
seu trabalho, o sucesso ou o fracasso e, principalmente, a sobrevivência da empresa (DRUCKER, 
2000).
Diante de tudo que já foi exposto, pode-se dizer que a administração significa um 
processo para a tomada de decisões que deve resultar em ações de melhoria nas empresas. Para 
Maximiano (2015, p. 34), “[...] compreende cinco processos principais interligados: planejamento, 
organização, liderança [...], execução e controle”. 
Para Chiavenato (2007, p. 2),
A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de 
uma organização seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata do 
planejamento da organização (estruturação), da direção e do controle de todas 
as atividades diferenciadas pela divisão do trabalho que ocorrem dentro de uma 
organização. CHIAVENATO (2007, p. 2).
De acordo com o mesmo autor, “a administração é o processo de planejar, organizar, 
dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais” (CHIAVENATO, 
2007, p. 11). Portanto, fica claro que, independente da variedade das definições e visões sobre 
administração, esta abrange ações como a preparação de planos, relatórios e projetos. Também, 
cabe ao administrador o papel de planejar, organizar, dirigir ou liderar e controlar as atividades, 
nos mais diversos tipos de organizações.
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3 IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO
A administração está presente em nosso cotidiano, tendo muita importância em nossas 
vidas. A maioria das pessoas nunca percebeu que a administração também está presente em 
nossas vidas. Por isso, não pode ser considerada um processo presente apenas nos negócios.
Lacombe (2009, p. 13), “tudo acontece por meio de organizações; são as organizações 
que executam, de uma forma ou de outra, quase todas as atividades na sociedade moderna. As 
organizações complexas constituem um dos elementos mais importantes nas sociedades atuais”.
Mesmo sem perceber, a administração está inserida em nosso dia a dia, pois tudo envolve 
administração. Nossas casas, por exemplo, para se manterem em ordem é necessário saber 
administrar, organizar, estabelecer regras e resolver problemas. É fato que os lares bem-sucedidos 
e pacíficos são aqueles bem administrados por seus membros ou pelos “chefes” de família. 
Aliás, nossos lares são bem parecidos com as empresas, pois possuem os chefes que decidem, 
estabelecem as normas e resolvem problemas, ou seja, administram.
Assim como nas empresas ou em qualquer tipo de organização, as pessoasque convivem 
juntas em um mesmo ambiente precisam conviver em harmonia e trabalhar em equipe. No 
entanto, isso só é possível graças à nossa capacidade de administrar. Para entender a importância 
da administração é preciso compreender seu papel nas organizações e para a sociedade. Em 
outras palavras, as organizações têm objetivos a serem cumpridos e metas a serem alcançadas e 
os administradores vão decidir quais são os melhores recursos a serem utilizados para se chegar 
a tais objetivos. 
De acordo com Maximiano (2011), administração está relacionada ao processo de tomada 
de decisão sobre como alcançar as metas traçadas e o uso correto dos recursos. O processo de 
administrar é inerente a qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir 
algum tipo de objetivo. A última finalidade do processo de administrar é garantir a realização 
de objetivos por meio da aplicação de recursos. Conforme cita Drucker (1980), administração é 
necessária em todas as escalas de utilização de recursos para realizarem objetivos. ” 
Em termos práticos, para Gamble e Thompson Jr. (2012), três questões devem nortear o 
trabalho de qualquer tipo de organização, que são: qual a situação atual do negócio, qual direção 
seguir e quais as estratégias que devem ser utilizadas. Em outras palavras, 
[...] a gestão estratégica de uma empresa se refere a como alcançar uma meta 
– como eliminar a concorrência; como reagir a mudanças, como administrar 
cada área funcional do negócio, como desenvolver recursos e competências 
importantes, como tirar vantagens das oportunidades de crescimento e como 
atingir os objetivos estratégicos e financeiros. GAMBLE E THOMPSON JR. 
(2012)
Lembremos que o processo administrativo é importante em qualquer contexto na 
utilização de recursos. No entanto, a razão principal para estudá-lo diz respeito ao seu reflexo 
sobre o desempenho das organizações. Isto é, o principal motivo para que existam, é que certos 
objetivos só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas, pois, 
atualmente, as organizações assumiram tamanha importância na sociedade e na vida das pessoas, 
que não temos como pensar em organizações sem administradores.
Muitos problemas que enfrentamos têm sua origem na inexistência ou ineficiência 
administrativa de alguma organização. Para Andrade e Aboni (2018) faz-se necessário o 
entendimento da gestão em condições de incerteza, instabilidade e imprevisibilidade. Essa 
condição, atual e complexa, propõe desafios para que qualquer gestor possa sobreviver e se manter 
competitivo. Estamos convivendo com situações que exigem trabalho em equipe de maneira 
colaborativa para que os negócios possam alcançar seus objetivos.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Em outra perspectiva, as organizações bem administradas ou não, são muito importantes 
por causa do impacto que causam na qualidade de vida da população. É dramático o impacto do 
mau funcionamento de uma organização de grande porte sobre a sociedade em que está inserida, 
pois, muitas vezes pessoas perdem seu emprego ou recebem serviços péssima qualidade.
Podemos afirmar que, atualmente, as organizações operam em ambientes instáveis, 
complexos e competitivos. Por isso, existe a necessidade de um constante aprimoramento no que 
se refere às questões de eficiência e eficácia. Podemos notar, também, o aumento da chamada 
administração empreendedora, que estimula as pessoas criarem seus negócios. Nesse contexto, a 
ideia da administração participativa ganha seu espaço como tendência, pois é preciso educar os 
funcionários a serem seus próprios gerentes na qual serão capazes de tomar decisões.
Para Chiavenato (2021, p. 12) “a tarefa básica da administração é a de conseguir fazer 
as coisas por meio das pessoas e dos recursos disponíveis de maneira eficiente e eficaz. ” Em 
relação aos objetivos da administração, as instituições privadas ou públicas, com ou sem fins 
lucrativos, não existem por conta própria ou por acaso, mas para satisfazer alguma necessidade 
da sociedade, da comunidade ou de um indivíduo em particular. Em outras palavras, elas existem 
para cumprir uma finalidade social definida e certa. 
Lembremos que de acordo com Drucker (2006), os princípios básicos para administrar 
são: planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC), em que as principais funções administrativas 
são:
• Fixar objetivos.
• Analisar, conhecer os problemas.
• Solucionar os problemas.
• Organizar e alocar os recursos, tanto financeiros, quanto tecnológicos e humanos.
• Liderar, comunicar, dirigir e motivar as pessoas.
• Negociar.
• Tomar decisões.
• Controlar, mensurar e avaliar.
De acordo com Maximiano (2015), as organizações possuem, de modo geral, as mesmas 
funções, ou seja, produção (ou operações), marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças e 
recursos humanos. Em outras palavras, podemos dizer que existem quatro áreas básicas de atuação 
da administração, que são: finanças, produção, marketing e recursos humanos. Porém o mercado 
abrange várias áreas do conhecimento na qual a administração é resultado de um processo de 
formação que passa por diversas áreas, desde as exatas, como matemática, até humanas como 
filosofia por exemplo.
Assim, a administração é necessária para equilibrar objetivos pessoais e organizacionais, 
coordenar esforços e conseguir eficiência (capacidade de fazer certo as coisas) e eficácia (habilidade 
de fazer as coisas da maneira correta), ou ainda, atingir os objetivos utilizando-se dos recursos 
com eficiência e eficácia buscando a efetividade.
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4 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Para Chiavenato (2021, p. 15) “tudo em administração depende da situação e das 
circunstâncias. Tudo nela é relativo devido à complexidade das organizações. Por isso, existem 
várias teorias a respeito da administração”. As teorias nos ensinam o que é relevante e o que 
devemos fazer em cada situação. Em resumo, “teorias científicas são declarações que predizem 
como o mundo real vai responder quando provocado de certa maneira” (CHIAVENATO, 2021, 
p. 16). 
Nos dias atuais, qualquer teoria da administração pode ser aplicada. Contudo, o 
administrador necessita compreendê-la e aplicá-la de modo a solucionar os problemas. De 
acordo com Rossés (2014), a importância e os motivos que nos levam a estudar as teorias da 
administração são os seguintes:
1. As teorias guiam as decisões administrativas:
• Ajudam a entender os processos fundamentais;
• Possibilitam escolher uma linha eficaz de ação;
• Permitem prever, através de estudos de cenários, o que pode vir a acontecer;
• Permitem o uso de diferentes teorias da administração em situações distintas.
2. As teorias dão forma à nossa visão das organizações:
• Permitem identificar as ideias pelas quais tem-se a concepção do significado da palavra 
organização;
• Permitem identificar a importância das pessoas dentro do processo administrativo;
• Possibilitam verificar diferentes maneiras de realizar as tarefas de modo eficiente e eficaz.
3. As teorias nos conscientizam do ambiente empresarial:
• À medida que se estudamos as teorias administrativas, percebemos que estas são um 
conjunto de forças presentes em um dado momento e lugar;
• Este conhecimento possibilita compreendermos quais tipos de teoria são apropriadas em 
diferentes situações.
4. As teorias são uma fonte de novas ideias:
• Permitem assumir um ponto de vista diferente com relação a novas ideias;
• Destacam que não há nenhuma teoria mais importante que a outra, mas sim situações em 
que a utilização de uma é mais apropriada em relação às demais.
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O Quadro 1 apresenta as principais teoriase seus respectivos enfoques.
Quadro 1 - Teorias e seus respectivos enfoques. Fonte: Chiavenato (2021).
Em suma, pode-se perceber que o estudo das teorias oferece ao administrador 
possibilidades de estabelecer como se estrutura, se coordena e se gerencia e também de que 
maneiras são geridas as pessoas em uma empresa.
4.1 Teoria Científica
A Teoria Científica ou Administração científica é uma teoria da administração 
desenvolvida pelo americano Frederick Winslow Taylor, no fim do século XIX e início do século 
XX. Segundo Chiavenato (2021), Taylor, o fundador da Administração Científica, iniciou sua 
carreira como operário, passando a outros cargos maiores até chegar a ser engenheiro. Seu 
objetivo foi a aplicação do método científico na administração para garantir o melhor custo/
benefício aos sistemas produtivos. Suas teorias foram divulgadas, pela primeira vez, em 1903 com 
a publicação do livro “Administração de Oficinas”.
Boas teorias permitem tanto ao estudante quanto ao profissional compreender 
melhor a forma de executar as tarefas ou simplesmente a tomada de decisão. A 
teoria é a base para a prática correta. Se você entender a teoria, saberá exatamente 
o porquê a prática deu certo!
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Sua teoria tinha como ênfase o chão de fábrica (tarefas) e como enfoque a produção no 
nível operacional. Em outras palavras, seu trabalho se deu no chão de fábrica junto ao operariado, 
voltado para a sua tarefa.
De acordo com Rossés (2014), em seu segundo livro, Princípios de Administração 
Científica, publicado em 1911, Taylor apresenta seus principais estudos com maior ênfase em sua 
filosofia, trazendo a discussão dos quatro princípios fundamentais da administração científica:
• Princípio de planejamento: substituição de métodos empíricos por procedimentos 
científicos. Ao invés do improviso e do julgamento individual, surge a ideia do trabalho 
planejado e testado, ou seja, os movimentos decompostos, a fim de reduzir e racionalizar 
sua execução.
• Princípio de preparo dos trabalhadores: selecionar os operários de acordo com as suas 
aptidões e, depois, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo 
com o método planejado.
• Princípio de controle: controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que 
está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e de acordo com as metas. 
• Princípio da execução: distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho 
seja o mais disciplinado possível.
Taylor não confiava nos métodos tradicionais de trabalho, por isso ele sustentou seu 
sistema de administração no estudo dos tempos nas linhas de produção das fábricas. Na prática, 
ele cronometrou o tempo dos movimentos dos trabalhadores para realizar cada um desses 
princípios. 
Conforme Chiavenato (2021), a administração científica, na tentativa de substituir o 
método empírico de trabalho pelos métodos científicos estabeleceu 8 princípios, pertencentes 
a ORT (organização racional do trabalho): 1 – análise do trabalho e do estudo dos tempos e 
movimentos; 2 – estudo da fadiga humana; 3 – divisão do trabalho e especialização do operário; 
4 – desenho de cargos e tarefas; 5 – incentivos salariais e prêmios de produção; 6 – conceito de 
homo economicus; 7 – condições ambientais do trabalho; 8 – padronização. 
Mesmo com os métodos de Taylor aumentando em vários casos dramaticamente a 
produtividades e os salários, sindicatos e alguns trabalhadores se opuseram à sua abordagem, 
pois temiam que se trabalhassem mais rápido e com mais intensidade iria causar demissões. 
Nesta perspectiva, algumas críticas foram apresentadas ao modelo de Taylor, como contribui 
Rossés (2014):
• Para os críticos, a administração científica transformou o homem em uma máquina. 
O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e 
desencorajado de tomar iniciativas.
• A padronização do trabalho seria mais uma intensificação da “maquinização” humana do 
que uma forma de racionalizar o trabalho.
• A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho. 
Porém, esse fato reduz sua satisfação, pois ele adquire uma visão limitada do processo.
• A administração científica não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. 
A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de 
produção.
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• A administração científica propõe uma abordagem científica para a administração, no 
entanto ela mesma carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no 
conhecimento empírico.
• A administração científica se restringe apenas aos aspectos formais da organização 
não abrangendo, por exemplo, o conflito que pode haver entre objetivos individuais e 
organizacionais.
• A administração científica trata da organização como um sistema fechado, sem considerar 
as influências externas.
Contudo, o modelo de Taylor, representou sem dúvida um avanço significativo na forma 
de encarar a participação do trabalhador no processo da produção e, ainda hoje algumas das suas 
conclusões continuam sendo viáveis e sendo aplicadas no processo de produção.
4.2 Teoria Clássica
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol (1841-1925) e sua 
característica é a ênfase na estrutura organizacional que leva em consideração a visão do homem 
econômico e também a busca da eficiência máxima e o enfoque na organização formal, princípios 
gerais da administração e funções da administração. Saímos de uma abordagem mais simples e 
global e partimos para uma mais anatômica e estrutural.
Na visão de Oliveira (2021), a Teoria Clássica partiu do todo organizacional para obter 
a eficiência dos negócios. Em resumo, a micro abordagem no nível individual das tarefas foi 
ampliada para o nível da organização e de sua estrutura organizacional. 
De acordo Chiavenato (2021), Fayol apresenta seis funções básicas que considera 
essenciais à toda empresa, essas funções são:
• Técnicas – produção de bens ou serviços da empresa;
• Comerciais – compra, venda e troca de bens;
• Financeiras – procura e gerenciamento de capitais;
• Segurança – proteção e preservação de bens;
• Contábeis – inventários, registros, balanços, custos e estatísticas;
• Administrativas – coordenam e comandam as outras cinco, constituindo-se na mais 
importante.
Vamos discutir um pouco mais sobre o Taylorismo e o Fordismo?
https://www.youtube.com/watch?v=kev0Dn9ryNo
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De acordo com Rossés (2014), Fayol destacou, principalmente, a administração, porque 
acreditava que era a mais negligenciada das operações empresariais. Antes de Fayol, acreditava-se, 
geralmente, que os administradores nascem prontos, entretanto Fayol define o ato de administrar 
como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Segundo Chiavenato (2021): 
• Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
• Organizar: articular o aspecto material e social da empresa.
• Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
• Coordenar: fazer a devida articulação entre todos os esforços e atos das pessoas envolvidas 
na empresa.
• Controlar: verificar se os procedimentos do pessoal estão de acordo com as regras e os 
princípios estabelecidos na empresa.
Essas cinco funções administrativas podem ser observadas em qualquer nível 
ou departamento de uma empresa e quando unidas são consideradas a base do processo 
administrativo.
Segundo Gil (2016), para melhor explicar suas ideias, Fayol estabeleceu 14 princípios que, 
segundo ele, norteiam o processo administrativo:
1. Divisão do trabalho – quanto mais as pessoasse especializarem, mais eficientemente 
podem realizar o seu trabalho. Este princípio é ilustrado pela linha moderna de 
montagem.
2. Autoridade – os administradores devem dar ordens para que as ações sejam feitas. 
Apesar de sua autoridade formal lhes dar o direito de comandar, os administradores 
nem sempre irão induzir à obediência, a não ser que tenham também autoridade 
pessoal.
3. Disciplina – os membros de uma organização precisam respeitar as regras e os acordos 
que a governam. Para Fayol, a disciplina resulta de uma boa liderança em todos os 
níveis da organização.
4. Unidade de comando – cada empregado deve receber instruções de apenas uma pessoa. 
Fayol acreditava que, quando um empregado responde a mais de um administrador, o 
resultado gera instruções conflitantes e confusões de autoridade.
5. Unidade de direção – em uma organização, as operações que têm o mesmo objetivo 
devem ser dirigidas apenas por um administrador, usando um único plano.
6. Subordinação do interesse individual ao bem comum – em qualquer empreendimento, 
os interesses dos empregados não devem ter precedência sobre os interesses da 
organização como um todo.
7. Remuneração – a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa, tanto para os 
empregados quanto para os empregadores.
8. Centralização – a diminuição do papel dos subordinados nas tomadas de decisão é a 
centralização. Fayol acreditava que os administradores devem ter a responsabilidade 
final, mas devem, ao mesmo tempo, dar aos subordinados autoridade suficiente para 
que realizem bem seus trabalhos. 
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9. Hierarquia – a linha de autoridade em uma organização, frequentemente representada 
por um organograma, vai, por ordem de escalões, da alta administração até os níveis 
mais baixos da empresa.
10. Ordem – os materiais e as pessoas devem estar no lugar certo e na hora certa. As 
pessoas, em particular, devem estar nos serviços ou cargos para os quais sejam mais 
capacitadas.
11. Equidade – os administradores devem ser amigáveis e justos para com seus 
subordinados.
12. Estabilidade de pessoal – uma alta taxa de rotatividade dos empregados estraga o 
funcionamento eficiente de uma organização.
13. Iniciativa – os subordinados devem ter a liberdade de conceber e concretizar seus 
planos, ainda que disso possam resultar alguns erros.
14. Espírito de equipe – a promoção de um espírito de equipe dará um sentido de unidade 
à organização. Para Fayol, até mesmo pequenos fatores podem ajudar a desenvolver 
esse espírito.
Essa teoria, no entanto, sofreu algumas críticas como cita Chiavenato (2021): 1 – 
abordagem simplificada da organização formal; 2 – ausência de trabalhos experimentais, 3 – 
extremo racionalismo na concepção da administração; 4 – teoria da máquina; 5 – abordagem 
incompleta da organização e 6 – abordagem de sistema fechado. Em resumo, essa teoria permite 
uma visão simples e ordenada e seus princípios permitem a execução dos trabalhos com mais 
segurança e confiança. No entanto, pode ser considerada rígida, inflexível e conservadora. 
4.3 Teoria das Relações Humanas
A teoria das relações humanas, também conhecida como Escola Humanística da 
Administração, teve seu início nos Estados Unidos, “como consequência das conclusões da 
Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores” (CHIAVENATO, 
2021, p. 97). Essa teoria teve como objetivo identificar a correlação entre a iluminação e a eficiência 
dos operários, usando como medida a produção da fábrica e foi um movimento de oposição à 
Teoria Clássica da Administração. 
De acordo com Rossés (2014), a abordagem humanista surgiu, em parte, porque a 
abordagem clássica não proporcionou suficiente eficiência de produção e harmonia no local de 
trabalho. Para a frustração dos administradores, as pessoas nem sempre seguiam os padrões de 
comportamento previstos ou esperados. Essa teoria tinha como ênfase as pessoas e como enfoque 
a organização informal, motivação, liderança, comunicação e dinâmica de grupo. 
A pesquisa teve maior enfoque na fadiga humana, nos acidentes de trabalho, na alta 
rotatividade de pessoal e no efeito das condições de trabalho sobre a produtividade. Ela se estendeu 
até 1932, devido a constatação de que seus resultados eram constantemente alterados por variáveis 
de natureza psicológica, fato que na época era estranho e não comprovado cientificamente. 
Como a duração da pesquisa foi longa, ela teve quatro fases, nas quais se pode comprovar 
com eficiência que a correlação pretendida não existia, pois, as operárias reagiam às experiências 
de acordo com suas suposições pessoais, ou seja, houve a sobreposição do fator psicológico ao 
fator fisiológico, e os pesquisadores passaram a se fixar no estudo das relações humanas, segundo 
Chiavenato (2021).
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Para Rossés (2014), a experiência de Hawthorne gerou um novo paradigma para os 
administradores mundiais. Suas conclusões mais importantes são: 
• Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração 
social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a escola 
clássica, que colocava os fatores físicos como determinantes;
• Comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações 
informais, cada empregado não age isoladamente;
• As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e 
sanções não materiais;
• O despertar para as relações humanas dentro das organizações;
• A ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do comportamento;
• A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas.
Enfim, essa experiência proporcionou princípios básicos das relações humanas e conclui-
se que o nível de produção é resultante da integração social, ou seja, é determinada pela capacidade 
física ou fisiológica do empregado. Algumas críticas dessa teoria podem ser resumidas, de acordo 
com Chiavenato (2012): 1 – oposição cerrada à teoria clássica, 2 – inadequada visualização dos 
problemas de relações industriais, concepção romântica e ingênua do operário; 4 – limitação do 
campo experimental; 5 – parcialidade das conclusões e 6 – ênfase nos grupos informais. 
4.4 Teoria Burocrática
Para Gil (2016), após o surgimento de várias críticas sobre as teorias organizacionais já 
existentes, principalmente a teoria clássica e a teoria das relações humanas, surge então a teoria 
burocrática. Esta tem o objetivo de ser sólida e abrangente, para servir de orientação para os 
administradores. Teve como ênfase a estrutura e como enfoque a racionalidade com adequação 
dos meios para alcance dos objetivos.
A origem da Burocracia vem desde a antiguidade, contudo foi a partir da descoberta 
dos estudos de Max Weber, um economista e sociólogo alemão, autor do livro Sociologia da 
Burocracia, que a administração e seus estudiosos tomaram posse dos conceitos da teoria 
weberiana e ajustaram aos pressupostos organizacionais administrativos da época. De acordo 
com Chiavenato (2021), a teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da 
década de 1940 em função dos seguintes aspectos:
• A fragilidade e a parcialidade das Teorias Clássica e das Relações Humanas, ambas 
oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem global e integrada 
dos problemas organizacionais. 
• A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as 
variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes 
e aplicável não somente à fábrica, mas todas as formas de organização humana, e 
principalmente às empresas.
• O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos 
organizacionais mais bem-definidos. Tanto a Teoria Clássica como a Teoriadas Relações 
Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação.
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• O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de 
Max Weber, seu criador. A sociologia da Burocracia propõe um modelo de organização. 
A teoria burocrática tem como base a racionalidade, ou seja, os meios são estabelecidos 
e analisados de forma totalmente formal e impessoal, com o objetivo de alcançarem os fins 
pretendidos. De acordo com Chiavenato (2021) a burocracia tem as seguintes características:
1. Caráter legal das normas e regulamentos: é baseada em legislação própria e previamente 
estabelecida e possui caráter legal, pois confere às pessoas nomeadas em cargos, poder 
de coação sobre os subordinados.
2. Caráter formal das comunicações: na burocracia, as comunicações, regras e decisões 
são escritas, criando a formalidade com o preenchimento de formulários e a rotina que 
advém desse procedimento.
3. Caráter racional e divisão do trabalho: a divisão do trabalho é sistemática e adequada 
aos objetivos pretendidos de máxima eficiência com cada funcionário e sua respectiva 
função, com suas atribuições e responsabilidades.
4. Impessoalidade nas relações profissionais: a distribuição das atividades é feita em 
termos de cargos e funções, e não pessoas envolvidas.
5. Hierarquia da autoridade: segundo o princípio da hierarquia, cada cargo inferior deve 
estar sob o controle e supervisão de um posto superior.
6. Rotinas e procedimentos padronizados: as regras e normas técnicas regulam a conduta 
do ocupante de cada cargo e suas atividades são executadas de acordo com as rotinas 
e procedimentos.
7. Competência técnica e por mérito: a escolha do profissional é feita por meio de méritos 
adquiridos e na competência técnica. 
8. Especialização da administração: os administradores da burocracia não são seus donos 
ou acionistas, assim surgiu a especialidade de gerir o negócio.
9. Profissionalização dos participantes: cada funcionário da burocracia é um profissional 
especializado nas atividades do cargo que ocupa.
10. Completa previsibilidade do comportamento funcional: os funcionários deverão 
comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização e conforme o 
previsto.
Para Chiavenato (2021), as vantagens da burocracia são: racionalidade dos objetivos, 
precisão na definição do cargo e na operação, rapidez nas decisões, única interpretação de 
informações recebidas, uniformidade de rotina e procedimentos, continuidade da organização, 
redução dos conflitos interpessoais, decisões tomadas nas mesmas circunstâncias, confiabilidade 
e benefícios para as pessoas da organização.
Por outro lado, existem também consequências imprevistas e não desejadas, que podem 
ocorrer nessa teoria que não devem ser esquecidas, são anomalias de funcionamento, como as 
tensões internas, importantes para o contexto geral da organização. Dentre essas disfunções 
pode-se citar:
• Internalização das regras e apego aos regulamentos.
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• Excesso de formalismo e de papelada.
• Resistência às mudanças.
• Despersonalização do relacionamento.
• Categorização como base do processo decisório.
• Superconformidade às rotinas e aos procedimentos.
• Exibição de sinais de autoridade.
• Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.
Em resumo, pode-se concluir que Max Weber teve uma contribuição muito relevante 
para a organização das empresas e instituições, pois ele encontrou problemas nos processos de 
organização das empresas.
4.5 Teoria Estruturalista 
A Teoria Estruturalista teve origem a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez da 
teoria da burocracia, que foi considerado um modelo típico fechado, fundado em uma “teoria 
da máquina”. Foi a partir desse momento que criaram a Teoria Estruturalista, partindo de um 
desdobramento da Teoria da Burocracia como a Teoria das Relações Humanas. Esse novo modelo 
é considerado um sistema aberto no estudo das organizações e se relaciona com o ambiente e 
com outras organizações.
De acordo com Chiavenato (2021), ao final da década de 1950, as Teorias Clássica e das 
Relações Humanas criaram situações sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de 
resolver. Então a Teoria Estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções 
na Administração. 
Ainda na visão de Chiavenato (2021), a Teoria Estruturalista teve os seguintes fatos como 
origem:
• A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas.
• A necessidade que a organização seja vista como uma grande e complexa unidade social, 
onde os grupos sociais interagem.
• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das 
organizações.
• Novos conceitos de estrutura – conjuntos de dois ou mais elementos que permanece 
inalterado, na mudança ou na diversidade de um dos elementos.
A Teoria Estruturalista teve como ênfase a estrutura e como enfoque uma múltipla 
abordagem: organização formal e informal; análise intraorganizacional e análise interorganizacional 
e está baseada no conceito de estrutura, ou seja, a organização como um todo composto por 
partes que se relacionam. Essa teoria mostra a ideia da sociedade das organizações. Em outras 
palavras, as organizações, tanto formais quanto informais, dependem uma das outras.
A Teoria Estruturalista considera que as organizações estão em constante interação com o 
meio externo e que influencia o comportamento das pessoas. Também classifica as organizações 
como um sistema social cooperativo, ou seja, as pessoas estão sempre interagindo para conseguir 
os objetivos organizacionais. Sendo assim, ela é considerada como “sistemas abertos”.
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Vale ressaltar que essa teoria não considera somente os fatores externos, mas também 
os internos, sendo considerada uma organização flexível. Neste caso, as pessoas visam atender 
os objetivos tanto individuais como organizacionais, passando por conflitos e tendo que tomar 
decisões para tais objetivos.
Para Oliveira (2012, p.182), a Teoria Estruturalista possui cinco contribuições, ou seja, 
tratamento dos fatores internos e externos, análise estruturada das mudanças nas organizações, 
identificação dos vários tipos de organizações, identificação dos conflitos organizacionais e 
“constatação de que a identificação de problemas e de necessidades de mudanças são fundamentais 
para manter o crescimento das organizações”.
De acordo com Rossés (2014), a teoria estruturalista ofereceu as seguintes contribuições 
para os estudos organizacionais:
• A oposição surgida entre a teoria clássica e a teoria das relações humanas, tornou necessária 
uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma 
e omitidos pela outra. A teoria estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-
se na abordagem de Max Weber.
• A necessidade de visualizar a organização como uma unidade social complexa na qual 
interagem grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da organização, mas 
podem se opor a outros.
• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das 
organizações. Na teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações 
sociais.
• Novo conceito de estrutura. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e 
que permanece inalterado, seja na mudança ou seja na diversidade dos conteúdos, ou seja, 
a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. 
A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas 
fundamentais em algunscampos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas 
em outros campos. O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes 
na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior 
do que a soma das partes, são as características do estruturalismo.
4.6 Teoria Comportamental
Para Chiavenato (2021, p. 305), 
[...]a teoria comportamental da administração trouxe uma nova concepção e 
um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências 
do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das 
teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase 
permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional mais amplo. 
CHIAVENATO (2021, P. 305).
Essa teoria tem como ênfase as pessoas e como enfoque os estilos de administração, 
ou seja, teoria das decisões, integração dos objetivos organizacionais e individuais. Segundo 
Chiavenato (2021), a teoria comportamental fundamenta-se no comportamento individual das 
pessoas, para explicar o comportamento organizacional.
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Para os pesquisadores, para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações, os 
administradores precisam conhecer as necessidades humanas para melhor conhecer o seu próprio 
comportamento. Essa teoria também considerava indispensável a valorização do trabalhador em 
qualquer empreendimento baseado na cooperação. 
Essa teoria é composta por um complexo sistema de decisões, em que entendemos que 
todos os membros que fazem parte da empresa tomam decisões, e não somente o administrador. 
Cada membro tem uma participação racional e consciente, escolhe e toma decisões individuais 
sobre alternativas racionais de comportamento. Essa decisão é uma escolha entre possibilidades 
ou alternativas e ela acontece para aproveitar oportunidades ou sanar problemas.
Rossés (2014) afirma que alguns autores ponderam seis elementos necessários ao processo 
decisório:
• Tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção frente às várias existentes;
• Objetivos: são os objetivos que o tomador de decisões busca atingir;
• Preferências: para fazer a sua escolha, o tomador de decisões estabelece critérios, 
preferências;
• Estratégia: é o caminho escolhido pelo tomador de decisões para o alcance de seus 
objetivos, com base nos recursos que lhes são disponíveis;
• Situação: são os aspectos do ambiente que circunda o tomador de decisões;
• Resultado: é o que se obteve com as estratégias utilizadas.
Com isso, para que se consiga obter um resultado satisfatório ou não, o tomador de 
decisões precisa estabelecer preferências e formular estratégias para se conseguir o objetivo 
almejado.
Enfim, a teoria estudada propiciou uma reformulação na teoria administrativa e ainda 
ampliou as dimensões dos estudos do comportamento direcionados para a ciência administrativa.
Se o comportamento humano influencia nas tomadas de decisão de uma 
organização, então devemos conhecer profundamente cada colaborador dessa 
organização, principalmente o que os motiva a estar ali e a se dedicar ao ofício que 
escolheu. As necessidades e desejos de cada pessoa precisam ser consideradas.
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Figura 1 - Pirâmide das Necessidades de Maslow. Fonte: Chiavenato (2021).
A Teoria Comportamentalista e a Motivação Humana
 Esta teoria teve como base principal a inserção de uma preocupação nos 
processos organizacionais e não na estrutura. Enfocaram a motivação humana 
por meio do conhecimento da teoria da Motivação de Maslow.
Abraham Maslow, psicólogo norte-americano que viveu durante o período de 1908 
a 1970, tentou identificar o que sustenta o comportamento humano. Propôs que 
a motivação do ser humano está relacionada a uma hierarquia de necessidades 
humanas.
Dentro das necessidades propostas por Maslow o ser humano não busca a 
necessidade seguinte sem a anterior estar satisfeita. Foi definido na Teoria de 
Motivação descrita por Maslow um conjunto de cinco necessidades, são elas:
• Necessidades fisiológicas, tais como a fome, sede, sexo, excreções;
• Necessidades de segurança que vão desde a simples necessidade de estar 
seguro dentro de uma casa às formas mais elaboradas de segurança, como um 
emprego, uma religião, a ciência, dentre outras;
• Necessidades de amor, afeição e sentimentos como o afeto, o carinho entre 
outros;
• Necessidade de estima: o reconhecimento das nossas capacidades pessoais 
e o reconhecimento dos outros em face de nossa adequação frente às funções 
que desempenhamos.
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4.7 Teoria Sistêmica
Para Oliveira (2012, p. 221), 
A Teoria de Sistemas apresentou as organizações como “sistemas vivos e abertos”, 
ou seja, em contato interativo com as variáveis e fatores externos que estão no 
ambiente organizacional, bem como proporcionou uma metodologia de análise 
das diversas partes que compõem o sistema social organizacional, sem perder a 
visão e a noção do todo. OLIVEIRA (2012, P. 221).
A Teoria Sistêmica surgiu entre 1950 e 1968 com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig 
Von Bertalanffy, cujo um dos trabalhos é conhecido como Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Seu 
objetivo é o de produzir teorias e formulações conceituais que sejam capazes de criar condições 
para aplicar na realidade empírica.
A teoria tem como ênfase a tecnologia – é o foco das teorias que consideram a administração 
uma ciência e que busca das organizações às demandas e situações que ocorrem em seu contexto 
externo, tem como enfoque a administração da tecnologia (imperativo tecnológico).
Umas das características dessa teoria é que ela não trata de maneira separada os inúmeros 
segmentos de uma organização, pelo contrário, ela enxerga a organização como um sistema 
composto por partes inter-relacionadas. Isto é, um sistema unificado e propositado. Rossés (2014) 
contribui dizendo que as organizações são, por definição, sistemas abertos, pois não podem ser 
adequadamente compreendidas de forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre 
diversas variáveis internas e externas, que afetam seu comportamento.
Por fim, a Teoria Sistêmica teve uma contribuição significativa para o desenvolvimento 
das organizações, pois as orientou para a busca do conhecimento global, do alcance de melhores 
resultados, com o ser humano na sua totalidade.
4.8 Teoria Contingencial
A palavra contingência significa incerto ou eventual, que pode suceder ou não, ela refere-
se a uma proposição que só pode ser conhecida pela experiência e pela evidência e não pela 
razão. Com isso, na Teoria da Contingência tudo é relativo, tudo depende, não tem nada de 
absoluto. Para Chiavenato (2021, p. 473) essa teoria “explica que existe uma relação funcional 
entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz 
dos objetivos da organização”. 
Na visão de Rossés (2014), a abordagem contingencial vai mais longe do que a teoria de 
sistemas quando aborda a problemática do ambiente. Na teoria da contingência as condições de 
ambiente é que causam transformações no interior das organizações. Isto é, o ambiente explica o 
fenômeno organizacional. Essa teoria tem como ênfase o ambiente tecnológico e como enfoque a 
análise ambiental (imperativo ambiental), abordagem de sistema aberto.
Segundo Rossés (2014), a abordagem contingencial, algumas vezes chamada de teoria 
situacional, foi desenvolvida por administradores, consultores e pesquisadores que tentaram 
aplicar os conceitos das principais escolas a situações reais, por exemplo: quando métodos 
altamente eficazes numa situação deixavam de funcionar em outras elesbuscavam uma explicação. 
Nessa teoria o administrador precisa identificar qual técnica será usada que melhor contribua 
para a obtenção dos objetivos da organização, considerando as especificidades da situação, das 
circunstâncias e a do momento.
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De acordo com Chiavenato (2021), a Teoria da Contingência com as pesquisas para avaliar 
os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. 
Como resultado, puderam concluir que a estrutura e o funcionamento da organização dependem 
da interface com o ambiente. E ainda que tudo é flexível não tendo um único jeito melhor de 
organizar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado aluno, nessa unidade concluímos os estudos que destacam a visão geral da 
administração e suas principais teorias. Com as constantes mudanças em nossa sociedade, 
a administração e o processo administrativo tornam-se cada vez mais indispensáveis para 
qualquer tipo de negócio, assim como o conhecimento das principais teorias administrativas e 
sua aplicabilidade. 
Várias foram as teorias tratadas aqui, dentre elas a clássica e a científica, a humanística e 
a burocrática, comportamental, sistêmica e contingencial. Enfim, foram muitas e todas elas com 
sua importância na história da administração e nos processos administrativos da atualidade.
Depois que aprendemos sobre a evolução das teorias, precisamos entender suas aplicações 
e benefícios. Também devemos saber como se enquadram na realidade dos negócios para a 
resolução dos problemas. 
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U N I D A D E
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................27
1 AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL ......................................................................................28
1.1 ORGANIZAÇÃO ........................................................................................................................................................28
1.2 AMBIENTE ..............................................................................................................................................................29
2 CARACTERÍSTICAS, TIPOS E FUNÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................... 31
3 O PROCESSO ADMINISTRATIVO (PODC) ..............................................................................................................35
4 PROCESSO DE TOMAR DECISÕES .........................................................................................................................36
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................38
AS ORGANIZAÇÕES E O 
PROCESSO ADMINISTRATIVO
 PROF. ME. RICARDO DANTAS LOPES
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E 
ECONOMIA
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INTRODUÇÃO
Nessa segunda unidade vamos discutir o chamado processo administrativo. De modo 
mais simples, nosso foco será o PODC, ou seja, planejamento, organização, direção e controle. 
No entanto, é importante destacar que, para discutirmos o processo administrativo, não 
podemos deixar de falar sobre as organizações como um todo, sobre o conceito de organização, 
suas características, tipos e funções e também sobre o ambiente organizacional. 
Então, façamos uma pequena reflexão: Como é possível uma organização alcançar suas 
metas e objetivos sem ao menos fazer um planejamento? Imaginemos, então, uma empresa 
sem organização de seus ambientes corporativos, ou seja, uma empresa toda desorganizada, 
como seria? E quando não há direção e nem liderança? Ninguém manda, ninguém obedece, ou 
ninguém sabe quem é quem? E o controle? Imagine uma empresa que não controla seus gastos, 
por exemplo, está com certeza fadada ao fracasso absoluto. É por isso que nesta unidade iremos 
debater esses elementos.
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1 AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL
1.1 Organização
Para Oliveira (2012, p. 9) “organização é a instituição legalmente constituída, com a 
finalidade de oferecer produtos e/ou serviços para outras organizações e/ou para os consumidores 
do mercado em geral”.
É importante destacar que o mundo onde vivemos é um mundo de produtos (bens e 
serviços), oferecidos por diversas organizações, públicas, privadas com ou sem fins lucrativos e 
que toda a nossa sociedade vive por meio das organizações. Contribuindo com essa afirmativa, 
para Chiavenato (2004), nossa sociedade é composta por organizações e todas as atividades 
ligadas a produção de algum produto ou a prestação de algum serviço são planejadas dirigidas e 
executadas por organizações. 
Neste sentido, é fácil percebermos que as organizações assumiram papel determinante 
na sociedade. Em outras palavras, é impossível viver sem alguma relação com algum tipo de 
organização. Tente, por exemplo, fazer uma pequena lista das organizações com as quais você está 
envolvido, que se relaciona ou que interagiu no dia de hoje. Não é uma tarefa das mais difíceis 
não é mesmo? Vejamos alguns exemplos: Onde você trabalha? Se não trabalha, onde estuda? Os 
produtos que consumiu hoje em suas refeições, de onde vieram? De onde vem a água, energia 
elétrica, internet? E os serviços públicos que você utiliza? Pois bem, são inúmeros os exemplos de 
organizações a qual nos envolvemos no nosso dia a dia.
Destacamos que o homem moderno passa a maior parte de seu tempo nas organizações 
das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu sustento, obter produtos e 
serviços que consome e necessita para o seu dia a dia. 
Dessa forma, pode-se dizer que uma organização compreende duas ou mais pessoas 
trabalhando juntas de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto 
de objetivos. Segundo Maximiano (2015), uma organização pode ser considerada um sistema 
de trabalho organizado, que transforma os mais diversos recursos em produtos ou serviços. 
Também, podemos destacar que, por meio de uma organização, podemos alcançar objetivos que 
seriam inatingíveis para uma pessoa. 
Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, 
recursos financeiros e outros. A organização então é o resultado da combinação de todos estes 
elementos orientados a um objetivo comum. Já para Moraes (2004, p. 91):
 
[...]organizações são instituições sociais e a ação desenvolvida por membros é 
dirigida por objetivos. São projetadas como sistemas de atividades e autoridade, 
deliberadamente estruturados e coordenados, elas atuam de maneira interativa 
com o meio ambiente que as cerca. MORAES (2004, P. 91)
De acordo com Chiavenato (2021), para que uma organização possa existir ela deve 
atender aos seguintes pré-requisitos: existirem pessoas aptas a se comunicarem; atuarem de 
forma conjunta e atingirem um objetivo comum. Por organização, também, entende-se que é 
o agrupamento de pessoas que se reuniram de forma estruturada e deliberada e em associação, 
traçando metas para alcançarem objetivos planejados e comuns a todos os seus membros, 
segundo Lacombe (2003). 
É importante lembrar que a administração trata do planejamento, da organização 
(estruturação), da direção e do controle de todas as atividades que ocorrem dentro de uma 
empresa/organização. Em outras palavras, administrar significa ação e a organização é o objetivo, 
pois uma organizaçãosomente atinge seu propósito e seus objetivos quando bem administrada.
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1.2 Ambiente
Quando falamos em empresas e organizações não podemos esquecer de destacar a 
importância do chamado ambiente organizacional. Para Chiavenato (2021), diz respeito ao 
contexto que envolve externamente a organização. Como as organizações são sistemas abertos, é 
no ambiente externo que ocorrem as influências nos negócios. 
Em outras palavras, temos que entender que todas as organizações estão sujeitas às 
influências do ambiente e, por isso, sua análise é fundamental para que a gestão possa ser orientada 
para o alcance dos resultados almejados. É por meio da análise ambiental que se consegue definir 
os diferentes cenários competitivos e com base neles as ações a serem realizadas.
A interação entre a organização e o ambiente é fundamental para o alcance dos resultados, 
assim como as relações externas entre uma organização e outras organizações no ambiente. 
O ambiente em que as organizações atuam proporciona a elas várias vantagens, mas também 
grandes riscos que precisam ser administrados.
Figura 1 - Ambiente Organizacional. Fonte: Mavsaouzaa (2015).
As organizações podem adaptar-se e mudar para cumprir requisitos ambientais 
(adaptativa) ou podem alterar o ambiente, para que ele fique adequado às capacidades delas 
(processo político). A importância da análise ambiental se fortalece com base na necessidade 
que as organizações têm em conhecer o ambiente em que atuam. É por meio dessa análise que se 
pode identificar possíveis ameaças, oportunidades, restrições e contingências importantes e que 
não devem nunca ser ignoradas.
É comum a divisão do ambiente externo das organizações em duas partes: macroambiente 
e microambiente. O ambiente interno refere-se à organização com suas características, 
potencialidades (pontos fortes) e limitações (pontos fracos), pois é o ambiente que determina 
como a organização deve funcionar, além de determinar as mudanças necessárias, a fim de 
alcançar seus objetivos gerais e específicos.
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Para Chiavenato (2021) o macroambiente ou ambiente geral é constituído por um 
conjunto bastante amplo de condições e fatores que influenciam e são influenciados pelas 
diversas organizações existentes no mercado. Muitas oportunidades e ameaças surgem deste 
macroambiente, em constante transformação. As variáveis que compõem este ambiente são as 
tecnológicas, político-legais, socioculturais, econômicas, demográficas e ecológicas.
Figura 2 - Ambiente geral e de tarefa. Fonte: Chiavenato (2021)
Em se tratando do microambiente, Chiavenato (2021) destaca que também é conhecido 
como ambiente de tarefa e compreende o meio específico em que a empresa opera. Ele envolve 
outras empresas, instituições, grupos e indivíduos com quem se mantém um relacionamento 
mais próximo e que possibilite a sua operação de modo a propiciar benefícios mútuos, na qual 
interagem e se ajudam.
É muito importante e decisivo para o sucesso da organização que ela saiba identificar 
as oportunidades que venham a surgir, como também se defender e saber reagir às ameaças 
inerentes neste ambiente. Neste sentido, é necessário obter informações sobre os componentes 
desse ambiente, ou seja, fornecedores, clientes ou usuários, concorrentes e entidades reguladoras 
(CHIAVENATO, 2021).
O ambiente interno é o nível de ambiente que possui implicação imediata e específica na 
administração da organização. A análise desse ambiente tem por finalidade identificar e destacar 
as qualidades (pontos fortes) e as deficiências (pontos fracos) da empresa, chamadas de variáveis 
controláveis e que são determinadas diante da sua atual posição produto-mercado. 
Dentre os fatores que devemos levar em consideração para a definição do ambiente 
interno da empresa podemos citar os seguintes:
• Aspectos organizacionais – rede de comunicação; estrutura da organização; registro dos 
sucessos; hierarquia de objetivos, política, procedimentos e regras; habilidade da equipe 
administrativa.
• Aspectos do pessoal – relações trabalhistas; práticas de recrutamento; programas de 
treinamento; sistema de avaliação de desempenho; sistema de incentivos; rotatividade e 
absenteísmo.
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• Aspectos de marketing – segmentação do mercado, estratégia do produto, estratégia de 
preço, estratégia de promoção, estratégia de distribuição.
• Aspectos de produção – layout das instalações da fábrica; pesquisa e desenvolvimento; uso 
de tecnologia; aquisição de matéria-prima; controle de estoques; uso de subcontratação.
• Aspectos financeiros – liquidez; lucratividade; atividades; oportunidades de investimento.
O diagnóstico do ambiente interno corresponde a uma análise de como a empresa se 
encontra e o quanto ela está preparada para enfrentar os desafios que possam surgir nos confrontos 
com seus concorrentes.
MATRIZ SWOT
Ambiente 
interno
FORÇAS / 
Strengths
FRAQUEZAS / 
Weaknesses
Ambiente 
externo
OPORTUNIDADES / 
Opportunities
AMEAÇAS / 
Threats
Quadro 1 - Matriz SWOT. Fonte: O autor.
2 CARACTERÍSTICAS, TIPOS E FUNÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES
Para Maximiano (2015), organizações existem com o objetivo de fornecer produtos 
ou serviços. Podem ser classificadas de acordo com vários critérios, ou seja, por tamanho, por 
natureza jurídica, por área de atuação, entre outros.
Segundo Moraes (2004), os elementos humanos e materiais, que fazem parte das 
organizações, possuem forte ligação e interdependência do meio ambiente, no qual estão 
inseridas, e a este fazendo trocas constantes.
Assim como as pessoas são únicas, as organizações são diferentes entre si, ou seja, não 
existem duas com as mesmas características, elas podem perdurar meses, anos, décadas ou 
séculos, sobrevivendo aos seus fundadores ou podem desaparecer rapidamente pelo simples fato 
de que não são sistemas perfeitos ou também por não terem sido bem administradas.
Como podemos ver, as organizações são criadas para prover produtos e serviços. De 
acordo com Moraes (2004), podem ser de natureza econômica ou social. De natureza econômica 
são as organizações que têm caráter específico de empresa e buscam finalidade lucrativa, assumem 
riscos, e são dirigidas por uma filosofia de negócios. Já as de natureza social são as organizações 
voltadas às ações comuns ou de utilidade pública, fundamentam-se na aceitação dos valores e das 
normas sociais, sem finalidade lucrativa, existem para servir a sociedade e suprir lacunas sociais 
muitas vezes não supridas pelo estado.
A matriz SWOT é uma ferramenta de análise do ambiente organizacional. Por meio 
dela, podemos dividir a análise do ambiente do negócio em duas partes, ou seja, 
ambiente interno, para se avaliar as forças e fraquezas e ambiente externo, para 
se avaliar as oportunidades e ameaças.
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Segundo Maximiano (2015) estão representadas por:
• Organizações do Governo: são administradas pelo governo e possuem como objetivo 
prestar serviços à comunidade em geral. São mantidas pela arrecadação de impostos, 
taxas e contribuições.
• Organizações Empresariais: são organizações que têm como finalidade o lucro na 
produção e/ou comercialização de bens e serviços, podendo ser classificadas de acordo 
com o seu tamanho, natureza jurídica e área de atuação. São criadas com recursos próprios 
(dos proprietários em forma de capital social) e também com recursos de terceiros, como 
fornecedores e credores em geral (como empréstimos e financiamentos). O seu resultado 
é distribuído aos sócios e o restanteé mantido como reservas de lucros para a empresa.
• Organizações do Terceiro Setor: são as organizações de utilidade pública, sem fins 
lucrativos e são criadas por pessoas sem vínculo com o governo. Entre elas estão as ONGs 
(organizações não-governamentais) e outras entidades com fins filantrópicos.
Considerando a discussão sobre as organizações, devemos chamar atenção para duas 
postulações importantes desse contexto, ou seja, as organizações e seus níveis e as organizações e 
suas áreas. Independentemente de sua natureza ou tamanho, as organizações possuem três níveis 
hierárquicos ou classes de problemas que precisam resolver e a responsabilidade pela solução 
desses problemas é atribuída a essas três diferentes partes ou níveis hierárquicos que são:
Nível institucional ou estratégico – corresponde ao nível mais elevado, composto 
pelos diretores, proprietários ou acionistas e pelos altos executivos e, em algumas empresas este 
nível envolve ainda o conselho administrativo. O nível estratégico é responsável por estabelecer 
objetivos, verificar e analisar alternativas estratégicas, tomar decisões globais e elaborar o 
planejamento estratégico e as políticas organizacionais de longo prazo. Para Jones e George 
(2012, p. 10) “os altos executivos são responsáveis pelo desempenho de todos os departamentos”. 
Também definem os objetivos da organização e como os recursos serão utilizados e quais ações 
implantadas para que as metas sejam alcançadas.
Nível intermediário ou tático – está localizado entre o nível institucional e o operacional, 
cuida da articulação interna entre os dois níveis que respectivamente, estão situados no topo e na 
base da organização. Cabe a este nível administrar o nível operacional e cuidar das decisões aos 
níveis departamentais relacionados com o dimensionamento e alocação dos recursos necessários 
às atividades da organização. É também responsável por estabelecer objetivos setoriais ou 
departamentais, verificar e analisar alternativas táticas, elaborar e implementar planos táticos e 
avaliar resultados, e relaciona-se às ações de médio prazo. De acordo com Jones e George (2012, 
p. 10), os gerentes intermediários pertencem a esse nível da organização. Eles são responsáveis 
por encontrar a melhor maneira de organizar os recursos humanos e os outros tipos de recursos 
para atingir os objetivos da organização”.
Nível operacional – é o que se localiza nas áreas inferiores. Relaciona-se com os problemas 
ligados à execução de tarefas e operações, com materiais a serem processados e com a cooperação 
de diversos especialistas necessários ao andamento dos trabalhos. É o nível em que as tarefas são 
executadas e as operações realizadas. Também é verificado e analisado alternativas operacionais, 
além de avaliar, planejar e replanejar a ação diária, também implementa a ação do dia-a-dia e 
avalia resultados do cotidiano, relaciona-se com as ações de curto prazo. Segundo Jones e George 
(2012), os gerentes desse nível da empresa são responsáveis pela supervisão dos funcionários e 
não possuem responsabilidade gerencial. 
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Chiavenato (2021, p.3) estabelece uma relação entre as habilidades necessárias de um 
administrador e os níveis hierárquicos das organizações. As habilidades técnicas “envolvem” 
o uso de conhecimento e aplicação de técnicas relacionadas com o trabalho e sua realização. 
É o caso de habilidades em produzir algo, uso do computador para planejar, organizar etc.”. Já 
as habilidades humanas são relacionadas ao trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de 
relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, 
liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais. Finalmente as conceituais
[...]envolvem a visão da organização ou da unidade organizacional como uma 
totalidade, facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias, modelos e 
abstrações. Constituem o aspecto soft e permitem visualizar as várias funções da 
organização, complementá-las entre si, como a organização se relaciona com seu 
ambiente, e como as mudanças em uma parte da organização afetam o restante 
dela. CHIAVENATO (2021, P.3).
A Figura 3 destaca a relação entre as habilidades do administrador e os níveis hierárquicos 
das organizações. 
Figura 3 - Habilidades do administrador. Fonte: Chiavenato (2021).
Para que as organizações funcionem adequadamente e atinjam seus objetivos, é necessário 
que as tarefas ou funções especializadas sejam executadas. Outro componente tão importante, 
que são as áreas ou unidades organizacionais, ou ainda as tarefas especializadas que as pessoas e 
os grupos executam, para que a organização consiga realizar seus objetivos. As principais funções 
organizacionais são:
• Marketing: processo que analisa e determina quais produtos ou serviços serão ofertados 
e/ou desenvolvidos e que poderão interessar aos consumidores. Também, a estratégia que 
será utilizada nas vendas, comunicações e no desenvolvimento do negócio. A finalidade 
do marketing é criar valor e satisfação no cliente, gerir relacionamentos lucrativos para 
ambas as partes. As atividades de um gestor de marketing abrangem um leque muito 
grande de atividades, desde o estudo de mercado, como atividade base, definição de 
estratégias, comunicação, vendas e pós-venda (OLIVEIRA, 2019).
• Produção: área responsável, segundo Oliveira (2019) pela transformação dos insumos em 
produtos ou serviços, ou seja, estuda e desenvolve técnicas de gestão da produção de bens 
e serviços. A função de produção se preocupa, principalmente, com os seguintes pontos: 
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estratégia de produção, projeto de produtos e serviços, sistemas de produção, arranjos 
produtivos, ergonomia; estudo de tempos e movimentos; planejamento da produção, 
planejamento e controle de projetos e produtos.
• Finanças: responsável pela proteção e a utilização eficaz, coerente e otimizada dos recursos 
financeiros, o que inclui a maximização do retorno dos acionistas e diretores envolvidos. 
É uma técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito 
à concessão de crédito para clientes, planejamento, análise de investimentos e, de meios 
viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da organização. 
Em resumo, gerencia os recursos econômicos com a finalidade de maximizar valor de 
mercado da empresa e a remuneração de seus acionistas e investidores (OLIVEIRA, 
2019).
• Recursos humanos: área responsável é formada por um conjunto de habilidades e métodos, 
políticas, técnicas e práticas definidas com objetivo de administrar os comportamentos 
internos e potencializar o capital humano. Tem por finalidade selecionar, gerir e nortear 
os colaboradores na direção dos objetivos e metas da empresa. Seu objetivo mais básico é 
alinhar as políticas de gestão de pessoas com a estratégia da organização. Também, para 
Ribeiro (2019, p.3) tem uma missão “projetar no mercado o nome da empresa como 
um lugar excelente para se trabalhar, altamente interessante e atrativo para todos os 
profissionais capazes e talentosos”.
Já para Maximiano (2011), as principais funções organizacionais e que são coordenadas 
pela administração geral da empresa são: 
• Produção (operações) – tem como objetivo transformar insumos (matérias-primas e 
outros) em produtos ou serviços para suprir as necessidades dos clientes. Há três tipos 
de processos produtivos: produção em massa e em grandes lotes; produção por processo 
contínuo; e produção unitária e em pequenos lotes;
• Marketing – estabelece relações entre a organização e seus clientes. Abrange as diferentes 
atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos, distribuição, preço e promoção 
(publicidade e propaganda); 
• Pesquisa e desenvolvimento

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