Buscar

COMANDOS ELÉTRICOS-SÉRIE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 154 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 154 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 154 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SÉRIE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO
COMANDOS 
ELÉTRICOS
SÉRIE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO
COMANDOS 
ELÉTRICOS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
SÉRIE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO 
COMANDOS
ELÉTRICOS
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2016. SENAI – Departamento Nacional
© 2016. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Gerência de Educação e Tecnologia – GEDUT 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
_____________________________________________________________________________ 
S491c 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Comandos elétricos / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2016. 
137 p. : il. (Série Refrigeração e Climatização). 
 
 ISBN 978-85-505-0086-7 
 
 1. Detectores. 2. Máquinas elétricas. 3. Motores elétricos. 4. Disjuntores 
elétricos. 5. Motores elétricos – Controle eletrônico. 6. Contatores. I. Serviço 
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. 
II. Título. III. Série. 
 
CDU: 621.313 
_____________________________________________________________________________ 
Lista de ilustrações
Figura 1 - Comandos elétricos ......................................................................................................................................16
Figura 2 - Sistemas de climatização ............................................................................................................................17
Figura 3 - Motores elétricos ...........................................................................................................................................18
Figura 4 - Transformador monofásico ........................................................................................................................20
Figura 5 - Transformador trifásico ................................................................................................................................21
Figura 6 - Componentes de motores elétricos .......................................................................................................22
Figura 7 - Representação do motor CC ......................................................................................................................23
Figura 8 - Comutador e bobina ....................................................................................................................................23
Figura 9 - Estator ou bobina de campo .....................................................................................................................24
Figura 10 - Carcaça do motor ........................................................................................................................................24
Figura 11 - Escovas (esquerda) e localizador de escova (direita) .....................................................................25
Figura 12 - Movimento do rotor em motores CC ...................................................................................................25
Figura 13 - Coletor da escova ........................................................................................................................................26
Figura 14 - Motor de ímã permanente ......................................................................................................................27
Figura 15 - Rotor com duas bobinas de campo em série....................................................................................27
Figura 16 - Rotor com bobina de campo em paralelo .........................................................................................28
Figura 17 - Rotor e sua bobina de campo .................................................................................................................28
Figura 18 - Rotor com as bobinas de campo série e em paralelo ....................................................................29
Figura 19 - Classificação de motores de Corrente Alternada (CA) ...................................................................30
Figura 20 - Motor de uma hidroelétrica ....................................................................................................................31
Figura 21 - Classificação dos motores síncronos ....................................................................................................31
Figura 22 - Máquina síncrona e a ligação de suas bobinas ................................................................................32
Figura 23 - Classificação dos motores quanto ao arranjo auxiliar de partida ..............................................34
Figura 24 - Vantagens e desvantagens dos motores monofásicos assíncronos .........................................35
Figura 25 - Esquema elétrico de um motor de indução trifásico de rotor bobinado ...............................37
Figura 26 - Componentes do motor elétrico trifásico ..........................................................................................37
Figura 27 - Plaqueta de identificação .........................................................................................................................40
Figura 28 - Condutores elétricos ..................................................................................................................................42
Figura 29 - Tipos de cabos elétricos ............................................................................................................................43
Figura 30 - Cores específicas dos condutores .........................................................................................................43
Figura 31 - Barramento de terra ...................................................................................................................................44
Figura 32 - Barramento de neutro ...............................................................................................................................45
Figura 33 - Barramento de fase ....................................................................................................................................45
Figura 34 - Composição dos fusíveis ..........................................................................................................................52
Figura 35 - Fusível NH no circuito ................................................................................................................................53
Figura 36 - Fusível NH ......................................................................................................................................................54Figura 37 - Fusível diazed 2 ............................................................................................................................................54
Figura 38 - Fusível e base ................................................................................................................................................55
Figura 39 - Fusível de vidro ............................................................................................................................................56
Figura 40 - Funções dos disjuntores ...........................................................................................................................58
Figura 41 - Disjuntores termomagnéticos ................................................................................................................59
Figura 42 - Disjuntor motor (com e sem tampa) ....................................................................................................60
Figura 43 - Interruptor IDR .............................................................................................................................................61
Figura 44 - Exemplo de contato direto ......................................................................................................................62
Figura 45 - Exemplo de contato indireto ..................................................................................................................62
Figura 46 - Gráfico de curvas de atuação do disjuntor ........................................................................................65
Figura 47 - Painel de comando .....................................................................................................................................68
Figura 48 - Botoeiras pulsadoras ..................................................................................................................................69
Figura 49 - Botão cogumelo de emergência ...........................................................................................................69
Figura 50 - Chaves de comando ...................................................................................................................................72
Figura 51 - Chave com retenção ..................................................................................................................................73
Figura 52 - Chave de contatos múltiplos ..................................................................................................................73
Figura 53 - Chave seletora ..............................................................................................................................................73
Figura 54 - Contatores .....................................................................................................................................................75
Figura 55 - Diagrama de um contator com dois terminais NA e um NF ........................................................76
Figura 56 - Contato auxiliar ............................................................................................................................................77
Figura 57 - Identificação terminais .............................................................................................................................80
Figura 58 - Relé de sobrecarga .....................................................................................................................................82
Figura 59 - Curvas características ................................................................................................................................83
Figura 60 - Tempo de atuação ......................................................................................................................................85
Figura 61 - Relé de falta de fase ou de neutro ........................................................................................................87
Figura 62 - Diagrama funcionamento do relé ........................................................................................................88
Figura 63 - Diagrama de alimentação ........................................................................................................................88
Figura 64 - Temporizadores ...........................................................................................................................................89
Figura 65 - Painel de controle com sinaleiros (esquerda) e sinaleiro (direta) ..............................................91
Figura 66 - Indicadores sonoros e luminosos ..........................................................................................................93
Figura 67 - Funcionamento do termostato biométrico .......................................................................................94
Figura 68 - Termostato tipo fole ...................................................................................................................................94
Figura 69 - Controlador de temperatura ...................................................................................................................95
Figura 70 - Pressostato (parte superior e inferior) .................................................................................................96
Figura 71 - Funcionamento pressostatos .................................................................................................................96
Figura 72 - Pressostato com óleo .................................................................................................................................97
Figura 73 - Diagrama elétrico ..................................................................................................................................... 102
Figura 74 - Diagrama funcional ................................................................................................................................. 103
Figura 75 - Diagrama unifilar ...................................................................................................................................... 104
Figura 76 - Diagrama trifilar ........................................................................................................................................ 105
Figura 77 - Diagrama multifilar .................................................................................................................................. 105
Figura 78 - Representação numérica de contator de potência ..................................................................... 108
Figura 79 - Representação numérica de um contator auxiliar ....................................................................... 108
Figura 80 - Símbolos literais de diagramas ........................................................................................................... 109
Figura 81 - Dispositivos de comando ...................................................................................................................... 111
Figura 82 - Circuito de partida direta com sinalização ...................................................................................... 112
Figura 83 - Circuito de comando e potência para partida do motor com reversão ............................... 113
Figura 84 - (a) Ligação estrela com tensão de triângulo e (b) Ligação triângulo com tensão de 
triângulo ............................................................................................................................................................................ 114
Figura 85 - Quadro elétrico ......................................................................................................................................... 116
Figura 86 - Trilhos de fixação ......................................................................................................................................116
Figura 87 - Canaletas ..................................................................................................................................................... 117
Figura 88 - Conectores .................................................................................................................................................. 118
Figura 89 - Quadro elétrico ......................................................................................................................................... 119
Figura 90 - Identificação de conectores e anilhas de identificação ............................................................. 120
Figura 91 - Multímetro analógico (esquerda) e multímetro digital (direita) ............................................. 123
Figura 92 - Amperímetro alicate ............................................................................................................................... 124
Figura 93 - Manutenção ............................................................................................................................................... 125
Figura 94 - Ambiente organizado ............................................................................................................................. 130
Figura 95 - Conflitos nas organizações ................................................................................................................... 134
Quadro 1 - Componentes do motor monofásico assíncrono ............................................................................33
Quadro 2 - Vantagens e desvantagens do motor de indução trifásico de rotor de gaiola de 
esquilo. ..................................................................................................................................................................................38
Quadro 3 - Comparação entre motores de indução .............................................................................................39
Quadro 4 - Códigos da placa de identificação ........................................................................................................40
Quadro 5 - Códigos da placa de identificação – parte 2 .....................................................................................41
Quadro 6 - Resistência térmica .....................................................................................................................................51
Quadro 7 - Temperatura ..................................................................................................................................................51
Quadro 8 - Características dos fusíveis NH e D .......................................................................................................56
Quadro 9 - Quadro curvas de atuação .......................................................................................................................66
Quadro 10 - Cores botões...............................................................................................................................................71
Quadro 11 - Chave sem retenção ................................................................................................................................72
Quadro 12 - Símbolos utilizados em circuitos ........................................................................................................74
Quadro 13 - Denominações utilizadas e circuitos .................................................................................................75
Quadro 14 - Categorias de utilização de contatores ............................................................................................81
Quadro 15 - Quadro de identificação luminosa .....................................................................................................92
Quadro 16 - Representação de componentes ..................................................................................................... 107
Quadro 17 - Representação de contatosFonte: adaptado NBR 5280:1983 ............................................... 108
Quadro 18 - Símbolos e seus significados no diagrama .................................................................................. 109
Quadro 19 - Discriminação dos componentes .................................................................................................... 111
Quadro 20 - Componentes circuito de partida.................................................................................................... 112
Quadro 21 - Componentes de circuito para partida com reversão.............................................................. 113
Quadro 22 - Anomalias em dispositivos ................................................................................................................ 123
Quadro 23 - Manutenção preventiva e corretiva ................................................................................................ 126
Tabela 1 - Composição do motor de indução trifásico ........................................................................................36
Tabela 2 - Fatores de correção ......................................................................................................................................48
Tabela 3 - Capacidade de condução de corrente ..................................................................................................48
Tabela 4 - Tipos de disjuntores .....................................................................................................................................64
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Comandos elétricos ......................................................................................................................................................15
2.1 Definição de comandos elétricos ..........................................................................................................16
2.2 Aplicações em climatização.....................................................................................................................16
2.3 Tecnologia de componentes ...................................................................................................................17
2.3.1 Motores elétricos.......................................................................................................................17
2.3.2 Condutores elétricos ................................................................................................................42
2.3.3 Fusíveis ..........................................................................................................................................51
2.3.4 Disjuntores ..................................................................................................................................57
2.3.5 Botões e chaves .........................................................................................................................68
2.3.6 Chaves de comando ................................................................................................................71
2.3.7 Contatores ...................................................................................................................................75
2.3.8 Relés térmicos ou de sobrecarga ........................................................................................82
2.3.9 Relés de falta de fase ou de neutro ....................................................................................86
2.3.10 Relés sequenciais de fases...................................................................................................87
2.3.11 Temporizadores .......................................................................................................................89
2.3.12 Sinalização e alarmes ............................................................................................................912.3.13 Termostatos ..............................................................................................................................93
2.3.14 Pressostatos ..............................................................................................................................95
2.3.15 Controladores eletrônicos de pressão e temperatura ..............................................98
3 Construção e montagem de quadros elétricos ............................................................................................... 101
3.1 Aplicação de simbologias e diagramas elétricos .......................................................................... 102
3.1.1 Construção de diagramas elétricos ................................................................................. 103
3.1.2 Representação de componentes ..................................................................................... 105
3.1.3 Acionamento e comando de chaves de partida ......................................................... 110
3.1.4 Acionamento e comando de chave de partida estrela-triângulo (Y–Δ) ............. 114
3.1.5 Acionamento e comando de chave de partida compensadora ........................... 115
3.2 Quadro elétrico ......................................................................................................................................... 115
3.2.1 Corte e fixação de componentes - Quadro e tampa ................................................. 120
3.2.2 Dicas para montagem de um quadro de distribuição.............................................. 120
3.3 Identificação, diagnóstico e resolução de falhas em circuitos elétricos ............................... 121
3.3.1 Medição de grandezas em quadros elétricos .............................................................. 123
3.3.2 Manutenção dos instrumentos de medição ................................................................ 125
4 A Importância da organização do local de trabalho ...................................................................................... 129
4.1 Trabalho organizado ............................................................................................................................... 130
4.2 Organização do trabalho ....................................................................................................................... 131
4.2.1 Gestão organizacional, sistemas administrativos e controle de atividades ..... 131
4.3 Conflitos nas organizações ................................................................................................................... 133
4.3.1 Tipos de conflitos ................................................................................................................... 134
4.3.2 Características dos tipos de conflitos ............................................................................. 135
4.3.3 Fatores internos e externos, causa e consequências ................................................ 135
4.4 Equipamento de Proteção Individual (EPI) ..................................................................................... 137
Referências ........................................................................................................................................................................ 139
Minicurrículo do autor .................................................................................................................................................. 141
Índice .................................................................................................................................................................................. 143
Introdução
1
Prezado aluno!
Seja bem-vindo à Unidade Curricular de Comandos Elétricos. Nesta unidade você irá adquirir 
capacidades técnicas e conhecimentos importantes sobre os comandos elétricos, percebendo as 
suas aplicações, a tecnologia envolvida na fabricação e o funcionamento dos dispositivos, desta-
cando aqueles elementos que são destinados ao segmento de climatização e refrigeração.
Você conhecerá um pouco sobre a construção dos motores elétricos, atentando para os 
seus componentes e as suas funções, e explorará o assunto sobre condutores elétricos, conhe-
cendo tipos, dimensionamento, bitolas e materiais utilizados para suas constituições.
No primeiro capítulo, você conhecerá os elementos que fazem parte dos circuitos elétricos 
observando suas funções, materiais utilizados na fabricação, principais aplicações e seus di-
mensionamentos.
O capítulo seguinte aborda conhecimentos sobre a construção e montagem de quadros 
elétricos, explorando a aplicação dos dispositivos e elementos envolvidos na construção e ain-
da, os seus dimensionamentos. Além disso, neste capítulo você obterá informações importan-
tes a respeito da representação simbólica de circuitos e projetos elétricos, além da elaboração 
de diagramas.
No outro capítulo você encontrará informações sobre a importância da organização no lo-
cal de trabalho, as estruturas que envolvem os sistemas organizacionais e os conflitos que po-
dem surgir nas organizações.
Preparado para iniciar os estudos? Então, vamos lá!
2
Comandos Elétricos
Você já ouviu falar em comandos elétricos? Sabe o que é ou conhece a importância da sua 
aplicação? Esse é um assunto fundamental para a área em que você vai trabalhar, por isso, pro-
cure estudar as informações aqui apresentadas com muita atenção e, ao final deste capítulo, 
você estará apto a:
a) identificar e caracterizar componentes elétricos de acionamento, controle e proteção em 
sistemas de climatização em função de suas características construtivas e operacionais;
b) consultar normas, manuais técnicos e catálogos de fabricantes;
c) realizar procedimentos de operação e manutenção de componentes elétricos em siste-
mas de refrigeração e climatização.
Aproveite bem essa oportunidade e bons estudos!
COMANDOS ELÉTRICOS16
2.1 DEFINIÇÃO DE COMANDOS ELÉTRICOS
Comandos elétricos são dispositivos que têm por finalidade estabelecer a condução ou a interrupção 
de corrente elétrica de motores também elétricos, tanto em condições normais como de sobrecarga de 
energia, permitindo dessa maneira um funcionamento adequado e seguro do sistema.
Pu
re
st
oc
k,
 ([
20
--
?]
)
Figura 1 - Comandos elétricos
Fonte: Thinkstock (2016)
São exemplos de dispositivos: contatores, relés, disjuntores, fusíveis, temporizadores, controladores, 
termostatos, botões, chaves, entre outros.
Esses dispositivos são empregados também nos sistemas de climatização e refrigeração e você vai co-
nhecê-los a seguir.
2.2 APLICAÇÕES EM CLIMATIZAÇÃO
Como você sabe, os comandos elétricos, por meio de seus dispositivos, permitem o funcionamento ade-
quado dos sistemas elétricos. Nesse universo do qual a climatização e refrigeração também fazem parte, 
esses comandos atuam na proteção e acionamento de sistemas elétricos de máquinas ou equipamentos, 
sendo eles residenciais, prediais e industriais, do modelo mais simples aos mais complexos, como em cir-
cuitos elétricos de redes de ar condicionado, climatizadores residenciais, comerciais e industriais, balcões 
frigoríficos, entre outros sistemas.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 17
Pa
kp
ho
to
 ([
20
--
?]
)
Figura 2 - Sistemas de climatização
Fonte: Thinkstock (2016)
2.3 TECNOLOGIA DE COMPONENTES
Os conhecimentos técnicos e científicos que envolvem os componentes dos sistemas elétricos permi-
tem a sua aplicação em diversos sistemas. Na sequência você conhecerá um pouco sobre os motores elé-
tricos, condutores, fusíveis, disjuntores, chaves e botões, contatores, relés, temporizadores, sinalizadores e 
alarmes, pressostatos e controladores de pressão e temperatura.
2.3.1 MOTORES ELÉTRICOS
O processo de rotação dos motores elétricos é a base para o funcionamento de muitos equipamentos, 
inclusive os eletrodomésticos utilizados em residências, e de alguns dispositivos empregados nos automó-
veis, como o motor elétricoque aciona os vidros das portas ou os motores que fazem parte dos sistemas 
de climatização e refrigeração. Cada equipamento comporta um motor adequado à sua função, de acordo 
com o torque e a potência exigida.
COMANDOS ELÉTRICOS18
Ta
ita
i6
76
9 
([2
0-
-?
])
Figura 3 - Motores elétricos
Fonte: Thinkstock (2016)
Os motores elétricos em geral são compostos de duas partes, o rotor1, que é a parte móvel e estator2, 
que é a parte fixa.
Você sabe como funciona um motor elétrico? Seu funcionamento envolve ímãs, campos magnéticos, 
correntes elétricas, entre outros conceitos da física, conforme afirma o prof. Luiz Ferraz Netto, do site Feira 
de Ciências:
O rotor do motor precisa de um torque para iniciar o seu giro. Este torque (momento) 
normalmente é produzido por forças magnéticas desenvolvidas entre os polos magné-
ticos do rotor e aqueles do estator.
Forças de atração ou de repulsão, desenvolvidas entre estator e rotor, puxam ou empur-
ram os polos móveis do rotor, produzindo torques, que fazem o rotor girar mais e mais 
rapidamente, até que os atritos ou cargas ligadas ao eixo reduzam o torque resultante 
ao valor zero.
Após esse ponto, o rotor passa a girar com velocidade angular constante. Tanto o rotor 
como o estator do motor devem ser magnéticos, pois são essas forças entre polos que 
produzem o torque necessário para fazer o rotor girar. Todavia, mesmo que ímãs per-
manentes sejam frequentemente usados, principalmente em pequenos motores, pelo 
menos alguns dos ímãs de um motor devem ser eletroímãs. (NETTO, 2011).
1 Componente que gira (roda) em uma máquina elétrica. É um enrolamento constituído por barras de alumínio ou cobre, curto-
-circuitadas nas extremidades. A corrente gerada no circuito do rotor é induzida pela ação do campo girante do estator.
2 Conhecido também como carcaça, é o conjunto de bobinas, enroladas sobre peças polares, que permanecem estáticas.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 19
Esse processo de movimentação do motor elétrico por meio de um rotor, um estator e outros elemen-
tos, caracterizam a função de conversão de energia elétrica em energia mecânica. Sendo assim, quando 
um motor é conectado à rede elétrica, ele irá receber certa quantidade de energia elétrica e em consequ-
ência realizará um trabalho mecânico, que movimentará o equipamento.
Quanto ao tipo de corrente, existem dois tipos de motores: o de corrente alternada (CA ou AC – do in-
glês Alternating Current) e corrente contínua (CC ou DC – do inglês Direct Current). Mas qual é a diferença 
entre essas duas correntes?
Uma corrente elétrica é um fluxo de elétrons passando por um fio. Partindo deste pressuposto, se os elé-
trons se movimentam em um único sentido, essa corrente é chamada de contínua. Agora, se os elétrons mu-
dam de direção constantemente, essa é uma corrente alternada (Centro Universitário Anhanguera, 2014).
Na prática, a diferença entre os dois tipos de correntes está na capacidade de transmitir energia para locais 
distantes. Isto porque a energia usada nas residências é produzida por usinas. Essa energia precisa percorrer 
centenas de quilômetros até chegar à tomada. “Quando essa energia é transmitida por uma corrente alter-
nada, ela não perde muita força no meio caminho. Já na contínua o desperdício é muito grande” (Centro 
Universitário Anhanguera, 2014). Isto porque a corrente alternada atinge, facilmente, uma voltagem mais alta 
que a contínua. E quanto maior é essa voltagem, mais longe a energia pode chega sem perder força.
Os motores de corrente contínua necessitam do fornecimento de corrente também contínua para o seu 
funcionamento, ou ainda, de um aparelho que faça a conversão de corrente alternada comum em contínua.
Motores desse tipo proporcionam facilmente ajustes variados e precisos durante o seu funcionamento, 
como a regulagem da sua velocidade de trabalho. Porém, devido às suas características, esses motores 
possuem um custo mais elevado na sua manutenção e instalação.
Como a maior quantidade de energia originada industrialmente é fornecida em corrente alternada, os 
motores de corrente alternada são mais frequentemente utilizados, e dessa maneira, proporcionam um 
menor custo de instalação e manutenção.
A energia utilizada nas indústrias e residências é fornecida pelas concessionárias de energia, por meio 
de linhas de alta potência, para isso, é necessário que seja colocada na potência correta para uso dos con-
sumidores por meio de transformadores. Os motores elétricos podem ter sua alimentação monofásica e/
ou bifásica, e trifásica. Entenda:
a) Alimentação monofásica e/ou bifásica: os transformadores monofásicos são alimentados somente 
por uma fase, ou seja, somente um condutor na parte de cima, sendo a energia fornecida ao consu-
midor por meio de três condutores (cabos ou fios) que saem da parte inferior do equipamento, que 
são: neutro, fase A e fase B.
COMANDOS ELÉTRICOS20
Ed
w
in
 V
er
in
 ([
20
--
?]
)
Figura 4 - Transformador monofásico
Fonte: Thinkstock (2016)
Esse tipo de energia é conduzido por meio de cabos ou fios elétricos até as caixas de distribuição das 
edificações e depois para as tomadas e interruptores, a fim de serem utilizados em ambientes comerciais, 
industriais e domésticos, alimentando equipamentos e aparelhos que são utilizados diariamente nas mais 
diversas situações, como chuveiros, sistemas de refrigeração e climatização, eletrodomésticos, computa-
dores, iluminação, entre outros.
b) Alimentação trifásica: no transformador trifásico, a alimentação oriunda dos sistemas de alta ten-
são ocorre por três condutores (cabos ou fios) na parte de cima do transformador. Já o fornecimento 
para os consumidores industriais, comerciais e em alguns casos os residenciais, é realizado por quatro 
condutores (cabos ou fios) ligados às caixas de alimentação, sendo um neutro e três fases.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 21
na
ifu
ns
tu
di
o 
([2
0-
-?
])
Figura 5 - Transformador trifásico
Fonte: Thinkstock (2016)
De acordo com PhdOnline (2015), os sistemas trifásicos ocupam a maioria das distribuições de energia 
elétrica no mundo por apresentar algumas vantagens em relação ao sistema monofásico, como:
a) utiliza uma menor porção em diâmetro de cobre ou alumínio para oferecer a mesma eficácia que um 
sistema monofásico;
b) é a maneira mais eficaz de distribuir a energia para distâncias acentuadas e proporciona a operação 
eficiente de equipamentos de grande porte pelas indústrias;
c) há um equilíbrio constante da potência total;
d) os motores com sistema trifásico são menores e mais leves que os motores monofásicos compatíveis;
e) os motores trifásicos possuem torque maior e constante e ainda produzem pouca vibração, quando 
comparados com motores monofásicos.
 CURIOSIDADES
Em 1820, o cientista dinamarquês Hans Christian Oersted (1777-1851) des-
cobriu um princípio físico fundamental para o funcionamento dos motores 
elétricos. O cientista utilizou a corrente elétrica gerada por uma pilha e por 
um fio condutor e depois aproximou desse fio uma bússola. A agulha (que 
é um ímã) mexeu-se e alinhou-se perpendicularmente ao fio. Ele percebeu 
que em volta do fio havia um campo magnético, que agiu sobre o outro 
campo, o da agulha, e com isso, estabeleceu-se pela primeira vez a relação 
entre eletricidade e magnetismo. (SUPERINTERESSANTE, 1988)
COMANDOS ELÉTRICOS22
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES ELÉTRICOS
Há uma grande variedade de modelos de motores elétricos que são produzidos de acordo com a ne-
cessidade exigida pelos equipamentos nos quais serão instalados. Os motores elétricos, na sua maioria, 
possuem em comum diversos elementos empregados em sua construção, porém, cada modelo possui 
elementos peculiares que fazem parte de suas características construtivas, que você conhecerá melhor ao 
longo dos estudos de cada tipo de motores.
Observe, na figura a seguir, os principais componentes presentes na maioria dos motores elétricos.
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 (2
01
6)
Figura6 - Componentes de motores elétricos
Fonte: adaptado de apostila WEG 
Conheça, a seguir, as características dos tipos de motores mais utilizados, tanto no uso comercial como 
industrial.
Principais classificações dos motores elétricos
O motor elétrico é um equipamento capaz de converter energia elétrica em energia mecânica. Essa 
energia mecânica pode ser utilizada na ativação de diversos tipos de máquinas e equipamentos, aplicados 
tanto no setor residencial, comercial e nas indústrias como no transporte de cargas (elevadores, esteiras, 
guindastes, trens), no processamento de materiais (tornos, prensas, lixadeiras, fresas) e no transporte de 
fluidos (compressores, bombas hidráulicas).
Os motores elétricos são classificados como motores acionados por corrente contínua e motores acio-
nados por corrente alternada. A seguir, aprenda mais sobre esta classificação.
a) Motores acionados por corrente contínua
Os motores de corrente contínua necessitam de uma corrente elétrica também contínua para o seu 
funcionamento. Esse tipo de equipamento possui alto custo de instalação, porém permite o seu funcio-
namento com velocidade amplamente regulável. É recomendado para equipamentos que necessitam de 
toda a carga durante a partida, como guindastes, elevadores e locomotivas.
Os principais componentes de um motor de corrente contínua (CC) são:
2 COMANDOS ELÉTRICOS 23
a) rotor (induzido ou armadura);
b) bobinas (um indutor ou campo);
c) carcaça.
Veja a representação do motor de CC, na figura a seguir.
D
en
ilz
a 
Pe
re
ira
 d
os
 S
an
to
s 
(2
01
6)
Figura 7 - Representação do motor CC
Fonte: adaptado de Thinkstock (2016)
O induzido, ou armadura, é a maior parte da máquina, o qual possui um eixo e um núcleo da armadura 
(confeccionado em aço com ranhuras) onde são localizadas as bobinas conhecidas como enrolamento da 
armadura. Além disso, possui um comutador fixado a um eixo composto por um conjunto de lâminas de 
cobre isoladas entre si, que lhe permitem resistir a altas correntes elétricas.
Observe, na figura a seguir, um exemplo de comutador e bobina.
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 (2
01
6)
Figura 8 - Comutador e bobina
Fonte: adaptado de Thinksotck (2016)
COMANDOS ELÉTRICOS24
A bobina de campo, ou estator, é responsável por produzir um campo magnético por meio de seus com-
ponentes (material ferromagnético envolto em um rolamento de baixa potência) acoplados em volta da ar-
madura, proporcionando uma interação. O estator permanece estático durante o funcionamento da máquina.
O
le
ks
an
dr
 K
os
tiu
ch
en
ko
 ([
20
--
?]
)
Figura 9 - Estator ou bobina de campo
Fonte: Thinkstock (2016)
Nos motores de grande porte, pode haver interpolos3 para diminuir o efeito de distorção do fluxo do 
campo magnético, ou ainda, podem conter enrolamentos de compensação.
A carcaça é o ponto de fixação do enrolamento de campo e é formada por chapas. As bobinas são ali 
posicionadas para formar os polos.
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 ([
20
--
?]
)
Figura 10 - Carcaça do motor
Fonte: adaptado de Thinkstock (2016)
3 Também conhecido como polos de comutação – são dispositivos com a função de diminuir o centelhamento das escovas 
durante o processo de comutação.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 25
As escovas possuem a função de conduzir a energia do comutador para o rotor (armadura). São fixadas 
a carcaça por meio de molas existentes em seus porta-escovas, para executar a pressão das escovas contra 
o comutador.
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 ([
20
--
?]
)
Figura 11 - Escovas (esquerda) e localizador de escova (direita)
Fonte: adaptado de Thinkstock (2016)
Funcionamento do motor de corrente contínua
O funcionamento do motor de corrente contínua é baseado no princípio da reação de um condutor 
de energia, inserido em um campo magnético fixo que é percorrido por uma corrente elétrica. O motor 
de corrente contínua contém um campo magnético fixo gerado por bobinas de campo. O envolvimento 
do campo magnético fixo com o campo magnético gerado pela corrente elétrica que circula no condutor 
favorece o surgimento de uma força que empurra o condutor para fora do campo magnético fixo, e dessa 
maneira, produz o movimento. Além disso, possui condutores instalados nesse campo (rotor), que são 
percorridos por correntes elétricas.
Observe, na figura a seguir, o surgimento do movimento giratório em motores de corrente contínua.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 12 - Movimento do rotor em motores CC
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009, p. 21)
Na figura anterior você pôde perceber que a corrente circula pela espira do rotor e possui movimento 
para os dois lados, ou seja, entrada e saída de corrente, causando a formação de duas forças contrárias 
de igual valor, o que resulta em movimento de rotação devido à espira estar presa ao rotor (armadura) e 
suspensa por um mancal (elemento de apoio fixo). Essas forças são inconstantes durante o giro e à medida 
que o condutor se afasta do centro do polo magnético a intensidade das forças diminuem.
COMANDOS ELÉTRICOS26
Para que os motores de corrente contínua tenham força constante é necessário que as espiras coloca-
das nas ranhuras da armadura, estejam defasadas entre si e interligadas ao circuito externo por intermédio 
do coletor das escovas.
Acompanhe na figura a seguir.
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 (2
01
6)
Figura 13 - Coletor da escova
Fonte: adaptado de Thinkstock (2016)
No instante em que o rotor (armadura) do motor CC inicia o giro, os condutores de cobre cessam as 
linhas magnéticas do campo. Esse fenômeno causa uma força eletromotriz induzida que provoca a circu-
lação de corrente elétrica no circuito da armadura, no sentido contrário à corrente que alimenta o motor.
Quando a força eletromotriz (fem) induzida for de sentido contrário à tensão aplicada, é dado o nome 
de força contra eletromotriz (fcem).
 FIQUE 
 ALERTA
Para que não haja acidentes na área de trabalho durante os procedimentos de ma-
nutenção e reparação nos sistemas, recomenda-se a utilização dos EPIs compatíveis 
com o processo.
Tipos de motores de corrente contínua
Os motores de corrente contínua são determinados de acordo com o tipo de ligação de seus campos 
magnéticos, que podem ser: motor de ímã permanente, de campo série, paralelo, de excitação indepen-
dente e composto. Entenda cada um desses tipos.
a) Motor de imã permanente: os motores de ímã permanente possuem um ímã fixo no estator e um 
rotor bobinado alimentado em CC por meio de um conjunto escova-comutador.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 27
Yu
riy
 C
ha
ba
n 
([2
0-
-?
])
Figura 14 - Motor de ímã permanente
Fonte: Thinkstock (2016)
Os motores de ímã permanente possuem características de pequena potência, contudo, possuem uma 
gama de aplicações na indústria de brinquedos, automotiva, entre outras.
Esses motores possuem como vantagem a variação de velocidade por meio da alteração da tensão em 
seus terminais, e a desvantagem é a baixa vida útil, devido ao atrito e faiscamento no conjunto escova-
-comutador, além de produzir ruídos eletromagnéticos nos circuitos eletrônicos.
b) Motor de campo série: os motores de campo série possuem bobinas constituídas por espiras liga-
das em série com o rotor (induzido). Essas espiras possuem condutores mais espessos, com a finalida-
de de suportar a corrente em circulação.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 15 - Rotor com duas bobinas de campo em série
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009, p. 24)
Por influência da ação magnética nesse motor, o conjugado4 é diretamente proporcional ao fluxo indu-
tor e a corrente circulante pelo induzido.
4 Também conhecido como torque, é o esforço que o motor desenvolve para movimentar a carga mecânica.
COMANDOS ELÉTRICOS28
Esses motores possuem partida potente e podem ter regulagem de velocidade.
É recomendado para os sistemas que necessitam de uma partida com plena carga, como em guindas-
tes, elevadores, etc.
c) Motor de campo paralelo: o motor de corrente contínuaem paralelo possui as bobinas ligadas em 
paralelo com o induzido, e são constituídas por uma variedade de espiras de condutor de menor di-
âmetro do que o motor de campo série. A bitola do condutor pode ser alterada conforme a potência 
do motor e precisa ser compatível com a corrente do campo paralelo, para que tenha como resultado 
uma velocidade constante.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 16 - Rotor com bobina de campo em paralelo
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009, p. 25)
Em virtude da ação eletromagnética, o conjugado se torna proporcional ao fluxo e à corrente elétrica. 
No instante da partida do motor, a corrente elétrica no induzido fica limitada, devido à tensão da fonte que 
o controla, diminuindo o conjugado. É recomendável que nesse modelo de motor o início da partida não 
ocorra em plena carga. Os motores de campo paralelo são aplicados geralmente em equipamentos como 
os tornos, retíficas, entre outros que podem imprimir uma velocidade quase constante.
d) Motor de excitação independente: o motor de corrente contínua independente possui as bobinas 
de campo ligadas independentemente do induzido. São constituídas por diversas espiras de condu-
tor de espessura fina que varia conforme a potência do motor e o campo magnético obtido. Com essa 
configuração adquire-se um controle total de velocidade e torque constante, independentemente do 
valor de carga. Isso pode ser adquirido por meio do controle da tensão e da corrente do campo como 
também da corrente da armadura.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 17 - Rotor e sua bobina de campo
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009, p. 26)
2 COMANDOS ELÉTRICOS 29
Essa configuração de motor é muito utilizada em sistemas industriais que necessitam de velocidade 
constante, como laminadores, alimentadores, extrusoras, etc.
e) Motor composto: nesse modelo de motor de CC composto ou misto as bobinas de campo são com-
postas por dois enrolamentos acoplados à mesma sapata polar (polos onde são fixadas as bobinas). 
Um desses enrolamentos possui um condutor de diâmetro mais grosso ligado em série com o induzi-
do e o outro condutor mais fino e ligado em paralelo ao mesmo induzido.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 18 - Rotor com as bobinas de campo série e em paralelo
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009, p. 27)
Nessa configuração de motor, há características peculiares em relação ao motor em série e ao motor em 
paralelo, ou seja, possui uma partida forte e uma velocidade estável em qualquer variação de carga e ainda 
tem a possibilidade de dar a partida com carga. Os motores compostos podem ser aplicados, por exemplo, 
em diversos tipos de prensas.
f) Motores acionados por corrente alternada: 
Esses motores são mais utilizados em equipamentos industriais que exigem longos e constantes regi-
mes de trabalhos, tendo em vista maior economia no consumo de energia. São largamente empregados 
em sistemas de refrigeração e climatização nas mais diversas áreas.
Os motores acionados por corrente alternada (CA) são mais simples, quando comparados com os mo-
tores de corrente continua (CC). Permitem ainda um funcionamento por longos períodos sem manutenção 
por não possuírem contatos móveis em sua estrutura.
A faixa de velocidade dos motores de corrente alternada é imposta pela frequência da fonte de alimen-
tação, resultando em ótimas condições para o seu funcionamento em velocidades constantes.
Os motores de corrente alternada podem ser classificados quanto à velocidade de rotação do motor 
em sincronismo com a frequência da tensão elétrica gerada para o funcionamento desse motor, que nesse 
caso pode ser do tipo: motores de CA síncronos; ou motores de CA assíncronos ou de indução.
COMANDOS ELÉTRICOS30
Caso a classificação seja pela frequência da tensão elétrica gerada pela rede de distribuição, então os 
motores serão do tipo: motor de CA monofásico; ou motor de CA trifásico.
Confira essas classificações dos motores de CA na figura seguinte.
D
en
ilz
a 
Pe
re
ira
 d
os
 S
an
to
s 
(2
01
6)
Figura 19 - Classificação de motores de Corrente Alternada (CA)
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009, p. 45)
Entenda melhor essa classificação na sequência:
a) Motor de corrente alternada síncronos: o motor de CA síncrono é um equipamento elétrico com 
rotação que pode ser utilizado como gerador, convertendo a energia mecânica gerada em energia 
elétrica, ou como motor para realização de trabalho mecânico, ou seja, quando a energia elétrica é 
convertida em energia mecânica. A velocidade de rotação do motor é sincronizada com a frequência 
da sua alimentação. Esse tipo de motor pode ser aplicado para geração de energia de potência reativa, 
2 COMANDOS ELÉTRICOS 31
com a finalidade de correção do fator de potência imposto por outros motores de indução. Os gerado-
res síncronos são utilizados em usinas geradoras de eletricidade, seja ela, hidrelétrica ou termoelétrica.
H
ra
m
ov
ni
ck
 ([
20
--
?]
)
Figura 20 - Motor de uma hidroelétrica
Fonte: Thinksotck (2016)
Os motores síncronos são compostos por:
D
en
ilz
a 
Pe
re
ira
 d
os
 S
an
to
s 
(2
01
6)
Figura 21 - Classificação dos motores síncronos
Fonte: do Autor (2016)
Princípio de funcionamento: nos motores síncronos, assim como nos motores de corrente continua 
(CC), o enrolamento de campo é estimulado por uma fonte de corrente contínua. O enrolamento dos polos 
(bobina polar), fixado no rotor, é conduzido aos anéis coletores. Caso a bobina do estator seja ligada a uma 
fonte CA, a máquina funcionará como um motor síncrono e o rotor irá girar com a velocidade síncrona, 
COMANDOS ELÉTRICOS32
em sincronismo com o campo girante gerado pelo enrolamento do estator e imposto pela quantidade de 
polos e a frequência da fonte. Observe essa situação na figura a seguir.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 22 - Máquina síncrona e a ligação de suas bobinas
Fonte: Adaptado de Eletrobras (2009, p. 47)
Como características de operação, os motores síncronos: 
i) possuem dupla excitação; 
ii) a alimentação elétrica é para o enrolamento de campo e para a armadura; 
iii) o torque é em apenas uma velocidade; 
iv) o rotor e campo de fluxo se movimentam sem sincronismo.
b) Motores assíncronos: são conhecidos, também, por motores de indução. Eles imprimem a rotação 
em uma velocidade próxima à velocidade síncrona. No Brasil, esse sincronismo é realizado com a fre-
quência da rede de alimentação em corrente alternada de 60HZ.
Os motores assíncronos podem ser classificados em monofásicos ou trifásicos, confira, a seguir, infor-
mações sobre o motor monofásico assíncrono.
Para que um motor monofásico assíncrono entre em funcionamento, são necessários dispositivos 
específicos, como capacitores, anéis em curto circuito, bobinas auxiliares e chaves centrífugas, que favo-
recem o giro do motor no sentido determinado. A utilização de capacitores ou demais dispositivos para 
sua partida, depende exclusivamente do modelo e necessidade de operação. Este tipo de motor é muito 
utilizado em regiões rurais, devido à dificuldade do fornecimento de rede trifásica.
São componentes do motor monofásico assíncrono:
2 COMANDOS ELÉTRICOS 33
Estator
Bi
gJ
ok
er
 ([
20
--
?]
)
Onde as bobinas de campo estão localizadas, e estas 
têm a sua ligação, formato e disposição de acordo 
com o tipo do motor.
Rotor
LM
33
11
 ([
20
--
?]
)
É a parte móvel do motor constituída pelo induzido 
modelo gaiola de esquilo.
Quadro 1 - Componentes do motor monofásico assíncrono
Fonte: do Autor (2016)
E qual é o princípio do funcionamento do motor monofásico assíncrono? Você sabe como ele funcio-
na? Os motores monofásicos de indução possuem um único enrolamento no estator. Esse enrolamento 
favorece um campo magnético que sofre alterações devido às alternâncias da corrente elétrica. Esse mo-
vimento gerado não é rotativo. Quando o motor está sem movimentação, o campo magnético do estator, 
durante a expansão e contração, induz correntes elétricas no rotor.
O campo magnético impostono rotor possui a polaridade oposta à do estator, sendo assim, a oposição 
dos campos executa um conjugado nas partes superior e inferior do rotor, fator que poderia provocar giros 
de 180º em relação à sua posição original. Como o conjugado é igual em ambas as direções, o rotor conti-
nua parado, já que as forças oriundas do centro do rotor são de sentidos contrários.
Caso o rotor esteja em giro, o mesmo continuará girando na direção original, porque o conjugado será 
auxiliado pela inércia do rotor e pela indução de seu campo magnético. Com o giro do rotor, a defasagem 
entre os campos magnéticos do rotor e do estator não será superior a 180°. Normalmente, para haver o 
giro inicial do motor, são utilizados dois tipos de partida: campo distorcido e fase auxiliar com capacitor.
O motor de campo distorcido caracteriza-se por possuir um rotor do tipo gaiola de esquilo e um es-
tator com semelhanças ao do motor universal. Entretanto, no motor de campo distorcido, há na sapata 
polar uma ranhura em que fica alojado um anel de cobre ou espira em curto-circuito. Essas características 
identificam esses motores como motor de anel e motor de espira em curto-circuito.
COMANDOS ELÉTRICOS34
Devido a sua simplicidade, baixo custo e robustez, os motores de campo distorcido são aplicados fre-
quentemente em ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente, sistemas de refrigeração, secadoras 
de roupas, compressores. Outra vantagem está no processo simples de partida, sem uso de capacitores e 
chaves, além da confiabilidade e economia.
Os motores monofásicos de fase auxiliar são motores que possuem inúmeras aplicações. A sua es-
trutura mecânica é semelhante à dos motores trifásicos de indução. Desta maneira, o estator possui dois 
enrolamentos:
a) um enrolamento com fios mais espessos e com inúmeras espiras (enrolamento principal);
b) um enrolamento com fios estreitos e com poucas espiras (enrolamento auxiliar de partida).
O enrolamento principal permanece ativo durante todo o tempo de funcionamento do motor, porém 
o enrolamento auxiliar atua somente durante a partida.
O enrolamento auxiliar é desativado por um dispositivo automático, localizado entre a tampa do motor 
e do rotor. Normalmente, um capacitor é ligado em série com o enrolamento auxiliar e, desta maneira, 
otimiza o conjugado do motor.
De acordo com o arranjo auxiliar de partida empregado, os motores de indução monofásicos com rotor 
de gaiola – fase auxiliar – podem ser classificados conforme o arranjo auxiliar de partida da seguinte maneira:
D
en
ilz
a 
Pe
re
ira
 d
os
 S
an
to
s 
(2
01
6)
Figura 23 - Classificação dos motores quanto ao arranjo auxiliar de partida
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009)
Entenda melhor a seguir.
O motor de fase dividida (split phase) possui um enrolamento principal e um auxiliar para a partida, 
com uma defasagem elétrica de 90º no espaço. O enrolamento auxiliar provoca a condução de fase que 
gera o conjugado indispensável para a rotação inicial e a aceleração. À medida que o motor chega a rota-
ção pré-estabelecida, o enrolamento auxiliar é desconectado da rede por meio da utilização de uma chave, 
geralmente operada por força centrífuga (chave ou disjuntor centrífugo), ou ainda por relés de corrente, 
2 COMANDOS ELÉTRICOS 35
chave eletrônica, quando assim for necessário, ou por chave manual ou disjuntor centrifugo, dentre outros 
dispositivos específicos.
Os motores de fase dividida são aplicados em ventiladores, exaustores, compressores herméticos, bom-
bas centrífugas, etc.
O motor com capacitor de partida (capacitor-start) possui semelhanças ao de fase dividida, porém, a 
diferença está na inserção de um capacitor (eletrolítico) em série com o enrolamento auxiliar de partida. 
Esse capacitor favorece a maior defasagem entre as correntes do enrolamento principal e o de partida, 
elevando o conjugado de partida. Quando o motor atinge 80% de sua velocidade de trabalho, o circuito 
auxiliar é desativado. Logo após, o seu funcionamento é semelhante ao do motor de fase dividida devido 
ao elevado conjugado de partida, que pode chegar a 200% ou 350% do seu conjugado nominal.
O motor de capacitor de partida possui uma variedade de aplicações e a sua fabricação envolve potên-
cias que atingem de 1/4 CV a 5 CV. Os motores com capacitor de partida são aplicados em lavadoras de 
roupa, ventiladores, exaustores, esmeril, bombas centrifugas, entre outros.
O motor com capacitor permanente (permanent split) é semelhante ao motor de capacitor de partida, 
porém a diferença está no circuito auxiliar, que fica constantemente ligado ao capacitor eletroestático em-
pregado. O seu funcionamento é semelhante ao de um motor bifásico, ou seja, possui um campo girante 
e não pulsante, que lhe proporciona um regime de trabalho silencioso, com alto rendimento e potência, e 
baixa corrente de partida.
Os motores com capacitor permanente são aplicados em equipamentos que deixam de requerer ele-
vado conjugado de partida, como os ventiladores, sopradores, bombas centrífugas, furadeiras, maquinas 
de costura. São motores de menor tamanho e isentos de manutenção, já que possuem contatos e partes 
moveis, como os estudados acima.
Os motores com dois capacitores (two-value capacitor) possuem as vantagens dos dois modelos de 
motores apresentados anteriormente: partida igual ao do motor de capacitor de partida e regime de fun-
cionamento como o de motor de capacitor permanente; porém, dado seu alto custo de produção, é fabri-
cado apenas em potências superiores a 2 CV.
As vantagens e desvantagens construtivas e operacionais dos motores monofásicos assíncronos são:
D
en
ilz
a 
Pe
re
ira
 d
os
 S
an
to
s 
(2
01
6)
Figura 24 - Vantagens e desvantagens dos motores monofásicos assíncronos
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009)
COMANDOS ELÉTRICOS36
Agora que você já conhece os motores monofásicos, chegou a hora de conhecer os motores trifásicos. 
Os motores de alimentação trifásica são fabricados com características de construção simplificadas e 
com uma variedade de condições de potência. Essa configuração de motores elétricos faz parte de uma 
grande quantidade de aplicações nos sistemas industriais. O motor de indução trifásico é composto basi-
camente de duas partes: estator e rotor. Observe:
Tabela 1 - Composição do motor de indução trifásico
ESTATOR
Carcaça
É a estrutura suporte do conjunto; de construção 
robusta em ferro fundido, aço ou alumínio injetado, 
resistente à corrosão e com aletas.
Núcleo de chapas
As chapas são de aço magnético, tratadas termica-
mente para reduzir ao mínimo as perdas no ferro.
Enrolamento trifásico
Três conjuntos iguais de bobinas, uma para cada 
fase, formando um sistema trifásico ligado à rede 
trifásica de alimentação.
ROTOR
Eixo
Transmite a potência mecânica desenvolvida pelo 
motor. É tratado termicamente para evitar proble-
mas como empenamento e fadiga.
Núcleo de chapas
As chapas possuem as mesmas características das 
chapas do estator.
Barras e anéis de curto-circuito
São de alumínio injetado sob pressão numa única 
peça.
Fonte: do Autor (2016)
Dependendo do fabricante, o motor de indução trifásico possui ainda outros componentes, como: tam-
pa; ventilador; tampa defletora; caixa de ligação elétrica, terminais e rolamentos.
Os motores elétricos de indução trifásicos de rotor bobinado são motores constituídos para o re-
gime de trabalho em rede de corrente alternada trifásica, quando se pretende controlar a velocidade do 
motor. Esses modelos de motores proporcionam uma partida forte com uma pequena corrente de partida. 
São motores adequados para potencias elevadas, superiores a 5 CV.
Os motores trifásicos de rotor bobinado são indicados para partidas com toda a carga, pois não gera in-
tensidade excessiva de corrente na rede elétrica. Esses motores são muito utilizados para executar tarefas 
que exijam variações de velocidade. O enrolamento que há no rotor desses motores, ao realizar a variação 
de intensidade da corrente que transitano induzido, faz variar a velocidade do motor.
Para a regulagem da velocidade e a inversão de marcha, é realizado um deslocamento de um conjunto 
de escovas que possibilita variar a tensão induzida nos enrolamentos do rotor. Também é possível fazer 
essa regulagem por meio de circuitos eletrônicos, dependo do fabricante.
Confira, a seguir, quais são os componentes do motor de rotor bobinado trifásico.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 37
a) Estator: possui os mesmos modelos de enrolamentos, ligações e distribuição que os motores trifási-
cos de indução ou síncrono.
b) Rotor: possui um enrolamento com várias bobinas isoladas, ligadas e formando dois ou três circui-
tos. Os circuitos são unidos por um ponto comum em um dos lados e no outro, por três anéis coleto-
res onde são alojadas as escovas coletoras, e por meio dos anéis se estabelece o contato elétrico entre 
o enrolamento do rotor e o reostato de partida externo.
Observe, na figura a seguir, o esquema de ligação elétrica do motor de rotor bobinado.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 25 - Esquema elétrico de um motor de indução trifásico de rotor bobinado
Fonte: Adaptado de Eletrobras (2009, p. 61)
Os motores de indução trifásicos de rotor bobinado são utilizados com eficácia em guindastes, elevadores, 
calandras e demais equipamentos que necessitam de partida com grandes cargas.
O motor de indução trifásico de rotor gaiola de esquilo é uma máquina elétrica de corrente alterna-
da (CA) assíncrona com rotor em curto-circuito, em que a velocidade está sujeita a frequência da fonte de 
alimentação e do número de polos do motor.
Veja na figura a seguir os componentes desse tipo de motor.
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 (2
01
6)
Figura 26 - Componentes do motor elétrico trifásico
Fonte: adaptado de Thinkstock (2016)
Confira, a seguir, a composição desses motores.
COMANDOS ELÉTRICOS38
a) Estator (que inclui a carcaça e o núcleo): a carcaça é a parte externa do motor, fabricada em ferro 
fundido ou chapa de aço. Tem a finalidade de sustentar toda a máquina. O núcleo é fabricado em 
chapas de ferro-silício, no formato de pacote rígido. Na parte interna do núcleo há ranhuras em que 
as bobinas são acopladas.
b) Induzido ou rotor: forma a parte móvel do motor e é composto por barras condutoras fechadas em 
curto-circuito por meio de anéis. Essas barras possuem o formato de gaiola de esquilo.
Em se tratando de motores de pequeno porte, as barras condutoras e os anéis de curto-circuito podem 
ser produzidos de uma liga de alumínio, fundida ou injetada diretamente no rotor laminado.
Princípio de funcionamento
Assim que a corrente alternada trifásica é imposta aos enrolamentos do estator do motor assíncrono de 
CA, gera um campo magnético rotativo. O campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente 
que circula por ela nesse instante.
Se por acaso a corrente for nula, deixará de haver campo magnético, porém, se ela for máxima, o campo 
magnético também será máximo. Os campos magnéticos individuais combinam entre si e resultam em um 
campo único, cuja posição tem variedade com o tempo. Esse campo único giratório vai atuar sobre o rotor 
e gerar um movimento.
Confira no quadro a seguir as vantagens e desvantagens do motor de indução trifásico de rotor de 
gaiola de esquilo.
VANTAGENS DESVANTAGENS
a) Baixo custo para produção e aquisição.
b) Bom torque na partida.
c) Manutenção de baixo custo.
d) Velocidade constante.
a) Necessita de inversor eletrônico ou outros dispositivos 
para controle de velocidade.
b) Possui alta corrente de partida.
c) Baixo fator de potência, quando mal dimensionado 
para carga.
Quadro 2 - Vantagens e desvantagens do motor de indução trifásico de rotor de gaiola de esquilo.
Fonte: do Autor (2016)
Os motores de indução trifásicos de rotor de gaiola de esquilo podem ser aplicados em ambientes 
diversos, com poeira, umidade e altas temperaturas. Devido a seu eficiente funcionamento, baixo custo 
de aquisição e por gerar pouca manutenção, os motores de indução de rotor de gaiola de esquilo são 
aplicados frequentemente como força motriz em máquinas industriais. Dadas suas características, esse 
modelo de motor é classificado pelo Inmetro como um motor de alto rendimento. Acompanhe no quadro 
a seguir um resumo sobre as principais características dos motores de corrente alternada (CA), de acordo 
com informações da Eletrobras (2009).
2 COMANDOS ELÉTRICOS 39
MOTOR VARIAÇÃO DE VELOCIDADE
CONTROLE DA 
VELOCIDADE
CAPACIDADE DE 
ARRANQUE APLICAÇÕES
Assíncrono com motor 
em curto (monofásico ou 
trifásico).
Varia de 3% a 5% entre 
vazio e plena carga.
Nenhum, exceto nos tipos 
de velocidade múltipla 
projetados para duas ou 
mais velocidades fixas.
Baixa e média
Recomenda-se para 
serviços que não exijam 
velocidades variáveis, 
como partida com carga, 
moinhos, ventiladores, 
prensas, bombas centrífu-
gas, máquinas operatrizes.
Assíncrono com rotor 
bobinado (trifásico).
Varia de 3% a 5% entre 
vazia e plena carga com 
o reostato em curto-
-circuito.
A velocidade pode ser 
reduzida em 50% pelo 
reostato. A velocidade 
varia inversamente à 
resistência.
Alta
Recomenda-se para os ser-
viços em que se faz neces-
sária a velocidade variável 
e partida com carga.
Motor síncrono (trifásico).
Não há variação. A 
velocidade é constante 
(síncrona).
Nenhum, exceto em raros 
motores de duas veloci-
dades fixas.
Muito baixa
Em serviços que exigem 
velocidade constante ou 
em que se deseja corrigir 
o fator potência da rede 
elétrica.
Quadro 3 - Comparação entre motores de indução
Fonte: adaptado de Eletrobras (2009)
 SAIBA 
 MAIS
Você pode adquirir mais informações sobre motores elétricos acessando o site de 
fabricantes de motores elétricos, e dessa maneira esclarecer eventuais dúvidas ou 
complementar os estudos, como por exemplo consultar a tabela de aplicação de 
equipamentos. Para fazer essa pesquisa, use uma ferramenta de busca e digite motor 
assíncrono, motores monofásicos.
Identificando um motor elétrico
A identificação de um motor elétrico é executada por intermédio de uma placa de identificação, nor-
malmente fixada na carcaça do motor. Essa placa possui as informações características dos motores elétri-
cos, de acordo com a norma NBR 17094:2013.
COMANDOS ELÉTRICOS40
A figura a seguir representa uma placa de identificação de um motor.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 27 - Plaqueta de identificação
Fonte: adaptado de catálogo WEG – motor trifásico (2015)
Entenda o significado das indicações numéricas no quadro a seguir. 
CÓDIGO SIGNIFICADO CÓDIGO SIGNIFICADO
1 Código do motor 16 Fator de serviço
2 Número de fases 17 Altitude
3 Tensão nominal de operação 18 Massa
4 Regime de serviço 19 Especificação do rolamento dianteiro e quantidade de graxa
5 Rendimento 20 Especificação do rolamento traseiro e quantidade de graxa
6 Modelo da carcaça 21 Tipo de graxa utilizada nos rolamentos
7 Grau de proteção 22 Esquema de ligação
8 Classe de isolamento 23 Tempo de relubrificação do motor (em horas)
9 Temperatura da classe de isolamento 24 Certificações
10 Frequência 25 Relação da corrente de partida/corrente nominal
11 Potência 26 Categoria de conjugado
12 Rotação nominal por minuto 27 Corrente no fator de serviço
13 Corrente nominal de operação 28 Data de fabricação
14 Fator de potência 29 Número de série
15 Temperatura ambiente
Quadro 4 - Códigos da placa de identificação
Fonte: Adaptado de catálogo WEG – motor trifásico (2015)
2 COMANDOS ELÉTRICOS 41
No quadro seguinte, mais alguns códigos da placa de identificação.
CÓDIGOS SIGNIFICADOS
kW (HP-CV)
É o valor da potência do motor em duas unidades. No caso desta placa, o número entre 
parênteses indica a potência em CV ou HP. O número fora dos parênteses indica a potência 
em kW.
RPM Indica o número de rotações por minuto, desenvolvida pelo eixo do motor.
F.S.
Fator de serviço. Indica o acréscimo de potência que pode ser aplicada ao motor, sem que 
ocorram danosa ele.
Isol.
Indica a classe de isolação do motor, que define a temperatura máxima suportada pelas 
bobinas. As classes de isolamento utilizadas em máquinas elétricas e os respectivos limites 
de temperatura conforme ABNT NBR 17094 e IEC 60034-1, são as seguintes: Classe A (até 
105ºC), Classe E (até 120ºC), Classe B (até 130ºC), Classe F (até 155ºC) e Classe H (até 180ºC).
Ip / In
É o valor da corrente de partida em relação ao número de vezes o valor da corrente nominal 
do motor.
IP
Índice de proteção do motor. Indica a proteção que o equipamento elétrico oferece contra 
agentes externos, tais como resíduos sólidos, poeira e água. O primeiro algarismo indica a 
proteção contra sólidos e o segundo contra água.
Tensão Nominal Indica as tensões de trabalho do motor. No caso do exemplo, 220/380 V.
Corrente Nominal (In) Indica as correntes de trabalho, de acordo com a tensão aplicada ao motor.
Reg. Duty Indica o regime de operação do motor. S1 = contínuo, sob carga constante.
∆ Esquema de ligação triângulo – para este motor trabalhar em 220 V.
Y Esquema de ligação estrela – para este motor trabalhar em 380 V.
Modelo O fabricante informa o modelo de carcaça do motor
Quadro 5 - Códigos da placa de identificação – parte 2
Fonte: adaptado de catálogo WEG – guia de especificação de motores elétricos (2015)
Outros dados importantes que podem ainda constar na placa de identificação das características do 
motor são: modelo de rolamentos, tipos de lubrificante adequado, frequência de lubrificação, tipo de car-
caça, número de série, dentre outros – sempre conforme o fabricante.
2.3.2 CONDUTORES ELÉTRICOS
Os condutores elétricos são elementos metálicos, normalmente de configuração cilíndrica, que possibi-
litam a passagem de cargas e sinais elétricos.
COMANDOS ELÉTRICOS42
Para a constituição dos condutores, o alumínio e o cobre são os metais com maior utilização na sua fa-
bricação. O cobre é frequentemente mais utilizado na fabricação de condutores elétricos, principalmente 
os condutores isolados, devido suas características elétricas e mecânicas.
O alumínio é empregado principalmente nas linhas de transmissão e ainda podem ser fabricados tam-
bém com isolamento.
Comumente, nas instalações elétricas industriais, comerciais ou residenciais, utilizam-se três modelos 
de condutores: fios, cabos e barramento.
Confira, a seguir, as características de cada condutor:
Fios: como condutores elétricos, podem ser utilizados nus ou isolados, ou ainda, podem ser produtos 
com acabamento rústico reservado à fabricação de cabos.
Os fios em que a seção transversal deixe de ser circular são denominados fios perfilados, devido ao seu 
formato, que geralmente pode ser quadrado ou retangular.
A
nt
on
io
 M
ee
s 
(2
01
6)
Figura 28 - Condutores elétricos
Fonte: adaptado de Souza [2016?]
Os fios com isolamento utilizam isolantes elétricos que são compostos por materiais com pouca quan-
tidade de elétrons e que possuam resistência a eles. Pode-se citar como materiais com essas características: 
plásticos (PVC5), silicone, borracha etileno-propileno (EPR), termofixo (XLPE)6, vidro, cerâmica, entre outros.
Cabos: são um conjunto de fios em formato de cordão, com a possibilidade de serem ou não isolados 
entre si, assim como o próprio conjunto de fios. Os cabos elétricos possuem denominações quanto às suas 
características construtivas, na qual pode-se mencionar os cabos unipolares e os multipolares.
5 Do inglês Polyvinyl chloride, policloreto de polivinila (também conhecido como cloreto de vinila ou policloreto de vinil) é um 
plástico não 100% originário do petróleo.
6 Blindagem da isolação em material semicondutor de fácil remoção e em fios de cobre nu.
2 COMANDOS ELÉTRICOS 43
D
en
ilz
a 
Pe
re
ira
 d
os
 S
an
to
s 
(2
01
6)
Figura 29 - Tipos de cabos elétricos
Fonte: do Autor (2016)
O cabo unipolar é aquele composto por um único condutor isolado. Já o cabo multipolar é composto 
por dois ou mais condutores isolados e providos de cobertura. Esses condutores isolados são conhecidos 
como veias.
Os cabos multipolares contendo duas, três, ou mais veias, são conhecidos respectivamente como bipo-
lares, tripolares, tetrapolares, etc.
A Norma NBR 5410:2004 recomenda ainda a utilização de cores específicas para os condutores de acor-
do com sua função em uma instalação elétrica, conforme descriminado a seguir:
Is
ad
or
a 
Lu
is
a 
Be
rt
ot
to
 (2
01
6)
Figura 30 - Cores específicas dos condutores
Fonte: adaptado de Thinkstock (2016)
COMANDOS ELÉTRICOS44
Barramento elétrico: normalmente de cobre, resistente ao calor e à corrosão, também é um condutor 
elétrico. Pode ser produzido em formato de tubo ou seção perfilada.
O barramento elétrico possui maleabilidade podendo ser dobrado, cortado e furado, permitindo uma 
flexibilidade na montagem do sistema elétrico conforme a necessidade do consumidor. Sua função é con-
duzir e distribuir melhor a energia dentro de um sistema elétrico, como em quadros de distribuição, qua-
dros de luz, etc., sem provocar uma sobrecarga nos circuitos elétricos.
Conforme você pode ver na figura a seguir, existem três tipos de barramentos eletrolíticos:
a) Barramento de terra – por meio de desvios de possíveis fugas de energia para o solo, protege as 
pessoas de possíveis acidentes com energia elétrica.
Figura 31 - Barramento de terra
Fonte: adaptado de Senai (2016)
2 COMANDOS ELÉTRICOS 45
b) Barramento de neutro – tem a função de ligar os fios e terminais ao ponto neutro de cada circuito.
A
nd
re
ss
a 
Vi
ei
ra
 (2
01
6)
Figura 32 - Barramento de neutro
Fonte: adaptado de Senai (2016)
c) Barramento de fase – este barramento possui a função de distribuir corrente elétrica para os circuitos.
A
nd
re
ss
a 
Vi
ei
ra
 (2
01
6)
Figura 33 - Barramento de fase
Fonte: adaptado de Senai (2016)
COMANDOS ELÉTRICOS46
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES (BITOLAS) E ISOLAÇÃO
O dimensionamento técnico de um circuito corresponde ao pré-estabelecimento das dimensões ou 
proporções correspondentes à seção de um condutor e do seu dispositivo de proteção, em conformidade 
com as normas da ABNT7 NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão.
Essa norma estabelece seção mínima dos condutores de acordo com o tipo de instalação, podendo ser 
utilizado cabo com bitolas maiores, porém, nunca menores do que determina a NBR 5410:2004.
Os condutores elétricos necessitam de compatibilidade com a capacidade dos dispositivos de proteção 
contra curto-circuito e sobrecarga.
 FIQUE 
 ALERTA
A seção nominal de um fio ou cabo é calculada por meio da área da seção transver-
sal do fio ou do somatório das seções dos fios que compõem o cabo.
Em instalações elétricas residenciais, geralmente se escolhe o condutor do circuito de distribuição ba-
seando-se apenas nos critérios da seção mínima e máxima corrente.
Nas instalações em circuitos residenciais os condutores fase e neutro devem conter a mesma bitola. Os 
condutores podem ser de cobre com isolamento em PVC, EPR e XLPE, sendo estes do tipo não propagador 
de chamas.
A diferença principal entre fios e cabos está relacionada à flexibilidade que o condutor proporciona. 
Sendo assim, à medida que a bitola do condutor aumenta, a sua flexibilidade diminui. Dessa maneira, 
conclui-se que os fios são mais flexíveis que os cabos.
O método de instalação dos condutores elétricos influi diretamente na troca térmica entre eles e o 
ambiente. Quanto maior a dissipação de calor em um condutor, menor será o aumento da sua resistência 
elétrica e melhor será a capacidade de condução de corrente no circuito.
Os critérios para o dimensionamento serão definidos conforme o tipo de instalação dos condutores. 
Na maioria das instalações utilizam-se condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção 
circular embutido em alvenaria, conforme previsão do projeto.
É importante que o dimensionamento dos condutores siga as especificações dos projetos elaborados, 
conforme as cargas elétricas previstas para

Outros materiais