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psicologia forense

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Prof. Thayse Duarte 
 Aula 00 
 
1 de 23| www.direcaoconcursos.com.br 
Psicologia para DPE/PR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 – Psicologia 
Forense 
Psicologia para DPE/PR – 2020 
Prof. Thayse Duarte 
Prof. Thayse Duarte 
 Aula 00 
 
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Psicologia para DPE/PR 
Sumário 
SUMÁRIO .................................................................................................................................................... 2 
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................... 3 
COMO ESTE CURSO ESTÁ ORGANIZADO ...................................................................................................... 5 
PSICOLOGIA FORENSE ................................................................................................................................ 6 
O QUE É A PSICOLOGIA FORENSE? .................................................................................................................................. 6 
O QUE FAZ O PSICÓLOGO FORENSE? ............................................................................................................................... 6 
PSICOLOGIA FORENSE X PSICOLOGIA JURÍDICA ................................................................................................................. 7 
ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO ........................................................................................................................ 11 
AS RELAÇÕES ENTRE O DIREITO E A PSICOLOGIA ............................................................................................................. 13 
O CONFLITO ENTRA A PSICOLOGIA E O DIREITO .............................................................................................................. 15 
AVALIAÇÃO, TRATAMENTO E CONSULTORIA EM PSICOLOGIA FORENSE ............................................................................... 15 
Avaliação Forense ............................................................................................................................................... 15 
Tratamento em contextos forenses ...................................................................................................................... 16 
Consultoria em Psicologia Forense ....................................................................................................................... 16 
TESTEMUNHO PERICIAL E O PAPEL DE UM PERITO ............................................................................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
Prof. Thayse Duarte 
 Aula 00 
 
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Psicologia para DPE/PR 
Apresentação 
Olá, psi! 
É com imensa satisfação que iniciamos o curso de Psicologia para a Defensoria Pública do Estado do 
Paraná. O conteúdo deste curso está baseado no último edital que conteve vagas para o cargo de Psicologia, 
publicado em 2012. Ao longo das aulas, além de estudar as teorias, resolveremos muitas questões (considero a 
melhor estratégia para fixação do conteúdo já aprendido). 
 
Quando comecei a estudar para concursos, eu não usei uma boa metodologia. Eu estava desesperada, 
querendo passar em qualquer coisa e acabava “atirando pra todos os lados”. Fazia todos os concursos que saíam! 
É claro que isso não deu certo, né? Gente... para conquistar a aprovação, é preciso ter FOCO. É essencial escolher 
uma carreira comum (ex: tribunais, carreiras de segurança pública, agências etc). De repente, eu me “toquei” que 
havia me formado em Psicologia e que amava a minha profissão. Então, eu decidi: somente farei concursos para a 
minha área de atuação, só certames para o cargo de Psicologia! A parir daí, as coisas começaram a fluir. 
Sabemos que, infelizmente, a oferta de vagas para o nosso cargo não costuma ser grande. Mas vejo isso 
como uma vantagem: quanto mais reduzido o número de vagas, menor será a concorrência. Se compararmos 
a demanda de candidatos por vaga de um concurso para um cargo de Psicologia com um concurso para um cargo 
de área comum, logo perceberemos a diferença de proporção no quesito concorrência: para carreiras 
técnicas/específicas, a concorrência costuma ser “beeem” menor. 
Uma coisa é certa: concurso é uma fila. Pode levar um tempinho, mas uma hora sua vez vai chegar e vai 
valer a pena todo o esforço! Não desista! Conte comigo para ajudar na conquista de sua tão sonhada vaga! Ouvi 
uma frase uma vez que fez todo o sentido: “a sorte favorece a mente bem preparada”. É isso! Existe o fator sorte 
em concursos? Existe! Mas, quanto mais preparados estivermos, mais a sorte estará a nosso favor. 
Neste material você terá: 
Me chamo Thayse Duarte, sou psicóloga e Especialista em 
Avaliação Psicológica. Atualmente servidora (Analista de Psicologia) 
do Ministério Público da União – MPU, lotada no MPDFT. Também já 
fui psicóloga do Conselho Federal de Psicologia – CFP. Minha jornada 
no mundo dos concursos começou há alguns (bons) anos e, durante 
esse período, também fui aprovada em outros concursos para o cargo 
de Psicologia: Petrobras, SERPRO, Anvisa, Secretaria de Saúde do 
DF, Corpo de Bombeiros do DF e Câmara Legislativa do DF. 
 
Prof. Thayse Duarte 
 Aula 00 
 
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Psicologia para DPE/PR 
 
. 
 Caso você queira tirar alguma dúvida antes de adquirir o curso, me envie um e-mail ou um direct pelo 
Instagram: 
 
 
 
 psi.thayseduarte@gmail.com 
 
 
 
 @psi.thayseduarte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula extra em vídeo com resolução da última prova de 
Psicologia da DPE/PR
Curso completo escrito (PDF)
teoria e MAIS exercícios resolvidos sobre TODOS os pontos do edital
Acesso direto à professora
para você sanar suas dúvidas DIRETAMENTE conosco sempre que precisar
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 Aula 00 
 
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Psicologia para DPE/PR 
Como este curso está organizado 
O último edital publicado conteve os seguintes temas: 
o Teorias da Personalidade 
o Psicologia do Desenvolvimento 
o Avaliação Psicológica 
o Psicologia Forense 
o Violência e Psicologia Forense 
o Crianças e Família na Psicologia Forense 
o Agressividade e Violência 
o Psicologia das Habilidades Sociais 
o Desenvolvimento Moral 
o Métodos de Solução de Conflitos 
 
Para cobrir os aspectos exigidos no edital, o nosso curso está organizado da seguinte forma: 
Aula Data Conteúdo do edital 
00 28/08 Psicologia Forense 
01 07/09 
Violência e Psicologia Forense, Crianças e Família na Psicologia Forense, 
Agressividade e Violência 
02 17/09 Teorias da Personalidade 
03 27/09 Psicologia do Desenvolvimento 
04 06/10 Avaliação Psicológica 
05 16/10 Psicologia das Habilidades Sociais 
06 26/10 Desenvolvimento Moral e Métodos de Solução de Conflitos 
 
Que tal já iniciarmos o nosso estudo AGORA? Separei um conteúdo muito útil para você nesta aula 
demonstrativa. Trata-se deste ponto aqui do edital: 
 
Psicologia Forense 
 
 Esta temática é muito interessante e costuma DESPENCAR nas provas de concursos de Tribunais, 
Defensorias, Ministérios Públicos e Polícias! Na aula de hoje, darei uma introdução geral ao tema. Na aula que vem 
(aula 2), aprofundaremos em subtemas mais específicos da Psicologia Forense. Portanto, mãos à obra! 
Prof. Thayse Duarte 
 Aula 00 
 
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Psicologia Forense 
O que é a Psicologia Forense? 
Quando se fala em psicologia forense, o que vem no imaginário da maioria das pessoas são aquelas séries e 
filmes policiais que mostram o psicólogo como um “leitor” de mentes, “desvendador” de comportamentos verbais 
e não verbais, “interpretador”de serial killers etc. Aquele que chega na cena do crime e já consegue explicar como 
e por que aconteceu, não é mesmo? Mas isto não condiz com a realidade. Então, o que é a Psicologia Forense? O 
que um psicólogo forense faz, exatamente? 
 De forma resumida, Psicologia Forense é a interligação entre a Psicologia e o Direito. Seu campo é voltado 
para o estudo do comportamento dos indivíduos em situações e ambientes regulados juridicamente, tendo como 
objetivo compreender o desenvolvimento dos diferentes grupos sociais ao longo desse processo e assessorar as 
decisões tomadas pelos operadores do Direito. Portanto, é uma área muito importante para assegurar que as 
pessoas tenham os seus direitos garantidos. 
 
Por meio do uso de métodos e técnicas científicas e psicológicas, o psicólogo forense deve atuar na demanda 
judicial, sem emitir juízo de valor sobre ela (lembrando que, quem julga é o juiz). O trabalho do psicólogo forense 
é marcado pelo alto grau de responsabilidade e seriedade, haja vista que o profissional pode até responder 
judicialmente pelos resultados de sua atuação. 
 
O que faz o psicólogo forense? 
O psicólogo forense é um profissional especializado na psicologia forense que realiza avaliações técnicas em 
processos judiciais. O profissional realiza estudos de caso e emite documentos (pareceres, relatórios) contendo a 
descrição das condições avaliadas, sob o olhar da Psicologia. O psicólogo jurídico, como também é conhecido, 
pode atuar diretamente no tribunal e também em outros contextos, a saber: 
o Centros de recuperação; 
o Serviços no sistema judicial; 
o Centros de tratamento; 
o Unidades de pesquisa; 
o Estabelecimentos de saúde mental e prisional; 
o Centros de apoio às vítimas. 
 
 
 
 
 
 
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Psicologia Forense x Psicologia Jurídica 
 Esta é uma dúvida frequente. Explico: pois bem, vamos lá: No Brasil, equivocadamente, a Psicologia 
Forense e a Psicologia Jurídica são consideradas sinônimas. Isto acontece porque o nosso Conselho somente 
reconheceu a Psicologia Jurídica como especialidade. 
 Mas existe uma diferença conceitual: A Psicologia Forense possui uma atividade essencialmente pericial 
e tem como objetivo o esclarecimento de dúvidas situadas no campo psicológico, 
dúvidas estas que precisam ser esclarecidas perante o Sistema de Justiça Criminal (juízes, promotores e 
outras autoridades, tais como delegados) para a tomada de decisão. A principal diferença entre a Psicologia 
Forense e a Psicologia Jurídica está no momento de atuação. O trabalho realizado pelo psicólogo forense 
acontece, via de regra, na fase inicial ou de instrução do processo. Assim, a situação jurídica ainda não foi 
definida e os trabalhos forenses (periciais) teriam como objetivo a produção de prova. Já os Psicólogos 
Jurídicos, embora também possuam atividades periciais, sua 
atuação acontece na fase pós-processual. 
 
 
Um autor bem importante que costuma ser cobrado em provas com o conteúdo desta aula é o Huss (2011), 
que afirma que, de um modo mais abrangente, a psicologia forense se refere à aplicação da Psicologia ao sistema 
legal. No entanto, existem referências sobre a psicologia forense com foco na aplicação da psicologia clínica ao 
sistema legal. Essa definição mais estrita da psicologia forense, que enfoca apenas a psicologia clínica, exclui 
outros tópicos que englobam a psicologia forense como a psicologia cognitiva, psicologia social e psicologia do 
desenvolvimento. Vamos de questão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA FORENSE PSICOLOGIA JURÍDICA 
ATUA NA FASE PRÉ-PROCESSUAL ATUA NA FASE PÓS-PROCESSUAL 
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CESPE – 2019 – TJ-AM 
Caso clínico 10A2-I 
Francisca, de quarenta e um anos de idade, servidora pública, apresentou, há um ano, diagnóstico de 
depressão, quando descobriu que sua filha, Maria, havia sido abusada sexualmente pelo pai, marido de 
Francisca à época. A menina, atualmente com cinco anos de idade, permaneceu um ano sem 
acompanhamento psicológico, embora tenha sido encaminhada pela instância policial aos serviços 
especializados de apoio, no momento dos fatos. A mãe decidiu, então, procurar serviço interno de psicologia, 
orientada por uma colega de setor, onde fez o seguinte relato: “Estou perdida e não sei o que fazer. Minha 
filha me pede para brincar com ela de coisas estranhas, sempre mencionando que era assim que o pai brincava 
com ela. Na escola, apresenta choro fácil, retraimento e baixa autoestima. Não quer ficar sozinha com 
ninguém, em lugar nenhum. Só fica comigo. Não tenho conseguido nem levá-la à escola. Ela não fica. Tem 
feito xixi na cama todas as noites. Não sei mais o que fazer. Às vezes, penso que queria desligar um botão, 
dormir e nunca mais acordar. Quando esses pensamentos ‘agoniam’ muito minha cabeça, tomo uns 
remedinhos, mas acordo com peso na consciência por ter deixado minha filha sozinha. Se um dia eu for desta 
para uma melhor, eu a levo comigo. O pai dela saiu de casa no dia em que descobri tudo. Ele negou, mas não 
tive dúvida. Havia alguma coisa estranha. Minha filha vivia com assaduras. Um dia, ao lhe dar banho, ela me 
perguntou se eu gostaria que ela pegasse nas minhas partes como o ‘papai pedia para ela’. Fui direto para a 
delegacia”. A criança mora com a mãe — sem contato com o pai, por determinação judicial —, sob medida 
protetiva e apoio do programa de proteção à vítima. 
 
Na entrevista inicial com Maria, haveria divergência entre a atuação do psicólogo jurídico e a do psicólogo 
clínico pelo fato de o psicólogo jurídico, ao contrário do clínico, estar circunscrito em um ambiente 
institucional e, acima de tudo, pela utilização técnica de uma entrevista diretiva, em espaço adequado, a fim 
de que possa compreender, de maneira mais rápida, a situação de violência e interromper seu ciclo dinâmico 
de prejuízos. 
 
RESOLUÇÃO: É fato que há uma divergência entre a atuação do psicólogo jurídico e a do psicólogo clínico no que 
diz respeito aos objetivos da intervenção. Enquanto o psicólogo jurídico responde a uma demanda judicial, o 
psicólogo clínico realiza a escuta psicológica sem objetivar a produção de provas. O erro da questão é afirmar 
que, acima de tudo, o psicólogo jurídico se utiliza da técnica de uma entrevista diretiva. O Conselho Federal de 
Psicologia (CFP) respalda o profissional na escolha dos recursos metodológicos que irá utilizar. 
 
 
 
CONTINUA... 
 
 
 
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Ressalto que, em ambas as intervenções, o psicólogo deverá agir para interromper o ciclo de violência. O sigilo 
profissional não é um direito absoluto. Em casos específicos, o psicólogo pode quebrar o sigilo: 
 
à Quando há suspeita de risco à vida do paciente ou de terceiros; 
à Quando há violência doméstica em curso, negligência ou abuso de incapazes; 
à Quando o psicólogo recebe uma ordem judicial, por exemplo, se a saúde mental do paciente for 
questionada nos processos judiciais. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
 Segundo Huss (2011), a psicologia forense pode ser dividida em aspectos criminais e cíveis, embora não ser 
uma regra a participação dos psicólogos para analisar todos os casos, torna-se necessário a atuação em situações 
específicas, geralmente com foco no tema da inimputabilidade. 
 
 
 
APLICABILIDADE DA PSICOLOGIA NA ÁREA JURÍDICA SEGUNDO HUSS 
 
CRIMINAL CÍVEL 
Tem seu foco nos atos contra a sociedade, é o 
Estado que assume a responsabilidade de se 
encarregar dos assuntos criminais por meio de 
oficiais da lei e promotores. 
 
Toda violação da lei civil é considerada ofensa 
contra um indivíduo o direito civil se refere aos 
direitos e reparações privados, não necessariamente 
o bem público. 
 
O foco do direito criminale punir os infratores para 
manter um senso de justiça na sociedade e prevenir 
o crime. 
 
O direito civil geralmente reconhece que deve haver 
danos porque um dos propósitos da lei civil é 
compensar a vítima pelo dano sofrido e ainda 
restaurar ao seu estado anterior, seja física, 
psicológica ou financeira. 
 
São consideradas violações de leis criminais porque 
nós, como sociedade, não consideramos certos 
comportamentos adequados e consideramos as 
violações das leis criminais como um delito contra 
qualquer um de nós. 
 
Em acidentes que causam prejuízo, o psicológico 
forense deve avaliar o querelante para ver se sofreu 
algum dano psicológico. Por exemplo, o querelante 
pode sofrer de transtorno de estresse pós-
traumático. 
 
O Estado age em nome da sociedade como autor de 
um processo e apresenta uma acusação contra um 
réu quando considera que um indivíduo violou a lei 
criminal. 
 
 
 
 
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Vamos de outra questão? 
CESPE – 2020 – TJ-PA 
A respeito da atuação do psicólogo e de suas obrigações éticas no uso de instrumental teórico e técnico de 
trabalho na área da psicologia jurídica, assinale a opção correta à luz da legislação penal brasileira. 
a) É atribuição do psicólogo judicial definir se o arguido é inimputável ou imputável. 
b) O psicodiagnóstico, no contexto judicial, inclui o estudo dos autos processuais. 
c) O sistema de investigação misto ou biopsicológico inclui como atribuição do psicólogo judicial a realização 
do exame para verificação da responsabilidade penal. 
d) Os contextos clínico e forense são equivalentes, por buscarem algo benéfico para o sujeito avaliado. 
e) A perícia psicológica engloba o exame psiquiátrico (direto e indireto). 
RESOLUÇÃO: 
Letra A: Errado. Não é atribuição do psicólogo judicial definir se o arguido é inimputável ou não. Julgar se o sujeito 
é inimputável ou não ficará a cargo do juiz. Segundo Rovinski (2000), o psicólogo deverá somente responder às 
questões (quesitos) do juiz, e se porventura algum dos quesitos versar sobre a inimputabilidade do sujeito, deverá 
ser mencionada a consciência (ou o que se apurar) do mesmo durante o fato. 
Letra B: Correto. Segundo Androvandi (2007), o psicodiagnóstico é realizado pelo profissional psicólogo e inclui o 
estudo dos autos processuais, entrevista psicológica, aplicação de testes psicológicos, bem como o estudo dos 
quesitos das hipóteses médico-legais diagnosticadas. 
Letra C: Errado. O Código Penal vigente adotou o sistema misto ou biopsicológico, que engloba o exame para 
verificação da responsabilidade penal realizado pelo médico psiquiatra. 
Letra D: Errado. Não são equivalentes, mesmo porque possuem objetivos diferentes. No contexto jurídico, o 
objetivo principal é responder aos quesitos necessários da demanda jurídica. 
Letra E: Errado. A perícia PSIQUIÁTRICA engloba o exame psiquiátrico (direto e indireto), a história pessoal e 
familiar, o exame clínico, psicopatológico e a avaliação psicológica. 
Gabarito: B 
 
Tudo bem até aqui? Espero que sim. Vamos prosseguir então. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estrutura do Judiciário Brasileiro 
 
 Aqui faço um breve adendo sobre a estrutura do Poder Judiciário, que é regulado pela Constituição Federal 
(CF) nos seus artigos 92 a 126. Ele é constituído de diversos órgãos, com o Supremo Tribunal Federal (STF) no 
topo. O STF tem como função principal zelar pelo cumprimento da CF. Abaixo dele está o Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), responsável por fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. 
 
 No sistema Judiciário brasileiro, há órgãos que funcionam no âmbito da União e dos estados, incluindo o 
Distrito Federal e Territórios. No campo da União, o Poder Judiciário conta com as seguintes unidades: a Justiça 
Federal (comum) incluindo os juizados especiais federais, e a Justiça Especializada composta pela Justiça do 
Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar. A organização da Justiça Estadual, que inclui os juizados especiais 
cíveis e criminais, é de competência de cada um dos 27 estados brasileiros e do Distrito Federal, onde se localiza 
a capital do país. 
 Tanto na Justiça da União como na Justiça dos estados, os juizados especiais são competentes para julgar 
causas de menor potencial ofensivo e de pequeno valor econômico. Como regra, os processos se originam na 
primeira instância, podendo ser levados, por meio de recursos, para a segunda instância, para o STJ (ou demais 
tribunais superiores) e até para o STF, que dá a palavra final em disputas judiciais no país em questões 
constitucionais. Mas há ações que podem se originar na segunda instância e até nas Cortes Superiores. É o caso 
de processos criminais contra autoridades com prerrogativa de foro. 
 Para ilustrar, segue a figura com o organograma da estrutura do judiciário brasileiro: 
 
 
 
 
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Fonte: Cartilha do Poder Judiciário / Supremo Tribunal Federal. Secretaria de Documentação, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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As relações entre o Direito e a Psicologia 
Huss (2011) se utiliza de uma conceitualização teórica da relação entre a Psicologia e o Direito chamada 
jurisprudência terapêutica (JT). Ela foi definida como “o uso das ciências sociais para estudar até que ponto uma 
regra ou prática legal promove o bem-estar psicológico e físico das pessoas que ela afeta” (Slobogin, 1996, p. 767). 
A jurisprudência terapêutica inclui não só o impacto da lei codificada ou da jurisprudência, mas também o processo 
legal menos formal que pode focar as ações dos juízes ou advogados. A JT também é aplicada para sugerir algum 
outro modo pelo qual a lei possa trazer benefícios ou malefícios (podendo ser terapêutica ou “antiterapêutica”). 
Além disso, a aplicação da JT não infere que uma ação particular deva ter algo a ver com psicoterapia ou mesmo a 
psicologia clínica em geral. Na verdade, a lei pode ter um impacto fora da rotina da culpa ou inocência de um 
acusado ou a negligência de um acusado em uma causa civil. Nesse sentido, a JT sugere que a lei pode impactar 
vidas para além das salas de audiência. 
Existem diversas maneiras pelas quais o sistema legal pode ter um impacto benéfico ou detrimental nas 
pessoas. Por exemplo, se um juiz nunca submete homens que cometem violência doméstica a realizar 
acompanhamento psicossocial/psicoeducativo, isso pode ter um impacto negativo na probabilidade de que aquele 
acusado reincida no crime futuramente. Olhem só a questão abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FCC – 2012 – TJRJ 
Uma conceituação teórica mais recente da relação entre Psicologia e Direito é chamada de Jurisprudência 
Terapêutica conforme ensina Matthew T. Huss na obra Psicologia Forense (2011). NÃO corresponde ao 
conceito de Jurisprudência Terapêutica: 
 
a) os psicólogos forenses devem se ater às consequências da lei e do sistema legal quando dão assistência aos 
tribunais. 
b) a lei importa além das leis de uma sala de audiência e pode ter um impacto profundo na prática da psicologia 
forense. 
c) inclui não só o impacto da lei codificada ou da jurisprudência, mas também o processo legal menos formal 
que pode focar as ações dos juízes ou advogados. 
d) a lei nunca tem um impacto fora da rotina da culpa ou inocência de um acusado ou a negligência de um 
acusado em uma causa civil. 
e) possibilita melhorias na administração e aplicação da lei. 
 
RESOLUÇÃO: A questão pede a assertiva errada. Comovimos acima, de acordo com Huss, a Jurisprudência 
terapêutica inclui não só o impacto da lei codificada ou da jurisprudência, mas também o processo legal menos 
formal que pode focar as ações dos juízes ou advogados. A JT também é aplicada para sugerir algum outro modo 
pelo qual a lei possa trazer benefícios ou malefícios (podendo ser terapêutica ou “antiterapêutica”). Além disso, a 
aplicação da JT não infere que uma ação particular deva ter algo a ver com psicoterapia ou mesmo a psicologia 
clínica em geral. Na verdade, a lei pode ter um impacto fora da rotina da culpa ou inocência de um acusado ou 
a negligência de um acusado em uma causa civil. Nesse sentido, a JT sugere que a lei pode impactar vidas 
para além das salas de audiência. Assim, vimos que a assertiva que NÃO corresponde ao conceito de 
jurisprudência terapêutica é a letra D: “a lei nunca tem um impacto fora da rotina da culpa ou inocência de um 
acusado ou a negligência de um acusado em uma causa civil”. 
 
Gabarito: D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O conflito entra a Psicologia e o Direito 
A Psicologia e o Direito possuem visões muito diferentes e, por isso, é natural que haja conflitos. Haney 
(1980) e Ogloff e Finkelman (1999) identificaram diversos conflitos entre essas duas disciplinas. Geralmente, o 
Direito tende a ser dogmático, e a Psicologia tende a ser baseada empiricamente. Essa dicotomia sugere que o 
Direito está baseado nos precedentes. O sistema legal está organizado hierarquicamente, com regras e 
procedimentos específicos. A Psicologia, por outro lado, tem seu foco na reunião de várias informações, com 
considerações que podem ser alteradas ao longo do tempo, pois a pesquisa examina uma determinada questão 
segundo diferentes perspectivas. A Psicologia aceita que é provável haver mudanças durante a busca da verdade. 
Outra diferença fundamental entre os dois é que a Psicologia é nomotética e o Direito é ideográfico. A Psicologia 
fala da probabilidade de ocorrer um determinado evento ou não se trata de um erro aleatório que a ocorrência de 
um determinado evento. Em contraste, o direito tenta ser certeiro, direto. Um réu é culpado ou inocente. Cada 
uma das evidências é admissível ou não é admissível. 
 
Avaliação, tratamento e consultoria em Psicologia Forense 
Huss (2011) afirma que a prática forense pode ser dividida em três áreas específicas: avaliação, tratamento e 
consultoria. As duas primeiras áreas não são únicas da psicologia forense, mas são centrais para a prática da 
psicologia clínica. A avaliação forense consiste da avaliação de um indivíduo na tentativa de auxiliar os tribunais 
na abordagem de uma questão legal. Baseia-se em métodos e instrumentos similares à avaliação terapêutica 
geral, mas também utiliza alguns métodos forenses específicos. O autor também diz que, ao discutirmos o 
tratamento psicológico no contexto forense, nos deteremos em grande parte nos infratores criminais e nos 
aspectos do tratamento que precisam ser especialmente considerados. A terceira área, consultoria, é mais 
provável de ocorrer na prática forense do que na prática clínica rotineira e, portanto, pode não ser familiar. A 
consultoria tem um papel importante para os psicólogos forenses. Os psicólogos forenses geralmente auxiliam os 
advogados ou os próprios tribunais na compreensão de aspectos do comportamento humano e saúde mental que 
não envolvem diretamente a avaliação ou o tratamento de indivíduos. 
 
Avaliação Forense 
Na avaliação forense, o foco, além da coleta de dados que permitam fazer considerações acerca da saúde 
mental do indivíduo (como na avaliação clínica), é também fazer isso com o objetivo de atender à demanda da 
autoridade solicitante (ex. juiz). A metodologia da avaliação forense tem uma perspectiva clínica (no sentido da 
consideração com a saúde mental, utilização de técnicas como entrevistas - estruturadas, semiestruturadas e não 
estruturadas -, observações, testagem, coleta de informações etc). A diferença é que, em um contexto forense, 
esses métodos assumem uma importância adicional porque têm implicações que vão além de um diagnóstico 
acurado e podem definir até a liberdade da pessoa e o bem-estar da sociedade (Huss, 2011). O autor também 
diferencia a avaliação forense da avaliação terapêutica. Esta se propõe a diagnosticar um indivíduo de modo que 
possa ser realizada uma intervenção e reduzido o sofrimento da pessoa. 
 
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Tratamento em contextos forenses 
De acordo com Huss (2011), o tratamento forense se propõe a tratar e reabilitar criminosos (com ou sem 
transtorno mental). Ele consiste rotineiramente de manejo, manutenção, acompanhamento de pacientes 
externos ou programas concebidos para questões específicas relevantes para os que cometem crimes. 
 
Consultoria em Psicologia Forense 
A consultoria forense na definição de Huss se equivale ao papel do Assistente Técnico aqui no Brasil. Assim, 
ele poderia direcionar o trabalho do psicólogo perito, bem contestar suas conclusões acerca do caso. Veremos 
mais sobre o papel do perito e do assistente técnico mais pra frente. 
 
Testemunho pericial e o papel de um perito 
A prática da psicologia forense acaba tendo o psicólogo forense no papel do perito. Atuando como perito, os 
psicólogos podem auxiliar a corte diretamente, informando sobre os achados psicológicos e sua aplicação a uma 
questão legal particular (Huss, 2011). Mas é importante lembrar que os psicólogos forenses prestam assessoria ao 
sistema legal. Assim, eles não substituem as autoridades na tomada de decisões, e sim as auxiliam, funcionam 
quase que como um assessor técnico em Psicologia! 
A Resolução do CFP n. 008/2010 dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no 
Poder Judiciário. Vou colocar aqui alguns trecos, mas é importante que você leia na íntegra: 
 
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe são conferidas 
pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de 1971; pelo Código de Ética Profissional e pela Resolução CFP nº 07/2003: 
 
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecimento de parâmetros e diretrizes que delimitem o trabalho 
cooperativo para exercício profissional de qualidade, especificamente no que diz respeito à interação profissional 
entre os psicólogos que atuam como peritos e assistentes técnicos em processos que tratam de conflitos e que 
geram uma lide; 
 
CONSIDERANDO o número crescente de representações referentes ao trabalho realizado pelo psicólogo no 
contexto do Poder Judiciário, especialmente na atuação enquanto perito e assistente técnico frente a demandas 
advindas das questões atinentes à família; 
 
CONSIDERANDO que, quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será 
assistido por perito, por ele nomeado; 
 
CONSIDERANDO que o psicólogo perito é profissional designado para assessorar a Justiça no limite de suas 
atribuições e, portanto, deve exercer tal função com isenção em relação às partes envolvidas e comprometimento 
ético para emitir posicionamento de sua competência teórico-técnica, a qual subsidiará a decisão judicial; 
 
CONSIDERANDO que os assistentes técnicos são de confiança da parte para assessorá-la e garantir o direito ao 
contraditório, não sujeitos a impedimento ou suspeição legais; 
CONSIDERANDO que o psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a 
realidade política, econômica, social e cultural, conforme disposto no princípio fundamental III, do Código de Ética 
Profissional; 
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CONSIDERANDO que o psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos 
dessas relações sobre suas atividades profissionais,posicionando-se de forma crítica e em consonância com os 
demais princípios do Código de Ética Profissional, conforme disposto no princípio fundamental VII, do Código de 
Ética Profissional; 
 
CONSIDERANDO que é dever fundamental do psicólogo ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros 
profissionais, respeito, consideração e solidariedade, colaborando, quando solicitado por aqueles, salvo 
impedimento por motivo relevante; 
 
CONSIDERANDO que o psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos compartilhará somente 
informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, 
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo; CONSIDERANDO que a utilização de 
quaisquer meios de registro e observação da prática psicológica obedecerá às normas do Código de Ética do 
psicólogo e à legislação profissional vigente, devendo o periciando ou beneficiário, desde o início, ser informado; 
 
CONSIDERANDO que os psicólogos peritos e assistentes técnicos deverão fundamentar sua intervenção em 
referencial teórico, técnico e metodológico respaldados na ciência Psicológica, na ética e na legislação profissional, 
garantindo como princípio fundamental o bem-estar de todos os sujeitos envolvidos; 
 
CONSIDERANDO que é vedado ao psicólogo estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro que tenha 
vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado; 
 
CONSIDERANDO que é vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus 
vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a 
fidelidade aos resultados da avaliação; 
 
CONSIDERANDO que o psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo 
efetuados por outro profissional, a pedido deste último; 
 
CONSIDERANDO decisão deste Plenário em reunião realizada no dia 18 de junho de 2010, 
 
RESOLVE: 
 
CAPÍTULO I REALIZAÇÃO DA PERÍCIA 
 
Art. 1º - O Psicólogo Perito e o psicólogo assistente técnico devem evitar qualquer tipo de interferência durante a 
avaliação que possa prejudicar o princípio da autonomia teórico-técnica e ético-profissional, e que possa 
constranger o periciando durante o atendimento. 
 
Art. 2º - O psicólogo assistente técnico não deve estar presente durante a realização dos procedimentos 
metodológicos que norteiam o atendimento do psicólogo perito e vice-versa, para que não haja interferência na 
dinâmica e qualidade do serviço realizado. Parágrafo Único - A relação entre os profissionais deve se pautar no 
respeito e colaboração, cada qual exercendo suas competências, podendo o assistente técnico formular quesitos 
ao psicólogo perito. 
 
Art. 3º - Conforme a especificidade de cada situação, o trabalho pericial poderá contemplar observações, 
entrevistas, visitas domiciliares e institucionais, aplicação de testes psicológicos, utilização de recursos lúdicos e 
outros instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Psicologia. 
 
Art. 4º - A realização da perícia exige espaço físico apropriado que zele pela privacidade do atendido, bem como 
pela qualidade dos recursos técnicos utilizados. 
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Art. 5º - O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que preserve sua especificidade e 
limite de intervenção, não se subordinando técnica e profissionalmente a outras áreas. 
 
 
A atuação do perito e do AT ficaria ilustrada da seguinte maneira: 
 
 JUIZ 
 
 
 
 
 
 
 PERITO ASSISTENTE TÉCNICO 
 
 
O psicólogo perito é aquele nomeado pelo juiz para atuar no caso. O psicólogo assistente técnico é 
contratado pelas partes (contratação não obrigatória) para direcionar o trabalho do perito (elaborando os 
quesitos, que são “perguntas” importantes para o processo) e para contestar (se houver necessidade) o laudo do 
perito. 
Vamos de mais questão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PUC-PR – 2017 – TJ-PR 
A Resolução CFP nº 08/2010 dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder 
Judiciário, considerando, em seu teor, que: 
O psicólogo perito é profissional designado para assessorar a justiça no limite de suas atribuições e, portanto, 
deve exercer tal função com isenção em relação às partes envolvidas. 
E também estabelece que: 
Os assistentes técnicos são de confiança da parte para assessorá-la e garantir o direito ao contraditório, não 
sujeitos a impedimento ou suspeição legais. 
Sendo assim, quanto ao contexto de atuação profissional, previsto na referida Resolução, 
é CORRETO afirmar que 
a) quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, 
por ele nomeado. 
b) os psicólogos peritos e assistentes técnicos deverão fundamentar sua intervenção em referencial teórico, 
técnico e metodológico respaldados na Ciência Psicológica, no Direito, na ética e na legislação profissional. 
c) o psicólogo perito deverá elaborar quesitos e endereçá-los ao(s) assistente(s) técnico(s), a fim de elucidar 
dúvidas surgidas durante a perícia. 
d) o psicólogo perito e o(s) assistente(s) técnico(s) realizarão seu trabalho a fim de responder diretamente aos 
quesitos elaborados pelo juiz. 
e) o psicólogo que atua como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio poderá atuar como perito 
ou assistente técnico, somente mediante autorização dos envolvidos. 
 
 
 
 
CONTINUA... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESOLUÇÃO: 
Letra A: Correto. Segundo a Resolução do CFP nº 008/2010, em suas considerações, quando a prova do fato 
depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, por ele nomeado. 
Letra B: Errado. Segundo a Resolução do CFP nº 008/2010, em suas considerações, os psicólogos peritos e 
assistentes técnicos deverão fundamentar sua intervenção em referencial teórico, técnico e metodológico 
respaldados na ciência Psicológica, na ética e na legislação profissional, garantindo como princípio fundamental 
o bem-estar de todos os sujeitos envolvidos 
Letra C: Errado. Segundo a Resolução do CFP nº 008/2010, em seu artigo 2º, § único: “a relação entre os 
profissionais deve se pautar no respeito e colaboração, cada qual exercendo suas competências, podendo 
o assistente técnico formular quesitos ao psicólogo perito.” 
Letra D: Errado. Idem letra c. 
Letra E: Errado. Segundo a Resolução do CFP nº 008/2010, em seu artigo 10, inciso I: “é vedado ao psicólogo que 
esteja atuando como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio atuar como perito ou assistente técnico 
de pessoas atendidas por ele e/ou de terceiros envolvidos na mesma situação litigiosa.” 
Gabarito: A 
 
 
Fim de aula! Aguardo a sua presença em nosso próximo encontro! 
Um abraço, 
Prof. Thayse Duarte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de questões 
1. CESPE – 2019 – TJ-AM 
Caso clínico 10A2-I 
Francisca, de quarenta e um anos de idade, servidora pública, apresentou, há um ano, diagnóstico de 
depressão, quando descobriu que sua filha, Maria, havia sido abusada sexualmente pelo pai, marido de 
Francisca à época. A menina, atualmente com cinco anos de idade, permaneceu um ano sem 
acompanhamento psicológico, embora tenha sido encaminhada pela instância policial aos serviçosespecializados de apoio, no momento dos fatos. A mãe decidiu, então, procurar serviço interno de 
psicologia, orientada por uma colega de setor, onde fez o seguinte relato: “Estou perdida e não sei o que 
fazer. Minha filha me pede para brincar com ela de coisas estranhas, sempre mencionando que era assim 
que o pai brincava com ela. Na escola, apresenta choro fácil, retraimento e baixa autoestima. Não quer 
ficar sozinha com ninguém, em lugar nenhum. Só fica comigo. Não tenho conseguido nem levá-la à 
escola. Ela não fica. Tem feito xixi na cama todas as noites. Não sei mais o que fazer. Às vezes, penso 
que queria desligar um botão, dormir e nunca mais acordar. Quando esses pensamentos ‘agoniam’ 
muito minha cabeça, tomo uns remedinhos, mas acordo com peso na consciência por ter deixado minha 
filha sozinha. Se um dia eu for desta para uma melhor, eu a levo comigo. O pai dela saiu de casa no dia 
em que descobri tudo. Ele negou, mas não tive dúvida. Havia alguma coisa estranha. Minha filha vivia 
com assaduras. Um dia, ao lhe dar banho, ela me perguntou se eu gostaria que ela pegasse nas minhas 
partes como o ‘papai pedia para ela’. Fui direto para a delegacia”. A criança mora com a mãe — sem 
contato com o pai, por determinação judicial —, sob medida protetiva e apoio do programa de proteção 
à vítima. 
 
Na entrevista inicial com Maria, haveria divergência entre a atuação do psicólogo jurídico e a do 
psicólogo clínico pelo fato de o psicólogo jurídico, ao contrário do clínico, estar circunscrito em um 
ambiente institucional e, acima de tudo, pela utilização técnica de uma entrevista diretiva, em espaço 
adequado, a fim de que possa compreender, de maneira mais rápida, a situação de violência e 
interromper seu ciclo dinâmico de prejuízos. 
 
 
2. CESPE – 2020 – TJ-PA 
A respeito da atuação do psicólogo e de suas obrigações éticas no uso de instrumental teórico e técnico 
de trabalho na área da psicologia jurídica, assinale a opção correta à luz da legislação penal brasileira. 
a) É atribuição do psicólogo judicial definir se o arguido é inimputável ou imputável. 
b) O psicodiagnóstico, no contexto judicial, inclui o estudo dos autos processuais. 
c) O sistema de investigação misto ou biopsicológico inclui como atribuição do psicólogo judicial a 
realização do exame para verificação da responsabilidade penal. 
d) Os contextos clínico e forense são equivalentes, por buscarem algo benéfico para o sujeito avaliado. 
e) A perícia psicológica engloba o exame psiquiátrico (direto e indireto). 
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3. FCC – 2012 – TJRJ 
Uma conceituação teórica mais recente da relação entre Psicologia e Direito é chamada 
de Jurisprudência Terapêutica conforme ensina Matthew T. Huss na obra Psicologia Forense (2011). 
NÃO corresponde ao conceito de Jurisprudência Terapêutica: 
 
a) os psicólogos forenses devem se ater às consequências da lei e do sistema legal quando dão 
assistência aos tribunais. 
b) a lei importa além das leis de uma sala de audiência e pode ter um impacto profundo na prática da 
psicologia forense. 
c) inclui não só o impacto da lei codificada ou da jurisprudência, mas também o processo legal menos 
formal que pode focar as ações dos juízes ou advogados. 
d) a lei nunca tem um impacto fora da rotina da culpa ou inocência de um acusado ou a negligência de 
um acusado em uma causa civil. 
e) possibilita melhorias na administração e aplicação da lei. 
 
4. PUC-PR – 2017 – TJ-PR 
A Resolução CFP nº 08/2010 dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no 
Poder Judiciário, considerando, em seu teor, que: 
O psicólogo perito é profissional designado para assessorar a justiça no limite de suas atribuições e, 
portanto, deve exercer tal função com isenção em relação às partes envolvidas. 
E também estabelece que: 
Os assistentes técnicos são de confiança da parte para assessorá-la e garantir o direito ao contraditório, 
não sujeitos a impedimento ou suspeição legais. 
Sendo assim, quanto ao contexto de atuação profissional, previsto na referida Resolução, 
é CORRETO afirmar que 
a) quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por 
perito, por ele nomeado. 
b) os psicólogos peritos e assistentes técnicos deverão fundamentar sua intervenção em referencial 
teórico, técnico e metodológico respaldados na Ciência Psicológica, no Direito, na ética e na legislação 
profissional. 
c) o psicólogo perito deverá elaborar quesitos e endereçá-los ao(s) assistente(s) técnico(s), a fim de 
elucidar dúvidas surgidas durante a perícia. 
d) o psicólogo perito e o(s) assistente(s) técnico(s) realizarão seu trabalho a fim de responder 
diretamente aos quesitos elaborados pelo juiz. 
e) o psicólogo que atua como psicoterapeuta das partes envolvidas em um litígio poderá atuar como 
perito ou assistente técnico, somente mediante autorização dos envolvidos. 
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Gabarito 
1. ERRADO 
2. B 
3. D 
4. A

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