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Animais Selvagens (Aula 10) Mamíferos Principais Aspectos Biológicos e Patológicos (Ordem Carnívora, Familias Canidae, Felidae, Mustelidae e Procyonidae) (1) (1)

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DISCIPLINA: ANIMAIS SELVAGENS
2022/1
Prof. Eduardo Burgarelli Mayrink Cardoso 
Graduação em Medicina Veterinária – Universidade Federal Fluminense (2019)
Residência em Clínica e Cirurgia de Animais Selvagens – UNESP campus de Botucatu (2022)
Pós-graduação em Neurologia Veterinária – Instituto Bioethicus (em andamento)
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• Família Canidae
Cerdocyon thous
Speothos venaticus
Lycalopex vetulus Lycalopex gymnocercus
Chrysocyon brachyurus
Canis lupus
Atelocynus microtis
Vulpes lagopusLycaon pictus
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MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• Família Canidae
• Ampla distribuição geográfica; 
• Anatomia similar a do cão doméstico;
• Peso varia entre 2 e 40 kg; 
• Fórmula dentária típica dos canídeos: I 3/3, C 1/1, P 4/4 e M 3/3, com algumas variações; 
• Dentes caninos são longos, proeminentes e pontiagudos; 
• Molares adaptados para mastigação, sendo o primeiro molar inferior e o terceiro pré-molar superior 
adaptados para rasgar; 
• Normalmente apresentam rosto longo e são adaptados para locomoção cursorial; 
• Andam sobre seus dedos; 
• Normalmente apresentam cinco dedos nas patas dos membros torácicos e quatro dedos nas patas dos 
membros pélvicos;
• Unhas não retráteis;
• Hábito alimentar onívoro, com exceção do cachorro-vinagre, classificado como exclusivamente carnívoro;
• Hábitos solitários e noturnos, em sua maioria, podendo ocorrer variações entre espécies que caçam em 
pares (exceção do cachorro-vinagre que vive em grupos familiares).
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• CONTENÇÃO FÍSICA 
A contenção física de canídeos silvestres pode ser realizada para intervenções simples e de curta duração, como a aplicação de fármaco. O
estresse causado pela contenção inadequada e/ou excessivamente prolongada pode levar a graves consequências, até mesmo à morte do animal em
situações extremas. A contenção física pode ser feita com auxílio de puçás, com diâmetro do aro adequado ao porte do animal. Para espécies que vivem
em tocas, como é o caso do cachorro-vinagre, ou em recintos em que há compartimentos onde os animais podem se esconder no momento do manejo,
pode ser utilizado o cambão para capturar e conter o indivíduo. No entanto, como o cambão restringe o animal pelo pescoço, é necessário bastante
cuidado e domínio do equipamento para que o animal possa ser solto rapidamente, evitando o seu sufocamento. Equipamentos com dispositivo
automático de afrouxamento do laço dão mais segurança ao manuseio (Cubas et. al. 2014).
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• CONTENÇÃO QUÍMICA 
• Medicação Pré-Anestésica (MPA/Sedação): Cetamina, Tiletamina, 
Dexmedetomidina, Medetomidina, Midazolam, Zolazepam, Xilazina, 
Acepromazina, Clorpromazina, dentre outros; 
• Anestesia Geral: Inalatória (Isoflurano e Sevoflurano) & Intravenosa Total ou 
Parcial (Propofol);
• Analgésicos: Fentanil, Metadona, Morfina, Nalbufina, Butorfanol, Buprenorfina, 
Naloxona, Tramadol, Meloxicam, Cetoprofeno, Carprofeno, Coxibes, Dipirona, 
Gabapentina, Amitriptilina, dentre outros.
ARQUIVO PESSOAL
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• Principais Afecções NÃO INFECCIOSAS: 
• Traumatismos;
• Urolitíase;
• Artropatia medicamentosa (filhotes):
• Enrofloxacina.
ARQUIVO PESSOAL
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• CIRURGIA
• Ortopedia de Membros Pélvicos 
• PELVE
• Fraturas de alto impacto; 
• Indicação cirúrgica para luxação sacroiliaca, fratura de íleo e fratura de acetábulo devido a transmissão de carga do esqueleto 
axial para o apendicular e a possibilidade de estreitamento do canal pélvico; 
• Estabilização cirúrgica de fraturas é indicada através de placas e parafusos ou parafusos e cimento ósseo (PMMA –
polimetilmetacrilato); 
• Estabilização cirúrgica de luxação sacroilíaca é indicada através da utilização de parafusos corticais.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• CIRURGIA
• Ortopedia de Membros Pélvicos 
• FÊMUR
• Fraturas de alto impacto;
• Indicação cirúrgica na maioria dos casos;
• Estabilização cirúrgica de fraturas proximais e distais, próximas a 
articulação, através de parafusos lag, fios de kirschner, pinos de rush e 
banda de tensão; possibilidade de utilização de placas e parafusos 
dependendo da fratura;
• Estabilização cirúrgica de fraturas diafisárias através de placas e 
parafusos, podendo ou não associar cerclagem e/ou pinos 
intramedulares; possibilidade de utilização de haste bloqueada e 
fixadores externos associados ao pino intramedular;
ARQUIVO PESSOAL
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• CIRURGIA
• Ortopedia de Membros Pélvicos 
• TÍBIA & FÍBULA
• Facilidade de fraturas expostas, devido a pouca cobertura de tecidos moles; 
• Indicação cirúrgica na maioria dos casos; 
• Estabilização cirúrgica de fraturas proximais e distais através de pinos cruzados, fios de kirschner, parafusos lag, pinos de rush e 
banda de tensão; possibilidade de utilização de placas e parafusos, pinos intramedulares e/ou fixador externo dependendo da 
fratura;
• Estabilização cirúrgica de fraturas diafisárias através de placas e parafusos, fixador externo, pino intramedular associado à 
cerclagem ou à placas ósseas e haste bloqueada.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• Principais Afecções INFECCIOSAS: 
• VIRAIS:
Cinomose; 
• Parvovirose;
• Raiva (zoonose).
• BACTERIANAS:
• Erliquiose; 
• Anaplasmose;
• Leptospirose (zoonose).
• FÚNGICAS: 
• Dermatofitoses; 
• Coccidioidomicose (zoonose).
GOOGLE IMAGENS
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - CANIDAE
• Principais Afecções PARASITÁRIAS: 
• Leishmaniose (zoonose);
• Babesiose
• Sarna sarcóptica (zoonose); 
• Infestação por pulgas.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Família Felidae
Panthera unciaAcinonyx jubatus
Panthera tigris
Caracal caracal
Panthera leo
Lynx lynx
Panthera pardus
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MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Família Felidae
Leopardus geoffroyi
Panthera onca
Leopardus pardalis
Puma concolor
Leopardus wiedii
Puma yagouaroundi
Leopardus tigrinus
Leopardus colocolo
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MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Família Felidae
• Ampla distribuição geográfica; 
• Anatomia similar a do gato doméstico;
• Peso varia entre 1,5 e 300 kg; 
• Fórmula dentária típica dos felídeos: : I3/3, C1/1, P2-3/2, M1/1, com algumas variações; 
• Jovens têm a dentição esbranquiçada e adultos e senis apresentam a dentição amarelada; 
• Caninos são compridos;
• Pré-molares e molares são adaptados para segurar a presa e rasga-la para facilitar a ingestão; 
• Grupo sanguíneo AB similar ao do gato doméstico; 
• Variação entre as espécies com relação a ovulação da fêmea e necessidade de estudos (literatura sugere que algumas espécies apresentam ovulação 
induzida, similar ao gato doméstico, enquanto outras espécies apresentam ovulação espontânea);
• Normalmente apresentam cinco dedos nas patas dos membros torácicos e quatro dedos nas patas dos membros pélvicos;
• Apresentam garras retráteis (exceção do guepardo);
• Hábito alimentar carnívoro estrito;
• Hábitos solitários e noturnos, em sua maioria. 
• Gênero Leopardus têm ossificação completa do aparato hioide (limitação em rugir e capacidade em ronronar);
• Gênero Panthera têm ossificação incompleta do aparato hioide (capacidade de rugir e limitação do ronronar).
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• CONTENÇÃO FÍSICA 
Pequenos felídeos são facilmente contidos fisicamente com
puçá ou caixa de contenção e, em seguida, utiliza-se a contenção química.
Equipamentos necessários para a contenção física podem ser: luvas de
couro, puçá, escudo, gaiola de contenção e de prensa. Grandes felídeos
apresentam elevado grau de periculosidade, sendo possível apenas
contenção química, no qual o manejo é iniciado com a utilização de
dardos anestésicos à distância (Cubas et. al. 2014).
ARQUIVO PESSOAL CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• CONTENÇÃO QUÍMICA 
• Medicação Pré-Anestésica (MPA/Sedação): Cetamina,Tiletamina, 
Dexmedetomidina, Medetomidina, Midazolam, Diazepam, Zolazepam, Xilazina, 
Acepromazina, Clorpromazina, dentre outros; 
• Anestesia Geral: Inalatória (Isoflurano e Sevoflurano) & Intravenosa Total ou 
Parcial (Propofol);
• Analgésicos: Fentanil, Metadona, Morfina, Nalbufina, Butorfanol, Buprenorfina, 
Naloxona, Tramadol, Meloxicam, Cetoprofeno, Carprofeno, Coxibes, Dipirona, 
Gabapentina, Amitriptilina, dentre outros.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Principais Afecções NÃO INFECCIOSAS: 
• Osteodistrofia;
• Insuficiencia renal; 
• Intoxicações; 
• Obesidade;
• Neoplasias; 
• Doença do disco intervertebral; 
• Intussuscepção; 
• Traumatismos;
• Cegueira medicamentosa:
• Enrofloxacina.
ARQUIVO PESSOAL
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• CIRURGIA
• Tecidos Moles
• OVARIOSSALPINGO-HISTERECTOMIA (OSH)
• Indicação cirúrgica para casos de patologias associadas ao útero (piometra, hemometra, neoplasias uterinas, dentre outras); 
• Incisão em linha média ventral: pele, subcutâneo e linha alba;
• Ruptura dos ligamentos suspensórios dos ovários; transfixações nos pedículos ovarianos; ligadura dos complexos arteriovenosos ovarianos; incisão 
dos pedículos ovarianos e liberação dos cornos uterinos; 
• Ligadura do vasos do ligamento largo do útero, veias e artérias uterinas; transfixações realizadas no corpo do útero; incisão e retirada do útero da 
cavidade; sutura em padrão Parker-kerr no tecido restante em processos infecciosos; 
• Sutura de musculatura em padrão Suttan (X); aproximação de subcutâneo com sutura festonada (caso seja necessário); aproximação do tecido 
intradérmico com sutura continua; aproximação de pele em padrão U Horizontal (caso seja necessário).
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MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• CIRURGIA
• Tecidos Moles
• RUPTURA DE BEXIGA - UROABDOME
• Cirurgia emergencial, deve ser realizada imediatamente após o diagnóstico, correção dos 
eletrólitos e equilíbrio ácido-básico e redução dos produtos nitrogenados residuais 
circulantes;
• Incisão em linha média ventral: pele, subcutâneo e linha alba;
• Retirar o tecido desvitalizado ou necrosado da bexiga e suturar a abertura com uma ou 
duas camadas de sutura contínuas com fio absorvível; se o tecido estiver evidentemente 
espessado, executar padrão aposicional de camada única; quando utilizar camada dupla 
suturar as camadas seromusculares com duas linhas de sutura contínuas invertidas;
• Se os tecidos forem friáveis e uma vedação segura não for conseguida, realizar um 
retalho da serosa sobre a linha de ruptura;
• Realizar o teste de repleção da bexiga após a sutura;
• Realizar omentalização (cobrir com o omento) na bexiga após o correto fechamento;
• Realizar lavagem da cavidade abdominal com solução fisiológica estéril aquecida;
• Sutura de musculatura em padrão Suttan (X); aproximação de subcutâneo com sutura 
festonada (caso seja necessário); aproximação do tecido intradérmico com sutura 
continua; aproximação de pele em padrão U Horizontal (caso seja necessário).
ARQUIVO PESSOAL
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Principais Afecções INFECCIOSAS: 
• VIRAIS:
Rinotraqueíte; 
• Panleucopenia felina;
• Vírus da leucemia felina (FeLV); 
• Vírus da Imunodeficiência felina (FIV); 
• Peritonite infecciosa felina (PIF); 
• Cinomose (CDV); 
• Raiva (zoonose).
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Principais Afecções INFECCIOSAS: 
• BACTERIANAS:
• Erliquiose; 
• Gastrite bacteriana (Helicobacter spp.);
• Leptospirose (zoonose); 
• Salmonelose.
• FÚNGICAS:
• Dermatofitoses; 
• Coccidioidomicose (zoonose); 
• Esporotricose (zoonose).
MAMIFEROS (CARNÍVORA) - FELIDAE
• Principais Afecções PARASITÁRIAS: 
• Dirofilariose;
• Toxoplasmose (zoonose);
• Infestação por pulgas.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• Família Procyonidae
Procyon lotor
Potos flavus
Procyon cancrivorus
Nasua nasua
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MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• Família Procyonidae
• Distribuição geográfica restrita ao continente Americano (novo mundo); 
• Animais de porte médio, pernas curtas, orelhas arredondadas e pelagem 
densa;
• Fórmula dentária típica dos procyonideos: I 3/3, C 1/1, P 4/4, M 2/2, 
podendo existir variações; 
• Molares largos, bem adaptados ao esmagamento dos alimentos; 
• Plantígrados, possuem cinco dedos bem desenvolvidos em todas as patas; 
• Garras não retráteis; 
• Hábitos arborícolas, podendo ocorrer forrageamento em solo; 
• Hábito alimentar onívoro, consomem invertebrados, pequenos 
vertebrados, frutas e néctar; 
• Hábitos podem ser solitários ou gregários, noturnos ou diurno, 
ocorrendo variação entre as espécies. 
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• CONTENÇÃO FÍSICA 
A contenção física de animais adultos é difícil, requer
habilidade e força para imobilização da cabeça e do resto do corpo. Para
a contenção física de animais jovens, luvas de couro protegem
adequadamente as mãos da pessoa que a faz. A contenção física de
animais adultos pode ser feita com rede, cambão, puçá ou gaiola de
contenção. Ao utilizar cambão, o laço deve imobilizar o animal pelo
pescoço e um dos membros torácicos, na altura da axila, ao mesmo
tempo, para evitar que ele seja sufocado ou morto por estrangulamento.
Ao utilizar puçás, recomenda-se revestir o aro com material macio,
como mangueira de borracha, corda ou tiras de couro para evitar danos
nos dentes do animal ao tentar se defender (Cubas et. al. 2014).
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• CONTENÇÃO QUÍMICA 
• Medicação Pré-Anestésica (MPA/Sedação): Cetamina, Tiletamina, 
Dexmedetomidina, Medetomidina, Midazolam, Diazepam, Zolazepam, Xilazina, 
Acepromazina, Clorpromazina, dentre outros; 
• Anestesia Geral: Inalatória (Isoflurano e Sevoflurano) & Intravenosa Total ou 
Parcial (Propofol);
• Analgésicos: Fentanil, Metadona, Morfina, Nalbufina, Butorfanol, Buprenorfina, 
Naloxona, Tramadol, Meloxicam, Cetoprofeno, Carprofeno, Coxibes, Dipirona, 
Gabapentina, Amitriptilina, dentre outros.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• Principais Afecções NÃO INFECCIOSAS: 
• Traumatismos.
ARQUIVO PESSOAL
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• CIRURGIA
• Tecidos Moles
• VASECTOMIA
• Indicado em casos necessários de se impedir a 
reprodução em cativeiro ou em vida livre;
• Realiza-se duas incisões paramediais à linha alba 
(incisão bilateral recomendada em machos que 
possuem osso peniano); 
• Acesso aos cordões espermáticos e, após uma 
pequena incisão na túnica vaginal, isolamento do 
ducto deferente; 
• Evitar lesões no plexo pampiniforme (artéria e veias 
testiculares); 
• Ligadura e secção de ambos os ductos deferentes;
• Aproximação do tecido subcutâneo e sutura de 
pele.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• Principais Afecções INFECCIOSAS: 
• VIRAIS:
Raiva (zoonose).
• BACTERIANAS:
• Leptospirose (zoonose);
• Salmonelose.
• FÚNGICAS: 
• Dermatofitoses.
IFRJ, 2017
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
PROCYONIDAE
• Principais Afecções PARASITÁRIAS: 
• Leishmaniose (zoonose);
• Infestação por pulgas.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• Família Mustelidae
Pteronura brasiliensis
Mustela putorius furo
Eira barbara
Galictis vittataG
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Enhydra lutris
Lontra longicaudis
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• Família Mustelidae
• Relação próxima com humanos há milhares de anos, onde eram criados para combater roedores, quanto caçados para retirada da pele;
• Na Europa, Ásia e EUA, algumas espécies são criadas em fazendas para a produção de pele, além de serem utilizados em pesquisas de 
laboratórios, na indústria de cosméticos e, com grande frequência, como animais de estimação;
• Animais de pelagem densa, corpo alongado, cabeça pequena, pernas relativamente curtas e cauda geralmente longa (sempre menor do que o 
corpo);
• Fórmula dentária típica dos mustelídeos: I 3/3, C 1/1, PM 3/3, M 1/2, podendo existir variações;• Possuem cinco dedos em todas as patas; 
• Garras não retráteis; 
• Hábitos terrestres e semi-aquáticos, a depender da espécie; 
• Hábito alimentar carnívoro, existindo variações entre algumas espécies consideradas onívoras; 
• Hábitos principalmente noturnos ou crepusculares, mas atividades diurnas não são incomuns;
• Presença de um par de glândulas anais bem desenvolvidas, que produzem líquido seroso amarelado de odor forte, usado tanto para 
demarcação de território quanto como mecanismo de defesa.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• CONTENÇÃO FÍSICA 
Os mustelídeos selvagens podem ser contidos com rede,
puçá, gaiola de compressão ou caixa de transporte. Com o uso de puçás,
principalmente, podem ocorrer traumatismos orais, como fraturas
dentárias. A contenção física desses animais sem equipamentos
adequados é muito arriscada, devido à força, ao pescoço robusto em
relação ao tamanho da cabeça e à pele solta. O uso de luvas de couro é
indicado para reduzir o risco de mordidas, mas deve-se estar ciente de
que os dentes podem perfurar luvas ou comprimir os dedos do
operador e causar ferimentos graves. Filhotes em cativeiro e animais
mantidos como companhia (ferrets) podem ser contidos através da pele
da nuca e suspensão do animal. Animais dóceis podem ser contidos de
forma mais delicada (Cubas et. al. 2014).
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• CONTENÇÃO QUÍMICA 
• Medicação Pré-Anestésica (MPA/Sedação): Cetamina, Tiletamina, 
Dexmedetomidina, Medetomidina, Midazolam, Diazepam, Zolazepam, Xilazina, 
Acepromazina, Clorpromazina, dentre outros; 
• Anestesia Geral: Inalatória (Isoflurano e Sevoflurano) & Intravenosa Total ou 
Parcial (Propofol);
• Analgésicos: Fentanil, Metadona, Morfina, Nalbufina, Butorfanol, Buprenorfina, 
Naloxona, Tramadol, Meloxicam, Cetoprofeno, Carprofeno, Coxibes, Dipirona, 
Gabapentina, Amitriptilina, dentre outros.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• Principais Afecções NÃO INFECCIOSAS: 
• Neoplasias (insulinoma); 
• Hiperadrenocorticismo;
• Diabetes; 
• Ingestão de corpo estranho; 
• Doença inflamatória intestinal; 
• Cardiopatia; 
• Nefrite; 
• Urolitíase; 
• Megaesôfago;
• Traumatismos.
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• CIRURGIA
• Tecidos Moles
• ADRENELECTOMIA
• Indicado em casos de patologias e neoplasias em glândula adrenal uni ou bilateral; 
• Celiotomia via linha média ventral pré-retroumbilical; 
• Dissecção da gordura perirreneal na área e plena visualização das adrenais para observar a coloração e a vascularização local; 
• Pode ou não ser necessário a ligadura da veia frênico-abdominal esquerda com fio absorvível, para evitar hemorragia; 
• Dissecção e remoção da glândula esquerda de forma mais fácil (sangramentos podem ser contidos com pressão local ou 
esponjas hemostáticas); 
• Glândula adrenal direita intimamente ligada à veia cava; 
• Ligaduras nas ramificações da veia cava que drenam a adrenal direita são necessárias (recomendado uso de hemoclip); 
• A excisão parcial da glândula direita pode ser realizada quando há ligação íntima com a parede da veia cava (técnica 
controversa em casos de neoplasia); 
• Flebotomia como alternativa: pinças hemostáticas de Satinsky aplicadas temporariamente na veia cava, na base da glândula 
adrenal direita, parede da veia é dissecada juntamente com a glândula comprometida e suturada com fio absorvível em padrão 
contínuo; 
• Suplementação com glicocorticoides em casos de síndrome de Cushing; 
• Sutura de musculatura em padrão Suttan (X); aproximação do tecido intradérmico com sutura continua; aproximação de pele 
em padrão U Horizontal (caso seja necessário).
CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• CIRURGIA
• Tecidos Moles
• PANCREACTOMIA PARCIAL/NODULECTOMIA
• Indicado em casos de insulinoma, com objetivo de diminuir o volume do tumor e assim fazer com que o tratamento médico 
posterior tenha maior sucesso;
• Celiotomia via linha média ventral pré-retroumbilical
• Avaliação do suprimento sanguíneo entre o lobo direito do pâncreas e o duodeno e entre o lobo esquerdo e o baço, para evitar 
necrose avascular;
• Realização de dissecção romba gentil no mesentério ao redor do pâncreas, criando uma fenestração;
• Realizar ligadura com fio absorvível e ressecção do tecido acometido; 
• Nodulectomia é realizada por dissecação romba gentil com hastes flexíveis ao redor do nódulo, que geralmente é separado 
facilmente; 
• Hemorragia local pode ser controlada com pressão direta ou com esponjas hemostáticas; 
• Após remoção do tecido, lavar copiosamente o pâncreas, com solução fisiológica aquecida estéril, para limpeza das enzimas 
pancreáticas que possam ter sido liberadas pela manipulação tecidual;
• Sutura de musculatura em padrão Suttan (X); aproximação do tecido intradérmico com sutura continua; aproximação de pele em 
padrão U Horizontal (caso seja necessário).
• Manter o animal internado para aferição da glicose sérica, que deve ser realizada a cada 6 a 12 h, até que se estabilize entre 60 e 
80 mg/d ℓ , sem uso de dextrose; 
• Diferente de cães, pancreatite é extremamente rara após cirurgia de insulinoma em ferrets. CUBAS, 2ed.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• Principais Afecções INFECCIOSAS: 
• VIRAIS:
Raiva; 
• Influenza (gripe); 
• Cinomose;
• Plasmocitose / Parvovirose; 
• Infecção por Coronavírus.
• BACTERIANAS:
• Colite bacteriana (Campylobacter spp.);
• Pneumonia bacteriana (E. coli, Klebsiella pneumoniae, 
Pseudomonas aeruginosa, Bordetella bronchiseptica e Listeria
monocytogenes).
• FÚNGICAS: 
• Dermatofitoses.
MAMIFEROS (CARNÍVORA) -
MUSTELIDAE
• Principais Afecções PARASITÁRIAS: 
• Dirofilariose;
• Leishmaniose (zoonose)
• Coccidiose e Giardíase;
• Sarna sarcóptica (zoonose) e otodécica;
• Infestação por pulgas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• FOWLER, M.E., MILLER, R.E. Zoo & Wild Animal Medicine. 8th ed. St. Louis: 
Elsevier Saunders, 2015. 
• CUBAS, Z. S., SILVA, J. C. R., CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais Selvagens 
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burgarellieduardo@gmail.com
eduardo.burgarelli@baraodemaua.br

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