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Resposta caso 9

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA 
CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE... 
 
 
Processo n°: 
 
 
JERUSA, já qualificada nos autos do processo-crime em epígrafe, que 
Move-lhe o Ministério Público, por seu advogado que esta subscreve 
(procuração anexa), endereço profissional na rua, endereço eletrônico, 
Vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, NÃO SE 
CONFORMANDO COM A RESPEITÁVEL DECISÃO QUE O PRONUNCIOU, 
INTERPOR 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
Com fulcro no ART. 581, IV do Código de Processo Penal (CPP). 
Requer seja recebido e processado o presente recurso e que seja 
Realizado O JUÍZO DE RETRATAÇÃO com fulcro no ART. 589 do CPP, e 
Caso Vossa Excelência entenda que deva ser mantida a respeitável 
Decisão, que seja remetido com as inclusas razões para o Egrégio 
Tribunal de Justiça. 
 
RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
Recorrente: JERUSA 
Recorrido: Ministério Público 
Processo n°: 
Egrégio Tribunal de Justiça 
Colenda Câmara 
Douto Procurador de Justiça 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juízo ''a quo'', 
Impõe-se a REFORMA DA RESPEITÁVEL SENTENÇA QUE PRONUNCIOU A 
RECORRENTE pelas razões de fato e de direito a seguir expostas 
 
I - DOS FATOS 
 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face da acusa pela suposta prática 
de crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 do CP, com fundamento no 
fato de que a mesma, ao ultrapassar veículo automotor em via de mão dupla, 
não sinalizou com a seta luminosa vindo a atingir Diogo, motociclista que, em 
alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto, falecendo mesmo após 
a presteza do socorro diligenciado pela acusada. 
 Diante da denúncia, e, após regular instrução criminal, o douto 
magistrado deste juízo, proferiu decisão de pronúncia da acusada, que, data 
vênia, deve ser reformada conforme fundamentos abaixo aduzidos. 
 
II - DO DIREITO 
 
1. MÉRITO DA DESCLASSIFICAÇÃO DE HOMICÍDIO DOLOSO PARA 
CULPOSO. 
 
Segundo o Art. 18, I do CP, o crime é considerado doloso quando o 
Agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. 
No caso em tela, a RECORRENTE não agiu com dolo e sim com 
Culpa isso porque o dolo eventual exige, além da previsão do resultado, 
Que o agente assuma o risco pela ocorrência do mesmo. 
Portanto, nesse sentido, a conduta de Jerusa amolda-se àquela descrita 
No Art. 302 do CTB, razão pela qual ela deve responder pela prática, 
Apenas, de homicídio culposo na direção de veículo automotor. 
 
2. DA INCOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI 
 
Segundo o Art. 419, quando o juiz não for competente para o julgamento 
Deverá remeter os autos ao juízo competente. 
No caso em tela, o Tribunal do Júri não é competente para julgar o crime 
Em tela, pois não se trata de homicídio doloso e sim culposo. 
Portanto, não havendo crime doloso contra a vida, o Tribunal do Júri 
Não é competente para apreciar a questão, razão pela qual deve 
Ocorrer à desclassificação, nos termos do Art. 419, do CPP. 
 
III - DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto requer: 
 
a) Seja conhecido o presente recurso e suas razões; 
b) Seja desclassificado o crime de homicídio doloso, previsto no art. 121 caputs 
do CP, imputado na denúncia à acusada, para o crime de homicídio culposo, 
previsto no art. 302 do CTB; 
c) Seja, conseqüentemente, os autos remetidos ao competente Juiz de Direito 
de Vara Criminal da Comarca de..., para o devido processamento e julgamento 
do feito, nos termos do art. 419 do CPP c/c art. 74 §1º do CPP. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB

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