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1 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 INFECÇÃO URINÁRIA Introdução • É uma infecção desencadeada por microrganismos que invadem e multiplicam-se no trato urinário. Epidemiologia • É a infecção bacteriana mais comum. • Afeta 150 milhões de pessoas no mundo. • Predominante em mulheres → uretra mais curta, ausência de secreções prostáticas antibacterianas e pela anatomia do trato geniturinário. • No primeiro ano de vida tem predomínio em meninos. • A frequência é 20x maior em mulheres na fase pré-escolar. • Picos de incidência com início de vida sexual ativa • O jato urinário da mulher é turbilhonar, isso pode fazer com que bactérias sejam jogadas para dentro da bexiga. • Principalmente relacionada a questões comportamentais em jovens. Em idosos, é mais comum a redução do estrogênio que altera a microbiota local. ITU é uma infecção bacteriana do trato urinário e estruturas associadas • É uma infecção frequente nas mulheres • Usualmente ocorre entre os 16 aos 35 anos • ITU em crianças! • 10% das mulheres tem uma ITU por ano • 40-60% das mulheres vão ter pelo menos uma ITU na sua vida • Recurrência é frequente; 50% terão uma segunda ITU em um ano • É 4x mais frequente nas mulheres se comparada aos homens • Nos homens a distribuição é bi-modal → mais comum em meninos menores de 1 ano e em idosos com disfunções prostáticas. Tratamento prolongado se tiver que tratar a próstata. • 33% das mulheres tem pelo menos 1 episódio de ITU antes dos 24 anos. • 50% das mulheres tem pelo menos 1 episódio de ITU na vida. • Risco aumentado em sub-populações específicas → gestantes, idosos, cateteres vesicais, DM, imunodeprimidos, uso de ATB e anormalidades anatômicas. o A gestante é a única que trata sem ter sintomas. • A infecção é adquirida por via ascendente (uretra - bexiga - rins) • A via hematogênica é a principal via em neonatos • Origem pode ser comunitária ou hospitalar (sondagem vesical) • Em homens sempre pensar na infecção como complicada, diferentemente das mulheres • Idosos com infecção urinária, tem alto risco de quadros sépticos por gram – Patogênese • Ocorre a colonização do introito vaginal por uropatógenos da flora fecal → a colonização por bactérias é comum no introito vaginal, mas o que facilita a infecção é o desequilíbrio entre essas colônias. • Ascensão via uretra para a bexiga → quando a bactéria chega na bexiga, ela se liga na parede vesical e se nutre dessas células para a multiplicação. • No caso de pielonefrite, para os rins através dos ureteres. 2 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Principais agentes • O comportamento de distribuição do tipo de bactéria: a E. coli é a bactéria mais comum, mas as 4 primeiras são as principais. • O proteus também é importante, uma infecção por ele, nos leva a pensar em alterações anatômicas no trato urinário (ex. litíase renal) • A cândida é mais comum nas UTIs • A E. coli tem alta capacidade adaptativa e transita facilmente entre a região intestinal e a vesical. Capacidade adaptativa enorme, consegue extrair nutrientes de ambientes distintos (no intestino ela vive em simbiose, mas consegue colonizar trato urinário e do trato urinário conseguir nutrientes para seu desenvolvimento). Classificação • Agente etiológico: o Bacteriano o Fúngico → ocorre em pacientes mais comprometidos, com internação hospitalar, em UTI, que já usaram ATBs de amplo espectro... • Localização: o ITU inferior → mais sintomas irritativos como disúria e polaciúria. o ITU superior (pielonefrite) → acometimento sistêmico com febre, inapetência, dor lombar... • Complexidade: o ITU não complicada → relação com o trato inferior. o ITU complicada → associada a pielonefrite, alterações anatômicas do trato urinário, homens e gestantes. Patogênese 3 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 • A adesão bacteriana no trato urinário é complexa. • As bactérias são eletronegativas e pequenas para superar a repulsão pela carga negativa das células epiteliais. • A fimH é uma adesina que se liga a receptores de células epiteliais vesicais e expressão da manose. No momento em que se liga, desencadeia o processo de invasão tecidual e reprodução. • A adesão bacteriana só ocorre com a presença de fimbrias (pili) ou adesinas. o Bactérias flageladas com pelos ao redor – adesinas. Podem estar distribuídas na superfície da bactéria. A medida que se adere, começa a se nutrir, tendo o ferro como principal nutriente para a reprodução. o As adesinas podem localizar-se na ponta das fimbrias bacterianas e na própria superfície bacteriana. • Fimbrias permitem a ligação irreversível à membrana celular uroepitelial. • Existem dois tipos de fimbrias → I (adesão) e II (secreção de proteínas para fora da célula). • As fimbrias tipo I promovem a adesão, infecção e aumentam a resposta inflamatória (hematúria). É a que provoca maior número de ITU. • As adesinas e fimbrias se ligam também as células do nosso sistema imunológico • A E. coli se liga nas células epiteliais e começa a reprodução (formação de colônias intracelulares), desencadeia resposta do organismo com produção de macrófagos, ocorre uma esfoliação das colônias (pode resolver o quadro por conta) ou absorção pelos macrófagos → Algumas bactérias entram em estado de hibernação na camada mais basal, essas bactérias explicam as ITUs de repetição, pois essas não são atingidas pelo ATB no tratamento → No momento que essas células ascendem, começam a se reproduzir e reiniciam um quadro de ITU. • A profilaxia tem a função de controlar essas bactérias quando ascendem e não permite a reprodução. • A flora/lactobacilos vaginais mantém um pH adequado e uma flora adequada. A diluição da urina também é um fator importante. Quadro clínico • Depende do local do trato urinário. • ITU não complicada, baixa, cistite: o Disúria o Urgência miccional o Polaciúria o Odor da urina o Dor em baixo ventre • ITU complicada, alta, pielonefrite: o Febre o Calafrios o Dor lombar o Náuseas e vômitos o Atentar com os idosos → sintomas ausentes ou inespecíficos *ITU de repetição: pelo menos 2x em 6 meses ou 3x em 1 ano. História clínica • Número de ITUs por ano → caracterizar se possui infecções de repetição. o Nessas pacientes é necessário avaliar se há US, uroculturas, presença de sintomas ginecológicos → candidíase pode confundir os sintomas e o tratamento pode favorecer infecção urinária • Investigação realizada • Sintomas ginecológicos (fungos) • Relação com atividade sexual → frequência, troca de parceiro 🡪 o maior número de relações sexuais e troca de parceiros tem relação com maior número de infecções. 4 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 • Uso de ATB prévio • Hospitalizações prévias • Patologia nefrourológica 🡪 litíase • Métodos contraceptivos • História materna de ITUs • Higiene íntima (duchas, banho de imersão) 🡪 o uso de duchas higiênicas seleciona microbiota. • Presença de DM ou imunossupressão • Instrumentação genitourinária prévia • Uso de cateter vesical Exame físico O que considerar: • Temperatura axilar • Exame do abdômen • Punho percussão lombar • Exame ginecológico → diagnóstico diferencial de DIP • Em pielonefrite muitas vezes a paciente apresenta dor em flanco Diagnóstico • A história e exame físico na maioria das vezes fornecem dados suficientes para diagnóstico de ITU → a demora da urocultura dificulta o tratamento e não é necessário em ITUs não complicadas. • Disúria e polaciúria na ausência de leucorreia (quadro ginecológico) prediz o diagnóstico de cistite com mais de 90% de probabilidade. • A urocultura é importante em casos de ITUs complicadas e em ITU de repetição. • Se sintomas recorrentes de cistite com urocultura negativa e leucocitúria estéril → considerar possibilidade de TB renal, cistite intersticiale neoplasia. o Cistite intersticial → quadro alérgico inflamatório que mimetiza um quadro de ITU → Melhora espontânea e depois recorre com sintomas → É uma metaplasia do epitélio vesical → Em cistoscopia é possível ver uma bexiga friável com pontos hemorrágicos → Pode ter relação com ingesta de alimentos, mas é difícil definir a etiologia. Exames complementares • Exame qualitativo de urina → leucocitúria, bacteriúria e nitritos. • Urocultura com antibiograma o Crescimento bacteriano de, pelo menos, 105 unidades formadoras de colônias por 1 mL de urina (100.000 UFC/mL) OU • Crescimento bacteriano ≥ 104 colônias (10.000 UFC/mL) em paciente idoso e pacientes em uso de antimicrobianos. • Hemograma e VSG quando febre. • Glicemia e creatinina → função renal só em pielonefrite, com DM, comprometimento de função renal ou ajuste de ATB endovenoso. • Exame de imagem → para descartar litíase e fatores anatômicos Cistite não complicada • Ocorre em mulheres jovens, saudáveis, não grávidas. • E. coli em aproximadamente 80% dos casos. • Urocultura só é necessária quando: o Suspeita de ITU complicada; o Persistência dos sintomas após instituído o tratamento; o Recorrências antes de 1 mês. 5 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Tratamento cistite não complicada • Primeira linha: o Nitrofurantoína (macrodantina): 100 mg 4x/dia por 5 dias. o Sulfametoxazol-trimetoprim: 800/160 mg 2x/dia por 3 dias. o Fosfomicina: 3g dose única (pó misturado em água). • Opções alternativas: o Beta-lactâmicos: ▪ Amoxicilina-clavulanato: 500 mg 2x/dia por 5 – 7 dias ▪ Cefadroxil: 500 mg 2x/dia por 5 – 7 dias • Se beta-lactamicos não puderem ser usados: o Quinolonas: ▪ Ciprofloxacina 500 mg 2x/dia por 3 dias ▪ Levofloxacina 500 mg/dia por 3 dias • Não devem ser usados como primeira escolha por causar um aumento de resistência relacionado ao uso desses ATBs Os sintomas da cistite simples aguda devem responder a terapia antimicrobiana dentro de 48 horas Terapia sintomática • Antiinflamatórios → o uso de ATB e AINEs são semelhantes na melhora dos sintomas → Mas posteriormente é necessário o uso dos ATBs para o controle da infecção. • Fenazopiridina (cistex) 3x/dia por 2 dias → bacteriostático → Auxilia na redução da sintomatologia e se usado de forma isolada não trata a ITU. Cistite recorrente • ≥ 2 ITU em 6 meses ou ≥ 3 ITU por ano o Reinfecção 🡪 uma nova infecção com cepa diferente acontece depois de 2 semanas. o Relapso 🡪 recorrência causada pela mesma cepa ou dentro de 2 semanas do término da infecção original. • É comum, mesmo com trato urinário normal. • Estudo europeu mostrou taxa de recorrência de 44%. • Mais comum com E. coli do que com outras bactérias. • Não há evidência que ITU recorrente cause HAS ou IRC. • Crianças (<1 ano) com ITU recorrente podem gerar cicatrizes renais e futuramente pré-dispor a IRC. Fatores de risco para ITU • Susceptibilidade a colonização vaginal bacteriana (lactobacilos, estrogênio). • Mulheres “não secretoras” (caráter hereditário) 🡪 tem aumento da aderência de bactérias às células uroteliais. • Relação sexual • Novo parceiro no último ano • Uso de espermicida • ITU antes dos 15 anos • HF (mãe) com ITU • Anatomia pélvica → medida da distância uretra/ânus (4,8 cm casos x 5 cm controle). Mulheres secretoras X não secretoras: • Relacionada com a secreção dos antígenos do grupo sanguíneo ABO. • Nas mulheres “não secretoras” o epitélio urogenital expressa dois receptores que têm afinidade pelas bactérias → O tipo de receptor é diferente entre secretoras e não secretoras • Estudos demonstram que as mulheres “não secretoras” são mais susceptíveis às ITUs recorrentes. • As mulheres dos grupos sanguíneos B e AB (que são “não secretoras”) apresentam risco relativo maior (3,12x) de infecção recorrente do trato urinário. 6 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Prevenção Suco de Cranberry: • Evidências limitadas na redução de ITU. • Não há efeitos adversos reconhecidos. • Metabólito urinário (pro-antho-cyanidins) interfere na adesividade da bactéria ao epitélio vesical 🡪 para algumas bactérias fimbriadas, como E. coli. • Dose? Absorção variável → Ainda não é definida a dose correta e o tipo de consumo ideal. • Estudo randomizado mostrou que tanto o suco como as cápsulas reduziram as ITUs recorrentes em mulheres, se comparado com o placebo, em um período de 12 meses (18% vs 32%). • Poderia ser usado como prevenção. Probióticos: • Proteção para a flora vaginal • Mecanismos de ação propostos: o Bloqueio da ligação das bactérias com o epitélio vesical o Produção de peróxido de hidrogênio 🡪 reduz pH o Resposta anti-inflamatória • Só um estudo randomizado mostrou redução significativa nas taxas de ITU nas mulheres na menopausa. • Podem ser usados via oral ou via vaginal. • L-FOS (lactobacilos liofilizados) → usados para restaurar a microbiota genitourinária. Profilaxia com ATBs • O uso de antimicrobianos a longo prazo e de baixa dose está associado a taxas reduzidas de infecção de até 95%. • Meta-análise Cochrane concluiu que a taxa de recorrência foi reduzida no grupo de tratamento vs placebo. • Efeitos colaterais como candidíase vaginal e sintomas gastrointestinais são observados: a candidíase altera o pH vaginal e gera um ciclo vicioso → trata candidíase – inicia ITU – trata ITU – inicia candidíase... • A sulfametoxazol-trimetoprim (bactrim) é bem tolerado, usado 100 mg 1cp/dia à noite por 6 meses. Fosfomicina em dose única a cada 10 dias pode ser usado. • A nitrofurantoína mostrou ser segura (até 12 meses) → Tem o benefício adicional de ser excretado preferencialmente no trato urinário em vez de intestinal. • Não há evidências para adotar práticas de rotação de antibióticos → não precisa ficar trocando ATB pq não vai criar resistência • Contínuo ou pós-coital → se existir relação entre a ITU e a relação sexual, usar nitrofurantoína ao ter relação sexual, não tiver, não usa. • Só iniciar o tratamento profilático se urocultura negativa. • Independente do antibiograma da última infecção, a nitrofurantoína pode ser utilizada como profilática, mesmo que infecção anterior tenha demonstrado resistência. Automedicação: • Pode-se deixar receita para pacientes já conhecidas, ao início dos sintomas, a paciente pode iniciar o uso do ATB. • Recomenda-se que, se não houver melhora mínima após 48h ou os sintomas piorarem, os pacientes devem ser reavaliados. Estrogênio tópico: • Para pacientes que possuem ressecamento vaginal, dispareunia e uma relação da queda dos hormônios com ITU. • Os estrogênios tópicos são um método efetivo de normalização da microbiota vaginal em mulheres pós- menopausa. • Dose noturna de estrogênio com aplicadores por 7 dias e após 2x/semana por 4-6 semanas. • Promove um aumento nos lactobacilos e redução na colonização bacteriana periuretral. 7 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 Vacinas: • OM-89 – Uro-Vaxom → melhor que placebo em estudos randomizados, com poucos efeitos adversos → Em teoria melhora a imunidade contra uma cepa específica de E. coli, mas não impede ITU. O tratamento é feito com 1 cp/dia por 3 meses, intervalo de 3 meses. Usa 10 dias, parar 20, usa 10 dias, para 20 e usa mais 10 dias (total 9 meses). É necessário esperar o final dos 9 meses para o efeito. • Pode haver a necessidade de ciclos de reforço. • Diversas vacinas estão sendo desenvolvidas (spray nasal, injeções, supositórios vaginais...). • Associação Europeia de Urologia recomenda imunoprofilaxia em mulheres com história de ITU recorrente. Ingesta hídrica e micção pós-coito → controverso como fator de prevenção Pielonefrite • Sintomas variáveis → leves à sepse. • Febre, calafrios, dor lombar, PPL+. • Terapias de curto prazo são inadequadas. • Sempre solicitar urocultura e iniciarterapia de imediato, se o paciente possuir a clínica. • ATB bactericida de amplo espectro. • ATB IV hospitalização X ATB VO domicílio → avaliar o status da paciente, toxêmicas ou não que não suportam o uso VO, devem ser hospitalizadas Tratamento • Antibiótico orientado pela urocultura • Casos mais frequentes o Ciprofloxacino 500mg 12/12h por 7 dias o Levofloxacino 500mg 1 vez ao dia por 7 dias o Ceftriaxone 1g EV 1 vez ao dia por 10 dias • Risco de resistência bacteriana o Ertapenem 1g 1 vez ao dia o Meropenem 1g 8/8h • Alternativa o Gentamicina 5mg/Kg 1 vez ao dia • Hidratação e analgesia • Investigação por imagem → precisa fazer • Nitrofurantoina - nunca usar • Ampicilina → não usar → alta resistência ITU em gestantes • Ocorre em 7% das gestantes. • Relação com o relaxamento da musculatura lisa e dilatação ureteral. • Risco aumentado de parto prematuro, baixo peso ao nascer e mortalidade. • Durante a gestação screening para bacteriúria assintomática: gestantes com frequência tem ITU e não desenvolvem sintomas. • É obrigatório o tratamento quando bacteriúria, mesmo assintomática. • Terapias com dose única são inadequadas. • Terapias por 7 dias reduzem o risco de evolução para PNA (pielonefrite). • PNA tratar com ATB EV ITU em homens • Sempre considerar como uma ITU complicada: homem costuma ter questões obstrutivas (prostáticas) relacionadas, é necessário avaliar. • No diagnóstico diferencial considerar DST, orquite e epididimite. • Avaliação urológica necessária. • Exames de imagem: chance de litíase e anormalidades urológicas. • Tratamentos em dose única ou 3 dias são inefetivos. 8 Laís Kist de Almeida ATM 2024/2 • Tratamento por 7 dias com quinolonas ou SMT. • Tratamentos prolongados em caso de prostatite crônica → 21 – 28 dias → baixa irrigação da glândula. Bacteriúria assintomática • Presença de bacteriúria em pacientes sem sintomas de ITU. • Na mulher → 2 uroculturas com 105 UFC com a mesma bactéria. • No homem → 1 urocultura com 105 UFC com a mesma bactéria. • Tratamento somente para gestantes e procedimentos urológicos • Não tratar mulheres (que não estejam grávidas), diabéticos, idosos, pacientes com TRM (trauma raquimedular) institucionalizados e cateterizados. o Pacientes com TRM sempre possuem urocultura positiva. Só tratar quando sintomático. ITU relacionada à assistência em saúde • ITU corresponde a 30 – 40% das infecções relacionadas a assistência em saúde. • 80% ITU está relacionada com a cateterização vesical → trocar a sonda a cada 10 – 14 dias para reduzir a possibilidade de ITU (formação de biofilme). • 15 – 20% dos pacientes internados são cateterizados. • Risco de infecção urinária aumenta em 50%, após 7 – 10 dias de cateterização VU. • Tempo de hospitalização aumenta em 4 – 5 dias. • Até 4% evoluem com bacteremia/sepses. • Taxa de mortalidade chega a 12%. Perspectivas Vacinas • SOLCOUROVAC → seis sorotipos de E. coli, bem como cepas de Proteus mirabilis, Morganella morganii, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus faecallis, fazem parte da composição da vacina. • Adesina FIMH • Receptores de ferro → seis proteínas ChuA, Hma, Iha, IreA, IroN e IutA envolvidas na captação de ferro pelas células bacterianas • Proteus mirabilis → inibe a adesão da fimbria. Projeto de pesquisa
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