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ROTEIRO PRATICO MORFOLOGIA UNIFICADA - 2022-1

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1 
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
 NUTRIÇÃO, FARMÁCIA E FISIOTERAPIA 
 MORFOLOGIA UNIFICADA 
 2022-I 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE MORFOLOGIA 
 
 
http://mol.icb.usp.br/index.php/3-6-tecido-epitelial-glandular/ 
 
 
 
 
Profª Patrícia Santos e Técnica Sabrina Mendes 
 
 
 
ALUNO (a): _____________________________________________ 
 
 
 
 
CARATINGA 
2021-2 
NORMAS DE BIOSEGURANÇA E PARA O BOM FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO 
http://mol.icb.usp.br/index.php/3-6-tecido-epitelial-glandular/
 
2 
 
 
 
- Comparecer no laboratório no horário e turmas pré-determinados pela coordenação do curso; 
- O roteiro é de uso obrigatório no laboratório; 
- Entrar no laboratório somente com a presença do professor; 
- Deixar bolsas e mochilas sobre a bancada lateral (levar para bancada de microscopia apenas apostila e material para 
anotação); 
- Respeitar os princípios éticos que regem a profissão; 
- Não permanecer no laboratório após a saída do professor; 
- Não será permitido fumar, comer ou beber dentro do laboratório; 
- É obrigatório o uso de jaleco, sapato fechado e cabelos presos; 
- Não utilizar maquiagem e acessórios extravagantes; 
- Não será permitido o uso de bermudas; 
- Descartar material infectante/cortante no local correto; 
- Não brincar, correr ou falar alto; 
- Deixar a bancada organizada e limpa ao final da aula. 
- Deixar o microscópio e lentes limpos ao final da aula. 
 
 
- QUALQUER OCORRÊNCIA DEVE SER RELATADA AO PROFESSOR IMEDIATAMENTE ! 
 
 
 
 
 
A digitação das aulas 3 a 9 foi realizada pela técnica Sabrina Mendes do UNEC. 
 
 
 
 
Prof. Dra. Patrícia Santos 
Caratinga 
FEV 2022 
 
 
 
3 
 
AULA PRÁTICA 1 
 
DATA____/ ____/ ____ 
 
NORMAS DE BIOSEGURANÇA E USO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO 
OBJETIVOS: 
 
a. Conhecer as normas de biossegurança e uso do laboratório de Citologia do UNEC. 
b. Identificar as partes do microscópio óptico. 
c. Aprender o procedimento de manuseio correto do microscópio. 
d. Compreender o mecanismo básico do funcionamento das lentes para formação das imagens. 
ANTECEDENTES TEÓRICOS 
A microscopia óptica possibilita o aumento de imagens através da luz que, após incidir sobre a amostra, passa 
por um conjunto de lentes objetivas (que formam e aumentam a imagem) e oculares (que aumentam a imagem). Além de 
ampliar a imagem de um objeto, o microscópio serve para aumentar o poder de resolução do olho humano (0,1 - 0,2 mm). 
Poder de resolução é a capacidade de distinguir dois pontos muito próximos um do outro. Os microscópios ópticos têm um 
limite de resolução da ordem de 0,2 μm, ou seja, as lentes destes microscópios conseguem mostrar dois pontos distintos 
se estes estiverem separados por distâncias de pelo menos 0,2 μm. 
 
NORMAS PARA O BOM FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO E DE BIOSSEGURANÇA 
 
- Comparecer no laboratório no horário e turmas pré-determinados pela coordenação do curso; 
- Entrar no laboratório somente com a presença do professor; 
- Deixar bolsas e mochilas sobre a bancada lateral (levar para bancada de microscopia apenas apostila e material para 
anotação); 
- Respeitar os princípios éticos que regem a profissão; 
- Não permanecer no laboratório após a saída do professor; 
- Não será permitido fumar, comer ou beber dentro do laboratório; 
- É obrigatório o uso de jaleco, calça, sapato fechado e cabelos presos; 
- Não utilizar maquiagem e acessórios extravagantes; 
- Cada material deverá ser descartado no local de destinação correta; 
- Descartar material infectante/cortante no local correto; 
- Não brincar, correr ou falar alto; 
- Deixar a bancada organizada e limpa ao final da aula. 
- Qualquer intercorrência com produtos químicos deslocar-se imediatamente ao lava-olhos e chuveiro de emergência. 
 
 
- QUALQUER OCORRÊNCIA DEVE SER RELATADA AO PROFESOR IMEDIATAMENTE; 
 
 
 
4 
 
PROCEDIMENTO: 
 
PARTE 1) Identifique as diferentes partes do microscópio óptico na figura apresentada abaixo: 
 
 
d). Preencha a tabela abaixo identificando as partes do microscópio e suas respectivas funções: 
1. 
2 
3 
4 
5 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
16. 
 
5 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Parte 2: Uso do microscópio óptico: 
a. Pegue a lâmina contendo a letra A e focalize seguindo as normas para focalização nas objetivas de 4x, 10x e 40x. 
b. Como são calculados os aumentos finais das imagens em cada objetiva? 
c. Esquematize a imagem observada no campo de observação no espaço disponível abaixo. 
d. Descreva como é a imagem observada comparada àquela que está na lâmina? Explique porque isto ocorre (PODE 
FOTOGRAFAR). 
Para o uso correto do microscópio é imprescindível seguir os seguintes procedimentos: 
1- Descubra o microscópio, desenrole o cabo de força e conecte-o na voltagem correta. 
2- Verifique se: 
a) a platina está totalmente abaixada; 
b) a objetiva de menor aumento encaixada e 
c) o condensador está na posição mais elevada. 
3- Coloque a lâmina sobre a platina, segurando-a com uma das mãos e abrindo a presilha com a outra. 
4- Acenda a luz do microscópio (verifique se o potenciômetro de intensidade está no nível mais baixo e acione o interruptor) 
e centralize o material no orifício da platina utilizando os parafusos do charriot. Faça isso olhando lateralmente, o que 
facilita a operação. 
5- Movimentando o parafuso macrométrico, levante a platina até o ponto máximo, sem que a lâmina encoste na objetiva. 
6- Ajuste a distância interpupilar, olhe através das oculares e, ainda utilizando o parafuso macrométrico, desça lentamente 
a platina até que se possa visualizar o material a ser analisado. 
7- Acerte o ponto exato do foco com o parafuso micrométrico. 
8- Corrija a intensidade de luz e abertura do diafragma para evitar ofuscamento e permitir a percepção de profundidade de 
campo e o contraste desejados. Atenção: o condensador deve ser mantido na sua posição mais alta. 
9- Observe o material atentamente trabalhando o foco fino com o parafuso micrométrico. Para percorrer outro campo da 
lâmina, utilize o charriot. Centralize no campo de observação o material a ser observado na objetiva seguinte. 
10- Gire o revólver para passar para a próxima objetiva de maior aumento, lembrando sempre de regular a intensidade de 
luz e a abertura do diafragma, bem como corrigir a focalização com o parafuso micrométrico. (NÃO USE MAIS O 
MACROMÉTRICO PARA NÃO PROVOCAR QUEBRA DA LÂMINA OU DANIFICAR AS OBJETIVAS) 
11- Para utilizar a objetiva de 100X é imprescindível o emprego do óleo de imersão sobre a lâmina, o qual deverá será 
removido da objetiva com os devidos cuidados logo após o uso. 
12- Terminada a observação, encaixe a objetiva de menor aumento, baixe TOTALMENTE a platina, deixe a intensidade 
de luz no mínimo e desligue-a, retire a lâmina, limpe o microscópio e cubra-o com a capa. 
 
 
 
6 
 
AULA PRÁTICA 2 
 
DATA____/ ____/ ____ 
 
TÉCNICAS DE PREPARO DE MATERIAIS PARA MICROSCOPIA DE LUZ 
 
OBJETIVOS: 
 
a. Descrever as metodologias utilizadas no preparo de lâminas histológicas de materiais biológicos. 
b. Conhecer os passos do preparo de lâminas permanentes justificando o propósito de cada um. 
 
ANTECEDENTES TEÓRICOS: 
 
A correta observação do material biológico em microscopia óptica implica uma série de procedimentos técnicos 
prévios os quais designam-se genericamente por técnicas histológicas. A técnica histológica visa à preparação dos tecidos 
destinados ao estudo à microscopia de luz. O exame ao microscópio é feito geralmente por luz transmitida, o que significa 
que a luz deve atravessar o objeto a ser examinado. Assim, é necessária a obtenção de fragmentos dos tecidos que serão 
coletados em lâminas muito finas e transparentes. As lâminas permanentes têm por objetivo a utilização do material por 
longos períodos de tempo, no qual serão preservadas suas estruturas celulares. Para que se possa realizar oestudo 
histológico de órgãos, de tecidos, de células e conservar as características morfofisiológicas da célula viva, faz-se 
necessário a confecção de lâminas permanentes. Essas têm por objetivo a utilização do material por longos períodos de 
tempo, no qual serão preservadas suas estruturas celulares. Serão observadas ao microscópio óptico com clareza e 
nitidez, para isso, torna-se necessário um conjunto de etapas pelas quais os materiais de estudo precisam passar. 
 
ETAPAS: 
1. Obtenção do material biológico 
A primeira etapa do processo de preparo de uma lâmina consiste no isolamento do órgão ou fragmento do mesmo, 
podendo ser tanto de origem vegetal quanto animal. A retirada de amostras animais às vezes depende de lavagens 
sucessivas para retirada de fluídos corporais e sangue. A lavagem ocorre em solução fisiológica com concentração 
específica conferindo pressões osmóticas equivalentes aos diferentes tipos celulares. A concentração e importante para 
evitar alterações de volume na célula por diferenças osmóticas. A solução fisiológica mais simples e mais usada é a de 
cloreto de sódio a 0,9% (m/v). 
2. Fixação do tecido 
A fixação tem por finalidade conservar os tecidos com o aspecto mais próximo possível do material vivo. O fixador 
mais frequentemente utilizado é o Formol (formaldeído) a 10%. Outros fixadores também a base de aldeído são o 
paraformaldeido e glutaraldeido preservam a estrutura celular além de provocar baixa retração dos tecidos. 
O fixador deve causar o mínimo de dano ao tecido e produzir o mínimo de artefatos. A escolha adequada da 
solução fixadora irá variar de acordo com o material que irá ser usado para a inclusão. A solução de glutaraldeído 2,5% 
em tampão fosfato 0,1M, pH 7,4 ou a solução “formalina neutra tamponada” (NBF) são comumente usadas. Os fixadores 
preservam a estrutura dos tecidos ao interagirem com os grupos aminos das proteínas, através de pontes de hidrogênio. 
O órgão é submerso em formol e, dependendo da densidade do tecido, do seu tamanho e da temperatura 
ambiente, a fixação pode ser mais rápida ou mais lenta. A fixação paralisa o metabolismo celular e preserva as estruturas 
do tecido para os tratamentos posteriores. A fixação evita a autólise celular, impede a proliferação de microrganismos, leva 
ao endurecimento do tecido para que resista aos tratamentos posteriores. 
 
 
7 
 
3. Processamento em parafina e inclusão 
Tem por finalidade retirar a água do tecido e substituí-la por parafina, o que torna o tecido mais firme e, portanto, 
passível de ser cortado em fatias delgadas (4 a 10 μm). Isso é feito pela imersão dos cassetes em banhos sucessivos de 
álcool (que retira a água, mas não se mistura com parafina), de xilol (que se mistura tanto com o álcool quanto com a 
parafina) e finalmente de parafina aquecida (entre 55 e 60ºC). Dessa forma, toda a água do tecido é retirada e substituída 
por parafina. O tecido parafinizado é incluído em um pequeno bloco de parafina (Figura 1C), com a sua identificação, e 
posteriormente é submetido à microtomia. 
4. Microtomia e montagem de lâminas. 
Consiste em cortar o bloco de parafina em fatias muito delgadas. O micrótomo apresenta um componente que 
mantém o bloco firmemente preso e alinhado (braço) e outro mecanismo que movimenta o braço ao qual o bloco está 
preso. Esse movimento consiste em um movimento de subida e descida e em outro de avanço. Cada vez que o braço 
contendo o bloco completa um curso, o bloco é submetido à face afiada de uma navalha de aço e uma fatia delgada de 
parafina contendo tecido é cortada. Estes cortes são então colocados em banho-maria histológico, que contém água 
aquecida, com a finalidade de distendê-los e, em seguida, os mesmos são colocados em lâminas histológica. 
5. Desparafinização 
Antes da coloração das lâminas, há necessidade de se retirar a parafina na qual os cortes encontram-se incluídos. 
Para isso, os cortes são submetidos a sucessivos banhos em xilol. Em seguida são submetidos a banhos em álcool, em 
concentração decrescente, até serem hidratados. Para observação dos cortes histológicos, há necessidade de corá-los 
com corantes específicos de acordo com o objetivo do estudo. 
6. Coloração 
A coloração consiste em etapa muito importante para a visualização das estruturas do tecido. Normalmente são 
utilizados corantes hidrossolúveis, sendo necessária, desse modo, a remoção da parafina do material que foi preparado 
nas etapas descritas anteriormente e que permanece na lâmina de vidro. Existem muitos tipos de corantes, mas de um 
modo geral podem ser agrupados em três classes distintas: 1) corantes que diferenciam os componentes ácidos e básicos 
das células; 2) corantes especializados que diferenciam os componentes fibrosos da matriz extracelular; 3) sais metálicos 
que precipitam nos tecidos. 
 
2) PROCEDIMENTOS 
 
A. Observe os equipamentos e procedimentos para se confeccionar uma lâmina permanente no laboratório de 
Citologia e Histologia do UEC- Lab 101. Após a observação elabore um POP do laboratório de Citologia e Histologia 
do laboratório de acordo com a orientação do Professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
AULA PRÁTICA 3 
DATA____/ ____/ ____ 
 
MÉTODOS DE ESTUDO - OBSERVAÇÃO DE MATERIAL UTILIZANDO DIFERENTES TÉCNICAS HISTOLÓGICAS 
 
OBJETIVOS 
 
- Apresentar e descrever as principais técnicas de preparo e coloração de material histológico e compreender a afinidade 
entre os corantes usados e a estrutura celular identificada. 
 - Identificar e comparar as técnicas diagnósticas e terapêuticas desenvolvidas na área da biologia celular e molecular. 
 
PROCEDIMENTOS: 
Antes de observar as lâminas, LEMBRE-SE que: 
1- Para observar uma lâmina histológica ao microscópio óptico, focalize inicialmente o corte em pequeno 
aumento (objetiva 4X), em seguida, passe para o aumento médio (objetiva 10X) e posteriormente para o 
grande aumento (objetiva 40X). 
2- Utilize sempre as objetivas de pequeno e médio aumento para ter visão panorâmica do tecido. 
3- Utilize o charriot para escolher uma boa área do tecido para estudo. 
4- Faça desenho esquemático de cada lâmina, utilizando aumento apropriado para evidenciar as estruturas 
em estudo. Geralmente utiliza-se grande aumento. 
5- Para muar de lâmina, volte sempre para objetiva de pequeno aumento, troque a lâmina e recomece a 
focalização. 
6- As lâminas geralmente apresentam defeitos (artefatos de técnicas) como por exemplo dobras no corte, 
sujeira, retração do tecido. 
A- COLORAÇÃO HISTOLÓGICA 
 
Estrutura acidófila: afinidade por corante ácido 
Estrutura basófila: afinidade por corante básico 
 
Lâmina 69 – corte de fígado 
 Coloração histológica: HE 
 Hematoxilina: corante básico (cor arroxeada) 
 Eosina: corante ácido (cor rósea) 
 
Em pequeno e médio aumentos e utilizando o charriot, observe que o fígado tem aspecto esponjoso apresentando 
cavidades de tamanhos variados. Algumas destas cavidades pode, às vezes, conter sangue em seu interior. 
Passe para o grande aumento e observe a organização dos hepatócitos no fígado, conforme esquema a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
1- Células hepáticas ou hepatócitos formando fileiras 
2- Capilares sinusites, em imagem negativa, entre as fileiras de hepatócitos. Estes capilares convergem para um vaso 
sanguíneo maior (veia centro lobular), que geralmente apresenta-se em corte transversal. 
Observe, ainda, no grande aumento a morfologia dos hepatócitos: 
 
1 – Núcleo: arredondado, corado pela hematoxilina, corante básico, sendo, portanto, basófilo, devido a presença de ácidos 
nucléicos (DNA e RNA) em sua cromatina. O hepatócito geralmente apresenta um núcleo. 
 2 – Nucléolos: granulação basófila, grosseira e bem definida no interior do núcleo, sendo 1 ou 2 por núcleo. 
 3 – Citoplasma: cora-se pela eosina, corante ácido (acidófila) por conter predominância de substâncias básicas. 
 4– Limite celular: não é visível, pois a espessura da membrana plasmática está abaixo do limite de resolução do 
microscópio óptico. No entanto, considerando-se que a maioria dos hepatócitos apresentam apenas um núcleo, pode-se 
determinar arbitrariamente um limite celular para os hepatócitos. 
 
 Além dos hepatócitos, o fígado possui outras células, por exemplo: células endoteliais, encontradas no epitélio 
luminal dos vasos sanguíneos e células do tecido conjuntivo com núcleos alongados e fortemente basófilos. 
 
ATIVIDADE 1 
 
Faça um desenho esquemático ou fotografe em grande aumento, indicando os componentes estruturais dos hepatócitos. 
 
Lâmina 2 – corte de fígado 
 Técnica histológica: Polak 
 Contra - coloração: Eosina 
 
 
O método de Polak é uma técnica histológica para identificação de mitocôndrias. 
 Conforme observado na lâmina 69, o fígado é constituído de fileiras de hepatócitos separados por capilares 
sinusóides. 
 Em grande aumento, observe: 
1- Mitocôndrias: grânulos pequenos e negros espalhados em todo citoplasma dos hepatócitos. 
2- Citoplasma dos hepatócitos: corados pela eosina 
3-Núcleos dos hepatócitos: em imagem negativa (região arredondada e rósea). Em algumas lâminas, os núcleos podem 
apresentar-se em negro (artefato de técnica). 
 
 
10 
 
As mitocôndrias distribuem-se homogeneamente no citoplasma dos hepatócitos fornecendo energia para os 
processos de síntese de substâncias. Em outros tecidos, como por exemplo, no rim, as mitocôndrias se concentram na 
base das células dos túbulos renais fornecendo energia para o transporte ativo de íons. 
 
ATIVIDADE 2 
 
Faça um desenho esquemático ou fotografe em grande aumento, indicando os componentes estruturais dos hepatócitos. 
 
 
B- TÉCNICAS HISTOQUÍMICAS 
 
 
1) TÉCNICA DO PAS (periódic acid-Schiff) 
 
A coloração ácido periódico-Schiff ou coloração PAS (do inglês Periodic acid-Schiff) é um método 
de coloração usado em histologia e patologia. Este método é primariamente usado para identificar glicogênio em tecidos. 
A reação do ácido periódico seletivamente oxida os resíduos de glicose, produzindo aldeídos que reagem com o reagente 
de Schiff e produz uma cor púrpura-magenta. Um corante básico adequado é frequentemente usado como um corante de 
contraste. 
A coloração PAS é principalmente usada para colorir estruturas contendo uma alta proporção de macromoléculas 
de carboidratos (glicogênio, glicoproteína, proteoglicanos), tipicamente encontrado em tecidos conjuntivos, mucos, 
e lâminas basais. 
 
 
Lâmina 3 – corte de fígado 
 Técnica histoquímica: PAS 
 Contra - coloração: hematoxilina 
 
Conforme observado anteriormente na lâmina 69, o fígado tem aspecto esponjoso sendo constituído de 
hepatócitos em fileiras separados por capilares sinusóides que convergem para vasos sanguíneos maiores. Este aspecto 
geral do tecido pode ser observado em pequeno e médio aumentos e utilizando o charriot. 
 Passe para a objetiva de grande aumento e observe: 
 
 1 – Grãos de glicogênio PAS – positivos distribuídos homogeneamente no citoplasma dos hepatócitos. Em 
algumas lâminas, os grânulos podem estar concentrados em um lado da célula. Esta organização é artefato de técnica 
causado pela difusão do fixador que ao penetrar no tecido deslocou os grânulos de glicogênio. 
 2 – Núcleo dos hepatócitos corados pela hematoxilina, corante histológico. 
 
ATIVIDADE 3 
 Faça um desenho esquemático ou fotografe em grande aumento, indicando os componentes estruturais observados. 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colora%C3%A7%C3%A3o_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Histologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicog%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_peri%C3%B3dico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alde%C3%ADdo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reagente_de_Schiff
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reagente_de_Schiff
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corante_de_contraste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corante_de_contraste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carboidrato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicoprote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proteoglicano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muco
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A2mina_basal
 
11 
 
2) REAÇÃO DE FEULGEN 
 
A reação de Feulgen é uma técnica citoquímica, específica para DNA. Ela pode ser utilizada de modo qualitativo 
e quantitativo. Por muito tempo, esta reação foi usada em métodos de quantificação do DNA, mas atualmente isso tem 
perdido força devido ao desenvolvimento de outros métodos. Esta reação é baseada nas propriedades químicas da fucsina 
e na ação hidrolítica do HCl sobre o DNA. Em condições ideais, o HCl 1M a 60 C, promove a retirada das bases púricas 
do DNA, deixando um ponto para uma ligação aldeídica no carbono 1 da pentose. Logo depois o DNA é evidenciado pelo 
tratamento com o reativo de Schiff. 
 
 
https://citogeneticavegetal.files.wordpress.com/2012/03/mc3a9todo-de-feulgen1.pdf 
Lâmina 8 – corte de fígado 
 Técnica histoquímica: reação de Feulgen 
 Contra - coloração: verde luz (ácido) 
 
 Em grande aumento, observe: 
 
 1 – Reação Feugen-positiva (bonina) nos núcleos dos hepatócitos devido ao DNA presente em seus grânulos de 
cromatina. 
 2 – Citoplasma dos hepatócitos corados pela verde luz, corante histológico ácido 
 3 – Reação Feulgen – positiva (bonina) em núcleos alongados, de outras células presentes no fígado, indicando também 
a presença de DNA. O nucléolo não precisa ser visualizado, pois apresenta reação de Feulgen-negativa. 
 
ATIVIDADE 4 
 Faça um desenho esquemático ou fotografe em grande aumento, indicando os componentes estruturais 
observados. 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
 
Rizzo, e. & Bazzoli, n. 2000. Roteiro de aulas práticas de citologia e histologia geral. Departamento de Morfologia ICB-
UFMG. 2000. (Esquemas M. Duarte baseados em lâminas histológicas, livros e atlas de histologia). 
 
 
 
12 
 
ANOTAÇÕES E ESQUEMAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
AULA PRÁTICA 4 
 
DATA____/ ____/ ____ 
 
TECIDO EPITELIAL 
OBJETIVOS: 
 
a. Descrever as características e funções gerais do tecido epitelial; 
b. Indicar as semelhanças e diferenças entre os dois tipos de epitélio (revestimento x glandular); 
c. Classificar e descrever os diferentes tipos (classificações) de epitélio de revestimento (morfologia celular x nº de 
camadas e tipos especiais) e exemplificar a localização de cada um; 
d. Diferenciar os diferentes tipos de epitélio glandular de acordo com: local de ação da secreção e meio pelo qual a 
secreção chega ao local de ação (exócrinas x endócrinas). 
 
ANTECEDENTES TEÓRICOS 
A histologia estuda as células e o material extracelular que constituem os tecidos do corpo. As células são unidades 
biológicas que agrupadas com a mesma função geral e a mesma origem embrionária compõe os diferentes tecidos. 
As células podem ser classificadas como: 
 
- Células lábeis: pouco diferenciadas, de curta duração e que não se reproduzem. Após cumprirem suas funções, 
morrem e são substituídas. Ex: as hemácias, que tem um tempo de vida de 120 dias. 
- Células estáveis: constituem a grande maioria dentre as numerosas variedades celulares do nosso organismo. São 
células que se diferenciam durante o desenvolvimento embrionário e depois mantêm um ritmo constante de 
multiplicação. Podem durar meses ou anos. Ex: as fibras musculares lisas e os diversos tipos de células epiteliais e 
conjuntivas. 
- Células permanentes: dura toda a vida. Atingem alto grau de especialização e por isso, depois de concluídaa 
formação, perdem a capacidade de reprodução. É o que se verifica com as fibras musculares estriadas e com os 
neurônios. Não há renovação dessas células nos organismos depois do nascimento. Ex: células musculares 
estriadas esqueléticas, cardíacas e células nervosas. 
 
Os tecidos são formados por quatro tipos básicos: 
 
a) Tecido Epitelial 
 Sua função principal é o revestimento da superfície externa de órgãos como a pele, ou revestimento interno de 
vísceras ou cavidades do corpo, além de secreção glandular; chamamos de endotélio, os tecidos que revestem os 
órgãos internamente, como no útero, o endométrio, e assim sucessivamente em outros órgãos. 
 
b) Tecido Conjuntivo 
 Trata-se de um tecido especializado em preenchimento, apoio, sustentação, reserva energética e proteção (faz 
parte deste grupo o tecido adiposo, o tecido ósseo e o tecido cartilaginoso). 
 
 
 
c) Tecido Muscular 
 Através de contrações realizam todos os movimentos do corpo, como o peristaltismo intestinal que mobiliza o bolo 
fecal, quanto os movimentos das pernas quando caminhamos; 
 
 
14 
 
d) Tecido Nervoso 
 Realiza a transmissão de impulsos nervosos, comunicando o meio interno com o ambiente externo. 
 
 Estes tecidos existem no nosso organismo, associados uns aos outros, formando diferentes órgãos e tecidos. Os 
nossos órgãos são formados por dois componentes: 
 
- Parênquima: que são as células responsáveis pela função típica do órgão, tecido especifico funcional de uma 
glândula ou órgão. 
- Estroma: tecido de sustentação. Com exceção do cérebro e da medula espinhal, o estroma é constituído por tecido 
conjuntivo. Em geral contém a vascularização e a inervação do órgão. 
 
ATENÇÃO: para auxiliar os estudos com visualizações dos tecidos das lâminas, na parte prática, use o atlas on line 
da UFMG - http://www.icb.ufmg.br/mor/hem/atlas_histologico.html 
 
 
TECIDO EPITELIAL 
 
• Características: 
 O Tecido Epitelial (TE) possui algumas características essenciais que permitem a sua diferenciação de outros 
tecidos do corpo. Ocorre uma justaposição das suas células poliédricas. Esta forma pode ser justificada pela pressão 
exercida por outras células e a ação modeladora do citoesqueleto; a justaposição das células pode ser explicada pela 
pequena quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. A grande capacidade de coesão entre as células é 
outra característica e ocorre devido a especializações de membrana e ao glicocálix. O TE é avascularizado, fazendo 
da presença de lâmina basal indispensável à sua nutrição. 
 
• Origem: 
Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários. 
- Ectoderma: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, ânus). 
- Endoderma: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas. 
- Mesoderma: endotélio (vasos sanguíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas). 
• Funções: 
 A função de revestimento envolve a de proteção - como a epiderme que protege os órgãos internos de agentes 
externos - e a de absorção - como é o caso das mucosas. Exerce uma importante função secretora, uma vez que as 
glândulas são originárias do TE, e são classificadas como Tecido Epitelial Glandular. Além disso, o TE exerce uma 
função sensorial com os neuroepitélios (Ex. retina). 
 
 
 
 
A) TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
 
 Forma uma barreira que cobre as superfícies do corpo e o revestimento dos tubos e ductos que se comunicam 
com a superfície. Também reveste as cavidades corporais, isto é, as cavidades pleural, pericárdica e peritoneal, 
formando ainda o revestimento do coração, vasos sanguíneos e linfáticos, trato digestivo e geniturinário. 
 Apresenta diversas funções, dependendo do local em que ocorrem. A epiderme tem como principais funções a 
proteção contrachoques mecânicos e agentes patogênicos e contra a perda excessiva de água. O epitélio que reveste 
http://www.icb.ufmg.br/mor/hem/atlas_histologico.html
 
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o tubo digestório tem importante função na absorção de alimento e reabsorção de água. No sistema respiratório, ao 
nível dos alvéolos pulmonares, o epitélio encarrega-se das trocas gasosas. 
 
• Associações dos epitélios de revestimento 
 
- Na pele - É constituída por tecido epitelial (epiderme) associado ao tecido conjuntivo (derme) que reveste o corpo 
externamente. 
- Na mucosa - É constituída por tecido epitelial associado ao tecido conjuntivo que reveste internamente cavidades 
como nariz, boca, estômago etc. O papel da mucosa é dar proteção. 
- Na serosa - É constituída por tecido epitelial associado ao tecido conjuntivo que reveste externamente o coração 
(pericárdio), os pulmões (pleura) e o intestino (peritônio) 
 
• Classificação 
 A classificação dos diferentes tipos de epitélio baseia-se em diversos parâmetros, como a forma da célula e o 
número de camadas. 
 Há três tipos básicos de células, cuja nomenclatura se relaciona com a forma celular: células pavimentosas, 
cúbicas e cilíndricas. 
 O epitélio de transição é um tipo especial de epitélio restrito ao revestimento das vias urinárias, e suas células 
variam sua morfologia dependendo do grau de estiramento. 
As células epiteliais podem dispor-se em uma única camada (epitélio simples), ou organizar-se em várias camadas, 
onde a camada mais inferior entra em contato com a membrana basal (epitélio estratificado). No epitélio 
pseudoestratificado as células epiteliais parecem dispor-se em camadas, mas todas estão em contato com a 
membrana basal, porém nem todas alcançam a superfície livre. 
 Além da análise que leva em consideração o número de camadas e o formato celular, os epitélios ainda podem 
ser classificados observando-se a presença de especializações de superfície livre, como microvilosidades, cílios e 
estereocílios. 
 
a) Epitélio Estratificado Pavimentoso - Epiderme 
 
Nossa pele é dividida em três camadas: epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é formada por tecido epitelial 
estratificado pavimentoso. Sua origem embriológica encontra-se na ectoderme, mais precisamente no epiblasto. 
 É a nossa primeira barreira protetora. As camadas mais externas são mortas, pelo acúmulo de queratina (proteína 
impermeável). A camada germinativa, localizada na base da epiderme, promove a reposição contínua dessas células 
que morrem e destacam-se. 
 Na epiderme encontram-se terminações nervosas. Logo, ela também tem a função de receber estímulos do 
ambiente. Outras estruturas, apesar de terem origem dérmica, ganham o exterior do corpo atravessando a epiderme, 
como os pelos, as glândulas sebáceas e as sudoríparas. 
 No tecido epidérmico encontramos também os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que dá a 
cor à pele, aos pelos e cabelos, além de filtrar os raios UV. 
 
b) Epitélio Simples Pavimentoso – Endotélio 
 
 O endotélio reveste os capilares, constituindo-se de uma delgada camada celular. 
Sendo muito fino, sua resistência é pequena. Contudo, a capacidade de difusão de gases e outras substâncias através 
do endotélio é muito grande. 
 
16 
 
 
c) Epitélio Pseudoestratificado Prismático ou Colunar Ciliado – Traqueia 
 
 Na verdade, o tecido que reveste a traqueia tem apenas uma camada celular. Porém, os núcleos de suas células 
encontram-se em alturas diferentes, dando a impressão de estratificação (pseudoestratificado). 
 Existem células secretoras de muco espalhadas por este epitélio. Tais células têm forma de cálice, por isso, 
denominadas caliciformes. O muco tem função de proteção (as impurezas aderem-se a ele). 
 O epitélio que reveste a traqueia é ciliado. Os cílios têm a função de “varrer” o muco produzido pelas células 
caliciformes. 
 Esse conjunto de cílios e muco, além da própria barreira física do epitélio, tem a função de proteger as vias 
respiratórias. 
 
d) Epitélio Simples Cilíndrico – Intestino Delgado 
 
 Como nos demais casos, este epitélio mostra uma estreita adaptaçãoentre a forma e a função: é simples, 
facilitando a difusão de substâncias (absorção de alimento). 
 As membranas plasmáticas das células deste tecido apresentam microvilosidades – especializações que 
aumentam a superfície de contato entre a célula e o meio externo, aumentando assim, a capacidade de absorção de 
nutrientes. 
 
e) Epitélio de Transição - Bexiga Urinária 
 
 Na bexiga urinária está presente um epitélio que muda de forma conforme o grau de distensão do órgão, por isso 
denominado epitélio de transição. 
 
B) TECIDO EPITELIAL GLANDULAR 
 
 É formado por um conjunto de células especializadas cuja função é a produção e liberação de secreção. 
 As células secretoras de uma glândula são conhecidas como parênquima, enquanto que o tecido conjuntivo no 
interior da glândula e que sustenta as células secretoras, é denominado de estroma. O estroma sustenta também 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
 As glândulas originam-se de grupos de células que se multiplicam a partir do epitélio e se aprofundam, formando 
inicialmente canais ou então cordões. No caso de se formarem canais, suas células mais profundas produzem 
substâncias que são lançadas na superfície do epitélio, em órgãos internos (glândulas digestivas) ou externamente na 
pele (glândulas sudoríparas, sebáceas, mamárias). Todas essas glândulas são chamadas exócrinas, justamente pela 
existência de um canal para eliminar seus produtos. 
 Quando formam cordões em vez de canais, as glândulas ficam isoladas dos epitélios que as originaram, 
mergulhadas no interior de outros tecidos. São atravessadas por vasos sanguíneos, e seus produtos são levados 
diretamente para a corrente sanguínea. Essas glândulas são chamadas endócrinas e seus produtos são os hormônios. 
 
 
 
Quanto ao local onde a secreção é lançada, as glândulas podem ser classificadas como: 
 
a) Glândulas endócrinas: as glândulas não possuem ductos e sua secreção ganha a corrente sanguínea, onde será 
distribuída para todo o corpo. A secreção endócrina é a secreção de mensageiros químicos (hormônios), os quais 
atuam sobre tecidos distantes do local de sua produção. Ex: a hipófise, a tireoide e as adrenais. 
 
17 
 
b) Glândulas exócrinas: são aquelas que lançam suas secreções em cavidades ou superfícies do corpo através de 
canais ou dutos. Ex: glândulas salivares, glândulas mamárias, glândulas sudoríparas e glândulas lacrimais. 
c) Glândulas mistas ou anficrina: são aquelas que possuem funções endócrinas e exócrinas. Ex: pâncreas: insulina 
-> sangue (função endócrina) suco pancreático-> intestino delgado (função exócrina). 
 
Quanto ao número de células, as glândulas podem ser classificadas como: 
 
a) Unicelular: a secreção é elaborada apenas por células especializadas ocasionais (por exemplo: células 
caliciformes muco-secretoras) espalhadas entre outras células não secretoras. 
b) Multicelular: a secreção é realizada por um conjunto de células. 
 
Reunindo-se os dois parâmetros acima citados, podemos classificar as glândulas como: 
a) glândula endócrina unicelular 
b) glândula endócrina multicelular 
c) glândula exócrina unicelular 
d) glândula exócrina multicelular 
 
As substâncias produzidas pelas glândulas podem ser chamadas secreções, quando ainda úteis para o organismo, 
caso dos hormônios e dos sucos digestivos. São excreções quando resultam do metabolismo (como o suor). 
 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Ao observar as lâminas LEMBRE-SE que: 
 
a) O limite das células epiteliais não é visível ao microscópio óptico pois a espessura da membrana plasmática está 
abaixo de seu limite de resolução 
b) Consequentemente, a forma das células epiteliais é determinada observando-se o formato de seus núcleos. 
c) A cada núcleo corresponde uma célula epitelial. 
d) O limite inferior do epitélio é marcado pelo tecido conjuntivo uma vez que a membrana basal não é visualizada ao 
microscópio óptico, principalmente quando se utilizam técnicas de rotina. 
e) O número de camadas do epitélio é determinado observando-se a posição dos núcleos das células epiteliais. 
f) Médio aumento refere-se ao uso da objetiva de 10X e grande aumento de 40 X, ou seja, aumentos finais de 100x e 
400x, respectivamente. 
 
 
A) EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO SIMPLES 
 
Lâmina 59 - corte transversal de estômago (região fúndica) 
 Coloração: HE 
 
 
Localize o epitélio que reveste a superfície cavitária do órgão na região arroxeada do corte a qual pode ser identificada 
macroscopicamente. 
Em GRANDE AUMENTO, observe a morfologia deste epitélio de revestimento: 
 
18 
 
 
a) camada única de células justapostas: este aspecto é observado localizando-se o limite inferior do epitélio em contato 
com o tecido conjuntivo (corado pela eosina) 
 
b) células epiteliais prismáticas ou colunares: cada célula possui um núcleo alongado localizado na região basal 
próximo ao tecido conjuntivo e citoplasma eosinófilo, também alongado. 
 
Este epitélio não apresenta especializações, no entanto, as células prismáticas do estômago são produtoras de muco, 
sendo às vezes, referido como epitélio muciparo. 
 
CLASSIFICAÇÃO: E. R. SIMPLES PRISMÁTICO. 
 
Lâmina 62 - corte de intestino delgado (jejuno-íleo) 
 Coloração: HE 
 
O intestino delgado apresenta elevações digitiformes (vilosidades intestinais) na sua superfície cavitária (região 
arroxeada do corte) abaixo. 
 
Em PEQUENO AUMENTO, identifique as vilosidades intestinais em corte longitudinal, obliquo ou transversal. Localize 
o epitélio que reveste as vilosidades intestinais em corte longitudinal. 
 
Em GRANDE AUMENTO, observe a morfologia deste epitélio: 
 
a) camada única de células: localize o limite inferior do epitélio em contato com o tecido conjuntivo. 
 
b) células epiteliais prismáticas: possuem núcleos alongados localizados na base do epitélio, próximo ao tecido 
conjuntivo do eixo das vilosidades. O citoplasma das células epiteliais é acidófilo e também alongado. 
 
c) especializações: 
- borda estriada: aparece como linha mais corada na superfície apical do epitélio. Ao microscópio eletrônico, a borda 
estriada corresponde as microvilosidades das células prismáticas (célula absortiva intestinal). 
- células caliciformes: ficam entremeadas no epitélio entre as células prismáticas. São células globosas, pouco coradas 
ou em imagem negativa e com núcleos basais. As células caliciformes, células secretoras de muco, possuem 
citoplasma em forma de cálice (base afilada e ápice dilatado). 
 
CLASSIFICAÇÃO: E. R. SIMPLES PRISMÁTICO COM BORDA ESTRIADA E CÉLULAS CALICIFORMES. 
 
Lâmina 43 - corte de feixe vasculo-nervoso 
 Coloração: HE 
 
 
O feixe vásculo-nervoso é o conjunto de vasos sanguíneos e fibras nervosas envolvidos por tecido conjuntivo. 
Em PEQUENO E MÉDIO AUMENTOS, identifique os vasos sanguíneos em cortes transversais que se caracterizam 
por conter lume (cavidade) as vezes com restos de sangue em seu interior e parede formada por diferentes tecidos. 
Em GRANDE AUMENTO, procure identificar o epitélio que reveste o lume destes vasos (endotélio) e observe sua 
morfologia: 
 
19 
 
 
a) camada única de células. 
b) células epiteliais pavimentosas: possuem núcleo alongado e denso, fazendo saliência na luz do vaso e citoplasma 
escasso, de difícil visualização. A forma alongada, pavimentosa, é indicada pelo distanciamento entre os núcleos. Em 
determinadas regiões, o endotélio pode estar desgarrado da parede do vaso, facilitando a visualização da forma das 
células. 
 
CLASSIFICAÇÃO: E. R. SIMPLES PAVIMENTOSO 
 
Lâmina 73 – corte transversal de traqueia 
 Coloração: HE 
 
Localize o epitélio de revestimento na superfície cavitária da traqueia, em PEQUENO E MÉDIO AUMENTOS. 
Em GRANDE AUMENTO, localize o limite inferior do epitélio, em contraste com o tecido conjuntivo (corado pela 
eosina). Observe a morfologia deste epitélio: 
 
a)núcleos em várias alturas: dando falsa impressão de epitélio estratificado sendo denominado pseudoestratificado. 
b) células são prismáticas: pelo formato dos núcleos, observam-se 2 tipos celulares: 
- célula prismática alta: com núcleo vesiculoso, alongado acompanhando o formato da célula e cílios na superfície 
apical. 
- célula prismática baixa: possui núcleo ovoide localizado na base do epitélio. Esta célula não atinge a superfície livre 
sendo também chamada célula basal. 
c) especializações: cílios e células caliciformes. 
 
Como todas suas células tocam a membrana basal é classificado como epitélio simples. 
 
CLASSIFICAÇÃO: E. R. SIMPLES PRISMÁTICO PSEUDO-ESTRATIFICADO CILIADO E COM CELULAS 
CALICIFORMES 
 
 
B) EPITELIOS DE REVESTIMENTOS ESTRATIFICADOS 
 
Lâmina 51 - corte de pele espessa 
 Coloração: HE 
 
 
Identifique o epitélio de revestimento na superfície do corte, em PEQUENO AUMENTO. 
Em MEDIO E GRANDE AUMENTOS, observe sua morfologia: 
 
a) várias camadas de células: pode ser observado pela posição dos núcleos das células epiteliais. Identifique o limite 
inferior do epitélio em contato com o tecido conjuntivo. 
b) células da camada basal (camada germinativa): próximas ao tecido conjuntivo são prismáticas como pode ser 
observado pela forma de seus núcleos. 
c) células da camada intermediaria: células com núcleos ovoides, sendo, portanto, cuboides. 
 
20 
 
d) células da camada apical: células pavimentosas com grânulos basófilos citoplasmáticos. As células pavimentosas 
são as mais diferentes deste epitélio sendo, então, referidas na classificação. 
e) camada espessa de queratina: acima da camada de células pavimentosas, observa-se, menos corada, sem núcleos 
e constituída de células mortas totalmente queratinizadas. 
Na superfície, a queratina, sofre descamação e na base, as células prismáticas, dividem-se por mitose (camada 
germinativa) e diferenciam-se para recompor o epitélio. Este epitélio é característico de superfície seca, sujeita a atrito 
e ressecamento. 
 
CLASSIFICAÇÃO: E. R. ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO 
 
Lâmina 57 - corte transversal de esôfago. 
 Coloração: HE 
 
 
Em PEQUENO E MÉDIO AUMENTOS, observe que o esôfago tem cavidade irregular com dobras ou pregas. 
Identifique o epitélio de revestimento na superfície cavitária do órgão. 
Em GRANDE AUMENTO, observe sua morfologia: 
 
a) várias camadas de células: semelhante ao epitélio da pele - camada basal de células prismáticas próximas ao tecido 
conjuntivo; várias camadas de células cúbicas (camada intermediária) e, ultima camada (camada apical) de células 
pavimentosas com núcleos densos. Estas células sofrem descamação enquanto as células basais dividem-se por 
mitoses para recompor o epitélio. 
b) não apresenta queratina: este epitélio é característico de superfície úmida. 
 
CLASSIFICAÇÃO: E. R. ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO. 
 
C) EPITELIO ESTRATIFICADO DE TRANSIÇÃO 
 
Lâmina 77 - corte de bexiga 
 Coloração: HE 
 
 
Identifique o epitélio de revestimento da bexiga na superfície cavitária que se apresenta irregular e pregueada. Este 
epitélio apresenta adaptações que permitem a dilatação do órgão. 
Em GRANDE AUEMNTO, observe a morfologia deste epitélio: 
a) núcleos em diferentes posições: células basais prismáticas próximas ao tecido conjuntivo, células intermediarias 
cúbicas semelhante a epitélios estratificados. 
 
b) camada de célula superficial: células grandes de superfície globosa com núcleos ovoides é a principal característica 
morfológica deste epitélio. 
No estado de dilatação, o epitélio de revestimento da bexiga sofre modificações no número de camadas e na forma 
das células epiteliais (ESQUEMA abaixo) sendo classificado como epitélio de transição. 
Alguns autores consideram a classificação deste epitélio como estratificado baseados em seu aspecto ao MO. Outros 
consideram a classificação quanto ao número de camadas inadequada para este epitélio, pois a microscopia eletrônica 
mostrou que as células superficiais tem forma de cogumelo com longo prolongamento citoplasmático que toca a 
membrana basal. 
 
21 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: EPITELIO ESTRATIFICADO DE TRANSIÇÃO OU EPITELIO DE TRANSIÇÃO. 
 
 
D) EPITÉLIO GLANDULAR - GLÂNDULAS EXÓCRINAS 
Lâmina 66 - corte de submandibular Coloração: Tricrômico de Gomori 
 
 
Como a parótida, a submandibular é um órgão e também possui extensa árvore de ductos e inúmeros ácinos. 
 
Em PEQUENO E MÉDIO AUMENTOS, identifique ácinos pouco corados, ácinos fortemente corados (vermelho) e 
ductos em cortes transversais e oblíquos (róseos). 
Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, identifique: 
 
a) ductos: são encontrados no interior dos lóbulos (intralobulares) e entre os lóbulos da glândula (interlobulares). 
Apresentam coloração clara (rósea) e são constituídos por células cúbicas ou prismáticas, dependendo do calibre do 
ducto. Possuem lume amplo, regular e podem conter secreção acidófila em seu interior. Observe que os ductos 
possuem diferentes calibres indicando que a glândula é composta. 
b) forma dos adenomeros: acinosos e túbulo-acinosos. 
c) aspecto histológico dos ácinos: serosos corados em vermelho pelo cromotropo 2R e sero-mucosos com uma semi-
lua serosa (vermelha) e com a parte mucosa fracamente corada (verde luz). 
Utilizando-se cortes seriados, verificou-se que os adenômeros desta glândula podem ser de 2 tipos apenas: acinosos 
serosos e túbulo-acinosos sero-mucosos (ESQUEMA abaixo). 
 
CLASSIFICAÇÃO: G. EXÓCRINA COMPOSTA TUBULO-ACINOSA SERO-MUCOSA 
 
Lâmina 80 - corte de tireoide 
 Coloração: HE 
 
Em PEQUENO E MÉDIO AUMENTOS, observe: 
a) ausência de ductos. 
b) folículo glandular: é constituído por camada única de células cuboidais (tireócitos), revestindo uma cavidade ampla 
(lume do folículo) repleta de secreção acidófila homogênea. Em alguns folículos observam-se áreas vacuolizadas que 
 
22 
 
indicam reabsorção do coloide (tireoglobulina) pelos tireócitos. Capilares sanguíneos são encontrados no conjuntivo 
entre os folículos (não é necessário identificá-los). 
 
CLASSIFICAÇÃO: GLÂNDULA ENDÓCRINA FOLICULAR. 
 
 
Lâmina 68 - corte de pâncreas 
 Coloração: Hemat (com lúmen de cromo) e floxina. 
 
 
Em PEQUENO E MÉDIO AUMENTOS, observe que o pâncreas é constituído de 2 regiões distintas: parte exócrina, 
basófila, fortemente corada, que representa a maior parte da glândula e parte endócrina, de coloração mais clara, 
constituída de aglomerados de células, as ilhotas de Langherans (ilhotas pancreáticas). 
 
Em GRANDE AUMENTO, observe a morfologia da porção exócrina da glândula: 
 
a) ductos: são ramificados e possuem diferentes calibres. Os ductos maiores localizados nos septos de tecido 
conjuntivo (interlobulares) são facilmente identificados, sendo constituídos de células prismáticas altas podendo 
apresentar células caliciformes. Ductos intralobulares constituídos de epitélio simples cúbico são pouco numerosos 
(não é necessário identificá-los). 
b) ácino seroso: com ergatoplasma na região basal e grãos de zimogênio na região apical. 
c) forma dos adenomeros: acinoso seroso 
 
CLASSIFICAÇÃO: GLÂNDULA EXÓCRINA COMPOSTA ACINOSA SEROSA. 
 
F) EPITÉLIO GLANDULAR - GLÂNDULA ANFÍCRINA 
 
Ainda utilizando a Lâmina 68, em MÉDIO AUMENTO, identifique a porção endócrina do pâncreas e, em GRANDE 
AUMENTO observe sua morfologia: 
 
a) vários aglomerados de células endócrinas: entremeadas na porção exócrina na glândula. Cada aglomerado de 
célula é uma ilhota pancreática ou ilhota de Langherans. 
b) células glandulares dispostas em cordões enovelados: separados por capilares sanguíneos. São facilmente 
reconhecidas: células acidófilas (células alfas: secretoras de glucagon) e células basófilas (células betas: secretoras 
de insulina). 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ILHOTA DE LANGHERANS: GLÂNDULA ENDÓCRINACORDONAL 
 
CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DO PÂNCREAS: GLÂNDULA ANFICRINA 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABREU, J. C. 2019. CÉLULAS, TECIDOS E SEUS COMPONENTES QUÍMICOS: UMA ABORDAGEM TEÓRICO-
PRÁTICA. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS. UNEC. 
 
23 
 
RIZZO, E. & BAZZOLI, N. 2000. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE CITOLOGIA E HISTOLOGIA GERAL. 
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA ICB-UFMG. (Esquemas M. Duarte baseados em lâminas histológicas, livros e 
atlas de histologia). 
 
ANOTAÇÕES E ESQUEMAS DAS LÂMINAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
AULA PRÁTICA 5 
 
DATA____/ ____/ ____ 
 
TECIDO CONJUNTIVO 
OBJETIVOS: 
 
- Observar, identificar e classificar os diferentes tecidos conjuntivos do organismo buscando relacionar 
as suas características com suas respectivas funções. 
ANTECEDENTES TEÓRICOS 
A) CARACTERÍSTICAS GERAIS E CONSTITUIÇÃO 
 
Ao contrário dos epitélios, os tecidos conjuntivos apresentam elevada quantidade de substância 
intercelular. As células que constituem esse tecido possuem formas e funções bastante variadas. Trata-se, 
portanto, de um tecido com diversas especializações. 
 Também chamada de matriz, a substância intercelular ou intersticial dos tecidos conjuntivos preenche 
os espaços entre as células e apresenta-se constituída de duas porções: a substância amorfa e as fibras. 
 
- Substância Amorfa (SA): é constituída principalmente por água, polissacarídeos e proteínas. Às vezes, 
como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular é sólida, com uma rigidez considerável; outras 
vezes, como no plasma sanguíneo, apresenta-se líquida. 
 
- Fibras: são de natureza proteica e se distribuem conforme o tipo de tecido. Na substância intercelular 
destacam-se os seguintes tipos de fibras: 
- Colágenas: as fibras mais frequentes do tecido conjuntivo; formadas pelas proteínas colágeno de alta 
resistência à tração - têm coloração esbranquiçada; 
- Elásticas: fibras formadas pela proteína elastina; dotadas de elasticidade, têm coloração amarelada; 
- Reticulares: as fibras mais finas do tecido conjuntivo; são constituídas por uma proteína chamada 
reticulina, muito semelhante ao colágeno. 
 
O conjuntivo possui células próprias e células vindas do sangue. Cada uma com características próprias. 
São elas: 
- Fibroblasto: é a célula mais comum do tecido conjuntivo, é a principal responsável pela formação de fibras 
e do material intercelular amorfo tem, portanto, grande importância nos processos de cicatrização. 
- Macrófago: tem grande capacidade de fagocitose, atuando como elemento de defesa. 
- Mastócito: célula própria do tecido conjuntivo, cuja principal função é produzir e armazenar mediadores 
químicos no processo inflamatório. A liberação dos mediadores químicos promove as reações alérgicas. 
- Plasmócito: são pouco numerosos no tecido conjuntivo normal; aparecem em grande número onde temos 
inflamação crônica e em locais onde possam penetrar bactérias, como na mucosa intestinal. O plasmócito 
se origina do linfócito B ativado e produz o anticorpo necessário para a resposta do organismo frente à 
penetração de moléculas estranhas. 
- Células Adiposas: é o maior depósito de energia (triglicerídeos) do corpo. 
 
 
25 
 
- Leucócitos: ou glóbulos brancos têm a função de defesa contra microrganismos agressores. Os leucócitos 
mais frequentes são: 
- Neutrófilos: são os mais numerosos no sangue e são atraídos por substâncias químicas das células de 
locais invadidos por bactérias. Participam da primeira linha de defesa. 
- Eosinófilos: participam da defesa de doenças parasitárias e alérgicas, atacando e destruindo os parasitas. 
- Linfócitos: se dividem em linfócitos B e T, os linfócitos B formam os plasmócitos que produzem anticorpos 
para combater antígenos. Os linfócitos T reconhecem e atacam os antígenos na superfície celular (casos de 
enxerto e transplantes). 
 
Algumas destas células estão constantemente presentes em número e padrão relativamente fixos em certos 
tipos de tecido conjuntivo, sendo denominadas como células residentes: Fibroblasto, Macrófago, Mastócito, 
Plasmócito e Célula adiposa. 
 Em contraste com as células residentes, há as células migratórias que, em geral, aparecem 
transitoriamente nas tecidas conjuntivos como parte da reação inflamatória à lesão celular: Neutrófilos, 
Eosinófilos, Basófilos, Células da linhagem linfocitária e Monócitos (macrófagos imaturos). 
 
B) FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO: 
 
a) Reservas de nutrientes: o tecido conjuntivo propriamente dito e principalmente o adiposo armazenam 
lipídios, além disso, o conjuntivo frouxo armazena água e sódio. 
 
b) Sistema de defesa: o tecido conjuntivo contém células fagocitárias (macrófagos) e células que produzem 
anticorpos (plasmócitos), além da substância fundamental amorfa que por ser viscosa representa uma 
proteção à penetração de bactérias e partículas estranhas. O tecido conjuntivo participa da inflamação, que 
é uma resposta do organismo a penetração de bactérias ou substâncias químicas irritantes e quando não 
consegue destruir estas bactérias, o tecido forma uma barreira fibrosa para conter a inflamação. 
 
c) Regeneração: as células do conjuntivo têm capacidade de se multiplicarem (cicatrização). 
 
d) Transportes de nutrientes: por estar associado aos vasos sanguíneos e linfáticos até os ramos mais finos, 
o tecido conjuntivo tem a capacidade de transportar nutrientes para as células de outros tecidos, como 
também eliminar o refugo do metabolismo, pelo caminho inverso. 
 
ATENÇÃO: para auxiliar os estudos com visualizações dos tecidos das lâminas, na parte prática, use o atlas 
on line da UFMG - http://www.icb.ufmg.br/mor/hem/atlas_histologico.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.icb.ufmg.br/mor/hem/atlas_histologico.html
 
26 
 
 
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO: são tecidos que apresentam propriedades gerais e 
subdivide-se em: 
 
- Tecido conjuntivo frouxo: caracteriza-se pela presença abundante de substância intercelular e 
amorfa, porém é relativamente pobre em fibras, que se encontram frouxamente distribuídas. Nesse 
tecido estão presentes todas as células típicas do tecido conjuntivo: os fibroblastos, muito ativos na 
síntese proteica, os macrófagos, células com grande atividade fagocitária, os plasmócitos, que produzem 
anticorpos e as células adiposas, que armazenam lipídeos. As Funções básicas do tecido conjuntivo 
frouxo são: preenchimento de espaços entre os órgãos viscerais; suporte e nutrição dos epitélios; 
envolvimento de nervos / vasos sanguíneos e linfáticos; cicatrização de tecidos lesados. 
 
- Tecido conjuntivo denso: é pobre em substância intercelular e amorfa, porém relativamente rico em 
fibras, principalmente colágenas. A célula mais frequente nesse tecido é o fibroblasto. Quando as fibras 
colágenas se distribuem de maneira difusa, não ordenada, o tecido conjuntivo denso é chamado de não 
modelado. É o que ocorre, por exemplo, na derme da pele. Quando as fibras colágenas se acham 
dispostas de forma ordenada, formando feixes compactos e paralelos, o tecido conjuntivo denso é 
chamado de modelado. Como exemplo, temos os tendões, estruturas dotadas de alta resistência à 
tração, que promovem a ligação entre os músculos esqueléticos e os ossos nos quais se inserem. 
 
No tecido mucoso há um predomínio da substância fundamental, especialmente de ácido hialurônico, o que 
dá uma consistência gelatinosa. As células assemelham-se às células mesenquimais (pluripotentes de 
origem mesodérmica e de células da crista neural). Está presente no cordão umbilical e na polpa dentária 
jovem. 
 
 
 
 
27 
 
O tecido elástico é constituído pelas fibras (ou lâminas) elásticas, secretadas pelos fibroblastos e, nos vasos 
sanguíneos, pelas células musculares lisas. Ex.: nos ligamentos amarelos da coluna vertebral, no ligamento 
nucal do pescoço, no ligamento suspensor do pênis e nas artérias degrande calibre. Confere elasticidade a 
esses ligamentos e às artérias, cedendo à força aplicada (no caso das artérias, a pressão do sangue 
proveniente do coração) e depois retornando à sua forma original. Este tecido contém uma grande 
quantidade de fibras reticulares, sintetizadas pelas células reticulares. Além dessas células, há células de 
defesa, como os macrófagos, os linfócitos e os plasmócitos. Ex.: na medula óssea, no baço e nos linfonodos. 
PROCEDIMENTO: 
 
Ao observar as lâminas LEMBRE-SE que: 
 
a) O limite das células epiteliais não é visível ao microscópio óptico pois a espessura da membrana 
plasmática está abaixo de seu limite de resolução 
b) Consequentemente, a forma das células epiteliais é determinada observando-se o formato de seus 
núcleos. 
c) A cada núcleo corresponde uma célula epitelial. 
d) O limite inferior do epitélio é marcado pelo tecido conjuntivo uma vez que a membrana basal não é 
visualizada ao microscópio óptico, principalmente quando se utilizam técnicas de rotina. 
e) O número de camadas do epitélio é determinado observando-se a posição dos núcleos das células 
epiteliais. 
f) Médio aumento refere-se ao uso da objetiva de 10X e grande aumento de 40 X, ou seja, aumentos finais 
de 100x e 400x, respectivamente. 
 
VARIEDADES DO TECIDO CONJUNTIVO 
 
Lâmina 21 - corte longitudinal de tendão 
 Coloração: HE 
 
 
Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, observe as características do TECIDO CONJUNTIVO DENSO 
ORDENADO: 
 
a) predominância de fibras colágenas (acidófilas) espessas e paralelas. 
b) fibrócitos com núcleos extremamente alongados e muito afilados dispostos em fileiras entre fibras 
colágenas espessas. 
c) SFA escassa (imagem negativa) localizada próxima aos fibrócitos. 
d) septos de tecido conjuntivo frouxo contendo capilares e células que podem ser visualizados unindo os 
feixes de fibras colágenas do tendão. 
 
A lâmina pode conter músculo esquelético que não deve ser confundido com o conjuntivo denso ordenado 
do tendão. 
 
 
28 
 
 
Lâmina 20 - Corte transversal de cordão umbilical 
 Coloração: HE 
 
 
O corte apresenta tecido CONJUNTIVO MUCOSO envolvendo 3 vasos sanguíneos, que podem ser vistos 
macroscopicamente. 
 
Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, localize o conjuntivo mucoso afastado da parede dos vasos 
sanguíneos e observe as características do tecido: 
 
a) Predominância de SFA que aparece em imagem negativa em vários locais, pois é de difícil preservação. 
Em algumas regiões, a SFA está razoavelmente preservada e apresenta-se levemente basófila. 
b) Presença de fibras colágenas finas (acidófilas) embebidas na SFA. 
c) Entre as células, predominam fibroblastos, células fusiformes ou estreladas com núcleo ovoide, grande e 
vesiculoso. 
O conjuntivo mucoso contém poucas fibras elásticas e reticulares não visualizadas na lâmina. 
 
 
Lâmina 15 - corte transversal de artéria elástica 
 Técnica de Verhoeff 
 Contra-coloração: eosina 
 
 
Identifique o corte de artéria elástica macroscopicamente. Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, observe o 
conjunto elástico na parede deste vaso sanguíneo: 
 
a) predominância de fibras elásticas, em negro formando lâminas elásticas dispostas concentricamente na 
parede do vaso. As lâminas elásticas são ondulas facilitando a distensão da parede do vaso. 
O conjunto elástico possui outros componentes: 
b) fibras colágenas, 
c) células musculares lisas, 
d) fibrócitos, 
e) SFA escassa. 
 
CÉLULAS E FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO 
Lâmina 11 - corte de pele e fígado 
 Coloração vital: azul de tripan 
 Corante histológico: safranina (corante básico, vermelho) 
 
 
CORTE DE PELE: identifique-o macroscopicamente por apresentar-se pouco corado, pois as fibras 
colágenas não se coram nesta técnica. 
 
29 
 
Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, identifique: 
 
a) Macrófagos livres que pinocitaram gotículas de azul de tripan, “in vivo” (granulopexia). Possuem forma 
variada, sendo a maioria arredondada, citoplasma com grãos grosseiros de tamanhos variados e 
heterogeneamente corados em azul. O núcleo do macrófago, corado pela safranina, pode ser identificado 
em algumas células. 
b) Mastócitos corados em vermelho pela safranina (corante básico). Possui forma ovoide, tamanho 
semelhante ao de macrófagos e citoplasma repleto de grânulos finos que contém glicosaminoglicanos ácidos 
sulfatados. 
 A lâmina pode conter outros elementos corados em vermelho que não devem ser confundidos com 
mastócitos (núcleos de outras células conjuntivas e fibras musculares, em corte transversal). 
 
CORTE DE FÍGADO: 
 
Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, observe: 
a) Hepatócitos em fileiras corados em róseo. 
b) Macrófagos fixos do fígado (células de Kupffer) que pinocitaram gotículas de azul de tripan, in vivo 
(granulopexia). Tem forma alongada, fusiforme, coram-se em azul e localizam-se na parede dos capilares 
sinusóides entre as fileiras de hepatócitos. 
 
Lâmina 9 – corte de pele fina (pele pilosa) 
 Coloração: Tricrômico de Gomori 
 
Esta lâmina contém componentes da lâmina 51, no entanto, observe em pequeno e médio aumentos que a 
camada de queratina é mais fina e, além disso, o corte possui folículos pilosos e glândulas. 
 No tecido conjuntivo observe: 
 1 – fibras colágenas finas: coradas pelo verde luz. 
 2 – fibras colágenas espessas: desordenadas também coradas pelo verde luz. 
 3 – núcleos basófilos de células conjuntivas. 
 4 – SFA em imagem negativa 
 5 – glândulas sebáceas: localizam-se entre as fibras colágenas do tecido conjuntivo. 
 
 
 
30 
 
Lâmina 16 - corte de fígado, rim e baço 
 Técnica: impregnação pela prata para fibras reticulares 
 
 
 Não é preciso identificar os órgãos. Em MÉDIO E GRANDE AUMENTOS, observe: 
 
a) Fibras reticulares, em negro, devido à impregnação pela prata, sendo denominadas fibras argirófilas do 
tecido conjuntivo. São constituídas de colágeno tipo III. 
b) Organização em rede: fibras reticulares finas organizam-se em rede formando a trama de sustentação 
(estroma) das células em órgãos epiteliais como fígado, rim e órgãos hemocitopoéticos (baço, linfonodo, 
medula óssea). Não há coloração para as células. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABREU, J. C. 2019. CÉLULAS, TECIDOS E SEUS COMPONENTES QUÍMICOS: UMA ABORDAGEM 
TEÓRICO-PRÁTICA. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS. UNEC. 
RIZZO, E. & BAZZOLI, N. 2000. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DE CITOLOGIA E HISTOLOGIA 
GERAL. DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA ICB-UFMG. (Esquemas M. Duarte baseados em lâminas 
histológicas, livros e atlas de histologia). 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. TECIDO CONJUNTIVO. Disponível em: 
http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/3Conjunt.pdf. Acesso em 07/04/2019. 
 
ANOTAÇÕES E ESQUEMAS DAS LÂMINAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/3Conjunt.pdf
 
31 
 
AULA PRÁTICA 6 
 
DATA____/ ____/ ____ 
TECIDO ADIPOSO E CARTILAGINOSO 
OBJETIVOS: 
 
- Observar e identificar os tecidos adiposo e cartilaginoso do organismo buscando relacionar as suas características com 
suas respectivas funções. 
 
PROCEDIMENTOS: 
A) TECIDO ADIPOSO 
 
 
Lâmina 18 – corte de tecido adiposo multilocular e unilocular 
 Coloração: HE 
 
 
O corte contém tecido adiposo multilocular associado a tecido adiposo unilocular e pode conter também músculo 
esquelético. Em GRANDE AUMENTO, observe a morfologia dos adipócitos multicelulres. 
 1 – possuem várias gotas lipídicas em imagem negativa em seu citoplasma. 
 2 – núcleo ovóide, central ou ligeiramente excêntrico. 
 3 – os adipócitos multiloculares são menores do que os uniloculares 
 Fibras reticulares (não visualizadasna lâmina) também formam o estroma de sustentação das células neste tecido. 
Septos de tecido conjuntivo frouxo contendo vasos sanguíneos podem ser encontrados entre grupos de adipócitos 
multiloculares. 
 
ATIVIDADE 2 
 a) Fotografe em grande aumento, indicando todas as estruturas observadas. 
 
 
 
32 
 
B) TECIDO CARTILAGINOSO 
 
Lâmina 22 – corte transversal de traqueia 
 Coloração: HE 
 
 
Algumas lâminas podem apresentar cortes de esôfago e traqueia juntos. Identifique o corte de traqueia, 
macroscopicamente, por apresentar cavidade ampla e arredondada e intensa basofilia em sua parede devido aos anéis de 
cartilagem hialina. 
 Em médio e grande aumentos, identifique os tecidos já estudados: 
 
 1 – epitélio de revestimento 
 2 – epitélio glandular (não é necessário classificá-lo) 
 3 – tecido conjuntivo 
 
 Em médio aumento, identifique, abaixo do tecido conjuntivo, a cartilagem hialina pela sua basofilia. Observe que 
o tecido cartilaginoso é revestido por bainha conjuntiva, o pericôndrio. 
 Em grande aumento, observe os componentes da cartilagem hialina (esquema, página seguinte): 
 
1 – matriz cartilaginosa: basófila e de aspecto homogêneo. Esta matriz possui predominância de SFA, com 
glicosaminoglicanos sulfatados e ácido hialurônico que são responsáveis pela sua basofilia. Contém também fibrilas 
colágenas muito finas (colágeno tipo II) que não são visualizadas na lâmina. 
 2 – condrócitos: células arredondadas localizadas em lacuna e que sintetizam os componentes da matriz 
cartilaginosa. A lacuna é considerada artefato da microscopia óptica, pois, “in vivo” o condrócito preenche toda a lacuna. 
 3 – grupos isógenos: são ninhos de condrócitos que se originam por divisão mitótica de uma única célula e que 
representam o crescimento intersticial da cartilagem. 
 4 – matriz territorial: intensamente basófila, localizada ao redor dos condrócitos. Representa a matriz recém-
sintetizada pelos condrócitos e que contém pouco colágeno e abundante SFA. 
 5 – matriz interterritorial: é a matriz mais afastadas dos condrócitos que apresenta menos basofilia. 
 6 – condroblastos: células cartilaginosas jovens e imaturas localizadas na periferia da cartilagem, próximas ao 
pericôndrio. Possuem forma elíptica, com núcleo vesiculoso. Os condroblastos originam-se de células indiferenciadas 
aposicional da cartilagem. 
 7 – pericôndrio: bainha de tecido conjuntivo denso ordenado que reveste a cartilagem. 
 
 A matriz da cartilagem hialina é também: PAS – positiva devido a glicoproteínas neutras e metacromáticas devido 
aos glicosamoniglicanos ácidos sulfatados e carboxilados. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
ATIVIDADE 3 
 
 a) Fotografe em grande aumento, indicando todas as estruturas observadas. 
 
 
Lâmina 23 – corte de epiglote 
 Técnica de Verhoeff/contra-coloração: eosina 
 
 
 
 Identifique a cartilagem elástica por conter células em lacunas (condrócitos) envolvidas por matriz, em negro. Em 
médio e grande aumentos, observe: 
 
 1 – matriz cartilaginosa: em negro, devido à grande quantidade de fibras elásticas que foram coradas pelo método 
de Verhoeff. Contém também fibrilas colágenas finas (colágeno tipo II) e abundante SFA. 
 2 – condrócitos: retraídos no interior de lacunas e corados pela eosina. Grupos isógenos com poucos condrócitos 
podem, as vezes, serem visualizados. 
 3 – condroblastos: elípticos, com núcleo vesiculoso, na periferia da cartilagem. 
 4 – pericôndrio: tecido conjuntivo denso ordenado que reveste a cartilagem. Possui fibras colágenas espessas 
coradas pela eosina. 
 
 ATIVIDADE 4 
 
 a) Faça um desenho esquemático ou fotografe em grande aumento, indicando todas as estruturas observadas. 
 
 
Lâmina 24 – corte de cartilagem fibrosa 
 Coloração: Tricrômico de Gomori 
 
 
 
Este corte contém cartilagem fibrosa associada a tecido conjuntivo. A diferenciação entre os dois tecidos é feita 
pela identificação de suas células: cartilagem fibrosa apresentando células arredondadas em lacunas (condrócitos) e tecido 
conjuntivo apresentando células de núcleos alongados (fibrócitos). Em médio e grande aumentos, observe os componentes 
da cartilagem fibrosa: 
 
 1 – condrócitos em lacunas com núcleos corados em vermelho dispondo-se em fileiras entre as fibras colágenas 
espessas da matriz. 
 2 – matriz cartilaginosa acidófila, corada pelo verde luz, contendo grande quantidade de fibras colágenas 
espessas (colágeno tipo I e tipo II), com disposição paralela. A SFA é escassa e se restringe às áreas ao redor dos 
condrócitos . A lâmina pode conter fibras colágenas coradas em vermelho ou mal coradas (artefato de técnica). 
 
 A fibrocartilagem não contém condroblastos nem pericôndrio, mas está sempre associada a tecido conjuntivo que 
a originou e que a nutre. Desta forma não há crescimento aposicional neste tecido, mas somente crescimento intersticial. 
 
ATIVIDADE 5 
 
 a) Faça um desenho esquemático ou fotografe em grande aumento, indicando todas as estruturas observadas. 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
ANOTAÇÕES E ESQUEMAS DAS LÂMINAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
AULA PRÁTICA 7 
 
DATA____/ ____/ ____ 
 
TECIDO MUSCULAR 
OBJETIVOS: 
 
e. Descrever as características e funções gerais do tecido muscular; 
f. Diferenciar os diferentes componentes do tecido muscular e entender suas funções. 
ANTECEDENTES TEÓRICOS: 
O tecido muscular é constituído por células alongadas, em forma de fibras, que se dispõe agrupadas, 
em forma de fibras, que se dispõe agrupadas em feixes. Essas células são capazes de se contrair e conferem 
ao tecido muscular a capacidade de movimentar o corpo. Os tecidos musculares são de origem mesodérmica 
e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo 
digestório, do coração e das artérias. As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome 
de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento proteico: os 
de actina e os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas 
células. Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos 
de miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a contração. 
 Tipos de tecido muscular 
Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. Cada um deles tem 
características próprias, adequadas ao papel que desempenham no organismo. 
 
A) Tecido muscular estriado esquelético: constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados, 
formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está 
presa aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresenta contração voluntária (que 
depende da vontade do indivíduo). Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas 
é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Uma fibra muscular pode medir 
vários centímetros de comprimento, por 50 mm de espessura. A célula muscular estriada apresenta, no seu 
citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis, as miofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada 
miofibrila corresponde a um conjunto de dois tipos principais de proteínas: as miosinas, espessas, e 
as actinas, finas. Essas proteínas estão organizadas de tal modo que originam bandas transversais, claras 
e escuras, características das células musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas. 
Os filamentosde miosina formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os de actina, 
bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I). 
 No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre duas 
linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade contrátil da célula 
muscular. 
 No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda H, bem visível nas células 
musculares relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contração muscular ocorre. 
 
36 
 
 
 
 Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais 
curtos e toda a célula muscular se contrai. 
 O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre os 
grossos, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os filamentos de actina 
deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a largura da banda H. 
 A membrana plasmática da célula muscular estriada esquelética costuma ser chamada sarcolema (do 
grego, sarcos, carne). 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Curiosidade: exercícios e o aumento da musculatura esquelética 
Sabemos que exercícios físicos promovem o aumento da musculatura esquelética. 
Mas o que aumenta: o número de células no músculo ou o volume das células já existentes? 
 A atividade física estimula as células musculares esqueléticas já existentes a produzirem novas miofibrilas, o 
que ocasiona aumento do volume da célula e consequentemente do músculo. No indivíduo adulto, as células da musculatura 
esquelética não se dividem mais. No entanto, existem células especiais, chamadas satélites, que são mononucleadas e 
pequenas e se localizam no conjuntivo que envolve os miócitos. Em situações muito especiais, quando o músculo é 
submetido a exercícios intensos, essas células podem se multiplicar e algumas delas se fundir com as fibras musculares já 
existentes, contribuindo também para o aumento do músculo. As células satélites são importantes nos processos de 
regeneração da musculatura esquelética quando ocorrem lesões. 
 
B) Tecido muscular estriado cardíaco: apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Esse 
tecido ocorre apenas no coração e apresenta contração independente da vontade do indivíduo (contração 
involuntária). No músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica. Essas células musculares são 
menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por estruturas especializadas e típicas da musculatura 
cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Assim, se 
uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração 
como um todo se contrai. Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de água e íons entre 
as células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica de 
contração das células. Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre células que as mantêm 
unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca. As células musculares 
cardíacas são capazes de auto estimulação, não dependendo de um estímulo nervoso para iniciar a 
contração. As contrações rítmicas do coração são geradas e conduzidas por uma rede de células musculares 
cardíacas modificadas que se localizam logo abaixo do endocárdio, tecido que reveste internamente o 
coração. Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso atua apenas 
regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo. 
 
C) Tecido muscular liso ou não-estriado: as células musculares lisas não apresentam estriação transversal, 
característica das células musculares esqueléticas e cardíacas. A razão disso é que os filamentos de actina 
e miosina não se encontram alinhados ao longo do comprimento da célula. Acredita-se que eles estejam 
arranjados em espiral dentro da fibra muscular lisa. Os miócitos se apresentam uninucleados e fusiformes, 
isto é, alongadas e coam as extremidades afiladas. Nessas células a contração é involuntária e lenta. Você 
pode decidir quando lavar as suas mãos, mas não controla conscientemente os movimentos de seu 
estômago ou a contração de seu coração. Ocorre nas artérias, sendo responsável por sua contração; ocorre 
também no esôfago, no estômago e nos intestinos, sendo responsável pelo peristaltismo (ou peristalse) 
nesses órgãos. Os movimentos peristálticos são contrações em ondas que deslocam o material alimentar 
dentro desses órgãos do sistema digestório. 
 
 
38 
 
 
Lâmina 31 - Corte de músculo estriado esquelético 
 Coloração: HE 
 O músculo esquelético é constituído de células cilíndricas multinucleadas (miônios) e de envoltórios de 
tecido conjuntivo. 
No CORTE LONGITUDINAL, observe: 
 
a) fibras musculares esqueléticas: citoplasma acidófilo com grande quantidade de miofibrilas (feixes de 
filamentos finos e espessos). Cada fibra é constituída de única célula cilíndrica denominada miônio. 
b) núcleos dos miônios: numeroso, ovoides e periféricos. 
 OBS: as miofibras são polinucleadas com núcleos periféricos. Elas são produzidas unicamente durante 
a vida embrionária pela fusão de várias células, por isso são sincícios. 
c) estriação transversal devido à organização dos filamentos finos e espessos 
d) envoltórios de tecido conjuntivo: 
 - endomisio: faixa fina de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras reticulares, que envolve cada fibra. 
Geralmente em imagem negativa. 
 - perimísio: tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos, que envolve os fascículos (feixe de fibras 
musculares). Identifique-o em médio aumento. 
 - perimísio: tecido conjuntivo denso ordenado (fáscia muscular) que envolve externamente o músculo. 
 
No CORTE TRANSVERSAL, identifique: 
a) perimísio 
b) perimísio 
c) endomisio 
d) miônios: forma poligonal com núcleos periféricos, citoplasma acidófilo e pontilhado (miofibrilas cortadas 
transversalmente) 
 
Lâmina 32 - corte de coração 
 Coloração: HE 
 
 
 A parede do coração (miocárdio) é constituída por tecido muscular estriado cardíaco envolvido por 
tecido conjuntivo internamente e extremamente. 
 No CORTE LONGITUDINAL, observe: 
 
a) fibras musculares cardíacas (cardiomiócitos) acidófilas e ramificadas formando plexos. 
b) estriação transversal 
c) estrias escalariformes (discos) intercalares unindo os cardiomiocitos (célula muscular cardíaca). Cada 
cardiomiócioto possui 1 ou 2 núcleos centrais ou ligeiramente excêntricos. 
d) núcleo dos cardiomiócitos (1 a 2 por célula): são ovoides e com localização central ou ligeiramente 
excêntrico. 
 
39 
 
 
No CORTE TRANSVERSAL, pode-se observar a forma irregular das fibras cardíacas (plexiformes), núcleo 
central ou ligeiramente excêntrico e sarcoplasma com miofibrilas em corte transversal. 
 
Em MÉDIO AUMENTO, procure o endocárdio (tecido conjuntivo frouxo que reveste internamente o coração) 
e identifique as: 
a) fibras de Purkinje (fibras especiais do sistema de condução) no conjuntivo sub-endocárdio. 
 
Em GRANDE AUMENTO, observe as características de fibras de Purkinje: 
- halo claro ao redor do núcleo (imagem negativa do glicogênio). É a principal característica para sua 
identificação histológica, em corte transversal, obliquo ou longitudinal. 
- possuem maior diâmetro do que as fibras do miocárdio. 
- suas células se unem pelos discos intercalares (observados somente em corte longitudinal), semelhante a 
união entre os cardiomiócitos. 
- miofibrilas localizadas na periferia da célula. 
Lâmina 30 - corte de músculo liso 
Coloração: HE 
 
 
No CORTE LONGITUDINAL observe: 
a) fibras musculares lisas acidófilas: cada fibra é formada por apenas uma célula pequena, fusiforme 
(leiomiócito). 
b) núcleo dos leiomiócitos: central e alongado. 
c) ausência de estriação

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