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Prévia do material em texto

CUIDADO, AS PERGUNTAS MUDAM.
PERGUNTA 1
Leia a charge a seguir.
Por meio da leitura da charge, infere-se que
a. educar é uma responsabilidade exclusiva dos pais.
b. os professores sempre estão corretos em suas atitudes.
c. pais e professores devem compartilhar a responsabilidade de educar.
CERTO
d. a aplicação de provas escritas é a melhor forma de avaliar a educação
infantil.
e. a educação é fundamental para a formação profissional.
0,5 pontos
PERGUNTA 2
Leia a figura.
Assinale a alternativa que traduz em linguagem verbal a mensagem da figura.
a. Os burros são incapazes de refletir sobre suas ações.
b. A cooperação é o melhor meio para realizar ações. CERTO
c. O conflito de interesses entre os indivíduos é instransponível.
d. Cada um deve cuidar do que é seu.
e. As pessoas só agem se houver motivação.
0,5 pontos
PERGUNTA 3
Leia o texto a seguir, publicado no site da Folha de Campo Grande em 5 de outubro de
2020.
Impactos no equilíbrio ambiental e riscos de extinção
Campo com flores amarelasDescrição gerada automaticamente
com confiança média
As queimadas no Pantanal devem gerar impactos diretos e indiretos no bioma, incluindo
falta de alimentos, desequilíbrio ambiental e risco de extinção de animais. É o que afirma
um relatório do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
O documento foi anexado ao inquérito da Polícia Federal que investiga quatro fazendeiros
por suspeita de iniciarem os incêndios que destruíram mais de 25 mil hectares do Pantanal,
em Mato Grosso do Sul. O Instituto Homem Pantaneiro é responsável pela gestão de
algumas reservas da Serra do Amolar, região considerada a mais preservada do Pantanal.
De acordo com o documento, assinado pela doutora em Ecologia e Conservação Letícia
Larcher e pelo médico veterinário Diego Viana, os animais do bioma podem sofrer com a
exposição de predadores, alteração de fauna, flora e alimentos, além de terem mudanças
nos padrões de comportamento, migrações e na estrutura alimentar no ecossistema.
Algumas espécies ainda podem ter o risco de extinção ampliado.
Larcher, que também é coordenadora técnica do IHP, explica que o instituto recebeu um
ofício da PF para ser anexado ao processo, pedindo algumas respostas sobre o Pantanal.
Segundo a doutora em Ecologia e Conservação, espécies de plantas podem deixar de
existir por um período de tempo, já que cada ser vivo reage diferente após o fogo. “Por
exemplo, uma espécie de planta pode demorar mais para responder quando a chuva
chegar do que outras. Um animal que está associado a essa planta vai precisar de ainda
mais tempo para conseguir se adaptar ao local queimado”, explica Larcher.
A especialista aponta que a exposição a predadores de animais que vivem no Pantanal
também aumenta após o fogo, já que a queimada deixa a superfície na mesma dimensão.
“Se pegarmos uma cotia, por exemplo, que é um roedor que se esconde em tocas, quando
essas tocas são destruídas pelo fogo, ele precisa criar locais novos para se esconder de
predadores. Sem local para fuga, elas ficam mais suscetíveis a outros predadores que não
os já naturais”, afirma.
Alterações nos alimentos, padrões de comportamento e migrações dos animais também
devem ocorrer, conforme a coordenadora técnica do Instituto Homem Pantaneiro. “Quando
o fogo destrói uma área grande, o conteúdo nutricional dos alimentos para a fauna fica
prejudicado. Os animais que hoje procuram goiaba, por exemplo, que deveria estar
florescendo, não conseguem achar e precisarão repor de alguma outra maneira.
Larcher ainda aponta que a tendência é de que o Pantanal tenha uma alteração na
estrutura trófica - com alteração nas cadeias alimentares – com a tendência de colonização
por espécies invasoras.
“Se um animal perde sua base alimentar, ele vai procurar em outro local. Por exemplo, a
onça, que se alimenta de cotias. As cotias precisam fugir para buscar uma nova
alimentação e onde haja tocas para se esconderem de predadores. A onça, sem alimento,
vai precisar deste ambiente natural também, deixando o que era antes habitado por ela,
para espécies invasoras. As mudanças de como as espécies se relacionam também é um
efeito direto do fogo, explica.
Por fim, alguns animais que já estavam em risco de extinção também devem ter o perigo
ampliado devido ao fogo, conforme o documento encaminhado à Polícia Federal.
“O tamanduá-bandeira é um exemplo que está em extinção e é muito lento, com densa
pelagem, muito suscetível ao fogo. Ele ainda se alimenta de formigas, que ficam no solo. Se
o solo pega fogo, do que ele vai se alimentar e como ele vai sobreviver, sem habilidade de
locomoção?”, argumenta a especialista.
Disponível em
<https://www.folhacg.com.br/destaque/pantanal-impactos-no-equilibrio-ambiental-e-riscos-d
e-extincao>. Acesso em 03 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A Serra do Amolar é uma reserva de responsabilidade do Instituto Homem Pantaneiro e,
por isso, não foi atingida pelo incêndio.
II. O desequilíbrio ambiental provocado pelas queimadas que castigaram o bioma afeta a
fauna e a flora e traz consequências graves na cadeia alimentar dos animais.
III. Os fatores climáticos são os principais responsáveis pelos incêndios no Pantanal, que
ameaçam a existência de espécies de plantas por um período, já que cada ser vivo reage
de modo diferente após o fogo.
IV. O tamanduá-bandeira está em extinção por ser um animal lento e não ter conseguido
fugir do fogo que se alastrou no Pantanal.
É correto o que se afirma apenas em
a. I e II.
b. II, III e IV.
c. I e III.
d. II e IV. ERRADA
e. II.
0,5 pontos
PERGUNTA 4
Leia o texto a seguir, publicado em 04 de fevereiro de 2022 no site da BBC News Brasil.
A surpreendente queda na desigualdade no trabalho que
mascara um problema econômico do Brasil
Ocimar dos Santos Mattos Junior começou a trabalhar no ano passado como operador de
serviços gerais, fazendo limpeza em uma empresa. Morador do município de Belford Roxo,
na Baixada Fluminense, o rapaz de 20 anos é parte do contingente de quase 6 milhões de
pessoas pretas ou pardas que conseguiram uma ocupação desde o segundo trimestre de
2020, quando a pandemia chegou com força ao país, interrompendo parte da atividade
econômica e levando o desemprego a nível recorde.
Mas, para Ocimar, isso não é motivo de comemoração, e sim uma consequência da crise.
Com a pandemia, seu pai perdeu o emprego de pintor automotivo. Diante disso e dos
problemas de saúde da mãe, ele se viu forçado a abandonar o cursinho que fazia,
sonhando em cursar Nutrição ou Fisioterapia.
"Tive que assumir o papel de homem da casa e correr atrás para ajudar. Isso acabou
atrapalhando meus estudos", conta o jovem, que agora ajuda a sustentar a família,
enquanto o pai faz bicos pintando carros quando aparece serviço.
O caso da família de Ocimar, que antes da pandemia tinha uma pessoa ocupada (o pai) e
agora passou a ter duas (o filho e o pai, agora trabalhando informalmente), ajuda a explicar
uma estatística inusitada.
No terceiro trimestre de 2021, a diferença no nível de emprego entre brancos e negros no
Brasil atingiu o menor patamar desde o terceiro trimestre de 2015. O dado surpreende
porque, há menos de dois anos, em consequência da dinâmica desigual do desemprego na
pandemia, essa diferença tinha atingido nível recorde.
No segundo trimestre de 2020, momento mais forte de paralisação da atividade econômica,
o percentual de pessoas brancas ocupadas em relação à população branca total em idade
de trabalhar era de 52,8%. Entre os negros (soma de pretos e pardos), essa taxa chegou
então a 46,9%. Com o forte impacto da pandemia sobre o emprego informal e a população
de baixa renda, a diferença no nível de ocupação entre brancos e negros chegou naquele
momento a 5,9 pontos percentuais, maior nível da série histórica do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que teve início em 2012.
No terceiro trimestre de 2021, pouco mais de um ano depois, o nível de emprego dos
brancos subiu para 55,8% e o dos negros, para 52,7%. O dado do terceiro trimestre é o
mais recentedisponível da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Trimestral
do IBGE, que traz estatísticas de emprego em mais detalhes do que o levantamento
mensal, com dados por idade, gênero, raça e cor.
Assim, a diferença entre as taxas caiu a 3,1 pontos percentuais no terceiro trimestre de
2021, menor patamar desde os 2,9 pontos registrados em meados de 2015, quando o
mercado de trabalho vinha de um dos momentos mais aquecidos de sua história, mas já
começava a sentir os efeitos da recessão de 2015-2016.
Essa diferença chegou a 2,4 pontos no terceiro trimestre de 2014, logo antes de a taxa de
desemprego atingir o patamar historicamente baixo de 6,6% ao fim daquele ano.
Lá em 2014, a redução da diferença no nível de emprego entre brancos e negros tinha uma
explicação clara: com o mercado de trabalho superaquecido, era fácil tanto para brancos,
como para negros — que tradicionalmente têm mais dificuldade para se empregar —,
conseguir trabalho.
Mas e em 2021? O que explica a queda da diferença no nível de emprego entre brancos e
negros, em um momento em que a taxa de desemprego estava em 12,6%, vindo de um
recorde de 14,9% em 2020?
"Também foi uma surpresa para mim", diz Daniel Duque, pesquisador do mercado de
trabalho no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Para
ele, a explicação mais plausível é o aumento da informalidade na reabertura da economia,
após a fase mais dura de distanciamento social.
"Analisando os dados por setores da economia, idade, gênero, nada disso explica a
redução da diferença. O que explica de fato é que o emprego informal se recuperou muito
mais rápido do que o formal", observa o economista.
Entre o terceiro trimestre de 2020 e igual período de 2021, foram criados 9,5 milhões de
empregos no Brasil, segundo o IBGE. Mas, desse total de pessoas ocupadas a mais, 7
milhões estavam na informalidade.
"Como a população não branca geralmente acessa mais os empregos informais, isso
acabou reduzindo a diferença no nível de emprego com relação à população branca, que
em geral tem mais empregos formais, que não se recuperaram tão rapidamente".
Ou seja: a redução da diferença racial é resultado de uma piora na qualidade do emprego,
com aumento da informalidade e queda da renda. Essa situação deve ser transitória,
explica Duque, e deve ser revertida quando o emprego formal se recuperar.
"A situação que estamos vendo agora não é estrutural, é uma circunstância devido ao
momento da recuperação econômica do mercado de trabalho na pandemia", avalia.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60148613>. Acesso em 07 fev. 2022
(com adaptações).
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas.
I. A queda da diferença no nível de emprego entre brancos e negros em 2021 é causada
pela diminuição da desigualdade racial no Brasil.
II. No segundo trimestre de 2020, foi observado o maior patamar de diferença no nível de
ocupação entre brancos e negros da série histórica do IBGE, que teve início em 2012.
III. Os motivos da redução da diferença no nível de emprego entre brancos e negros
observada em 2014 são os mesmos da redução observada em 2021, já que os cenários
econômicos eram parecidos em ambas as datas.
IV. A diminuição da diferença do nível de emprego entre brancos e negros revela uma
mudança estrutural na sociedade brasileira.
É correto apenas o que se afirma apenas em
a. I e IV.
b. II. CERTO
c. I e III.
d. II e IV.
e. I, II e IV.
0,5 pontos
PERGUNTA 5
Leia o texto a seguir.
A mulher, pioneira da vacinação, que foi
esquecida pela história
Tom Solomon – 26/12/2021
Muitos conhecem a história da descoberta da vacinação contra a varíola por Edward Jenner
em Gloucestershire, na Inglaterra, cerca de 250 anos atrás. Mas poucas pessoas ouviram
falar de Lady Mary Wortley Montagu - a socialite que, com seus experimentos pioneiros de
inoculação, definiu as bases para a descoberta de Jenner, mas cuja contribuição foi quase
totalmente esquecida.
Nascida Mary Pierrepont em 1689, ela era uma mulher vivaz e obstinada, autora de cartas e
poemas, que detinha ideias progressistas sobre o papel das mulheres na sociedade. Para
evitar um casamento arranjado, ela fugiu de casa com 23 anos de idade e casou-se com
Edward Wortley Montagu, neto do primeiro Conde de Sandwich.
Em 1716, Edward tornou-se embaixador inglês em Istambul (ou Constantinopla, como se
chamava na época), capital do Império Turco-Otomano. Foi dali que Wortley Montagu
escreveu descrições vivas da vida no oriente, especialmente das mulheres turcas, cujas
roupas, estilo de vida e tradições a intrigavam.
Mas a mais notável dessas descrições foi o método usado pelas mulheres turcas para
inoculação contra a varíola.
Havia muito tempo, observava-se que as pessoas somente contraíam essa temida doença
uma vez. Se elas sobrevivessem, ficariam imunes pelo resto de suas vidas.
Para não correr o risco de uma infecção natural com alta taxa de mortalidade, as mulheres
turcas mais idosas buscavam induzir um caso suave nas crianças com o que elas
chamavam de "enxerto".
A varíola causa bolhas e cascas sobre a pele das pessoas afligidas pela doença. As
mulheres retiravam o pus da bolha de um paciente, faziam um corte no braço da pessoa
que elas desejam proteger e esfregavam o pus naquele corte. Isso normalmente gerava
sintomas suaves, seguidos por proteção por toda a vida.
"Existem algumas mulheres idosas [aqui]", escreveu Wortley Montagu, "que se ocupam de
realizar a operação todos os anos, no outono... milhares passam por isso... [e] não há
nenhum caso de alguém que tenha morrido no processo".
A própria Wortley Montagu havia sobrevivido à varíola, mas ficado com cicatrizes no rosto.
O seu irmão havia morrido com a doença. Ela estava empenhada em proteger seu jovem
filho contra a varíola e convenceu o cirurgião da embaixada a inoculá-lo.
"O garoto foi enxertado na última terça-feira", escreveu ela em uma carta ao seu marido, "e
está agora cantando e brincando, muito impaciente à espera do jantar".
Wortley Montagu decidiu "trazer essa invenção útil para que seja adotada na Inglaterra".
Depois de dois anos, ela voltou para casa. Em 1721, houve uma epidemia de varíola e
Wortley Montagu pediu ao médico da embaixada, que havia viajado para Londres com ela,
que enxertasse sua filha, que ainda não havia sido inoculada.
Receoso pela sua reputação, o médico pediu a diversos médicos que observassem o
procedimento como testemunhas. Em abril de 1721, ele inoculou a jovem Mary Alice - foi a
primeira vez em que o procedimento foi realizado na Grã-Bretanha.
Embora os observadores tivessem ficado impressionados, outros ficaram céticos a respeito
dessa prática exótica e perigosa.
Wortley Montagu e sua filha visitaram residências de pessoas afetadas pela varíola para
demonstrar que Mary Alice estava protegida. Mas muitos médicos permaneciam cautelosos.
Não seria um procedimento arriscado? E se ele causasse doença grave ou fatal?
A princesa de Gales, amiga de Wortley Montagu, ficou convencida e fez com que seus
próprios filhos fossem inoculados. A realeza do restante da Europa seguiu seus passos,
bem como a classe alta da região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, onde a varíola
estava se espalhando.
Embora surgissem ocasionalmente casos de doença grave após a inoculação, e às vezes
fatais, o procedimento salvou milhares de vidas. A contribuição de Wortley Montagu foi
celebrada, entre outros, pelo poeta francês Voltaire, e a inoculação tornou-se um ponto de
convergência para o Iluminismo.
Setenta e cinco anos mais tarde, o médico inglês Edward Jenner, que havia sido inoculado
quando criança, levou o processo adiante. Ele percebeu que as pessoas que haviam sofrido
de varíola bovina - uma doença similar que atinge as vacas, mas é muito suave em seres
humanos - tornavam-se imunes à varíola humana.
Por isso, Jenner injetou material de varíola bovina nas pessoas e comprovou que injetar
varíola bovina utilizando a abordagem de variolação de Wortley Montagu era eficaz contra a
varíola humana.
Comprovou-se,assim, a segurança da vacinação - termo derivado da palavra latina vacca
que passou a designar o procedimento de Jenner -, que foi então adotada mundialmente.
Jenner recebeu muitos prêmios e homenagens, e seu trabalho acabou por levar à
erradicação da varíola em 1976.
Todos os estudantes de medicina em qualquer parte do mundo aprendem sobre Jenner - e
o seu retrato está exposto no Colégio Real de Medicina, em Londres.
Já Wortley Montagu, cujos esforços pioneiros estabeleceram as bases para os
experimentos de Jenner, foi esquecida. Só nos resta imaginar se o seu trabalho seria
lembrado se ela fosse um homem médico e não uma mulher socialite. Mas, agora, 300 anos
depois, o Colégio Real de Medicina de Londres está estudando a forma mais apropriada de
reconhecer sua contribuição.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59750201>. Acesso em 04
fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Lady Mary Wortley Montagu inventou o processo de variolação, mas sua descoberta foi
esquecida com a introdução pelo método desenvolvido pelo médico Edward Jenner.
II. De acordo com o texto, Edward Jenner baseou seus experimentos na abordagem de
Lady Wortley Montagu.
III. A descoberta de Edward Jenner não estava relacionada à prática desenvolvida por Lady
Wortley Montagu, pois ele observou que as pessoas que contraíam a varíola bovina ficavam
imunes à varíola humana.
É correto o que se afirma somente em
a. I e II. ERRADA
b. I e III.
c. II. POSSÍVEL
d. I.
e. II e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 6
Leia o texto a seguir.
Para que serve o saber
Mario Sergio Cortella
Clarice Lispector, grande escritora nascida na Ucrânia e que viveu no nosso país, tem uma
frase magnífica que, sintetizada, dizia: “o melhor de mim é aquilo que eu não sei”. Isso
significa que aquilo que eu não conheço é a minha melhor parte. Porque aquilo que eu já
sei é mera repetição. Aquilo que eu não sei é o que me renova, o que me faz crescer. O
conhecimento é algo que reinventa, que recria, que renova.
Essa noção é importante, pois estabelece a natureza da nossa relação com o conhecimento
e suas nuances. O gênio, por exemplo, não é aquele que julga já saber. Gênio é aquele que
sabe que não sabe tudo e continua na busca do saber. Gênio é aquele que se faz. O gênio
não desiste de conhecer. Cuidado com gente que acha que já sabe, que já conhece.
Cuidado com gente que acha que o conhecimento é algo a ser concluído.
Afinal, para que serve o conhecimento? Qual é o poder do saber? Não podemos perder a
perspectiva que a finalidade do poder é servir. Servir à vida, servir a uma comunidade,
servir às pessoas. Todo poder que, em vez de servir, serve a si mesmo, é um poder que não
serve. O poder da informação, o poder da ciência, o poder da arte é servir.
O que fazemos com o poder do nosso saber? Nós repartimos, partilhamos, o usamos para
crescer? Ou eventualmente o utilizamos para dominar? Para tornar o outro ser humano
menor? Para diminuir a vida?
Conhecimento tem a finalidade de servir à vida. Mas à vida de quem? De todas e todos. À
vida coletiva.
Disponível em
<http://www.mscortella.com.br/para-que-serve-o-saber-artigo-de-mario-sergio-cortella-7a>.
Acesso em 03 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O texto afirma que o conhecimento não tem utilidade nem finalidade na vida coletiva.
II. O processo de conhecimento estabelece uma relação de natureza cumulativa de
saberes, e, dessa forma, é finito.
III. O objetivo do texto é mostrar que mesmo os grandes escritores não sabem tudo e, por
isso, suas obras não trazem conhecimento.
IV. De acordo com o texto, o conhecimento é importante para servir à vida de todos.
É correto o que se afirma apenas em
a. I, II e IV.
b. III e IV.
c. II e IV.
d. I e III.
e. IV. CERTO
0,5 pontos
PERGUNTA 7
Leia o texto a seguir.
“Vacina” é eleita a palavra do ano de 2021 pelos brasileiros, diz pesquisa
Expressão foi escolhida por 22% dos entrevistados, seguida por ‘esperança’, com 17% das
preferências, ‘saúde’ e ‘recomeçar’. Pesquisa ouviu 1.200 brasileiros, entre os dias 6 e 9 de
dezembro.
G1SP – 17/12/2021
“Vacina” foi eleita a palavra do ano de 2021 por brasileiros ouvidos por uma pesquisa da
consultoria Cause e do Instituto de Pesquisa Ideia. O levantamento foi realizado com
amostra representativa da população brasileira de 1.200 entrevistas, entre os dias 6 e 9 de
dezembro, e 22% dos entrevistados escolheram “vacina” como a palavra que mais
representou o ano de 2021.
Em segundo lugar os entrevistados escolheram a palavra “esperança”, com 17% das
preferências, seguida por seguida por “saúde” e “recomeçar”.
O resultado de 2021 coincide com a palavra do ano eleita pelo dicionário de Oxford (de
língua inglesa): “vax”, uma abreviação para vacina que, segundo a publicação, foi usada 72
vezes mais esse ano em relação a 2020.
"A vacina foi catalisadora da esperança de brasileiros e brasileiras em 2021. A simbologia
de chegar a vez de ser vacinado alimentou a expectativa de dias melhores para os milhões
que aderiram rápido ao processo de vacinação. Não que a vacinação tenha eliminado as
incertezas da população brasileira, mas foi um grande passo de autoestima, saúde e
esperança", afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Ideia, Maurício Moura.
Disponível em
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/12/17/vacina-e-eleita-a-palavra-do-ano-de-2
021-pelos-
brasileiros-diz-pesquisa.ghtml?_ga=2.130408335.1214068104.1642699292-280742830.161
9727884. Acesso em 20 jan. 2022.
Com base na leitura, assinale a alternativa correta.
a. Apenas 22% dos brasileiros acreditam na eficácia das vacinas contra a
COVID-19.
b. A introdução da vacina contra a COVID-19 no Brasil trouxe a esperança
de dias melhores.
c. Apenas 17% dos brasileiros têm esperança de que a pandemia seja
controlada.
d. A maioria dos brasileiros escolheu a palavra vacina para expressar a cura da
COVID-19.
e. Muitos brasileiros ainda não aderiram à vacinação como método de
prevenção da COVID-19.
0,5 pontos
PERGUNTA 8
Leia o texto a seguir.
Burnout: problema é reconhecido pela OMS e faz cada
vez mais vítimas
Em 2019, uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR)
estimou que 32% da população economicamente ativa no país sofria de sintomas de
burnout. Em outro levantamento, feito já na pandemia (em 2020), 44% dos brasileiros
ouvidos disseram que o período de convívio com a covid-19 amplificou a sensação de
esgotamento profissional. Se formos transpor para números absolutos, daria algo em torno
de 39,6 milhões de trabalhadores afetados. Em um ranking de oito países sondados, o
Brasil ocupa a primeira colocação, à frente de Singapura (37%), Estados Unidos (31%) e
Índia (29%).
O assunto não passou batido pela 72ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em maio de
2019, em Genebra, na Suíça, com a participação dos 194 países-membros da Organização
Mundial da Saúde (OMS), quando se decidiu revisar a definição de burnout na Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à saúde (CID). Antes, ele
era descrito apenas como um “estado de exaustão vital”. Podia ser interpretado até como
resultado de um infortúnio em casa ou na família.
Na CID-11, que passou a vigorar em janeiro de 2022, ele ganha oficialmente o
entendimento mais aceito pelos especialistas, o de um esgotamento que é fruto do
“estresse crônico no local de trabalho”.
Embora conste na nova CID, o burnout ainda não tem status de doença. A OMS prefere
situá-lo como “fenômeno ocupacional”. Ou uma síndrome, palavra que, na terminologia
médica, se refere a um conjunto de sintomas, sejam eles físicos, psíquicos ou emocionais.
Entenda os termos (e as
diferenças)
Burnout não é um mero cansaço. Saiba o que os profissionais entendem pelas palavras
abaixo.
Cansaço: estado de fraqueza ou indisposição depois de um esforço físico ou mental. É algo
normal, e tende a passar depois de uma boa noite de sono ou de um fim de semana.
Fadiga: é uma sensação de cansaço persistente que costuma indicar uma doença—
anemia, fibromialgia, depressão – a lista é extensa. Some após o tratamento.
Burnout: é a exaustão física e mental provocada pelo trabalho — seja pela carga em si, seja
pelo clima ou pressão do ambiente. Agora é tida como síndrome ocupacional pela própria
OMS.
Depressão: foi comparada pelo físico Stephen Hawking a um buraco negro. Gera angústia e
prostração incontrolável. Sem tratamento, pode ser fatal.
BERNARDO, A. Burnout: problema é reconhecido pela OMS e faz cada vez mais vítimas.
Veja Saúde, publicado em 23 fev. 2022. Disponível em
<https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/burnout-e-reconhecido-pela-oms/>. Acesso em
25 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O burnout é atualmente definido como uma doença resultante do estresse crônico e afeta
44% da população brasileira.
II. A Assembleia Mundial de Saúde decidiu revisar o conceito de burnout na CID após
estudos realizados na pandemia de covid-19, em que houve aumento da sensação de
esgotamento profissional, principalmente entre os profissionais de saúde.
III. O burnout pode ser provocado pela carga excessiva de trabalho ou pelo clima
organizacional.
É correto o que se afirma em
a. I, II e III.
b. III, apenas. POSSÍVEL
c. II e III, apenas. ERRADA
d. I e II, apenas.
e. I e III, apenas.
0,5 pontos
PERGUNTA 9
Leia o texto a seguir.
O que é tecnologia 5G?
Para quem ainda se pergunta o que é tecnologia 5G, nós explicamos: trata-se da próxima
geração de rede de internet móvel. Essa inovação pode melhorar muito a velocidade de
navegação de dispositivos móveis, como tablets e celulares. Além disso, o 5G também
pode contribuir para o desenvolvimento da Internet das Coisas. Com isso, os dispositivos
poderão estabelecer uma comunicação entre si. Um exemplo disso é uma geladeira
inteligente que faz as compras dos itens que estão faltando. Esse tipo de solução já está
mudando a maneira como vivemos. Ao passo que o 5G se torna mais popular e abrangente,
novos serviços poderão ser oferecidos e novas possibilidades se tornarão reais. Além disso,
as coisas que já fazemos com nossos smartphones ficarão ainda melhores.
Principais vantagens da tecnologia 5G
A inovação tecnológica da internet precisa acompanhar o ritmo de evolução das demais
tecnologias. A sociedade 5.0 já é uma realidade e exige cada vez mais que sua rotina seja
facilitada pela tecnologia. Portanto, é muito importante o desenvolvimento do 5G no Brasil e
no mundo. Com uma rede mais potente, é possível que mais pessoas se conectem ao
mesmo tempo sem gerar instabilidade nem perda na velocidade da internet. Portanto, a
quinta geração tem mais capacidade de aguentar o uso simultâneo da rede. Outro ponto
que também pode melhorar é a estabilidade das conexões, evitando a queda de sinal
constante. Isso facilitará muito o uso da rede, principalmente em operações feitas em tempo
real. Como mencionado anteriormente, a velocidade é uma das mudanças mais esperadas
e que deve aumentar muito. Com isso, será possível assistir a vídeos com mais rapidez,
jogar em dispositivos móveis sem travar, entre outras atividades que já realizamos
atualmente. Com a mudança para o 5G, também é possível usar a internet em aparelhos
celulares consumindo menos bateria do que a rede 4G. Isso gera um consumo de energia
menor, o que beneficia não só o meio ambiente como também gera economia financeira.
Disponível em <https://www.totvs.com/blog/inovacoes/tecnologia-5g/>. Acesso em 02 fev.
2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A partir do exposto, é possível concluir que o uso da tecnologia 5G facilitará o
desenvolvimento das atividades de vários setores da economia, com impactos positivos na
produtividade.
II. O texto trata, primordialmente, da sociedade 5.0, em que a proposta é desenvolver um
modelo de organização social que utiliza várias tecnologias integradas.
III. O emprego da tecnologia 5G beneficiará o uso efetivo da Internet das Coisas, uma vez
que todos os aparelhos atualmente já contam com sensores e interfaces para que a
conectividade se estabeleça.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. I e II, apenas. CERTO
c. I e III, apenas.
d. II, apenas.
e. I, II e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 10
Leia o trecho do texto intitulado “Líder em lixo eletrônico na América Latina, Brasil tem só
seis recicladoras”, de Rodrigo Lara.
Você conhece os materiais que podem ser considerados lixo eletrônico? Uma pesquisa
realizada com 2.075 pessoas chegou à conclusão de que 87% delas já ouviram falar sobre
esse tipo de lixo, mas não sabem exatamente do que se trata. O estudo foi realizado em
parceria entre a Green Eletron, gestora sem fins lucrativos de logística reversa de
eletroeletrônicos e pilhas, e a Radar Pesquisas. Para se ter uma ideia, 33% dos
entrevistados acreditam que a expressão lixo eletrônico está ligada ao meio digital. Ou seja:
aos spams que aparecem na caixa de email ou arquivos sem utilidade, como aquela foto
torta que você tirou na última viagem.... Já 2% afirmaram que o termo se refere ao local
onde eletrônicos descartados são jogados, enquanto 7% não souberam responder. Os
resultados não são nada animadores, uma vez que o Brasil produz muito disso: em 2019,
foram mais de 2 milhões de toneladas geradas no país nessa categoria — o que dá pouco
mais de 10 kg de lixo eletrônico gerado por habitante. O descarte incorreto desses materiais
pode causar câncer e diferentes doenças....
Esse volume todo faz com que o país ocupe a quinta colocação no mundo na produção de
lixo eletrônico, sendo líder na América Latina. Em termos mundiais, segundo The Global
E-waste Monitor 2020, são geradas 53 milhões de toneladas de lixo do tipo por ano.
E o que é lixo eletrônico? O lixo eletrônico envolve aparelhos alimentados por eletricidade,
sejam os ligados diretamente na tomada ou que usam baterias e pilhas, assim como seus
componentes, como periféricos e peças de PC, cartões de memória etc. Fontes de energia,
como baterias e pilhas, que chegaram ao fim da vida útil, seja por quebra, defeito ou
defasagem, também encaixam no perfil.
A reciclagem desse tipo de lixo, porém, ainda é um desafio no Brasil. A estimativa é que, do
lixo eletrônico gerado no país em 2019, menos de 3% foi reciclado. "Além das possíveis
contaminações de solo e água com o descarte incorreto, também há um grande
desperdício, porque os materiais podem ser reutilizados em diferentes indústrias, evitando a
extração de matérias-primas virgens", explica Ademir Brescansin, gerente executivo da
Green Eletron. Dos entrevistados na pesquisa, 33% afirmaram nunca ter ouvido falar
desses locais de coleta e 25% nunca levaram algum dejeto do tipo em um desses pontos. O
resultado disso é o descarte incorreto, já que metade dos entrevistados afirmou já ter
jogado itens do tipo no lixo comum e 65% disseram que descartam esses itens no lixo
reciclável (o que não é o ideal). Por fim, há os que sempre doam eletrônicos usados em
condição de uso (20%), os que vendem (14%) e os que deixam aparelhos e pilhas sem
condições de uso guardados em casa (10%).
A baixa taxa de reciclagem de lixo eletrônico no país é preocupante, mas há outro ponto
bastante problemático: a falta de estrutura para processar esses resíduos no país. "Há
centenas de empresas sem alvará para esse tipo de operação. Em nossos registros, há
apenas seis empresas que atendem todos os requisitos para esse processo no país e a
maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Isso gera um desafio logístico e o
transporte envolve altos custos e impactos ambientais", afirma Brescansin.
Disponível em
<https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/10/07/lider-em-lixo-eletronico-na-america-l
atina-brasil- tem-so-seis-recicladoras.html>. Acesso em 26 jan. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A pesquisa realizada revelou que apenas 33% das pessoas sabem definir corretamente o
que é lixo eletrônico.
II. O descarte incorreto dos materiais que compõem o lixo eletrônico contribui para o
aumento da contaminação e da poluiçãodo meio ambiente.
III. O Brasil é um grande produtor de lixo eletrônico na América Latina, porém, devido aos
elevados custos financeiros do processo e ao desconhecimento da população, observam-se
limitações no processo de reciclagem desse material.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. II, apenas.
c. II e III, apenas. CERTO
d. I e II, apenas.
e. I, II e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 11
Leia o texto e a figura a seguir.
A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o senso
comum. Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro agrupamentos
linguísticos principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias linguísticas
compartilhavam o mesmo idioma e culturas semelhantes.
Antes da colonização, os índios que habitavam o território (hoje denominado Brasil) tinham
uma cultura similar em alguns pontos, tais eram: organização social baseada no
coletivismo; ausência de política, Estado e governo; ausência de moeda e de trocas
mercantis; religiões politeístas baseadas em elementos da natureza; e ausência da escrita.
A visão europeia sobre os povos indígenas foi, desde a colonização, etnocêntrica, a qual
considera o modo de vida indígena inferior por não conter elementos considerados, pelos
europeus, símbolos de civilização e progresso. No entanto, a antropologia e a sociologia
contemporâneas já desmistificaram essas análises preconceituosas, estabelecendo que as
diferenças culturais entre os povos não são motivos para estabelecer-se uma hierarquia
cultural.
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-indigena.htm>. Acesso em
25 fev. 2022.
Disponível em
<https://questoes.folhadirigida.com.br/provas/seducpa-consulplan-2018-professor--filosofia-
13870/14>. Acesso em 15 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O texto e a charge reconhecem a existência de diferentes pontos de vista, sem defender
uma verdade absoluta de validade intrínseca.
PORQUE
II. Embora a estrutura política e social dos povos indígenas, à época do descobrimento do
Brasil, fosse mais rudimentar do que a dos colonizadores europeus, sua riqueza linguística
e cultural era superior.
a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a I.
b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a I.
c. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. CERTO
d. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira.
e. As asserções I e II são falsas.
0,5 pontos
PERGUNTA 12
Leia os textos a seguir.
Telescópio James Webb completa abertura e assume forma final
Agora serão mais 15 dias para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5 milhão de
quilômetros da Terra.
Publicado em 09/01/2022
O telescópio James Webb conseguiu desdobrar perfeitamente no Espaço e assumiu sua
forma final na noite deste sábado, 8, informou a Nasa. O procedimento foi concluído duas
semanas após o lançamento, ocorrido no dia 25 de dezembro, e agora serão mais 15 dias
para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
"Duas semanas após o lançamento, o Webb atingiu seu próximo grande marco: os espelhos
foram implantados e o telescópio de próxima geração tomou sua forma final. O próximo
passo para Webb? Cinco meses de alinhamento e calibração antes de começarmos a obter
as imagens", escreveu a Nasa no Twitter.
Os espelhos foram enviados "dobrados" para o Espaço por conta do seu tamanho, já que
não há foguete capaz de comportar tamanha envergadura. Por isso, ele foi enviado por um
foguete Ariane 5 normal, mas precisa completar uma série de procedimentos no Espaço
para entrar em funcionamento.
Além dos espelhos, que têm cerca de seis metros de comprimento, o equipamento também
abriu perfeitamente a base protetora do Sol de 21 metros, que manterá o telescópio sempre
na sombra para conseguir captar imagens.
O James Webb é o maior e mais caro telescópio já feito e nasceu de uma parceria entre a
Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). O
principal objetivo do equipamento é revelar as origens do Universo e conseguir "voltar no
tempo" até 100 milhões de anos após o Big Bang.
Disponível em
<https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/telescopio-james-webb-completa-abertura-e-assu
me-forma- final,d89950d1a327209990db354c7b8f6b5b6lbebs3v.html>. Acesso em 11 jan.
2022 (com adaptações).
Telescópio James Webb, da Nasa, assume forma final no espaço; primeiras imagens devem
chegar em 5 meses.
O anúncio foi feito neste sábado (8) pela agência espacial americana.
Lara Pinheiro - 08/01/2022
A Nasa, agência espacial americana, anunciou, neste sábado (8), que o telescópio James
Webb, lançado ao espaço no dia 25 de dezembro, assumiu sua forma final, com a
implantação dos espelhos.
A previsão é de que o James Webb chegue ao seu destino, a cerca de 1,5 milhão de
quilômetros da Terra, daqui a duas semanas. Astrônomos esperam olhar para trás no tempo
até 100 milhões de anos após o Big Bang.
O telescópio ainda será alinhado e calibrado. Só daqui a 5 meses a agência deverá receber
as primeiras imagens dele, segundo anunciou na rede social Twitter:
[...]
Controladores de voo em Baltimore, no estado americano de Maryland, começaram a abrir
o espelho primário na sexta (7), desdobrando o lado esquerdo como uma mesa suspensa.
O espelho primário é feito de berílio, um metal leve, porém robusto e resistente ao frio,
noticiou a agência de notícias americana Associated Press (AP). Cada um de seus 18
segmentos é revestido com uma camada ultrafina de ouro, altamente reflexiva da luz
infravermelha.
Os segmentos hexagonais do espelho, do tamanho de uma mesa de centro, devem ser
ajustados nas próximas semanas, "para que possam se concentrar em estrelas, galáxias e
mundos alienígenas que podem conter sinais atmosféricos de vida", disse a AP.
[...]
Disponível em
<https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/01/08/telescopio-james-webb-da-nasa-assume-fo
rma-final- no-espaco-primeiras-imagens-devem-chegar-em-5-meses.ghtml>. Acesso em 11
jan. 2022 (com adaptações).
Como base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. O telescópio James Webb assumiu sua forma final em 8 de janeiro de 2022, quando
chegou a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
II. Após calibração e ajuste, o telescópio James Webb terá capacidade de captar imagens
de até 100 milhões de anos após o Big Bang.
III. O espelho do telescópio James Webb é composto de 18 segmentos hexagonais de ouro
recobertos com uma fina camada de nióbio (Nb), que é um metal leve e robusto.
É correto o que se afirma em
a. I, II e III.
b. I e II, apenas.
c. II e III, apenas.
d. I e III, apenas.
e. II, apenas. CERTO
0,5 pontos
PERGUNTA 13
Leia o texto a seguir.
A ditadura do algoritmo
Considerando que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário ou
totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver em um mundo onde um robô
ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente
emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada
segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez
tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e
a todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o
perfil de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes
aos anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política,
pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada domundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar em um mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
MORAES, E. S. A ditadura do algoritmo. Folha, publicado 21 ago. 2021. Disponível em
<https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml>. Acesso em
21 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A ditadura imposta pelo “soberano algoritmo”, como ocorre nos regimes políticos
autoritários, impossibilita que as pessoas tenham uma experiência prazerosa, com acesso a
vários conteúdos de interesse em plataformas de comunicação.
PORQUE
II. O caráter ditatorial do algoritmo refere-se à indução de determinada interpretação da
realidade baseada em informações selecionadas de acordo com objetivos definidos.
Assinale a alternativa correta.
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II justifica a I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II não justifica
a I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição
falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição
verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
0,5 pontos
PERGUNTA 14
Leia o texto a seguir.
A escola não é uma ilha. Inserida em um território, ela espelha a cultura local dentro das
salas de aula e, também, influencia sua comunidade. A integração entre território e espaço
escolar pode se dar de diversas formas e se transforma em processo educativo a partir do
momento que propicia oportunidades de aprendizado para crianças e jovens. Para a
socióloga Helena Singer, o uso do território como campo de pesquisa com base em
diversas áreas do conhecimento, como geografia, língua portuguesa, história, entre outras,
é a chave para um aprendizado mais significativo: “Isso permite que os alunos estudem na
prática conceitos mais abstratos e complexos que os professores podem elaborar
futuramente”. Tal perspectiva também é essencial para que os alunos desenvolvam um
senso de pertencimento. Segundo o britânico Tim Gill, uma das maiores referências em
infância, em entrevista ao Cidades Educadoras, “a educação é um processo de crianças
aprendendo a viver. É claro que elas precisam aprender a ler e escrever, ciências e
literatura, mas elas também precisam aprender a ser cidadãs, a aprender como seu bairro
se formou e qual a história da sua cidade”. Para que isso ocorra, no entanto, a escola
também deve se abrir como um espaço comunitário, oferecendo atividades culturais,
debates, clubes, dentre outras oportunidades de participação. “Estudantes, professores e
funcionários precisam se ver como parte de um coletivo, e a escola precisa reconhecer que
tem uma missão: ser uma instituição que faça sentido para todos”, explica Helena.
Disponível em
<https://labedu.org.br/escola-e-territorio-uma-integracao-entre-educacao-escolar-cultura-e-c
omunidade/>. Acesso em 16 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A integração entre escola e território em que está inserida possibilita desenvolver, nos
alunos, o senso de pertencimento e a cidadania.
II. A escola, como instituição de ensino formada por professores, funcionários e alunos,
deve moldar a cultura local de modo que o conteúdo disciplinar seja transmitido e a
comunidade progrida.
III. A escola deve ser um espaço comunitário, propício a debates e trocas de saberes.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. I e III, apenas. POSSÍVEL
c. I e II, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III. ERRADA
0,5 pontos
PERGUNTA 15
Leia, na figura a seguir, a composição dos preços da gasolina, do diesel e do GLP (gás de
cozinha) em 22 de março de 2022.
Com base na leitura e supondo que o consumidor pague cerca de R$8,00 pelo litro da
gasolina, R$6,00 pelo litro do diesel e R$100,00 pelo botijão de gás de cozinha, avalie as
afirmativas.
O valor, em reais, do ICMS pago no litro da gasolina é mais do que o dobro do pago no litro
de diesel.
Quando o consumidor compra o botijão de gás de cozinha por R$100,00, ele paga R$17,00
de impostos.
Quando o consumidor abastece o carro com 20 litros de gasolina, ele paga quase R$70,00
de impostos.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. II, apenas.
c. III, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III. CERTA
0,5 pontos
PERGUNTA 16
Em uma simples ida ao supermercado, notamos que os produtos sofrem variações de
preço. Alguns desses produtos são considerados básicos para a alimentação de uma
família e compõem a chamada cesta básica.
Considere o gráfico a seguir, que indica a variação do custo da cesta básica na cidade do
Rio de Janeiro.
Com base no gráfico, avalie as afirmativas a seguir, referentes ao período representado na
figura.
A menor variação do preço da cesta básica no Rio de Janeiro ocorreu entre novembro e
dezembro de 2019.
O menor valor da cesta básica ocorreu em janeiro de 2019.
Em julho de 2020, o custo da cesta básica era um pouco mais de R$500,00.
É correto o que se afirma apenas em
a. I e II.
b. I e III.
c. I.
d. II.
e. III. CERTA
0,5 pontos
PERGUNTA 17
Leia o texto a seguir.
A pandemia de covid-19 agravou um problema ambiental já sem controle: a produção e o
descarte inadequado de plástico. Um trio de pesquisadores da China e dos Estados Unidos
estimou que, do início da circulação do novo coronavírus até 23 de agosto de 2021, 193
países tenham gerado 8,4 milhões de toneladas de materiais plásticos a mais do que o
normalmente produzido. A maior parte (87% do total) corresponde a material de uso
hospitalar. Outros 7,6% se devem à produção de equipamentos de proteção pessoal
(essencialmente máscaras) e 4,7% a embalagens de produtos comprados on-line. De todo
esse plástico extra, cerca de 25 mil toneladas devem chegar ao mar, o equivalente a 1,5%
do que já é lançado nos oceanos anualmente. Usando modelagem computacional, o grupo
do cientista ambiental Yanxu Zhang, da Universidade de Nanjing, na China, calcula que em
três anos uma proporção importante desse plástico deve estar nas praias e no sedimento
marinho e outro tanto no oceano Ártico.
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/danos-ambientais-da-covid-19/>. Acesso
em 24 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
A pandemia de covid-19 é responsável por dar origem ao descarte inadequado de plástico
no mundo.
O total de plásticos lançados nos oceanos em um ano corresponde a mais de um milhão de
toneladas.
A maioria dos plásticos não é biodegradável e, portanto, persiste no ambiente aquático e no
seu entorno por muitos anos.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. I e II, apenas.
c. II, apenas.
d. II e III, apenas. CERTA
e. I, II e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 18
Fundado em 1909, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) vem criando um amplo
acervo de registros e estudos relativos ao clima no Brasil. Parte desse acervo é o conjunto
de registros diários das temperaturas máximas e mínimas medidas em muitas localidades
do nosso país.
Com os valores máximos e mínimos registrados a cada dia, é possível calcular os valores
das temperaturas médias diárias e, também, as mais diversas médias, tais como médias
anuais, médias mensais, médias para verão, para inverno, para outono ou primavera, entre
outros.
A figura abaixo apresenta a variação da média anual das temperaturas nas últimas 3
décadas, tanto para as temperaturas máximas registradas a cada dia quanto para as
mínimas e suas médias.
Com base nas informações, avalie as afirmativas.
As variações das médias anuais das temperaturas máximas e mínimas registradas na
década de 1990 foram mais acentuadas do que as registradas nas décadas seguintes.
As médias anuais dastemperaturas máximas, mínimas e médias, no Brasil, vêm crescendo
sistematicamente ao longo das últimas três décadas.
A diferença entre a temperatura média máxima e a temperatura média mínima em 1989 é a
mesma observada em 2000.
É correto o que se afirma em
a. I, II e III.
b. I e II, apenas. POSSÍVEL
c. I e III, apenas.
d. II e III, apenas.
e. II, apenas. ERRADA
0,5 pontos
PERGUNTA 19
Em 2022, a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo,
comemora 100 anos. O evento marcou oficialmente o nascimento do movimento modernista
no país.
Leia o poema abaixo, de Manuel Bandeira, um dos grandes nomes do Modernismo
brasileiro.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
O texto expõe princípios estéticos que defendem a liberdade formal na expressão poética.
O poeta posiciona-se contra o funcionalismo público e as ações governamentais, propondo
a libertação do povo brasileiro.
O poeta critica o engessamento da poesia e, para isso, cria versos com métrica (número de
sílabas) e rima regulares.
É correto o que se afirma somente em
a. I.
b. II. ERRADA
c. III.
d. I e II. ERRADA
e. I e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 20
Leia o texto a seguir, publicado em 8 de agosto de 2021, no site da Agência de Notícias do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com pandemia, setor cultural perde 11,2% de pessoas ocupadas em 2020
A pandemia teve forte efeito no setor cultural em 2020, que perdeu, em relação ao ano
anterior, percentual maior de postos de trabalho do que o total da população ocupada no
país. Em 2019, 5,5 milhões de pessoas trabalhavam em atividades culturais, o que
representava 5,8% do total de ocupados. No ano passado, eram 4,8 milhões (5,6%),
invertendo ganho crescente do setor desde 2016. Os dados são do Sistema de Informações
e Indicadores Culturais 2020, divulgado pelo IBGE.
Entre 2019 e 2020, as atividades relacionadas à cultura que mais perderam pessoal
ocupado foram moda, o setor moveleiro, impressão e reprodução, as atividades
relacionadas a eventos, recreação e lazer. Já as ocupações que mais fecharam postos de
trabalho foram organizadores de conferências e eventos; alfaiates, modistas, chapeleiros e
peleteiros; marceneiros e afins; profissionais da publicidade e da comercialização.
“Com raras exceções, a pandemia desacelerou a economia, como foi o caso das atividades
consideradas não essenciais. No setor cultural, isso ficou ainda mais evidente no segmento
de eventos e recreação, com o fechamento total de casas de espetáculo, cinemas, teatros e
outros equipamentos culturais, com a menor mobilidade das pessoas para controle do
vírus”, explica o analista da pesquisa, Leonardo Athias.
Com base na leitura do texto, avalie as afirmativas a seguir.
A pandemia de covid-19 impactou negativamente os postos de trabalho de atividades
relacionadas à cultura no ano de 2020.
De acordo com os dados apresentados no gráfico, o número de pessoas ocupadas no setor
cultural no ano de 2020 representou aproximadamente 88% da ocupação observada em
2019.
O ano de 2019 concentrou o maior número de pessoas trabalhando em atividades culturais,
no período apresentado na série histórica.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. II, apenas.
c. I e III, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III. CERTA
PERGUNTA 21
1. Leia a charge a seguir, publicada em 7 de setembro de 2021, de autoria de Ivan
Cabral.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
● O fundo do poço representa uma situação extrema de desesperança, derrota
e desespero, entre outras ideias negativas.
● Uma visão otimista da sociedade brasileira é transmitida ao leitor,
evidenciada pela bandeira que estampa a camiseta do personagem.
● A mensagem da charge é que o brasileiro já atingiu a situação negativa mais
extrema possível.
É correto o que se afirma em
a I, apenas.
b II, apenas.
c I e III, apenas. ERRADA
d II e III, apenas.
e I, II e III.
PERGUNTA 22
A Constituição Federal brasileira fixa como um dos objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a redução das
desigualdades sociais e regionais, conforme artigo 3º e seus incisos I e III. A Constituição
Federal brasileira entrou em vigor em 5 de outubro de 1988 e, evidentemente, as
dimensões de liberdade, justiça e solidariedade, bem como de desigualdades sociais e
regionais, são diferentes em 2022 do que eram naquele momento, embora, infelizmente,
alguns problemas possam ter permanecido sem solução.
Sobre as desigualdades e os direitos da população brasileira, avalie as afirmativas.
I. O acesso à internet não é homogêneo e constitui uma nova forma de desigualdade social,
conforme se comprovou durante a pandemia de COVID-19.
II. A disseminação de fake news, ou seja, notícias falsas, nas redes sociais, é uma nova
forma de liberdade de expressão.
III. A transição de gênero é reconhecida como um direito, pois permite às pessoas
autodeterminarem sua identidade, independentemente dos aspectos biológicos de
nascimento.
É correto o que se afirma apenas em
a. I.
b. II.
c. III.
d. II e III.
e. I e III. CERTA
PERGUNTA 23
Leia o texto a seguir.
Entre gênios e vaias: os 100 anos da
Semana de Arte Moderna
“Os velhos morrerão!”, berrava, destemido, o poeta Mário de Andrade para o público que o
vaiava durante seu discurso na Semana de Arte Moderna de 1922. A fala do escritor e a
reação do público resumem bem o significado do evento que mudou para sempre o
panorama das artes brasileiras: o novo pedia, forçava passagem, mesmo que a plateia não
estivesse pronta para tamanha revolução. Mas vamos entender melhor o que aconteceu até
a célebre fala. E, claro, as repercussões do famoso evento. Marco do início do movimento
modernista no Brasil, a Semana de 22, como também é conhecida, aconteceu no Theatro
Municipal de São Paulo, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, e reuniu artistas de diversas
áreas. Inspiradas no cenário de renovação da arte ocidental e na vanguarda europeia, as
obras apresentadas visavam a inserir novas tendências de arte no panorama brasileiro.
Dessa maneira, conferências, recitais de poesia e apresentações musicais alternavam-se
com exposições de arquitetura, escultura e pintura. O evento trouxe definitivamente a arte
moderna para a realidade cultural brasileira. E sua influência é sentida até hoje na criação
artística nacional.
Como foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
A semana foi articulada e organizada pelo escritor Mário de Andrade, o também escritor
Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti. Os eventos foram realizados no
célebre e belo Theatro Municipal de São Paulo.
Texto, CartaDescrição gerada
automaticamente
No saguão, foi instalada uma exposição de escultura e pintura. As obras de artistas como
Victor Brecheret, Di Cavalcanti e Anita Malfatti chocaram o público brasileiro, nada
acostumado às novas estéticas e formas de representação que o modernismo propunha.
Aliás, ao longo do evento, era comum ouvir burburinhos e vaias dos visitantes pelos
corredores e salões do teatro. A Semana de Arte Moderna também teve espetáculos de
dança, música, conferências e leitura de poesias. O intelectual e escritor Graça Aranha
abriu o festival, no dia 13, com a palestra “A emoção estética da arte moderna”, recitando
versos de Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida, seguido de canções executadas
pelo maestro Ernani Braga. O auge aconteceu em 15 de fevereiro, quando o modernismo
literário causou indignação e confusão no público, sobretudo a palestra de Mário de
Andrade, “A escrava que não é Isaura”, que defendia o abrasileiramento da língua
portuguesa, e a conferência do poeta Paulo Menotti del Picchia, sobre estética moderna.
Durante seu conturbado discurso, Mário precisou berrar para ser ouvido em meio à gritaria.
Por isso, decidiu ler seu manifesto na escadaria interna do teatro. Destemido, o poeta
urrava para o público a famosa frase que ficou para a posteridade: “os velhos morrerão!”.
Vinte anos mais tarde, o autor relembrou o episódiona obra “O Movimento do Theatro”,
dizendo: “como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do Theatro,
cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?”. O evento de encerramento
foi focado em música, com a execução de três peças de Heitor Villa-Lobos. Em mais um
fato que entrou para a história da conturbada semana, o maestro e compositor subiu ao
palco calçando um sapato em um pé e um chinelo no outro. Como era de se esperar, foi
vaiado. O público considerou a atitude desrespeitosa. No entanto, Villa-Lobos depois
justificou-se, esclarecendo que se apresentou dessa forma porque estava com um calo no
pé. De toda maneira, o fato faz parte da grande lista de choques, questionamentos e
incômodos causados durante a semana por aqueles artistas jovens e revolucionários.
Disponível em <https://blog.bb.com.br/semana-de-arte-moderna/>. Acesso em 08 fev. 2022
(com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Segundo o texto, a repercussão e a receptividade do público na Semana de Arte Moderna
foram surpreendentes, uma vez que movimentos de inovação estética usualmente são bem
recebidos pelo público brasileiro em geral.
II. Conforme o texto, Mário de Andrade, já desgastado, causou a fúria da plateia quando
proferiu a frase “os velhos morrerão”, referindo-se à faixa etária do público dominante no
evento.
III. De acordo com o texto, o legado da Semana de Arte Moderna passa pela inserção das
ideias vanguardistas europeias no cenário cultural e artístico nacional.
É correto o que se afirma em
a. I, apenas.
b. III, apenas.
c. I e II, apenas. ERRADA
d. II e III, apenas.
e. I, II e III.
PERGUNTA 24
Leia o trecho do texto intitulado “Trabalho escravo contemporâneo”, do professor de
sociologia Francisco Porfirio.
O trabalho escravo, infelizmente, é uma realidade para muitas pessoas no Brasil e no
mundo. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que existem, no
mínimo, 20,9 milhões de pessoas escravizadas, enquanto um levantamento promovido pela
ONG estadunidense “Free the Slaves” estima um total de 27 milhões de pessoas que
trabalham em condições análogas à escravidão no mundo.
Existem duas convenções de trabalho da OIT, uma de 1930 e outra de 1957, que visam a
regulamentar as condições de trabalho e erradicar o trabalho escravo. No Brasil, o artigo
149 do Código Penal Brasileiro define as condições de trabalho análogo à escravidão que
incluem o trabalho forçado e as condições degradantes de trabalho e prevê punições para
quem for condenado pela prática de escravização e aliciamento de pessoas para trabalhos
forçados. Vale ressaltar que a ONU e a OIT reconhecem o conceito de trabalho escravo
disposto no Código Penal Brasileiro.
Existe um ciclo do trabalho escravo que inclui: a miséria em que muitas pessoas se
encontram; o aliciamento dessas pessoas com promessas de mudança de vida; e o
trabalho que elimina as condições de desligamento entre o trabalhador e o patrão. Esse
ciclo somente pode ser encerrado com a denúncia e a fiscalização.
Ciclo do trabalho escravo contemporâneo
Por não ser uma prática legalmente aceita em quase todo o mundo e ser condenada por
organismos internacionais, a escravização de pessoas pode ser resumida em um ciclo que
se repete na maioria dos casos. Esse ciclo tem seis etapas cíclicas e uma única saída
possível para que ele seja encerrado. Os tópicos a seguir explicam melhor como o ciclo do
trabalho escravo funciona.
Vulnerabilidade socioeconômica. As vítimas do trabalho escravo contemporâneo são
pessoas com baixa renda ou desempregadas, geralmente com pouca instrução, que
procuram uma saída para as condições precárias em que vivem. Muitas delas estão nas
zonas rurais ou em pequenas cidades.
Aliciamento e migração. Pessoas chamadas “gatos” são as responsáveis por aliciar as
pessoas em situações vulneráveis ao trabalho escravo. Como convencimento, os gatos
prometem uma boa remuneração e boas condições de trabalho. As pessoas aliciadas são
levadas para longe de seus locais de origem, muitas vezes até para outros países. Essas
pessoas acumulam, ao longo de sua trajetória, dívidas impossíveis de serem quitadas com
o ordenado que receberão dos patrões. A primeira dívida é adquirida pela passagem que
levará a pessoa até o seu local de trabalho. Muitas das vítimas são crianças, e uma grande
parcela, de crianças ou não, é explorada sexualmente. Em muitos casos, a exploração
sexual acontece sem sequer a vítima saber que estava sendo levada para a prostituição.
Trabalho escravo. Ao chegarem aos seus destinos, as vítimas deparam-se com as reais
condições a que serão submetidas. Condições degradantes de trabalho, alimentação e
alojamento; aquisição de dívidas, além da passagem, com ferramentas, alimentação,
alojamento; e a retenção dos documentos, até que as vítimas quitem as suas dívidas. Junto
a todas essas violações dos Direitos Humanos, vem a baixa remuneração, que impossibilita
que a dívida seja paga.
Fuga. Em geral, existem casos de pessoas que conseguem fugir dos locais de trabalho e
dos patrões criminosos que as escravizam. Essas pessoas colocam suas próprias vidas em
risco, pois há os criminosos ligados ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas (os quais
montam um arsenal) e vários capatazes para manterem as vítimas sob controle. Se as
vítimas que fogem conseguirem êxito, elas poderão denunciar a sua situação para as
autoridades, o que nos leva ao próximo ponto do ciclo.
Fiscalização e libertação. Ao receber uma denúncia, o Ministério Público do Trabalho, o
Ministério Público, as polícias ou qualquer autoridade estatal têm o dever de acatar a
denúncia e investigar aquilo que foi denunciado. Esse tipo de fiscalização é importante, pois
é o que leva à libertação das vítimas do trabalho escravo.
Pagamento de direitos. No Brasil, os criminosos responsáveis pela escravização de
pessoas podem sofrer até penas de reclusão. Além de qualquer punição legal, que pode,
inclusive, ser branda, os condenados devem realizar indenizações pela situação gerada à
vítima e pagamento de direitos trabalhistas retroativos, como salário mínimo compatível
com a jornada trabalhada e com o que estabelece a convenção trabalhista que rege a
função exercida. Também devem ser pagos direitos, como férias remuneradas, adicional de
férias, fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) e décimo terceiro salário.
Vulnerabilidade socioeconômica.: Infelizmente, muitas vítimas do trabalho escravo retornam
para as suas terras natais e para a situação de penúria em que se encontravam no início do
ciclo, ou seja: o desemprego, a baixa remuneração, a miséria, a fome etc. No entanto, essa
situação pode ser revertida com a atuação de setores (governamentais ou não) que
promovam a erradicação do trabalho escravo ou a assistência às vítimas.
Disponível em <https:/brasilescola.uol.com.br/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm>.
Acesso em 31 jan. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho escravo
contemporâneo é observado somente em países que utilizaram a mão de obra escrava
durante o período de colonização, como o Brasil.
II. Atualmente, a instalação do trabalho considerado escravo envolve um ciclo composto por
variáveis que incluem a miséria e o desrespeito aos direitos humanos.
III. O aliciamento e a migração constituem etapas cíclicas que caracterizam o trabalho
escravo e envolvem a ação dos chamados “gatos”, que agem em grupos sociais
vulneráveis.
É correto o que se afirma em
a. I e III, apenas.
b. II e III, apenas. CERTA
c. III, apenas.
d. II, apenas.
e. I, II e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 25
Leia o texto a seguir.
Para que serve o saber
Mario Sergio Cortella
Clarice Lispector, grande escritora nascida na Ucrânia e que viveu no nosso país, tem uma
frase magnífica que, sintetizada, dizia: “o melhor de mim é aquilo que eu não sei”. Isso
significa que aquilo que eu não conheço é a minha melhor parte. Porque aquilo que eu já
sei é mera repetição. Aquilo queeu não sei é o que me renova, o que me faz crescer. O
conhecimento é algo que reinventa, que recria, que renova.
Essa noção é importante, pois estabelece a natureza da nossa relação com o conhecimento
e suas nuances. O gênio, por exemplo, não é aquele que julga já saber. Gênio é aquele que
sabe que não sabe tudo e continua na busca do saber. Gênio é aquele que se faz. O gênio
não desiste de conhecer. Cuidado com gente que acha que já sabe, que já conhece.
Cuidado com gente que acha que o conhecimento é algo a ser concluído.
Afinal, para que serve o conhecimento? Qual é o poder do saber? Não podemos perder a
perspectiva que a finalidade do poder é servir. Servir à vida, servir a uma comunidade,
servir às pessoas. Todo poder que, em vez de servir, serve a si mesmo, é um poder que não
serve. O poder da informação, o poder da ciência, o poder da arte é servir.
O que fazemos com o poder do nosso saber? Nós repartimos, partilhamos, o usamos para
crescer? Ou eventualmente o utilizamos para dominar? Para tornar o outro ser humano
menor? Para diminuir a vida?
Conhecimento tem a finalidade de servir à vida. Mas à vida de quem? De todas e todos. À
vida coletiva.
Disponível em
<http://www.mscortella.com.br/para-que-serve-o-saber-artigo-de-mario-sergio-cortella-7a>.
Acesso em 03 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O texto afirma que o conhecimento não tem utilidade nem finalidade na vida coletiva.
II. O processo de conhecimento estabelece uma relação de natureza cumulativa de
saberes, e, dessa forma, é finito.
III. O objetivo do texto é mostrar que mesmo os grandes escritores não sabem tudo e, por
isso, suas obras não trazem conhecimento.
IV. De acordo com o texto, o conhecimento é importante para servir à vida de todos.
É correto o que se afirma apenas em
a. I, II e IV.
b. III e IV.
c. II e IV.
d. I e III.
e. IV. CERTA
PERGUNTA 26
Leia o texto a seguir, publicado em 04 de fevereiro de 2022 no site da BBC News Brasil.
A surpreendente queda na desigualdade no trabalho que
mascara um problema econômico do Brasil
Ocimar dos Santos Mattos Junior começou a trabalhar no ano passado como operador de
serviços gerais, fazendo limpeza em uma empresa. Morador do município de Belford Roxo,
na Baixada Fluminense, o rapaz de 20 anos é parte do contingente de quase 6 milhões de
pessoas pretas ou pardas que conseguiram uma ocupação desde o segundo trimestre de
2020, quando a pandemia chegou com força ao país, interrompendo parte da atividade
econômica e levando o desemprego a nível recorde.
Mas, para Ocimar, isso não é motivo de comemoração, e sim uma consequência da crise.
Com a pandemia, seu pai perdeu o emprego de pintor automotivo. Diante disso e dos
problemas de saúde da mãe, ele se viu forçado a abandonar o cursinho que fazia,
sonhando em cursar Nutrição ou Fisioterapia.
"Tive que assumir o papel de homem da casa e correr atrás para ajudar. Isso acabou
atrapalhando meus estudos", conta o jovem, que agora ajuda a sustentar a família,
enquanto o pai faz bicos pintando carros quando aparece serviço.
O caso da família de Ocimar, que antes da pandemia tinha uma pessoa ocupada (o pai) e
agora passou a ter duas (o filho e o pai, agora trabalhando informalmente), ajuda a explicar
uma estatística inusitada.
No terceiro trimestre de 2021, a diferença no nível de emprego entre brancos e negros no
Brasil atingiu o menor patamar desde o terceiro trimestre de 2015. O dado surpreende
porque, há menos de dois anos, em consequência da dinâmica desigual do desemprego na
pandemia, essa diferença tinha atingido nível recorde.
No segundo trimestre de 2020, momento mais forte de paralisação da atividade econômica,
o percentual de pessoas brancas ocupadas em relação à população branca total em idade
de trabalhar era de 52,8%. Entre os negros (soma de pretos e pardos), essa taxa chegou
então a 46,9%. Com o forte impacto da pandemia sobre o emprego informal e a população
de baixa renda, a diferença no nível de ocupação entre brancos e negros chegou naquele
momento a 5,9 pontos percentuais, maior nível da série histórica do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que teve início em 2012.
No terceiro trimestre de 2021, pouco mais de um ano depois, o nível de emprego dos
brancos subiu para 55,8% e o dos negros, para 52,7%. O dado do terceiro trimestre é o
mais recente disponível da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Trimestral
do IBGE, que traz estatísticas de emprego em mais detalhes do que o levantamento
mensal, com dados por idade, gênero, raça e cor.
Assim, a diferença entre as taxas caiu a 3,1 pontos percentuais no terceiro trimestre de
2021, menor patamar desde os 2,9 pontos registrados em meados de 2015, quando o
mercado de trabalho vinha de um dos momentos mais aquecidos de sua história, mas já
começava a sentir os efeitos da recessão de 2015-2016.
Essa diferença chegou a 2,4 pontos no terceiro trimestre de 2014, logo antes de a taxa de
desemprego atingir o patamar historicamente baixo de 6,6% ao fim daquele ano.
Lá em 2014, a redução da diferença no nível de emprego entre brancos e negros tinha uma
explicação clara: com o mercado de trabalho superaquecido, era fácil tanto para brancos,
como para negros — que tradicionalmente têm mais dificuldade para se empregar —,
conseguir trabalho.
Mas e em 2021? O que explica a queda da diferença no nível de emprego entre brancos e
negros, em um momento em que a taxa de desemprego estava em 12,6%, vindo de um
recorde de 14,9% em 2020?
"Também foi uma surpresa para mim", diz Daniel Duque, pesquisador do mercado de
trabalho no Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Para
ele, a explicação mais plausível é o aumento da informalidade na reabertura da economia,
após a fase mais dura de distanciamento social.
"Analisando os dados por setores da economia, idade, gênero, nada disso explica a
redução da diferença. O que explica de fato é que o emprego informal se recuperou muito
mais rápido do que o formal", observa o economista.
Entre o terceiro trimestre de 2020 e igual período de 2021, foram criados 9,5 milhões de
empregos no Brasil, segundo o IBGE. Mas, desse total de pessoas ocupadas a mais, 7
milhões estavam na informalidade.
"Como a população não branca geralmente acessa mais os empregos informais, isso
acabou reduzindo a diferença no nível de emprego com relação à população branca, que
em geral tem mais empregos formais, que não se recuperaram tão rapidamente".
Ou seja: a redução da diferença racial é resultado de uma piora na qualidade do emprego,
com aumento da informalidade e queda da renda. Essa situação deve ser transitória,
explica Duque, e deve ser revertida quando o emprego formal se recuperar.
"A situação que estamos vendo agora não é estrutural, é uma circunstância devido ao
momento da recuperação econômica do mercado de trabalho na pandemia", avalia.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60148613>. Acesso em 07 fev. 2022
(com adaptações).
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas.
I. A queda da diferença no nível de emprego entre brancos e negros em 2021 é causada
pela diminuição da desigualdade racial no Brasil.
II. No segundo trimestre de 2020, foi observado o maior patamar de diferença no nível de
ocupação entre brancos e negros da série histórica do IBGE, que teve início em 2012.
III. Os motivos da redução da diferença no nível de emprego entre brancos e negros
observada em 2014 são os mesmos da redução observada em 2021, já que os cenários
econômicos eram parecidos em ambas as datas.
IV. A diminuição da diferença do nível de emprego entre brancos e negros revela uma
mudança estrutural na sociedade brasileira.
É correto apenas o que se afirma apenas em
a. I e IV.
b. II. CERTA
c. I e III.
d. II e IV.
e. I, II e IV.
0,5 pontos
PERGUNTA 27
Leia o texto a seguir.
Pandemia acelerou a transformação digital no
mercado de trabalho
Pesquisa mostra que a pandemia acelerou a transformação
digital em 72% das empresas
Publicado em 12/10/2021Uma pesquisa realizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da Microsoft,
aponta que a pandemia acelerou a transformação digital no mercado de trabalho.
O estudo contou com a participação de líderes empresariais de diversos setores em países
das Américas, Europa e Ásia-Pacífico. O objetivo principal da EIU foi analisar a relação e a
evolução da tecnologia, negócios e pessoas durante o período pandêmico, mostrando
insights do ano passado e caminhos a serem seguidos.
Para a maioria dos entrevistados, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação
ao novo cenário do mercado de trabalho. Basicamente, as empresas mais familiarizadas
com soluções digitais conseguiram capacitar seus colaboradores e se recuperar mais
rapidamente. Segundo o relatório, a pandemia acelerou a transformação digital em 72% das
empresas.
Também houve um interesse maior em usar a tecnologia para melhorar o engajamento dos
funcionários. Com a introdução das jornadas de trabalho remoto, executivos de todos os
setores se viram mais preocupados em “envolver e conectar os funcionários”. Antes da
pandemia, apenas 24% dos entrevistados se preocupavam com essa questão, saltando
para 36% com a chegada da crise sanitária.
Além disso, 75% dos participantes da pesquisa disseram que o uso da tecnologia para a
transformação digital deve não só contribuir para o sucesso empresarial, mas trazer
melhorias sociais como inclusão, acessibilidade e sustentabilidade.
Tecnologia
Os resultados do estudo evidenciam que a pandemia acelerou a transformação digital nos
negócios, fazendo da tecnologia uma ferramenta indispensável para a retomada das
operações durante as medidas de distanciamento social e lockdown.
Por outro lado, apesar de permitir a continuidade das atividades, a pesquisa “revelou
lacunas de qualificação, privacidade e segurança” que precisam ser corrigidas pelas
companhias.
O fato é que, apesar das dificuldades enfrentadas, o investimento em tecnologia cresceu
consideravelmente em meio à pandemia de COVID-19. Para 50% dos participantes do
estudo, as soluções em nuvem foram fundamentais para a manutenção das operações. Na
sequência, estão as ferramentas de trabalho remoto (40%), de Inteligência Artificial (IA) e
Machine Learning (33%), seguidas pela Internet das Coisas (31%).
Conforme afirmou o editor-chefe da The Economist Intelligence Unit, Michael Gold, a
pandemia acelerou a transformação digital e ainda “se mostrou como uma ferramenta
essencial para permitir que as empresas se recuperem com mais agilidade de grandes
interrupções”.
Disponível em
<https://www.contabeis.com.br/noticias/49009/pandemia-acelerou-a-transformacao-digital-n
o- mercado-de-trabalho/>. Acesso em 06 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. De acordo com a pesquisa, apenas 36% dos funcionários das empresas mostraram-se
envolvidos e conectados durante a crise sanitária.
II. Segundo o estudo, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação ao novo
cenário.
III. A pesquisa evidenciou que as empresas que não realizaram a transformação digital, que
correspondem a 28% do total, não sobreviveram no mercado.
É correto o que se afirma em
a. III, apenas.
b. II e III, apenas.
c. I e II, apenas. ERRADA
d. II, apenas.
e. I, II e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 28
Leia o texto a seguir.
Campanha alerta sobre os riscos do feminicídio
“Os riscos do feminicídio” é o tema da campanha lançada neste sábado (20), com o slogan
“Violência contra a mulher: sua evolução leva ao feminicídio. Observe os sinais. Denuncie”.
A iniciativa, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), integra
as ações dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
(...)
A secretária Nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, explica que, segundo o
Código Penal brasileiro, o feminicídio consiste no assassinato cometido em razão do sexo
feminino. Em resumo, é quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou
menosprezo e discriminação à condição de mulher.
“Lembro a todos que o feminicídio é o final do chamado ciclo da violência. Até chegar nessa
situação, geralmente começa com algo considerado por muitos como simples, seja um
empurrão ou agressão verbal, por exemplo. Nós, mulheres, precisamos estar atentas aos
sinais que envolvem violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e as situações
de risco”, alerta a gestora.
Entre os fatores de risco para o feminicídio, estão o isolamento social, a ausência de rede
de serviços de saúde e proteção social bem estruturada e integrada, a pouca consciência
de direitos, histórico de violência familiar, transtornos mentais, uso abusivo de bebidas e
drogas, dependência afetiva e econômica, presença de padrões de comportamento muito
rígidos, exclusão do mercado de trabalho, deficiências, vulnerabilidades relacionadas a
faixas etárias e escolaridade.
Disponível em
<https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-11/campanha-alerta-sobre-
os- riscos-do-feminicidio>. Acesso em 01 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O feminicídio tem a dependência econômica como um de seus fatores de risco. Por isso,
é um tipo de crime que afeta exclusivamente as camadas de baixa renda da população
brasileira.
II. A denúncia do feminicídio é um fator de risco para as mulheres.
III. O processo de violência quase sempre tem início antes da prática do crime de
feminicídio, razão pela qual a denúncia é muito importante.
IV. As mulheres em situação de risco nem sempre dispõem de condições objetivas para se
protegerem durante o ciclo de violência.
É correto o que se afirma apenas em
a. I.
b. I e II.
c. III e IV. CERTA
d. II e IV.
e. I e III.
0,5 pontos
PERGUNTA 29
Leia os textos 1 e 2 a seguir.
Texto 1
NFT: como funciona o registro de coleções digitais
que já valem milhões de dólares
Sistema opera como selo único para identificar e
vender objetos físicos ou virtuais.
Tecnologia cria novo mercado milionário de arte, como no
caso de obra digital leiloada por R$389 milhões.
Rodrigo Ortega - G1 -
16/03/2021
Se já era difícil entender as obras de arte contemporânea, agora o público pode coçar a
cabeça também ao contemplar uma nova forma de negociar estes trabalhos.
Quem acompanha o mercado da cultura toma um susto por dia com os preços milionários
de obras digitais. O combustível desse comércio turbinado tem três letras: NFT – "non
fungible token" em inglês, ou token não fungível. É uma espécie de selo de autenticidade
digital.
O selo pode ser usado para itens físicos ou digitais (vídeos, fotos, gifs, códigos, áudios...).
Com isso, colecionadores pagaram:
● US$69 milhões (R$382 milhões) por imagens do artista Beeple;
● US$2 milhões (R$11 milhões) por edições especiais do novo disco da banda Kings of
Leon;
● US$208 mil (R$1,1 milhão) por um vídeo de uma jogada de LeBron James, entre outros.
(...)
O que é NFT?
A palavra-chave dos tais "tokens não fungíveis" é justo essa que a gente não entende. Está
lá no dicionário: fungível é uma coisa que pode ser substituída por outra da mesma espécie.
Portanto, o "não fungível" é único. NFT é um selo digital associado a um item que garante a
sua autenticidade.
Por exemplo: em 2017, os artistas Matt Hall e John Watkinson criaram uma série de
ilustrações de personagens chamados CryptoPunks. Cada imagem é associada a um NFT,
que eles registram e colocam à venda. O comprador se torna o único dono da imagem.
Antes de detalhar a tecnologia, o primeiro passo é entender o motivo de alguém querer ser
dono de uma obra digital. Afinal, outras pessoas ainda podem baixar pela internet e copiar o
arquivo infinitamente.
O segredo é comparar a colecionadores de obras de arte. Qualquer pessoa pode baixar
para o seu computador ou celular uma imagem de "Guernica", de Picasso, ou a "Mona
Lisa", de Da Vinci. Mas só uma pessoa pode ter o status e o prazer de ser a dona do
quadro.
(...)
Disponível em
<https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/03/16/nft-como-funciona-o-registro-de-colecoes-
digitais-que-

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