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Aula Revisão 1 - Primeira Avaliação

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O estudo da Administração Pública em geral, 
compreendendo a sua estrutura e as suas 
atividades, devem partir do conceito de ESTADO, 
sobre o qual repousa toda a concepção moderna 
de organização e funcionamento dos serviços 
públicos a serem prestados ao administrado. 
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O Conceito de Estado varia segundo o 
ângulo em que é considerado:
Do ponto-de-vista sociológico: é corporação dotada de 
um poder de mando originário.
Sob o aspecto político: é comunidade de homens, fixada 
sob um território, com poder superior de ação, de mando
e de coerção.
Sob o prisma constitucional: é pessoa jurídica territorial 
soberana. 
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Na conceituação do nosso Código Civil: é pessoa jurídica 
de direito público interno (art. 14, I)
Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no 
campo do direito público como no do direito privado, 
mantendo sempre sua única personalidade de direito 
público. 
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Aristóteles considera o homem um ser social e 
comunicativo por natureza. Para ele, o Estado entende-se 
como sociedade política é o primeiro objeto a que se 
propôs a natureza.
Para Santo Tomás de Aquino, o homem, “sociável por 
natureza”, apenas viveria em solidão por três hipóteses:
 Hipótese da natureza divina (carisma, meditação, retiro)
 Hipótese da natureza doentia (leprosos, alienados mentais)
 Hipótese da má sorte (destino, acidentes, infortúnios)
Thomas Hobbes, considera, em sua visão pessimista, que o 
Estado advém do desejo natural do homem de destruir os seus 
semelhantes: “Homo homini lúpus” (O homem é lobo do 
próprio homem). lei do mais forte. Cercar a propriedade e a 
defesa com armas são insuficientes. A sociedade por 
necessidade de sobrevivência necessita do Leviatã (Estado) 
que impõe uma disciplina férrea à esta mesma sociedade.
 Jean-Jacques Rousseau, afirma que “L’homme est né libbre et 
partout il est dans les fers” (O homem nasce livre, mas em todo 
o lugar se acha acorrentado). Para realizar seus objetivos o 
homem celebra um pacto social entre seus semelhantes, 
perdendo sua liberdade natural, tornando-se civil, uma espécie 
de liberdade limitada.
O estado de natureza de Hobbes e o estado de sociedade 
de Rousseau evidenciam uma percepção do social como 
luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o 
poder da força. Para fazer cessar esse estado de vida 
ameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à 
sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder 
político e as leis.
Essa passagem ocorre por meio de um contrato social, 
pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à 
posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em 
transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e 
aplicar as leis, tornando-se autoridade política.
No período medieval, o poder do Estado ficava nas mãos dos 
senhores feudais. Pois estes tinham o poder das terras e da 
sociedade.
A sociedade medieval era formada pela nobreza, que apenas 
combatiam, podendo, muitas vezes exercer funções como 
administradoras, juízes ou até pessoas da Igreja.
O Direito neste período assume valor de favorecimento a 
classe possuidora de terras, encontrava-se favorecendo a 
nobreza.
O Estado moderno surgiu da desintegração do mundo feudal e 
das relações políticas até então dominantes na Europa.
Paralelamente, a partir do século XIV, ocorreu um processo de 
centralização e concentração.
As Forças Armadas e do monopólio da violência; As Estruturas 
Jurídica, isto é, dos juízes dos tribunais em várias instâncias; As 
cobranças de Impostos – Um signo do Poder e, ao mesmo 
tempo, o meio de assegurar a manutenção das Forças Armadas, 
da burocracia e do corpo jurídico;
Um Corpo Burocrático para administrar o patrimônio público, 
como as estradas, os portos, o sistema educacional, a saúde, o 
transporte, as comunicações
Surgido no contexto da expansão do mercantilismo, o Estado 
absolutista foi implantado primeiro em Portugal, no final do 
século XIV, com a Revolução de Avis.
Assumindo o controle das atividades econômicas, o Estado 
intervinha nas concessões dos monopólios, fixava preço e 
tarifas, administrava a moeda e os metais preciosos.
O Estado absolutista assumia também a responsabilidade de 
centralizar e praticar a justiça e de cuidar do contingente 
militar, criando exércitos profissionais.
 Ilustração da Revolução de Avis.
 O Liberalismo emergiu no século XVIII como reação ao absolutismo, 
tendo como valores primordiais o individualismo, a liberdade e a 
propriedade privada.
 Nessa fase do capitalismo, os resquícios feudais foram sendo extintos, 
enquanto o capital industrial se implantava e o trabalho assalariado 
tornava-se fundamental para o desenvolvimento da indústria.
 O Estado Liberal apresentava-se como representante de toda a 
sociedade tendo o papel de “guardião da ordem”; não lhe caberia 
intervir nas relações entre os indivíduos, mas manter segurança para 
que todos pudessem desenvolver livremente suas atividades. Com o 
Estado liberal, estabeleceu-se a separação entre o público e o privado.
 No século XX, esgotado pelas próprias condições sociais e 
econômicas que o geraram, o Estado Liberal não dava mais 
conta da realidade e dos interesses da burguesia. A partir da 
Primeira Guerra Mundial, surgiram duas novas formas de 
organização estatal: o Estado fascista e o Estado soviético.
 O Estado Fascista foi organizado nas décadas de 1920 e 1930, 
primeiro na Itália e depois na Alemanha (com o Nazismo) e em 
vários países europeus, com pequenas diferenças. O Estado 
soviético decorreu da primeira experiência socialista, iniciada 
em 1917, na Rússia.
 Por meio dela procurava-se fazer frente às condições precárias 
de vida das classes trabalhadores.
No Estado Fascista, a participação política significava plena 
adesão ao regime e a seu líder máximo, ou seja, ninguém podia 
fazer qualquer crítica ou oposição ao governo.
Na Rússia pós-revolucionaria, o desafio era criar mecanismos 
efetivos de participação dos camponeses, operários e soldados, 
desde que fossem organizados no interior do Partido 
Comunistas, que era política a estrutura dominante.
A URSS organizava-se como um Estado planificado e 
centralizado, cujos órgão estavam ligados ao Partido Comunista.
Não havia possibilidade de participar politicamente se não 
fosse nesse partido, pois somente ele era permitido.
Com os problemas interno na URSS e com crescente movimento 
da Globalização o sistema de Estado Soviético começou a ruir, 
primeiros em países que tinham adotado.
Em 1989, com o Acontecimento da Queda do Muro de Berlim, de 
forma simbólica e conclusiva o Estado soviético na atual Rússia 
foi selado.
É um modelo criado pelos países capitalistas para que se 
permitam enfrentar, por um lado, os movimentos de 
trabalhadores que exigem melhores condições de vida e por 
outro lado, as necessidades do capital, que buscava alternativas 
para a construção de uma nova ordem econômica mundial 
diante de um bloco socialista.
O Estado do bem-estar social tinha como finalidade e 
característica básica a intervenção estatal nas atividades 
econômicas.
A ideia era romper com o centenário principio do liberalismo, 
que rejeitava qualquer função intervencionista do estado.
 Isso foi feito com investimentos maciços por parte do Estado, 
que redimensionava suas prioridades para proporcionar 
trabalha e algum rendimento â maior parte da população, a fim 
de que ela se tornasse consumidora assim, possibilitasse a 
manutenção da produção sempre elevada. “Cidadania do 
Consumidor”.
A partir da década de 1970, após a crise do petróleo. O 
Capitalismo enfrentava então vários desafios.
As empresas multinacionais precisavam expandir-se, ao mesmo 
tempo em que havia um desemprego crescente nos Estados 
Unidos e nos países europeus;
Os movimentos grevistas se intensificavam em quase toda a 
Europa;
Aumentava o endividamento dos países em desenvolvimentos;
Os Analistas, atribuíram a crise aos gastos dos Estadoscom 
políticas sociais, o que gerava déficits orçamentários, mais 
impostos e, portanto, aumento da inflação.
Por causa disso, o bem-estar dos cidadãos deveria ficar por 
conta deles mesmos, já que se gastava muito com saúde e 
educação pública, com previdência e o apoio aos 
desempregados e idosos.
O Estado Mínimo, com o mínimo de participação do Estado nas 
vidas das pessoas.
 O Estado Neoliberal ficou sendo pioneiro com Margareth Thatcher, na 
Inglaterra, e de Ronald Reagan, no E.U.A.
 Entretanto o Estado não deixou de intervir em vários aspectos, 
mantendo orçamentos militares altíssimos e muitos gastos para amparar 
as grandes empresas e o sistema financeiro.
 Os Neoliberais diziam que era necessário ter mais rapidez para tomar 
decisões no mundo dos negócios e que o capital privado precisava de 
mais espaço para crescer.
 Reforçavam assim os valores e o modo de vida capitalistas, o 
individualismo como elemento fundamental, a livre iniciativa, o livre 
mercado, a empresa privada e o poder de consumo como forma de 
realização pessoal.
O Estado é constituído de três elementos:
 POVO: é o componente humano do Estado. conjunto de 
indivíduos.
População é o aspecto demográfico (número de habitantes).
Nação agrupamento político autônomo que ocupa território 
com limites definidos e cujos membros respeitam instituições 
compartidas.
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 TERRITÓRIO: a sua base física. É a dimensão espacial.
GOVERNO SOBERANO (PODER): é o elemento condutor do
Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e
auto organização emanada do Povo.
 Relacionada com a função política de comando, coordenação, direção,
fixação de planos e diretrizes de atuação do Estado.
Não se confunde com o conceito de Administração Pública –
aparelhamento do Estado para a execução das políticas públicas.
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 AFIRMAÇÕES SOBRE GOVERNO E SOBERANIA DOS PODERES DO ESTADO
 O poder Judiciário tem função judicial com a aplicação coativa da lei aos litigantes
 O poder Legislativo tem função normativa elaborando a lei
 O poder Executivo tem a função administrativa convertendo a lei em ato individual e 
concreto
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“Uma das principais características de um 
Estado Federado é que sobre um mesmo 
território e sobre as mesmas pessoas, 
estão presentes, harmônica e 
simultaneamente, as ações públicas de 
governos distintos: federal, estadual e 
municipal.”
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