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SEMIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO

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Dinah Luz/Bruna Costa Semiologia do Ap. Rep. Masculino Setembro/2018 1 
  
SEMIOLOGIA  DO  SISTEMA  GENITAL  
MASCULINO  
  
à  Anatomia  
Genitália  externa  e  interna  
  
Escroto:  onde  fica  alojado  o  testículo.  
Externa:  
Pênis,  corpo  do  pênis,  coroa,  pescoço,  glande,  uretra  
(urina  e  transporte  de  espermatozoide).  
  
  
Ereto:  corpo  cavernoso  dilatado.  
Testículos:   onde   são   produzidos   os  
espermatozoides.  
EPIDÍDIMOS:   local   de   amadurecimento   e  
armazenamento  de  espermatozóides.    
  
Cordões  espermáticos    
-­  Estruturas   formadas  por  veias,  artérias,   linfáticos,  
músculos,   tec.   conjuntivo   e   pelo   canal   deferente,  
servindo   de   suspensão   para   o   testículo   na   bolsa  
escrotal   e   permitindo-­lhe   movimentos   voluntários  
protetores.    
-­   O   canal   deferente   (faz   parte   do   cordão  
espermático)   transporta   os   espermatozoides   do  
epidídimo  à  vesícula  seminal.    
-­  O  segmento  inferior  do  canal  deferente  se  continua  
na   cauda   do   epidídimo   e   pode   ser   reconhecido   à  
palpação  por  assemelhar-­se  à  “corda  de  chicote”.  
  
Características:    
a)   Próstata    
•   Pesa  20  a  30  gr.  
Dividida  em:  
•   Zona  periférica  (70%),  zona  central  (20  a  25%)  e  
zona  de  transição,  entre  a  periférica  e  a  central  
(5  a  10%).  
•   Zona  periférica  –  prostatites  e  Neoplasias.  
•   Fabrica  um  meio  de  transporte  líquido  adequado  
para  os  espermatozóides.      
  
b)   Vesículas  seminais  
•   Secretam  líq.  Albuminoso  e  alcalino  que  ativa  o  
mov.   dos   espermatozoides   e   protege   contra   a  
acidez  da  vagina.  
  
c)   Glândulas  de  Cowper  ou  bulbouretrais  
•   Produzem   secreção   mucoide   esbranquiçada,  
que  lubrifica  a  uretra  distal.    
Bexiga  
Uretra  
Linfáticos  
Alterações  da  genitália  com  a  idade  
•   9,5  a  13,5  anos  –  puberdade  
•   Aumento   dos   testículos   e   surgem   pelos  
pubianos.  
•   3  a  5  anos  para  ficar  com  as  características  do  
adulto.  
•   Em   idosos,   diminuem   os   pelos,   ficam  
acizentados.  Pênis  diminui  e  testículos  alojam-­se  
em  posição  mais  baixa  na  bolsa  escrotal.    
  
ANAMNESE      
Porque  é  importante?  Pra  auxiliar  no  diagnóstico.  
A)   Patologias  mais  comuns:  
  
è   Quanto  a  idade:  
Infância   –   ambiguidade   sexual,   hidrocele,   distopia  
testicular,  criptoquirdia,  fimose.  
Puberdade  e  adulto  jovem  –  processos  infecciosos,  
ISTs,   neoplasia   do   testículo   normal   ou   distópico,  
varicocele,  testículo  agudo  traumático.    
Após  os  40  anos  –  priapismo,  hidrocele  secundária,  
câncer  peniano  e  doença  de  Peyronie.    
Após  os  60  anos  –  obstruções  urinárias  (HPB).  
70    80  anos  –  neoplasia  de  próstata.  
  
è   Profissão  
Limpadores  de  chaminés  -­  Carcinoma  escrotal  
Padeiro,   forneiro,   técnico   de   raio   X   -­   Distúrbios  
espermatogênicos    
  
è   Antecedentes:  
Dinah Luz/Bruna Costa Semiologia do Ap. Rep. Masculino Setembro/2018 2 
Beta-­bloqueador  –  impotência  sexual  
Parotidite   pós-­púbere   complicada   por   orquite  
bilateral  -­  esterilidade    
  
B)   SINAIS  E  SINTOMAS      
i)   DOR  
Órgãos  sexuais  masculinos  têm  dupla  função:  sexual  
e  urinária.  
•   Dor   testicular   de   origem   local   –   orquite  
traumática  ou  infecciosa.  
•   Dor  testicular  referida  –  litíase  ureteral  no  terço  
sup.  
•   Dor  na  bolsa  escrotal  -­  litíase  ureteral  no  terço  
inf.  
•   Dor   inguinal   –   repuxamento   para   baixo   do  
cordão  espermático.  
•   Prostatite  aguda  –  dor  na  região  perineal  ou  na  
região  sacra.  
•   Epididimite-­  em  geral  a  dor  é  localizada.  Pode  
transmitir-­se  ao  ângulo  costovertebral  do  mesmo  
lado,  simulando  migração  de  cálculo  ureteral.  
•   Epididimite  aguda  inicial  –  sentida  na  virilha  ou  
no  quadrante  abdominal  inf.  
•   Câncer   de   próstata   com   disseminação  
metastática  –  dor   lombossacra  com   irradiação  
para  os  quadris.    
  
II)  HEMATÚRIA  (cor  avermelhada  da  urina)  
•   Hematúria  inicial,  quando  começa  a  urinar  e  
já   vem   a   cor   vermelha:   origem   prostática   ou  
uretral.  
•   Hematúria   terminal   dolorosa,   ao   final   da  
diurese:   HPB,   neoplasia   de   bexiga,   cálculos  
vesicais.  
•   Hematúria  total,  do   inicio  ao  fim  da  diurese:  
lesões   situadas   acima   do   colo   da   bexiga,   no  
ureter  ou  no  rim.  
•   Hematúria  decorrente  de  neoplasia  prostática,  só  
quando  esta  invade  a  bexiga  ou  a  uretra.  
•   Causas  mais  frequentes:  litíase  e  ITU.  
•   Idoso  com  hematúria:  pensar  em  neoplasia.  
  
III)  ALTERAÇÕES  MICCIONAIS  
•   Micção  normal:  quando  a  bexiga  começa  a  se  
contrair,   ocorre   relaxamento   do   m.   estriado  
periuretral,   reflexa   ou   voluntariamente,   que  
diminui   o   comp.   da   uretra   e   aumento   do   seu  
calibre.    
•   Urina   residual:   normalmente   é  muito   pouco   a  
quantidade   de   urina.   Mas   caso   seja   uma  
quantidade  significante.  Pode  ser  por:  Retenção  
urinária,  infecção  urinária.  
•   Hiperplasia  prostática  benigna  (HPB):  esforço  
para   iniciar   a   micção   e   redução   a   força   e   do  
calibre  do  jato  urinário.  Queixa-­se  de:  Polaciúria  
e  nictúria.  Nos  casos  extremos  há  incontinência  
de  urgência  ou  paradoxal  ou  de  transbordamento  
e   a   urina   passa   a   gotejar   constantemente.  
Proliferação  bacteriana.  
Retenção  urinária  aguda  (bexigoma)  
•   Incapacidade   de   esvaziar   parcial   ou  
completamente  a  bexiga.  
•   Diferenciar   da   anúria   (tem   paciente   que  
realmente  não  tem  diurese).  
•   Completa:  aguda  ou  crônica.  
•   Incompleta:   crônica.   Sem   distensão   e   com  
distensão.    
•   Polaciúria.  Incontinência  paradoxal.    
•   Nos  casos  avançados,  pode  haver  uremia  devido  
ao  aumento  da  pressão  retrógada.  
•   Causas   nas   crianças:   cálculo   vesical  
impactado,  estenose  do  meato  uretral,  válvula  da  
uretra  posterior,  distensão  neurovesical.    
•   Adolescentes:   Cowperite   blenorrágica,  
prostatite,   abscesso   prostático,  
polirradiculoneurite,  trauma  uretral  ou  medular.  
•   Idosos:  HPB,  neo  próstata,  esclerose  múltipla,  
pós-­op.,   anticolinérgico,   anti-­histamínicos,  
tranqüilizantes.  
  
IV)   PRIAPISMO:  
•   Ereção  persistente,  prolongada  e  dolorosa,  sem  
desejo  sexual.    
•   Raro,  primeira  década  de  vida,  negros,  anemia  
falciforme.  
•   Mecanismo   é   vascular:   trombose   das   veias.  
dorsais  que  drenam  os  corpos  cavernosos.    
•   Ereto,   doloroso   e   aumentado   de   volume.   Os  
corpos  cavernosos  ficam  túrgidos  e  endurecidos,  
mas  o  esponjoso  mantem-­se  normal,  alterando  
pouco  a  micção.  
•   Injeção   intracavernosas   de   drogas   vasoativas  
(papaverina  e  prostaglandinas).  
•   Persistência   provoca   lesões   graves   e  
irreversíveis.  
  
V)   HEMOSPERMIA  
•   Presença  de  sangue  no  esperma.  
•   Causas:   Tuberculose,   esquistossomose,  
neoplasias   de   vesículas   seminais   e   próstata,  
cirrose   hepática   com   hipertensão   porta,  
discrasias   sanguíneas,   prostatite,   vesiculite,  
HPB.  
  
VI)   CORRIMENTO  URETRAL  
•   Blenorragia   (gonorreia)   –   purulento,   profuso,  
amarelo  ou  pardo.  
•   Prostatite,   uretrite   não-­gonocócica,   uretrite  
traumática,  uretrites  agudas  –  esbranquiçado,  
matinal.  
•   Estreitamento   uretral,   câncer   de   uretra   ou  
corpo  estranho  uretral  –  serossanguinolento.  
  
VII)   DISTÚRBIOS  SEXUAIS  
-­  Disfunção  erétil:  
Pode  ser:  
•   Primária  ou  secundária;;  
•   Psicogênica  ou  orgânica.  
Possíveiscausas:   Medicações,   Fumo,   álcool,  
doença  cardíaca,  diabetes,  cirurgia.  
-­  Ejaculação  precoce  
Dinah Luz/Bruna Costa Semiologia do Ap. Rep. Masculino Setembro/2018 3 
-   Ausência  de  ejaculação  
Secundária  a  falha  na  emissão  do  esperma  por  
obstrução   dos   canalículos   ejaculatórios   por  
processo   inflamatório   ou   após   simpatectomia  
lombar  ou  ejaculação  retrógrada.    
-­  Anorgasmia:  falta  do  orgasmo.  
  
C)   EXAME  FÍSICO    
Cuidados  que  devemos  ter  antes  de  realizar:    
•   Pedir  para  o  paciente  esvaziar  a  bexiga;;  
•   Deixar  o  paciente  mais  a  vontade  possível;;  
•   Quebrar  o  tabu;;  
•   Explicar  o  que  será  realizado  e  sua  importância;;  
•   Perguntar  se  já  foi  feito  o  exame  antes;;  
•   Respeitar  a  vontade  do  paciente;;  
•   Cuidado  com  a  exposição  excessiva.  
    
è   Descrição   do   exame   da   genitália   externa  
normal:  
Genitália   externa   masculina   típica,   paciente   não  
circuncidado,   retração  completa  do  prepúcio,   sulco  
balanoprepucial.   sem   lesões,   implantação   e  
diâmetro  normal  do  meato  uretral  externo,  ausência  
de   corrimento   uretral,   palpação   do   pênis   sem  
alteração,  testículo  palpável  bilateralmente  na  bolsa  
escrotal,  sem  aderências,  nodulações,  indolores  e  de  
consistência   elástica,   epidídimo   e   cordão  
espermático   palpável   bilateralmente   e   sem  
alterações.   Reflexo   cremastérico   presente  
bilateralmente.  
  
Obs:   inspeção   e   palpação   são   realizadas  
simultaneamente.    
a)   PÊNIS  
I)   Inspeção:   agenesia   (ausência   do   pênis),   se   é  
típico,   duplicação,   macro,   micro,   hipospádia,  
epispádia,  fimose/parafiomose.  
  
è   Hipospádia:  Posição  do  meato  uretral  externo  na  
face  ventral/inferior.  
  
è   Epispádia:  Posição  do  meato  uretral  externo  na  
face  dorsal/superior.  
  
•   Retrair  completamente  o  prepúcio  (caso  o  pênis  
não   seja   circundado)   para   avaliar  
adequadamente  o  sulco  balanoprepucial.  
•   Avaliar   diâmetro,   aspecto   e   posição   do  meato  
uretral  externo.  
•   Compressão   ant.-­post.   da   glande,   para   avaliar  
secreção  (caso  haja);;  
•   Tamanho  do  pênis;;  
•   Lesões;;  
•   Sujidades.  
  
II)  Palpação:  áreas  de  endurecimento  ao  longo  do  
corpo  esponjoso  (inflamação  periuretral  ou  cálculo  
impactado).  
•   Placas  fibrosas  endurecidas;;  
•   Artéria   dorsal:   Coloca   o   polegar   na   superfície  
ventral  e  o  indicador  palpa  a  artéria,  faz  de  um  
lado  depois  o  outro.  
•   Sensibilidade  dolorosa;;  
•   Palpa   desde   a   glânde   até   a   base,   onde   é  
encontrada  a  artéria  dorsal  (são  2  uma  Direita  e  
uma  esquerda);;  
•   Compressão   no   sentido   ântero-­posterior   para  
avaliar   o   diâmetro   do   meato   e   a   presença   de  
secreção  uretral.  
  
b)   BOLSA  ESCROTAL:  estão  dentro  o  testículo,  
epidídimo  e  cordão  espermático.  
•   Forma,  tamanho,  pele  e  vasos;;  
•   Pele  no  adulto  é  enrugada  e  na  criança  e  adulto  
com  insuf.  hormonal  é  lisa;;  
•   Massas   escrotais:   epididimite,   orquite,   torção  
testicular,  hematocele,  neoplasia,  varicocele;;  
•   Linfoescroto   –   comprometimento   da   drenagem  
linfática  por  microfilárias;;  
•   Hidrocele  –  aumento  gigantesco  de  volume.;;  
•   Abscessos  –  sinais  flogísticos;;  
•   Equimose  que  se  estende  para  pênis  e  períneo  -­  
trauma    
Flacidez,  atrofia,  perda  dos  mov.  –  criptoquirdia  
e  hipogonadismo;;  
•   Fístulas  –  processos  epididimários,  TB;;  
•   Ulceração  sifilítica,  neoplasia,hemangioma.  
  
OBS:   Ausculta:   aumento   em   grande   volume   da  
bolsa  escrotal  pode  ser  devido  a  uma  inguinoescrotal  
volumosa,  normalmente  o  conteudo  é  alça  instetinal  
aí  você  pode  auscultar  ruídos  hidroaéreos.    
  
  
  
c)   TESTÍCULOS   (volume,   consistência,  
superfície,   mobilidade,   se   há   aderência,  
sensibilidade  dolorosa)  
•   Normalmente  o  testículo  esquerdo  é  mais  baixo  
que  o  direito  devido  a  implantação  do  cordão  ser  
mais  baixa.  
•   Volume  normal  de  25  ml  no  adulto.    
•   Superfície   lisa,   consistência   elástica   (do   globo  
ocular),  tem  uma  certa  mobilidade.  
•   Comparar  os  2.    
•   Inflamações  –  aumentado.  
•   Neoplasia   –   maior,   endurecido   e   irregular.    
Neoplasia  avançada  de  testículo  altera  escroto.    
Dinah Luz/Bruna Costa Semiologia do Ap. Rep. Masculino Setembro/2018 4 
•   Se  existe  aderência  e  onde  é.  
è   Aderências:  
•   Goma  sifilítica  –  testículo  aderido  ant.  ao  escroto.  
•   TB   epididimária   -­   testículo   aderido   post.   ao  
escroto;;  
  
d)   EPIDÍDIMOS  
•   Situam-­se   sobre   a   borda   post.-­sup.   dos  
testículos.  
•   Cabeça,  corso  e  cauda  
•   Manobra  de  Chevassu  –  palpação  com  os  dedos  
indicador  e  polegar,  fazendo-­os  deslizar  de  baixo  
para   cima   e   de   frente   para   trás,   ao   longo   de  
ambas  as  faces  testiculares.  
•   Epididimites  agudas  –  aumento  regular  e  difuso.  
•   TB  –  aumento  regular  e  multinodular    
•   Lesões  císticas  –  aumento  localizado  na  cabeça  
ou  no  corpo.    
•   Epididimite  inespecífica  -­  aumento  localizado  na  
cauda.  
  
D)   CANAIS   DEFERENTES   –   mais   fácil   para  
identificar  do  que  o  cordão  espermático.  
•   Palpa-­se   com   facilidade,   desde   a   cauda   do  
epidídimo  até  o  anel  inguinal  externo.    
•   Aspecto  de  “Corda  de  chicote”.  
•   Palpação  deve  ser  simultânea  e  comparativa.  
•   TB  –  “contas  de  rosário”.  
•   Agenesia   deferencial,   lesões   císticas   ou  
granulomatosas.    
  
E)   CORDÕES  ESPERMÁTICOS:  
•   Após   palpação   dos   testículos,   epidídimos   e  
canais   deferentes,   palpa-­se   os   cordões  
espermáticos  até  o  anel  inguinal  externo.    
•   Funiculite  –  cordão  espessado  e  doloroso.  
•   Funiculite   recidivante   –   palpa-­se   tumefação  
difusa  e  espessamento  –  filariose.    
•   Hidrocele   do   cordão   e   lesões   císticas   –  
transiluminação.  
•   Após,  avalia-­se  a  existência  de  hérnia  inguinal  e  
do  reflexo  cremastérico.  
  
è   Reflexo  Cremastérico:  
-­  Posicionamento:  decúbito  dorsal  com  os  MMII  em  
extensão  e  abdução.  
-­  Local:  terço  superior  da  face  interna  da  coxa;;  
-­   Resposta:   contração   do   músculo   cremáster   e  
elevação  do  testículo  ipsilateral.    
  
  
F)   PALPAÇÃO   DE   LINFONODOS   NA   REGIÃO  
INGUINAL:  
•   Normalmente   são   indolores   e   moveis   quando  
são  neoplásicos.  
G)   TOQUE  RETAL:  
•   Posições:  de  Sims  ou  lateral  esq.,  MI  em  semi-­
extensão.   Posição   genupeitoral   Posição   de  
decúbito   supino,   no   qual   o   paciente   fica   semi-­
sentado  e  com  as  pernas  flexionadas.    
•   Esvaziar  a  bexiga.  Palpar  e  percutir.    
•   Inspeção  anoperineal.    
•   Expõe-­se   o   ânus   com   o   dedo   indicador   e   o  
polegar  da  mão  esq.  e  coloca  a  polpa  digital  do  
indicador  dir.   sobre  a  margem  anal   firme,  para  
baixo,  para  relaxar  o  esfíncter.  Depois  introduz  o  
dedo,  de  forma  rotatória.  
•   Parede  anterior:  Próstata,  vesículas  seminais  e  
o  fundo  de  saco  vesicorretal;;    
•   Parede  posterior:  (sacro  e  cóccix)  e  para  cima.    
  
è   Avaliar:    
•   Fissura  anal;;  
•   Fístula  anorretal;;  
•   Cisto  pilonidal;;  
•   Hemorróideas  internas;;  
•   Relaxamento  esfincteriano;;  
•   Estenoses  retais;;  
•   Se  há  secreção;;  
•   Abscesso  anorretal;;  
•   Neoplasias  benignas  e  malignas;;  
•   Ânus  imperfurado;;  
•   Enfermidades   prostáticas,   das   vesículas  
seminais  das  gls.  de  Cowper.  
  
ü   PRÓSTATA•   Tamanho,   consistência,   superfície,   contornos,  
sulco  mediano  e  mobilidade.  
•   Palpa-­se   semelhante   a   um   coração   na  parede  
ant.,  do  reto.    
•   Consistência   semelhante   a   borracha,  
discretamente  móvel.    
  
è    MANOBRAS  ESPECIAIS  
Transiluminação    
•   Avaliação  das  afecções  intraescrotais.  
•   Sala   escura,   incide   no   escroto   luz,   no   sentido  
póst.-­ant.  
•   O   líquido   da   hidrocele   é   claro   e   transparente,  
deixando-­se   atravessar   pelo   feixe   de   luz.  
Transiluminação  +:  presença  de  hidrocele.  
•   Transiluminação   negativa   –   leões   sólidas  
(inflamatórias,  infecciosas,  neoplásicas).  
ü   Na  hidrocele:  
•   Pele   lise,   não   tem   hiperemia,   não   tem   sinais  
flogísticos,  dependendo  do  volume  você  pode  ter  
uma   dificuldade   maior   ou   menor   de   palpar   os  
componentes  da  bolsa  escrotal,  as  vezes  pode  
ter  desconforto  pelo  tamanho  do  volume.    
  hidrocele.  
  
Dinah Luz/Bruna Costa Semiologia do Ap. Rep. Masculino Setembro/2018 5 
Obs:  O diagnóstico diferencial entre as duas pode 
ser facilmente realizado no consultório pela técnica 
de transiluminação, uma vez que o conteúdo 
herniário inguinal não permite a passagem da luz 
como ocorre na hidrocele. 
  
Método  de  Kunstandter    
•   Localização  do  testículo  distópico.  
•   Paciente   em   pé,  médico   sentado  a   sua   frente,  
introduz  o  dedo   indicador  homônimo  no  orifício  
inguinal   externo   do   lado   a   ser   examinado,   ao  
mesmo  tempo  que  pousa  o  polegar  sobre  a  reg.  
Inguinal.   Movimenta   o   polegar   para   baixo,   na  
tentativa   de   apreender   o   testículo   entre   os   2  
dedos;;  
E)  EXAMES  COMPLEMENTARES    
  
I)   EXAME  SIMPLES  DE  URINA  
•   Piúria   inflamatória,   não   infecciosa   –   litíase  
vesical  e  pós-­op.  de  prostatectomia.  
•   Densidade  urinária  baixa,  pH  ácido  e  piúria  sem  
bacteriúria   é   sugestiva   de   tuberculose  
genitourinária.  
  
II)   CULTURA  DE  URINA:   com  contagem  de  
colônias  e  antibiograma.  
  
III)   EXAME   BACTERIOLÓGICO   DA  
SECREÇÃO  URETRAL  
  
IV)   FOSFATASE  ÁCIDA  
•   Enzima   produzida   pelo   epitélio   prostático   e  
eliminado   com   o   líquido   seminal.   Seu   nível  
sanguíneo  é  baixo.    
•   Neoplasia  prostática.  
•   Aumenta  em  enfermidades  metabólicas.  
•   Resultados  falso-­positivos.  
  
V)   ANTÍGENO   PROSTÁTICO   ESPECÍFICO  
(PSA)  
•   Glicoproteína   encontrada   apenas   nas   células  
acinares  e  no  epitélio  ductal  da  próstata.  
•   Seus  valores  podem  ser  correlacionados  com  o  
aumento   do   volume   prostático   e   presença   de  
degeneração  maligna.  
•   PSA  livre  e  total.  
•   Para  cada  grama  de  tecido  hiperplasiado,  o  PSA  
aumenta  de  0,31ng  por  ml,  enquanto  no   tecido  
neoplásico,  para  cada  grama  de  neoplasia  o  PSA  
se  eleva  em  aproximadamente  3,5  ng  por  ml.    
  
VI)   Outros  MARCADORES  TUMORAIS:  
•   Alfafetoproteína  e  HCG  –  céls.  Germinativas.  
•   CEA  e  DHL    
  
VII)   CINTILOGRAFIA:  
•   “Escroto   agudo”,   neoplasias   testiculares,  
varicoceles.    
•   Compara-­se   o   fluxo   sanguíneo   entre   os   2  
testículos.  
•   Epididimite  –  “área  quente”  
•   Torção  testicular  –  “área  fria”  
•   Neoplasia   testicular   –   “áreas   mais   quentes   e  
maiores”    
  
VIII)   ESPERMOGRAMA:   Quantidade   e  
qualidade.  
•   Normal   =   2   a   6   ml;;   hipospermia   =   <   2ml;;  
hiperespermia>  6ml;;  aspermia.  PH  normal  =  7,2  
a  7,6.  
•   Número,  motilidade  e  morfologia.  
•   Oligospermia   =   <   20   milhões   por   ml;;  
hiperzoospermia>   250   milhões   por   ml;;  
azoospermia.  
Ø   70%   de   espermatozoides   móveis,   mov.  
direcionais  e  rápidos.    
  
IX)   EXAMES  RADIOLÓGICOS  
a)   Radiografia  simples  do  abdômen  
•   Vasos  deferentes  calcificados  =  DM  avançado.  
•   Calcificações   aa.   Hipogástricas   e   ilíacas   =  
aterosclerose  (impotência).  
•   Calcificação  prostática  =  TB.  
•   Lesões  osteoblásticas  de  coluna  lombossacra  e  
bacia  =  carcinoma  da  próstata.  
  
b)   Urografia  excretora  
•   Noção  estática  e  dinâmica  do  trato  urinário.    
  
c)   Uretrocistografia    
•   Reconhecimento   de   lesões   vesicais   e   uretrais  
pela   introdução   do   contraste   iodado   no   óstio  
uretral.  
•   Lesões   traumáticas   e   neoplásicas   da   bexiga,  
estreitamentos   uretrais,   e   compressões   ou  
alongamento   da   uretra   prostática   causado   por  
HPB  ou  neoplasia.  Refluxo  vesical.    
  
d)   Genitografia    
Genitália  ambígua  com  a   finalidade  de  averiguar  a  
presença  dos  órgãos  genitais  femininos  internos.      
e)   Ultrassonografia  
f)   Tomografia  computadorizada  
g)   Biópsia  do  testículo  e  da  próstata  
h)   Uretrocistoscopia  
•   Permite  a  visualização  do  canal  da  uretra  e  do  
interior  da  bexiga.  
Indicações:   hematúria   de   causa   não   definida,  
suspeita  de  afecção  da  bexiga  (cálculo,  neoplasias  e  
úlcera).    
Contra-­indicações:  infecções  da  uretra,  da  bexiga,  
da   próstata,   do   testículo   e   do   epidídimo;;   lesões  
estenosantes   do   colo   vesical   e   da   uretra;;  
traumatismos  recentes  da  uretra  e  da  bexiga.    
  
PATOLOGIAS  
  
A)   Doenças  do  pênis  
è   Anomalias  congênitas  
•   Agenesia  do  pênis;;  
•   Pênis  duplo.  
  
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è   Alterações  do  tamanho  
•   Macropenissomia  –  neoplasia  ou  hiperplasia  das  
céls.   de   Leydig   (virilização   precoce)   ou  
hiperplasia  congênita  das  suprarrenais  (pequeno  
Hércules).  Litíase  vesical  primária  (sinal  da  mão).  
•   Micropenissomia   –   estados   intersexuais   que  
exibem  traço  feminilizantes,  no  infantilismo  e  no  
hipogenitalismo.    
  
è    Fimose  e  parafimose    
•   Fimose  súbita  em  adulto  jovem  com  corrimento  
uretral  –  cranco  intra-­uretral    
•   Fimose  gradual  em  idoso  –câncer  peniano  
•   Balanopostite  de  repetição  
•   Fator  de  risco  para  neoplasia  de  pênis.  
•   Parafimose:  estrangulamento  do  pênis  por  anel  
fibrótico,  doloroso.  
  
è   Balanite  e  postite    
  
è   Tumores  
•   Benignos:   cistos,   angiomas,   nevos,   papilomas,  
condiloma  acuminado  
•   Lesões  pré-­cancerosas:  eritroplasia  de  Queyrat  
e  doença  de  Bowen    
•   Lesões  malignas:  carcinoma  epidermóide.  
  
è   Doença   de   Peyronie:   placas   brancas  
endurecidas.  
•   Homens  de  40  a  50  anos.  
•   Idiopática  
•   Infiltração  fibrosa  das  bainhas  que  recobrem  os  
corpos  cavernosos.  
•   Dor  e  encurvamento  do  pênis  durante  a  ereção,  
redução  da  capacidade  eretora  distal  à  placa  de  
fibrose,   interferência   com   o   coito   e   impotência  
sexual  gradativa.  
•   Palpação  e  US.  
  
è   Hipospádia:   diagnostico   feito   ainda  na   fase  
de  criança.  
•   Meato  uretral  externo  localiza-­se  na  face  ventral  
do  pênis.  
•   Anomalia  congênita  +  comum  da  uretra.  
•   Insuficiente   produção   androgênica   pelos  
testículos   fetais  –   fusão   incompleta  das  pregas  
uretrais.  
•   Excesso  de  prepúcio  no  dorso  e  acúmulo  de  tec.  
Fibroso  no  ventre.    
•   Forma  escrotal  e  perineal  –  genitália  ambígua.    
•   Acompanhado  de  Criptoquirdia  bilateral  (30%).  
  
è   Epispádia    
•   Meato  uretral  externo  localiza-­se  na  face  dorsal  
•    do  pênis.  
•   Balânica,  peniana,  penopúbica  e  completa.    
•   Pênis   reduzido   de   tamanho,   encurvado   para  
cima   e   com  excesso   de  prepúcio  em   sua   face  
ventral.  
  
B)   DOENÇAS  DA  BOLSA  ESCROTAL  
è   Edema  da  bolsa  escrotal•   RN  que  nasce  nos  partos  com  apresentação  de  
nádegas.  
•   Alergia  em  crianças.  
•   Nefrite   crônica,   sínd.   nefrótica,   ICC,   cirrose  
hepática  e  desnutrição  grave.  
•   Pós-­op.  imediato  de  prostatectomia  retropúbica.    
  
è   Gangrena  da  bolsa  escrotal  
•   Agressões   químicas   ou   térmicas,   traumatismo,  
DM,   acidentes   vasculares,   alcoolismo,  
parasitoses.    
•   Gangrena  de  Fournier  –  fasciíte  superficial.  
•   Estreptococos   hemolíticos,   clostrídios  
produtores  de  gás,  estafilococos  ou  bacterióides    
•   Crepitações  na  bolsa  escrotal.  
  
è   Elefantíase  escrotal  
•   Elefantíase,   linfadenectomia   extensa,   lesões  
metastáticas  ou  fibrose  pós-­inflamatória.    
  
è   Abscessos  escrotais  
•   Primária  –  infecções  dos  folículos  pilosos  ou  gls.  
sudoríparas.  
•   Secundárias   –   flegmões   periuretrais,   após  
epidídimo-­orquite   supurativa,   abscesso  
anorretais.    
•   Escroto   doloroso,   quente,   hiperemia,   edema,  
com  flutuação.  
  
è   Fístulas  escrotais  
•   Sífilis,  TB,  actinomicótica,  traumática.    
•   Estenoses   uretrais   que   se   abscedam  
periuretralmente  pode  haver  fístulas  múltiplas  –  
“períneo  em  regador”.  
  
è   Neoplasias  
•   Benigna:  hemangioma,  cistos  sebáceos  
•   Pré  –  maligna:    doença  de  Paget    
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•   Maligna:     trabalhadores  que   lidam  com  piche  e  
alcatrão.  
  
C)   DOENÇAS  DOS  TESTÍCULOS  
è   Anorquia:  ausência.  
è   Poliorquia:  mais  de  2.  
è   Distopias  testiculares.  Tipos:  Criptorquidia  e  
ectopia.  
o   No   início   do   desenvolvimento   fetal,   tem  
localização  lombar;;  terceiro  mês  FID,  quinto  mês  
anel  inguinal  interno  e  sétimo  mês  migram  para  
a  bolsa  escrotal.    
o   Migração   depende   de   gonadotrofinas  
placentárias  e  da  integridade  do  trajeto.  
o   Criptorquidia   –   retido   em   alguma   parte   do   seu  
trajeto.  
o   Ectopia  –  localiza-­se  fora  do  seu  trajeto  normal.  
o   Testículos  migratórios  –  ascendem  ao   conduto  
inguinal  pela  contração  do  m.  cremaster.        
  
•   Hidrocele   -­  Acúmulo   de   líquido   no   interior   da  
túnica  vaginal  do  testículo.    
•   Hematocele  -­  Acúmulo  de  sangue  no  interior  da  
túnica  vaginal  do  testículo.    
•   Quilocele   -­   Acúmulo   de   quilo   no   interior   da  
túnica  vaginal  do  testículo.    
  
Escroto  Agudo:  
•   Tem  que   se  preocupar   com  o   tempo   devido   a  
possibilidade  de  isquemia.  
•   Pedir  USG  com  dopler  para  diferenciar.    
  
1.   Torção  do  testículo  
•   É  uma  das  causas  mais  comuns  de  escroto  
agudo  (aumento  de  volume  e  inicio  súbito)  
o   Rotação   axial,   torção   ou   volvo   do   cordão  
espermático,  é  um  acidente  vascular  que  pode  
produzir  isquemia,  atrofia  e  gangrena  da  gônada.    
o   Dor  lancinante,  súbita,  dor  abdominal  imprecisa  
que  se  irradia  para  a  virilha.    
o   Testículo  doloroso  e   tumefato,   superfície   lisa  e  
não  se  palpa  o  epidídimo.    
o   Pele  escrotal  normal  ou  avermelhada,  quente  e  
edemaciada.    
o   Pode  relatar  quadros  semelhantes  prévios.    
o   Sinal  de  Brunzel  –  testículo  acometido  fica  mais  
elevado  que  o  oposto  devido  ao  encurtamento  do  
cordão   espermático   e   aos   espasmos   dos  mm.  
cremastéricos.    
o   EAS  e  leucograma  podem  estar  normais.  
o   US  com  doppler,  evidencia  essa  torção.  
o   TTO:  cirúrgica  de  urgência.    
  
ü   Quadro  clinico:  Dor,  assimetria  dos  testículos,  
hiperemia,  tumefato,  testículo  alterado  está  mais  
elevado  (devido  ao  encurtamento  do  cordão).  
ü   Descrição  do  exame  de  uma  torção  testicular  
ESQUERDA:   Genitália   típica,   circuncidade,  
sulco  balanoprepucial  sem  lesões,  implantação  e  
diâmetro  nromais  do  meato  uretral.  Ausência  de  
corrimento   uretral.   Palpação   do   pênis   sem  
alterações,   testículos   assimétricos,   palpáveis,  
bilateralmente   na   bolsa   escrotal.   Testículo  
direito,   indolor,   com   superfície   enrugada,   sem  
abaulamentos  e   retrações.   Testículo  esquerdo,  
doloroso   e   tumefato,   com   superfície   lisa,  
avermelhada,   com   temperatura   elevada,  
presença  do  sinal  de  brunzel,  caracterizado  por:  
elevação   do   testículo   acometido   (esquerdo)  
devido  ao  encurtamento  do  cordão  espermático  
e  dos  espamos  do  mm.  Cremastéricos.  Reflexo  
cremásterico   presente,   epidídimo   e   cordão  
espermático  palpaveis  apenas  no  lado  direito.  
  
2.   Torção  do  cordão  espermático:  
o   Não  tem  alteração  vascular  na  USG;;  
  
3.   Orquiepididimite:  
o   Paciente  tem  mais  queixas  urinárias;;  
o   Não  tem  alteração  vascular  na  USG;;  
o   Cordão  e  epidídimo  estão  mais  espessados.  
  
Orquiepedidimite   Torção  Testicular  
Reflexo   cremastérico  
não  alterado.  
Reflexo  cremastérico  
alterado   no   lado   da  
torção.  
Normalmente   há  
presença   de  
corrimento  uretral.  
Normalmente  não  há  
presença   de  
corrimento  uretral.  
Presença   do   sinal   de  
Prehn:   elevação   do  
testículo   acometido   e  
tem  alívio  da  dor.  
Não  há  presença  do  
sinal   de   Prehn.  
Presença  do  sinal  de  
Brunzel.  
  
è   Orquite    
o   Inflamação  dos  testículos.  
o   Aguda   –   febre   alta,   náuseas,   vômitos,   dor  
intensa  e   irradia-­se  para  a   virilha.  Escroto   com  
hiperemia   e   edema.   Testículo   aumenta   de  
volume  e  dói;;  alivia  a  dor  com  a  sua  elevação.    
o   Orquite  secundária  à  parotidite.    
o   Crônica  
  
è   Neoplasias  testiculares  
o   20  a  30  anos.    
o   Tumores  germinativos:  97%  dos  casos.  
o   Não-­germinativas   (neoplasias   das   céls.   de  
Leydig  e  das  céls.  de  Sertoli  –  3%  
o   B-­HCG  e  alfafetoproteína,  estão  alterados.  
  
  
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è   Epididimite    
o   Mais   comum  nas   patologias   intra-­escrotais,   no  
jovem  e  no  homem  de  meia  idade.    
o   Dor  intensa,  de  aparecimento  súbito,  em  um  ou  
ambos  os  testículos,  com  ou  sem  febre.  Podem  
estar   presentes   polaciúria,   nictúria,   disúria   e  
sintomas   sistêmicos.   Pele   do   escroto   com  
hipermia,  calor  e  brilhante.  Epidídimo  aumentado  
e  doloroso.    
o   As  bactérias  atingem  os  epidídimos  através  dos  
vasos  deferentes,  a  partir  de  estenose  da  uretra,  
cistite,  uretrite,  prostatite  e  vesiculite.    
o   TB   -­   surgimento   lento,   indolor,   epidídimo  
endurecido,   nodular,   2   a   3x   o   tamanho,  
transiluminação   neg.;;   canal  deferente   irregular,  
espessado,  rosário  ou  anel  de  contas.      
o   Sífilis,   blastomicose,   brucelose,  
esquistossomose.    
o   TTO:  antibiótico.  
  
è   Espermatocele  
o   Formação   cística   intra-­escrotal   decorrente   da  
obstrução  dos  túbulos  epididimários  responsável  
pelo  transporte  dos  espermatozóides.    
o   40  a  50  anos.  Evolução  lenta.  Localiza-­se  acima  
e  atrás  do   testículo,  deslocando-­o  para  baixo  e  
para   frente,   permitindo   a   individualização   da  
gônada  a  palpação.    
o    Indolor,  irredutível,  mole,  flutuante,  translúcida  e  
lisa.    
  
è   Neoplasias  epididimárias    
ü   Rara.  
  
4.   DOENÇAS  DO  CORDÃO  ESPERMÁTICO  (são  
raras)  
è   Vasite    
o   Infecção  do  ducto  deferente.    
o   TB  –  espessado,  colar  de  pérolas  
o   Vasite  nodosa  –  pode  ocorrer  após  vasectomia  
devido   a   reação   aos   espermatozóides,   com  
formação  e  granulomas.    
  
è   Funiculite    
o   Infecção  de  parte  dos  componentes  anatômicos  
do  cordãoespermático.    
o   Estas  infecções  provêm  de  prostatite,  vesiculite,  
epidídimo-­orquite.  
  
è   Varicocele   (é   bom   todo   mundo   ter  
conhecimento)  
o   Dilatação   e   tortuosidade   das   veias   do   plexo  
pampiniforme  do  cordão  espermático.    
o   Idiopática   e   mais   comum   à   esquerda   (95%).  
Ausência   ou   incompetência   valvular   na   junção  
da   v.  espermática   interna   com  a   v.   renal   esq.,  
que  permite  um  fluxo  sanguíneo  retrógrado  mais  
acentuado  na  posição  ortostática.    
o   Primárias   –   aparecimento   lento,   <   40   anos,  
desaparece  ao  deitar-­se.  
o   Secundárias   –   repentino,   >   40   anos,   não  
desaparece   ao   deitar-­se.   Compressão   venosa  
por   neoplasias   renais,   hidronefrose,   aa.   renais  
acessórias  ou  neoplasias  retroperitoneais.    
o   Assintomáticos   ou   apresentam   com   dor  
testicular,  sensação  e  peso  ou  desconforto  intra-­
escrotal.  ‘Saco  de  vermes”  
o   Examinar  em  pé  e  fazer  manobra  de  Valsalva.  
  
ROTEIRO   DIAGNÓSTICO   DAS   AFECÇÕES  
INTRA-­ESCROTAIS  
1.   O  processo  é  agudo  ou  crônico  
2.   A  tumefação  é  dolorosa  ou  indolor  
3.   A  tumefação  é  confinada  ao  escroto  
4.   A  tumefação  é  translúcida  
5.   A  tumefação  é  redutível    
  
5.   Doenças  da  próstata  
è   Hiperplasia  benigna  da  próstata    
o   A   partir   dos   40   anos   o   epitélio   prostático  
periuretral   inicia   um   crescimento   lento   e  
gradativo.    
o   Com  a  hiperplasia,  estreita-­se  a  luz  da  uretra  e  
aumenta  o  resíduo  urinário.    
o   M.  detrusor  se  contrai  cada  vez  mais  para  vencer  
o   obstáculo.   No   início   consegue   (fase   de  
compensação).   Depois   a   bexiga   entra   em  
espasmo,   com   sintomas   irritativos,   polaciúria,  
urgência  urinária,  nictúria,  incontinência.    
o   Com   o   avançar   da   obstrução,   na   tentativa   de  
esvaziar   a   bexiga,   as   fibras   do  m.   detrusor   se  
hipertrofiam   mais.   Dificuldade   e   esforço   para  
urinar.  Jato  urinário  diminuído  quanto  à   força  e  
calibre.      
o   M.   detrusor   entra   em   exaustão,   tornando-­se  
incapaz   de   esvaziar   a   bexiga   adequadamente  
(fase   de   descompensação).  Resíduo   aumenta.  
Incompleto   esvaziamento   da   bexiga,  
gotejamento   terminal,   incontinência   urinária  
paradoxal   ou   de   transbordamento.   Piora   da  
nictúria,  polaciúria,  urgência.  
o   O  crescente  desequilíbrio  entre  a  contratilidade  
do  m.  detrusor  e  a  resistência  uretral  pode  levar  
à  retenção  urinária  aguda.  ITUs    
o   Complicações   por   obstrução   urinária   ou   pelo  
esforço   para   urinar:   hérnia   inguinal,  
hemorróidea,IRA.    
  
è   Câncer  da  próstata    
o   Adenocarcinoma  (95%)  
o   Androgênio  dependentes  (80%).  
o   Nos  estádios  iniciais  –  próstata  é  normal.  
o   Nos   estádios   intermediários   –   nódulos  
circunscritos,   duros,   sensação   tátil   provocada  
pelas  articulações  dos  dedos.    
o   Nos  estádios  avançados  –  consistência  lenhosa,  
o   pétrea,   irregular,   assimétrica,   fixa,   com  
apagamento  do  sulco  mediano.  
•   Prostatite    
o   Infecção   da   glândula   prostática   causada   por  
microorganismos,  notadamente  gram-­negativos.  
Pode  ser  aguda  ou  crônica.    
o   Via   hematogênica   –   inf.   aguda   do   trato  
respiratório  sup.,  extração  de  dentes  infectados  
Dinah Luz/Bruna Costa Semiologia do Ap. Rep. Masculino Setembro/2018 9 
o   Via  ascendente  –  a  partir  da  uretra  ou  do  reto.  
o   Febre,   calafrios,   dor   lombossacra   e   perineal,  
mialgia,  artralgia,  corrimento  uretral,  sintomas  de  
irritação  vesical,  hematúria.    
o   Próstata   aumentada   de   volume,   mole,   quente,  
dolorosa.  
o   Crônica   –   assintomática   ou   oligossintomática  
(vaga  sensação  dolorosa,  desconforto  perineal,  
ardência  ejaculatória,  corrimento  uretral  aquoso  
pela  manhã).  
o   Próstata   de   tamanho   normal   com   áreas   de  
fibrose.  
  
6.   DOENÇAS  DAS  VESÍCULAS  SEMINAIS  
o   Secundárias  às  da  próstata.    
o   TB   –   nódulos   e   áreas   de   endurecimento,  
aumentada  e  fixa.    
o   Vesiculite   leva   à   debilidade   motora   dos  
espermatozoides   devido   ao   decréscimo   da  
produção  de  frutose.    
  
7.   Infertilidade  masculina  
ü   Causas  
-­   Pré-­testiculares   ou   hormonais:   doenças  
hipofisárias,   afecções   suprarrenais,   doenças  
tiroideanas,  intoxicações,  estresse.    
-­   Testiculares   ou   primárias:   congênitas   (sínd.   de  
Klinefelter,   criptoquirdia   bilateral),   adquiridas  
(orquites,   varicoceles,   radiação   ionizante,  
medicamentos),  álcool,  maconha,  pesticidas.  
-­  Pós-­testiculares:  processos  obstrutivos  do  sistema  
canalicular.   Obstrução   mecânica   (congênita,  
infecções,   cirurgia),   obstrução   funcional   (deficiente  
inervação   simpática,   distúrbios   ejaculatórios,  
impotência  sexual).  
-   Imunológicas  
  
8.   Disfunção  erétil  
•   Os  estados  de  flacidez,  ereção  e  detumescência  
do  pênis  dependem  da   interação  de   fatores  de  
natureza   vascular,   endócrina,   neuromuscular   e  
psicogênica.      
•   A  integração  destes  mecanismos  é  mediada  por  
3   vias:   adrenérgica   (noradrenalina)   -­flacidez-­,  
colinérgica   (acetilcolina)-­   Erecao-­   ,   não  
adrenérgica   e   não   colinérgica-­   intumescência  
(prostaglandina  e  óxido  nítrico).  
•   Flacidez  –  via  adrenérgica  
•   Ereção   –   vias   colinérgica   e   não   adrenérgica   e  
não  colinérgica    
•   Detumescência  -­  via  adrenérgica    
ü   Causas:  
-   Psicológicas;;  
-   Endócrinas  
-   Cardiovasculares  
-   Genitourinárias    
-   Hematológicas  
-   Medicamentosas  
-   Neurológicas  
-   Respiratórias  
-   Sistêmicas  
-   Pós-­cirúrgica  
-   Traumática  
-   Álcool  e  drogas  
  
9.   INFECÇÕES   SEXUALMENTE  
TRANSMISSÍVEIS  
•   Gonorréia    
•   Uretrite  não-­gonocócica  
•   Sífilis  
-   Lesão  única,  base  endurecida.    
-   Pesquisa  direta  do  Treponema  pallidum  e  VDRL.  
  
•   Cranco  mole  
-­   Lesões   se   disseminam,   doloroso,   base   mole.  
Pesquisa  direta  do  Haemophilus  ducreyi.  
•   Condiloma  acuminado:  fator  de  risco  para  CA  
de  pênis.  
•   Linfogranuloma  venéreo  
-­   Adenite   inguinal   que   evolui   para   a   sínd.  
linfoganglionar   (elefantíase)   ou   tardiamente  para  a  
sínd.  geniorretal   (estiomene).  Na   fase   tardia  causa  
dor,  sangramento  e  sintomas  de  obstrução  intestinal  
(retite   estenosante),   podendo   levar   a   fístulas  
genitorretais.  Chlamydia  trachomatis.  
  
•   Granuloma  inguinal  
-­   Pápula   que   se   ulcera.   Comprometimento   dos  
linfáticos  inguinais,  sem  fistulização.  Corpúsculos  de  
Donovan.  Calymmarobacterium  granulomatis.

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