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anamnese e exame fisico do SRM

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DV 
 
Anamnese 
➢ No diagnóstico das doenças do sistema genital 
masculino, dentre os elementos de identificação, 
sobressaem a idade e a profissão. 
➢ Existem doenças que incidem preferencial ou 
exclusivamente em determinadas faixas etárias. 
Assim, nos recém-nascidos, são importantes os problemas de 
ambiguidade sexual, a hidrocele, o edema escrotal (hérnias), as 
criptorquias e as dismorfias penianas. 
Na infância, ocorrem com pouca frequência quadros clínicos 
infecciosos da genitália – exceto as balanopostites, não raro 
associadas às fimoses –, sendo mais comuns as afecções que 
interferem com o fluxo sanguíneo testicular (p. ex., torção do 
cordão espermático). 
Na puberdade e no adulto jovem, predominam os processos 
infecciosos, de modo particular as doenças sexualmente 
transmissíveis e tumores testiculares. 
Mais tarde, passados os 40 anos de idade, começa a diminuir 
a incidência de câncer testicular, o que deixa espaço para o 
aparecimento de priapismo, hidrocele secundária, 
prostatovesiculite, câncer peniano e doença de Peyronie. Após 
os 60 anos, os homens se deparam com as obstruções 
urinárias de origem prostática, principalmente a hiperplasia 
nodular benigna. Nos septuagenários e octogenários, é alta a 
incidência do carcinoma da próstata e bexiga. 
➢ Identificar a profissão do paciente pode ajudar no 
raciocínio diagnóstico. O carcinoma escrotal, por 
exemplo, ocorre com mais frequência nos indivíduos 
que lidam com piche e alcatrão (“câncer dos 
limpadores de chaminés”). As pessoas que trabalham 
em ambientes de temperatura elevada (forneiros, 
padeiros) e as que se expõem a radiações ionizantes 
(técnicos de raios X, radiologistas) são mais propensas 
aos distúrbios espermatogênicos. 
Sinais e Sintomas 
➢ Convém ressaltar que o fato de os órgãos genitais 
masculinos terem uma dupla função – sexual e 
urinária – possibilita o surgimento de distúrbios 
miccionais e sexuais, isoladamente ou de maneira 
associada. 
 
 
Os principais sintomas das afecções do sistema genital 
masculino são: dor, hematúria, alterações miccionais, 
retenção urinária, priapismo, hemospermia, corrimento 
uretral e também ejaculação precoce, impotência 
sexual e infertilidade. 
Dor. A dor pode ter origem no próprio órgão genital ou 
em suas adjacências. A dor referida nasce em outro 
órgão, mas é sentida na genitália. 
A dor à micção, chamada disúria, frequentemente 
descrita como “ardência” ou “queimação”, é indicativa de 
inflamação do trato urinário inferior, de estenose uretral 
ou do meato externo. 
A dor testicular de origem local ocorre na orquite traumática 
ou infecciosa; a dor referida, na litíase ureteral, provocada por 
cálculo localizado em seu terço superior. Neste caso, a dor 
sentida no testículo deve-se à inervação comum destas 2 
estruturas. 
Um cálculo localizado no terço inferior do ureter pode 
acompanhar-se de dor na bolsa escrotal. 
As neoplasias malignas do testículo podem ser indolores ou 
provocar dor discreta com sensação de peso. Se ocorrer 
hemorragia espontânea no interior da neoplasia, a dor torna-
se intensa e pode causar confusão diagnóstica com epididimite 
aguda ou com torção do cordão espermático. 
Na prostatite aguda, pode haver dor na região perineal ou na 
região sacral. 
Na epididimite aguda, a dor é, em geral, localizada. Na fase 
inicial, ela pode ser sentida na virilha ou no quadrante abdominal 
inferior. Ocasionalmente, a dor epididimária pode transmitir-se 
ao ângulo costovertebral do mesmo lado, simulando migração 
de um cálculo ureteral. 
Dor lombossacra, com irradiação para os quadris e para as 
pernas, é encontrada no câncer da próstata com 
disseminação metastática e prostatites. 
Hematúria. Hematúria significa presença de hemácias na 
urina. Micro-hematúria é diagnosticada somente pelo 
exame microscópico da urina; macro-hematúria ou 
hematúria maciça pode ser detectada a olho nu pelo 
aspecto escuro da urina, que adquire tonalidade marrom 
(cor de Coca-Cola), na urina muito ácida, e rósea na urina 
alcalina ou levemente ácida 
Anamnese e Exame Físico do SRM 
HAM II 
A hematúria inicial tem origem prostática ou uretral; o sangue 
acumulado na uretra é levado pelo primeiro jato de urina. Na 
estenose do meato uretral, pode ocorrer hematúria inicial. 
Hematúria terminal dolorosa é, às vezes, encontrada na 
hiperplasia benigna da próstata em consequência da ruptura 
de veias telangiectásicas no colo vesical ou na mucosa 
prostática, quando o paciente faz esforço para urinar. A 
hematúria decorrente do câncer de próstata é rara e ocorre 
apenas quando o processo neoplásico invade a mucosa da 
bexiga ou da uretra. A hematúria terminal pode também ter 
origem na bexiga, quando um processo neoplásico, ou a 
mucosa inflamada, é espremido pela contração das fibras 
musculares do detrusor, na fase final da micção, ou quando 
cálculos vesicais lesam a mucosa, provocando sangramento da 
bexiga no fim do ato miccional. 
A hematúria total geralmente depende de lesões situadas 
acima do colo da bexiga, no ureter ou no rim, havendo tempo 
para que se misturem o sangue e a urina. 
A litíase e as infecções do trato urinário, associadas ou não, 
representam as causas mais frequentes de hematúria. Existem 
situações em que não se chega a uma conclusão quanto à 
etiologia do sangramento. Nesses casos, dá-se a denominação 
de “hematúria idiopática”. 
Alterações miccionais. A micção normal resulta de um 
mecanismo sincronizado dos músculos lisos da bexiga e 
da musculatura estriada que circunda a uretra posterior. 
Quando a bexiga começa a se contrair, ocorre 
relaxamento do músculo estriado periuretral, reflexa ou 
voluntariamente, que produz diminuição do comprimento 
da uretra e aumento no seu calibre, possibilitando a saída 
da urina. 
Ardência miccional é comum na prostatite; em geral, é sentida 
na uretra distal, na glande ou nas suas proximidades. 
Na incontinência urinária verdadeira, o paciente elimina urina 
sem perceber e quase continuamente. Isso é observado nas 
manifestações completas de epispadia, em lesões 
raquimedulares e esfincterianas. 
Um jato urinário fraco, lento e fino no bebê de sexo masculino 
ou em meninos é compatível com fimose, estenose de meato 
uretral ou válvula da uretra posterior. 
Hesitação, esforço para urinar e diminuição da força e do 
calibre do jato urinário são as expressões clínicas mais comuns 
das uropatias obstrutivas infravesicais. 
Por fim, cumpre ressaltar a importância do conhecimento das 
disfunções vesicoesfincterianas, habitualmente englobadas sob 
a designação de “bexiga neurogênica”, na qual os transtornos 
miccionais são devidos a alterações da função motora do 
sistema nervoso. 
As lesões traumáticas (raquimedulares, cranianas ou 
periféricas), as lesões inflamatórias (neurites, polineurites, 
mielites e encefalites), as neoplasias e os efeitos colaterais 
provocados por medicamentos são causas frequentes de 
disfunção vesicoesfincteriana. Os sintomas são variados, 
podendo ser discretos – apenas disúria – ou graves, com 
incontinência ou retenção urinária. 
Urina residual 
Após a micção normal, permanecem na bexiga 
aproximadamente 3 a 4 ml de urina, a qual é chamada 
urina residual. 
Tomando-se como exemplo a hiperplasia prostática 
obstrutiva, podem-se entender melhor os sintomas miccionais. 
A hiperplasia prostática impede o alargamento do lúmen 
uretral, a diminuição de seu comprimento e a redução da 
tensão de suas paredes contra o lúmen durante o início da 
micção, alterando completamente a urodinâmica. 
O crescimento prostático ocorre lenta e gradativamente, com 
o passar dos anos. À medida que o tecido prostático se 
desenvolve, aumenta o comprimento da uretra e há redução 
de seu lúmen, aparecendo, então, as primeiras manifestações 
clínicas representadas pelo esforço para iniciar a micção e a 
redução da força e do calibre do jato urinário. 
O resíduo urinário é diretamenteproporcional ao grau de 
obstrução. Se a bexiga não esvazia suficientemente após cada 
micção, o paciente sente necessidade de urinar mais vezes 
durante o dia e à noite – a polaciúria e a nictúria sobrevêm. O 
indivíduo percebe que ainda resta urina na bexiga após findar 
a micção, fato que lhe dá a sensação de um esvaziamento 
incompleto. 
Nos casos extremos, há incontinência de urgência ou mesmo 
incontinência paradoxal ou de transbordamento, ou a pressão 
intravesical se iguala à resistência periférica uretral e a urina 
passa a gotejar constantemente. Além de dificuldade para 
iniciar a micção, o paciente apresenta gotejamento terminal. 
A urina que resta na bexiga após a micção é como um líquido 
estagnado, o qual favorece a proliferação bacteriana. Instalada 
a infecção urinária, surgem os sintomas de dor à micção, urina 
turva e com odor desagradável. 
Retenção urinária. Retenção urinária é a incapacidade de 
esvaziar, parcial ou completamente, a bexiga. Deve ser 
diferenciada da anúria ou ausência de micção, quando 
então a bexiga se encontra vazia em consequência da 
interrupção do funcionamento renal. 
As retenções urinárias são divididas em completas e 
incompletas; quando completa, o indivíduo é incapaz de 
eliminar sequer quantidades mínimas de urina. Pode ser aguda 
ou crônica e a retenção completa aguda é geralmente 
dolorosa – o paciente se mostra ansioso, impaciente, pálido, 
com sudorese, e relata um intenso desejo de urinar que se 
acentua a cada contração da bexiga. Ao exame físico, 
encontra-se massa suprapúbica, infraumbilical, mediana, 
regular, arredondada, tensa, que origina som maciço à 
percussão, contrastando com o ruído timpânico em torno do 
globo vesical. A palpação da massa hipogástrica acentua o 
desejo de urinar. 
A bexiga na retenção urinária 
Na retenção urinária, a bexiga distendida é palpável na 
região suprapúbica. A passagem de um cateter provoca 
o desaparecimento do “globo vesical”. Na anúria, a bexiga 
está vazia e o cateterismo comprova a inexistência de 
urina no seu interior. 
Hipertrofia prostática benigna (HPB) 
É um diagnóstico histopatológico que ocorre em homens 
após os 40 anos devido à hipertrofia das células epiteliais 
e do tecido conjuntivo da zona de transição. Pelo fato de 
envolver a uretra, esta hipertrofia aumenta o volume 
prostático, levando à obstrução lenta progressiva do 
lúmen uretral, com alterações funcionais da bexiga, como 
a de armazenamento e esvaziamento. 
O aumento da frequência urinária diurna (polaciúria) e 
noturna (nictúria), a urgência miccional, a incontinência 
urinária, a hesitação para iniciar a micção, a utilização de 
esforço da musculatura abdominal caracterizam uma 
patologia denominada de sintomas do trato urinário 
inferior (STUI). 
O aumento do volume prostático e a intensidade dos sintomas 
nem sempre são proporcionais, podendo alguns homens 
apresentarem próstata bastante grande mas sem sintomas 
importantes, e outros terem próstatas relativamente pequenas 
e serem bastante sintomáticos. Se não ocorrer 
acompanhamento adequado da HPB, complicações graves 
como infecções urinárias recorrentes, cálculos vesicais, 
falências detrusoras progressivas podem levar à insuficiência 
renal crônica. 
Nos casos de evacuação incompleta da bexiga, o principal 
sintoma é a polaciúria. Quando a urina residual se torna 
significativa, a urina passa a ser eliminada quase continuamente, 
configurando o quadro de incontinência paradoxal por 
transbordamento, ou seja, o paciente urina sem parar, 
perdendo algumas gotas à semelhança de uma banheira cujo 
ralo está entupido, na qual a água ultrapassa a borda, sem 
jamais se esvaziar. 
Nos casos avançados, pode haver comprometimento da 
função renal, devido ao aumento da pressão retrógrada, com 
graus variáveis de uremia. 
O diagnóstico da retenção urinária é feito, basicamente, por 
anamnese e exame físico, sendo importante tentar definir o 
tipo de retenção e seu agente causal. 
A faixa etária do paciente é um dado importante na avaliação 
diagnóstica. Em crianças, por exemplo, a retenção de urina 
pode ser ocasionada por cálculo vesical impactado no colo ou 
na uretra, estenose do meato uretral externo, fimose cerrada 
acompanhada de balanopostite, estenose da uretra, válvula da 
uretra posterior ou por disfunção neurovesical. Em 
adolescentes, as causas mais comuns são infecciosas: 
cowperite (inflamação das glândulas bulbouretrais [de 
Cowper]) uretrites, prostatite, abscesso prostático, 
polirradiculoneurite, traumatismos uretrais ou da medula 
espinal. Nos indivíduos mais idosos, é necessário pensar na 
possibilidade de crescimento prostático, benigno ou maligno, 
esclerose múltipla, tabes dorsalis, pós-operatório ou uso de 
medicamentos anticolinérgicos, anti-histamínicos, 
tranquilizantes ou relaxantes da musculatura lisa. 
 
Priapismo. O priapismo é definido como uma ereção 
persistente, prolongada e dolorosa, sem desejo sexual. 
O termo priapismo deriva da palavra grega Príapos, deus 
mitológico, cuja característica principal era um pênis de 
proporções exageradas, sempre ereto. 
O pênis apresenta-se ereto, doloroso e aumentado de 
volume. Os corpos cavernosos ficam túrgidos e 
endurecidos, mas o corpo esponjoso mantém sua 
consistência normal, o que explica a pouca importância 
das alterações da micção. 
Hemospermia. Hemospermia significa presença de 
sangue no esperma, podendo resultar de diferentes 
causas, entre as quais se encontram a tuberculose, a 
esquistossomose, o carcinoma das vesículas seminais e 
da próstata, a cirrose hepática com hipertensão porta, as 
discrasias sanguíneas (escorbuto, púrpura, leucemia), o 
papiloma ou lesão cística do veromontano, a inflamação 
da próstata e das vesículas seminais, a litíase prostática e 
a hiperplasia benigna da próstata. 
O sangramento pode ser discreto, deixando apenas 
manchas avermelhadas na cueca, ou mais intenso, o que 
amedronta o paciente, levando-o a procurar o médico 
imediatamente. 
Hemospermia pode ocorrer em paciente com aparelho 
geniturinário normal após coito prolongado, sem 
apresentar significado patológico. 
Corrimento uretral. Corrimento uretral significa a 
presença de uma secreção que sai pelo meato da uretra; 
é uma queixa frequente nos pacientes adultos do sexo 
masculino. As principais causas são uretrite e prostatite. 
O primeiro sintoma de blenorragia é corrimento purulento, 
profuso, amarelo ou pardo e costuma aparecer 3 a 5 dias 
após o contágio. 
Corrimento uretral esbranquiçado que ocorre somente pela 
manhã (“gota matinal”) é encontrado na prostatite, na uretrite 
não gonocócica (principalmente pela Chlamydia trachomatis), 
na uretrite traumática – indivíduos ansiosos que vivem 
comprimindo a uretra em busca de secreção – e nos 
primeiros dias ou semanas que se seguem ao tratamento das 
uretrites agudas; isso porque as glândulas de Littré ficam 
hipersensíveis e secretam em excesso substâncias mucoides. 
Corrimento uretral serossanguinolento sugere a possibilidade 
de estreitamento uretral, câncer da uretra ou corpo estranho 
na uretra. 
Distúrbios sexuais. Os principais distúrbios sexuais são a 
disfunção erétil ou impotência sexual, a ejaculação 
precoce, a ausência de ejaculação, dispareunia, a 
diminuição da libido e a anorgasmia (dificuldade ou 
incapacidade de chegar ao orgasmo). 
A ejaculação precoce é definida como a incapacidade de 
controlar o processo de ejaculação, durante a 
permanência do pênis na vagina, sem que tenha havido 
tempo suficiente para satisfazer a parceira. Em geral, é 
de causa psíquica. 
A ausência de ejaculação pode ser em razão de falha na 
emissão do esperma por obstrução dos canalículos 
ejaculatórios por processos inflamatórios ou após 
simpactectomia lombar; ou decorrente da ejaculação 
retrógrada – fenômeno que se observa nas lesões do 
colo da bexiga após manipulação cirúrgica da próstata, na 
neuropatia diabética e pós-linfadenectomiaretroperitoneal. Para diferenciar as duas condições, o 
paciente deve esvaziar a bexiga e masturbar-se, 
colhendo, logo em seguida, uma amostra da urina. A 
presença ou ausência de espermatozoides na urina 
examinada dirá qual é o tipo de alteração ejaculatória. 
Anorgasmia é a incapacidade de chegar ao orgasmo 
durante o coito. É uma condição rara, quase sempre de 
origem psicogênica. 
A libido, ou desejo sexual, é uma atividade psíquica que 
sofre a influência de múltiplos fatores – que envolvem a 
fantasia, a imaginação e a memória – e de estímulos 
originados nos órgãos sensoriais. 
A diminuição ou ausência da libido pode ser motivada por 
um processo orgânico ou por fatores psicossociais. 
Inibição da libido costuma acompanhar os estados 
depressivos. 
Dispareunia consiste em dor ou desconforto durante ou 
após o ato sexual. Embora mais frequente nas mulheres, 
é ocasionada por vários motivos: fimose, frênulo curto, 
doença de Peyronie, uretrites, prostatites, herpes genital, 
balanites e traumas emocionais. 
Exame Físico 
➢ Exame físico do aparelho reprodutor masculino: 
exame do pênis, exame da bolsa escrotal/testículos e 
toque retal 
➢ No exame físico, deve-se: respeitar a privacidade do 
paciente, evitar a exposição do corpo desnecessária, 
manter a postura gentil e profissional; antes da 
inspeção, pedir a permissão do paciente e respeitar 
a sua decisão; posicionar paciente em pé ou decúbito 
dorsal; explicar o procedimento ao paciente; utilizar 
luvas; tranquilizar quanto a possibilidade de ereção. 
➢ Inspeção do pênis: observar se há lesão, inflamação, 
secreção ou úlceras na pele do pênis; comprimir a 
glande suavemente para avaliar a presença de 
secreções; localizar o meato urinário. 
Termos médicos: 
➢ Balanite: inflamação da glande 
➢ Balanopostite: inflamação da glande e prepúcio 
➢ Cancro sifilítico: úlcera vermelha-escura e indolor 
sobre a base endurecida 
➢ Herpes Genital: pequenas vesículas, acompanhadas 
por úlceras rasas, dolorosas, não endurecidas com 
base vermelha. 
➢ Condiloma Venéreo: verrugas, úmidas com odor 
fétido. 
➢ Na inspeção do prepúcio, é importante: 
• Retrair o prepúcio e observar inflamação, lesões. 
• Observar a presença de esmegma, fimose ou 
parafimose. 
➢ Fimose: redução do diâmetro prepucial por excesso 
de pele impossibilitando a exteriorização da glande 
e a retração do prepúcio. 
➢ Parafimose: edema e inflamação impedem o 
prepúcio de recobrir a glande. 
➢ Na inspeção, observar topografia do meato uretral: 
• Normal 
• Epispádia: meato urinário na região dorsal (superior) da 
glande. 
Na palpação do pênis, deve- se observar sensibilidade 
e consistência, endurecimento na superfície ventral 
(estenose uretral ou carcinoma) e hipersensibilidade 
(inflamação–neurogênicas). 
➢ Exame físico da bolsa escrotal: 
• Inspeção (em ortostase): simetria, presença e 
tamanho dos testículos, lesão, edema, rubor, 
vascularização, cicatrizes. 
• Palpação: bolsa escrotal, testículos e epidídimo ⇾ o 
bservar presença de tumor, varicocele, nódulos, 
sensibilidade/dor. 
- Nódulo indolor no testículo pode ser indicativo de 
câncer. 
➢ Termos referentes à bolsa escrotal: 
• Criptorquidia: ausência de um ou dos dois testículos na 
bolsa escrotal (avaliado no nascimento). 
• Hidrocele: acúmulo excessivo de líquido na túnica do 
testículo. 
• Orquialgia: dor nos testículos 
• Orquiocele: hérnia escrotal. 
• Orquite: infamação do testículo 
• Varicocele: dilatação anormal do plexo venoso 
escrotal (varizes) ⇾ pode causar infertilidade. 
Flacidez, atrofia, perda dos movimentos de contração e 
apagamento das pregas horizontais do escroto são 
constantes na criptorquia e no hipogonadismo. 
- Diante de aumento do volume da bolsa escrotal, deve-
se realizar a técnica de transiluminação ⇾ se a bolsa 
se ilumina com brilho avermelhado = hidrocele; se não 
ilumina = tumor ou hérnia 
- Se a massa for redutível e/ou houver presença de 
ruídos intestinais, provavelmente trata-se de hérnia. 
- Toque retal prostático (decúbito dorsal ou lateral): 
permite avaliar o tamanho, a consistência, a superfície, os 
contornos, o sulco mediano, a mobilidade da próstata, o 
peso da próstata, a presença de nodulações, de 
dor/desconforto, de prostatite e permite a coleta de 
secreção prostática. 
- A próstata normal é palpável na parede anterior do reto 
com a base voltada para cima e o vértice para baixo; 
seus lobos laterais são separados por um sulco mediano. 
- Em condições normais, a próstata tem o tamanho de 
uma noz grande, é regular, simétrica, depressível, a 
presenta superfície lisa, consistência elástica, contornos 
precisos e é discretamente móvel. 
Referências: 
Porto, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição . Disponível em: 
Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2019. 
 
A persistência do priapismo provoca lesões graves e 
irreversíveis dos corpos cavernosos, comprometendo o 
mecanismo de ereção.

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