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Pessoa Natural

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Pesso� Natura�
1. Sujeit� d� Direit��
● O que é Sujeito?
↳ Na análise sintática, é o termo essencial da oração já que geralmente
realiza ou sofre uma ação.
↳ Termo com o qual o verbo concorda.
● Sujeito de Direitos:
↳ Titular ou possível titular de direitos e obrigações.
↳ Usar a expressão “pessoas” como sinônimo dessa classificação é
errado, visto que existem sujeitos de direito despersonalizados, isto é,
sujeitos de direitos que não são pessoas.
● Espécies de Sujeitos de Direitos:
a) Sujeitos Personalizados: aqueles que possuem personalidade
jurídica, ou seja, aptidão para adquirir direitos e contrair
obrigações; pessoas físicas e jurídicas.
b) Sujeitos Despersonalizados: aqueles que não têm personalidade
jurídica, ou seja, não tem aptidão para adquirir direitos e
contrair obrigações; só podem praticar os atos relacionados com
a sua finalidade ou para os quais estejam autorizados por lei
(condomínios); nascituros e “quase pessoas jurídicas”.
↳ espólio: conjunto de bens, direitos e dívidas deixados pelo
falecido.
↳ herança jacente: herança sem herdeiros.
↳ massa falida: acervo de bens e direitos do falido.
↳ condomínio edilício: propriedade com vários donos que é
indivisível.
● Conceito de Personalidade Jurídica:
↳ Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja,
adquire personalidade.
↳ “É a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou
deveres na ordem civil.” - Gonçalves
↳ Art 1º: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
● Personalidade:
↳ Aptidão genérica para ser titular de direitos e obrigações.
● Capacidade:
↳ Aptidão para o exercício dos direitos.
↳ Pode ser dividida em capacidade de direito e capacidade de fato.
● Capacidade Civil Plena:
↳ Aptidão para a pessoa praticar todos os atos da vida civil por conta
própria.
↳ Os maiores de 18 são plenamente capazes para os atos da vida civil a
não ser que sejam impedidos por outras circunstâncias.
● Espécies de Pessoas:
a) Pessoa Natural: ente provido de estrutura biopsicológica,
trazendo consigo uma complexa estrutura humana, composta de
corpo alma e intelecto; ser humano
b) Pessoa Jurídica: unidade de pessoas naturais ou patrimônios,
que visa a consecução de certos fins, reconhecida essa unidade
como sujeito de direitos e obrigações; agrupamento de humanos
que visam fins de interesse comum.
● Início da Personalidade Jurídica:
↳ Art 2º: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com
vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
↳ O início da personalidade jurídica pode variar de pessoa física para
pessoa jurídica.
↳ Existem quatro teorias que discutem o início da personalidade
jurídica:
a) Teoria Natalista: exige, para a aquisição da personalidade, o
nascimento com vida; teoria adotada pelo STF.
b) Teoria da Viabilidade: condiciona o início da personalidade à
existência fisiológica de vida, isto é, de órgão essenciais ao corpo
humano; é adotada na frança.
c) Teoria Concepcionista Simples: defende o início da
personalidade desde a concepção/fecundação considerando o
nascituro omo pessoa, para certos direitos; teoria adotada pelo
STJ.
d) Teoria Concepcionista Pura: é uma teoria extrema, que sustenta o
fato de o nascituro já ter personalidade jurídica, pois já é titular
titular autônomo de direitos desde a sua
concepção/fecundação.
↳ O sistema jurídico brasileiro reconhece alguns direitos ao
nascituro, que não dependem do seu nascimento com vida, mas
que GARANTEM seu nascimento com vida.
↳ Direito à integridade física e à vida: “Toda pessoa tem o
direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser
protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.
Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.
‘ ↳ Direito ao nascimento sadio, harmonioso e em condições
dignas e direito da gestante ao atendimento pré-natal: “A criança
e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam
o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência."
↳ Direito a receber alimentos.
↳ O grande tema das teorias giram em torno acerca do momento
em que a vida começa e em que momento a personalidade do
indivíduo começa também.
↳ Existe uma quinta teoria, criada por Maria Helena Diniz, que
nacionalmente é acolhida como Teoria Mista: defendendo que os
direitos da personalidade são adquiridos desde a concepção, já
os direitos patrimoniais são adquiridos apenas com o
nascimento com vida. Portanto, o nascituro não tem
personalidade jurídica em relação aos direitos patrimoniais, mas
tem personalidade jurídica quanto à aquisição dos direitos da
personalidade.
● Nascituro:
↳ Enquanto o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da
personalidade depende do nascimento com vida, o Concepturo é o que
ainda não foi concebido , mas há esperança de ser.
↳ Art 1798º: Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já
concebidas no momento da abertura da sucessão.
↳ Art 1799º: Na sucessão testamentária podem ainda ser chamadas a
suceder:
I - Os filhos não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde
que vivas estas ao abrir-se a sucessão.”
● Direitos do Nascituro:
↳ Embora não sejam considerados pessoas, possuem a proteção legal
dos seguintes direitos desde a concepção:
1) O nascituro é titular de direitos personalíssimos (vida, pré-natal,
saúde etc.)
2) CP tipifica o crime de aborto.
3) Direito à realização do exame de DNA, para aferição da
paternidade.
4) Pode ser-lhe nomeado um curador para a defesa de seus
interesses.
5) Pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto
de transmissão inter vivos.
6) Pode ser beneficiado por legado a herança.
↳ ESSES DIREITOS SÓ TERRÃO EFEITO SE SOBREVIVER O NASCIMENTO
COM VIDA. TRATANDO-SE DE NATIMORTO, OPERA-SE A CADUCIDADE
DESSES ATOS.
2. Pe�sonalidad� � Capacidad�
● Capacidade Jurídica:
↳ Quando se adquire a personalidade jurídica, toda pessoa passa a ser
capaz de direitos e obrigações.
↳ Afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele
tem capacidade para se titular de direitos.
↳ Personalidade Jurídica e Capacidade Jurídica NÃO SE CONFUNDEM,
já que a capacidade pode sofrer limitações.
↳ É possível ser mais ou menos capaz, porém não se poder ser mais
ou menos pessoa.
● Capacidade de Direito:
↳ É a que todos têm e adquirem ao nascer com vida.
↳ É reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção, se
estendendo aos privados de discernimento e aos infantes em geral,
independentemente de seu grau de desenvolvimento mental.
↳ Personalidade e capacidade se COMPLEMENTAM: de nada valeria a
personalidade sem a capacidade jurídica, que se ajusta assim ao
conteúdo da personalidade. Só não existe capacidade de aquisição de
direitos onde falta personalidade, como no caso do nascituro.
● Capacidade de Fato:
↳ É a aptidão para exercer, por conta própria, os atos da vida civil.
↳ Por faltarem a algumas pessoas requisitos materiais (maioridade,
saúde, etc), a lei, com o intuito de proteger os indivíduos, não concede o
direito de os exercer pessoalmente e diretamente, exigindo sempre a
participação de outra pessoa, que as represente ou assiste.
↳ Exemplo: recém-nascidos possuem a capacidade de direito, podendo
herdar. Mas não têm a capacidade de fato, precisando ser
representados pelos pai.
● Capacidade Civil Plena:
↳ A qualidade daquele que detém as duas espécies de capacidade.
↳Quem só possui a capacidade de direito, tem capacidade limitada e
necessita de outra pessoa que a substitua ou complete sua vontade.
Por isso, são chamadas de incapazes.
● Incapacidade Absoluta:
↳ Art 3º: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos
da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
↳ As pessoas absolutamente incapazes devem ser representadas nos
atos ou negócios jurídicos pelos representantes legais, sem que haja
qualquer participação do incapaz.
↳ Houve alteração desse artigo do CC de 2022 para o de 2015
↳ Com essa alteração, o deficiente agora é pessoa plenamente capaz,a não ser que não consiga exprimir a sua vontade. Nesse caso, e
quando necessário, terá um curador nomeado em processo judicial.
↳ IMPORTANTE: A INCAPACIDADE RELATIVA NÃO DECORRE
PROPRIAMENTE DA DEFICIÊNCIA, MAS SIM DA IMPOSSIBILIDADE DE
EXPRIMIR A SUA VONTADE.
↳ Art 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa,
inclusive para:
I - Casar-se e constituir união estável;
II - Exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - Exercer o direito e decidir sobre o número de filhos e de ter acesso
a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - Conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização
compulsória;
V - Exercer o direito à família e à convivência familiar comunitária; e
VI - Exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como
adotante ou adotando, em igualdade de oportunidade com as demais
pessoas.
● Incapacidade Relativa:
↳ Art 4º: São incapazes, relativamente a certos atos ou á maneira de os
exercer:
I - Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - Os ébrios habituais e os viciados tóxicos;
III - Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem
exprimir sua vontade;
IV - Os pródigos.
↳ Essas pessoas podem praticar pessoalmente os atos da vida civil,
desde que assistidas pelos representantes legais.
● Representação:
↳ É um meio legal de suprimento das incapacidades de um indivíduo
incapaz absoluto.
↳ O incapaz não esboça a sua vontade em relação à decisão, pois essa
é tomada pelo representante.
↳ O ato é praticado pelo representante em nome do incapaz, que sequer
participa do ato.
● Assistência:
↳ É um meio legal de suprimento das incapacidades de um indivíduo
incapaz relativo.
↳ O próprio incapaz decide se pratica ou não o ato, esboçando a sua
vontade, limitando o assistente a apenas presenciá-lo.
↳ O ato é praticado pelo próprio incapaz, mas na presença do
assistente.
● Emancipação:
↳ Ato jurídico que antecipa os efeitos civis da aquisição da maioridade e
da capacidade civil plena, para data anterior àquela em que o menor
atinge dezoito anos.
↳ O menor passa a ser capaz, porém não deixa de ser menor.
↳ É um ato definitivo, irretratável e irrevogável.
3. Fi� d� Pe�sonalidad�
● Espécies de Morte:
↳ Art 6º: A existência da pessoa natural termina com a morte;
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza
a abertura de sucessão definitiva.
↳ Art 7º: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de
vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for
encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos,
somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e
averiguações, devendo a sentença fixar a dara provável do falecimento.
A) Morte Real: que pressupõe a existência do cadáver.
↳ É atestada pelo médico.
↳ Se não houver médico, será atestada por duas pessoas que
tiverem presenciado ou verificado o fato.
↳ Hoje se entende que a verdadeira morte é a cerebral do tipo
encefálica, revelada pela ausência de impulsos cerebrais.
B) Morte Ficta ou Presumida: ocorre quando, a despeito do cadáver
não ser encontrado, há um juízo de probabilidade acerca de sua
ocorrência, apurada por meio da lógica. Se verifica em duas
hipóteses:
↳ Se for extremamente provável a morte de quem estava em
perigo de vida.
↳ Se alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro
de guerra não for encontrado até dois anos após o término da
guerra.
↳ Efeitos: nessas hipóteses, a medida cabível é a ação de
justificação de óbito e não a ação declaratória de ausência.
C) Ausência: é um estado de fato, em que uma pessoa desaparece
de seu domicílio, sem deixar qualquer notícia.
↳ É a espécie de fim de personalidade que se verifica com a
sentença definitiva de ausência, prolatada depois de dez anos
do trânsito.
↳ Existe apenas a suspeita da morte e não uma probabilidade.
↳ A medida cabível é a declaração de ausência.
↳ Curadoria do ausente: quando uma pessoa desaparece de seu
domicílio sem deixar notícia, nem representante ou procurador,
teremos um patrimônio com titular, mas sem um administrador.
↳ Nesse cenário, o Poder Judiciário, com uma declaração fática
da ausência, reconhecerá tal circunstância e nomeará um
curador, que irá gerir os negócios do ausente até o seu eventual
retorno.
● Comoriência:
↳ Art 8º: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros,
presumir-se-ão simultaneamente mortos.
↳ É a morte de duas ou mais pessoas, encontradas na mesma situação,
sendo elas herdeiras entre si.
↳ A comoriência é presumida, já que existem dúvidas sobrem quem
faleceu primeiro.
● Efeito da Comoriência:
↳ Os comorientes não herdam entre si, ou seja, não acontece
transmissão de bens.
↳ Exemplo: um casal não possui descendentes nem ascendentes; o
marido (MO) tem apenas um primo (PO) e a mulher (ME) apenas uma
irmã (IM).
↳ Nesse caso, se o marido pré-morreu a esposa, esta recolhe a herança
e a passa inteiramente para a irmã.
↳ Nesse caso, se a mulher pré-morreu o marido, este recolhe a herança e
a passa inteiramente para o primo.
↳ Nesse caso, se for declarado comoriência, haverá divisão de herança,
ou seja, o marido passará para o primo assim como a mulher passará
para a irmã.
4. Individualizaçã� d� Pesso� Natura�
● Individualização:
↳ É algo essencial para que os indivíduos, estarem devidamente
individualizados, para que sejam identificados como titulares de direitos
e deveres.
↳ Não é apenas de interesse individual, visto que também é interesse do
Estado para maior segurança dos negócios e da convivência social e
familiar.
● Nome:
↳ Designação pelo qual a pessoa se identifica no meio familiar ou social,
sendo o sinal mais exterior mais visível de sua individualidade.
↳ É um atributo indissociável de sua dignidade, já que permite sua
individualização e reconhecimento jurídica e social.
↳ “Toda pessoa tem direito a um prenome e aos nomes de seus pais ou
ao de um deles. A lei deve regular a forma de assegurar a todos esses
direitos, mediante nomes fictícios, se for necessário." - Convenção
Americana de Direitos Humanos.
↳ Os dois aspectos do nome:
a) Público: Estado tem sim interesse em que as pessoas se
identifiquem através do nome, por isso regulam o uso desse na
Lei dos Registros Públicos.
b) Individual: É o direito de possuir um nome, ser reconhecido por
esse e de reprimir abusos de terceiros.
↳ Artigos importantes que versam sobre o nome:
1) Art 16º: Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o
prenome e o sobrenome.
2) Art 17º: O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem
em publicações ou representações que a exponham ao desprezo
público, ainda quando não haja intenção difamatória.
3) Art 18º: Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em
propaganda comercial.
4) Art 19º: O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da
proteção que se dá ao nome.
↳ Elementos do nome:
a) Prenome: nome prórpio de cada pessoa e serve para distinguir
membros de uma mesma família.
↳ o nome pode ser simples ou composto.
↳ irmãos não podem ter o mesmo prenome, a não ser que seja
duplo, estabelecendo distinção.
↳ prenome e apelido popular podem ser livremente escolhidos
pelos pais, desde que não exponha o sujeito ao ridículo.
b) Nome ou Sobrenome: é o que identifica a procedência da pessoa,
indicando a sua filiação.
↳ se o nome completo do indivíduo não for expressamente
declarado, o oficial lançará de ofício.
↳ o nome do pai não será lançado sem que esse expressamente
autorize.
↳ o CNJ permite que as mães registrem seus filhos sem a
presença do pai.
c) Agnome: tem como função diferenciar pessoas da mesma família
que possuem o mesmo prenome e sobrenome (Filho, Neto, Júnior)
● Imutabilidade do Nome:
↳ Embora o nome seja “imutável”, existem algumas exceções.
a) Casamento: onde a mulher acrescenta o sobrenome do marido
ou vice-versa.
b) Divórcio:onde o cônjuge que adotou o nome do outro parceiro
opta por retirá-lo.
c) União Estável: mesma condição do casamento.
d) Reconhecimento de Paternidade: quando o indivíduo possue
apenas o sobrenome da mãe e após o reconhecimento da
paternidade, deseja acrescentar o sobrenome paterno.
e) Adoção: criança adotada passa a ter o sobrenome dos pais
adotivos e não biológicos.
↳ quando se adota, o vínculo com a família biológica é quebrado,
formando-se outro com a família adotiva.
↳ extinção do “poder familiar”.
f) Proteção á testemunha ou vítima: justiça autoriza para que essa
não seja identificada.
g) Estrangeiro: um nome estrangeiro de difícil pronúncia ou escrita
pode ser alterado.
h) Expuser a pessoa ao ridículo.
i) Existir erro gráfico ou de digitação.
j) Houver embaraços na vida profissional ou eleitoral.
k) Ocorrer disforia de gênero.
↳ hoje em dia não é mais necessária a cirurgia de alteração de
sexo para se alterar o nome.
↳ Procedimentos Legais para alteração do nome:
a) Via Ação Judicial: depende do entendimento do juiz acerca
dessa necessidade de alteração, deferindo o pedido e
determinando a expedição de mandado de averbação ao
Cartório do Registro Civil competente.
b) Via Informal (nome social): é feito por meio de requerimento ao
órgão ou entidade de administração pública federal direta,
autárquica e fundacional
↳ Observação: em caso de via ação judicial é preciso provar que
a mudança não deriva de dívida existente na praça.
● Estado:
↳ “É o modo particular de existir. É uma situação jurídica resultante de
certas qualidades inerentes à pessoa.” - Beviláqua
↳ Teve sua origem em Roma, já que nessa época o estado das pessoas
era de suma importância, sendo uma característica que determinava a
capacidade dos indivíduos.
↳ Existiam três tipos de status, e caso não possuísse os três não obtia
sua capacidade plena.
↳ O Estado é dividido em quatro categorias:
a) estado individual: são as características de composição orgânica
do ser humano que influenciam am sua capacidade civil.
↳ idade, cor, sexo, altura, saúde.
b) estado familiar: indica a situação da pessoa dentro da família,
quanto ao matrimônio e parentesco.
↳ solteiro, casado, viúvo/ tio, pai, filho.
c) estado político: posição do indivíduo dentro da sociedade.
↳ nacional (nato ou naturalizado) e estrangeiro.
d) estado profissional: diz respeito sobre a atuação econômica da
pessoa dentro da sociedade.
↳ O Estado possui três características principais:
a) indivisibilidade: não é possível ter mais de um Estado, ou seja, é
indivisível.
↳ a única exceção é a dupla nacionalidade.
b) indisponibilidade: não está disponível para venda, possuindo
caráter inalienável e irrenunciável.
↳ essa característica não impede a mutação do Estado devido
certos fatos.
↳ a única exceção é a venda do direito de imagem.
c) imprescritibilidade: não é possível perder ou adquirir o Estado
por prescrição, já que é algo que integra nossa personalidade
quando nascemos e desaparece quando morremos.
● Domicílio:
↳ É uma necessidade jurídica fixar as pessoas em um determinado
lugar, com o objetivo de facilitar a respostas sobre seus deveres
jurídicos.
↳ Essa noção se espalha por todos os ramos do direito:
a) Direito Internacional Privado: a personalidade e a capacidade
da pessoa são regidas pela lei do domicílio.
b) Direito Processual Penal: ação penal pública deve ser proposta
no lugar da consumação, porém, se for desconhecido o foro
competente será o domicílio do réu.
c) Direito Processual Civil: ações fundadas em direito pessoal ou
mobiliário são propostas no domicílio do réu, salvo:
01. inventário, partilha, arrecadação e cumprimento de
disposições de última vontade tem como domicílio o autor
da herança.
02. em declaração de ausência a competência é do último
domicílio ausente.
03. separação judicial, divórcio e anulação de casamento
possuem como foro competente o domicílio do guardião
do filho incapaz.
04. sobre alimentos, tem como domicílio o alimentado.
05. reparação do dano em razão de delito ou acidente de
veículo tem como domicílio o do autor ou o local do
ocorrido.
↳ Existem três tipos de domicílio, ainda que o Código Civil trate tudo
como domicílio:
a) Morada: é uma pousada eventual, um lugar onde a pessoa se
encontra e permanece sem intenção de ficar (ausência de
animus manendi)
↳ casa de praia
b) Residência: é morada habitual, um lugar onde a pessoa se
estabelece habitualmente sem ânimo definitivo.
↳ estudante que muda de cidade para estudar.
c) Domicílio: residência com ânimo definitivo, com intenção de ficar
por tempo indeterminado, é a sede jurídica da pessoa.
MORADA RESIDÊNCIA DOMICÍLIO
estabelecimento
TEMPORÁRIO
estabelecimento
PERMANENTE
estabelecimento
DEFINITIVO
caráter
PROVISÓRIO
caráter
HABITUAL
caráter
DEFINITIVO
indivíduo não
transfere toda a
sua vida para o
local.
indivíduo transfere
alguns aspectos de
toda a sua vida
para o local.
toda a vida do
indivíduo está
centrada nesse
local.
↳ Espécies de domicílio:
a) quanto ao número:
01. Domicílio Único: uma pessoa pode ter um único domicílio.
02. Domicílio Plúrimo: uma pessoa pode ter vários domicílios.
b) quanto à existência:
01. Domicílio Real: quando a pessoa têm uma residência fixa.
02. Domicílio Presumido: quando a pessoa passa a sua vida
viajando, não possuindo uma residência habitual ou
presumida, tendo como domicílio o lugar onde forem
encontradas.
c) quanto à liberdade de escolha:
01. Domicílio Necessário: é o domicílio imposto pela lei, sem
levar em conta a vontade da pessoa e se divide em:
I. Original: adquirido ao nascer.
II. Legal: fixado pela lei.
a) incapaz: tem como domicílio de seu
representante legal.
b) servidor público: tem como domicílio o lugar
em que exerce permanentemente suas
funções.
c) militar: tem como domicílio o lugar em que
serve; quando o militar é reformado só
possui o domicílio voluntário.
d) marítimo: tem como domicílio o lugar onde o
navio está matriculado.
e) preso: tem como domicílio o lugar em que
cumpre sua sentença; quando o julgamento
ainda está em trânsito, possui apenas o
domicílio voluntário.
f) itinerante: tem como domicílio o lugar em
que a pessoa for encontrada.
02. Domicílio Voluntário: é o domicílio escolhido livremente
pela pessoa.
I. Geral ou Comum: domicílio que depende da
vontade exclusiva do interessado, qualquer pessoa
que não está sujeita a domicílio necessário tem a
liberdade de se estabelecer onde bem entender.
II. Especial: se divide em dois.
a) Foro do contrato: sede jurídica estabelecida
no contrato.
b) Foro de eleição: escolhido pelas partes para
proposição da ação.

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