PESQUISA - DBO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – CCET 
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 
CCET 173 – SISTEMA URBANO DE ESGOTO 
 
 
 
 
 
 
 
TIAGO HENRIQUE C. VIANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO) 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO 
2020 
 
 
TIAGO HENRIQUE C. VIANA 
 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa entregue ao Prof. Dr. Marconi Gomes, 
como forma de compor a nota parcial N1 na 
disciplina de Sistema Urbano de Esgoto, 
ofertada pelo curso de Bacharelado em 
Engenharia Civil, pela Universidade Federal do 
Acre 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO 
2020
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Dentre os usos atribuídos pelos seres humanos, para a água, destacam-se, ante ao uso, 
o abastecimento, e após o uso, o esgotamento. Este, pode ser de diversas origens, como destaca 
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1993), para a definição de Esgoto Sanitário: 
“Água residuária composta de esgoto doméstico, despejo industrial admissível a tratamento 
conjunto com esgoto doméstico e água de infiltração. 
No entanto, diversos são os indicadores que, dada a aplicação nos esgotos e/ou demais 
efluentes estudados, permitem caracterizações sobre os mesmos. Estes indicadores podem ser 
de natureza química, física ou biológica. 
No que tange ao indicador de natureza biológica, conforma indica a Fundação 
Nacional de Saúde (2015) não existe a necessidade de saber qual a composição da matéria 
orgânica no esgoto, mas sim, dentro de seu todo, a sua totalidade. Sendo então usados métodos 
(diretos e/ou indiretos) para a determinação. No método direto é medido o carbônico orgânico 
total (COT) e os indiretos medem a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a demanda 
química de oxigênio (DQO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. CONCEITO 
 
Conforme Heller e Pádua (20XX) apud Babbitt et al. (1962), a Demanda Bioquímica 
de Oxigênio (DBO) é um forte indicador da atividade do metabolismo dos organismos vivos, 
pois estes utilizam, necessariamente, matéria orgânica como alimento. A DBO é uma 
característica, não um constituinte da água. Água não poluída deve ter menos de 5 mgL-1 de 
DBO. Quantidades mais elevadas exigem investigação da causa. Na determinação da 
potabilidade da água o teste raramente é feito, porque a poluição inorgânica pode estar presente 
quando a DBO for baixa. Quando a DBO for alta, a poluição orgânica está indicada. 
 
2. APLICAÇÃO 
 
Sendo uma característica, não um constituinte, a DBO pode trazer expressivas 
informações acerca de um efluente, no caso, esgoto sanitário. 
Conforme expressa a Tabela 1, da Fundação Nacional de Saúde (2015), a aplicação da 
DBO permite caracterizar um poluente através dos seus parâmetros de caracterização, seus tipos 
e seus efeitos/consequências. 
 
Tabela 1 – Efeitos do lançamento de esgoto no ambiente, destacando a indicação da DBO. Fonte: Fundação Nacional de 
Saúde adaptado, 2015. 
 
 
 
A partir ainda da Tabela 1, pode-se notar que a DBO permite indicar a poluição de 
matéria orgânica biodegradável, principalmente em efluentes industriais, e que pode gerar 
efeitos e consequências adversas dados como: consumo de oxigênio, mortandade de peixes e 
condições sépticas. Nota-se que, ainda, a elevação desse indicador, alerta para possibilidades 
de alteração no ecossistema local. 
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3. FÓRMULAS 
 
A indicação da DBO é a forma mais utilizada para se medir de forma indireta a 
quantidade de matéria orgânica presente no esgoto, ou seja, medir a quantidade de oxigênio 
necessário para estabilizar bioquimicamente a matéria orgânica presente no volume 
padronizado de uma amostra, pela ação de bactérias aeróbias, num determinado período de 
tempo e numa dada temperatura (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (2015)). 
Convencionou-se estabelecer a DBO padrão como medida da matéria orgânica 
carbonácea, procedendo-se a análise no quinto dia e mantendo-se durante o teste a temperatura 
da amostra em 20 ˚C, passando a ser expressa como DBO5 
20. Também se convencionou que 
sempre que não houver a indicação dos 5 dias e dos 20 ˚C, ou seja, se mencionar apenas DBO, 
entenda-se implicitamente que se está referindo a DBO5 
20 (FUNDAÇÃO NACIONAL DE 
SAÚDE (2015)). 
Quanto maior o grau de poluição orgânica maior será a DBO. A DBO vai reduzindo-
se gradativamente durante o processo aeróbio até anular-se, quando então a matéria orgânica 
estará totalmente estabilizada. Normalmente a uma temperatura de 20 oC, e após 20 dias, é 
possível estabilizar cerca de 99% da matéria orgânica dissolvida ou em estado coloidal presente 
nos esgotos domésticos. Esta demanda total é chamada de demanda última de oxigênio (DBOu), 
cujo valor para os esgotos domésticos é próximo a 1,5 vezes a DBO5 
20 (FUNDAÇÃO 
NACIONAL DE SAÚDE (2015)). 
Em geral a DBO é representada por miligrama por litros (mg/l) e nos esgotos 
domésticos brutos varia entre 200 e 400 mg/l, entretanto, esses valores podem ser bem mais 
elevados dependendo da região e características do esgoto. Em outras palavras, o número em 
miligramas indica a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar bioquimicamente a 
matéria orgânica presente em um litro de esgoto. Lembrando que a estabilização total da matéria 
orgânica está associada a DBOu enquanto a DBO5 
20 é normalmente usada devido à rapidez na 
realização do teste (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (2015)). 
 
4. TESTE DE DETERMINAÇÃO DA DBO 
 
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1992), estabelece-se que, 
através da ABNT NBR 12614/1992, “Águas – Determinação da demanda bioquímica de 
oxigênio (DBO) – Método de incubação (20 ˚C, cinco dias) ”, os objetivos, métodos e 
prescrições, referentes ao ensaio de determinação da DBO para fluidos e/ou efluentes. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir do exposto anteriormente, viu-se desde conceito à necessidade, a importância 
de se conhecer a DBO de determinado efluente, no caso, referente ao esgoto sanitário. 
Parametrizar e normatizar, ainda, esse indicador, permite sua confiabilidade e 
proporciona maior segurança a sua execução e aos seus resultados, visto que, deles, pode-se 
inferir a quantidade de contaminação por matéria orgânica em determinada quantidade. 
Portanto, é possível aliar e aplicar tais conhecimentos para que, no caso do 
esgotamento sanitário, dada a sua determinação de DBO, melhor seja a sua forma de tratamento, 
e possibilite uma maior qualidade de descarte do efluente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12614 – Águas – 
Determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) – Método de incubação (20 ˚C, 
cinco dias). Rio de Janeiro – RJ, 1992. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7229 – Projeto, 
construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro – RJ, 1993. 
 
FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE. Manual de Saneamento. 4ª Edição. Brasília – DF, 
2015. 
 
HELLER, L.; PÁDUA, Valter Lúcio de. Abastecimento de Água para Consumo Humano. 
Editora UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. 2006.