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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS – FES DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE - DEA Ewerton Campos Wanderley Filho Análise de caso de condições que dificultam a coordenação oligopolista Manaus 2019 Ewerton Campos Wanderley Filho Análise de caso de condições que dificultam a coordenação oligopolista Trabalho apresentado a Universidade Federal do Amazonas, como parte das exigências para a obtenção de nota parcial na disciplina de Economia Industrial no curso de Ciências Econômicas, ministrada pelo professor Mauro Thury. Manaus 2019 Objetivo Analisar caso de condições que dificultam a coordenação oligopolista com base no capítulo 11 do livro de David Kupfer, Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Introdução A análise a ser feita será sobre o mercado de telefonia no Brasil que atualmente conta com o oligopólio de quatro grandes empresas que dominam o mercado nacional, correspondendo a incríveis 97,91% de participação quando somadas. Desenvolvimento O mercado de telefonia no Brasil conta atualmente com 4 grandes empresas que dominam com 97,91% de participação o mercado nacional. As quatro empresas são: Vivo, Tim, Oi e Claro. Tabela 1- Dados Anatel (2018) Vivo 31,69% Claro 24,96% Tim 24,79% Oi 16,47% Outros 2,09% Na tabela acima, é possível verificar a vantagem de participação de mercado que a Vivo possui sobre as demais concorrentes. Analisando as condições desta empresa no mercado atual, podemos dizer que para ela é mais vantajoso se não houver uma divisão igualitária de lucros entre ela e as outras três empresas concorrentes, visto que ela sozinha detém mais de 30% do mercado. Outro fator interessante a ser levantado nesse mercado é a estrutura de custos que essas empresas possuem. Todas elas possuem elevados custos fixos, porém ainda assim é possível colocar um preço mais atraente para o consumidor no mercado. Visto isso, é necessário também salientar que essas empresas estão em constante concorrência e é necessário que fiquem atentas quanto a “jogada” no mercado da outra concorrente. Esse modelo pode ser melhor exemplificado pelo Dilema do Prisioneiro, onde não se sabe a decisão que a sua concorrente tomará. Como temos quatro empresas dominantes no mercado, podemos dizer que é difícil que elas cheguem a um acordo de preço para que consigam maximizar seus lucros em conjunto, visto que elas possuem custos fixos diferentes, o que faz com que tenham percepções diferentes de preços para a maximização de seus lucros. Além disso também possuem parcelas do mercado diferentes. No mercado da telefonia é difícil manter acordos de preços dado a assimetria de custos entre as empresas. Acordos do tipo podem ser facilmente quebrados. Conclusão Analisamos o mercado de telefonia no Brasil e as dificuldades encontradas para uma coordenação oligopolista. Além dessa difícil coordenação observada, pode-se dizer que é um mercado que dificulta a entrada de outras empresas, dado o valor de investimento para entrada e o preço praticado pelas empresas que ali já estão. Apesar disso o mercado possui também alguns fatores favoráveis para a coordenação oligopolista, como por exemplo a homogeneidade do produto e a liderança de preços que poderia ser adotada por alguma empresa e depois seguida pelas demais. Referências Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil / organizadores, David Kupfer e Lia Hasenclever. - 2.ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Anatel IBGE CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) infograficos.oglobo.globo.com/economia/raio-x-da-telefonia-no-brasil.html
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