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Prévia do material em texto

Data de vencimento: 17/05/22 01:00
Status: Completada
Resultado da tentativa: 9,5 em 10 pontos
Tempo decorrido: 10 minutos
Pergunta 1
Correta
Leia a charge a seguir.
Por meio da leitura da charge, infere-se que:
Resposta Selecionada:
c. pais e professores devem compartilhar a responsabilidade de educar.
Pergunta 2
Correta
Leia os quadrinhos.
O objetivo dos quadrinhos é
Resposta Selecionada:
d. criticar o discurso negacionista, que descrê da ciência e se alimenta de
informações recebidas em redes sociais.
Pergunta 3
Correta
Leia o texto e o infográfico a seguir.
Nióbio e grafeno: admiráveis materiais de um mundo novo
O uso do grafeno e do nióbio tem impulsionado o avanço tecnológico no mundo e
aumenta a demanda por esses materiais. O Brasil, pioneiro nas pesquisas com
ambos, ocupa posição de destaque no cenário mundial. O grafeno é composto de
nanopartículas de carbono e tem propriedades como alta resistência, flexibilidade,
transparência e elevada capacidade de conduzir eletricidade e calor. O Brasil detém
90% do mercado mundial, o que sugere grande potencial de exploração do material
pelo país.
Material que não pode ser encontrado na natureza, o grafeno foi sintetizado pela
primeira vez em 2004. Dois anos depois, pesquisadores da UFMG foram os
primeiros a processar o grafeno por meio da esfoliação mecânica do grafite. A partir
daí, começaram a desenvolver outros métodos de produção do grafeno e, em 2010,
o material começou a ser sintetizado por meio da esfoliação química do grafite,
processo que favorece a obtenção de maiores quantidades. Quem conta essa
história é o professor Marcos Pimenta, do Departamento de Física da UFMG (...),
que pesquisa a mistura de grafeno e nanotubos de carbono com diversos tipos de
materiais, a fim de melhorar as suas capacidades mecânicas. Os nanotubos de
carbono são obtidos quando o grafeno é enrolado em cilindros nanométricos. “Um
nanotubo de carbono é 100 mil vezes menor, em espessura, que um fio de cabelo”,
compara Pimenta.
Disponível em
<https://ufmg.br/comunicacao/noticias/niobio-e-grafeno-admiraveis-materiais-de-um-
mundo-novo>. Acesso em 05 fev. 2022 (com adaptações).
Potencialidades de uso do grafeno
Uma imagem contendo Texto descrição gerada automaticamente
Disponível em <https://demin.ufmg.br/tcc/00007.pdf>. Acesso em 05 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O grafeno é o único material natural que reúne as características necessárias para
ser usado pela medicina no enfrentamento de sérios problemas de saúde, como no
caso do câncer.
II. O grafeno é um material que apresenta aplicação em diversas áreas, como a
odontologia e as telecomunicações.
III. Embora o grafeno seja fruto de uma tecnologia recente, o Brasil é uma das
lideranças mundiais na pesquisa e na produção desse material.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
c. II e III, apenas.
Pergunta 4
Correta
Leia o texto e a figura a seguir.
A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o
senso comum. Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro
agrupamentos linguísticos principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas
famílias linguísticas compartilhavam o mesmo idioma e culturas semelhantes.
Antes da colonização, os índios que habitavam o território (hoje denominado Brasil)
tinham uma cultura similar em alguns pontos, tais eram: organização social baseada
no coletivismo; ausência de política, Estado e governo; ausência de moeda e de
trocas mercantis; religiões politeístas baseadas em elementos da natureza; e
ausência da escrita.
A visão europeia sobre os povos indígenas foi, desde a colonização, etnocêntrica, a
qual considera o modo de vida indígena inferior por não conter elementos
considerados, pelos europeus, símbolos de civilização e progresso. No entanto, a
antropologia e a sociologia contemporâneas já desmistificaram essas análises
preconceituosas, estabelecendo que as diferenças culturais entre os povos não são
motivos para estabelecer-se uma hierarquia cultural.
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-indigena.htm>.
Acesso em 25 fev. 2022.
Diagrama Descrição gerada automaticamente
Disponível em
<https://questoes.folhadirigida.com.br/provas/seducpa-consulplan-2018-professor--fil
osofia-13870/14>. Acesso em 15 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O texto e a charge reconhecem a existência de diferentes pontos de vista, sem
defender uma verdade absoluta de validade intrínseca.
PORQUE
II. Embora a estrutura política e social dos povos indígenas, à época do
descobrimento do Brasil, fosse mais rudimentar do que a dos colonizadores
europeus, sua riqueza linguística e cultural era superior.
Resposta Selecionada:
c. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa.
Pergunta 5
Correta
Leia o texto a seguir.
A era da dispersão
Fernando Schüler – 20/01/2022
O perigo chegou de mansinho. Você precisa entregar aquele projeto, na empresa, e
quando menos percebe está assistindo a vídeos sobre tsunamis no YouTube. Você
decide fazer aquela pós-graduação que planejava há muito tempo, mas na
sexta-feira à noite, no meio da aula, está perdido checando mensagens, no
WhatsApp, ou bisbilhotando a vida de um monte de gente que você mal conhece,
no Instagram.
Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes
sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone
celular. Achei incrível isso. Gastamos mais de vinte horas por mês só no TikTok, e a
coisa vem crescendo. Fui somando tudo com o que as pessoas presumivelmente
fazem desconectadas (dormir, por exemplo, ou quem sabe ler alguma coisa) e a
conta não fecha. A última novidade parece ser o metaverso. Vejo um especialista
animado dizendo “você poderá ser qualquer coisa por lá, um gato, um coelho, ou
mesmo um Elvis Presley”, e garante que será a rede dominante no futuro próximo.
Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é
um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o
joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode
ser mesmo um modo de vida. A psicanalista Elisabeth Roudinesco vai nessa
direção. Ela diz que “estar o tempo todo conectado é melhor do que usar drogas”.
Achei fraco o argumento. Sou dos que desconfiam que há um problema bastante
grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.
Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a
atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Um
estudo feito na Universidade Carnegie Mellon mostrou que o desempenho de alunos
com seus aparelhos ligados, em testes padronizados, é 20% menor do que o de
alunos inteiramente focados. Outra pesquisa mostra que levamos até 23 minutos
para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze
minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.
O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um
ex-estrategista do Google, James Williams, que lança agora no Brasil seu livro
“Liberdade e Resistência na Economia da Atenção”. Williams trabalhava no Google
exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias
de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele
mesmo havia perdido o controle. Não era a primeira vez que tinha acontecido isso.
No ensino médio, se meteu com games digitais e quase dançou. Depois fez uma
carreira de sucesso, na indústria da tecnologia, focado em “fidelizar” usuários, até
perceber que ele mesmo havia sido fisgado. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar
em Oxford e tentar decifrar o problema.
Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar
aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção.
Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial, uso de
cookies,de clickbaits, aqueles conteúdos “caça-cliques” com títulos do tipo “Dez
vídeos que vão fazer você chorar”, e coisas do tipo. O tempo de atenção de cada
indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o
produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é
precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que
Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.
A informação foi, no passado, um bem escasso. Em “Relatos do Mundo”, Tom
Hanks faz o papel de um veterano da Guerra Civil que ganha a vida lendo notícias
de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à
época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A
informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos
muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa
parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.
Sempre me surpreendo com o oceano de informação irrelevante que toma conta do
debate público. O acidente de moto do general Pazuello, a “quentinha” do Wagner
Moura com os sem-teto, a última treta do Zé de Abreu com não sei quem. A lista
dos trend topics do Twitter é um bom mostruário do besteirol infinito, mas está longe
de ser o único. O resultado está aí. A política transformada em um exercício
permanente de incomunicabilidade, em que cada um tem a sensação de ganhar
alguma coisa, no curtíssimo prazo, e todos perdem, coletivamente.
O primeiro resultado da dispersão crônica é a perda do sentido de potência e
realização pessoal. Tenho um amigo escritor que a cada dois anos passa um tempo
numa pousada, no interior, escrevendo seus livros. Ele guarda o celular em um cofre
e desliga seu acesso à internet. Ele entra em flow. Um estado de completa imersão
no que está fazendo. Isso lhe dá um sentido de autodomínio e a sensação de que
realmente está fazendo o que havia decidido fazer. O modo dispersivo dos meios
digitais poderia tirar tudo isso dele. Em troca, lhe daria uma sucessão de
recompensas de curto prazo, em geral inúteis.
Outro resultado são as microafetações de humor. Há uma tonelada de estudos que
mostram a conexão direta entre o uso intensivo de redes sociais e o aumento da
ansiedade e do estresse. A permanente comparação de sua vida real com a vida
“editada”, dos outros; a raiva que dá, todas as manhãs, ao checar as opiniões do
político que você odeia e dos queridos amigos que gostam dele. Um grupo de
pesquisadores da Universidade de Pittsburgh conduziu um amplo estudo
identificando “uma significativa associação entre o uso das mídias sociais e o
aumento da depressão”. Eu me lembrei da definição algo poética de Tim Wu sobre a
liberdade: a possibilidade de “viver sem ansiedade”. No fundo é isso que está em
jogo.
Sou vivido demais para acreditar que produziremos uma “solução coletiva” para
esse problema todo. Que iremos disciplinar as redes sociais, que as big techs
ajustarão seus algoritmos, ou que algum cometa cairá sobre a Terra e desligará a
internet por duas ou três gerações. O mercado e o avanço tecnológico tratarão de
despejar mais e mais informação sobre a nossa cabeça.
De modo que me permito deixar um conselho neste ainda quase início de ano:
larguem um pouco a internet. Em especial, as mídias sociais. Há quem ganhe
dinheiro com isso, mas não são muitos. A maioria só perde seu bem mais precioso:
o tempo. Esse bem fugidio, que apenas vai escorregando, sem que a gente
perceba, e cujo preço, no final, vem na conta de uma tristeza morna por tudo aquilo
que deixamos de viver.
Disponível em
<https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/a-era-da-dispersao/>. Acesso em
05 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O autor propõe o fim da internet, pois ela é responsável pela falta de concentração
das pessoas e pelas suas alterações de humor, que geram a depressão.
II. Segundo o texto, empresas do segmento da internet valem-se de estratégias de
“programação persuasiva” para captar e manter a atenção dos usuários.
III. De acordo com o texto, a internet tem aspectos positivos e negativos: o excesso
de informações faz com que as pessoas se tornem ansiosas, mas o uso contínuo da
rede impede o envolvimento com drogas.
É correto o que se afirma apenas em
Resposta Selecionada:
b. II.
Pergunta 6
Correta
Leia o texto a seguir
A mulher, pioneira da vacinação, que foi esquecida pela história
Tom Solomon – 26/12/2021
Muitos conhecem a história da descoberta da vacinação contra a varíola por Edward
Jenner em Gloucestershire, na Inglaterra, cerca de 250 anos atrás. Mas poucas
pessoas ouviram falar de Lady Mary Wortley Montagu - a socialite que, com seus
experimentos pioneiros de inoculação, definiu as bases para a descoberta de
Jenner, mas cuja contribuição foi quase totalmente esquecida.
Nascida Mary Pierrepont em 1689, ela era uma mulher vivaz e obstinada, autora de
cartas e poemas, que detinha ideias progressistas sobre o papel das mulheres na
sociedade. Para evitar um casamento arranjado, ela fugiu de casa com 23 anos de
idade e casou-se com Edward Wortley Montagu, neto do primeiro Conde de
Sandwich.
Em 1716, Edward tornou-se embaixador inglês em Istambul (ou Constantinopla,
como se chamava na época), capital do Império Turco-Otomano. Foi dali que
Wortley Montagu escreveu descrições vivas da vida no oriente, especialmente das
mulheres turcas, cujas roupas, estilo de vida e tradições a intrigavam.
Mas a mais notável dessas descrições foi o método usado pelas mulheres turcas
para inoculação contra a varíola.
Havia muito tempo, observava-se que as pessoas somente contraíam essa temida
doença uma vez. Se elas sobrevivessem, ficariam imunes pelo resto de suas vidas.
Para não correr o risco de uma infecção natural com alta taxa de mortalidade, as
mulheres turcas mais idosas buscam induzir um caso suave nas crianças com o que
elas chamavam de "enxerto".
A varíola causa bolhas e cascas sobre a pele das pessoas afligidas pela doença. As
mulheres retiravam o pus da bolha de um paciente, faziam um corte no braço da
pessoa que elas desejam proteger e esfregavam o pus naquele corte. Isso
normalmente gerava sintomas suaves, seguidos por proteção por toda a vida.
"Existem algumas mulheres idosas [aqui]", escreveu Wortley Montagu, "que se
ocupam de realizar a operação todos os anos, no outono... milhares passam por
isso... [e] não há nenhum caso de alguém que tenha morrido no processo".
A própria Wortley Montagu havia sobrevivido à varíola, mas ficado com cicatrizes no
rosto. O seu irmão havia morrido com a doença. Ela estava empenhada em proteger
seu jovem filho contra a varíola e convenceu o cirurgião da embaixada a inoculá-lo.
"O garoto foi enxertado na última terça-feira", escreveu ela em uma carta ao seu
marido, "e está agora cantando e brincando, muito impaciente à espera do jantar".
Wortley Montagu decidiu "trazer essa invenção útil para que seja adotada na
Inglaterra".
Depois de dois anos, ela voltou para casa. Em 1721, houve uma epidemia de
varíola e Wortley Montagu pediu ao médico da embaixada, que havia viajado para
Londres com ela, que enxergasse sua filha, que ainda não havia sido inoculada.
Receoso pela sua reputação, o médico pediu a diversos médicos que observassem
o procedimento como testemunhas. Em abril de 1721, ele inoculou a jovem Mary
Alice - foi a primeira vez em que o procedimento foi realizado na Grã-Bretanha.
Embora os observadores tivessem ficado impressionados, outros ficaram céticos a
respeito dessa prática exótica e perigosa.
Wortley Montagu e sua filha visitaram residências de pessoas afetadas pela varíola
para demonstrar que Mary Alice estava protegida. Mas muitos médicos
permaneciam cautelosos. Não seria um procedimento arriscado? E se ele causasse
doença grave ou fatal?
A princesa de Gales, amiga de Wortley Montagu, ficou convencida e fez com que
seus próprios filhos fossem inoculados. A realeza do restante da Europa seguiu
seus passos, bem como a classe alta da regiãoda Nova Inglaterra, nos Estados
Unidos, onde a varíola estava se espalhando.
Embora surgissem ocasionalmente casos de doença grave após a inoculação, e às
vezes fatais, o procedimento salvou milhares de vidas. A contribuição de Wortley
Montagu foi celebrada, entre outros, pelo poeta francês Voltaire, e a inoculação
tornou-se um ponto de convergência para o Iluminismo.
Setenta e cinco anos mais tarde, o médico inglês Edward Jenner, que havia sido
inoculado quando criança, levou o processo adiante. Ele percebeu que as pessoas
que haviam sofrido de varíola bovina - uma doença similar que atinge as vacas, mas
é muito suave em seres humanos - tornavam-se imunes à varíola humana.
Por isso, Jenner injetou material de varíola bovina nas pessoas e comprovou que
injetar varíola bovina utilizando a abordagem de variolação de Wortley Montagu era
eficaz contra a varíola humana.
Comprovou-se, assim, a segurança da vacinação - termo derivado da palavra latina
vacca que passou a designar o procedimento de Jenner -, que foi então adotada
mundialmente. Jenner recebeu muitos prêmios e homenagens, e seu trabalho
acabou por levar à erradicação da varíola em 1976.
Todos os estudantes de medicina em qualquer parte do mundo aprendem sobre
Jenner - e o seu retrato está exposto no Colégio Real de Medicina, em Londres.
Já Wortley Montagu, cujos esforços pioneiros estabeleceram as bases para os
experimentos de Jenner, foi esquecida. Só nos resta imaginar se o seu trabalho
seria lembrado se ela fosse um homem médico e não uma mulher socialite. Mas,
agora, 300 anos depois, o Colégio Real de Medicina de Londres está estudando a
forma mais apropriada de reconhecer sua contribuição.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59750201>. Acesso
em 04 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Lady Mary Wortley Montagu inventou o processo de variolação, mas sua
descoberta foi esquecida com a introdução pelo método desenvolvido pelo médico
Edward Jenner.
II. De acordo com o texto, Edward Jenner baseou seus experimentos na abordagem
de Lady Wortley Montagu.
III. A descoberta de Edward Jenner não estava relacionada à prática desenvolvida
por Lady Wortley Montagu, pois ele observou que as pessoas que contraíam a
varíola bovina ficavam imunes à varíola humana.
É correto o que se afirma somente em
Resposta Selecionada:
c. II.
Pergunta 7
Correta
Leia o texto a seguir.
O que é tecnologia 5G?
Para quem ainda se pergunta o que é tecnologia 5G, nós explicamos: trata-se da
próxima geração de rede de internet móvel. Essa inovação pode melhorar muito a
velocidade de navegação de dispositivos móveis, como tablets e celulares. Além
disso, o 5G também pode contribuir para o desenvolvimento da Internet das Coisas.
Com isso, os dispositivos poderão estabelecer uma comunicação entre si. Um
exemplo disso é uma geladeira inteligente que faz as compras dos itens que estão
faltando. Esse tipo de solução já está mudando a maneira como vivemos. Ao passo
que o 5G se torna mais popular e abrangente, novos serviços poderão ser
oferecidos e novas possibilidades se tornarão reais. Além disso, as coisas que já
fazemos com nossos smartphones ficarão ainda melhores.
Principais vantagens da tecnologia 5G
A inovação tecnológica da internet precisa acompanhar o ritmo de evolução das
demais tecnologias. A sociedade 5.0 já é uma realidade e exige cada vez mais que
sua rotina seja facilitada pela tecnologia. Portanto, é muito importante o
desenvolvimento do 5G no Brasil e no mundo. Com uma rede mais potente, é
possível que mais pessoas se conectem ao mesmo tempo sem gerar instabilidade
nem perda na velocidade da internet. Portanto, a quinta geração tem mais
capacidade de aguentar o uso simultâneo da rede. Outro ponto que também pode
melhorar é a estabilidade das conexões, evitando a queda de sinal constante. Isso
facilitará muito o uso da rede, principalmente em operações feitas em tempo real.
Como mencionado anteriormente, a velocidade é uma das mudanças mais
esperadas e que deve aumentar muito. Com isso, será possível assistir a vídeos
com mais rapidez, jogar em dispositivos móveis sem travar, entre outras atividades
que já realizamos atualmente. Com a mudança para o 5G, também é possível usar
a internet em aparelhos celulares consumindo menos bateria do que a rede 4G. Isso
gera um consumo de energia menor, o que beneficia não só o meio ambiente como
também gera economia financeira.
Disponível em <https://www.totvs.com/blog/inovacoes/tecnologia-5g/>. Acesso em
02 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A partir do exposto, é possível concluir que o uso da tecnologia 5G facilitará o
desenvolvimento das atividades de vários setores da economia, com impactos
positivos na produtividade.
II. O texto trata, primordialmente, da sociedade 5.0, em que a proposta é
desenvolver um modelo de organização social que utiliza várias tecnologias
integradas.
III. O emprego da tecnologia 5G beneficiará o uso efetivo da Internet das Coisas,
uma vez que todos os aparelhos atualmente já contam com sensores e interfaces
para que a conectividade se estabeleça.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
b. I e II, apenas.
Pergunta 8
Correta
Leia o texto a seguir.
Pandemia acelerou a transformação digital no mercado de trabalho
Pesquisa mostra que a pandemia acelerou a transformação digital em 72% das
empresas
Publicado em 12/10/2021
Uma pesquisa realizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da
Microsoft, aponta que a pandemia acelerou a transformação digital no mercado de
trabalho.
O estudo contou com a participação de líderes empresariais de diversos setores em
países das Américas, Europa e Ásia-Pacífico. O objetivo principal da EIU foi analisar
a relação e a evolução da tecnologia, negócios e pessoas durante o período
pandêmico, mostrando insights do ano passado e caminhos a serem seguidos.
Para a maioria dos entrevistados, a preparação digital foi um ponto crucial para a
adaptação ao novo cenário do mercado de trabalho. Basicamente, as empresas
mais familiarizadas com soluções digitais conseguiram capacitar seus
colaboradores e se recuperar mais rapidamente. Segundo o relatório, a pandemia
acelerou a transformação digital em 72% das empresas.
Também houve um interesse maior em usar a tecnologia para melhorar o
engajamento dos funcionários. Com a introdução das jornadas de trabalho remoto,
executivos de todos os setores se viram mais preocupados em “envolver e conectar
os funcionários”. Antes da pandemia, apenas 24% dos entrevistados se
preocupavam com essa questão, saltando para 36% com a chegada da crise
sanitária.
Além disso, 75% dos participantes da pesquisa disseram que o uso da tecnologia
para a transformação digital deve não só contribuir para o sucesso empresarial, mas
trazer melhorias sociais como inclusão, acessibilidade e sustentabilidade.
Tecnologia
Os resultados do estudo evidenciam que a pandemia acelerou a transformação
digital nos negócios, fazendo da tecnologia uma ferramenta indispensável para a
retomada das operações durante as medidas de distanciamento social e lockdown.
Por outro lado, apesar de permitir a continuidade das atividades, a pesquisa
“revelou lacunas de qualificação, privacidade e segurança” que precisam ser
corrigidas pelas companhias.
O fato é que, apesar das dificuldades enfrentadas, o investimento em tecnologia
cresceu consideravelmente em meio à pandemia de COVID-19. Para 50% dos
participantes do estudo, as soluções em nuvem foram fundamentais para a
manutenção das operações. Na sequência, estão as ferramentas de trabalho
remoto (40%), de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (33%), seguidas pela
Internet das Coisas (31%).
Conforme afirmou o editor-chefe da The Economist Intelligence Unit, Michael Gold,
a pandemia acelerou a transformação digital e ainda “se mostrou como uma
ferramenta essencial para permitir que as empresas se recuperem com mais
agilidade de grandes interrupções”.
Disponível em
<https://www.contabeis.com.br/noticias/49009/pandemia-acelerou-a-transformacao-digital-no- mercado-de-trabalho/>. Acesso em 06 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. De acordo com a pesquisa, apenas 36% dos funcionários das empresas
mostraram-se envolvidos e conectados durante a crise sanitária.
II. Segundo o estudo, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação ao
novo cenário.
III. A pesquisa evidenciou que as empresas que não realizaram a transformação
digital, que correspondem a 28% do total, não sobreviveram no mercado.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
d. II, apenas.
Pergunta 9
Correta
Leia os quadrinhos e o texto.
Conheça o ilustrador que dá vida a Armandinho, que é sucesso no Facebook -
Atualidades
Disponível
em<http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/atualidades/2015/03/09/inter
na_atualidades,2136/conheca-o-ilustrador-que-da-vida-a-armandinho-que-e-sucess
o-no-facebo.shtml>. Acesso em 24 mar. 2022.
Para compreender o que Foucault entendia por “poder”, é preciso ter uma ideia de
como os filósofos antes dele interpretavam o conceito: o pai da sociologia, Max
Weber, por exemplo, acreditava que o poder do Estado consistia no “monopólio do
uso legítimo da força física”; já o inglês Thomas Hobbes acreditava na possibilidade
de um “Estado Soberano”, em que todos abdicariam de sua liberdade em favor da
paz civil, e chamou isso de Leviatã.
Seguindo a lógica hobbesiana, Foucault concebia a ideia de violência exercida pelas
corporações sobre os trabalhadores; da violência dos homens sobre as mulheres no
patriarcado; e da violência dos brancos sobre os negros através do racismo
estrutural. Para ele, essas demonstrações de força são amostras do poder soberano
descrito por Hobbes. Mas ele duvidava que o poder só poderia assumir uma forma
única, e chegou a propor outras formas que podem coexistir ou mesmo entrar em
conflito umas com as outras.
No livro em que disserta sobre como a sexualidade persiste em uma sociedade que
a reprime, “História da Sexualidade”, volume um, o filósofo apresenta uma dessas
formas de poder: o biopoder, o qual não proíbe o sexo, mas o reduz a questões de
reprodução e saúde. Para ele, a ideia de classificar a homossexualidade como
“perversão”, no século 19, por exemplo, foi uma manifestação desse biopoder.
Disponível em
<https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Filosofia/noticia/2019/09/michel-foucault
-ideias-de-poder-e-filosofia-do-pensador-frances.html>. Acesso em 24 mar. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. De acordo com o texto, para o filósofo Michel Foucault, o poder permeia as
relações sociais, não se limitando, assim, ao poder estatal.
II. O objetivo da tirinha é evidenciar como os alunos se desviam do tema dado pelos
professores.
III. O personagem Armadinho apresenta, em sua fala, uma perspectiva que contraria
o pensamento de Foucault porque o menino mostra uma visão crítica em relação ao
poder.
IV. No pensamento de Foucault, o poder constitui binômios de opressores/oprimidos
na sociedade.
É correto o que se afirma apenas em:
Resposta Selecionada:
c. I e IV.
Pergunta 10
Correta
Leia o trecho do texto intitulado “Trabalho escravo contemporâneo”, do
professor de sociologia Francisco Porfirio.
O trabalho escravo, infelizmente, é uma realidade para muitas pessoas no Brasil e
no mundo. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que
existem, no mínimo, 20,9 milhões de pessoas escravizadas, enquanto um
levantamento promovido pela ONG estadunidense “Free the Slaves” estima um total
de 27 milhões de pessoas que trabalham em condições análogas à escravidão no
mundo.
Existem duas convenções de trabalho da OIT, uma de 1930 e outra de 1957, que
visam a regulamentar as condições de trabalho e erradicar o trabalho escravo. No
Brasil, o artigo 149 do Código Penal Brasileiro define as condições de trabalho
análogo à escravidão que incluem o trabalho forçado e as condições degradantes
de trabalho e prevê punições para quem for condenado pela prática de escravização
e aliciamento de pessoas para trabalhos forçados. Vale ressaltar que a ONU e a OIT
reconhecem o conceito de trabalho escravo disposto no Código Penal Brasileiro.
Existe um ciclo do trabalho escravo que inclui: a miséria em que muitas pessoas se
encontram; o aliciamento dessas pessoas com promessas de mudança de vida; e o
trabalho que elimina as condições de desligamento entre o trabalhador e o patrão.
Esse ciclo somente pode ser encerrado com a denúncia e a fiscalização.
Ciclo do trabalho escravo contemporâneo
Por não ser uma prática legalmente aceita em quase todo o mundo e ser condenada
por organismos internacionais, a escravização de pessoas pode ser resumida em
um ciclo que se repete na maioria dos casos. Esse ciclo tem seis etapas cíclicas e
uma única saída possível para que ele seja encerrado. Os tópicos a seguir explicam
melhor como o ciclo do trabalho escravo funciona.
Vulnerabilidade socioeconômica. As vítimas do trabalho escravo contemporâneo
são pessoas com baixa renda ou desempregadas, geralmente com pouca instrução,
que procuram uma saída para as condições precárias em que vivem. Muitas delas
estão nas zonas rurais ou em pequenas cidades.
Aliciamento e migração. Pessoas chamadas “gatos” são as responsáveis por aliciar
as pessoas em situações vulneráveis ao trabalho escravo. Como convencimento, os
gatos prometem uma boa remuneração e boas condições de trabalho. As pessoas
aliciadas são levadas para longe de seus locais de origem, muitas vezes até para
outros países. Essas pessoas acumulam, ao longo de sua trajetória, dívidas
impossíveis de serem quitadas com o ordenado que receberão dos patrões. A
primeira dívida é adquirida pela passagem que levará a pessoa até o seu local de
trabalho. Muitas das vítimas são crianças, e uma grande parcela, de crianças ou
não, é explorada sexualmente. Em muitos casos, a exploração sexual acontece sem
sequer a vítima saber que estava sendo levada para a prostituição.
Trabalho escravo. Ao chegarem aos seus destinos, as vítimas deparam-se com as
reais condições a que serão submetidas. Condições degradantes de trabalho,
alimentação e alojamento; aquisição de dívidas, além da passagem, com
ferramentas, alimentação, alojamento; e a retenção dos documentos, até que as
vítimas quitem as suas dívidas. Junto a todas essas violações dos Direitos
Humanos, vem a baixa remuneração, que impossibilita que a dívida seja paga.
Fuga. Em geral, existem casos de pessoas que conseguem fugir dos locais de
trabalho e dos patrões criminosos que as escravizam. Essas pessoas colocam suas
próprias vidas em risco, pois há os criminosos ligados ao trabalho escravo e ao
tráfico de pessoas (os quais montam um arsenal) e vários capatazes para manterem
as vítimas sob controle. Se as vítimas que fogem conseguirem êxito, elas poderão
denunciar a sua situação para as autoridades, o que nos leva ao próximo ponto do
ciclo.
Fiscalização e libertação. Ao receber uma denúncia, o Ministério Público do
Trabalho, o Ministério Público, as polícias ou qualquer autoridade estatal têm o
dever de acatar a denúncia e investigar aquilo que foi denunciado. Esse tipo de
fiscalização é importante, pois é o que leva à libertação das vítimas do trabalho
escravo.
Pagamento de direitos. No Brasil, os criminosos responsáveis pela escravização de
pessoas podem sofrer até penas de reclusão. Além de qualquer punição legal, que
pode, inclusive, ser branda, os condenados devem realizar indenizações pela
situação gerada à vítima e pagamento de direitos trabalhistas retroativos, como
salário mínimo compatível com a jornada trabalhada e com o que estabelece a
convenção trabalhista que rege a função exercida. Também devem ser pagos
direitos, como férias remuneradas, adicional de férias, fundo de garantia por tempo
de serviço (FGTS) e décimo terceiro salário.
Vulnerabilidade socioeconômica infelizmente, muitas vítimas do trabalho escravo
retornam para as suas terras natais e para a situação de penúria em que se
encontravam no início do ciclo, ou seja: desemprego, baixa remuneração, miséria,
fome etc. No entanto,essa situação pode ser revertida com a atuação de setores
(governamentais ou não) que promovam a erradicação do trabalho escravo ou a
assistência às vítimas.
Disponível em
<https:/brasilescola.uol.com.br/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm>. Acesso
em 31 jan. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho escravo
contemporâneo é observado somente em países que utilizaram a mão de obra
escrava durante o período de colonização, como o Brasil.
II. Atualmente, a instalação do trabalho considerado escravo envolve um ciclo
composto por variáveis que incluem a miséria e o desrespeito aos direitos humanos.
III. O aliciamento e a migração constituem etapas cíclicas que caracterizam o
trabalho escravo e envolvem a ação dos chamados “gatos”, que agem em grupos
sociais vulneráveis.
É correto o que se afirma em:
Resposta Selecionada:
b. II e III, apenas.
Pergunta 11
Correta
Leia o texto a seguir.
A escola não é uma ilha. Inserida em um território, ela espelha a cultura local dentro
das salas de aula e, também, influencia sua comunidade. A integração entre
território e espaço escolar pode se dar de diversas formas e se transforma em
processo educativo a partir do momento que propicia oportunidades de aprendizado
para crianças e jovens. Para a socióloga Helena Singer, o uso do território como
campo de pesquisa com base em diversas áreas do conhecimento, como geografia,
língua portuguesa, história, entre outras, é a chave para um aprendizado mais
significativo: “Isso permite que os alunos estudem na prática conceitos mais
abstratos e complexos que os professores podem elaborar futuramente”. Tal
perspectiva também é essencial para que os alunos desenvolvam um senso de
pertencimento. Segundo o britânico Tim Gill, uma das maiores referências em
infância, em entrevista ao Cidades Educadoras, “a educação é um processo de
crianças aprendendo a viver. É claro que elas precisam aprender a ler e escrever,
ciências e literatura, mas elas também precisam aprender a ser cidadãs, a aprender
como seu bairro se formou e qual a história da sua cidade”. Para que isso ocorra, no
entanto, a escola também deve se abrir como um espaço comunitário, oferecendo
atividades culturais, debates, clubes, dentre outras oportunidades de participação.
“Estudantes, professores e funcionários precisam se ver como parte de um coletivo,
e a escola precisa reconhecer que tem uma missão: ser uma instituição que faça
sentido para todos”, explica Helena.
Disponível em
<https://labedu.org.br/escola-e-territorio-uma-integracao-entre-educacao-escolar-cult
ura-e-comunidade/>. Acesso em 16 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A integração entre escola e território em que está inserida possibilita desenvolver,
nos alunos, o senso de pertencimento e a cidadania.
II. A escola, como instituição de ensino formada por professores, funcionários e
alunos, deve moldar a cultura local de modo que o conteúdo disciplinar seja
transmitido e a comunidade progrida.
III. A escola deve ser um espaço comunitário, propício a debates e trocas de
saberes.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
b. I e III, apenas.
Pergunta 12
Incorreta
Leia os quadrinhos e o texto a seguir.
Desenho de personagem de desenho animado descrição gerada automaticamente
com confiança média.
Disponível em
<https://web.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/518386219
1659045>. Acesso em 08 fev. 2022.
Segundo Sarmento (2006), em linhas gerais, o discurso de ódio é uma manifestação
de linguagem escrita ou oral que visa à incitação de discriminação, hostilidade e
violência contra pessoa ou grupo de indivíduos, em virtude de sua orientação
sexual, gênero, raça, religião, nacionalidade, condição física ou outra característica.
Os comícios nazistas teriam sido uma incitação explícita, portanto trariam o
enquadre mais típico desse discurso. Já as “piadas”, embora materialmente se
revistam de todas as características do discurso de ódio, têm contornos irreverentes
e de humor que dissimulam seu conteúdo e, assim, os componentes que
caracterizam o ódio ficam disfarçados, acabam sendo transmitidos de forma velada,
implícita, e passam despercebidas, embora estejam subliminarmente se prestando a
propósitos semelhantes.
FREITAS, L. Performatividade no humor em stand up: discurso de ódio e violência
simbólica. Revelli, v.8 n.1. abril/2016, p.170 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Os quadrinhos e o texto apontam que o humor é, em alguns casos, disfarce para o
discurso de ódio.
II. Segundo o texto, as piadas, mesmo que contenham discurso discriminatório, são
irreverentes e não se prestam a propósitos de incitação do ódio.
III. O discurso de ódio caracteriza-se pela incitação à discriminação de pessoas por
conta de características como gênero, orientação sexual, etnia, nacionalidade e
condição física.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
b. I e II, apenas. Errada
Pergunta 13
Correta
Leia os textos a seguir.
Telescópio James Webb completa abertura e assume forma final
Agora serão mais 15 dias para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5
milhão de quilômetros da Terra.
Publicado em 09/01/2022
O telescópio James Webb conseguiu se desdobrar perfeitamente no Espaço e
assumiu sua forma final na noite deste sábado, 8, informou a Nasa. O procedimento
foi concluído duas semanas após o lançamento, ocorrido no dia 25 de dezembro, e
agora serão mais 15 dias para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5
milhão de quilômetros da Terra.
"Duas semanas após o lançamento, o Webb atingiu seu próximo grande marco: os
espelhos foram implantados e o telescópio de próxima geração tomou sua forma
final. O próximo passo para Webb? Cinco meses de alinhamento e calibração antes
de começarmos a obter as imagens", escreveu a Nasa no Twitter.
Os espelhos foram enviados "dobrados" para o Espaço por conta do seu tamanho,
já que não há foguete capaz de comportar tamanha envergadura. Por isso, ele foi
enviado por um foguete Ariane 5 normal, mas precisa completar uma série de
procedimentos no Espaço para entrar em funcionamento.
Além dos espelhos, que têm cerca de seis metros de comprimento, o equipamento
também abriu perfeitamente a base protetora do Sol de 21 metros, que manterá o
telescópio sempre na sombra para conseguir captar imagens.
O James Webb é o maior e mais caro telescópio já feito e nasceu de uma parceria
entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense
(CSA). O principal objetivo do equipamento é revelar as origens do Universo e
conseguir "voltar no tempo" até 100 milhões de anos após o Big Bang.
Disponível em
<https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/telescopio-james-webb-completa-abertura
-e-assume-forma- final,d89950d1a327209990db354c7b8f6b5b6lbebs3v.html>.
Acesso em 11 jan. 2022 (com adaptações).
Telescópio James Webb, da Nasa, assume forma final no espaço; primeiras
imagens devem chegar em 5 meses.
O anúncio foi feito neste sábado (8) pela agência espacial americana.
Lara Pinheiro - 08/01/2022
A Nasa, agência espacial americana, anunciou, neste sábado (8), que o telescópio
James Webb, lançado ao espaço no dia 25 de dezembro, assumiu sua forma final,
com a implantação dos espelhos.
A previsão é de que o James Webb chegue ao seu destino, a cerca de 1,5 milhão
de quilômetros da Terra, daqui a duas semanas. Astrônomos esperam olhar para
trás no tempo até 100 milhões de anos após o Big Bang.
O telescópio ainda será alinhado e calibrado. Só daqui a 5 meses a agência deverá
receber as primeiras imagens dele, segundo anunciou na rede social Twitter:
[...]
Controladores de voo em Baltimore, no estado americano de Maryland, começaram
a abrir o espelho primário na sexta (7), desdobrando o lado esquerdo como uma
mesa suspensa.
O espelho primário é feito de berílio, um metal leve, porém robusto e resistente ao
frio, noticiou a agência de notícias americana Associated Press (AP).Cada um de
seus 18 segmentos é revestido com uma camada ultrafina de ouro, altamente
reflexiva da luz infravermelha.
Os segmentos hexagonais do espelho, do tamanho de uma mesa de centro, devem
ser ajustados nas próximas semanas, "para que possam se concentrar em estrelas,
galáxias e mundos alienígenas que podem conter sinais atmosféricos de vida", disse
a AP.
[...]
Disponível em
<https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/01/08/telescopio-james-webb-da-nasa-as
sume-forma-final- no-espaco-primeiras-imagens-devem-chegar-em-5-meses.ghtml>.
Acesso em 11 jan. 2022 (com adaptações).
Como base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. O telescópio James Webb assumiu sua forma final em 8 de janeiro de 2022,
quando chegou a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
II. Após calibração e ajuste, o telescópio James Webb terá capacidade de captar
imagens de até 100 milhões de anos após o Big Bang.
III. O espelho do telescópio James Webb é composto de 18 segmentos hexagonais
de ouro recobertos com uma fina camada de nióbio (Nb), que é um metal leve e
robusto.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
e. II, apenas.
Pergunta 14
Correta
Leia o texto a seguir.
Entre gênios e vaias: os 100 anos da Semana de Arte Moderna
“Os velhos morrerão!”, berrava, destemido, o poeta Mário de Andrade para o público
que o vaiava durante seu discurso na Semana de Arte Moderna de 1922. A fala do
escritor e a reação do público resumem bem o significado do evento que mudou
para sempre o panorama das artes brasileiras: o novo pedia, forçava passagem,
mesmo que a plateia não estivesse pronta para tamanha revolução. Mas vamos
entender melhor o que aconteceu até a célebre fala. E, claro, as repercussões do
famoso evento. Marco do início do movimento modernista no Brasil, a Semana de
22, como também é conhecida, aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo, entre
11 e 18 de fevereiro de 1922, e reuniu artistas de diversas áreas. Inspiradas no
cenário de renovação da arte ocidental e na vanguarda europeia, as obras
apresentadas visavam a inserir novas tendências de arte no panorama brasileiro.
Dessa maneira, conferências, recitais de poesia e apresentações musicais
alternavam-se com exposições de arquitetura, escultura e pintura. O evento trouxe
definitivamente a arte moderna para a realidade cultural brasileira. E sua influência é
sentida até hoje na criação artística nacional.
Como foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
A semana foi articulada e organizada pelo escritor Mário de Andrade, o também
escritor Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti. Os eventos foram
realizados no célebre e belo Theatro Municipal de São Paulo.
Texto, Carta Descrição gerada automaticamente
No saguão, foi instalada uma exposição de escultura e pintura. As obras de artistas
como Victor Brecheret, Di Cavalcanti e Anita Malfatti chocaram o público brasileiro,
nada acostumado às novas estéticas e formas de representação que o modernismo
propunha. Aliás, ao longo do evento, era comum ouvir burburinhos e vaias dos
visitantes pelos corredores e salões do teatro. A Semana de Arte Moderna também
teve espetáculos de dança, música, conferências e leitura de poesias. O intelectual
e escritor Graça Aranha abriu o festival, no dia 13, com a palestra “A emoção
estética da arte moderna”, recitando versos de Ronald de Carvalho e Guilherme de
Almeida, seguido de canções executadas pelo maestro Ernani Braga. O auge
aconteceu em 15 de fevereiro, quando o modernismo literário causou indignação e
confusão no público, sobretudo a palestra de Mário de Andrade, “A escrava que não
é Isaura”, que defendia o abrasileiramento da língua portuguesa, e a conferência do
poeta Paulo Menotti del Picchia, sobre estética moderna. Durante seu conturbado
discurso, Mário precisou berrar para ser ouvido em meio à gritaria. Por isso, decidiu
ler seu manifesto na escadaria interna do teatro. Destemido, o poeta urrava para o
público a famosa frase que ficou para a posteridade: “os velhos morrerão!”. Vinte
anos mais tarde, o autor relembrou o episódio na obra “O Movimento do Theatro”,
dizendo: “como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do
Theatro, cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?”. O evento de
encerramento foi focado em música, com a execução de três peças de Heitor
Villa-Lobos. Em mais um fato que entrou para a história da conturbada semana, o
maestro e compositor subiu ao palco calçando um sapato em um pé e um chinelo
no outro. Como era de se esperar, foi vaiado. O público considerou a atitude
desrespeitosa. No entanto, Villa-Lobos depois justificou-se, esclarecendo que se
apresentou dessa forma porque estava com um calo no pé. De toda maneira, o fato
faz parte da grande lista de choques, questionamentos e incômodos causados
durante a semana por aqueles artistas jovens e revolucionários.
Disponível em <https://blog.bb.com.br/semana-de-arte-moderna/>. Acesso em 08
fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Segundo o texto, a repercussão e a receptividade do público na Semana de Arte
Moderna foram surpreendentes, uma vez que movimentos de inovação estética
usualmente são bem recebidos pelo público brasileiro em geral.
II. Conforme o texto, Mário de Andrade, já desgastado, causou a fúria da plateia
quando proferiu a frase “os velhos morrerão”, referindo-se à faixa etária do público
dominante no evento.
III. De acordo com o texto, o legado da Semana de Arte Moderna passa pela
inserção das ideias vanguardistas europeias no cenário cultural e artístico nacional.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
b. III, apenas.
Pergunta 15
Correta
Leia o gráfico a seguir, publicado em 24/03/2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Em 20/12/2021, R$287,00 eram equivalentes a 50 dólares.
II. Em 2019, em média, cada real era equivalente a pouco mais de um quarto de
dólar.
III. Em 2020, houve períodos em que a cotação do dólar sofreu queda.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
e. I, II e III.
Pergunta 16
Correta
Fundado em 1909, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) vem criando um
amplo acervo de registros e estudos relativos ao clima no Brasil. Parte desse acervo
é o conjunto de registros diários das temperaturas máximas e mínimas medidas em
muitas localidades do nosso país.
Com os valores máximos e mínimos registrados a cada dia, é possível calcular os
valores das temperaturas médias diárias e, também, as mais diversas médias, tais
como médias anuais, médias mensais, médias para verão, para inverno, para
outono ou primavera, entre outros.
A figura abaixo apresenta a variação da média anual das temperaturas nas últimas
3 décadas, tanto para as temperaturas máximas registradas a cada dia quanto para
as mínimas e suas médias.
Com base nas informações, avalie as afirmativas.
As variações das médias anuais das temperaturas máximas e mínimas registradas
na década de 1990 foram mais acentuadas do que as registradas nas décadas
seguintes.
As médias anuais das temperaturas máximas, mínimas e médias, no Brasil, vêm
crescendo sistematicamente ao longo das últimas três décadas.
A diferença entre a temperatura média máxima e a temperatura média mínima em
1989 é a mesma observada em 2000.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
a. I, II e III.
Pergunta 17
Correta
Em 2022, a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo,
comemora 100 anos. O evento marcou oficialmente o nascimento do movimento
modernista no país.
Leia o poema abaixo, de Manuel Bandeira, um dos grandes nomes do Modernismo
brasileiro.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
O texto expõe princípios estéticos que defendem a liberdade formal na expressão
poética. O poeta posiciona-se contra o funcionalismo público e as ações
governamentais, propondo a libertação do povo brasileiro.
O poeta critica o engessamento da poesia e, para isso, cria versos com métrica
(número de sílabas) e rima regulares.
É correto o que se afirma somente em
Resposta Selecionada:a. I.
Pergunta 18
Correta
Leia o texto a seguir.
A pandemia de covid-19 agravou um problema ambiental já sem controle: a
produção e o descarte inadequado de plástico. Um trio de pesquisadores da China e
dos Estados Unidos estimou que, do início da circulação do novo coronavírus até 23
de agosto de 2021, 193 países tenham gerado 8,4 milhões de toneladas de
materiais plásticos a mais do que o normalmente produzido. A maior parte (87% do
total) corresponde a material de uso hospitalar. Outros 7,6% se devem à produção
de equipamentos de proteção pessoal (essencialmente máscaras) e 4,7% a
embalagens de produtos comprados on-line. De todo esse plástico extra, cerca de
25 mil toneladas devem chegar ao mar, o equivalente a 1,5% do que já é lançado
nos oceanos anualmente. Usando modelagem computacional, o grupo do cientista
ambiental Yanxu Zhang, da Universidade de Nanjing, na China, calcula que em três
anos uma proporção importante desse plástico deve estar nas praias e no
sedimento marinho e outro tanto no oceano Ártico.
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/danos-ambientais-da-covid-19/>.
Acesso em 24 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
A pandemia de covid-19 é responsável por dar origem ao descarte inadequado de
plástico no mundo.
O total de plásticos lançados nos oceanos em um ano corresponde a mais de um
milhão de toneladas.
A maioria dos plásticos não é biodegradável e, portanto, persiste no ambiente
aquático e no seu entorno por muitos anos.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
d. II e III, apenas.
Pergunta 19
Correta
Leia, na figura a seguir, a composição dos preços da gasolina, do diesel e do GLP
(gás de cozinha) em 22 de março de 2022.
Com base na leitura e supondo que o consumidor pague cerca de R$8,00 pelo litro
da gasolina, R$6,00 pelo litro do diesel e R$100,00 pelo botijão de gás de cozinha,
avalie as afirmativas.
O valor, em reais, do ICMS pago no litro da gasolina é mais do que o dobro do pago
no litro de diesel.
Quando o consumidor compra o botijão de gás de cozinha por R$100,00, ele paga
R$17,00 de impostos.
Quando o consumidor abastece o carro com 20 litros de gasolina, ele paga quase
R$70,00 de impostos.
É correto o que se afirma em
Resposta Selecionada:
e. I, II e III.
Pergunta 20
Correta
Em uma simples ida ao supermercado, notamos que os produtos sofrem variações
de preço. Alguns desses produtos são considerados básicos para a alimentação de
uma família e compõem a chamada cesta básica.
Considere o gráfico a seguir, que indica a variação do custo da cesta básica na
cidade do Rio de Janeiro.
Com base no gráfico, avalie as afirmativas a seguir, referentes ao período
representado na figura.
A menor variação do preço da cesta básica no Rio de Janeiro ocorreu entre
novembro e dezembro de 2019.
O menor valor da cesta básica ocorreu em janeiro de 2019.
Em julho de 2020, o custo da cesta básica era um pouco mais de R$500,00.
É correto o que se afirma apenas em
Resposta Selecionada:
e. III.

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