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O ENIGMA DE KASPAR

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O ENIGMA DE KASPAR HAUSER
Kaspar Hauser nasceu em 1812, não sabia falar e nem andar, ele foi abandonado em uma Praça da Alemanha. Por isso, foi motivo de estudo e se sentia mais a vontade quando estava em um quarto fechado. Era totalmente diferente do normal estabelecido, pois via o mundo de uma maneira diferente. Kaspar começou a ser socializado aos 16 anos, por um professor que o viu em um circo. O professor começou a ensiná-lo a aprender a falar, a escrever e a tocar um pouco de piano. Nesse sentido, acredita-se que ele sofrera de um retardo mental, pois antes não sabia e depois veio aprender. Entretanto, com o diagnóstico médico foi possível perceber que este não era o caso. 
Kaspar foi interrogado por uns padres se durante o cárcere, ele não pensou em Deus, sua resposta é enigmática, pois ele diz não ter pensado em nada. Também ao ser queimado pelo fogo, ele não chora. Isso quer indicar que tanto o conceito de Deus e o choro são fatores sociais que são apreendidos com a socialização, e que pelo fato de Kaspar se sentir melhor com o isolamente social, ele não tenha apreendido as linguagens verbais e simbólicas, por isso, ele se sentia deslocado daquela comunidade. Uma sociedade que se dizia revolucionária estava bem longe, pois não estava e ainda hoje é visível que não estamos preparados para conviver e respeitar o diferente. Kaspar foi ferido duas vezes e em uma foi fatal, ou seja, eliminar o diferente, pois ele era visto não como pessoa, mas como objetivo de estudo e até de rejeição, apesar de não ter sido considerado como perigoso. 
Após sua morte, estudos foram feitos com o seu cérebro e foi descoberta algumas deformidades, mas uma prova para aquela sociedade de que se trava de uma pessoa estranha, retirando a responsabilidade de o terem tratado como alguém a margem. O enigma de Kaspar é fundamental para compreender o ser diferente, principalmente, em sociedade marcada pelo positivismo, sociedade esta, que considera os que não estavam dentro dos modos estipulados, seres primitivos.

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