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TAREFA 1 Ana Paula Mocelin Amaral

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Independentemente da área escolhida, todo conhecimento científico, se baseia em
teorias Básicas e princípios, que dão suporte á suas variadas direções, isso também
ocorre com a auditoria, mas é preciso que aquele que “mergulha” na auditoria como
prática tenha um sentido de qual é o seu “lugar no mundo” no que diz respeito a essa
prática. Logo vem a necessidade de uma teoria da auditoria e junto o questionamento
do porque. 
Pode-se argumentar que o problema das relações políticas entre o
poder local e o poder nacional não será resolvido por meio de
discussões conceituais. O que seria necessário é mais pesquisa de
campo. Historiadores, sem dúvida, tenderiam a apoiar esse ponto de
vista. Há momentos, no entanto, em que o acúmulo de pesquisas
passa a ter rendimento decrescente porque as ideias começam a
girar em roda, sem conseguir avançar devido a confusões ou
imprecisões conceituais. Nesses momentos, convém parar para
revisão e tentar esclarecer conceitos e teorias. (CARVALHO, 1997,
p. 229)
Diante disso a necessidade de existência de Normas de auditoria que são as regras
ditadas pelos órgãos reguladores da profissão contábil e tem por objetivo a regulação da
profissão e atividades bem como estabelecer diretrizes a serem seguidas pelos
profissionais no desenvolver de seus trabalhos. As normas atualmente em vigor no
Brasil são emitidas em conjunto pelo CFC, IBRACON, Banco Central do Brasil, a
CVM e a Superintendência de Seguros Privados.
Uma teoria da auditoria, contendo conceitos e princípios comuns que unem os diversos
aspectos dessa área do conhecimento, possibilita aos profissionais que dela se utilizam,
a compreensão mais apurada do universo teórico no qual estão inseridos. Pois existem
traços comuns em todas as modalidades e atividades de auditoria, é provável que exista
também uma lógica comum a todas elas, um conjunto de fundamentos que preside a
organização de todas. 
Na teoria da auditoria, é estudado um conjunto ordenado de conceitos que representam
características comuns a todos os ramos da auditoria, possibilitando uma maior
compreensão e aprendizado por parte dos profissionais que as utilizam. Por este motivo
a importância em descobrir a lógica compartilhada por todas as práticas de auditoria é
um recurso útil para boa compreensão.
A auditoria pode ser considerada um dos mecanismos mais importante no controle
público, e os órgãos de controle externo e interno da administração pública são bastante
beneficiados ao aprofundar seus conhecimentos nas modalidades e técnicas de auditoria.
As interpretações sobre auditoria são variadas, e a auditoria cotidianamente costuma ser
interpretada ou associada a ideias de fiscalização, ou busca de irregularidades e
ilicitudes. 
No âmbito técnico ou empresarial, a auditoria é ligada a ideia de verificação contábil.
Isso pode ser atribuído ao fato de que no mundo ocidental os primeiros passos da
auditoria se originaram nas verificações de contas financeiras devidas a tesouros
nacionais ou proprietários privados.
A auditoria surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registros
contábeis, em virtude do aparecimento das grandes empresas, baseado no lucro expresso
nas demonstrações contábeis. Sua evolução ocorreu em paralelo ao desenvolvimento
econômico e com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas. 
A auditoria tem por objetivo averiguar a exatidão dos registros contábeis e das
demonstrações contábeis no que se refere aos eventos que alteram o patrimônio e a
representação desse patrimônio. 
No entanto, atualmente a atuação da auditoria é bem mais ampla, conseguindo alcançar
com maior qualidade na prestação de serviços, ou, por exemplo, á existência de fraudes
e ou correções nas declarações tributárias e contas médicas. 
Quanto à demanda social, constatamos que a moderna sociedade ocidental tem vivido,
na opinião de alguns autores, uma “explosão da auditoria”. Desde o final da década de
80, e início da década de 90 é possível observar um crescimento considerável na
demanda social pela auditoria, principalmente na sociedade ocidental. 
“Além da regulação da contabilidade da empresa privada pela
auditoria financeira, práticas de auditoria ambiental, auditoria de
desempenho, auditoria de gestão, auditoria forense, auditoria de
sistemas de informação, auditorias de propriedade intelectual,
auditoria médica e auditoria da tecnologia emergiram e, em graus
variados, adquiriram um certo patamar de aceitação e estabilidade
institucional.”(POWER, 1999).
“Os conceitos para compreender as possibilidades de solução e
suas restrições não estão necessária e previamente dados. Às vezes,
devem, também, ser criados pelo homem. A principal dificuldade
para abordar, com eficácia, um problema quase estruturado
consiste, justamente, em criar os conceitos para entendê-lo”.
(MATUS 1989, P 108).
Cotidianamente podemos nos deparar com o Alcance da “auditoria como demanda.”
Toda prática social pode ser caracterizada por aspectos programáticos (normativos) e
tecnológicos (operacionais). E também uma das concepções de auditoria com que nos
deparamos no cotidiano: é a “auditoria como programa”. 
Como “demanda” a auditoria é, supostamente, toda forma de abertura das organizações
a um escrutínio externo independente, que se destina a fornecer uma base de recursos de
informação para o controle efetivo dessas organizações por todos aqueles que tenham
direito a exercê-lo.
Os aspectos programáticos ou Normativos, são as idéias a respeito da missão ou
finalidade daquela prática, idéias que têm o (crítico) papel de vincular essa prática aos
objetivos sociais mais amplos que circulam na esfera política. Nessa visão
“programática” da auditoria, são formuladas demandas amplas aos auditores em geral, e
de alguma maneira presume-se que a prática deles é capaz de atender a tais demandas.
Já os aspectos tecnológicos ou operacionais da auditoria compõe-se das tarefas e rotinas
mais ou menos concretas que são levadas a cabo pelos auditores, por exemplo
amostragens, checklists, revisões analíticas, e a forma como se estruturam.
Aí está, portanto, o papel estruturante dos critérios de auditoria dentro do processo de
conhecimento que ela implica. A complexidade dos processos quase-estruturados exige
a produção de conceitos que correspondam à sua natureza complexa; que sejam capazes
de lidar com o difuso, o impreciso, o insuficiente, o relacional, as misturas de qualidade
com quantidade, a ação criativa e imprevista, a subjetividade e os interesses dos atores
sociais, e a incerteza daí resultante. Frente a natureza do problema quase-estruturado, o
critério pode servir para cumprir a advertência de Matus: “A objetividade não é
possível; deve-se, sempre, perseguir o rigor”.
É importante identificar a dupla natureza do critério de auditoria como “critério
princípio” e “critério padrão”. A primeira natureza é a especificação de uma parte da
realidade auditada, seus contornos lógicos. Este conceito, sob o nome genérico de
“indicadores” e algum viés quantitativo, tem vasta aplicação no trabalho científico
strictu sensu voltado para as políticas públicas.
Kells 1991 define-o como “sistemas de elementos quantificáveis ou
relações numéricas para medir certos aspectos dos inputs das
entidades públicas, de seu funcionamento e dos resultados”
A segunda natureza representa a definição de um valor, que contém a posição normativa
oriunda da equipe auditora, ou de outra fonte com autoridade para defini-la, acerca do
que seria desejável ou esperado para os resultados da ação auditada. 
Assim, a cada percepção de fraude ou problemas em algum ramo de atividade, surge o
clamor por “mais auditoria”, reforçando as expectativas sociais em torno de algum
agente verificadorque, por procedimentos mais ou menos claros, possa “regularizar” ou
“moralizar” esse setor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/ IBRACON (Acesso em 08 de maio de
2022).
IBRACON, 1994 - Instituto Brasileiro de Contadores. Princípios Contábeis. São Paulo:
Atlas, 1994
https://cfc.org.br/cia/auditoria/ CFC (Acesso em 08 de maio de 2022).
IZIQUE, Cláudia. Rapinagem municipal. In: Razão Contábil, 1 (2), jun/2004. São
Paulo: Edições Segmento, 2004. 
GARCIA, 2001 - Garcia, Ronaldo Coutinho. Subsídios para Organizar Avaliações da
Ação Governamental. Brasília, IPEA , 2001.
KELLS (1991, pág. 423) los define como: “sistemas de elementos cuantifiabes o
relaciones numéricas para medir ciertos aspectos de los inputs de las entidades públicas,
de su funcionamiento y de los resultados. (Valderrama & Cejas, 1996, p. 196 - tradução
nossa no corpo do texto).
MAUTZ, Robert. Princípios de auditoria. São Paulo: Atlas, 1976. 
MATUS, 1989 – Matus, Carlos. Adeus, senhor presidente: planejamento,
antiplanejamento e governo. Recife: Litteris Editora, 1989.
POWER, Michael. The audit society – rituals of verification. Oxford: Oxford University
Press, 1999. 
SALVADOR, Ignacio Cabeza. El papel de la auditoría pública en la lucha contra la
corrupción. In: Revista Técnica, XXXIII (17), 2000. Madrid: Instituto de Auditores-
Censores Jurados de Cuentas de España. 
TCU, 1998A -Brasil. Tribunal de Contas da União. Manual de auditoria de desempenho
do Tribunal de Contas da União. Brasília, 1998.
TCU, 2000 – Brasil. Tribunal de Contas da União. Manual de auditoria de natureza
operacional. Brasília, 2000. (também disponível no site www.tcu.gov.br) (Acesso em
10 de maio de 2022).
Resolução CFC nº 1.019, de 18-02-05. Dispõe sobre o Cadastro Nacional de Auditores
Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e dá outras
providências; (Revogado pela Resolução CFC Nº 1495 DE 20/11/2015).

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