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Resolução n6 2019

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Resolução Nº6, de 29 de março de 2019
Objetivos: orientar o psicólogo na elaboração de documentos escritos, fornecer regras, explicar como esses documentos devem ser guardados, o destino e o envio dos mesmos. Se o psicólogo não seguir essas regras, perde a carteirinha e o direito de seguir a profissão. Essas orientações se encontram nos seguintes itens:
I. Princípios fundamentais na elaboração de documentos psicológicos;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito, finalidade estrutura;
IV. Guarda dos documentos e condições de guarda;
V. Destino e envio de documentos;
VI. Prazo de validade do conteúdo dos documentos;
VII. Entrevista devolutiva.
Princípios fundamentais na elaboração de documentos psicológicos 
Documento psicológico
· O que foi escrito e conversado durante a prestação de serviços está contido no documento; 
· O documento é feito quando solicitado pelo paciente, pelos responsáveis, autoridades, outros profissionais e equipes multidisciplinares;
· Sistematiza uma conduta profissional na relação direta de um serviço prestado à pessoa, grupo ou instituição; 
· O psicólogo deve adotar técnicas da linguagem escrita formal, princípios éticos, técnicos e científicos da profissão; 
· Os envolvidos no processo tem direito de receber informações sobre os objetivos e resultados do atendimento. 
Princípios técnicos
· Os documentos devem conter informações fundamentais e dados fidedignos que validam a construção do pensamento psicológico e a finalidade a que se destina;
· Deve considerar que o que está contido no documento é o resultado de uma avaliação ou intervenção psicológica, observando os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos nos fenômenos psicológicos; 
· Cabe ao psicólogo promover a prestação do serviço psicológico de qualidade, estando em condições de trabalho dignas, utilizando técnicas e conhecimentos validados cientificamente;
· Cuidados com o sigilo; 
· Referências devem ser colocadas no rodapé;
· As laudas devem ser numeradas e assinadas. 
Princípios da linguagem teórica
· Ser preciso ao se expressar;
· Ter nexo causal;
· Utilizar as normas cultas da língua portuguesa;
· Escrever de forma impessoal, na terceira pessoa; 
· Não descrever literalmente o que foi dito no atendimento.
Princípios éticos
· Fazer o documento se embasando no código de ética;
· Não podemos usar o que foi escrito para diminuir o paciente;
· Psicólogo fica responsável por tudo o que produz; 
· Deve prestar um serviço de qualidade; 
· Quando solicitado deve produzir e fornecer documentos.
Modalidades de documentos
I. Declaração: registra de forma objetiva e resumida, informações (comparecimento da pessoa + acompanhante, acompanhamento psicológico realizado ou em realização, tempo de acompanhamento, dias e horários) sobre o serviço prestado. Estrutura: título (declaração), nome da pessoa atendida, finalidade, informações sobre local, dias, horários e duração do acompanhamento psicológico.
II. Atestado psicológico: certifica, com fundamento em um diagnóstico psicológico, uma situação, estado ou funcionamento psicológico da pessoa que solicitou. Comunica o diagnóstico de condições mentais que incapacitem a pessoa atendida. Estrutura: nome da pessoa atendida, nome do solicitante, finalidade, descrição das condições psicológicas do beneficiário, indicação do local, data de emissão e carimbo. Tudo isso em texto corrido, sem parágrafos. 
III. Relatório (psicológico/multiprofissional): psicológico → o relatório psicológico visa comunicar a atuação profissional ocorrida ou em realização. Usado 1) Quando for necessário prestar informações sobre atendimentos e/ou acompanhamentos realizados, podendo inclusive informar os procedimentos, técnicas e instrumentais utilizados no serviço. 2) Quando for necessário realizar algum tipo de encaminhamento, orientação e/ou prestar informações sobre intervenções prestadas em um atendimento psicológico. 3) Para solicitar prorrogação ou liberação de mais consultas psicológicas em demandas de atendimentos por planos de saúde. 4) Pode-se utilizar o relatório psicológico como uma forma de fazer um registro expositivo e descritivo de atendimentos dos pacientes. 5) Para prestar informações sobre intervenções realizadas em grupos e/ou organizações. Mas lembre-se, você não deve utilizar o relatório para comunicar resultados de avaliação psicológica e/ou informar diagnósticos feitos. Multiprofissional → mesmas características do psicológico, mas pode ser produzido em conjunto com profissionais de outras áreas.
IV. Laudo psicológico: resultado de um processo de avaliação psicológica, com a finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda. “O laudo psicológico deve fornecer apenas as informações necessárias e relacionadas à demanda, relatando o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico, a hipótese diagnóstica, a evolução do caso, orientação e/ou sugestão de projeto terapêutico. Da mesma forma que o relatório, a linguagem deve ser didática, precisa, harmônica e acessível ao destinatário. A descrição literal das sessões, atendimentos ou acolhimentos deve ser utilizada apenas se justificada tecnicamente e acompanhada do raciocínio técnico”. Estrutura: identificação (título, nome da pessoa, nome do solicitante, finalidade e nome do autor), descrição da demanda (descrição das informações referentes à demanda apresentada pelo solicitante e os motivos, razões e expectativas por trás da solicitação do laudo. 
V. Dessa forma, é descrita, também, a análise feita pelo profissional de Psicologia acerca da demanda, de modo a justificar o procedimento adotado), procedimento (descrição de todos os recursos e instrumentos utilizados para coletar as informações. Sendo assim, é preciso ter o número de encontros realizados, quantas pessoas foram ouvidas e tempo de duração do teste), análise (exposição descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas relacionados à demanda em sua complexidade) e conclusão (será exposto o resultado e/ou considerações a respeito da investigação realizada por meio das referências que subsidiaram o trabalho. Essa etapa representa a integração de dados da descrição da demanda e os resultados considerados na análise. Assim, após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com indicação do local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o número de inscrição no CRP).
VI. Parecer psicológico: O Parecer Psicológico é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo. O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estejam interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta. Estrutura: identificação, descrição da demanda, análise e conclusão. 
Guarda dos documentos e condições de guarda 
Os documentos devem ser guardados por no mínimo 5 anos, digitalmente ou fisicamente. O prazo pode mudar nos casos previstos em lei, por determinação judicial ou em casos específicos. 
Destino e envio de documentos
Os documentos produzidos devem ser entregues ao beneficiário, aos seus responsáveis legais ou ao solicitante em entrevista devolutiva. 
Deve conter um protocolo de entrega dos documentos com assinatura do solicitante. 
Prazo de validade do conteúdo dos documentos
O prazo de validade deve ser indicado no último parágrafo. Esse prazo deve ser indicado pelo psicólogo levando em consideração os objetivos da prestação do serviço, os procedimentos utilizados, etc.

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