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Histologia Básica

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Histologia veterinária 
básica 
mmorenacg@gmail.com 
 
1 
 
Sumário 
Introdução ________________ 2 
Técnicas e princípios _________ 2 
Microscopia óptica ou de luz ______ 3 
Tecido Epitelial _____________ 3 
Interdigitações _______________ 3 
Junções celulares _____________ 3 
Microvilosidades _____________ 4 
Estereocílios ________________ 4 
Cílios e flagelos ______________ 4 
Tecido epitelial de revestimento ____ 4 
Células caliciformes ___________ 5 
Tecido epitelial glandular _________ 5 
Glândulas endócrinas __________ 5 
Glândulas exócrinas ___________ 5 
Tecido conjuntivo ___________ 5 
Células residentes ______________ 5 
Células transitórias _____________ 6 
Macrófago __________________ 6 
Mastócito __________________ 6 
Plasmócito __________________ 6 
T.C. propriamente dito __________ 6 
TCPD frouxo _______________ 7 
TCPD denso ________________ 7 
T.C. com propriedades especiais ___ 7 
Tecido elástico_______________ 7 
Tecido reticular ______________ 7 
Tecido mucoso ______________ 7 
Substância fundamental amorfa _____ 7 
Tecido muscular ____________ 8 
Tecido muscular estriado esquelético 8 
Contração muscular ___________ 9 
Tecido muscular estriado cardíaco __ 9 
Tecido muscular liso ____________ 9 
Tecido Nervoso ___________ 10 
Neurônio ___________________ 10 
Neuroglia ___________________ 10 
Astrócitos _________________ 11 
Oligodendrócitos ____________ 11 
Micróglia __________________ 11 
Cél. Ependimária ____________ 11 
Bainha de mielina ______________ 11 
Tecido sanguíneo ___________ 11 
Hemácias ___________________ 11 
Plaquetas ___________________ 12 
Leucócitos __________________ 12 
Granulócitos _______________ 12 
Agranulócitos _______________ 12 
Tecido ósseo ______________ 12 
Composição celular ____________ 13 
Osteoblasto ________________ 13 
Osteócito _________________ 13 
Osteoclasto ________________ 13 
Osso longo __________________ 13 
Canais e sistemas ____________ 13 
Osso esponjoso _____________ 13 
Ossos chatos ________________ 14 
Ossificação intramembranosa _____ 14 
Ossificação endocontral _________ 14 
Remodelamento ósseo __________ 14 
Reparo ósseo ________________ 14 
Tecido cartilaginoso _________ 14 
Condrócito __________________ 14 
Condroblasto ________________ 14 
Pericôndrio __________________ 14 
Tipos de cartilagem ____________ 14 
Hialina ____________________ 14 
Elástica ____________________ 15 
Fibrocartilagem ______________ 15 
Crescimento da cartilagem _______ 15 
Tecido adiposo ____________ 15 
T.A. unilocular _______________ 15 
T.A. multilocular ______________ 16 
Anexo: __________________ 17 
 
 
2 
 
Introdução 
A célula é composta pela membrana 
celular, citoplasma, núcleo e organelas. A 
membrana plasmática é um envoltório celular 
que apresenta uma permeabilidade seletiva, 
proteínas de membrana e um modelo de 
mosaico fluido dos fosfolipídios. Formada por 
uma bicamada de fosfolipídios, glicolipídios e 
colesterol; é responsável pelo transporte de 
moléculas para dentro e fora da célula 
(propriedade seletiva). Possui proteínas da 
membrana (canais, receptores e glicocálice). 
O núcleo geralmente é localizado no 
centro da célula; possui forma redonda; há um 
em cada célula; carrega a cromatina nuclear 
(DNA). A sua forma, localização e quantidade 
pode variar em alguns casos. O nucléolo é uma 
estrutura localizada dentro do núcleo (toda 
célula o possui); possui estrutura esférica; 
produz ribossomos. 
O citoplasma, também chamado de citosol, 
é formado por água e outras substâncias (íons, 
açúcares, aminoácidos etc.) e tem consistência 
gelatinosa; carrega as organelas presentes na 
célula. 
Os ribossomos são produzidos no núcleo 
e depois ficam dispersos no citoplasma; 
produzem as proteínas das células (seja para 
compor a estrutura interna ou para uso 
extracelular); podem estar associados ao 
Retículo Endoplasmático rugoso (REr) ou livres 
no citoplasma. 
O retículo endoplasmático rugoso organiza 
os ribossomos para otimizar a produção de 
proteínas; realiza a síntese das proteínas; tem 
aspecto rugoso por possuir diversos ribossomos 
associados; é uma rede de cisternas e túbulos 
delimitados por membrana que acumulam 
substâncias. 
O retículo endoplasmático liso está 
localizado ao lado do REr; não possui 
ribossomos associados; sintetiza lipídios, 
sequestro de cálcio, síntese de hormônios 
esteroides e detoxificação. 
O complexo de golgi possui de 3 a 10 
cisternas achatadas; elimina substâncias 
produzidas pela síntese celular: o material 
armazenado é excretado através de vesículas 
que atravessam a membrana plasmática. 
As mitocôndrias são delimitadas por 
membrana, podendo ser esféricas ou alongadas; 
em seu interior possui moléculas responsáveis 
pela produção de energia (respiração celular); 
possui DNA próprio. 
Os lisossomos são depósitos de enzimas 
digestivas que combatem bactérias; por sua vez, 
os peroxissomos são depósitos de enzimas para 
desintoxicação celular. 
Técnicas e princípios 
O exame histológico pode ser utilizado 
para diversas finalidades, como identificação de 
patologias, rotina clínica, cirurgias, reprodução e 
oncologia. A técnica utilizada para a 
conservação da amostra e posterior visualização 
no microscópio é dividida em diversas etapas, 
sendo elas: 
1º. Fixação: Interrompe o processo de 
morte celular. Nesta etapa é utilizado o 
formol 10% para evitar a autólise e o 
crescimento bacteriano, além de 
preservar a estrutura e a composição 
molecular das células e endurecer o 
tecido. A única substância que se 
dissolve no formol 10% é a gordura, 
portanto em tecidos gordurosos 
observa-se um vácuo onde haveria 
gordura. Em casos de peças maiores é 
feito o processo de clivagem, que 
consiste em cortes no tecido para 
acelerar o processo e garantir a 
qualidade a amostra, otimizando a 
fixação por aumentar a superfície de 
contato do tecido com o formol 10%. 
2º. Desidratação: Remove a água dos 
tecidos. É utilizado o álcool em 
concentrações crescentes (70%; 90%; 
100%- absoluto/P.A.). 
3º. Clareamento ou diafanização: Troca do 
álcool por xilol ou toluol no interior 
das células. São substâncias utilizadas 
por se misturarem não só com o álcool, 
mas também com a parafina, que é 
utilizada na próxima etapa. Nessa etapa 
as células tornam-se translúcidas, 
garantindo maior passagem de luz, que 
permite a visualização no microscópio. 
4º. Impregnação: O tecido é colocado em 
contato com a parafina líquida dentro 
de uma estufa (56-60ºC). O xilol 
evapora do tecido e a parafina penetra 
no lugar dele. Depois a peça é colocada 
em temperatura ambiente para que a 
parafina solidifique, assim facilitando o 
corte histológico do tecido. 
 
3 
 
5º. Inclusão: Uma vez formado o bloco de 
parafina, parte é estocada e parte é 
cortada para a formação de lâminas. O 
processo de corte chama microtomia e o 
aparelho utilizado é o micrótomo (etapa 
6). Os cortes possuem a espessura de 1 a 
10 µm. 
7º. Montagem: O corte é colocado sob a 
lâmina e esta é colocada na estufa para 
secar. 
8º. Coloração: É feita uma etapa de 
desparafinização e reidratação do corte. 
A seguir o mesmo é corado com 
hematoxilina (corante azul/violeta), que 
possui propriedades básicas e, portanto, 
se fixa em porções ácidas, como o núcleo 
e porções do citoplasma com elevadas 
concentrações de RNA. Essas partes são 
chamadas de basofílicas. O segundo 
corante utilizado é a eosina (corante 
vermelho/rosado), que possui 
propriedades ácidas e se fixa as porções 
alcalinas das células, como colágeno, 
citoplasma e etc, sendo então chamados 
de esinofílicos. 
Obs: dependendo do objetivo da análise, 
podem ser utilizados outros métodos de 
coloração, como por exemplo: tricômicos, 
utilizados para diferenciar estruturas que são 
semelhantes e não se diferenciam por H&E 
(fibras de colágeno e fibra muscular lisa);imuno-
histoquímica, utiliza anticorpos marcados com 
cores; impregnação por metais, a prata e o ouro 
são utilizados em casos em que o objetivo é 
visualizar estruturas pequenas e finas, 
especialmente da membrana. 
9°. Montagem: São utilizadas gomas sintéticas 
ou naturais sob o tecido presente na 
lâmina para preservar o mesmo 
(lamínulas). 
Microscopia óptica ou de luz 
O microscópio é um aparelho que amplia a 
imagem utilizando um sistema de lentes a partir 
da refração da luz. 
Tecido Epitelial 
É um tecido constituído por células 
poliédricas, justapostas e pouca matriz 
extracelular, cuja função é de revestimento e de 
secreção. Assim, as células se aderem umas as 
outras, formando uma camada contínua, que se 
apoia em um tecido conjuntivo. 
Além de dividir o organismo em 
compartimentos funcionais, tem um importante 
papel na absorção de nutrientes. Ainda, alguns 
epitélios são compostos de células especializadas 
na produção e secreção de substâncias, sendo 
chamados de epitélios glandulares. 
 
As células epiteliais encontram-se apoiadas 
em uma lâmina (ou membrana) basal, que 
consiste em uma camada, normalmente 
composta por colágeno do tipo IV, presente na 
superfície de contato do tecido epitelial com o 
tecido conjuntivo. Esta é responsável por 
separar e prender o tecido epitelial ao 
conjuntivo, permitindo a passagem de diversas 
substâncias ou moléculas. 
Algumas estruturas encontradas são 
especializadas nas funções exercidas pelo tecido, 
como as responsáveis por assegurar uma forte 
coesão entre as células epiteliais. 
Interdigitações 
Aumenta a capacidade de adesão entre as 
células. 
Junções celulares 
Servem para a aderência 
e vedar o espaço intercelular, 
impedindo o fluxo livre de 
moléculas entre as células. 
Algumas junções formam 
canais de comunicação entre as 
células adjacentes. É 
importante lembrar que 
embora sejam diferentes 
junções, são encontras 
simultaneamente nas células. 
Zônula de oclusão 
É uma junção 
impermeável que forma um 
cinturão no entorno da célula, formando uma 
barreira protetora que impede a passagem de 
moléculas por entre as células epiteliais. 
Junção de adesão (desmossomos) 
Circunda toda a célula e contribui para a 
aderência entre as células vizinhas. É responsável 
pela adesão célula-célula. 
 
4 
 
Junção comunicante (GAP) 
Permite a passagem de moléculas 
informacionais, como hormônios, íons e etc; 
além de propagarem informações entre células 
vizinhas. O nome GAP vem do inglês que 
significa espaço, que seria justamente o espaço 
para a passagem de substâncias entre células. 
Microvilosidades 
São pequenas dobras da membrana 
citoplasmática, com o objetivo de aumentar a 
superfície de contato da célula com o meio 
externo, para que haja uma melhor absorção das 
substâncias. Estão presentes nas células epiteliais 
cuja função seja de absorção, como as 
encontradas nos intestinos e nos túbulos 
contorcidos do rim. 
Estereocílios 
São encontrados na região apical das 
células de revestimento do epidídimo e do canal 
deferente. É constituído por longos 
prolongamentos citoplasmáticos, que tem o 
objetivo de aumentar a superfície celular, 
facilitando o trânsito de moléculas para dentro e 
fora das células. 
Cílios e flagelos 
Diferente dos estereocílios e dos 
microvilos, não são prolongações do citoplasma 
e sim do citoesqueleto. Além disso, são 
estruturas móveis e alongadas, encontradas na 
superfície apical das células. São inseridos na 
membrana através dos corpúsculos basais. O 
movimento, que é normalmente unidirecional e 
coordenado, é resultado do deslizamento dos 
microtúbulos. 
Os flagelos, que em humanos existe apenas 
nos espermatozoides, têm uma estrutura 
semelhante à dos cílios, porém são mais largos. 
Os cílios são encontrados em epitélio 
respiratório e na tuba uterina. 
Tecido epitelial de 
revestimento 
As células do tecido epitelial de 
revestimento se dispõem em camadas 
recobrindo a superfície externa ou cavidades do 
corpo. 
De acordo com as condições funcionais 
locais, os epitélios de revestimento podem ter 
uma ou mais camadas de células. Desse modo, 
quando possui apenas uma camada é classificado 
como simples e se houver duas ou mais camadas 
é classificado como estratificado. Além do 
número de camadas, o formato das células 
também pode ser utilizado para classificar o 
tecido. 
 
Assim, as células pavimentosas, ou planas, 
apresentam um núcleo achatado. O epitélio 
simples pavimentoso é encontrado revestindo 
vasos linfáticos, cavidade abdominal e órgãos. 
Por outro lado, o epitélio estratificado 
pavimentoso pode apresentar duas 
conformações: queratinizado e não-
queratinizado. O queratinizado é composto de 
uma camada de queratina, células mortas, que 
tem a função de proteger as células que estão na 
camada abaixo (protege de desidratação e serve 
como uma barreira física contra bactérias). Por 
sua vez, o epitélio estratificado pavimentoso 
não-queratinizado é o que não apresenta essa 
camada de queratina, portanto, é visto em locais 
que não estão sujeitos a desidratação, como em 
mucosas por exemplo. 
As células cúbicas possuem um núcleo 
redondo. O epitélio simples cúbico é 
encontrado na superfície do ovário e na parede 
de ductos, enquanto o epitélio estratificado 
cúbico é visto revestindo curtos trechos de 
glândulas e porções do esôfago. 
Por fim, as células com formato cilíndrico 
possuem um núcleo próximo à superfície basal 
da célula. Podem também ser chamadas de 
prismáticas ou colunar. O epitélio simples 
cilíndrico é visto no intestino, vesícula biliar e na 
tuba uterina. Por sua vez, o epitélio estratificado 
cilíndrico é encontrado apenas na membrana da 
conjuntiva do olho. 
Há um terceiro tipo de epitélio, que é o 
pseudoestratificado, assim chamado pois os 
núcleos são dispostos em diferentes alturas. 
Ainda assim, é composto por apenas uma 
camada e todas as células atingem a membrana 
basal. A diferença na altura dos núcleos dá a 
impressão de que o epitélio é estratificado. É 
visto no trato respiratório e no epidídimo. 
 
 
5 
 
Células caliciformes 
No trato respiratório e digestivo são 
encontradas células glandulares polarizadas 
(apenas secretam em uma porção da membrana 
celular) do tipo mucoso. Elas secretam mucina, 
que se dissolve na água formando muco. Usam 
tanto os mecanismos apócrino quanto 
merócrino para a secreção da mucina. As células 
caliciformes são facilmente identificadas pelo seu 
núcleo basal e o restante do volume celular 
ocupado por grandes e redondos grânulos de 
muco. 
Tecido epitelial glandular 
Responsável por produzir e secretar algum 
produto, como suor, hormônios, proteínas e 
etc. Esses grânulos de secreção são pequenas 
partículas envolvidas por membrana que 
possuem os produtos elaborados pelas células. 
As glândulas podem ser classificadas de 
acordo com o seu modo de eliminação da 
secreção, podendo ser: merócrinas (pâncreas e 
g. salivares), holocrinas (g. sebácea) ou apócrinas 
(algumas g. sudoríparas). 
 
As substâncias produzidas podem ser 
liberadas no meio externo ou interno, onde as 
células que liberam substâncias no meio externo 
são chamadas de exócrinas e as que liberam as 
substâncias no meio interno são as endócrinas. 
Glândulas endócrinas 
As glândulas endócrinas possuem apenas a 
porção secretora, uma vez que o produto é 
liberado direto na circulação. 
 
Glândulas exócrinas 
Possuem uma porção secretora, que é 
responsável por produzir as moléculas, e outra 
excretora, que consiste em um ducto que libera 
a substância no meio externo. Podem ser 
classificadas de acordo com o formato da porção 
secretora. 
 
Tecido conjuntivo 
É responsável pelo estabelecimento e 
manutenção da forma do corpo. Este papel 
mecânico é determinado pela matriz 
extracelular, que conecta as células e os órgãos 
dando suporte ao corpo. O materialintercelular 
é uma matriz repleta de substância fundamental 
amorfa (SFA) e fibras, onde a fibra colágena é a 
mais frequente, porém pode haver também 
fibras elásticas e reticulares. 
 
O tecido conjuntivo possui células 
próprias, originadas de células mesenquimais, e 
células transitórias, originadas de células tronco 
hematopoiéticas, provenientes dos vasos. 
Células residentes 
Os fibroblastos são células jovens 
responsáveis por sintetizar colágeno, elastina, 
proteoglicano, glicoproteínas estruturais e 
Tecido 
conjuntivo 
propriamente 
dito
Frouxo
Denso
• Modelado
• Não 
modelado
Tecido 
conjuntivo 
com 
propriedades 
especiais
Adiposo
Elástico
Reticular
Mucoso
Tecido 
conjuntivo de 
suporte
Cartilaginoso
ósseo
 
6 
 
outros elementos. Assim, é considerada uma 
célula ativa e móvel (embora seja lenta) e com 
prolongações citoplasmáticas irregulares. Por 
sua vez, os fibrócitos são células maduras, menos 
ativas, em estado de latência. Caso haja um 
estímulo adequado, estas células são capazes de 
voltar a produzir intensamente fibras, voltando 
ao aspecto de fibroblasto. 
 
Células transitórias 
Macrófago 
Sua principal função é de fagocitar e 
apresentar antígenos. Encontrado no espaço 
intercelular, o macrófago é uma célula oriunda 
de um monócito que passou dos vasos 
sanguíneos para o tecido conjuntivo, adquirindo 
características morfofuncionais de um 
macrófago. 
Assim, são células de defesa especializadas 
em fagocitar elementos non-self (ou células 
danificadas). Caso um elemento seja maior que 
o próprio macrófago, este recruta outros, para 
se fundir e gerar um único macrófago gigante 
com diversos núcleos. 
Quando ocorre a fagocitose, é formada 
uma organela chamada de fagolisossomo, a partir 
da fusão do lisossomo, que possui enzimas 
digestivas, com o fagossomo, que é a porção 
com o produto fagocitado. 
 
São células distribuídas na maioria dos 
órgãos, podendo receber diferentes 
nomenclaturas de acordo com o local que é 
encontrado, e constituem o sistema fagocitário 
mononuclear. 
 
Mastócito 
Embora sejam amplamente 
distribuídos pelo corpo, são 
particularmente abundantes na derme e 
nos tratos digestivo e respiratório. 
Sua morfologia celular apresenta um 
citoplasma repleto de grânulos, que coram 
de forma intensa, enquanto o núcleo é pequeno, 
esférico e central e de difícil visualização, uma 
vez que frequentemente encontra-se coberto 
pelos grânulos do citoplasma. 
A principal função do mastócito é estocar 
mediadores químicos da resposta inflamatória, 
como histamina, que é vasodilatadora e estimula 
a liberação de suco gástrico, e heparina, que é 
um importante anticoagulante e estimula a 
angiogênese. Assim, tem um importante papel na 
inflamação, nas reações alérgicas e nas 
infestações parasitárias. 
Plasmócito 
É a forma madura dos linfócitos B, 
desse modo, o citoplasma é repleto de 
retículo endoplasmático rugoso, uma vez 
que são responsáveis pela produção de 
anticorpo (Ig). É pouco presente no tecido 
conjuntivo, exceto em locais sujeitos a 
penetração de antígenos, como na mucosa 
intestinal. 
As células de Mott são plasmócitos com 
muitos vacúolos repletos de anticorpos, que por 
sua vez, são chamados de corpúsculos de 
Russell. 
T.C. propriamente dito 
Pode ser classificado como frouxo, denso 
modelado ou denso não modelado. 
 
7 
 
TCPD frouxo 
É o tipo mais comum, suportando 
estruturas normalmente sujeitas a pressão e 
atritos pequenos. Pode ser encontrado 
preenchendo espaços entre grupos de células 
musculares, sustentando células epiteliais e 
formando uma camada em torno dos vasos 
sanguíneos, além de outros. 
É formado por todos os elementos 
estruturais típicos do TCPD, não havendo 
nenhuma predominância qualquer de 
componentes. As células mais numerosas são os 
fibroblastos, macrófagos, mas outros tipos 
celulares também estão presentes, além de fibras 
de colágeno e elástico, embora em menor 
número. 
Sua consistência é delicada, flexível, bem 
vascularizada e pouco resistente a trações. 
TCPD denso 
É um tecido adaptado para oferecer 
resistência e proteção aos tecidos. É formado 
pelos mesmos componentes do TCPD frouxo, 
porém, menos células são encontradas e há uma 
predominância de fibras colágenas. O TCPD 
denso é menos flexível e mais resistente à 
tensão, quando comparado ao TCPD frouxo. 
Pode ser diferenciado de acordo com a 
organização das fibras colágenas. Quando as 
fibras colágenas são organizadas em feixes sem 
uma orientação definida, esse tecido é 
classificado como denso não modelado. Uma 
característica desse tipo de tecido conjuntivo é 
a formação de uma trama tridimensional das 
fibras, que confere resistência às trações 
exercidas em qualquer direção. Um exemplo 
clássico é a derme profunda da pele. 
Quando as fibras de colágeno são dispostas 
em feixes paralelos uns aos outros e alinhados 
com os fibroblastos, esse tecido é classificado 
como denso modelado. Trata-se de um tecido 
conjuntivo que formou suas fibras colágenas em 
resposta às forças de tração exercidas em um 
determinado sentido. Os tendões são um 
exemplo clássico de TCPD denso modelado, 
apresentando estruturas alongadas e cilíndricas 
que conectam os músculos estriados aos ossos. 
T.C. com propriedades 
especiais 
Tecido elástico 
É um tecido conjuntivo formado por feixes 
espessos e paralelos de fibras elásticas, 
fabricadas principalmente por fibrócitos. O 
espaço entre as fibras elásticas é ocupado por 
fibras colágenas finas. São encontradas 
principalmente em locais que necessitam de 
flexibilidade. 
As fibras passam por três estágios de 
maturação: fibra oxitalâmica, que é mais 
resistente à tração, fibra elaunínica, que é 
considerada intermediária, e fibra elástica, que 
possui um acúmulo de elastina. Conforme vão 
amadurecendo, vão deixando de ser lineares e 
tornando-se onduladas. 
Tecido reticular 
Tem a função de suporte celular, onde as 
fibras se entrelaçam e formam uma rede 
tridimensional. As fibras reticulares são 
extremamente finas e seu principal componente 
é o colágeno do tipo II. É encontrado em órgãos 
linfóides e hematopoiéticos. 
Tecido mucoso 
O tecido conjuntivo mucoso é rico em 
SFA, sendo assim um tecido extremamente 
fluido e pobre em fibras. É um tecido 
desorganizado e amorfo, sendo encontrado em 
cordão umbilical, placenta e polpa de dente 
jovem. 
Substância fundamental 
amorfa 
Uma importante substância presente no 
tecido conjuntivo é a SFA. Vista no espaço 
intercelular, é uma complexa mistura de 
glicoproteínas e moléculas aniônicas, como 
proteoglicano e glicosaminoglicanos (ácido 
hialurônico, sulfato de condroitina, sulfato de 
heparana e sulfato de queratana). 
 
8 
 
 
Tecido muscular 
É responsável pelos movimentos corporais. 
As células são alongadas (em sua maioria) e com 
muitos filamentos citoplasmáticos, que são 
responsáveis pela contração. 
Prefixos referentes ao tecido: mio, misio 
ou sarco. Os miócitos são células musculares, 
que também podem ser conhecidas como 
miofibras. 
São divididos em três tipos, de acordo com 
suas características e funções, sendo estriado 
esquelético, estriado cardíaco ou liso. 
 
Tecido muscular estriado 
esquelético 
As principais características desse tecido 
são: células muito longas e com estrias 
transversais, multinucleadas (com núcleos na 
periferia) e a contração é do tipo rápida, 
vigorosa e voluntária. É o músculo que se prende 
ao esqueleto e ajuda no movimento de alavanca. 
Os envoltórios conjuntivos são uma 
película de tecido conjuntivo que envolve e 
invagina os músculos para levar vasos e nervos 
até as miofibrilas. O endomísio é a camada mais 
interna, que envolve cada fibra muscular, 
separando as células. Além de ser crucial para a 
nutrição, tem o papel de impedir o atrito entre 
as vibras e evitar danos. 
Externamente aoendomísio, encontra-se o 
perimísio, que também consiste em tecido 
conjuntivo que se projeta para dentro do 
músculo e envolve os feixes musculares. A 
camada mais externa que envolve o músculo é 
conhecida como epimísio. Conforme vão 
acabando os feixes musculares, o epimísio toma 
uma conformação de tecido conjuntivo denso 
modelado, formando o tendão, que é 
responsável por ligar o músculo ao osso. 
 
A placa motora é a conexão entre o 
neurônio motor e a fibra muscular, por onde é 
transmitido o estímulo de contração. O botão 
simpático é a região que ocorre essa conexão, 
enquanto a fenda sináptica é o espaço entre o 
neurônio e a fibra. 
As miofibrilas são um conjunto de quatro 
proteínas com capacidade contrátil, a actina, 
troponina e tropomiosina, que formam os 
microfilamentos finos (ou filamentos de actina), 
e a miosina, que é chamada de microfilamento 
grosso. A parte de sobreposição dos 
microfilamentos que dá o aspecto estriado do 
tecido. 
A unidade de contração do músculo é 
denominada sarcômero e compreende o espaço 
entre duas linhas Z. Por sua vez, a linha Z é o 
ponto de conexão dos filamentos de actina. A 
linha M é a conexão entre os filamentos de 
miosina, sendo, portanto, vista no meio do 
sarcômero. 
 
 
9 
 
As bandas são regiões do sarcômero onde 
podem ser notadas uma maior ou menor 
passagem de luz. A banda A é a região que há 
sobreposição dos filamentos, portanto, passa 
menos luz, formando uma faixa escura. A banda 
I, em contra partida, é uma região clara por onde 
passa muita luz, uma vez que é a região de 
sobreposição dos microfilamentos finos de 
actina. Por fim, a banda H é ao redor da linha M, 
onde ocorre a sobreposição dos filamentos de 
miosina. 
As miofibrilas possuem um sarcolema 
ondulado que projeta invaginações para o 
sarcoplasma. Em torno de cada invaginação há 
dois retículos sarcoplasmáticos, que juntamente 
com a invaginação do sarcolema, forma uma 
estrutura chamada de túbulo T. 
Contração muscular 
No músculo relaxado os sítios de ligação 
da actina com a cabeça da miosina encontram-se 
cobertos pela tropomiosina. Quando há a 
liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático 
estimulado por um potencial de ação, os íons se 
conectam à troponina, mudando a sua 
configuração especial e empurrando os 
filamentos de tropomiosina para dentro do sulco 
da hélice de actina. Assim, os sítios de ligação da 
actina com a miosina se expõe e se inicia o 
movimento de contração muscular. 
 
Tecido muscular estriado 
cardíaco 
Os miocitos cardíacos são diferentes 
dependendo da localização. Os miocitos 
ventriculares apenas realizam contrações, 
enquanto os atriais também são responsáveis 
por liberar secreção de peptídeo atrial 
natriurético, que auxilia no controle da pressão 
arterial. 
Outra diferença em relação aos músculos 
esqueléticos é a presença de discos intercalares, 
que são importantes para as células contraírem 
juntas. 
As fibras de Purkinje, também chamadas de 
fibras de condução de impulso, são diferentes 
dos miocitos normais. Sua morfologia é 
arredondada, grande, com menos miofibrilas e 
mais glicogênio (importante reserva energética, 
pois no coração não pode faltar energia). Têm a 
função de manter o ritmo cardíaco e distribuir o 
impulso. 
Obs: O cérebro dita o ritmo, enquanto as 
fibras de Purkinje são auto excitáveis e 
respondem a esse estímulo. 
Tecido muscular liso 
As células são fusiformes (alargadas no 
meio), com um núcleo único e central, sem 
estrias. A contração é lenta e involuntária. As 
células são interligadas por junções de hiato. 
A contração é tortuosa, pois as fibras são 
dispostas em diferentes direções e se conectam 
ao citoplasma da membrana celular através dos 
corpos densos. 
Além disso, o tecido muscular liso pode ser 
do tipo unitário, que é quando as células se 
contraem juntas (como uma unidade- ex: 
intestino), ou multiunitário, quando as células se 
contraem de forma independente (cada célula 
precisa de um estímulo). 
 
 
10 
 
Tecido Nervoso 
A função é a de transmitir informação e sua 
principal célula é o neurônio. É dividido em 
sistema nervoso central e periférico. 
 
Neurônio 
É uma célula de vida longa que não possui 
capacidade de regeneração (exceto o olfatório e 
células tronco). A informação é transmitida 
através do impulso nervoso, que é unidirecional, 
sempre em direção das ramificações terminais 
do axônio. 
 
É dividido em pericárdio, dendrito e 
axônio. O pericário é o corpo celular, onde é 
encontrado o núcleo e as outras organelas 
celulares. É rico em REr, que são chamados de 
corpúsculos de Nissl, pois há uma elevada 
produção de proteínas/neurotransmissores. O 
nucléolo é bem destacado e grande, devido a 
elevada produção de ribossomos. 
Os dendritos são ramificações próximas ao 
pericárdio, que tem a função de receber a 
informação. Possui um elevado número de 
conexões com outros neurônios. 
Por sua vez, o axônio é a porção final do 
neurônio, que tem início no cone de 
implantação. É o axônio que conduz a 
informação até o botão sináptico. Suas 
ramificações terminais recebem o nome de 
telodendro. 
Os neurônios podem ser classificados de 
diversas formas, quanto à sua polaridade, seu 
formato do pericário, quanto à sua função e seu 
local. 
 
 
As sinapses são as comunicações 
neuronais, onde o neurônio que manda a 
informação é chamado de pré-sináptico e o que 
recebe é o pós-sináptico. A informação chegar 
no neurônio pós-sináptico tanto no seu 
pericário, como no seu dendrito ou até mesmo 
em seu axônio (não é no telodendro), sendo 
classificados como axossomática, axodendritica 
e axoaxônica, respectivamente. 
Neuroglia 
As células da glia tem a função de proteger 
e sustentar o sistema nervoso. Diferente dos 
neurônios, estas não geram/conduzem impulsos 
nervosos. São as principais células, em termos 
quantitativos, do sistema nervoso (90%). Outra 
diferença em relação aos neurônios é que estas 
células possuem potencial mitótico, ou seja, de 
regeneração. 
SNC
Encéfalo
Cérebro
Telencéfalo
Diencéfalo
Tronco 
encefálico
Mesencéfalo
Ponte
BulboCerebelo
Medula 
espinhal
SNP
Nervos
Cranianos
Sensitivos
Motores
Viscerais 
(SNA)
Espinhais
Gânglios
Polaridade
Unipolar
Bipolar
Multipolar
Pseudo-
unipolar
Formato do 
pericário
Piramidal
Fusiforme
Globoso
Estrelado
Cesta
Piriforme
Função
Aferente
Eferente
Interneurônio
Local
Central
Periférico
 
11 
 
São células que não conseguem ser vistas 
na coloração usual de H&E (apenas o núcleo), 
portanto usa-se a impregnação pela prata ou 
ouro na citologia. 
Existem quatro tipos de células da glia, que 
possuem diferentes funções: astrócitos, 
oligodendrócitos, micróglia e células 
ependimárias. 
 
Astrócitos 
São as maiores células do SN e possuem 
muitos prolongamentos. Sua função é de 
recobrir, sustentar e proteger o sistema nervoso 
central, agindo como parte da barreira hemato-
encefalica. Existem dois tipos: o fibroso, que 
possui prolongamentos finos, alongados e menos 
ramificados, e pode ser encontrado na 
substância branca; e protoplasmático, que possui 
prolongamentos espessos e muito ramificados, e 
são encontrados na substância cinzenta. 
 
Oligodendrócitos 
São células satélites do sistema nervoso 
central, responsáveis pela formação da bainha de 
mielina. Essa bainha é formada a partir de um 
prolongamento de um oligodendrócito que 
recobre o axônio de um neurônio. 
Micróglia 
É a menor célula do sistema nervoso e age 
como o macrófago, portanto tem ação 
fagocitária e função de proteger o SNC. Possui 
prolongamentos curtos e finos, com aspecto 
espinhoso. 
Cél. Ependimária 
Encontram-se fora do parênquima e 
possuem uma morfologia cilíndrica ciliada, 
semelhante ao epitélio, embora não seja. Possui 
a função de revestir as cavidades do encéfalo e 
da medula, ajudando o fluido internoa fluir. 
Bainha de mielina 
Possui um conteúdo lipídico e, portanto, 
não pode ser vista em preparações histológicas 
comuns. 
É composta por células que revestem 
axônios neuronais para auxiliar na propagação 
do impulso nervoso. No SNC, quem realiza essa 
função são os oligodendrócitos, enquanto no 
SNP são as células de Schawnn. A principal 
diferença entre a forma de revestir destas 
células, é que as células de Schawnn se enrolam 
completamente em uma parte do axônio, 
portanto, apenas uma célula reveste parte de um 
neurônio. Por outro lado, os oligodendrócitos 
tem diferentes prolongamentos formando 
partes da bainha de diferentes neurônios. 
Os espaços entre as partes da bainha de 
mielina são chamados de nódulos de Ranvier, 
que fazem com que o impulso seja transmitido 
de forma saltatória. 
Tecido sanguíneo 
O sangue é um tecido conjuntivo com 
propriedades especiais, composto por 55% de 
plasma (92% H2O e 8% matéria seca), 45% de 
hemácias e <1% de leucócitos e plaquetas. 
Hemácias 
Também chamados de eritrócitos ou 
glóbulos vermelhos, possuem formato de disco 
bicôncavo, sendo anucleados em mamíferos e 
com propriedades acidófilas. 
 
Um mamífero possui em média 4 milhões 
de hemácias por l de sangue. A função delas é 
transportar oxigênio e gás carbônico. 
 
12 
 
O baço é o responsável por eliminar as 
hemácias velhas. A vida média das hemácias varia 
de acordo com a espécie animal. A eritropoiese 
é o processo de formação das hemácias, onde a 
célula precursora das hemácias é o reticulócito. 
Plaquetas 
 Não são células, apenas debris celulares, 
cuja função é participar do processo de 
coagulação sanguínea. 
São originadas de células chamadas de 
megacariócitos, que jogam fragmentos do seu 
citoplasma na circulação sanguínea. O processo 
de formação das plaquetas é chamado de 
trombopoiese. 
 
Leucócitos 
São as células de defesa do corpo, também 
conhecidos como glóbulos brancos, são 
separados em duas classes: granulócitos e 
agranulócitos, devido a presença ou não de 
grânulos em seu interior. 
Granulócitos 
Neutrófilo 
É o leucócito mais numeroso na circulação 
sanguínea e é considerado a primeira linha de 
defesa do sistema imune. 
Morfologicamente possui o núcleo 
segmentado (de 3-4 lobos). Os grânulos 
possuem enzimas digestivas com ação 
hidrolíticas e antibacteriana. Estes possuem um 
pH neutro, por isso não se coram normalmente 
(exceto coelhos, cobaios, aves, répteis e anfíbios, 
que são vermelhos por serem heterófilos). 
Eosinófilo 
Os grânulos se coram em vermelho, por 
serem eosinofílicos. Os grânulos variam de 
acordo com a espécie animal, sendo um 
indicativo de qual espécie está sendo analisada: 
 Cavalos – enormes; 
 Cachorros – pontos redondos que 
variam de tamanho; 
 Gatos – bastões todos do mesmo 
tamanho; 
 Ruminantes – apenas grânulos pequenos; 
 Suínos – muito semelhante ao de 
cachorro, sendo difícil diferenciar. 
Basófilo 
É uma célula rara cuja função ainda não é 
bem esclarecida. Seu aumento costuma estar 
associado com o aumento de eosinófilo, 
levantando a hipótese de estar associada com 
processos alérgicos. 
 
Agranulócitos 
Monócito 
Maior célula encontrada na circulação. O 
núcleo é pleomórfico. É a célula responsável por 
se tornar macrófago fora da circulação. 
Linfócitos 
É o agranulócito mais frequente, 
diferenciando-se pelo seu núcleo que ocupa 
quase todo o citoplasma. Participa da resposta 
imunológica adaptativa, além de possuir diversas 
outras funções. 
Tecido ósseo 
É um tipo especializado de tecido 
conjuntivo, formado por células e material 
intercelular calcificado (matriz óssea). 
É formado 50% por matéria orgânica, onde 
95% são fibras colágenas e SFA que conferem 
flexibilidade, e 50% de matéria inorgânica, sendo 
íons fosfato e cálcio em forma de cristas de 
hidroxiapatita os mais comuns. Estes cristais de 
hidroxiapatita formam finas agulhas arrumadas 
ao longo das fibras de colágeno e envolvidas por 
SFA, conferindo resistência e rigidez ao osso. 
A presença da matriz mineralizada torna o 
tecido ósseo difícil de ser cortado no 
micrótomo, por isso são usadas duas técnicas 
especiais: 
1º. Utilização de enzimas digestivas (ácidas) 
que agem no cristal de hidroxiapatita, 
removendo a porção inorgânica; 
2º. Polir o osso, mantendo a matéria 
inorgânica. 
 
13 
 
Composição celular 
Osteoblasto 
Células jovens que compõe uma camada 
única de células na superfície óssea. Quando 
ativos são cuboides e basófilos, quando não, são 
achatados. Apresentam prolongamentos 
citoplasmáticos, que ligam uns aos outros 
(junções comunicantes). 
São os produtores de osteóide (matriz não 
mineralizada composta apenas por colágeno e 
proteoglicanos) e participam da mineralização da 
mesma (concentram fosfato de cálcio no 
citoplasma). A matriz sintetizada se deposita ao 
seu redor. Uma vez que o osteoblasto se torna 
totalmente envolto pela matriz mineralizada, 
este torna-se um osteócito. 
Osteócito 
Ocupam as cavidades na matriz óssea 
(lacunas) e se comunicam por seus 
prolongamentos (transporte de nutrientes e 
metabólitos entre eles e os vasos). São 
responsáveis pela manutenção da matriz óssea. 
Seu formato é alongado e os seus 
prolongamentos se situam em canalículos. 
Osteoclasto 
É uma célula globosa, multinucleada e 
móvel, originada de monócitos do tecido 
sanguíneo. São encontradas nas superfícies 
ósseas e responsáveis pela reabsorção óssea 
através da secreção de enzimas que atacam a 
parte orgânica da matriz e ácidos orgânicos que 
promovem a descalcificação focal da matriz 
(lacunas de erosão/howship). Depois da erosão 
óssea, os osteoblastos inativos irão voltar para o 
formato cúbico e iniciarão o processo de síntese 
da matriz. 
 
Osso longo 
Os ossos longos são divididos em diáfise 
(corpo) e epífise (extremidades). O periósteo é 
uma camada de tecido conjuntivo denso não 
modelado ao redor do osso que possui a função 
de nutrir e fornecer novos osteoblastos para o 
crescimento e reparação do tecido ósseo. O 
endósteo é similar ao periósteo, a diferença 
consiste na localização, uma vez que este reveste 
a porção interna do osso. 
As células do periósteo têm importante 
papel no crescimento ósseo e na reparação de 
fraturas. Além disso, os vasos sanguíneos do 
periósteo se ramificam e penetram nos ossos 
através da matriz. 
O periósteo é dividido em duas camadas, 
sendo uma fibrosa que é mais externa e rica em 
fibras colágenas e elásticas, onde as fibras de 
Sharpey são encontradas (feixes de fibras 
colágenas que penetram o tecido ósseo e o 
protege, além de levar irrigação e inervação). A 
outra camada de periósteo é a osteogênica, que 
é mais interna e composta por células 
osteogênicas que podem se multiplicar e gerar 
osteoblastos; ou seja, as células tronco do 
periósteo osteogênico têm a função de repor 
osteoblastos para o tecido ósseo. 
 
Canais e sistemas 
Os vasos sanguíneos penetram no osso 
através dos canais perfurantes (de Volkmann), 
além de também levarem inervação através 
deles. Ao longo do osso são vistos diversos 
canais centrais (de Havers) que seguem na 
vertical. Estes cominicam-se entre si com a 
cavidade medular e com a superfície externa do 
osso através dos canais horizontais, que são os 
perfurantes de Volkmann. 
O sistema circunferencial é dividido em 
interno e externo, que consiste em parte da 
parede do osso. Além disso, possui também as 
lamelas circunferenciais, sistemas intermediários 
e os sistemas de Havers (ósteon), que é um 
conjunto ao redor dos canais de Havers. 
Osso esponjoso 
Apresenta espaços medulares mais amplos, 
formado por várias trabéculas, que dão um 
aspecto esponjoso/poroso ao tecido. Não 
possui canal de Havers e as lamelas não são 
 
14 
 
organizadas. Além disso, as células têm mais 
espaço entre elas, deixando o osso mais flexível. 
Sua função é absorverimpacto nas epífises de 
ossos longo. 
Ossos chatos 
Nos ossos chatos a disposição de lamelas 
não forma sistemas, sendo compostas por 
camadas de ossos compactos e possuem uma 
tábua externa e uma interna, que são separadas 
por tecido ósseo esponjoso. 
Ossificação intramembranosa 
Dentro do tecido conjuntivo (células 
progenitoras), ocorre no interior de uma 
membrana conjuntiva. Processo formador dos 
ossos frontal, parietal e de partes do occipital. 
Contribui também para o crescimento dos ossos 
curtos e crescimento em espessura de ossos 
longos. 
Ossificação endocontral 
Tem inicio sobre uma peça de cartilagem 
hialina, de forma parecida com a do osso que irá 
se formar, mas de menor tamanho. Esse tipo de 
ossificação é o principal responsável pela 
formação dos ossos curtos e longos. 
Remodelamento ósseo 
Processo fisiológico para a disponibilização 
de Ca2+ controlado por hormônios (paratireoide 
e calcitonina). Visto também em casos de lesões 
e traumas. 
O crescimento dos ossos consiste na 
formação de tecido ósseo novo associado à 
reabsorção parcial do tecido já formado. Desse 
modo, os ossos conseguem manter sua forma 
enquanto crescem. 
Reparo ósseo 
Quando fraturados, os ossos se 
reconstituem graças às células do periósteo e do 
endósteo. Nas fraturas ocorre sempre 
hemorragia local, pela lesão dos vasos 
sanguíneos do osso e do periósteo. 
Nota-se também a destruição da matriz 
óssea e morte de células ósseas no local 
fraturado. Assim, no local de reparo podem ser 
encontrados ao mesmo tempo áreas de 
ossificação intramembranosa e de ossificação 
endocondral. 
Tecido cartilaginoso 
É uma forma especializada de tecido 
conjuntivo de consistência rígida, que serve de 
suporte para tecidos moles, de revestimento de 
superfícies articulares e na formação e no 
crescimento de ossos longos na vida intra-
uterina e logo após o nascimento. 
É um tecido avascularizado, alinfático e 
aneural, formado por condroblastos, 
condrócitos, matriz extracelular, pericôndrio e 
outros. 
Condrócito 
Célula madura da cartilagem, responsável 
pela manutenção da matriz produzida pelo 
condroblasto. Fornece novas células para a 
cartilagem através da divisão celular. 
Condroblasto 
Célula mais jovem da cartilagem que possui 
morfologia achatada e muitos REr, uma vez que 
prudiz muitas proteínas na forma de fibras 
colágenas. 
Pericôndrio 
Como não possui vaso sanguíneo ou 
nervos, o tecido cartilaginoso é envolto pelo 
pericôndrio, que é um tecido conjuntivo 
responsável por nutrir o tecido cartilaginoso. 
Tipos de cartilagem 
Hialina 
É o tipo mais abundante do corpo, 
encontrado no septo nasal, traqueia, brônquios 
e etc. A matriz celular possui delicadas fibras 
constituídas principalmente por colágeno do 
tipo II. 
É o tecido responsável por formar o 
esqueleto primário do embrião, que 
posteriormente é substituído pelo esqueleto 
ósseo. Além disso, está presente no disco 
epifisário, que é responsável pelo crescimento 
do osso em extensão (pós-parto). 
Os grupos isógenos são ninhos celulares 
compostos por números pares de células (2, 4, 
8) que se dividem dentro da cartilagem. Todos 
foram gerados por um condroblasto que 
realizou mitose. 
A matriz da cartilagem hialina pode ser 
dividida em três tipos: a pericelular, que está 
 
15 
 
presente ao redor das células e é composta por 
proteoglicano; a territorial, que é o território da 
matriz ao redor de um território de células, 
composta por colágeno e SFA; e a 
interterritorial, que está entre os territórios da 
célula, composta por colágeno e proteoglicanos. 
O pericôndrio envolve todas as peças de 
cartilagem hialina, exceto nas articulações. Sua 
integridade é essencial, pois é a fonte de novos 
condroblastos para o crescimento, além de ser 
responsável pela nutrição, oxigenação e 
eliminação de metabólitos do tecido. 
 
A irrigação limitada da cartilagem a torna 
muito susceptível a degeneração, sendo comum 
a calcificação em alguns casos. A regeneração é 
incompleta e dificultosa. 
O motivo da cartilagem articular não 
possuir pericôndrio é que este possui um 
aspecto áspero e, neste caso, a cartilagem 
precisa ser lisa para o osso deslizar. A nutrição 
ocorre através do líquido sinovial presente. 
Elástica 
Possui muitas fibras de elastina em sua 
matriz, sendo mais flexível que a cartilagem 
hialina. A presença de elastina confere uma 
coloração amarelada ao tecido. 
Assim como a cartilagem hialina, a elástica 
também possui pericôndrio. A única diferença 
entre os dois tipos de cartilagem é que a elástica 
possui fibra elástica (mais que os outros 
componentes que também estão presentes na 
cartilagem hialina). Desse modo, quando corado 
por H&E, ambas são iguais. É preciso utilizar um 
corante específico, que permite a visualização 
das fibras elásticas, para diferenciar os dois tipos 
de cartilagem. 
Pode ser vista na orelha e epiglote. 
Fibrocartilagem 
Resistente a tensões, se caracteriza pela 
presença de feixes de colagem tipo I. é um tecido 
que possui a característica de TCPD e 
cartilaginoso. 
Pode ser encontrado em suturas 
articulares, articulação do joelho em cavalos e 
discos intervetebrais. 
Neste tipo de tecido cartilaginoso, o tecido 
conjuntivo encontra-se entranhado à 
fibrocartilagem, portanto não há pericôndrio. 
 
O esqueleto cardíaco presente em 
determinadas espécies, como nos caninos, pode 
ser de fibrocartilagem, que tem como função 
prender/sustentar as válvulas cardíacas. 
Crescimento da cartilagem 
O crescimento do tecido pode ocorrer de 
duas formas: intersticial ou aposicional. 
O crescimento intersticial ocorre “de 
dentro para fora”, onde os condrócitos 
presentes na matriz realizam mitose e aumentam 
o número de células, fazendo com que a matriz 
cresça. 
Por sua vez, o crescimento aposicional 
ocorre “de fora para dentro”, onde os 
fibroblastos presentes no pericôndrio tornam-se 
condroblastos e começam a produzir matriz. 
Posteriormente, estes condroblastos tornam-se 
condrócitos. 
Tecido adiposo 
É um tipo especial de tecido conjuntivo 
composto majoritariamente de células adiposas, 
os adipócitos. É o maior deposito de energia, na 
forma de triglicerídeos, do corpo. As células 
hepáticas e os músculos esqueléticos também 
acumulam gordura, porém é sob a forma de 
glicogênio. 
É um tecido muito influenciado por 
estímulos nervosos e hormonais, que tem a 
função de depósito de energia, modelamento 
superficial, absorção de impacto e isolamento 
térmico. 
Além disso, o tecido adiposo preenche o 
espaço entre outros tecidos e mantém os 
órgãos em suas posições corretas. 
T.A. unilocular 
É o tecido amarelo/branco, 
regularizado/remodelado por hormônios. Esse 
tecido forma o panículo adiposo, que é a parte 
controlada pelos hormônios sexuais e pelos 
hormônios adrenocorticais. 
 
16 
 
Secreta duas substancias uma chamada de 
leptina e a outra lipase lipoproteinca, que têm a 
função de quebrar gordura e mandar para o 
sangue, onde é processada e gera energia. 
T.A. multilocular 
Altamente vascularizado, é um tecido 
responsável por gerar energia a partir da quebra 
de triglicerídeos. Desse modo, as suas células 
possuem muitas mitocôndrias. É muito comum 
em filhotes, pois estes não possuem regulação 
térmica, e em animais que hibernam (glândula 
hibernante). 
Produz calor a partir da aceleração da 
lipólise e oxidação dos ácidos graxos, assim é 
produzido calor e não ATP. 
 
17 
 
Anexo:

Outros materiais