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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL 
PENAL
Restituição das Coisas Apreendidas, 
Medidas Assecuratórias
Livro Eletrônico
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Douglas Vargas
Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Apresentação .................................................................................................................3
Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias ........................................4
1. Medidas Assecuratórias ..............................................................................................4
1.1. Sequestro .................................................................................................................5
1.2. Hipoteca Legal ....................................................................................................... 10
1.3. Arresto .................................................................................................................. 15
1.4. Demais Disposições sobre as Medidas Assecuratórias ............................................17
2. Restituição de Coisas Apreendidas ........................................................................... 18
2.1. Aspectos Iniciais .................................................................................................... 18
2.2. Regra Geral ........................................................................................................... 19
2.3. Restituição ............................................................................................................ 19
2.4. Direito Duvidoso .................................................................................................... 19
2.5. Terceiro de Boa-Fé ............................................................................................... 20
2.6. Coisas Deterioráveis .............................................................................................. 21
2.7. Leilão .................................................................................................................... 21
2.8. Disposições Finais sobre a Restituição ..................................................................24
Resumo ........................................................................................................................25
Questões de Concurso ................................................................................................. 30
Gabarito .......................................................................................................................36
Gabarito Comentado .....................................................................................................37
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTÔNIO CARLOS VIEIRA MOTA JÚNIOR - 073.820.925, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
DIREITO PROCESSUAL PENAL
ApresentAção
Saudações queridos alunos e alunas!
Hoje vamos estudar alguns tópicos complementares de Direito Processual Penal contidos 
em seu edital:
• medidas assecuratórias;
• restituição das coisas apreendidas.
Não são assuntos que precisam ser estudados em conjunto, ou que possuem uma vasta 
quantidade de questões anteriores (como ocorre com outros temas da disciplina), mas ire-
mos exaurir todo o nosso edital, como manda o figurino.
Ao final, como de praxe, faremos aquela lista de exercícios mesclados de diversas organi-
zadoras, intensificando a nossa prática tanto quanto é possível nesse momento.
Dito isso, vamos trabalhar!
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
DIREITO PROCESSUAL PENAL
RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS, MEDIDAS 
ASSECURATÓRIAS
1. MedidAs AssecurAtóriAs
CAPÍTULO VI
DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
Art. 125. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da 
infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro. 
Durante o andamento do processo penal, pode se tornar necessário tomar providências 
que garantam a reparação do dano ou a indenização da vítima.
Muitas vezes, a ação penal leva bastante tempo para tramitar, e pode ser que a demora 
resulte na impossibilidade de garantir a eficácia da medida unicamente através da sentença 
condenatória.
Também é possível que se procure garantir o pagamento das penas pecuniárias ao Estado 
ou das despesas processuais. Além disso, talvez se faça necessário tomar alguma medida 
para impedir que o acusado obtenha lucro com a prática do delito.
Pois bem. Em todos os casos acima, são as chamadas medidas assecuratórias o meio 
idôneo para que o Estado não tenha que esperar até a sentença condenatória para agir.
Consistem, portanto, em providências tomadas no curso da ação penal, divididas em três 
espécies:
• sequestro;
• hipoteca legal;
• arresto.
Em um primeiro momento, é preciso observar que tais medidas estão submetidas ao prin-
cípio da jurisdicionalidade. Isso ocorre, pois, as medidas assecuratórias dependem, invaria-
velmente, de autorização judicial para sua decretação.
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A jurisdicionalidade das medidas assecuratórias costuma ser objeto de provas de concursos 
públicos.
Dito isso, desse momento em diante nosso objetivo será o de estudar detalhadamente cada 
uma das medidas. Vamos a elas!
1.1. sequestro
Art. 125. Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da 
infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
A primeira das medidas assecuratórias é o sequestro. A medida consiste na retenção de 
bens (que podem ser móveis ou imóveis) do indiciado ou acusado.
Tais bens devem ter sido adquiridos com o proveito da infração penal, e o objetivo do se-
questro estará em impedir que o autor possa deles se desfazer, evitando a aferição de lucro 
com a prática criminosa e viabilizando assim a reparação do dano ou indenização da vítima.
São características importantes do sequestro:
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Requisito para Decretação
Para que o sequestro possa ser decretado existe um requisito simples, narrado no art. 126 
do CPP (o qual merece ser lido):
Art. 126. Para a decretação do sequestro, bastará a existência de indícios veementes da proveni-
ência ilícita dos bens.
Momento para Decretação
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou mediante re-
presentação da autoridade policial, poderá ordenar o sequestro, em qualquer fase do processo ou 
ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
Embora seja bastante sucinto, o art. 127 nos apresenta muitas informações relevantes, 
as quais costumam ser objeto de prova e que, portanto, merecem ser esquematizadas:
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Efetivação da Medida
Art. 128. Realizado o sequestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro de Imóveis.
Uma vez que o sequestro se efetivar, o CPP aponta a necessidade de que o magistrado 
determine a inscrição da medida no Registro de Imóveis. Aqui não há muito o que adicionar 
(basta memorizar a determinação legal).
Embargos
Art. 129. O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
Nesse mesmo raciocínio, lembre-se que o sequestro, por expressa previsão legal, será 
autuado em apartado, admitindo embargos de terceiro.1
Até aqui tudo bem. Basta decorar. Mas é importante fazer a leitura combinada do art. 129 
com o art. 130 e seus incisos:
Art. 130. O sequestro poderá ainda ser embargado:
I – pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos da 
infração;
II – pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o fundamento 
de tê-los adquirido de boa-fé.
Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de passar em julga-
do a sentença condenatória.
Agora sim fica um pouco mais fácil de entender a questão dos embargos. Pode ser que os 
bens sequestrados não tenham sido adquiridos pelo acusado com os proventos da infração. 
Nesse caso, se este for capaz de provar a origem lícita dos bens sequestrados, a medida po-
derá ser embargada.
Na mesma esteira, o terceiro de boa-fé que adquiriu os bens sequestrados também pode 
embargar a medida.
Por fim, lembre-se que o parágrafo único impede que a decisão nesses embargos seja 
pronunciada antes de passar em julgado a sentença condenatória.
1 Embargos de terceiro: Tipo de ação judicial que visa proteger a posse ou propriedade de um bem apreendido por decisão 
judicial proferida em processo do qual o possuidor ou proprietário não fez parte.
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Levantamento do Sequestro
Art. 131. O sequestro será levantado:
I – se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar con-
cluída a diligência;
II – se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que assegure a aplica-
ção do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal;
III – se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado
O levantamento do sequestro nada mais é do que a perda da eficácia da medida, podendo 
ocorrer nas três hipóteses do art. 131 do CPP. Sobre as referidas situações, é  interessante 
observar:
Sequestro de Bens Móveis
Art. 132. Proceder-se-á ao sequestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas no art. 126, 
não for cabível a medida regulada no Capítulo XI do Título VII deste Livro.
O sequestro de bens imóveis, como nos apresenta o art. 132, só é cabível quando não for 
o caso de busca e apreensão (art. 240 do CPP).
Isso significa dizer, de forma mais simples, que o sequestro se aplica quando os bens são 
proventos do crime, e não um produto direto deste. O próprio art. 240 do CPP deixa isso claro:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art74iib
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art126
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloxi
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Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
Mais uma vez: Na busca e apreensão, procura-se encontrar coisas que consistem em 
produto direto do crime. Se o objetivo é atingir um provento da prática criminosa, portanto, 
proceder-se-á ao sequestro do referido bem.
Transito em Julgado
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o  juiz, de ofício ou a requerimento do 
interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público.
Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será recolhido ao Tesouro Nacional o que não couber ao 
lesado ou a terceiro de boa-fé.
Uma vez que transite em julgado a sentença condenatória, estaremos diante da avaliação 
e posterior venda do bem sequestrado em leilão público.
O detalhe interessante está no que acontece com o dinheiro apurado com o leilão: deve-se 
prover o valor necessário para beneficiar o lesado ou o terceiro de boa-fé, e se restar algum 
valor, este deve ser recolhido ao Tesouro Nacional.
Recurso
Caso exista interesse em recorrer da decisão que negou ou concedeu a medida de se-
questro, o meio idôneo é a apelação, nos termos do art. 593, II do CPP:
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não 
previstos no Capítulo anterior;
1.2. HipotecA LegAL
A segunda medida que precisamos estudar é a hipoteca legal.
O objetivo da medida, segundo NUCCI (2008): “É assegurar a indenização do ofendido pela 
prática do crime, bem como ao pagamento das custas e despesas processuais.”
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Assim, notamos que como medida assecuratória que é, a hipoteca legal possui objetivos 
alinhados ao do sequestro. No entanto, com algumas peculiaridades:
• a hipoteca legal recai sobre bens imóveis;
• a hipoteca legal recai sobre bens imóveis de origem LÍCITA;
• a hipoteca legal pode ser requerida pelo ofendido!
Vejamos o que diz o art. 134 do CPP:Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em 
qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria.
Logo de cara já percebemos também outra diferença entre o sequestro e a hipoteca legal: 
Enquanto o art. 126 determina que “bastará a existência de indícios veementes da proveni-
ência ilícita do bem”, o art. 134 rege que o ofendido poderá requerer a hipoteca legal havendo 
certeza da infração e indícios suficientes de autoria.
Momento Adequado para Decretação
Outro ponto que nos é esclarecido pela doutrina versa sobre o momento em que a hipote-
ca legal pode ser decretada, haja vista que o art. 134 não é muito claro nesse aspecto.
Atualmente, tem prevalecido o entendimento de que não é cabível a decretação de hipo-
teca legal durante a fase de inquérito policial, mas tão somente durante a fase processual.
Legitimidade
Você, aluno(a) atento(a) como é, já deve estar se fazendo uma pergunta:
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Mas, professor, apenas o ofendido pode requerer a medida? O art. 134 não fala em outros 
legitimados!
Esse é um questionamento excelente, e apesar da omissão do legislador, é pacífico o enten-
dimento doutrinário de que existem outros legitimados para requerer a medida, quais sejam:
• Ministério Público;
• representante legal do ofendido;
• seus herdeiros.
No entanto, é cabível apontar que a legitimidade do MP não é absoluta, estando limitada 
pelo art. 142 do diploma legal em estudo:
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 (Hipote-
ca Legal) e 137 (Arresto), se houver interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o 
requerer.
Portanto, segundo o CPP, são dois os casos em que o MP possui legitimidade ativa para 
promover a hipoteca legal (e o arresto, o qual iremos estudar a seguir):
• Interesse da Fazenda Pública (cuidado);
• Ofendido pobre que o requerer.
Há duas observações doutrinárias a respeito da legitimidade do MP, as quais DEVEM ser ob-
servadas:
• a doutrina entende que o MP não pode mais atuar em prol da Fazenda Pública (Art. 142, 
primeira parte) sob a vigência da CF/88, em razão do art. 129, IX;
• ressalte-se, ainda, que para atuar em seu favor, cada ente federativo possui seu próprio 
órgão de advocacia pública.
IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, 
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
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Lembre-se, ao estudar o CPP, que o diploma legal (apesar das diversas reformas ao longo do 
tempo) é anterior à CF/88 e ainda possui diversos artigos inalterados. E nesse sentido, fique 
atento ao enunciado da questão (se formulada com base na literalidade do artigo, ou baseada 
no entendimento doutrinário vigente).
No caso de ofendido pobre, o MP só terá legitimidade para atuar caso não exista Defenso-
ria Pública na região. Trata-se do que a doutrina e o STF chamam de inconstitucionalidade 
progressiva: À medida que a Defensoria se estrutura nos estados, a norma passa a se tornar 
inconstitucional.
Confuso, certo? Eu sei. Vamos esquematizar!
Especialização da Hipoteca
Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte estimará o valor da res-
ponsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel ou imóveis que terão de ficar especialmente 
hipotecados, o juiz mandará logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à ava-
liação do imóvel ou imóveis.
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Como nos ensina Renato Brasileiro, a especialização nada mais é do que uma estimativa 
do valor da responsabilidade civil do agente ou do valor do bem designado para hipoteca.
Nesse sentido, possui quatro fases, narradas entre os parágrafos 1º e 5º do CPP:
• Petição:
§ 1º A petição será instruída com as provas ou indicação das provas em que se fundar a estimação 
da responsabilidade, com a relação dos imóveis que o responsável possuir, se outros tiver, além 
dos indicados no requerimento, e com os documentos comprobatórios do domínio.
• Nomeação de perito + apresentação do laudo:
§ 2º O arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliação dos imóveis designados far-se-ão 
por perito nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial, sendo-lhe facultada a consulta 
dos autos do processo respectivo.
• Manifestação das partes:
§ 3º O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrá em cartório, poderá corrigir o arbi-
tramento do valor da responsabilidade, se lhe parecer excessivo ou deficiente.
• Decisão:
§ 4º O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis necessários à garantia 
da responsabilidade.
§ 5º O valor da responsabilidade será liquidado definitivamente após a condenação, podendo ser 
requerido novo arbitramento se qualquer das partes não se conformar com o arbitramento anterior 
à sentença condenatória.
Importante: Para o STF (Informativo n. 708), o juiz pode suplementar a aplicação de medidas 
cautelares, mesmo de ofício. Assim sendo, tal previsão aplica-se aos parágrafos 3º e 4º, haja 
vista que as medidas assecuratórias nada mais são do que medidas cautelares patrimoniais.
Cancelamento da Hipoteca Legal
A hipoteca legal será cancelada ante a aplicação do art. 141 do CPP, o qual merece ser lido:
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu for 
absolvido ou julgada extinta a punibilidade.
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Últimas Observações sobre a Hipoteca Legal
Por fim, antes que possamos passar para a análise do arresto, é importante tomar nota 
das seguintes peculiaridades sobre a hipoteca legal:
• Cabe apelação contra a decisão que denega ou concede a especialização da hipoteca 
legal (por aplicação do art. 593, II, CPP);
• Uma vez passada em julgado a sentença condenatória, remetem-se os autos da hipo-
teca ao juízo CÍVEL (Art. 143 CPP);
• O processo de especialização corre em autos apartados (Art. 138 CPP).
1.3. Arresto
Art. 136. O arresto do imóvel poderáser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 
15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
Muitas vezes, a própria hipoteca legal, mesmo com seu caráter de medida cautelar, é mo-
rosa. Em outras palavras: A inscrição da hipoteca legal pode demorar demais, o que, em al-
guns casos, pode prejudicar sobremaneira a eficácia da medida.
Assim sendo, surge a possibilidade legal de que se decrete, desde logo, o arresto do imó-
vel, antes mesmo que seja instaurado o procedimento de inscrição da hipoteca legal.
É por esse motivo que a doutrina chama o arresto de arresto prévio ou preventivo, lhe 
concedendo natureza de medida verdadeiramente precautelar, preparatória para a execução 
da hipoteca legal.
O arresto possui a finalidade de tornar inalienável o bem imóvel do acusado até que se efetive 
o registro da hipoteca legal.
Agora sim fica mais fácil entender o que o legislador quis dizer com o art. 136:
É possível, desde logo, decretar o arresto do imóvel (de modo que o bem se torne inalienável e que 
se garanta a eficácia da medida), arresto esse que deverá ser revogado se, em 15 dias, o processo 
de inscrição hipoteca legal não tiver sido promovido.
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Bens Penhoráveis
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão 
ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal 
dos imóveis.
Em alguns casos, o responsável pode não possuir bens imóveis (ou estes podem ter valor 
insuficiente em relação ao necessário para a causa). Se este for o caso, é possível o chamado 
arresto de bens móveis penhoráveis, nos mesmos termos em que se faculta a hipoteca legal.
Trata-se, conforme nos ensina a melhor doutrina, de medida RESIDUAL.
Quanto às demais disposições sobre o arresto de bens penhoráveis, não é necessário 
elaborar muito sobre aspectos doutrinários, sendo essencial apenas a leitura dos demais 
dispositivos legais sobre o tema:
§  1º  Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente deterioráveis, proceder-se-á na forma 
do § 5º do art. 120.2
§ 2º Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a ma-
nutenção do indiciado e de sua família.
Felizmente, algumas das mesmas disposições que se aplicam à hipoteca legal aplicam-
-se ao arresto, o que facilita nosso estudo:
• a tramitação da especialização do arresto em autos apartados (art. 138);
• o levantamento do arresto segue as mesmas condições do cancelamento da hipoteca 
(art. 141);
• a remessa ao juízo cível (art. 143).
E por fim, temos que tomar nota de dois aspectos finais sobre o arresto:
• Art. 139 do CPP: O depósito e a administração dos bens arrestados ficam sujeitos ao 
regime do processo civil;
• Recurso: A decisão que nega ou admite o arresto NÃO admite recurso, cabendo apenas 
Mandado de Segurança a depender do caso concreto.
2 Art. 120, §5º, CPP: Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e levadas a leilão público, depositan-
do-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa idônea e assinar termo de respon-
sabilidade.
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
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1.4. deMAis disposições sobre As MedidAs AssecurAtóriAs
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público poderão requerer no juízo 
cível, contra o responsável civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137.
Seguindo em nossa leitura do Código de Processo Penal, é preciso ainda esclarecer algu-
mas disposições finais do Capítulo em estudo.
Em primeiro lugar, note-se que os interessados (e o MP, nos casos excepcionais aos quais 
já estudamos) podem requerer, na esfera cível e contra o responsável civil, as medidas de hi-
poteca legal, arresto e o arresto de bens móveis.
Alienação Antecipada
Outro aspecto interessante (o qual só foi adicionado ao CPP em 2012) está na possibi-
lidade da alienação antecipada de bens que foram objeto de medidas assecuratórias e que 
possam sofrer deterioração ou depreciação.
Tal previsão consta no art. 144-A do CPP, o qual deve ser lido em sua integralidade:
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre 
que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificul-
dade para sua manutenção.
§ 1º O leilão far-se-á preferencialmente por meio eletrônico.
§ 2º Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na avaliação judicial ou por valor maior. Não 
alcançado o valor estipulado pela administração judicial, será realizado novo leilão, em até 10 (dez) 
dias contados da realização do primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não inferior a 
80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliação judicial.
§ 3º O produto da alienação ficará depositado em conta vinculada ao juízo até a decisão final do 
processo, procedendo-se à sua conversão em renda para a União, Estado ou Distrito Federal, no 
caso de condenação, ou, no caso de absolvição, à sua devolução ao acusado.
§ 4º Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, títulos, valores 
mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, o juízo determinará a conversão do 
numerário apreendido em moeda nacional corrente e o depósito das correspondentes quantias em 
conta judicial.
§ 5º No caso da alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade 
de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a expedição de certificado de registro e 
licenciamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e 
tributos anteriores, sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário.
§ 6º O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito negoci-
áveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou publicação no órgão oficial.
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
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2. restituição de coisAs ApreendidAs
O segundo (e último) tema que precisamos estudar na aula de hoje é o procedimento de 
restituição de coisas apreendidas.
Previsto no CPP entre os artigos 118 e 124, é assunto relativamente simples e objetivo, 
mas que não pode ser negligenciado de forma alguma.
2.1. Aspectos iniciAis
No âmbito do processo penal, é possível que objetos sejam apreendidos (no âmbito do 
cumprimento de mandado de busca e apreensão ou mesmo em sede de flagrante de delito) 
com o objetivo de possibilitar o esclarecimento do delito ou de sua autoria.
Nesse sentido,eventualmente o poder público deverá resolver a destinação do bem (o 
qual poderá ser restituído, ou não, a depender do caso concreto).
Alguns objetos, mesmo após o trânsito em julgado da sentença final, não podem ser restituí-
dos, nos termos do art. 119 do CPP:
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não poderão ser restituídas, 
mesmo depois de transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem ao lesado ou a ter-
ceiro de boa-fé.
Muito cuidado. Embora o CPP encontre-se com a redação antiga, é o art. 91, inciso II do 
Código Penal que nos apresenta quais são os objetos que não podem ser restituídos:
Art. 91, II – a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte 
ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente 
com a prática do fato criminoso.
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime 
quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior.
§  2º  Na hipótese do §  1º, as  medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão 
abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de perda.
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2.2. regrA gerAL
Até aqui, tudo tranquilo: Já sabemos que durante o processo penal pode surgir a necessida-
de de apreender objetos com o fito de esclarecer as circunstâncias ou a materialidade do delito.
Também aprendemos que algumas coisas não podem ser objeto de restituição. O que 
ficou faltando, propositalmente, é a regra geral, prevista no art. 118 do CPP:
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser 
restituídas enquanto interessarem ao processo.
Assim sendo, verifica-se que, antes do transito em julgado da sentença final, as coisas 
apreendidas NÃO poderão ser restituídas ENQUANTO interessarem ao processo. Essa é a 
regra geral, e talvez o artigo mais importante do capítulo em estudo.
Passemos agora ao próximo tópico importante: quem determinará a restituição da coisa 
apreendida, se for o caso de fazê-lo?
2.3. restituição
Segundo o art. 120 do CPP, é possível que a restituição da coisa apreendida seja determi-
nada tanto pela autoridade policial quanto pelo magistrado. Vejamos:
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, me-
diante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
2.4. direito duvidoso
É comum, principalmente em apreensões realizadas em flagrante de delito, que venha a 
surgir dúvida sobre o direito do reclamante. Ou seja: o indivíduo alega ser o proprietário de 
determinado objeto apreendido, mas não consegue provar, com clareza, seu direito sobre ele.
Nesses casos, o parágrafo 1º do art. 120 esclarece o procedimento:
Art. 120, § 1º: § 1º Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição autuar-se-á em apartado, 
assinando-se ao requerente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal caso, só o juiz criminal 
poderá decidir o incidente.
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Assim sendo, note que apenas o juiz criminal é que poderá restituir a coisa em caso de 
direito duvidoso. Anote-se ainda que o pedido de restituição, nesses casos, será autuado em 
apartado, e o requerente terá 5 dias para provar seu direito sobre o bem.
2.5. terceiro de boA-Fé
Outro incidente que ocorre na mesma esteira é o do terceiro de boa-fé. Em alguns casos, 
a coisa apreendida estava em poder de terceiro de boa-fé, o qual será intimado para provar 
seu direito, na forma do art. 120, §2º do CPP:
§ 2º O incidente autuar-se-á também em apartado e só a autoridade judicial o resolverá, se as 
coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que será intimado para alegar e provar o 
seu direito, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar.
Também nesse caso apenas o juiz criminal poderá resolver o incidente.
Outro ponto importante: no que diz respeito ao pedido de restituição, a oitiva do MP é 
obrigatória:
§ 3º Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério Público.
Este é um ponto que causa discussão na doutrina. Prevalece atualmente o entendimento 
de que a oitiva do MP é obrigatória em ambos os casos (mero pedido de restituição e nos ca-
sos em que é necessário instaurar o incidente), haja vista que o legislador não fez distinção.
Entretanto, existe posição em sentido diferenciado (como a do renomado mestre Renato 
Brasileiro) segundo a qual a oitiva do MP seria obrigatória apenas nos casos em que houver 
incidente de restituição (a ser realizada pelo juiz criminal), haja vista que nos casos em que 
não há dúvida, a própria autoridade policial pode proceder, ainda que sem autorização judicial.
Essa posição é bastante realista (haja vista a dificuldade prática de que a autoridade po-
licial consiga prévia manifestação do órgão ministerial para proceder à todas as restituições 
mais simples), mas lembre-se que se trata de entendimento minoritário.
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Mas professor, e se a dúvida permanecer, mesmo em juízo?
Essa é uma outra excelente questão, à qual o legislador não se furtou a responder:
§ 4º Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterá as partes para o juízo 
cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro que as deti-
nha, se for pessoa idônea.
2.6. coisAs deterioráveis
Assim como ocorre no caso das medidas assecuratórias, a possibilidade de deterioração 
de coisas apreendidas também é aspecto relevante, cujo modo de tratamento também foi 
previsto na literalidade do CPP:
§ 5º Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e levadas a leilão público, 
depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa 
idônea e assinar termo de responsabilidade.
2.7. LeiLão
Caso a coisa apreendida tenha sido adquirida com os proventos da infração (caso muito 
comum em crimes de corrupção, por exemplo), o CPP rege que, após o transito em julgado, 
deve-se realizar o leilão do objeto, recolhendo ao Fundo Penitenciário Nacional aquilo que não 
couber ao lesado ou ao terceiro de boa-fé:
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o  juiz, de ofício ou a requerimento do 
interessado ou do Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público 
cujo perdimento tenhasido decretado. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a ter-
ceiro de boa-fé. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previ-
são diversa em lei especial. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
O art. 133 merece uma leitura cuidadosa pois foi objeto de alterações em razão do pacote 
anticrime.
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Em primeiro lugar, destaque-se a mudança quanto à destinação dos valores apurados se 
não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé (e não havendo previsão diversa em lei especial). 
A destinação, segundo previsão expressa no CPP, será o Fundo Penitenciário Nacional.
Ademais, note-se ainda a adição do Ministério Público como legitimado para provocar 
o perdimento dos bens e sua avaliação e venda em leilão público (previsão que não existia 
anteriormente).
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem seques-
trado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública 
previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da 
Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas 
atividades. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infra-
ção penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização. (Incluído pela Lei 
n. 13.964, de 2019)
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o uso 
do bem pelos demais órgãos públicos. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o  juiz 
ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado 
provisório de registro e licenciamento em favor do órgão público beneficiário, o qual estará isento 
do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utili-
zação, que deverão ser cobrados de seu responsável. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de perdimento dos 
bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência 
definitiva da propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem. (Incluído pela 
Lei n. 13.964, de 2019)
Outro ponto de destaque em nosso estudo, a inovação trazida pela Lei 13.964/19 ao inse-
rir no Código o art. 133-A é elogiada pela doutrina.
Bens apreendidos em razão da prática de atividades delituosas, usualmente, eram utiliza-
dos por integrantes do poder público (autoridades judiciárias ou policiais, por exemplo), sem 
expressa previsão legal para tanto.
Com a edição do art. 133-A, adiciona-se clareza ao código, permitindo expressamente o 
uso dos bens em estudo pelos órgãos públicos, com destaque para a preferência ao órgão de 
segurança pública que participou ativamente da apreensão ou investigação sobre o referido 
bem (§1º).
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Artigos 121 e 122: cuidado!
Eis aqui um ponto muito importante. Antes da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), o proce-
dimento sobre as coisas apreendidas possuía um prazo definido após o trânsito em julgado. 
Esse prazo não é mais aplicável.
Doravante, a restituição das coisas apreendidas deve ser, no entendimento da doutrina, 
realizada em menor prazo possível, de modo que o artigo 122 foi modificado para remover o 
prazo previsto (90 dias após o trânsito em julgado) para decretação do perdimento dos bens.
Assim, atualmente o referido artigo remete diretamente ao art.  133 supramencionado, 
permitindo que, tão logo ocorra o trânsito em julgado, seja possível avaliar e vender em leilão 
os bens apreendidos:
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos da infração, aplica-se o dis-
posto no art. 133 e seu parágrafo.
Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas apreendidas serão alienadas nos termos 
do disposto no art. 133 deste Código. (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Ademais, o art. 123 também prevê uma regra genérica que possibilita o leilão de demais 
objetos apreendidos:
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Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da 
data em que transitar em julgado a sentença final, condenatória ou absolutória, os objetos apreen-
didos não forem reclamados ou não pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão, depositando-se 
o saldo à disposição do juízo de ausentes.
Importante – Art. 124-A
Outro ponto que merece destaque está no Art. 124-A, incluído no CPP pela Lei 13.964/19:
Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de arte ou de outros bens de rele-
vante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver destinação 
dos bens a museus públicos. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Aqui a doutrina não adiciona muito ao tema, apenas fazendo considerações no sentido de 
que é correta a decisão de destinar determinados bens ao local apropriado. No caso de bens 
de valor cultural ou artístico, tal previsão permite expressamente a destinação dos referidos 
bens à museus públicos.
2.8. disposições FinAis sobre A restituição
Para finalizar nosso estudo, devemos ainda verificar as seguintes peculiaridades sobre a 
restituição:
• Instrumentos do crime (perdidos em favor da União) e coisas confiscadas nos termos 
do art. 91 do CP devem ser inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver inte-
resse (art. 124);
• Suástica: por força da lei 7.716/89, produtos marcados pela cruz suástica devem ser 
confiscados.
• Recurso: da decisão que versa sobre o pedido de restituiçãocabe recurso de APELA-
ÇÃO ou MANDADO DE SEGURANÇA, a depender do caso.
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RESUMO
Medidas assecuratórias:
• sequestro;
• hipoteca legal;
• arresto.
Sequestro: consiste na retenção de bens (que podem ser móveis ou imóveis) do indiciado 
ou acusado.
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Levantamento do sequestro:
Recurso: caso exista interesse em recorrer da decisão que negou ou concedeu a medida 
de sequestro, o meio idôneo é a apelação.
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Hipoteca legal:
• a hipoteca legal recai sobre bens imóveis;
• a hipoteca legal recai sobre bens imóveis de origem LÍCITA;
• a hipoteca legal pode ser requerida pelo ofendido!
Especialização da hipoteca:
• petição;
• nomeação do perito;
• apresentação do laudo;
• manifestação das partes;
• decisão.
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Observações sobre a hipoteca legal:
• Cabe apelação contra a decisão que denega ou concede a especialização da hipoteca 
legal (por aplicação do art. 593, II, CPP);
• Uma vez passada em julgado a sentença condenatória, remetem-se os autos da hipo-
teca ao juízo CÍVEL (art. 143 CPP);
• O processo de especialização corre em autos apartados (art. 138 CPP).
Arresto: o arresto possui a finalidade de tornar inalienável o bem imóvel do acusado até 
que se efetive o registro da hipoteca legal.
É medida residual.
Pode ser decretada sobre bens móveis suscetíveis de penhora.
A tramitação da especialização do arresto também corre em autos apartados (art. 138).
O levantamento do arresto segue as mesmas condições do cancelamento da hipoteca 
art. 141).
A remessa ao juízo cível também segue o mesmo padrão (art. 143).
A decisão que nega ou admite o arresto NÃO admite recurso, cabendo apenas Mandado 
de Segurança a depender do caso concreto.
Restituição de coisas apreendidas:
• Eventualmente o poder público deverá resolver a destinação do bem (o qual poderá ser 
restituído, ou não, a depender do caso concreto);
• Alguns objetos, mesmo após o trânsito em julgado da sentença final, não podem ser 
restituídos, nos termos do art. 119 do CPP.
Regra geral: antes do transito em julgado da sentença final, as coisas apreendidas NÃO 
poderão ser restituídas ENQUANTO interessarem ao processo.
Restituição: “Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade 
policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do 
reclamante”.
Disposições finais sobre a restituição:
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• Instrumentos do crime (perdidos em favor da União) e coisas confiscadas nos termos 
do art. 91 do CP devem ser inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver inte-
resse (art. 124);
• Suástica: por força da lei 7.716/89, produtos marcados pela cruz suástica devem ser 
confiscados;
• Recurso: da decisão que versa sobre o pedido de restituição cabe recurso de APELAÇÃO 
ou MANDADO DE SEGURANÇA, a depender do caso.
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
DIREITO PROCESSUAL PENAL
QUESTÕES DE CONCURSO
questão 1 (VUNESP/2018/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Quanto às medidas assecuratórias, 
é correto afirmar que
a) depois de recebida a denúncia ou a queixa, quando os bens sequestrados ou arrestados 
estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificul-
dade para sua manutenção, para preservar-lhes o valor, o juiz determinará a alienação.
b) se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser 
arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca 
legal dos imóveis.
c) iniciada a ação penal ou a queixa-crime, o juiz poderá, de ofício, mediante requerimento do 
Ministério Público ou do ofendido, ou representação da Autoridade Policial, ordenar o seques-
tro de bens.
d) o sequestro poderá recair sobre bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos 
da infração, desde que ainda não tenham sido transferidos a terceiros.
questão 2 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) Sobre a restituição das coisas apre-
endidas e medidas assecuratórias, é correto afirmar que
a) a restituição, quando cabível, poderá ser ordenada somente pelo juiz, mediante termo nos 
autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
b) para efetivação do sequestro de bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos 
da infração, mas que já tenham sido transferidos a terceiro, o juiz criminal deverá observar o 
contraditório e a ampla defesa antes de decidir sobre o pedido.
c) das decisões relativas aos incidentes das restituições de coisas apreendidas e medidas 
assecuratórias cabem recurso em sentido estrito mediante formação de instrumento.
d) em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz deverá decidir sobre a qual 
parte cabe o direito de propriedade e determinar a restituição em favor desta, em autos apar-
tados, após ouvido o Ministério Público.
e) das rendas dos bens móveis arrestados poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo 
juiz para manutenção do indiciado e de sua família.
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
DIREITO PROCESSUAL PENAL
questão 3 (CESPE/DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) O sequestro consiste na 
medida assecuratória proposta com o fim de promover a retenção de bens imóveis e móveis 
do indiciado ou acusado, ainda que em poder de terceiros, quando adquiridos com o proveito 
da infração penal.
questão 4 (IESES/2019/TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) Sobre 
as medidas assecuratórias previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar:
a) A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida em qualquer fase do 
processo pelo ofendido, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes de autoria.
b) Caberá o sequestro dos bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos da infra-
ção, salvo se já tiverem sido transferidos a terceiros.
c) O sequestro dos bens imóveis adquiridos com os proventos da infração poderá ser orde-
nado em qualquer fase do processo, mesmo antes de oferecida a denúncia ou queixa, por 
requerimento do Ministério Público, do ofendido ou da autoridade policial, mas não de ofício 
pelo Juízo.
d) Sempre que os bens sequestrados ou apreendidos estiverem sujeitos a qualquer grau de 
deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para a manutenção, o juiz deter-
minará a alienação antecipada. Não alcançados os valores estipulados pela avaliação judicial 
no primeiro leilão, os bens poderão ser alienados, em novo leilão a ser realizado com intervalo 
mínimo de cinco dias, por valores não inferiores a 60% da avaliação.
questão 5 (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Os bens apreendidos com terceiro 
de boa-fé poderão ser restituídos pela autoridade policial quando não for necessária sua re-
tenção para o esclarecimento dos fatos.
questão 6 (MPE-PR/2019/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Sobre medidas assecura-
tórias e incidentes processuais, nos termos do Código de Processo Penal, analise as asserti-
vas abaixo e assinale a alternativa correta:
a) Contra o sequestro cabem embargos pelo acusado sob o fundamento de não terem os bens 
sido adquiridos com os proventos da infração e, pelo terceiro, a quem houverem os bens sido 
transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé.
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Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
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b) Cabe ao Ministério Público prover a hipoteca legal somente se houver interesse da Fazenda 
Pública.
c) Não havendo bens imóveis a serem sequestrados podem ser arrestados, do responsável, 
bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultado o sequestro.
d) Havendo dúvida acerca da autenticidade de documento acostado aos autos, o juiz ou rela-
tor do recurso, poderá, de ofício ou a pedido da parte, determinar a instauração de incidente 
de falsidade.
e) Homologado judicialmente o laudo que, no incidente de insanidade mental, reconhece a 
incapacidade do acusado por inimputabilidade decorrente de doença mental à época do fato 
criminoso, este deverá ser imediatamente absolvido no processo principal, com imposição de 
medida de segurança.
questão 7 (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) A hipoteca legal é medida asse-
curatória que recai sobre os bens imóveis do réu independentemente da origem ou fonte de 
aquisição, sendo cabível apelação da decisão judicial que a deferir. O juiz determinará a alie-
nação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que houver dificuldade para 
sua manutenção.
questão 8 (UFMT/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação às medidas assecuratórias, 
analise as assertivas abaixo.
I – Sequestro é a retenção da coisa, para que se disponha do bem e a decisão que o de-
creta é apelável.
II – De forma diversa da hipoteca legal, o sequestro recai sobre bens que compõem o pa-
trimônio lícito do autor da infração.
III – O levantamento do sequestro ocorre se a ação penal não for ajuizada no prazo de 90 
(noventa) dias, a contar da data em que for concluída a diligência.
IV – A especialização da hipoteca pode ser requerida pelo ofendido, seu representante legal 
ou herdeiros, bem como pelo Ministério Público.
Estão corretas as assertivas
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a) I e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
questão 9 (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) o deferimento das medidas assecu-
ratórias de natureza patrimonial previstas no Código de Processo Penal está submetido ao 
princípio da jurisdicionalidade.
questão 10 (FUNDEP/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Será o sequestro 
levantado se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias da conclusão da di-
ligência, o mesmo ocorrendo com o arresto se o réu for absolvido ou for julgada extinta sua 
punibilidade.
questão 11 (FUNDEP/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A legitimidade do 
Ministério Público para promover medidas assecuratórias, na hipótese de o ofendido pobre 
que lhe requeira, sujeita-se a inconstitucionalidade progressiva.
questão 12 (CONSULPLAN/2017/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-
TROS) Considerando a medida cautelar de sequestro, que consiste na constrição de bens 
imóveis, excepcionalmente, de bens móveis, adquiridos com os proventos de uma prática 
infracional, é correto afirmar:
a) O sequestro de bens imóveis adquiridos com proventos da infração é cabível, desde que 
recebida a denúncia, ainda que os bens já tenham sido transferidos para terceiros.
b) O julgamento dos embargos interpostos contra o sequestro, opostos pelo acusado ou por 
terceiros, independe do julgamento da ação penal.
c) As Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI podem determinar o sequestro de bens, 
dentre as medidas assecuratórias possíveis para garantia da eficácia de eventual sentença 
condenatória.
d) O Juiz poderá determinar o sequestro de bens, de ofício, antes do oferecimento da denúncia 
ou queixa.
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questão 13 (CESPE/TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito da restituição de coisas apreendi-
das, assinale a opção correta
a) Os instrumentos do crime, se a perda for decretada em favor da União, bem como as de-
mais coisas confiscadas, deverão ser inutilizados, sendo vedado que tais instrumentos ou 
coisas recebam qualquer outra destinação.
b) A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz, me-
diante termo nos autos, desde que não haja dúvida quanto ao direito do reclamante.c) Após ter sido formulado o pedido de restituição de bens apreendidos, o juiz poderá dispen-
sar a oitiva do MP e decidir o pleito de imediato.
d) Caso seja facilmente deteriorável, a coisa apreendida deverá ser avaliada e, em seguida, 
deverá ser vendida, sem que seja necessário realizar leilão público.
e) As coisas apreendidas, ainda que deixem de ser diretamente importantes ao processo, não 
poderão ser restituídas antes do trânsito em julgado da sentença final.
questão 14 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) Sobre a restituição das coisas apre-
endidas e medidas assecuratórias, é correto afirmar que
a) a restituição, quando cabível, poderá ser ordenada somente pelo juiz, mediante termo nos 
autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
b) para efetivação do sequestro de bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos 
da infração, mas que já tenham sido transferidos a terceiro, o juiz criminal deverá observar o 
contraditório e a ampla defesa antes de decidir sobre o pedido.
c) das decisões relativas aos incidentes das restituições de coisas apreendidas e medidas 
assecuratórias cabem recurso em sentido estrito mediante formação de instrumento.
d) em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz deverá decidir sobre a qual 
parte cabe o direito de propriedade e determinar a restituição em favor desta, em autos apar-
tados, após ouvido o ministério público.
e) das rendas dos bens móveis arrestados poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo 
juiz para manutenção do indiciado e de sua família.
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questão 15 (FCC/2017/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) O recurso cabível da decisão que in-
deferir o pedido de restituição de coisa apreendida é
a) Mandado de Segurança.
b) recurso em sentido estrito.
c) correição parcial.
d) agravo em execução.
e) apelação.
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GABARITO
1. b
2. E
3. C
4. a
5. E
6. a
7. C
8. a
9. C
10. C
11. C
12. d
13. b
14. e
15. e
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GABARITO COMENTADO
questão 1 (VUNESP/2018/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Quanto às medidas assecuratórias, 
é correto afirmar que
a) depois de recebida a denúncia ou a queixa, quando os bens sequestrados ou arrestados 
estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificul-
dade para sua manutenção, para preservar-lhes o valor, o juiz determinará a alienação.
b) se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser 
arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca 
legal dos imóveis.
c) iniciada a ação penal ou a queixa-crime, o juiz poderá, de ofício, mediante requerimento do 
Ministério Público ou do ofendido, ou representação da Autoridade Policial, ordenar o seques-
tro de bens.
d) o sequestro poderá recair sobre bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos 
da infração, desde que ainda não tenham sido transferidos a terceiros.
Letra b.
Conforme estudamos, é possível o arresto de bens móveis suscetíveis de penhora, nos casos 
em que o acusado não possui bens imóveis (ou em que tais bens não sejam suficientes). É o 
que prevê o art. 137 do CPP.
Ademais, note como a literalidade do texto legal sempre recebe destaque na elaboração da 
assertivas pelos examinadores:
a) Errada. Contraria o que prevê o art. 144-A CPP.
b) Errada. Contraria o que prevê o art. 127 CPP.
c) Errada. Contraria o art. 125 do CPP.
questão 2 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) Sobre a restituição das coisas apre-
endidas e medidas assecuratórias, é correto afirmar que
a) a restituição, quando cabível, poderá ser ordenada somente pelo juiz, mediante termo nos 
autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
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b) para efetivação do sequestro de bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos 
da infração, mas que já tenham sido transferidos a terceiro, o juiz criminal deverá observar o 
contraditório e a ampla defesa antes de decidir sobre o pedido.
c) das decisões relativas aos incidentes das restituições de coisas apreendidas e medidas 
assecuratórias cabem recurso em sentido estrito mediante formação de instrumento.
d) em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz deverá decidir sobre a qual 
parte cabe o direito de propriedade e determinar a restituição em favor desta, em autos apar-
tados, após ouvido o Ministério Público.
e) das rendas dos bens móveis arrestados poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo 
juiz para manutenção do indiciado e de sua família.
Errado.
Essa eu coloquei só para testar se você está seguindo minhas recomendações de leitura do 
texto legal. De fato, o art. 137, § 2º prevê a possibilidade de fornecimento de recursos das 
rendas dos bens móveis arrestados para manutenção do indiciado e de sua família.
questão 3 (CESPE/DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO) O sequestro consiste na 
medida assecuratória proposta com o fim de promover a retenção de bens imóveis e móveis 
do indiciado ou acusado, ainda que em poder de terceiros, quando adquiridos com o proveito 
da infração penal.
Certo.
Exatamente. O sequestro pode ser decretado ante os bens móveis ou imóveis do indiciado ou 
acusado, ainda que em poder de terceiros, cuja origem tem como base o proveito da infração 
penal.
questão 4 (IESES/2019/TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) Sobre 
as medidas assecuratórias previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar:
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a) A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida em qualquer fase do 
processo pelo ofendido, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes de autoria.b) Caberá o sequestro dos bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos da infra-
ção, salvo se já tiverem sido transferidos a terceiros.
c) O sequestro dos bens imóveis adquiridos com os proventos da infração poderá ser ordenado 
em qualquer fase do processo, mesmo antes de oferecida a denúncia ou queixa, por requeri-
mento do Ministério Público, do ofendido ou da autoridade policial, mas não de ofício pelo Juízo.
d) Sempre que os bens sequestrados ou apreendidos estiverem sujeitos a qualquer grau de 
deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para a manutenção, o juiz deter-
minará a alienação antecipada. Não alcançados os valores estipulados pela avaliação judicial 
no primeiro leilão, os bens poderão ser alienados, em novo leilão a ser realizado com intervalo 
mínimo de cinco dias, por valores não inferiores a 60% da avaliação.
Letra a.
Mais uma questão baseada exclusivamente no texto legal (Artigos 134, 125, 127, 144-A e §2º).
Nesse caso, é correto afirmar que a hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser 
requerida em qualquer fase do processo pelo ofendido, desde que haja certeza da infração e 
indícios suficientes de autoria. (Art. 134 do CPP).
questão 5 (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Os bens apreendidos com terceiro 
de boa-fé poderão ser restituídos pela autoridade policial quando não for necessária sua re-
tenção para o esclarecimento dos fatos.
Errado.
Questão muito boa. Lembre-se do que estudamos: No caso de restituição do bem apreendido 
com terceiro de boa-fé, apenas o magistrado poderá proceder à restituição, e não a autorida-
de policial, como prevê a assertiva.
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questão 6 (MPE-PR/2019/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Sobre medidas assecura-
tórias e incidentes processuais, nos termos do Código de Processo Penal, analise as asserti-
vas abaixo e assinale a alternativa correta:
a) Contra o sequestro cabem embargos pelo acusado sob o fundamento de não terem os bens 
sido adquiridos com os proventos da infração e, pelo terceiro, a quem houverem os bens sido 
transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé.
b) Cabe ao Ministério Público prover a hipoteca legal somente se houver interesse da Fazenda 
Pública.
c) Não havendo bens imóveis a serem sequestrados podem ser arrestados, do responsável, 
bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultado o sequestro.
d) Havendo dúvida acerca da autenticidade de documento acostado aos autos, o juiz ou rela-
tor do recurso, poderá, de ofício ou a pedido da parte, determinar a instauração de incidente 
de falsidade.
e) Homologado judicialmente o laudo que, no incidente de insanidade mental, reconhece a 
incapacidade do acusado por inimputabilidade decorrente de doença mental à época do fato 
criminoso, este deverá ser imediatamente absolvido no processo principal, com imposição de 
medida de segurança.
Letra a.
Questão que extrapola o conteúdo de nossa aula (pois trata também de incidentes processu-
ais), então não se preocupe se você não sabia responder aos itens D e E.
Quanto aos demais, a fundamentação está na literalidade dos artigos 130, 142 e 137, com 
destaque para a literalidade do art. 130, o qual prevê a possibilidade de embargos e torna 
correta a assertiva A:
Art. 130. O sequestro poderá ainda ser embargado:
I – pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos da 
infração;
II – pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o fundamento 
de tê-los adquirido de boa-fé.
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questão 7 (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) A hipoteca legal é medida asse-
curatória que recai sobre os bens imóveis do réu independentemente da origem ou fonte de 
aquisição, sendo cabível apelação da decisão judicial que a deferir. O juiz determinará a alie-
nação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que houver dificuldade para 
sua manutenção.
Certo.
Questão muito boa, na qual o examinador procurou sair um pouco da literalidade do CPP.
Em primeiro lugar, a hipoteca legal se diferencia do sequestro pois pode afetar bens imóveis 
de origem lícita, de modo que efetivamente, é aplicável independentemente da origem ou fon-
te de aquisição do bem.
Ademais, conforme estudamos, a decisão que defere ou indefere a medida, cabe apelação, por 
aplicação subsidiária nos termos do art. 593, II, CPP.
Por fim, o trecho final da assertiva (alienação antecipada) baseia-se na literalidade do art. 144-A.
questão 8 (UFMT/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação às medidas assecuratórias, 
analise as assertivas abaixo.
I – Sequestro é a retenção da coisa, para que se disponha do bem e a decisão que o de-
creta é apelável.
II – De forma diversa da hipoteca legal, o sequestro recai sobre bens que compõem o pa-
trimônio lícito do autor da infração.
III – O levantamento do sequestro ocorre se a ação penal não for ajuizada no prazo de 90 
(noventa) dias, a contar da data em que for concluída a diligência.
IV – A especialização da hipoteca pode ser requerida pelo ofendido, seu representante legal 
ou herdeiros, bem como pelo Ministério Público.
Estão corretas as assertivas
a) I e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
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c) I, II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
Letra a.
I – Exatamente conforme estudamos, o sequestro consiste, de uma forma simples, na reten-
ção da coisa. A decisão, de fato, é apelável.
II – Incorreta. O sequestro recais sobre bens ilícitos (provenientes da prática da infração penal).
III – O prazo é de 60 dias, nos termos do art. 131, I, CPP.
IV – Correta. Lembre-se do que avisamos: O requerimento da especialização da hipoteca pelo 
MP é alvo de polêmica na doutrina, mas é possível em casos excepcionais, e possui previsão 
legal que lhe ampara.
questão 9 (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) o deferimento das medidas assecu-
ratórias de natureza patrimonial previstas no Código de Processo Penal está submetido ao 
princípio da jurisdicionalidade.
Certo.
Exatamente! As medidas assecuratórias só podem ser decretadas com autorização judicial 
(princípio da jurisdicionalidade). Não há o que adicionar.
questão 10 (FUNDEP/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Será o sequestro 
levantado se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias da conclusão da di-
ligência, o mesmo ocorrendo com o arresto se o réu for absolvido ou for julgada extinta sua 
punibilidade.
Certo.
Exatamente. É o que prevê o art. 131, I, CPP.
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Douglas Vargas
Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
DIREITO PROCESSUAL PENAL
questão 11 (FUNDEP/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A legitimidade do 
Ministério Público para promover medidas assecuratórias, na hipótese de o ofendido pobre 
que lhe requeira, sujeita-se a inconstitucionalidade progressiva.
Certo.
Exatamente. Lembre-se que a legitimidade do MP, nesse caso, embora prevista expressa-
mente no CPP, é objeto de debate doutrinário e jurisprudencial.
E nesse sentido, o MP só pode assistir ao ofendido pobre que lhe requeira nos casos em que a 
Defensoria pública não está estruturada no local. Uma vez que a Defensoria vai efetivamente 
se estruturando e assumindo suas atribuições, configura-se a inconstitucionalidade progres-
siva prevista na assertiva.
Questão difícil, mas muito bem elaborada, e excelente para nossa preparação.
questão 12 (CONSULPLAN/2017/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-
TROS) Considerando a medida cautelar de sequestro, que consiste na constrição de bens 
imóveis, excepcionalmente, de bens móveis, adquiridos com os proventos de uma prática 
infracional, é correto afirmar:
a) O sequestro de bens imóveis adquiridos com proventos da infração é cabível, desde que 
recebida a denúncia, ainda que os bens já tenham sido transferidos para terceiros.
b) O julgamento dos embargos interpostos contra o sequestro, opostos pelo acusado ou por 
terceiros, independe do julgamento da ação penal.
c) As Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI podem determinar o sequestro de bens, 
dentre as medidas assecuratórias possíveis para garantia da eficácia de eventual sentença 
condenatória.
s) O Juiz poderá determinar o sequestro de bens, de ofício, antes do oferecimento da denúncia 
ou queixa.
Letra d.
a) Errada. Não há a exigência do recebimento da denúncia no art. 125 do CPP.
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b) Errada. É necessário que passe em julgado a sentença condenatória (Art. 130 CPP).
c) Errada. A medida assecuratória se submete à jurisdicionalidade (só pode ser decretada 
pelo poder judiciário).
d) Certa. É o que prevê o art. 127 do CPP.
questão 13 (CESPE/TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito da restituição de coisas apreendi-
das, assinale a opção correta
a) Os instrumentos do crime, se a perda for decretada em favor da União, bem como as de-
mais coisas confiscadas, deverão ser inutilizados, sendo vedado que tais instrumentos ou 
coisas recebam qualquer outra destinação.
b) A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz, me-
diante termo nos autos, desde que não haja dúvida quanto ao direito do reclamante.
c) Após ter sido formulado o pedido de restituição de bens apreendidos, o juiz poderá dispen-
sar a oitiva do MP e decidir o pleito de imediato.
d) Caso seja facilmente deteriorável, a coisa apreendida deverá ser avaliada e, em seguida, 
deverá ser vendida, sem que seja necessário realizar leilão público.
e) As coisas apreendidas, ainda que deixem de ser diretamente importantes ao processo, não 
poderão ser restituídas antes do trânsito em julgado da sentença final.
Letra b.
a) Errada. O art. 124 permite destinar os instrumentos a museu criminal.
b) Certa. É o que prevê o Art. 120 do CPP.
c) Errada. A oitiva do MP é obrigatória, nos termos do art. 120, §3º.
d) Errada. O leilão é necessário, conforme estudamos.
e) Errada. Se a coisa apreendida deixar de ser interessante ao processo, sua restituição é ad-
missível.
questão 14 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) Sobre a restituição das coisas apre-
endidas e medidas assecuratórias, é correto afirmar que
a) a restituição, quando cabível, poderá ser ordenada somente pelo juiz, mediante termo nos 
autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
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b) para efetivação do sequestro de bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos 
da infração, mas que já tenham sido transferidos a terceiro, o juiz criminal deverá observar o 
contraditório e a ampla defesa antes de decidir sobre o pedido.
c) das decisões relativas aos incidentes das restituições de coisas apreendidas e medidas 
assecuratórias cabem recurso em sentido estrito mediante formação de instrumento.
d) em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz deverá decidir sobre a qual 
parte cabe o direito de propriedade e determinar a restituição em favor desta, em autos apar-
tados, após ouvido o ministério público.
e) das rendas dos bens móveis arrestados poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo 
juiz para manutenção do indiciado e de sua família.
Letra e.
a) Errada. Conforme estudamos, a autoridade policial também possui essa prerrogativa.
b) Errada. Não há essa exigência no CPP. O magistrado pode decidir, e a posteriori, a decisão 
pode ser embargada se houver justificativa para tal.
c) Errada. Em alguns casos cabe apelação, em outros mandados de segurança. Não há cabi-
mento de RESE em sete de pedido de restituição ou de medidas assecuratórias.
d) Errada. Em caso de dúvida, remete-se ao juízo cível.
e) Certa. É o que prevê o art. 137, § 2º, CPP.
questão 15 (FCC/2017/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) O recurso cabível da decisão que in-
deferir o pedido de restituição de coisa apreendida é
a) Mandado de Segurança.
b) recurso em sentido estrito.
c) correição parcial.
d) agravo em execução.
e) apelação.
Letra e.
E para arrematar nossa lista, uma questão mais simples. O recurso cabível, de forma subsidi-
ária (não há previsão específica) é a apelação, baseada no art. 593, II, CPP.
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Douglas de Araújo Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado 
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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	Apresentação
	Restituição das Coisas Apreendidas, Medidas Assecuratórias
	1. Medidas Assecuratórias
	1.1. Sequestro
	1.2. Hipoteca Legal
	1.3. Arresto
	1.4. Demais Disposições sobre as Medidas Assecuratórias
	2. Restituição de Coisas Apreendidas
	2.1. Aspectos Iniciais
	2.2. Regra Geral
	2.3. Restituição
	2.4. Direito Duvidoso
	2.5. Terceiro de Boa-Fé
	2.6. Coisas Deterioráveis
	2.7. Leilão
	2.8. Disposições Finais sobre a Restituição
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 49:

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