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Disciplina de 
GESTÃO SUSTENTÁVEL
GESTÃO AMBIENTAL
João Roberto Mendes
Todos os direitos desta edição reservados à 
Universidade Tuiuti do Paraná. 
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida 
e transmitida sem prévia autorização.
Divisão Acadêmica: 
Marlei Gomes da Silva Malinoski
Divisão Pedagógica: 
Analuce Barbosa Coelho Medeiros 
Margaret Maria Schroeder
Divisão Tecnológica: 
Flávio Taniguchi 
Haydée Silva Guibor
Neilor Pereira Stockler Junior
Projeto Gráfico 
Neilor Pereira Stockler Junior
Editoração Eletrônica
Haydée Silva Guibor
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Biblioteca “Sydnei Antonio Rangel Santos” 
Universidade Tuiuti do Paraná 
Material de 
uso didático.
Universidade Tuiuti do Paraná
Reitoria 
Luiz Guilherme Rangel Santos
Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação 
Afonso Celso Rangel dos Santos
Pró-Reitoria Administrativa 
Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró-Reitoria Acadêmica 
Carmen Luiza da Silva
Pró-Reitoria de Promoção Humana
 Ana Margarida de Leão Taborda
Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão 
 Carmen Luiza da Silva
Disciplina de
GESTÃO SUSTENTÁVEL
1º Bimestre
Unidade 1.2
GESTÃO AMBIENTAL 
João Roberto Mendes
NOTAS SOBRE O AUTOR
João Roberto Mendes – é graduado em Geografia pela 
Universidade Federal do Paraná (1998). Participação como 
bolsista em projetos de extensão universitária relacionados às 
Tecnologias da Informação e da Comunicação - TICs durante 
a graduação. Especialização em Magistério Superior (1999). 
Mestre em Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do 
Paraná - UTFPR (2002). Doutorando em Geografia pela UFPR 
(2012). Professor das Faculdades OPET (Tutor AVA); e Professor 
Adjunto dos Cursso de Pedagogia e de Tecnologia em Logística 
da Universidade Tuiuti do Paraná - UTP. Trabalha com as 
disciplinas: Tecnologias de Comunicação e Informação, Sistemas 
de Informação, Interação Humano Computador, Tecnologia da 
Informação e Metodologia do Ensino de Geografia Autor de 
livros e materiais didáticos para a EAD; Ensino de Geografia e 
Educação Ambiental.
ORIENTAÇÃO PARA LEITURA
Citação Referencial
Destaque
Dica do Professor
Explicação do Professor
Material On-Line
Para Reflexão
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO ......................................................
OBJETIVOS DO ESTUDO ..........................................................
PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................
CONCEITUAÇÃO DO TEMA ......................................................
GESTÃO AMBIENTAL ................................................................
1 O conceito de Gestão Ambiental ..............................................
2 Planejamento ambiental ...........................................................
2.1 Normativas, documentos e diretrizes ....................................
3 Fases de um projeto ambiental ................................................
4 Métodos de abordagem em projetos ambientais .....................
EXERCÍCIOS ..............................................................................
REFERÊNCIAS ...........................................................................
9
10
11
12
12
12
15
17
21
23
26
27
9
INTRODUÇÃO AO ESTUDO
Observa-se em nosso cotidiano uma maior 
preocupação da sociedade para com as questões 
ambientais. Um exemplo é o cuidado de certos 
consumidores em relação aos produtos, cujo processo 
produtivo ou o destino após o uso podem trazer danos 
ao meio ambiente. Assim, as organizações de forma 
geral, se deparam com o desafio de buscar formas 
produtivas que atendam às exigências determinadas 
pelas normativas ambientais e contribuam para uma 
melhor qualidade de vida. Nesta unidade, vamos estudar 
a evolução destas normativas e do comportamento 
social em busca da efetivação da Gestão Ambiental.
10
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar o conceito de 
Gestão Ambiental, a importância do 
planejamento ambiental e as etapas 
de um projeto de estudos ambientais 
tendo em vista a melhoria da 
qualidade de vida.
11
PROBLEMATIZAÇÃO
A Gestão Ambiental representa uma estratégia 
importante para que as organizações busquem 
vencer tal desafio. Para refletir sobre esse 
tema, são pertinentes questões como: O que 
é Gestão Ambiental? Qual a importância dos 
estudos ambientais nesse processo? Por que 
a realização desse tipo de estudo envolve a 
participação de profissionais de diversas áreas 
do conhecimento? Quais exigências se colocam 
para a efetivação do processo de Gestão 
Ambiental?
12
CONCEITUAÇÃO DO TEMA 
GESTÃO AMBIENTAL
1 O conceito de Gestão Ambiental
As mudanças nos hábitos de consumo da população, 
estimuladas pelo aumento das preocupações com as questões 
ambientais, vêm induzindo ao surgimento de novas formas de 
produção mais adequadas, aliadas aos cuidados das organizações 
quanto à sua imagem no contexto da qualidade de vida. Isso 
porque, produtos ou serviços identificados como ambientalmente 
inadequados, repercute de forma negativa em sua imagem. 
Nessa perspectiva, Seiffert (2010) destaca a mudança de 
hábitos do consumidor como uma questão-chave que desperta 
nas organizações o interesse pela Gestão Ambiental. Assim, 
ampliam-se as ações por parte das organizações para efetivação 
da Gestação Sustentável, tendo em vista um melhor entendimento 
13
desse termo em seus aspectos conceituais. Apresenta-se a 
seguir, com base em alguns autores que vem debatendo sobre o 
tema, algumas de suas concepções. 
A gestão ambiental pode ser definida, conforme Griffith 
(2005), como a arte de buscar um alinhamento entre as ações 
humanas às resistências potenciais ou existentes da própria 
natureza, de forma a converter as ameaças ambientais em riscos 
gerenciáveis. Nessa perspectiva, por meio de intervenções na 
relação entre ser humano e natureza tendo em vista uma nova 
estabilidade benéfica, tendo como referência o equilíbrio original. 
Referindo-se à gestão ambiental, Sabbagh (2011) a define 
como um processo participativo, integrado e contínuo, que 
tem como objetivo promover a compatibilização das atividades 
humanas com a qualidade e a preservação do patrimônio 
ambiental. Esse processo, segundo Philippi Jr. e Bruna (2004), 
tem início quando se promovem adaptações ou modificações no 
ambiente natural, com a finalidade de adequá-lo às necessidades 
individuais ou coletivas, o que gera o ambiente urbano nas suas 
mais diversas variedades de conformação e escala. Ainda para 
Philippi Jr. e Bruna (2004, p. 700), a gestão ambiental
é o ato de administrar, de dirigir ou reger os 
ecossistemas naturais e sociais em que se insere 
o homem, individual e socialmente, num processo 
de interação entre as atividades que exerce, 
buscando a preservação dos recursos naturais e das 
características essenciais do entorno, de acordo com 
o padrão de qualidade.
Ecossistema
É um sistema ecológico natural constituído por 
seres vivos (componente biótico) em interação com 
o ambiente (componente abiótico), onde existe 
claramente um fluxo de energia que conduz a uma 
estrutura, uma diversidade biológica e uma ciclagem 
da matéria, com uma interdependência entre os seus 
componentes. (GRISI, 2007, p. 85)
14
O que pode amenizar ou acentuar os impactos na utilização 
dos recursos naturais é a maneira como será gerido. Nesse 
sentido, o processo de gestão fundamenta-se, conforme Philippi 
Jr. e Bruna (2004), em três variáveis: 
•	A diversidade dos recursos extraídos do ambiente natural;
•	A velocidade da extração de recursos, que permite ou não a 
sua reposição;
•	A forma de disposição e tratamento dos resíduos e efluentes. 
A relação entre essas três variáveis e maneira de geri-las é 
que define o grau de impacto sobre o ambiente natural. Também 
definindo Gestão Ambiental numa perspectiva de processo, 
Lanna (2000, p. 75) afirma que este envolve a 
Referindo-se à Gestão Ambiental, Krieger et al (2006, p. 
49) a definem como um “conjunto de medidas organizacionais,responsabilidades práticas, procedimentos, processos e recursos 
de uma empresa ou de uma administração pública para execução 
de sua política ambiental”. Detecta-se nessa concepção o 
destaque aos tipos de organizações que podem direcionar ações 
de gestão ambiental, que podem ser tanto públicas quanto 
privadas.
Conforme Assunção e Lima (2011), um processo de 
Gestão Ambiental só alcança resultados significativos, quando 
há apoio de todos os atores. Isso demanda a articulação de 
todos os envolvidos, pois não há como gerir o meio ambiente 
sem a implantação de diversas ações que visem recuperar áreas 
em processo de degradação ou minimizar impactos existentes.
articulação dos diferentes agentes sociais que 
interagem em um dado espaço, com vistas a garantir 
a adequação dos meios de exploração dos recursos 
ambientais – naturais econômicos e socioculturais 
– às especificidades do meio ambiente, com base 
em princípios e diretrizes previamente acordados/
definidos.
15
2 Planejamento ambiental
Em termos gerais, o ato de planejar requer uma série 
de procedimentos que envolvem a busca de solução a um 
ou mais problemas ou atendimento a demandas específicas. 
Para isso, são delimitados os objetivos, os instrumentos e 
as bases para o alcance dos resultados.
No contexto da Gestão Ambiental, o ato de planejar 
se apresenta como um instrumento essencial para amenizar 
os impactos e evitar ações que possam trazer danos 
ao ambiente e à organização1. Buscando aprofundar as 
reflexões sobre a importância do planejamento ambiental, 
apresenta-se a definição de Santos (2004, p. 24), que concebe 
esse ato como
Essa perspectiva se alinha diretamente às características 
do processo de planejamento no contexto ambiental, pois sua 
execução torna necessária uma abordagem que leve em conta 
o conjunto de elementos que compõem o meio ambiente. 
O planejamento, segundo Fritzsons e Correa (2009), 
precisa ter caráter integrador, aborda os problemas humanos 
e ambientais, atuais e potenciais, com a visão de conjunto. 
Dessa forma, o conceito de planejamento ambiental envolve 
a organização do espaço territorial, considerando áreas 
adequadas aos diferentes usos e ocupações das terras de 
1 Organização, nesse sentido, pode ser uma organização não 
governamental, um órgão do governo ou empresa privada com fins 
lucrativos, uma, ou qualquer outro conjunto de recursos.
um processo contínuo que envolve a coleta, 
organização e análise sistematizadas das informações, 
por meio de procedimentos e métodos, para chegar a 
decisões ou escolhas acerca das melhores alternativa 
para o aproveitamento dos recursos disponíveis. 
Sua finalidade é atingir metas específicas no futuro, 
levando a melhoria de uma determinada situação e ao 
desenvolvimento das sociedades.
16
acordo com as diferentes atividades realizadas (urbano-
industriais, energético-mineradoras, agropastoris, atuais ou 
futuras). Considera-se ainda, as necessidades de preservação 
e conservação do ambiente em seus aspectos bióticos, 
abióticos e a paisagem.
Buscando uma definição mais específica, tem-se que o 
planejamento ambiental como aquele que privilegia as questões 
do meio ambiente, considerando os recursos naturais. Assim, 
conforme Godard (1997), 
Nesse sentido, há a necessidade de um diagnóstico da 
situação em estudo, o que compreende coleta, organização 
e análises sistematizadas de informações sobre a área ou 
fenômeno em questão, com o objetivo de detectar aspectos 
o conceito de recurso natural constitui um desses 
conceitos situados na interface entre processos 
sociais e processos naturais: ele resulta do olhar 
lançado pelos homens sobre seu meio biofísico, 
um olhar orientado por suas necessidades, seus 
conhecimentos e seu savoir faire. 
Preservação x Conservação da natureza
Ressalta-se que há certa confusão entre os termos 
preservação e conservação, sendo que é comum 
serem empregados como sinônimos, porém, não são. 
De acordo com Meneguzzo e Chaicouski (2010, p. 
184), o termo conservação deve ser adotado para se 
referir-se à exploração racional da natureza, ou seja, 
que considera a legislação ambiental, os preceitos 
éticos e as características recursos naturais de forma 
a mantê-los em condições adequadas para o uso das 
atuais e futuras gerações. O termo preservação da 
natureza, conforme Diegues (2000), pressupõe áreas 
protegidas sem ocupação ou intervenção humana.
17
como: recursos renováveis e não renováveis, as características 
da matéria-prima, ar, água, solo, fauna e flora. Esse processo 
exige a relação desses elementos naturais com aspectos 
socioeconômicos e culturais na interação ser humano e 
ambiente. 
Permite-se assim, por meio desse diagnóstico, a 
elaboração de propostas de Gestão Ambiental às organizações 
ou à comunidade interessada. Esse processo envolve também 
aspectos jurídicos e administrativos, ou seja, envolvendo, 
obrigatoriamente, governo e sociedade.
2.1 Normativas, documentos e diretrizes
Evidencia-se assim, a necessidade de considerar a 
legislação ambiental, diretrizes, normas, recomendações, 
estatutos e decretos. Nesse sentido, existem vários 
documentos jurídicos de alcance internacional na área 
ambiental, produzidos pela Organização das Nações 
Unidas (ONU) desde a Conferência de Estocolmo, em 
1972.
Como resultado dos debates em nível internacional 
que vem ocorrendo entre os países participantes dessas 
conferências, entre eles o Brasil, também em nível 
nacional são elaboradas leis, resoluções e outras formas 
de legislar que devem instruir projetos e ações de gestão 
ambiental. 
2.1.1 Leis, Resoluções e Decretos Federais
Dessa maneira, qualquer projeto envolvendo 
planejamento ambiental deve ter como base a legislação 
ambiental que no Brasil apresenta significativa consistência. 
A seguir, para exemplificar, apresenta-se em tabela um breve 
resumo da evolução da legislação ambiental no Brasil, que 
teve início no século XVI.
18
Evolução da Legislação Ambiental no Brasil
(continua)
Ano Leis, decretos, resoluções, etc. Estabelece
1605 Primeira lei de cunho ambiental
Regimento do Pau-Brasil, voltado à proteção 
das florestas.
1797 Carta Régia
Necessidade de proteção a rios, nascentes 
e encostas declarados como propriedade da 
coroa.
1799 Regimento de Corte de Madeiras Regras rigorosas para derrubada de árvores.
1850 Lei nº 601/1850 – Primeira Lei de Terras
A ocupação do solo e sanções para 
atividades predatórias.
1911 Decreto nº 8.843 A primeira reserva florestal do Brasil, no antigo Território do Acre.
1916 Código Civil Brasileiro
Várias disposições de natureza ecológica. 
A maioria, no entanto, reflete uma visão 
patrimonial, de cunho individualista.
1934 Código Florestal Limites ao exercício do direito de propriedade.
1934 Código de Águas
O embrião do que viria a constituir, décadas 
depois, a atual legislação ambiental 
brasileira.
1964 Lei nº 4.504/64
Estatuto da Terra. A lei surge como resposta 
a reivindicações de movimentos sociais, 
que exigiam mudanças estruturais na 
propriedade e no uso da terra no Brasil.
1965 Nova versão do Código Florestal
A ampliação das políticas de proteção e 
conservação da flora e proteção das áreas 
de preservação permanente (APP).
1967
Códigos de Caça e 
Pesca e de Mineração 
–
Lei de Proteção à 
Fauna
Atribui à União competência para legislar 
sobre jazidas, florestas, caça, pesca e 
águas, cabendo aos Estados tratar de 
matéria florestal.
1975 Decreto-Lei 4.513/75
O controle da poluição por atividades 
industriais. Empresas poluidoras ficam 
obrigadas a prevenir e corrigir os prejuízos 
da contaminação do meio ambiente.
1977 Lei 6.453/77 A responsabilidade civil em casos de danos provenientes de atividades nucleares.
19
Por toda essa evolução notadamente, sempre existiu uma grande 
demanda na busca de soluções para os problemas ambientais que são 
essenciais para a manutenção e conservação da vida, em todas as suas 
características.Fonte de Pesquisa: Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: elaborado peloautor com base em Evolução da Legislação 
Ambiental Brasileira. Disponível em: < http://www.jurisway.org.br/v2/
dhall.asp?id_dh=6921 > Aceso 16 jul. 2014.
1981 Lei 6.938/81
A Política Nacional de Meio Ambiente. A lei 
inova ao apresentar o meio ambiente como 
objeto especifico de proteção.
1985 Lei 7.347/85
A ação civil pública como instrumento 
processual especifico para a defesa do meio 
ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos.
1988
Constituição 
Federativa do 
Republica do Brasil
A primeira a dedicar capítulo especifico ao 
meio ambiente.
1991 Lei 8.171/91
A Política Agrícola com um capítulo 
especialmente dedicado à proteção 
ambiental
1998 Lei 9.605/98
Dispõe sobre crimes ambientais. A lei 
prevê sanções penais e administrativas 
para condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente.
2000 Lei nº 9.985/00
A Lei do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação, que prevê mecanismos para 
a defesa dos ecossistemas naturais e de 
preservação dos recursos naturais neles 
contidos.
2001 Lei 10.257/01
O Estatuto das Cidades que dota o ente 
municipal de mecanismos visando permitir 
que seu desenvolvimento não ocorra em 
detrimento do meio ambiente.
2005 Resolução nº 357 
Dispõe sobre a classificação dos corpos 
de água e diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento, bem como estabelece 
as condições e padrões de lançamento de 
efluentes, e dá outras providências.
2010 Lei nº 12.305/10
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, 
dispondo sobre seus princípios, objetivos 
e instrumentos, bem como sobre as 
diretrizes relativas à gestão integrada e 
ao gerenciamento de resíduos sólidos, 
incluídos os perigosos, às responsabilidades 
dos geradores e do poder público e aos 
instrumentos econômicos aplicáveis. 
20
2.1.2 A Agenda 21
Firmada na Rio-92, é um documento com mais de 
2.500 recomendações práticas, com o objetivo de preparar as 
sociedades de todo o mundo para os desafios do século XXI. 
Caracteriza-se como um programa de ação tendo em vista 
a viabilização de medidas, considerando o desenvolvimento 
sustentável.
 A partir desse documento cada país tem elaborado sua 
agenda de acordo com suas necessidades e urgências. No Brasil, 
ele vem sendo referência para projetos ambientais, principalmente 
em nível municipal. Porém, seus resultados somente serão 
visíveis em médio e longo prazo, pois sua efetivação depende 
da consonância com as diretrizes e normas estabelecidas pelos 
documentos da Agenda 21.
2.1.3 O Estatuto da Cidade
Com o objetivo de regulamentar os artigos 182 e 183 
da Constituição Federal que se refere à política urbana, 
foram estabelecidas as diretrizes gerais pela Lei 10.257, de 
10/07/2001, que são conhecidas como o Estatuto da Cidade. 
Esta legislação tem como propósito normatizar as ações 
quanto ao uso da propriedade urbana, tendo em vista o bem 
coletivo, a segurança, o bem estar da população e o equilíbrio 
ambiental. 
Diversos capítulos desse estatuto abordam aspectos 
referentes ao meio ambiente, com destaque para os 
Instrumentos de Política Urbana (Capítulo II) e o do Plano 
Diretor (Capítulo III) que enfatiza a questão da qualidade de 
vida do cidadão. 
2.1.4 A ISO 14.000
O objetivo principal da série ISO 14.000, que será 
abordada com mais detalhes da próxima unidade desse material, 
21
é a implantação do Sistema de Gestão Ambiental como busca de 
redução do desperdício, tanto em relação à matéria-prima, como 
a água e energia utilizadas e aos resíduos gerados no decorrer 
do processo produtivo, de acordo com a legislação ambiental.
Conforme Reis e Queiroz (2002), a ISO 14.000 pode 
ser aplicada em todos os países e visa promover a harmonia 
entre os interesses públicos e os usuários. No entanto, não há 
uma obrigatoriedade em relação à certificação, embora possa 
contribuir de forma significativa para uma melhor aceitação dos 
produtos produzidos pela empresa, principalmente no mercado 
internacional. 
3 Fases de um projeto ambiental
O planejamento ambiental objetiva detectar e resolver 
problemas por meio de procedimentos que exigem a adoção 
de metodologias e procedimentos para buscar soluções para 
situações criadas pela intervenção humana no ambiente natural. 
Busca-se, nesse contexto, o Desenvolvimento Sustentável. 
No Brasil, há a instrução normativa que dirige os estudos 
de impacto ambiental, atendendo à Resolução CONAMA 001/86, 
com o objetivo de licenciar os estudos ou projetos ambientais, 
que é denominado Termo de Referência. Quaisquer metodologias 
de abordagem podem ser utilizadas, desde que de acordo com 
a literatura nacional e/ou internacional sobre o assunto. Assim 
sendo, o projeto é submetido à apreciação do órgão empreendedor 
que avaliará as interações entre as diversas atividades e o 
cronograma físico de execução dos trabalhos. Conforme Farias 
(2013), esse termo precisa conter:
• O dimensionamento do problema a ser estudado: refere-se às 
características da atividade a ser implantada destacando sua 
localização, os recursos tecnológicos e financeiros a serem 
empregados. Deve destacar como serão controlados os seus 
efeitos, de contexto socioeconômicos, os objetivos da política 
de uso e ocupação do solo e a legislação em vigor. 
22
• A descrição geral do empreendimento: identificação do 
empreendedor; objetivos e justificativas do empreendimento; 
identificação do local preferencial para a instalação.
• A descrição técnica do empreendimento: detalhamento dos 
recursos tecnológicos de implementação do empreendimento; 
operações e alternativas tecnológicas; área ocupada pela 
implantação; alternativas locacionais; insumos; descartáveis e 
infraestrutura necessária para implantação.
• Os planos governamentais co-localizados: deve apresentar uma 
relação geral dos planos e programas governamentais que se 
desenvolvem ou estão propostos para a região, identificando a 
ação proposta pelo empreendedor.
• A legislação referente aos recursos naturais, ambientais, ao uso 
e ocupação do solo: refere-se à legislação atualizada aplicada 
ao projeto. 
• A área de estudo em relação às áreas de influência direta e 
indireta: refere-se às áreas de estudo ou abrangência direta e 
indireta, destacando aspectos naturais, sociais e econômicas.
• O diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e 
socioeconômico: refere-se a uma caracterização detalhada e 
atualizada da situação ambiental dos sistemas físicos, biológicos 
e socioeconômicos das áreas de influência, previamente 
delimitadas, antes da implantação do projeto.
• A identificação e avaliação dos impactos ambientais decorrentes 
da implantação e operação do projeto: os impactos precisam 
ser identificados e avaliados de acordo com a(s) metodologia(s) 
da literatura nacional e/ou internacional adotada(s) pelo 
grupo responsável pelos estudos. Deverá incluir prognósticos 
realizados nas áreas de influência e estudos quanto à viabilidade 
do empreendimento. Deverão ainda, ser mencionados, as 
alterações ambientais decorrentes das diferentes alternativas 
locacionais previstas e os estudos dos custos ambientais e 
benefícios socioeconômicos decorrentes da implantação e 
operação do projeto.
• Os programas e planos ambientais: refere-se aos programas 
e planos de gerenciamento/monitoramento das ações 
23
voltadas para a proteção ambiental e de minimização dos 
impactos negativos provocados pelas diferentes fases 
do empreendimento (incluindo programas para situações 
emergenciais e de acidentes e programas e planos 
estratégicos para incrementar os impactos positivos 
identificados).
Destaca-se que um Termo de Referência bem elaborado 
é uma das etapas fundamentais para que um estudo ou projeto 
ambiental alcance a qualidade esperada. 
4 Métodos de abordagem em projetos ambientais
No que diz respeito aos projetos ambientais, há diversas 
formas de se alcançar os objetivos e todos passam pela adoção 
do método científico, que de acordo com Lakatos e Marconi 
(1991, p. 40), consiste “num conjunto de atividades sistemáticas 
e racionais que, commaior segurança e economia, permite 
alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – 
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando” 
as decisões dos estudiosos. 
Sem a adoção de um método, não há conhecimento 
científico, que é definido por Lakatos e Marconi (1991, p. 40) 
como aquele que é “contingente, pois suas proposições ou 
hipóteses têm a veracidade ou falsidade conhecida por meio de 
experimentação [...] é sistemático”.
Dessa forma, evidencia-se a necessidade de se 
considerar métodos e técnicas de pesquisas relacionados à 
temática ambiental com o fim de se obter informações precisas 
e confiáveis sobre a problemática em questão. 
Além de se considerar a abordagem científica, os 
problemas ambientais e sua solução necessitam de uma 
abordagem inter e multidisciplinar, envolvendo diversas áreas 
do conhecimento, tais como a das engenharias, geografia, 
geologia, biologia, medicina veterinária, pedagogia, entre 
outras.
24
Diversos são os métodos e as técnicas de abordagem 
dos estudos ambientais, que se constituem em mecanismos 
estruturados para a coleta, análise, comparação e organização 
de dados e informações, de forma a construir conhecimentos 
sobre a problemática ambiental em questão. Apresenta-se a 
seguir alguns métodos e técnicas que, conforme Carvalho e Lima 
(2010), são os mais utilizados.
•	Método ad hoc: baseia-se no conhecimento de especialistas 
no assunto em questão. São mais adequados para casos que 
exigem pareceres ou resultados em curto prazo. 
•	Método de listagens de controle ou check list: São listas 
padronizadas onde se identificam e enumeram os impactos 
ambientais, a partir do diagnóstico dos especialistas em 
aspectos dos meios físico, social e econômico. 
•	Método de matrizes de correlação: são matrizes difundidas 
internacionalmente a partir da proposta de Leopold (1971). 
Permitem a análise qualitativa e uma fácil compreensão dos 
resultados, porém apresenta como limitação a alta subjetividade 
e a falta de avaliação da frequência das interações. 
•	Método de redes de interações (Networks): objetiva estabelecer 
as relações de precedência entre ações praticadas pelo 
empreendimento e os impactos consequentes, sejam eles de 
primeira ou demais ordens.
Interdisciplinar
Perspectiva de articulação interativa entre as diversas 
disciplinas científicas com o fim de enriquecê-las 
por meio de relações dialógicas entre os métodos e 
conteúdos que as constituem. (MENEZES e SANTOS, 
2002)
Multidisciplinar
Forma de abordagem em que se recorre a conceitos 
e técnicas de diversas disciplinas científicas para 
estudar um determinado elemento, porém não há 
preocupação de interligar as disciplinas entre si. 
(MENEZES e SANTOS, 2002)
25
•	Métodos quantitativos: buscam associar valores aos aspectos 
qualitativos que possam ser formulados durante a avaliação de 
impactos de um projeto. É viável para empreendimentos que 
envolvem a utilização de recursos hídricos, com a intenção de 
promover uma abordagem sistemática.
•	Modelos de simulação: são modelos matemáticos destinados 
a representar tanto quanto possível os parâmetros ambientais 
ou as relações de causa e efeito de determinadas ações. 
(CARVALHO e LIMA, 2010).
Ressalta-se, no entanto, que os métodos e técnicas 
não possibilitam um tratamento efetivo de todos os aspectos 
envolvidos numa determinada problemática ambiental. Isso 
porque, são muitos os fatores que precisam ser considerados 
num estudo, porém a aplicação de um método auxilia na análise 
das condições particulares do meio ambiente em cada estudos.
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EXERCÍCIOS
Todos os exercícios estão disponíveis na página 
da disciplina no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
em http://ead.utp.edu.br, para respondê-los 
é necessário fazer login.
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REFERÊNCIAS
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Implantação objetiva e econômica. São Paulo: Atlas, 2010.
30
Disciplina de 
GESTÃO SUSTENTÁVEL
Coordenadoria de Educação a Distância
Coordenação 
Marlei Gomes da Silva Malinoski
Divisão Pedagógica 
Analuce Barbosa Coelho Medeiros 
Margaret Maria Schroeder
Editoração 
Haydée Silva Guibor 
Neilor Pereira Stockler Junior

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