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APOSTILA MICRO E IMUNO TEC EM ESTETICA

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INSTITUTO PEDREIRENSE DE EDUCAÇÃO E EXTENSÃO 
(IPEDE) 
CURSO TÉCNICO EM ESTÉTICA 
DOCENTE: BRENNO BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRESIDENTE DUTRA – MA , ABRIL DE 2022 
INTRODUÇÃO HISTÓRICA 
 
Os primeiros experimentos feitos em microbiologia de que se têm notícia 
datam do final do século XVII e início do século XIX. Como já se sabia, 
empiricamente, que várias moléstias eram causadas por microrganismos, a 
pesquisa microscópica em busca desses "minúsculos seres infernizantes" 
começou quando a ciência ganhou um novo impulso, fato que se deu, 
principalmente na França e na Inglaterra, após a penúltima década do século 
XVIII. 
Os grandes primeiros experimentos feitos em microbiologia ocorreram nos 
séculos XIX e XX. Entre as várias descobertas que abriram um horizonte mais 
promissor no campo da microbiologia encontram-se: 
• 1675: descoberta dos micróbios por Leeuwinshock, com as lentes 
polidas; 
• 1772: descoberta de que cada doença tinha um micróbio 
correspondente, por Plenciz; 
• 1735: Proposta Karl Yan Lineur, derivada da palavra latina para 
denominação dos organismos; 
• 1864: descoberta dos micróbios (Germes) causadores do azedamento 
do vinho, por Louis Pasteur (França); 
• 1867: desenvolvimento da cirurgia asséptica 
• 1894: processo de aquecimento rápido com subsequente esfriamento do 
leite, chamado processo de pasteurização, por Louis Pasteur; 
• 1928: descoberta da penicilina, por Alexander Fleming (Escócia), a partir 
do fungo Penicillium notatum; 
• 1876-1890: descoberta do bastonete (bactéria) causador do carbúnculo 
do gado (Bacillus anthracis), por Robert Koch. 
• 1876-1890: descoberta do bacilo (bactéria) causador da tuberculose, o 
Mycobacterium tuberculosis (conhecido popularmente por Bacilo de 
Koch), por Robert Koch; 
 
 
 
 
A MICROBIOLOGIA MODERNA 
 
Atualmente, a microbiologia, como as demais áreas das ciências 
médicas, segue o caminho do deve-se especializar o máximo que se puder. 
Assim, encontramos os bacteriologistas (especializados em bactérias), os 
virologistas (especializados em vírus), os micologistas (especializados em 
fungos), os ficologistas (especializados em algas microscópicas) etc. 
 
O QUE É MICROBIOLOGIA? 
A microbiologia é ramo da ciência que estuda os microrganismos e suas 
relações recíprocas com os demais seres vivos, sua distribuição natural, seus 
efeitos benéficos ou prejudiciais aos outros seres, suas alterações físicas e 
químicas no ambiente, preocupando-se com a caracterização morfológica, 
estrutural, fisiológica, metabólica e reprodutiva. 
A microbiologia também trata da diversidade e evolução das células 
microbianas, abrangendo o porquê e como os diferentes tipos de 
microrganismos surgiram. Ela ainda compreende a ecologia, por isso também 
trata do local onde os microrganismos vivem na Terra, como eles se associam 
e cooperam uns com os outros, e o que eles fazem no mundo em geral, no 
solo, na água, em animais e plantas. 
Esta ciência gira em torno de dois temas interconectados: o 
entendimento da natureza e funcionamento do mundo microbiano, e a 
aplicação do nosso entendimento acerca da microbiologia para benefício da 
humanidade e do planeta Terra. 
Como uma ciência biológica aplicada, a microbiologia está na linha de 
frente de vários avanços importantes na medicina humana e veterinária, 
agricultura e indústria. De doenças infecciosas para a fertilidade do solo, até o 
combustível que você coloca no seu automóvel, os microrganismos afetam a 
vida cotidiana dos seres humanos tanto de forma benéfica quanto de forma 
prejudicial. 
Os microrganismos já existiam na Terra há bilhões de anos antes do 
surgimento das plantas e dos animais. São as menores formas de vida e 
coletivamente constituem maior parte da biomassa da Terra, executando 
muitas reações químicas essências para os organismos superiores. Na 
ausência dos microrganismos, as formas de vida superiores nunca teriam 
surgido e não poderiam ser sustentadas. 
 
De fato, o próprio oxigênio que respiramos é o resultado de atividade 
microbianas precedente. Além disso, seres humanos, plantas e animais são 
intimamente dependentes da atividade microbiana para a reciclagem de 
nutrientes-chave e para a degradação de matéria orgânica. Os microrganismos 
podem ser subdivididos em quatros grupos gerais: as bactérias, os fungos, os 
vírus e os parasitas, cada um apresentando o seu próprio grau de 
complexidade. 
Alguns microrganismos apresentam uma relação com o hospedeiro (onde se 
hospeda) que é chamada de simbiose. Existem três classificações para a 
simbiose: 
• Comensalismo; 
• Mutualismo e 
• Parasitismo 
 
COMENSALISMO 
 No comensalismo há uma relação harmônica entre as espécies e por 
este motivo não há prejuízo para nenhuma das partes. Um exemplo dessa 
classificação é a relação entre o tubarão e a rêmora (peixe): este peixe 
acompanha de perto o tubarão, alimentando-se dos restos de alimentos 
descartados pelo tubarão. Assim, a rêmora é transportada pelo tubarão 
enquanto alimenta-se dos restos de sua alimentação. Esse processo não 
prejudica nenhuma das partes. 
 
MUTUALISMO 
 No mutualismo existe um tipo de comensalismo onde as duas espécies 
se beneficiam. Veja que interessante: abelhas se alimentam do néctar das 
flores. O néctar é produzido na base das pétalas das flores, cujo o qual é um 
líquido rico em açúcares. Quando as abelhas colhem o néctar, grãos de pólen 
se depositam em seu corpo, esse pólen contém células reprodutoras 
masculinas da planta. Pousando em outra flor, esses insetos deixam cair o 
pólen na parte feminina da planta. As duas células reprodutoras – a masculina 
e a feminina – irão então se unir e dar origem ao embrião (contido dentro da 
semente). Perceba que existe uma relação entre esses insetos e a planta em 
que ambos lucram. 
 
 
PARASITISMO 
 Já o parasitismo acontece quando uma única espécie se beneficia 
trazendo prejuízos ao hospedeiro, como os mosquitos ou vírus da raiva, por 
exemplo. 
 É caracterizado com uma espécie que se instala no corpo de outra, dela 
retirando matéria para a sua nutrição e causando-lhe, em consequência, danos 
cuja gravidade pode ser muito variável, desde pequenos distúrbios até a 
própria morte do indivíduo parasitado. 
 
QUAIS SÃO OS PATÓGENOS QUE PODEM PREJUDICAR A SAÚDE? 
 
 Uma infinidade de microrganismos estão presentes no ambiente e 
podem desencadear uma série de doenças. Quem são esses microrganismos? 
 Bactérias: as bactérias patogênicas de origem humana causam, 
tipicamente, doenças do trato gastrointestinal, como febre tifoide e paratifoide, 
disenteria, diarreia e cólera. As bactérias causam cerca de metade de todas as 
doenças humanas. Por exemplo, mais de 1 milhão de pessoas morrem a cada 
ano de tuberculose pulmonar, causada por Mycobacterium tuberculosis. E 
outros 2 milhões de pessoas morrem anualmente de doenças diarreicas 
causadas por várias bactérias. 
 Algumas doenças bacterianas são transmitidas por outras espécies, 
como pulgas ou carrapatos. As enfermidades de origem alimentar ocorrem 
quando uma pessoa contrai uma doença devido à ingestão de alimentos 
contaminados com microrganismos ou toxinas indesejáveis. Essa condição é 
frequentemente denominada infecção e intoxicação alimentar. 
Os microrganismos geralmente causadores das infecções alimentares 
são: Salmonella sp, Listeria monocytogenes, Campylobacter jejuni, Escherichia 
Coli, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
FUNGOS 
 
 Fungos: estão por toda parte. No ar, nas superfícies e até em nosso 
corpo. Por isso, é inevitável nossa exposição a eles. Mas em condições 
favoráveis, os fungos se desenvolvem. E quando isso acontece no nosso 
organismo, podem dar origem a um processo infeccioso, as chamadas 
micoses. 
Micoses superficiais são aquelas que atingem a parte externa da pele, 
ao redor dos pelos e até as unhas. Uma das mais comuns é a frieira. As unhas 
tambémsão um alvo frequente dos fungos. Esta infecção é chamada de 
onicomicose. 
 
VÍRUS 
 
 
 
AIDS. 
 
PROTOZOÁRIOS 
 
animais, e na maioria das vezes dependem de um hospedeiro para sua 
sobrevivência e reprodução. Por exemplo a doença de Chagas causada pelo 
Tripanosoma Cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro e a malária causada 
pelo Plasmodium sp. e transmitida pelo mosquito Anopheles. 
 
ESPOROS 
Esporos: são células envolvidas por uma parede celular resistente para 
proteção quando existe uma condição de risco, mantendo-a latente até que as 
condições sejam favoráveis e ela volte a sua atividade normal. Em geral, são 
muito resistentes, podendo resistir até mesmo a desinfecções de alto nível. 
 
PERIGOS FRENTE AOS PATÓGENOS 
Muitos microrganismos são considerados como riscos biológicos, dentre 
eles temos os vírus, as bactérias, os parasitas, os protozoários, os fungos e os 
bacilos. O risco biológico está diretamente associado por meio 
do contato direto com o indivíduo, ambiente, ou qualquer material contaminado. 
Os microrganismos mais frequentes são as bactérias. Patógenos que 
necessitam de um meio de transporte para a sua proliferação no ambiente, 
esses transportes são: as mãos, roupas, equipamentos, utensílios e superfícies 
de contato. 
A contaminação biológica nos indivíduos se estabelece de 
forma cutânea ou percutânea, com ou sem lesões, contaminação via aérea 
(respiratória), conjuntiva (pele), oral (ingestão) e via ocular (mucosa 
conjuntival). Existem evidências sobre contaminação em manicures, pedicures, 
podólogos, cabeleireiros e barbeiros em locais como: salões de beleza, 
barbearias, hospitais e instituição para idosos. 
 
ESSE TIPO DE CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA PODE OCORRER POR 
INÚMEROS FATORES: 
Reuso de materiais descartáveis como lâminas; 
Inadequada desinfecção e esterilização de instrumentais e equipamentos; 
Uso incorreto de soluções químicas desinfetantes; 
Falta de assistência no pós-trauma à pele e mucosas; 
Desconhecimento sobre a prevenção através do uso de vacinações; 
Incorreto descarte de materiais cortantes e perfurantes; 
Uso incorreto ou o não uso q ( I’ ); 
Falhas na prevenção de acidentes. 
 
MICROBIOLOGIA DENTRO DA ESTÉTICA: HIGIENIZAÇÃO E 
TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS POR MEIO DAS MÃOS 
 
 As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos, 
sendo a pele um possível reservatório de diversos germes, que podem ser 
transferidos de uma superfície para a outra, pelo contato direto (pele com pele), 
ou indireto, através do contato com objetos e superfície contaminados. A pele 
das mãos hospeda, principalmente, duas populações de microrganismos: 
Os pertencentes à microbiota residente – são constituídos por 
microrganismos de baixa virulência. É mais difícil de ser removida pela 
higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas 
mais internas da pele ligada às camadas mais profunda da pele. Não é 
facilmente removível com a lavagem das mãos. 
 Os pertencentes à microbiota transitória – colonizam a camada mais 
superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela higienização das 
mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando utiliza 
uma solução anti-séptica. Exemplo das bactérias de Gram-negativo, como as 
enterobactérias (Escherichia coli) bactérias não fermentadoras (Pseudomonas 
aeruginosa) além dos fungos. 
 Coloniza as camadas superficiais da pele, sendo adquirida no contato 
com pacientes ou com superfícies contaminadas em proximidade com os 
pacientes. É a mais frequentemente associada a Infecções Hospitalares, sendo 
facilmente removível com a lavagem adequada das mãos. 
A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: Remoção 
da sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da 
pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. 
Prevenção e redução das infecções causadas pela transmissão cruzada. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS USADOS COMO DESINFETANTES (MAIS 
COMUNS E DE FÁCIL ACESSO/CUSTO) 
Água – A água deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos. 
 
 SABÕES 
Sabões – Recomendam-se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao 
menor risco de contaminação do produto. Não tem atividade antimicrobiana. 
Retiram a sujeira, várias substâncias orgânicas e a flora transitória frouxamente 
aderida à pele. 
 
PAPEL TOALHA 
 Papel Toalha – Deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, 
ser esteticamente aceitável e não liberar partículas. 
 
 
 AGENTES ANTI-SÉPTICOS 
 Agentes Anti-sépticos – São substâncias aplicadas à pele para reduzir o 
número de agentes da microbiota transitória e residente. Entres os principais 
antissépticos utilizados para higienização das mãos destacam-se: Álcoois, 
Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan. 
 
IODO 
Iodo: Além do uso como antisséptico pode ser usado na desinfecção de 
vidros, ampolas, metais resistentes à oxidação e bancadas. A formulação pode 
ser de álcool iodado, contendo 0,5 e 1,0 % de iodo livre em álcool etílico de 
77% (v/v), que corresponde a 70% em peso ou iodóforos na concentração de 
30 a 50 mg/L de iodo livre. O (PVPI) Iodopovidona pode ser utilizado na 
assepsia das mãos, regiões para injeção, campos cirúrgicos etc. Não se 
recomenda o uso em mucosas (ex. boca, olhos, ânus etc.). 
 
CLORO 
Cloro: O hipoclorito está indicado para desinfecção e descontaminação 
de superfícies e de artigos plásticos e borracha. Também é utilizado em 
superfícies de áreas como lavanderia, lactário, copa, cozinha, balcões de 
laboratório, banco de sangue, pisos etc. É um agente desinfetante de amplo 
espectro, barato, não tóxico dentro de suas especificações (utilizar 
equipamento de proteção individual como máscara, óculos, luvas e aventais). 
Em sua concentração a 5% com aproximadamente 20 minutos de exposição, 
destrói. 
 
ÁLCOOL 
Álcool: O álcool é amplamente usado como desinfetante, tanto o álcool 
etílico, 70% (p/v), como o isopropílico, 92% (p/v), por terem atividade 
germicida, menor custo e pouca toxicidade, sendo que o álcool etílico tem 
propriedades germicidas superiores ao isopropílico. O seu uso é restrito pela 
falta de atividade esporicida, rápida evaporação e inabilidade em penetrar na 
matéria proteica. É recomendável para desinfecção de nível médio, com tempo 
de exposição de 10 minutos, sendo recomendáveis três aplicações intercaladas 
pela secagem natural. A concentração ideal é da faixa de 60% a 90%. O 
mecanismo de ação do álcool depende de sua concentração. 
 Diferentemente de outros desinfetantes o álcool mais concentrado ou 
absoluto não exerce maior poder de desinfecção. Em concentrações de álcool 
superiores a 50%-70% eles dissolvem membranas lipídicas, desestabilizam a 
tensão da superfície celular, comprometendo a integridade da membrana 
levando as células a lise. Já as concentrações 60% a 70% álcool entra no 
nucleoplasma (meio que contorna o material genético) desnatura proteínas 
através de coagulação, outro fato importante é que o álcool 70% possui maior 
tempo de ação (evapora mais devagar). 
 A água é necessária para a coagulação das proteínas, e, portanto, a 
concentração ideal para a atividade microbicida é de 70% álcool. No entanto, é 
eficaz contra formas vegetativas de muitas bactérias e esporos de fungos. 
 
CLOREXIDINA 
 Clorexidina: O composto clorexidina (Hibiclens, Hibitane) é um complexo 
orgânico contendo cloro e anéis fenólicos. Seu mecanismo de ação ocorre nas 
duas membranas celulares pela diminuição da tensão superficial e da estrutura 
proteica através de desnaturação.Em concentrações moderadoaltas é um 
bactericida para bactérias tanto gram-positivas quanto gramnegativas, porém 
ineficaz contra esporos. Sua ação em fungos e vírus é variável. 
 Clorexidina: O composto clorexidina (Hibiclens, Hibitane) é um complexo 
orgânico contendo cloro e anéis fenólicos. Seu mecanismo de ação ocorre nas 
duas membranas celulares pela diminuição da tensão superficial e da estrutura 
proteica através de desnaturação. 
 Em concentrações moderado a altas é um bactericida para bactérias 
tanto gram-positivas quanto gramnegativas, porém ineficaz contra esporos. 
Sua ação em fungos e vírus é variável. 
 A clorexidina tem vantagens sobre outros antissépticos devido seu 
caráter suave/benigno, baixa toxicidade, ação rápida e baixa absorção tecidual. 
É o antisséptico mais utilizado no controle de Staphylococcus MRSA 
(cepasbacterianas resistentes a antibióticos) em hospitais. Dentre as suas 
principais aplicações, destacam-se: degermação das mãos eantebraço da 
equipe; preparo da pele (pré-operatório e procedimentos invasivos); lavagem 
simples das mãos. 
 
 
 
 
 
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas 
superficiais da pele, assim como, o suor, a oleosidade e as células mortas, 
retirando a sujidade que propiciam a permanência e a proliferação de 
microrganismos. 
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. 
A simples limpeza das mãos de forma correta, pode prevenir uma série de 
contaminações, seja ela por fungos ou bactérias. 
A higienização tem como objetivo eliminar as mãos da sujeira, removendo 
bactérias, transitórias e residentes, como também, células descamativas, pelos, 
suor, oleosidade da pele, e deve ser feita antes e depois de atender cada 
cliente. 
PASSO A PASSO: LAVAGEM DAS MÃOS 
1. Molhar as mãos com água 
 
2. Aplique na palma das mãos a quantidade suficiente de sabão líquido 
para cobrir todas as superfícies das mãos 
 
3. Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si 
 
4. Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, 
entrelaçando os dedos e vice-versa 
 
5. Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais 
 
6. Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, 
segurando com os dedos, com movimentos de vai-e-vem e vice-versa 
 
7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão direita, 
utilizando-se do movimento circular e vice e versa 
 
8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda, fazendo 
movimentos circulares e vice-versa. 
 
9. Enxague bem as mãos com água 
 
10. Seque as mãos com papel toalha descartável 
 
 
 
 
 
 
RISCOS QUE SÃO OBSERVADOS NAS CLÍNICAS DE ESTÉTICA 
 
 
Os riscos principais ligados a microbiologia dentro da estética são riscos 
biológicos, bioquímicos e químicos, físico-acidentais e ergonômicos. 
RISCOS BIOLÓGICOS 
Este risco está associado a qualquer tipo de ser vivo que possa 
apresentar algum tipo de ameaça: Bactérias, Leveduras, Fungos, Parasitas e 
também outros seres humanos. A transmissão desses patógenos podem ser 
realizadas pelos materiais utilizados pelos profissionais como alicates, 
espátulas, escovas, máscaras, luvas, touca, entre outros utensílios. 
 
RISCOS BIOQUÍMICOS E QUÍMICOS 
Este tipo de risco é quando se envolve algum perigo ao manusear 
materiais químicos que podem causar danos físicos ou prejudicar a saúde, 
podemos dizer que substâncias tóxicas se encaixam nessa categoria. Exemplo: 
tintas de cabelo, produtos de limpeza, emulsões, ou algum outro tipo de 
substancia. Os riscos químicos são gases, vapores que podem entrar em 
contato com o organismo principalmente por vias áreas. 
 
RISCOS FÍSICO-ACIDENTAIS 
Nessa classificação entram os riscos com equipamentos, máquinas 
usadas pelo profissional de estética, e também a infraestrutura e instalação da 
clínica. Entra-se nessa categoria temperaturas excessivas, vibrações, 
radiações, umidade, eletricidade e incêndio. 
 
RISCOS ERGONÔMICOS 
Nesse risco estão o esforço físico, postura inadequada durante 
procedimentos, situação de estresse e monotonia/repetitividade. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS EXIGIDOS PARA GARANTIR UM AMBIENTE 
LIVRE DE CONTAMINAÇÕES 
É importante salientar que em ambiente coletivo onde há contato com 
diversas pessoas de origem e costumes diversificados, é necessário adotar 
procedimentos de higienização diferentes dos comumente utilizados em 
ambientes domésticos. 
Segundo o decreto no 23.915 da Covisa (Vigilância Sanitária Municipal), 
os profissionais de beleza devem seguir as seguintes normas sanitárias: 
Possuir paredes e pisos lisos e impermeáveis para não acumular 
microrganismos, poeira ou resquícios de secreções; 
Deve ter: lixeira de pedal com saco plástico para descarte de material 
contaminado, lavatório com sabonete líquido e papel toalha; 
 Maca com superfície lisa ou lavável, forrada de lençol TNT ou papel 
branco (resistente); 
Todos descartáveis devem ser trocados a cada cliente; 
Mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e lavável, para acomodar 
bandeja forrada com papel toalha para os materiais de uso; 
Touca e faixas devem ser descartáveis; 
Utilizar instrumentos esterilizados ou descartáveis; 
Na cabine de estética ou na clínica, a esteticista deve estar atenta para 
higienização de materiais. 
Os profissionais de estética devem adotar este procedimento 
como um hábito e seguir as recomendações corretamente. 
Alguns pontos devem ser cuidados em relação aos produtos de 
higienização. Por exemplo, o sabonete em barra, ao formar rachaduras, pode 
abrigar muitas bactérias. A água que se acumula na saboneteira, somada aos 
restos que se dissolveram, também é criadouro para os microrganismos, pois 
esse tipo de sabão não contém álcool em sua formulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMPEZA DE MATERIAIS LIGADOS A MICROBIOLOGIA DENTRO DA 
ESTÉTICA 
 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
Os EPIs são “ 
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a 
 ú ” Ou seja, equipamentos fundamentais para a 
proteção dos trabalhadores perante os riscos de uma atividade ou local de 
trabalho. 
OS PRINCIPAIS EPIS PARA ESTÉTICA SÃO: 
• Luvas de Segurança; 
• Óculos de Proteção; 
• Calçado de Segurança. 
Além destes produtos, outros itens são fundamentais e, mesmo não sendo 
considerados EPIs, também são importantes para a proteção do trabalhador. 
Alguns exemplos são: 
• Jaleco; 
• Touca; 
• Máscara Cirúrgica; 
• Avental; 
LUVA DESCARTÁVEL DE SEGURANÇA 
Esteticistas estão sujeitos à exposição direta ou indireta a sangue, 
secreções, excreções ou objetos visivelmente contaminados com fluidos 
corporais dos clientes. Esse tipo de contato pode causar contaminações 
indesejadas e, por isso, o uso de Luvas de Segurança pode ser fundamental 
para evitar qualquer problema futuro. 
É importante lembrar que as luvas deverão ser utilizadas em todos os 
procedimentos e ser descartadas ao final de cada um deles, pois são de uso 
único. 
ÓCULOS DE SEGURANÇA 
O Óculos de Segurança é um dos EPIs para Estética e deverá ser 
utilizado pelo profissional que está exposto a partículas volantes, por exemplo. 
Protegem os olhos do usuário evitando respingos que podem causar irritação 
ou até mesmo uma contaminação. 
Além disso, podem ser usados para proteger os clientes, também, contra 
raios infravermelhos ou luminosidade intensa de algum aparelho. 
 
SAPATOS FECHADOS 
Eles são imprescindíveis porque sua utilização recobre toda a superfície do 
pé para evitar que você possa ter algum acidente com vidrarias ou 
perfurocortantes; 
• OBS: NÃO UTILIZAR SAPATOS ABERTOS. 
 
JALECO 
Geralmente o mais utilizado é o Jaleco Branco de mangas longas. Os 
jalecos de tecidos devem ser lavados e trocados diariamente, sendo utilizados 
somente nos espaços de atendimentoe contato com o cliente. 
 
TOUCA 
A utilização da touca pelo profissional da estética previne a 
contaminação cruzada de micro-organismos presentes no cabelo. Além disso, 
também protege contra a queda de cabelo do profissional durante as 
atividades. 
MÁSCARAS 
Muitas vezes nas clínicas estéticas possuem ambientes onde há muito 
vapor e gases químicos devido aos procedimentos ali realizados. Nesses 
casos, é recomendado o uso de máscaras para proteção das vias aéreas do 
usuário. 
Além disso, as máscaras também protegem o cliente de qualquer 
gotícula que saia da boca do trabalhador enquanto realiza um procedimento, 
por exemplo. Lembre-se que as máscaras são descartáveis e, portanto, devem 
ser descartadas ou trocadas a cada 2 horas. 
 
LEMBRETE 
Os profissionais que atuam na área de estética devem fazer o uso de 
equipamentos de proteção individual durante procedimentos de limpeza de 
pele, aplicação de produtos químicos, massagens e procedimentos similares, 
pois os mesmos podem entrar em contato com micro-organismos patógenos 
nas mãos, roupas, cabelos e equipamentos, prejudicando assim ambos. 
 
IMUNOLOGIA 
Conceito: Estuda o antígeno, os anticorpos e as funções de defesa do 
hospedeiro, em particular quando estas estão relacionada a imunidade e 
doenças, reações biológicas de hipersensibilidade alérgica e rejeição a tecido 
estranhos. 
Inflamação: reação do organismo. 
Infecção: Implantação, multiplicação e crescimento de seres inferiores em 
organismo especializado. As relações desses seres com o hospedeiro podem 
ser dentre outras: Parasitismo: Existe prejuízo para o hospedeiro, pois eles 
perdem nutrientes e não recebem nada em troca. 
 
ALERGIAS 
Os sintomas da alergia podem variar segundo o seu tipo, todavia, nós 
podemos distinguir sintomas leves, moderados e graves. Se um sintoma for 
classificado como leve, a pessoa pode se automedicar (peça conselhos ao seu 
farmacêutico), o que não é o caso dos sintomas moderados e, sobretudo dos 
graves, que necessitam de uma consulta médica. 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A GRAVIDADE DOS SINTOMAS DA 
ALERGIA: 
Leve: os sintomas leves são aqueles que afetam um local específico do 
organismo, por exemplo, um edema leve, um nariz congestionado (devido a 
uma rinite alérgica, por exemplo), olhos avermelhados. Estas reações não 
“ ” 
Moderado: os sintomas moderados são aqueles que podem se propagar a 
outras partes do corpo. Por exemplo, uma coceira geral ou dificuldades 
respiratórias (asma). 
Grave: os sintomas graves podeM provocar uma queda de pressão muito 
forte e pode levar a uma perda da consciência. Isto necessita de uma consulta 
médica urgente! Para tratar os sintomas e evitar que isso se reproduza 
(prevenção). 
 
 
QUEM TEM ALERGIA PODE FAZER LIMPEZA DE PELE? 
Antes de se fazer a limpeza, é necessária uma avaliação prévia da 
condição da pele da pessoa, porque nem sempre existe indicação. A pele é um 
órgão muito complexo e caso esteja com lesões, como alergias ou acne 
externas, a limpeza não pode ser realizada. 
Se você fizer a limpeza em uma pele muito lesionada, a dor vai ser muito 
grande e o resultado não vai ser o melhor. Outro detalhe é quanto à 
associação de produtos durante a limpeza. Isso pode gerar processos alérgicos 
sérios, que deixam manchar no rosto. 
 
PORQUE LIMPAR A PELE? 
A Limpeza de pele deve ser feita porque a pele se renova a cada 28 dias e 
a camada de células mortas permanece dando aspecto de uma pele mais 
grossa, oleosa e desidratada. 
Os objetivos desse tratamento são a eliminação de impurezas, 
desobstrução dos poros, retiradas de células mortas e o não surgimento de 
cravos e espinhas. Para isso, o especialista usa sabonete, vapor, produtos 
cicatrizantes, anti-sépticos, máscaras, calmantes e protetor solar para finalizar. 
Em cada tipo de pele são usados produtos próprios e é comum o 
aparecimento de pequenas manchas vermelhas durante dois ou três dias após 
o procedimento. 
Espinhas também são normais, porque a limpeza mexe com as glândulas. 
A periodicidade do tratamento depende do tipo de pele do individuo. 
Peles oleosas necessitam de uma limpeza mensal, enquanto as normais, 
secas e mistas, podem esperar três meses para um próxima sessão. Feita a 
limpeza na clínica especializada, é preciso que a pessoa faça a manutenção do 
tratamento em casa. Isso em envolver cuidados específicos para cada tipo de 
pele para não sofrer reações. 
As oleosas, por exemplo, devem ser lavadas duas vezes ao dias com 
sabonetes neutros e jamais devem ser expostas a cremes. Todos os produtos 
para esse tipo de pele, inclusive os filtros solares, devem ser a base de gel. 
Para as peles secas e normais, está proibido o uso de sabonetes porque 
retiram a oleosidade, mas as substâncias cremosas estão liberadas, desde que 
sob orientação. Para as peles mistas, nem creme, nem gel; existe um produto 
chamado gel-creme que é o mais indicado para esse tipo de pele. 
 
DOENÇAS ADQUIRIDAS EM CLÍNICAS DE ESTÉTICA 
Entre os diversos micro-organismos causadores de doenças, estão: 
Hepatite A, B e C (transmitidas pelo sangue, secreções, lágrimas e suor), 
Herpes Labial e Genital (uso de equipamentos em outro cliente contaminado 
sem devida esterilização e limpeza), Gripes (incluindo a H1N1), Tuberculose 
(por isso é importante o uso de máscaras do profissional), Micoses (oriundas 
de equipamentos compartilhados) e a AIDS (em contato com agulhas 
contaminadas). 
A contaminação pode ocorrer pela via direta ou indireta, a via direta se 
baseia na transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou 
vetores. Exemplos: transmissão aérea por bioaerossóis, transmissão por 
gotículas, contato com a mucosa dos olhos e via cutânea. Via Indireta – 
transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores. Exemplos: 
transmissão por meio de mãos, como em perfurocortantes, luvas, roupas, 
instrumentos, vetores, água, alimentos e superfícies. 
 
O PAPEL DA ANVISA 
No Brasil, diversos profissionais ligados à área de saúde estética, como 
esteticistas, manicures, pedólogos, cabeleireiros precisam seguir regras e 
normas estipuladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para 
obter o Alvará Sanitário, sem o qual o estabelecimento não pode funcionar. 
Existe a necessidade de cumprir essas regras. 
A esterilização de materiais usados, o tamanho adequado do local de 
trabalho, o que pode e o que não pode estar nesse ambiente de trabalho, as 
boas condições físico-estruturais, o local dos equipamentos para evitar a 
contaminação cruzada e as boas práticas dos profissionais da área. O papel 
da Anvisa é o de fiscalizar e fazer cumprir essas regras, podendo a empresa 
ser inspecionada sem prévio aviso. 
A esterilização deve ser realizada em um local exclusivo ou na área de 
procedimento de modo a facilitar a remoção completa de riscos frente a 
contaminações. Antes da esterilização é preciso a higienização de 
equipamentos que sejam de metais ou não. Ela também pode ser feita com 
equipamentos específicos para este fim, como as autoclaves.

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