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1 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya (Células e estruturas do SN) O Tecido Nervoso é formado por neurônios, que são células especializadas em gerar e conduzir impulsos ner- vosos, e por células acessórias denominadas células da glia ou neuróglia, cujas funções variam de acordo com suas classificações. • Neurônios: São responsáveis pela recepção e pelo processamento de informações, atividades que terminam com a trans- missão de sinalização por meio da liberação de neuro- transmissores e de outras moléculas informacionais. Como estrutura básica, os neurônios geralmente apresentam: • Corpo celular ou pericário, que é o centro trófico da célula, onde se concentram organelas, e que também é capaz de receber estímulos; • Dendritos, prolongamentos cujo diâmetro diminui à medida que se afastam do pericário. São rami- ficados e numerosos e constituem o principal lo- cal para receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neu- rônios; • Axônio, prolongamento único, de diâmetro cons- tante na maior parte de seu percurso e ramifi- cado em sua terminação. É especializado na con- dução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, mus- culares, glandulares). Essas células podem receber diversas classificações segundo diferentes critérios. • Morfologia (Junqueira, 2017) / Polaridade (Hum- berto, 2022): o Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio; o Neurônios multipolares, que apresentam vários dendritos e um axônio; o Neurônios pseudounipolares, que apresentam junto ao corpo celular um prolongamento único que logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC. • Morfologia (Humberto, 2022) o Piriforme (mais raro) o Estrelado ⭐ o Piramidal (motores) 2 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya • Tamanho o Neurônios tipo I de Golgi possuem um longo axônio, cujo comprimento pode alcançar 1 m ou mais em casos extremos. As células pirami- dais do córtex cerebral, as células de Purkinje do córtex cerebelar e as células motoras da medula espinal são bons exemplos. o Neurônios tipo II de Golgi possuem um axônio curto que termina na vizinhança do corpo ce- lular ou que está totalmente ausente. São muito mais numerosos do que os neurônios tipo I de Golgi. Os dendritos curtos que se originam desses neurônios lhes conferem um aspecto em forma de estrela. • Função o Sensorial (aferente) o Motor (eferente) o Interneurônio (maioria, aprox. 90%) • Ordem (Organização anatômica da medula espi- nal) o Primeira ordem (primário), tem o seu corpo ce- lular no gânglio sensitivo do nervo espinal (da raiz posterior) o Segunda ordem (secundário), dá origem a um axônio que decussa (cruza para o lado oposto) e ascende até um nível superior do SNC o Terceira ordem (terciário), situa-se habitual- mente no tálamo e dá origem a uma fibra de projeção que segue para uma região sensitiva do córtex cerebral • Neuróglia: As várias células da glia são formadas por um corpo celular e por seus prolongamentos. Os seguintes tipos ce- lulares formam o conjunto das células da glia: • Oligodendrócitos: por meio de seus prolongamen- tos, que se enrolam várias vezes em volta dos axônios, produzem as bainhas de mielina dos neu- rônios do SNC; • Cèlulas de Schwann: presentes no SNP, têm a mesma função dos oligodendrócitos; no entanto, cada uma delas forma mielina em torno de um curto segmento de um único axônio; • Astrócitos: são células de forma estrelada com múltiplos prolongamentos irradiando do corpo celular. Além da função de sustentação dos neu- rônios, os astrócitos participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente ex- tracelular. Alguns apresentam prolongamentos, chamados de pés vasculares, que se dirigem para capilares sanguíneos e se expandem sobre curtos trechos deles o Astrócitos fibrosos são encontrados principal- mente na substância branca, onde seus prolon- gamentos passam entre as fibras nervosas. Cada prolongamento é longo, fino, liso e não muito ramificado. Os corpos celulares e os pro- longamentos contêm muitos filamentos em seu citoplasma o Astrócitos protoplasmáticos são encontrados principalmente na substância cinzenta, onde seus prolongamentos passam entre os corpos das células nervosas. Os prolongamentos são mais curtos, mais espessos e mais ramificados que os dos astrócitos fibrosos, e o citoplasma contém menos filamentos 3 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya • Células ependimárias: são células cúbicas ou co- lunares que, de maneira semelhante a um epitélio, revestem os ventrículos do cérebro e o canal cen- tral da medula espinal. Em alguns locais, as célu- las ependimárias são ciliadas, o que facilita a mo- vimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR) o Ependimócitos: revestem os ventrículos do en- céfalo e o canal central da medula espinal e estão em contato com o LCS. Suas superfícies adjacentes possuem junções comunicantes, po- rém o LCS está em comunicação livre com os espaços intercelulares do SNC. Auxiliam na cir- culação do LCS dentro das cavidades do encé- falo e no canal central da medula espinal por meio de movimentos dos cílios o Tanicitos: revestem o assoalho do terceiro ven- trículo acima da eminência mediana do hipo- tálamo. Essas células apresentam longos pro- longamentos basais, que passam entre as célu- las da eminência mediana e apresentam pés terminais sobre os capilares sanguíneos. Acre- dita-se que os tanicitos transportem substân- cias químicas do LCS para o sistema porta hi- pofisário. Dessa maneira, podem desempenhar um papel no controle da produção hormonal da adeno-hipófise o Células epiteliais corióideas: cobrem as super- fícies dos plexos corióideos. As laterais e as ba- ses dessas células apresentam pregas; próximo à superfície luminal, as células são unidas por junções firmes que circundam as células. A pre- sença de junções firmes impede o extravasa- mento do LCS nos tecidos subjacentes. estão envolvidas na produção e na secreção de LCS dos plexos corióideos. • Micróglia: As células da micróglia são pequenas e ligeiramente alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares, geralmente emitidos em ân- gulos retos entre si. São consideradas pertencen- tes ao sistema mononuclear fagocitário. As célu- las da micróglia participam da inflamação e da reparação do SNC • Fibras nervosas: Conjunto formado por um axônio e sua bainha envol- tória. Conjuntos de fibras nervosas formam os feixes ou tratos de fibras nervosas do SNC e os nervos do SNP. Di- videm-se de acordo com a quantidade de envoltório mi- elinizante e classificam-se pela velocidade de condução do impulso • Fibras mielínicas: células mielinizantes (Oligoden- trócitos ou Schwann) enrolam-se várias vezes em torno do axônio, comprimindo e excluindo seu conteúdo citoplasmático e deixando pratica- mente apenas membrana plasmática, que forma a bainha de mielina com material lipoproteico e isolante, permitindo a transmissão do impulso nervoso de forma saltatória (mais rápida) • Fibras amielínicas: axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra da célula en- voltória constituindo as fibras nervosas amielíni- cas ou amielinizadas 4 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya (Sistema Nervoso Central) As estruturas que compõem esse sistema apresentam uma região esbranquiçada e outra acinzentada, sendo chamadas, respectivamente de: • Substância branca: constituída principalmente por axônios minimizados, oligodendrócitos e ou- tras células da glia • Substância cinzenta: formada principalmente por corpos celulares dos neurônios, dendritos, por- ções iniciais não mielinizadas dos axônios e ou- tras células da glia • Córtex Cerebral No cérebroa substância cinzenta encontra-se ao re- dor, compondo o córtex cerebral, enquanto a substância branca localiza-se mais internamente. Entremeando-a, encontram-se vários aglomerados de neurônios for- mando ilhas de substância cinzenta denominadas nú- cleos. Organiza se em 6 camadas diferenciadas pela forma e pelo tamanho dos neurônios, sendo do exterior para o interior: • Molecular: fibras derivadas dos dendritos apicais das células piramidais e fusiformes, dos axônios das células estreladas e das células de Martinotti. Células de Cajal. • Granular externa: muitos neurônios granulares. • Piramidal externa: neurônios piramidais. • Granular interna: neurônios estrelados. • Piramidal interna: neurônios piramidais muito grandes e médios. células estreladas. células de Martinotti. no córtex motor do giro pré-central as células piramidais da lâmina são muito gran- des e conhecidas como células de Betz. • Multiforme, fusiforme ou pleomórfica: neurônios fusiformes. células de Martinotti. • Medula Espinal: A substância cinzenta encontra se internamente, enquanto a branca, internamente. • Corno dorsal: sensitivo • Corno ventral: motor • Cerebelo: O tecido nervoso que constitui o cerebelo forma inú- meras pregas chamadas de folhas do cerebelo. No cere- belo, a substância branca se dispõe no centro do órgão e forma os eixos das folhas (árvore da vida), enquanto a substância cinzenta se dispõe na periferia, isto é, na su- perfície das folhas, onde forma o córtex cerebelar O córtex cerebelar possui 3 camadas, de fora para dentro, sendo classificadas como: • Camada molecular: células em cesto e células es- treladas • Camada de Purkinje: neurônios de Purkinje • Camada granulosa: pequenos neurônios granula- res, ramos dos neurônios de Purkinje e neurônios de Golgi 5 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya • Mesencéfalo: O mesencéfalo é a parte estreita do encéfalo, que co- necta o prosencéfalo ao rombencéfalo. A cavidade es- treita do mesencéfalo é o aqueduto do mesencéfalo, que conecta os terceiro e quarto ventrículos. O mesencéfalo contém numerosos núcleos e feixes de fibras nervosas ascendentes e descendentes. Substância Negra: Os grânulos de melanina são encontrados no cito- plasma das células em certas partes do encéfalo (p. ex., na substância negra do mesencéfalo). Sua presença pode estar relacionada com a capacidade de síntese de cate- colaminas desses neurônios, cujo neurotransmissor é a dopamina. A parte reticular (ventral) recebe aferências do stri- atum (caudado e putamen) e projeta para o tálamo, co- lículo superior e formação reticular. A parte compacta (dorsal) contém neurônios dopaminérgicos cujos axônios fazem sinapse no striatum. Degeneração dos neurônios dopaminérgicos leva ao mal de Parkinson. • Meninges: O SNC está contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas de meninges. Elas são formadas por três camadas, que, do exterior para o interior, são as seguintes: • Dura-máter: composta por tecido conjuntivo denso (lâmina meníngea), está contígua ao pe- riósteo da face cranial interna (lâmina periosteal da dura-máter). Na medula espinal, entre essas duas camadas forma-se o espaço peridural. Vas- cularizada. Em condições patológicas, existe um espaço subdural entre a dura-máter e a arac- noide-máter • Aracnoide-máter: apresenta duas partes: uma em contato com a dura-máter e sob a forma de mem- brana, e outra constituída por traves (granula- ções) que ligam a aracnoide à pia-máter. As ca- vidades entre as traves conjuntivas formam o es- paço subaracnóideo, que contém líquido cefalor- raquidiano (LCR), e comunica-se com os ventrícu- los cerebrais, mas não tem comunicação com o espaço subdural. Formada por tecido conjuntivo frouxo e avascularizada • Pia-máter: muito vascularizada e aderente ao te- cido nervoso. Formada por células mesoteliais achatadas. A pia-máter forma a tela corióidea do teto do terceiro e do quarto ventrículos do encé- falo, e funde-se com o epêndima para formar os plexos corióideos dos ventrículos laterais, e no terceiro e quarto ventrículos. • Plexo Coroide: Compostos por pregas da pia-máter ricas em capila- res fenestrados e dilatados, situados no interior dos ven- trículos cerebrais. Formam o teto do terceiro e do quarto ventrículos e parte das paredes dos ventrículos laterais. São constituídos pelo tecido conjuntivo frouxo da pia- máter, revestido por epitélio simples, cúbico ou colunar baixo, cujas células são transportadoras de íons. O plexo corióideo constitui, de fato, a margem lateral irregular da tela corióidea, que é uma prega de dupla lâmina de pia-máter situada entre o fórnice, superior- mente, e a face superior do tálamo. 6 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya (Sistema Nervoso Periférico) O tecido nervoso periférico é constituído pelo tecido nervoso situado fora do SNC. Seus componentes são os nervos, feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo, e os gânglios, acúmulos de corpos celulares de neurônios. • Nervos: Nos nervos calibrosos as fibras nervosas estão dividi- das em feixes de diferentes espessuras, separados por lâminas de tecido conjuntivo. Nervos mais delgados, por outro lado, são constituídos somente por um feixe. • Epineuro: em geral se continua com o tecido con- juntivo das estruturas vizinhas. Reveste um con- junto de feixes e delimita um nervo. • Perineuro: geralmente envolve um feixe ou um conjunto menor de feixes nervosos. • Endoneuro: Reveste individualmente cada fibra. • Gânglios: É o acúmulo de corpos de neurônios (pericários) fora do SNC. Podem ser sensoriais ou do SNA. • Gânglios sensoriais: recebem fibras aferentes. São formados por neurônios pseudounipolares. Um estroma de tecido conjuntivo envolve os neu- rônios e forma cápsulas que envolvem o gânglio como um todo. O gânglio do nervo acústico é o único gânglio craniano cujas células são bipola- res o Cranianos – associados a nn. cranianos; o Espinais – raízes dorsais de nn. Espinais (maioria) • Gânglios do SNA: geralmente são formações bul- bosas ao longo dos nervos. Alguns localizam-se no interior de determinados órgãos (intramurais), possuem menos neurônios e a cápsula conjuntiva está ausente. Em geral os neurônios são do tipo multipolar • Olho: O olho é constituído por três túnicas dispostas con- centricamente: • Camada externa: o Esclera – tecido conjuntivo rico em fibras co- lágenas envolta externamente por tecido con- juntivo denso (cápsula de Tenon) o Córnea – Possui 5 camadas: 1. Epitélio anterior (tecido epitelial estratifi- cado pavimentoso/escamoso) 2. Membrana basal (de Bowmann) – delgadas fibras colágenas 3. Estroma – avascular; múltiplas camadas de fibras colágenas 4. Membrana basal (de Descemet) – 5 a 10 µm 5. Epitélio posterior / Endotélio (tecido epitelial simples pavimentoso/escamoso) 7 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya • Camada média / túnica vascular: o Coroide: altamente vascularizada, drena o hu- mor vítreo; tecido conjuntivo frouxo com fibras colágenas e elásticas; rica em melanina o Corpo ciliar: dilatação do coroide na altura do cristalino; tecido conjuntivo rico em fibras elásticas, células pigmentares e capilares fe- nestrados; processos ciliares o Íris: face anterior composta por endotélio; face posterior composta por epitélio simples cu- boide • Camada interna: o Retina • Ouvido Interno (labirinto): Estrutura complexa formada por cavidades existentes na porção pétrea do osso temporal (labirinto ósseo), nas quais se alojam sacos membranosos preenchidos por lí- quido (labirinto membranoso). Há um espaço entre o labirinto ósseo e o membranoso, que é uma continuação do espaço subaracnóideo e épreenchido por perilinfa — líquido similar ao LCR. Além da perilinfa, existem delgadas traves de tecido conjun- tivo contendo vasos, os quais unem o periósteo que re- veste o labirinto ósseo às estruturas membranosas. • Labirinto Membranoso: o preenchido por endolinfa (origem e composição diferentes da perilinfa) o formado por epitélio de revestimento simples pavimentoso, circundado por uma camada fina de tecido conjuntivo o o epitélio, em contato com os nervos vestibular e coclear formam estruturas dotadas de recep- tores sensoriais (máculas, cristas e órgão espi- ral de Corti) o Sáculo, utrículo e ampolas (aparelho vestibu- lar) • Labirinto Ósseo: o Vestíbulo: contém, no seu interior, duas estru- turas sensoriais do labirinto membranoso, o sá- culo e o utrículo o Canais semicirculares: formam ampolas ao de- sembocarem no utrículo. Epitélio pavimentoso simples e tecido conjuntivo. o Cóclea: O neuroepitélio espessado das máculas é formado basica- mente por dois tipos de células: células de sustentação — cilíndricas, núcleos na região basal e microvilos na sup. Api- cal — e células receptoras ou sensoriais — células pilosas tipo I (caliciformes e envoltas por rede de termin. nerv. afe- rentes) e tipo II (cilíndrica, menos term. nerv.)ambas pos- suem estereocílios. 8 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya (Pele) A pele recobre a superfície do corpo e é constituída por um tecido epitelial de origem ectodérmica, a epi- derme, e um tecido conjuntivo de origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura da epiderme, distinguem- se a pele espessa (palma das mãos, planta dos pés) e a fina (resto do corpo). • Pele Espessa: Não possui glândulas sebáceas nem folículos pilosos e maior quantidade e glândulas sudoríparas; possui camada lúcida; maior que 5mm. • Pele Fina: Possui Glândulas sebáceas e folículos pilosos e menos quantidade de glândula sudorí- paras; não possui extrato lúcido; camada córnea fina; cerca de 2mm • Epiderme: É constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (com camada cór- nea), cujas células mais abundantes são os que- ratinócitos. A epiderme apresenta ainda outros três tipos de células: os melanócitos, as células de Langerhans e as de Merkel. Avascularizada. o Camada basal / germinativa: apresenta ativi- dade mitótica, sendo responsável, junto com a camada seguinte (espinhosa), pela constante renovação da epiderme. Os queratinócitos pro- liferam na camada basal e migram em direção à superfície da epiderme, diferenciando-se progressivamente até contribuir para a forma- ção da camada córnea. Os queratinócitos con- têm filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais abundantes à medida que a célula avança para a superfície. Permite a nutrição da epiderme. o Camada espinhosa: formada por células cuboi- des ou ligeiramente achatadas, com volume maior que o das células da camada basal, de núcleo central e citoplasma com feixes de fila- mentos de queratina. Apresenta desmossomos intercelulares que nomeiam a camada pelo as- pecto histológico. o Camada granulosa: tem apenas três a cinco fi- leiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos, chamados de grânulos de querato- hialina, que não são envolvidos por membrana. o Camada lúcida: é característica da pele es- pessa. Constituída por uma camada fina de cé- lulas achatadas, eosinófilas e translúcidas, cu- jos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapa- receram. O citoplasma apresenta numerosos fi- lamentos de queratina, compactados e envol- vidos por material elétron-denso. o Camada córnea: tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo, cujo citoplasma se apresenta re- pleto de queratina. • Derme: Constituída por tecido conjuntivo frouxo (papilar) e denso não modelado (reticular). Alta- mente vascularizada. o Camada papilar: delgada; apresenta papilas dérmicas e fibrilas colágenas e muitas fibras elásticas. o Camada reticular: mais espessa; muitas fibras elásticas, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Também são encontradas na derme as seguin- tes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudo- ríparas. Corpúsculo de Pacini Corpúsculo de Meissner Tato e vibração Tato e pressão 9 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya (Tecido Ósseo) A principal função é o armazenamento de cálcio. Formado por matriz e célula. A matriz divide-se em matriz orgânica (colágeno tipo I) e inorgânica (cristais de hidroxiapatita) que conferem rigidez ao osso. As células que formam o tecido ósseo são osteócitos, osteoclastos e osteoblastos. Altamente vascularizado. O tecido ósseo é dividido histologicamente em: • primário / não lamelar / imaturo o período embrionário, alvéolo do dente e sutu- ras do crânio o fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida o menor quantidade de minerais (mais facil- mente penetrado pelos raios X) o maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário o osteócitos dispostos de maneira aparente- mente desorganizada o matriz aparece heterogênea, com manchas mais escuras • secundário / lamelar / maduro o formado por fibras colágenas organizadas em lamelas planas ou concêntricas o canais de Havers o canais de Volkmann (Tecido Cartilaginoso) Composto de condrócitos e matriz colágena Avascularizado Revestidas por pericôndrio (formado por um tecido conjuntivo que possui muitas fibras de colágeno tipo I e poucas células na sua região mais externa) • Cartilagem Hialina: formada, em 40% do seu peso seco, por fibrilas de colágeno tipo II associadas a ácido hialurônico e a outros glicosaminoglica- nos, proteoglicanos muito hidratados e glicopro- teínas. 10 SOI II Giovanna Jansen Cordeiro 2 Período – Medicina UNIFIPMoc-Afya • Cartilagem elástica: semelhante à hialina mas com fibras elásticas • Cartilagem fibrosa: é um tecido com característi- cas intermediárias entre o tecido conjuntivo denso modelado e a cartilagem hialina. Apre- senta fibas colágenas tipo I e tipo II e matriz aci- dófila. (Tecido Muscular Esquelético) Formado por feixes de células muito longas (até 30 cm), cilíndricas, multinucleadas (periféricos) e com inú- meros filamentos cilíndricos chamados miofibrilas. Fibras cobertas por endomísio Fascículos cobertos por perimísio Músculo coberto por epimísio Referências: http://anatpat.unicamp.br/neuroanatindex.html https://www.histologyguide.com/ Junqueira, Luiz Carlos, U. e José Carneiro. Histologia Básica - Texto e Atlas. Disponível em: Minha Biblio- teca, (13th edição). Grupo GEN, 2017. Splittgerber, Ryan. Snell Neuroanatomia Clínica. Dis- ponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). Grupo GEN, 2021. Aulas Humberto http://anatpat.unicamp.br/neuroanatindex.html https://www.histologyguide.com/
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