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Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Resumo Curricular Bacharel em Enfermagem Obstétrica pela Universidade de Brasília – UNB. Pós graduada pela ABENFO Nacional como enfermeira Obstetra. 1ª colocada processo seletivo residência em obstetrícia no Hospital Regional da Asa Sul – HMIB, 2001. Foi presidente da ABENFO-DF (Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica) triênio 2009 à 2011. É servidora da SES- DF desde 2001. Atualmente representa os enfermeiros do DF como Presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF – 2019 à 2022. Como docente, lecionou na graduação e pós-graduação em instituições como UNIP, JK, UNIEURO e UNB. Ministra aulas de Saúde da mulher e obstetrícia, Saúde Pública e Doenças Transmissíveis em cursos preparatórios para concursos desde 2004 e foi sócia-fundadora do ENFoco Saúde. Mycobacterium leprae bacilo álcool-ácido-resistente; parasita intracelular obrigatório; infecta células dos nervos periféricos: células de Schwann. A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente, fracamente gram-positivo, que infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as células de Schwann. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 doença crônica e infectocontagiosa; ↑ infectividade; ↓ patogenicidade; notificação compulsória e investigação obrigatória; Características da hanseníase: incubação: 2 a 7 anos*; transmissão: vias aéreas - precaução padrão; reservatório: ser humano. I II III IV V VI *Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos. vias aéreas mucosa nasal e orofaringe; contato íntimo e prolongado com paciente multibacilar-MB sem tratamento. Transmissão dermatoneurológicos - lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. Sintomas Média 5 anos.Incubação: Características da hanseníase: Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Modo de Transmissão Pessoa doente – MB Susceptíveis (10%) Vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), através de contato íntimo e prolongado, muito frequente na convivência domiciliar. Caso Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade; Acometimento de nervo(s) com espessamento neural; Baciloscopia positiva. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 1. (SESACRE/IBFC/2019) A Hanseníase é uma doença crônica infecto contagiante. Sobre seu agente etiológico, assinale a alternativa correta. a) Bacilo de Kock. b) Mycobacterium Leprae. c) Trypanossoma cruzy. d) Clostridium. 2. (AL-GO/IADES/2019) Doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, caracterizada pelo comprometimento dos nervos periféricos, com perda/alteração de sensibilidade cutânea térmica, dolorosa e (ou) tátil e de força muscular, o que pode gerar incapacidades físicas permanentes, principalmente em mãos, pés e olhos. A definição apresentada refere-se ao (à) a) tétano. b) hanseníase. c) tuberculose. d) psoríase. e) varicela. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 3. (Pref. de São José-SC/IESES/2019) Sobre a hanseníase, assinale a alternativa INCORRETA. a) A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa. b) O agente etiológico da hanseníase o Mycobacterium leprae. Por esse motivo, a doença também é conhecida como lepra. c) Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos. d) A hanseníase é transmitida por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com um doente com hanseníase que não está sendo tratado. A bactéria é transmitida pelos objetos utilizados pelo paciente. 4. (Pref. de Barreiras-BA/CEFETBAHIA/2019) O Técnico de Enfermagem, ao realizar visita domiciliar na casa de uma pessoa portadora de hanseníase, está com a responsabilidade de orientar a família sobre as formas de contágios dessa doença. Com relação às formas de contágio da hanseníase, é correto afirmar que a) a transmissão é eminentemente por via respiratória. b) a hanseníase paucibacilar é transmitida pelo contato com as lesões com eritema. c) a hanseníase é transmitida pelo contato com quaisquer objetos usados pelo paciente com a doença e sem fazer tratamento. d) a susceptibilidade ao bacilo não possui influência genética, portanto esta é uma relação não possível dentre as formas de contágio. e) as lesões formadas por máculas têm maiores chances de contágio por meio do contato entre a área com a lesão e outra com pele íntegra. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 • forma inicial: apenas uma lesão de cor clara; • distúrbio da sensibilidade. • forma mais benigna: pessoas com alta resistência ao bacilo → lesões são poucas ou única: papulosas ou nodulações com ausência de sensibilidade; • Comprometimento simétrico dos troncos nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Manifestações clínicas Forma Indeterminada (FI) Forma Tuberculoide (FT) Forma Indeterminada (FI) Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade. Fonte: Procempa. Fonte: Drauzio Varela,2018. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Forma Tuberculoide (FT) As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e pouco elevados Fonte: mdsaude,2009 Fonte: SVS- Goiás,2020. • forma intermediária: características clínico- laboratoriais da FT e FV → acometimento extenso dos nervos, podendo ocorrer neurite aguda → grande variedade de lesões; • lesões cutâneas apresentam-se como placas e nódulos eritema-acastanhados. Lesões mais características pré-foveolares ou foveolares; Manifestações clínicas Forma Dimorfa (FD) Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Forma Dimorfa (FD) áreas centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos difusos Fonte: Cultura Mix, 2009.Fonte: Guia referência rápida, RJ, 2018. • mais grave, alto comprometimento de troncos nervosos de forma simétrica → lesões infiltradas e nódulos (hansenomas); • infiltração facial com madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares. Manifestações clínicas Forma Virchowiana (FV) Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Fonte: Pmariana Mello,2015. Fonte: João Marcelo Antunes, 2017.Fonte: Lizisilva, 2014. Estuda que a vida muda! Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Tema: Hanseníase Palestrante Profª. Dayse Amarílio I Congresso Brasileiro On-line de Enfermagem para Concursos e Residências 5. (Pref. do Rio de Janeiro-RJ/2019) Lesão única, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal igualmente com perda de sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose. Essas características evidenciam a hanseníase do tipo: a) tuberculoide. b) dimorfa. c) virchowiana. d) indeterminada. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Sinais e Sintomas Neurológicos Incapacidades e deformidades Dor intensa e edema - comprometimento funcional - perda da capacidade de suar Processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurites) e podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos nervos como pela reação do organismo ao bacilo ou por ambas. Sinais e Sintomas Neurológicos Dor e espessamento dos nervos periféricos; Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés; Perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 • análise da história e condições de vida (anamnese); • exame dermatoneurológico e exame geral; Clínico- epidemiológico • baciloscopia: esfregaço intradérmico; • histológico; Laboratorial Diagnóstico e classificação operacional • até 5 lesões(FI e FT) – NÃO TRANSMITEPaucibacilar (PB) > 5 lesões e/ou baciloscopia positiva (FD e FV) – TRANSMITE Multibacilar (MB) Diagnóstico e classificação operacional Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Classificação operacional para fins de tratamento quimioterápico A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. A baciloscopia de pele (esfregaço dérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. Locais: lóbulos auriculares e/ou cotovelos, e lesão quando houver. Fonte: Guia de Procedimentos Técnicos, 2010 Fonte: GSAP02- Victor-Hugo, 2016. Fonte: Silvano Vilela,2017. Fonte: Flavio do Couto, 2012. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Classificação operacional para fins de tratamento quimioterápico Mesmo sendo a baciloscopia um dos parâmetros integrantes da definição de caso, ratifica-se que o diagnóstico da hanseníase é clínico epidemiológico. Quando a baciloscopia estiver disponível e for realizada, não se deve esperar o resultado para iniciar o tratamento do paciente. Tr at am e n to d a h an se n ía se Rifampicina Dapsona Clofazimina adulto = 600 mg (dose supervisionada mensal) criança = 450 mg (dose supervisionada mensal) adulto = 100 mg (dose supervisionada mensal e 1 dose autoadministrada diária) criança = 50 mg (dose supervisionada mensal e 1 dose autoadministrada diária) adulto = 300 mg (dose supervisionada mensal) e 50 mg (1 dose autoadministrada diária) criança = 150 mg (dose supervisionada mensal) e 50 mg (1 dose autoadministrada em dias alternados) PB MB Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Esquema Paucibacilar (PB) Fonte: Guia Vigilância – MS,2019. Esquema Paucibacilar (PB) •Duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina. •Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Esquema Paucibacilar (PB) Fonte: BRASIL, 20002. Esquema Multicibacilar (MB) Fonte: Guia Vigilância – MS,2019. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Esquema Paucibacilar (PB) •Duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina; •Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses Tratamento Multibacilar Adulto (MB) Fonte: BRASIL, 20002. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 6. (IABAS/IBADE/2019) O tratamento específico da pessoa com hanseníase, indica do pelo Ministério da Saúde, é a poliquimioterapia (PQT), padronizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), devendo ser realizado nas unidades de saúde. Com relação ao tratamento do esquema paucibacilar (PB) é utilizada uma combinação da rifampicina e dapsona, acondicionados em uma carteia, no seguinte esquema: a) dapsona: uma dose mensal de 100 mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada. b) dapsona: duas doses mensais de 100 mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada. c) rifampicina: uma dose mensal de 300 mg (2 cápsulas de 150 mg) com administração supervisionada. d) rifampicina: uma dose mensal de 500 mg (2 cápsulas de 250 mg) com administração supervisionada. e) duração do tratamento: 8 doses mensais supervisionadas de rifampicina. GRAU CARACTERÍSTICAS 0 • força muscular das pálpebras, das mãos e dos pés preservada; • sensibilidade da córnea e região palmar e plantar preservada (sente 2 g). 1 • diminuição da força muscular das pálpebras, das mãos e/ou dos pés; • diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos; • diminuição ou perda de sensibilidade palmar e/ou plantar (não sente 2 g ou toque da ponta da caneta). 2 Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio, entrópio, iridociclite, triquíase e opacidade corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou não conta os dedos a 6 m; Mãos: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção óssea; mão caída; atrofia muscular, contratura e feridas; Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção óssea; pé caído; contratura do tornozelo; atrofia muscular e feridas. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 Estuda que a vida muda! Tema: Hanseníase Palestrante Profª. Dayse Amarílio I Congresso Brasileiro On-line de Enfermagem para Concursos e Residências Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 FIGURA - Térmica (G1- Globo) Uso de Monofilamento na Avaliação de Sensibilidade FIGURA - Sorri-Bauru, 2013. FIGURA – R7,2017. DIFERENÇAS CLÍNICAS ENTRE REAÇÃO E RECIDIVA NA HANSENÍASE CARACTERÍSTICAS REAÇÃO RECIDIVA Período de ocorrência Frequente durante a poliquimioterapia (PQT) e/ou menos frequente no período de dois a três anos após término do tratamento. Em geral, período superior a cinco anos após término da Poliquimioterapia (PQT). Surgimento Súbito e inesperado. Lento e insidioso. Lesões antigas Algumas ou todas podem se tornar eritematosas, brilhantes, intumescidas e infiltradas. Geralmente imperceptíveis. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 DIFERENÇAS CLÍNICAS ENTRE REAÇÃO E RECIDIVA NA HANSENÍASE CARACTERÍSTICAS REAÇÃO RECIDIVA Lesões recentes Em geral, múltiplas. Poucas. Ulceração Pode ocorrer. Raramente ocorre. Regressão Presença de descamação. Ausência de descamação. Comprometimento neural Muitos nervos podem ser rapidamente envolvidos, ocorrendo dor e alterações sensitivo-motoras. Poucos nervos podem ser envolvidos com alterações sensitivo-motoras de evolução mais lenta. Resposta a medicamentos antirreacionais Excelente. Não pronunciada. FORÇA DESCRIÇÃO ORIENTAÇÃO FORTE Realiza o movimento completo contra a gravidade com resistência. Não necessita de exercícios. 5 DIMINUÍDA Realiza o movimento completo contra a gravidade com resistência parcial. Exercícios ativos com resistência. 4 Realiza o movimento completo contra a gravidade sem resistência. Exercícios ativos sem ou com pouca resistência. 3 Realiza o movimento parcial. Alongamento e exercícios passivos; exercícios com ajuda da outra mão. 2 Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 FORÇA DESCRIÇÃO ORIENTAÇÃO PARALISADA Contração muscular sem movimento. Alongamento e exercícios passivos; exercícios com ajuda da outra mão. 1 Paralisia (nenhum movimento). Alongamento e exercícios passivos. 0 HANSENÍASE Ag. Mycobacterium leprae / Hansen PI - 2 - 5 anos Caso: lesão (ões) com alteração de sensibilidade e/ou neurite Baciloscopia + (não obrigatória) Diagnóstico clínico epidemiológico Baciloscopia linfa/lesão se positivo - multibacilar PB MB Indeterminada / tuberculóide Dimorfa / Virchowiana 6 doses / 9meses 12 doses / 18 meses R - D R - D - Clo Controle: nº de doses em tempo estimado Atenção: avaliar os contatos e fazer BCG de acordo com cicatriz vacinal se contato sadio. Revisando Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 7. (EBSERH/HCU-UFU/VUNESP/2020) A Hanseníase é um problema de saúde pública reconhecido desde a 44ª Assembleia Mundial de Saúde. No Brasil, é prioridade da gestão do Ministério da Saúde por meio do Programa de Controle da Hanseníase. Assim, responda, quais são os elementos básicos para o controle desse agravo de saúde. a) Capacitação dos agentes comunitários de saúde e tratamento precoce. b) Campanhas de educação em saúde e diagnóstico precoce. c) Detecção e controle de contatos. d) Detecção, diagnóstico e tratamento precoce. e) Detecção e reabilitação. 8. (Pref. de Campinas-SP/VUNESP/2019) Considere os diferentes aspectos relacionados à hanseníase e assinale a alternativa correta. a) Para fins de tratamento, os portadores de hanseníase são classificados como paucibacilares, quando se observa a presença de seis ou mais lesões de pele ou baciloscopia de raspado intradérmico positiva, ou multibacilares, quando se observa a presença de até cinco lesões de pele com baciloscopia de raspado intradérmico negativo. b) O portador de hanseníase na forma tuberculoide não apresenta manchas visíveis; sua pele apresenta cor avermelhada, está seca e infiltrada; os poros apresentam-sedilatados, com aspecto de “casca de laranja”, tratando-se da forma mais contagiosa da doença. c) Os principais sinais e sintomas da hanseníase compreendem, entre outros itens, a presença de áreas da pele ou manchas hipocrômicas, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato e hirsutismo. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 8. (Pref. de Campinas-SP/VUNESP/2019) d) A hanseníase é transmitida por via respiratória e por objetos pessoais utilizados pelo doente com hanseníase, após contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com o indivíduo infectado não tratado. e) A investigação epidemiológica de contatos consiste em: anamnese dirigida aos sinais e sintomas da hanseníase, exame dermatoneurológico e vacinação BCG para os contatos sem presença de sinais e sintoma de hanseníase no momento da avaliação, não importando se são contatos de casos paucibacilar ou multibacilar. 9. (IF-MT/IF-MT/2019) No Brasil, a hanseníase ainda se constitui em um problema de saúde pública que exige uma vigilância resolutiva. De acordo com o Guia para o Controle da Hanseníase (2017), que integra a série de Cadernos de Atenção Básica, marque a alternativa CORRETA. a) Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou mais de uma das seguintes características: lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade; acometimento de nervo (s) com espessamento neural; baciloscopia positiva. b) A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos. O tempo de multiplicação do bacilo é rápido, podendo durar, no máximo,10 dias. c) O M. leprae tem baixa infectividade e alta patogenicidade, isto é, infecta muitas pessoas. No entanto, só poucas adoecem. Quando o nervo de uma área é afetado, surgem dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 9. (IF-MT/IF-MT/2019) d) O diagnóstico da doença e a classificação operacional do paciente em Paucibacilar ou em Multibacilar é importante para que possa ser selecionado o esquema de tratamento quimioterápico adequado ao caso, uma vez que a hanseníase é uma doença incurável e quanto mais precocemente diagnosticada e tratada mais rapidamente o paciente se estabiliza. e) A transmissão do M. leprae se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública: manual técnico operacional. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume 3. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia Prático sobre Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00 GABARITO 1 - B 2 - B 3 - D 4 - A 5 - D 6 - A 7 - D 8 - E 9 - A Francislana Petrucia da Silva - 721.819.311-00
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