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Farmacodinâmica dos Inibidores da Síntese de Ácidos Nucleicos

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Farmacodinâmica dos Inibidores da Síntese de Ácidos Nucleicos 
Esta classe possui fármacos inibidores da síntese de ácidos nucleicos bacterianos, fúngicos e até mesmo virais. 
Representando os antibacterianos inibidores da síntese de ácidos nucleicos: Quinolonas /Fluoroquinolonas
As quinolonas/fluoroquinolonas importantes são análogos fluorados sintéticos do ácido nalixídico. São eficazes contra diversas bactérias gram-positivas e gram-negativas. 
Mecanismo de Ação: As quinolonas bloqueiam a síntese de DNA bacteriano ao inibirem a topoisomerase II(conhecida também como DNA-girase) bacteriana e a topoisomerase IV. Dessa forma, a inibição da DNA-girase prejudica o relaxamento do fragmento do DNA superespiralado, afetando a transcrição e replicação. Enquanto isso, a topoisomerase IV inibida vai resultar no prejuízo da separação do DNA cromossomial replicado nas células filhas durante a divisão celular.
Medicações comuns desse grupo são:
Ciprofloxacino: 
Levofloxacino: 
Antifúngico inibidor da síntese de ácido nucleico:
Flucitosina: Análogo da primida hidrossolúvel relacionado com o agente quimioterápico 5-fluorouracila. 
Mecanismo de Ação/efeito: É captada pelas células fúngicas por meio da enzima citosina permease. È convertida em nível intracelular primeiramente a 5-FU, posteriormente é transformada em monofosfato de 5-fluorodeoxiuridina (FdUMP) e trifosfato de fluororidina (FUTP). Estes inibem, respectivamente, a síntese de DNA e RNA fúngico. 
Como a células humanas não conseguem converter o fármaco original em seus metabólitos ativos, esta classe é destacada por sua toxicidade seletiva, isto é, toxicidade direcionada somente aos fungos.
Antivirais inibidores da síntese de ácido nucleico: 
O aciclovir é um derivado acíclico da guanosi na, com atividade clínica contra HSV-1, HSV-2 e VZV. Devido à necessidade da cinase viral para a sua fosforilação inicial, o aciclovir é seletivamente ativado - e o metabólito ativo acumula-se- somente nas células infectadas. O trifosfato de aciclovir inibe a síntese de DNA viral por dois mecanismos: competição com o desoxiGTP pela DNA-polimerase viral, resultando em ligação ao modelo de DNA na forma de complexo irreversível, e interrupção da cadeia após incorporação no DNA viral.
O fanciclovir é o pró-fármaco éster diacetil do 6-desoxipenciclo vir, um análogo acíclico da guanosina. À semelhança do aciclovir, a ativação por fosforilação é catalisada pela timidina-cinase específica de vírus nas células infectadas, seguida de inibição competitiva da DNA-polimerase viral para bloquear a síntese de DNA. Entretanto, ao contrário do aciclovir, o penciclovir não produz interrupção da cadeia. O trifosfato de penciclovir exibe menor afinidade com a DNA-polimerase viral do que o trifosfato de aciclovir, porém alcança concentrações in tracelulares mais altas.
Referência:  KATZUNG, Bertram G.; TREVOR, Anthony J. (Orgs.). Farmacologia básica e clínica. 13 ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2017. 1202 p. (Conteúdo)
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