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Biossegurança em odontologia

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BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA, TERMOLOGIAS, TIPOS DE INFECÇÃO E TRANSMIÇÃO, 
PROTOCOLO E PREUCAÇÕES: 
- Biossegurança é a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, 
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, 
animal e o meio ambiente; 
- A biossegurança na Odontologia é um conjunto de medidas, na qual a finalidade é proteger a equipe e os 
pacientes em um ambiente clínico; 
- Saúde é o bem-estar físico, mental, social. O cirurgião-dentista trata pessoas, então deve ter conhecimentos 
além da cavidade bucal; 
- A Equipe de Saúde Bucal está exposta a vários MO veiculados pelo sangue saliva, estes podem albergar 
agentes etiológicos de doenças infecciosas, mesmo sem apresentar sintomas (podendo transmitir COVID-19, 
tuberculose, influenza, HIV, sífilis, rubéola, sarampo, meningite, hepatite B e C, e etc); 
- Controle de infecção = recursos materiais e protocolos que agrupam recomendações para prevenção, 
vigilância, diagnóstico e tratamento. 
 
TERMOS: 
 ANTISSEPSIA: 
Controle da infecção a partir do uso de substancias biocidas de uso na pele ou mucosa; 
-> Tenta diminuir o número de MO, com degermantes, detergentes na higienização das mãos, 
clorexidinas. 
 ASSEPSIA: 
Conjunto de métodos para impedir que determinado local, superfície, equipamento\instrumental seja 
contaminado; 
-> Álcool na cadeira, no equipo, na bancada, hipoclorito na cuspideira. 
 
 ARTIGOS: 
Instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de contaminação; 
-> Hoje se tem o uso único (descartáveis), como lâmina de bisturi, agulha, sugador, luvas. 
*DENTRO DESSES ARTIGOS TEMOS: 
 1- ARTIGOS CRÍTICOS: 
Penetram através da pele e de mucosas adjacentes, atingindo tecidos subepiteliais e sistema vascular. Inclui 
artigos como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico, 
brocas e outros; 
-> Exemplo: procedimentos cirúrgicos, onde utiliza agulha para anestesia e etc, estes entram em contato com 
secreções, tecidos. 
-> Requer esterilização ou uso único (descartável), para diminuir ou eliminar esses MO. 
 
2- ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS: 
Entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, 
espátulas de inserção de resinas, e etc. 
-> Exige desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização (optar por esterilização). 
 
3- ARTIGOS NÃO CRÍTICOS: 
Entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente, como refletor, cadeiras, piso e mobiliário em 
geral. 
-> Exige limpeza e desinfecção de atividade biocida intermediária. 
 
 BARREIRAS: 
Todo meio físico que pode ser utilizado para impedir ou dificultar o carreamento de agentes patogênicos 
de um indivíduo para o outro; 
-> Exemplo: saquinho de sacolé na alça do refletor, canudo na ponta da seringa tríplice, filme de PVC 
para empacotar a cadeira, avental utilizado. 
 
 CONTAMINAÇÃO CRUZADA: 
Transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e equipe no ambiente clínico; 
-> Exemplo: Foi moldado paciente para prótese, pediu-se que vazasse o gesso e não foi feito 
desinfecção, apenas colocado no saquinho. Paciente era assintomático e positivo para o COVID-19, na 
moldagem continha fluidos e MO do vírus estavam lá, então as pessoas do laboratório, ao vazar o gesso 
sem o uso dos EPIs, o motoboy e seus parentes foram contaminados pelo vírus. 
 
 DESCONTAMINAÇÃO: 
Método de eliminação parcial ou total de MO dos artigos e superfícies (pode fazer uso por desinfecção 
ou esterilização). 
 
 DESINFECÇÃO: 
Processo físico-químico que elimina formas vegetativas de MO (exceto os esporulados e algumas 
microbacterias); 
Vai de baixo, médio a alto nível. 
 
 ESTERELIZAÇÃO: 
Processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive as que a desinfecção não atinge; 
mediante aplicações de agentes físicos e/ou químicos. 
-> Mas nem tudo se consegue esterilizar. 
 
 LIMPEZA: 
Remoção mecânica ou química da sujidade, visando a remoção de resíduos orgânicos, realizada antes da 
desinfecção e esterilização. 
 
 MONITORAÇÃO: 
Controle periódico de eficiência do processo, garantindo que as especificações validadas para os 
processos estejam no padrão estabelecido; a inspeção é um dos processos (seca, desarticula se der e 
visualiza) 
-> Exemplo: verificar se a autoclave funciona e se está sendo eficaz. 
 
 JANELA IMUNOLÓGICA: 
Período que o organismo após contágio, produz anticorpos. O período é relativo, por exemplo, no caso 
do COVID-19, depende do que o organismo está apresentando, depende de quanto tempo o MO está 
circulando no organismo e a quanto tempo está tentando combatê-lo. 
Por conta da janela imunológica, pode dar falso positivo ou negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADEIA DE INFECÇÃO: 
- Infecção é o ato ou efeito de um microrganismo corromper ou contaminar um organismo superior, 
desencadeando um conjunto de fenômenos biológicos no organismo agredido, com liberação de toxinas, 
acarretando uma série de reações locais e generalizadas de natureza imunológica e inflamatória em diversos 
níveis; 
- As infecções podem ser superficiais, profundas, localizadas ou generalizadas (depende da carga viral, 
número de MO que contaminaram, estado imunológico do paciente e etc). Várias são suas causas e ela pode 
ser principalmente de natureza viral, bacteriana e micótica (fungos). 
 
- ELOS DA CADEIA DE INFECÇÃO: deve quebrar um dos elos, para que a transmissão entre eles quebre 
– controle da infecção –> cada elo é uma condição para a infecção estar presente; 
 • Virulência: se refere ao grau de patogenicidade ou à força que esse microrganismo apresenta em sua 
habilidade de causar doença; 
 • Número: um número suficientemente elevado de microrganismos patogênicos deve estar presente para 
sobrecarregar as defesas do organismo a ser invadido (média virulência e grande quantidade dele = maior 
número de agentes invasores – esse número pode ser suficiente para causar infecção de maior proporção). O 
número de patógenos pode estar relacionado diretamente à quantidade de biocarga presente (materiais 
orgânicos – saliva, sangue, pus); 
 • Hospedeiro suscetível: trata-se de um indivíduo incapaz de resistir à infecção por um patógeno específico; 
 • Porta de entrada: para causa infecção os microrganismos patógenos devem ter uma porta de entrada ou um 
meio de entrar no corpo (ex: mão nos objetos e rosto em seguida); patógeno pode vir pelo ar, pelos furos 
perfurocortantes, etc. 
 
TIPOS DE INFECÇÃO: 
1- INFECÇÃO AGUDA: 
Sintomas graves e geralmente surgem após a infecção inicial ocorrer. São de curta duração. 
-> Em uma gripe, o mecanismo de defesa elimina o vírus em 2 a 3 semanas 
 
2- INFECÇÃO CRÔNICA: 
O MO encontra-se presente em um longo período e algumas vezes podem permanecer no corpo durante toda 
a vida. 
-> O indivíduo pode ser assintomático e portador da doença (como no vírus da HCV ou HIV) – descobre na 
baixa da imunidade. 
 
3- INFECÇÃO LATENTE: 
Infecção persistente, causa lesão primária. Depois continua latente, até que condições como doença, febre e 
estresse, deixa o vírus procurar a superfície e se torna detectável por um curto período de tempo e causa 
outra erupção no local. 
 
4- INFECÇÃO OPORTUNISTA: 
Geralmente causadas por MO não patogênicos e ocorre em pessoas com baixa imunidade; 
-> Exemplo: pessoas se recuperando da gripe, pode desenvolver pneumonia; 
–> Comum em pacientes com doença autoimune, diabéticos e idosos. 
 
TIPOS DE TRANSMISSÃO: 
1- TRANSMISSÃO DIRETA: 
Ocorre por contato de pessoa a pessoa. 
-> Exemplo: hepatite, herpes, HIV e tuberculose: disseminadas por contato direto por via aérea ou vias 
sem proteção. 
2- TRANSMISSÃO INDIRETA: 
 Os MO são transmitidos inicialmente a objetos ou superfícies, então outra pessoa toca lá. 
 -> Exemplo: contamina ficha clínica com luvas, posteriormente, essa ficha é manuseadapela secretária 
sem luvas. 
 -> Higienização das mãos é imprescindível. 
 
3- INFECÇÃO CRUZADA: 
É a transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e equipe, podendo resultar do contato de pessoa a 
pessoa, ou contato com objetos contaminados. Transferência de microrganismos , tendo em vista ASB, 
paciente, dentista e equipamentos, nota-se que é um ciclo , um podendo contaminar o outro e sabendo de 
todos os microrganismos no corpo, ambiente e etc, deve ter uma rotina para que essa infecção cruzada 
diminua, uma vez que cada paciente terá uma carga de MO diferentes. 
 Veículos: 
 1: Secreções orais, podendo contaminar o profissional e o ambiente; 
2: Transmissão pelo sangue; 
3: Transmissão por instrumental contaminado. 
Vias de transmissão: 
Inalação (transmissão aérea), inoculação (membranas, mucosas ou rupturas na pele) e ingestão. 
 
4- TRANSMISSÃO POR VIA AÉREA: 
É a infecção por gotículas, trata-se da propagação de doenças através de gotículas de umidade que 
contém bactérias ou vírus. A maior parte das doenças respiratórias contagiosas é causada por patógenos 
que são transportados em gotículas de umidade. Alguns deles são transportados por longas distâncias 
através do ar e sistemas de ventilação. É um transmissão que pode ocorrer também através de tosse ou 
espirro. 
 • Aerossol, Spray e Respingo - São produzidos durante o tratamento odontológico e podem conter 
sangue, saliva e secreções nasofaríngeas (nasais). A diferença entre eles é o tamanho das partículas. 
 
5- TRANSMISSÃO PARENTERAL: 
Através da pele, como em cortes ou perfurações. 
 
6- TRANSMISSÃO POR VIA SANGUÍNEA: 
Ocorre por contato direto ou indireto com sangue e outros fluidos corporais. A saliva é uma preocupação 
especial durante o tratamento odontológico porque muitas vezes está contaminada com sangue. 
Lembrando que embora o sangue não possa ser visto na saliva, ainda pode estar presente. 
• Os microrganismos mais comuns transmissíveis pelo sangue de interesse odontológico são o HCV, 
HVB e HIV. 
 
7- TRANSMISSÃO POR ALIMENTOS E ÁGUA: 
Alimentos contaminados que não foram cozidos ou refrigerados adequadamente podem transmitir 
doenças, bem como através da água contaminada por material fecal humano ou animal. 
 
 
 
8- TRANSMISSÃO FECAL-ORAL: 
 Muitos patógenos estão presentes na matéria fecal. É de extrema importância que procedimentos 
adequados de saneamento, como a higiene de mãos sejam executados após a utilização de sanitários, 
pois através das mãos patógenos como o vírus da Hepatite A pode ser transmitido facilmente através da 
contaminação de alimentos e superfícies compartilhadas com demais pessoas. 
 
PROTOCOLO GERAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO ODONTOLÓGICA: 
- Etapas: 
1- Precauções padrão (higienização das mãos, uso dos EPIs, imunização e conduta pós-exposição com 
material biológico); 
2- Desinfecção; 
3- Barreiras físicas; 
4- Radioproteção; 
5- Central de esterilização; 
6- Descarte. 
 
 PRECAUÇÕES PADRÕES: 
1- HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: 
• É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções 
relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por 
“higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento; 
 • A simples prática de lavagem das mãos com água e sabão líquido é capaz de reduzir em até 80% as 
infecções cruzadas. A degermação das mãos é capaz de remover boa parte da sua microflora; 
 
 O termo HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS engloba: 
• Higienização simples 
• Higienização antisséptica 
 • Fricção antisséptica 
• Antissepsia cirúrgica 
 
 Finalidades: 
• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo 
a transmissão de infecções veiculadas ao contato; 
 • Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. 
 
 Solução utilizada na higienização simples: 
• Sabões – com ação detergente (tensoativa), possibilitando que a água remova sujidade, detritos, impurezas 
da pele e microrganismos viáveis, não colonizados; 
• São substâncias que agem por ação mecânica e não têm atividade bactericida e/ou residual, cuja 
capacidade de limpeza varia em função da matéria-prima utilizada em sua fabricação. 
-> Utiliza-se de forma constante nos procedimentos. 
 
Microbiota das mãos: 
 • Microbiota transitória - constituída por contaminantes recentes adquiridos do ambiente e que ficam na 
pele por períodos limitados. A população microbiana é extremamente variável, compreendendo tanto 
microrganismos virulentos, como saprófitas. As bactérias potencialmente patogênicas estão virtualmente 
todas na superfície cutânea. A maioria desses microrganismos é facilmente removida, quer porque os 
microrganismos não sobrevivem, quer porque são retirados através da lavagem, juntamente com a sujidade. 
• Microbiota indígena - constituída pelos microrganismos residentes na pele, ou seja, que sobrevivem e se 
multiplicam na pele e podem ser repetidamente cultivados. São microrganismos como o S.epidermidis, 
micrococos e difteróides. Além desses microrganismos encontrados nas camadas mais superiores, há um 
reservatório de bactérias escondidas profundamente na pele. A microbiota residente superficial sai, com as 
lavagens, em quantidades regulares, enquanto as situadas profundamente, começam a aparecer nas lavagens, 
em número apreciável, apenas depois de minutos de fricção. 
 
Lembretes técnicos: 
• A lavagem de mãos é obrigatória para todos os componentes da equipe de saúde bucal; 
 • O lavatório deve contar com: dispositivo que dispense o contato de mãos com o volante da torneira ou do 
registro quando do fechamento da água, toalhas de papel descartáveis ou compressas estéreis e sabonete 
líquido; 
• A limpeza e/ou descontaminação de artigos não deve ser realizada no mesmo lavatório para lavagem de 
mãos; 
• O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos; 
 • Mantenha as unhas tão curtas quanto possível e remova todos os adornos antes da lavagem das mãos; 
 • Utilize técnicas que tratem todas as partes da mão igualmente. 
 
Quando realizar: 
 • No início do dia; 
 • Antes e após o atendimento do paciente; 
 • Antes de calçar as luvas e após removê-las; 
 • Após tocar qualquer instrumento ou superfície contaminada; 
 • Antes e após utilizar o banheiro; 
 • Após tossir, espirrar ou assoar o nariz; 
 • Ao término do dia de trabalho. 
 
Técnica: 
 • Remover anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitinhas etc; 
 • Abrir a torneira com a mão dominante sem encostar-se na pia; 
• Umedecer as mãos e pulsos em água corrente; 
• Dispensar sabão líquido suficiente para cobrir mãos e pulsos; 
• Aplicar de 3 a 5ml de sabão líquido nas mãos; 
 • Ensaboar as mãos, formando espuma por fricção durante 15 a 30s. Limpar sob as unhas; 
 • Esfregar o sabão em todas as áreas, com ênfase particular nas áreas ao redor das unhas e entre os dedos, 
por um mínimo de 15 segundos antes de enxaguar com água fria. Dar atenção especial à mão não 
dominante, para certificar-se de que ambas as mãos fiquem igualmente limpas. 
• Obedecer a sequência: palmas das mãos; dorso das mãos; espaços entre os dedos; polegar; articulações; 
unhas e extremidades dos dedos e punhos. 
 • Enxaguar, deixando a água penetrar nas unhas e nos espaços interdigitais. Retirar toda espuma e resíduos 
de sabão, evitando respingos de água na roupa e no piso. 
• Secar completamente as mãos, utilizando toalhas de papel descartáveis. 
 • Descartar o papel toalha na lixeira. 
 
2- ANTISSEPSIA DAS MÃOS: 
• É o processo utilizado para destruir ou remover microrganismos das mãos, utilizando antissépticos. 
Realizada antes de procedimentos cirúrgicos e de procedimentos de risco, utiliza antissépticos com 
detergente ou a lavagem com água e sabão, seguida de antisséptico. 
 • Antisséptico – são formulações bactericidas (com boa ação tuberculicida, sendo ativos para gram-
positivos e gram-negativos,incluindo a microbiota da pele), fungicidas e virucidas (para alguns vírus 
encapsulados (HIV), exceto o vírus da raiva e o vírus da hepatite B, no qual são necessários concentrações 
superiores a 80% para sua inativação) e não são esporicidas. 
• SOLUÇÕES UTILIZADAS- sabão degermante • Solução de digluconato de clorexidina a 2% ou 4% 
(detergente); 
 • Solução de PVPI 10%, com 1% de iodo ativo, com detergente; 
 • Solução de álcool etílico 70%, contendo 2% de glicerina. 
 
 É o processo usado para: 
• Eliminar a microbiota transitória; 
• Controlar a microbiota residente; 
 • Manter efeito residual por 2 a 6 horas. 
 
• O preparo cirúrgico ou degermação cirúrgica das mãos e antebraços deve ser realizado antes de cirurgias e 
procedimentos invasivos (procedimentos críticos). 
• O tempo necessário para realizar o preparo cirúrgico varia com o tamanho da superfície; porém, para efeito 
de padronização, recomenda-se um período de 5 minutos. 
• A escovação visa remover microrganismos e sujidades de locais de difícil acesso, como pregas cutâneas e 
unhas. Deve-se restringir a estes, pelo risco de causar lesões de pele que favoreçam a proliferação 
microbiana. 
• As escovas devem ser de cerdas macias, descartáveis ou devidamente esterilizadas. 
• Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante o procedimento, elas deverão ser removidas 
imediatamente e as mãos rigorosamente lavadas, e novamente enluvadas, antes de completar o 
procedimento. 
• Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o desaparecimento das lesões, de 
cuidar de clientes e de manipular instrumentos e aparelhos potencialmente contaminados. Contudo, em 
casos especiais estes devem ser cobertos com curativos antes do calçamento das luvas. 
• As superfícies das bancadas de trabalho são limpas e descontaminadas com hipoclorito a 2% ou álcool a 
70%, antes e após os trabalhos e sempre após algum respingo ou derramamento, sobretudo no caso de 
material biológico potencialmente contaminado e substâncias químicas. 
 • A aplicação do álcool após o uso de clorexidina ou da PVP-I anula o efeito residual desses produtos, 
devendo, portanto, ser evitada. 
 
Técnica: 
• Retirar jóias das mãos e antebraços; 
 • Prender os cabelos e posicionar corretamente a máscara; 
 • Abrir a torneira para molhar as mãos, antebraços e cotovelos sem usar as mãos; 
• Colocar solução detergente antisséptica, espalhando-a nas mãos e antebraços e lavar as mãos e antebraços 
com solução degermante. Enxaguar; 
• Escovar as unhas, dedos, mãos e antebraços por 5min., mantendo as mãos em altura superior ao cotovelo; • 
Enxaguar abundantemente as mãos/antebraços com água corrente, deixando escorrer das mãos para os 
cotovelos; 
 • Secar as mãos e antebraços com compressa estéril; 
• Vestir avental e luvas estéreis. 
 
 
Orientações: 
 • Limpar sob as unhas. As unhas são áreas comuns para impacção de sangue e este sangue não é facilmente 
removido pelas técnicas de lavagem das mãos. Portanto, devem ser mantidas curtas e palitos de plástico ou 
de madeira podem ser utilizados para limpálas. 
 • Em presença de lesões exsudativas ou dermatite úmida em qualquer área da pele exposta, evitar o contato 
com pacientes e o manejo de qualquer equipamento usado para o tratamento, até a resolução do problema. • 
As mãos devem sempre ser secas completamente. A secagem adequada pode ser o primeiro passo na 
prevenção de irritações na pele. 
• Escolher produto com pH semelhante ao da pele. Em pH 5,5-6,5, a camada córnea é um material forte, 
impermeável e liso. 
 • Proteger os cortes ou abrasões nas mãos ou antebraços com curativo impermeável antes do trabalho em 
consultório. 
• Utilizar hidratantes ao final das atividades diárias. 
 • Embora todos saibam da importância da higienização das mãos no controle de infecções, ainda é baixa a 
adesão das equipes à prática, tão antiga e, ao mesmo tempo, atual. 
 
3- IMUNIZAÇÃO: 
• Vacinas – são substâncias (proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias 
inteiras, atenuadas ou mortas) que, quando administradas, despertam o sistema de defesa para produzir 
anticorpos específicos, evitando que o indivíduo adquira doenças. 
• As imunizações reduzem o risco de infecção e, por conseguinte, protegem, não apenas a saúde dos 
componentes da equipe, mas também a de seus clientes e familiares. 
 • Caso tenha ocorrido o retardo na aplicação de uma vacina, não há necessidade de recomeçar a série 
inteira; nesse caso, a dose atrasada deverá ser aplicada na primeira oportunidade. Nas situações de incerteza 
quanto ao status vacinal, deve-se sempre considerar o indivíduo como susceptível. 
 
Principais vacinas para proteção do CD, AB e TSB: 
 • Hepatite B 
-> É administrada em três doses, com esquema zero, 01 mês e 06 meses. Via intramuscular. É 
indicado fazer o Anti-HBs até 02 meses após terceira dose para documentar a viragem sorológica 
para ratificar a imunidade para Hepatite B. 
• Tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola– MMR) 
-> É administrada em duas doses. Caso somente uma dose no adulto faz a segunda dose (reforço). É 
contraindicada na gestação e recomenda-se evitar gestação até um mês após receber a vacina. 
Contraindicada para indivíduos alérgicos a ovo e neomicina. 
 • Dupla adulto (difteria e tétano) 
-> É administrada em três doses, com intervalo de 2 meses entre cada uma, e uma de reforço a cada 
10 anos. Via intramuscular. A escolha para gestantes é a DTP-a (difteria, tétano e coqueluche). 
• Influenza 
-> Dose única anualmente, via intramuscular. Contraindicada pAra indivíduos alérgicos a ovo. 
• Varicela 
 • Tuberculose (BCG) 
• Hepatite A 
• Meningocóccica B, C e ACWY

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