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Unip Engenharia Economia 2015

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Curso de Engenharia 
Economia 
2º Semestre 2015 
 
 
 
Definição: A economia estuda a forma pela quais os indivíduos e a sociedade realizam suas escolhas e 
realizam seu processo decisório, com o intuito de maximizar os recursos disponíveis, sempre escassos, 
podendo contribuir da melhor maneira para satisfazer as necessidades individuais e coletivas. 
 
 É a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo 
economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei); 
 
 Robbins (1932) define que é "a ciência que estuda as formas de comportamento humano 
resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, 
embora escassos, se prestam a usos alternativos“; 
 
 
Escassez significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e 
desejos. Este é o “problema econômico”. A Economia envolve portanto o estudo das escolhas, que são 
afetadas por incentivos e recursos 
 
 
Alguns dos temas abordados na Economia 
 
 Períodos de crise econômica ou de crescimento; 
 Desemprego; 
 Valorização ou desvalorização da taxa de cambio; 
 Aumento de preços; 
 
 
Década de 70 
 
 
Este período pode ser dividido em 02 sub-periodos 
 
01) “Milagre Econômico Brasileiro” ( 1968-73); 
02) Plano Nacional de Desenvolvimento ( PND – 1974 – 1979) 
 
1973 O PIB Brasileiro atinge crescimento de 12%, com uma taxa de emprego próxima a zero. 
 
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1973 O Oriente Médio aumenta o preço do petróleo 
1979 Nova crise do petróleo; 
 
Década de 70, cria-se o protecionismo em relação aos produtos de alta tecnologia, visando com isso 
valorizar os produtos nacionais. 
 
 Aspectos positivos 
 
Empregos; 
Valorização dos produtos; 
Barateamento; 
Novas indústrias 
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 Aspectos negativos 
 
Baixa tecnologia e baixa exportação 
1. A economia da década 70 busca o máximo de conforto social; 
2. Postura nacionalista; 
3. Regime militar; 
4. Prevalência da estatização. 
 
 
Plano Marshall E.U.A e a 2º Guerra Mundial. 
 
 
 
2. Década de 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Economia Ortodoxa 
 
O pensamento ortodoxo, a inflação é decorrente do processo de emissão monetária, o que eleva a 
demanda e força a alta de preços. Sendo assim, deve-se estancar a emissão de moeda. 
Deve-se retrair a demanda, quer no setor privado através de impostos, quer do setor público, através 
da queda de gastos. 
Política recessiva 
 
 
 
Economia Heterodoxa 
 
O pensamento heterodoxo a inflação não é decorrente do excesso de demanda provocada pelo excesso 
de emissão monetária. 
Assim a inflação poderá ser combatida sem o apelo ao controle da demanda, isto é não há necessidade 
de uma política recessiva. 
Política expansiva 
 
 
 
 
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Economia Ortodoxa/ Ortodoxia 
Lei de oferta e procura 
Aumento carga tributária 
Aumento do I.R. – físico-jurídica 
Aumento das taxas de juros 
 
Economia Heterodoxa/Heterodoxia 
Congelamento de preços 
Congelamento de salários 
Diminui taxas de juros 
Diminui carga tributária 
 
 
 
Política Econômica- Escassez e Importância dos fatores de produção no processo econômico 
 
 
 Recursos Escassos x Satisfação Ilimitada 
 Minimizar esperdícios 
 Conhecer disponibilidade e potencialidade dos recursos 
 Torná-los aplicáveis no processo produtivo 
 Economia do trabalho 
 Economia da saúde 
 Economia da educação 
 Economia dos recursos humanos 
 
 
Sistema Econômico - Elementos Básicos 
 
 
 
 
 Todo bem destinado à produção de outro bem, trata-se da 
Infraestrutura- Capital estrutura produtiva (edifícios, instalações, maquinas, ferramentas). 
 
 
 Terra onde assentará o capital 
Recursos Naturais Riquezas mundo animal e vegetal 
 Recursos minerais 
 
 
Capital
Força de 
Trabalho
Recursos 
Naturais
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 Recursos Humanos 
Força de Trabalho Especialização 
 Tecnologia 
 
 
 
 
Atividade Econômica e os Agentes Econômicos 
 
A atividade econômica concretiza-se na produção ampla de bens e serviços, cujo destino último é a 
satisfação das necessidades humanas. O homem mediante sua capacidade de trabalho é organizador e 
executores da produção. 
As atividades produtivas numa sociedade contemporânea realizam-se por meio de numerosas unidades 
de produção ou empresas, cada uma das quais emprega trabalho, capital e recursos naturais. 
A organização dos fatores produtivos (terra, trabalho e capital) dentro das empresas, assim como a 
direção de suas atividades, recai sobre as pessoas ou grupos de caráter privado ou público. Na economia, 
os diversos papéis que desempenham os agentes econômicos, isto é, as famílias ou unidades familiares, 
as empresas e o setor público, podem ser agrupados em três grandes setores. 
 
 
 
 
Setores econômicos 
 
 
 
 
Setor primário: abrange as atividades que se realizam próximas às bases dos recursos naturais; 
Setor secundário: atividades industriais, mediante as quais são transformados os bens; 
Setor terciário: reúne atividades que não se transformam em algo material. 
 
 
 
 
primário: agricultura pesca e 
mineração
secundário: indústria e 
construção
terciário: serviços, comercio, 
transporte, etc
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Sistemas econômicos 
Área da economia que estuda os métodos e instituições pelas quais sociedades determinam a 
propriedade, direção e alocação dos recursos econômicos e as suas respectivas trajetórias de 
desenvolvimento econômico. Entre sistemas contemporâneos em diferentes partes do espectro 
organizacional são os sistemas socialistas e os sistemas capitalistas, nos quais ocorre a maior parte da 
produção, respectivamente em empresas estatais e privadas. Entre esses extremos estão as economias 
mistas. Um elemento comum é a interação de influências políticas e econômicas, amplamente descritas 
como economia política. 
A Concorrência Perfeita, O Monopólio e o Oligopólio 
 
a) Muitos compradores ante muitos vendedores = concorrência perfeita 
b) Número reduzido de vendedores ante muitos compradores = oligopólio 
c) Um só vendedor ante muitos compradores = monopólio 
 
A concorrência é uma forma de organizar os mercados que permite determinar os preços e as 
quantidades de equilíbrio. Nos mercados de concorrência perfeita, a interação da oferta e da demanda 
determina o preço. A concorrência perfeita força as empresas a buscar a minimização dos custos. 
 
 
O Enfoque Micro e Macroeconômico 
 
 
 
 
Microeconomia 
 
É o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo 
(indivíduos e famílias); ao estudo das empresas e ao estudo da produção de preços dos diversos bens, 
serviços e fatores produtivos. A microeconomia trata de partes da economia, mostrando uma visão 
parcial da atividade econômica, demonstrando interesse na análise de mercados individuais. 
 
Macroeconomia 
Estuda o comportamento do sistema econômico por um reduzido número de fatores, como a produção 
ou produto total de uma economia, o nível de emprego e poupança, o investimento, o consumo, o nível 
geral dos preços. Seus principais objetivos estão no rápido crescimento do produto e do consumo, no 
aumento da oferta de empregos, na inflação reduzida e no comércio internacional vantajoso. Interessa-
se pela economia como um todo, cuidando da análise em grande escala, estuda-se mais os conjuntos e 
menos as partes. Examinam-se problemas que são relevantespara conjuntos de empresas e unidades 
familiares ao invés de estudos individualizados. 
 
 
 
 
 
 
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Produto Interno Bruto- PIB 
 
O PIB é o valor de toda a produção de bens e serviços ocorrida dentro das fronteiras do país, sem 
considerar a nacionalidade dos que se apropriaram dessas rendas, sem descontar rendas 
eventualmente enviadas ao exterior e sem considerar as recebidas do exterior, daí o qualificativo de 
"interno”. O capita é o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país) 
dividido pelo número de habitantes. É importante relacionar o crescimento da produção (PIB) com o 
dos habitantes do país, pois é essa relação que determina se, na média, a população está 
"enriquecendo" ou não. O PIB pode subir enquanto o PIB per capita diminui. Isso ocorre se a população 
cresce mais do que a produção num determinado ano, mostrando que, na média, a população 
empobreceu. 
 
 
 
 
 
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 Período: 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Governo e Política Econômica 
 
Política Econômica é a intervenção do governo na economia. Os principais objetivos da política 
econômica são a manutenção de elevados níveis de emprego, elevadas taxas de crescimento econômico 
com estabilidade de preços. As principais formas de política econômica são a política fiscal e a política 
monetária. 
 
Políticas Fiscais 
 
Entendem-se a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos. Estes 
afetam o nível de demanda da economia. A arrecadação afeta o nível de demanda ao influir na renda 
disponível que os indivíduos poderão destinar para o consumo e poupança. Quanto maior forem os 
impostos, menor será a renda disponível e, portanto, o consumo. 
 
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 Financiamento da Economia 
 
 
No processo de financiamento de toda economia aparece um grupo ofertante de recursos financeiros 
e outro de demandantes e um conjunto de instituições financeiras que intermediam o processo. Os 
primeiros são os sujeitos econômicos que, dados sua renda e seu plano de consumo, de poupança e 
investimento, aparecem com capacidade de financiamento, enquanto os demandantes são aqueles 
planos que depreendem uma necessidade de financiamento. 
 
 Os intermediários financeiros emitem obrigações financeiras (tais como CDB – Certificados de 
Depósitos Bancários) para adquirir fundos do público e posteriormente oferece-los às empresas e aos 
indivíduos ou ao setor público. 
 
 
Dinheiro Bancário: 
 
Constituído pelos depósitos à vista ou a prazo nos bancos comerciais e múltiplos 
 
Instituição de propriedade privada com fins lucrativos que aceitam depósitos à vista e de poupança, faz 
empréstimos e adquire outros ativos rentáveis; 
 
Tem a mesma competência do banco comercial e ainda opera com investimentos, credito imobiliário e 
ou financeira. 
 
Tipos de depósitos 
a. á vista; 
b. á prazo; 
c. poupança . 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
 
 
Sistema 
Financeiro 
Nacional
Conselho 
Monetário 
Nacional
Bacen
Banco do 
Brasil
Bancos 
Públicos
Bancos 
Privados
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Dívida Pública Brasileira 
 
Definição: E a soma dos gastos dos órgãos do brasileiro (governo federal, estados, municípios). A dívida 
pública é representada pela dívida interna, paga em moeda nacional, e a dívida externa, paga em moeda 
estrangeira. 
 
Origem: A dívida pública interna possui três origens principais: 
 
 O financiamento de novos gastos públicos em bens e serviços (despesas com educação, construção 
de novas obras etc.) em qualquer nível de governo ou entidade pública; 
 Os gastos com juros sobre as dívidas contraídas no período anterior; 
 A política monetária e cambial. 
 
 
 Isto é Dinheiro Nº EDIÇÃO 691 
 
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 Mercado de divisas internacionais 
 
Comercio internacional: intercâmbio de bens, serviços e capitais entre os diferentes países. 
 
 
 Relações Não conseguem produzir todos os bens que necessitam 
 Internacionais 
 Países não possuem matérias primas e ou tecnologia 
 
Os países justificam os intercâmbios internacionais por não possuírem recursos e capacidades 
tecnológicas, presentes nos seguintes pontos: 
 
 Condições climáticas 
 Quantidades disponíveis de mão de obra (China) 
 Riqueza mineral 
 Quantidades disponíveis de capital 
 Tecnologia 
 Quantidade disponível de terra cultivável 
 
 
Desemprego 
 
 
 
 
 Define-se desemprego como a situação das pessoas que podem e querem trabalhar, mas não 
conseguem encontrar um emprego.”. 
 Fonte: IBGE 
 
 
TAXA DE DESOCUPAÇÃO (%) 
Ano/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual 
2002 12.9 12.5 11.9 11.6 11.9 11.7 11.5 11.2 10.9 10.5 12.6 
2003 11.2 11.6 12.1 12.4 12.8 13.0 12.8 13.0 12.9 12.9 12.2 10.9 12.3 
2004 11.7 12.0 12.8 13.1 12.2 11.7 11.2 11.4 10.9 10.5 10.6 9.6 11.4 
2005 10.2 10.6 10.8 10.8 10.2 9.4 9.4 9.4 9.6 9.6 9.6 8.3 9.8 
2006 9.2 10.1 10.4 10.4 10.2 10.4 10.7 10.6 10.0 9.8 9.5 8.4 9.9 
2007 9.3 9.9 10.1 10.1 10.1 9.7 9.5 9.5 9.0 8.7 8.2 7.4 9.3 
2008 8.0 8.7 8.6 8.5 7.9 7.8 8.1 7.6 7.6 7.5 7.6 6.8 7.8 
2009 8.2 8.5 9.0 8.9 8.8 8.1 8.0 8.1 7.7 7.5 7.4 6.8 8.1 
2010 7.2 7.4 7.6 7.3 7.5 7.0 6.9 6.7 6.2 6.1 5.7 5.3 6.7 
2011 6.1 6.4 6.5 6.4 6.4 6.2 6.0 6.0 6.0 5.8 5.2 4.7 6.0 
2012 5.5 5.7 6.2 6.0 5.8 5.9 5.4 5.3 5.4 5.3 4.9 4.6 5.5 
2013 5.4 
 
 
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A taxa de desemprego é determinada mensalmente pela Pesquisa Mensal do Emprego, coordenada pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números da pesquisa em questão são 
determinados a partir de estudos feitos a cada mês com a População Economicamente Ativa (PEA) nas 
seis maiores regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, 
Salvador e Recife). 
 
 Calculo: 
 
É o quociente entre o número de pessoas desempregadas e o de ativos, expresso como porcentagens: 
 
Tipos de desemprego 
 
 Sazonal - causado pelas variações na demanda. 
 Cíclico - ligado ao ritmo da atividade econômica ( flutuações, recessão ou estancada) 
 Friccional - trabalhadores que procuram empregos melhores. 
 Estrutural - ausência de qualificação em relação à demanda de trabalho ( mercado exigente). 
 
 
 
 
 
Causas 
 
 Funcionamento do mercado de trabalho; 
 Salários são elevados, as empresas demandam uma quantidade de mão de obra menor do que na 
situação em que os salários são baixos; 
 Assim o desemprego pode dever-se ao próprio comportamento dos trabalhadores, quando esses, 
sob determinadas circunstâncias, recusam-se a trabalhar, devido à utilização do seguro desemprego. 
 
 
 
 
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Mercado de Cambio 
 
Câmbio 
Definição: é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando 
um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo 
Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moeda nacional e lhe 
entrega (vende) a moeda estrangeira. Já quando um turista estrangeiro quer converter moeda 
estrangeira em reais,o agente autorizado a operar no mercado de câmbio compra a moeda estrangeira 
do turista estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes. 
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Mercado de câmbio 
Ambiente onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e 
entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus correspondentes. Incluem-se no mercado 
de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e para o 
exterior mediante a utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações referentes às 
transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais 
internacionais. 
Mercado primário e mercado secundário 
A operação de mercado primário implica o recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por parte 
de clientes no País. Esse é o caso das operações realizadas com exportadores, importadores, viajantes, 
etc. Já no mercado secundário, também denominado mercado interbancário quando os negócios são 
realizados entre bancos, a moeda estrangeira é negociada entre as instituições integrantes do sistema 
financeiro e simplesmente migra do ativo de uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio 
para o de outra, igualmente autorizada. 
Política cambial 
É o conjunto de ações governamentais que influenciam o comportamento do mercado de câmbio, 
inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de 
pagamentos. 
Papel do Banco Central no mercado de câmbio 
O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional. Para tanto, 
regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele operam. Também compete ao 
Banco Central fiscalizar o referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições mediante multas, 
suspensões e outras sanções previstas em lei. Além disso, o Banco Central pode atuar diretamente no 
mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira de forma ocasional e limitada, com o objetivo de 
conter movimentos desordenados da taxa de câmbio. 
 Fonte: http://www.bcb.gov.br/ 
 
Superávit Primário 
 
Definição: é o quanto de receita o governo federal, os Estados, os municípios e as empresas estatais 
conseguem economizar, após o pagamento de suas despesas, sem considerar os gastos com os juros da 
dívida. Como o governo precisa reduzir a proporção da dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno 
Bruto), essa economia de receitas tem sido usada para pagar os juros desses débitos de modo a impedir 
seu maior crescimento e sinalizar ao mercado que haverá recursos suficientes para honrá-los no futuro. 
 
 
 
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Inflação 
A inflação é um processo de elevação de preços que ocorre sempre que há procura maior do que a 
capacidade de uma economia produzir determinado bem ou serviço. Em resumo, a inflação pode ser de 
oferta – quando há escassez de produto – ou de demanda – quando a procura é maior do que a 
quantidade ofertada. No Brasil, vivemos atualmente um período de inflação de demanda, haja vista que 
o aquecimento econômico deixou as pessoas com maior poder aquisitivo, o que expandiu o consumo, 
ao mesmo tempo em que a produção não conseguiu acompanhar este crescimento. 
1. O que é inflação? 
É o aumento no nível geral de preços dos bens e serviços de uma economia. Sua medição dá-se pelo 
acompanhamento de índices de inflação. 
 
 
2. O que causa inflação? 
São vários os fatores que causam inflação. Um dos mais importantes é a (a) aproximação entre oferta e 
demanda. Em outras palavras, quando o consumo interno de um país fica muito perto de sua capacidade 
produtiva, os empresários podem ter incentivos para aumentar os preços. 
Outro processo muito comum é o (b) choque de oferta, que se dá quando algum imprevisto causa queda 
brusca no volume de produção de determinado bem. Trata-se de ocorrência relativamente comum no 
setor agrícola, pois, não raro, lavouras são afetadas por problemas climáticos. Contudo, tais declínios 
acentuados de produção tendem a ter efeito limitado sobre os índices gerais de preço, haja vista que o 
cálculo de sua variação dá-se sobre uma cesta muito grande de produtos. 
Há outros fatores, não menos relevantes, que influenciam o comportamento da inflação. Um deles é (c) 
a variação cambial. Uma eventual elevação súbita da cotação do dólar ante o real, como a que se viu em 
1999, tem como efeito automático o encarecimento dos chamados produtos ‘tradables’, isto é, aqueles 
comercializáveis tanto interna quanto externamente. É que esses bens e serviços, justamente por essa 
característica, são cotados na moeda americana. 
Ainda no campo externo, um (d) fenômeno inflacionário que atinja diversos países tende a contaminar 
os preços domésticos. É o que se viu antes da crise financeira americana de 2008, quando as cotações 
das commodities agrícolas, minerais e energéticas subiam com vigor na esteira da pujante demanda 
internacional. 
3. Quais são os tipos de inflação? 
São dois os principais tipos de inflação: a de oferta e a de demanda. A primeira se verifica quando há 
escassez de produto, ao passo que a segunda ocorre quando a procura é maior do que a quantidade 
ofertada. 
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4. Como a inflação é sentida pela população? 
A inflação não é sentida de forma homogênea pelas famílias. Seu impacto depende muito do que cada 
uma consome, onde mora, qual a sua renda mensal, entre outros fatores. Os institutos de pesquisa 
desenvolveram diversos índices de preço para abranger grupos sociais ou níveis de renda específicos. 
5. O que é um índice de inflação? 
Um índice de inflação é um indicador que mede a evolução dos preços de um agregado de bens e 
serviços num determinado período de tempo. Existe uma dezena deles no Brasil como herança da época 
da hiperinflação, quando o ritmo frenético de reajustes demandava acompanhamento diário ou 
semanal. O que diferencia um indicador de outro é o nível de renda e o perfil social das famílias 
pesquisadas, a abrangência, a cesta de produtos que serve de base para o levantamento de preços e o 
período de coleta. Cada índice tem o seu valor, dependendo do que se quer avaliar. 
6. Quais são os índices que medem a inflação? 
Os principais são o IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o IGP-M, 
calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 
O IPCA, índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é tido como o indicador oficial de inflação, 
sendo utilizado pelo Banco Central em seu sistema de metas. 
Medido entre os dias 1º e 30 de cada mês, o IPCA reflete o custo de vida de famílias com renda mensal 
de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo 
Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Distrito Federal e Goiânia. São 
consideradas as variações de preços dos itens de uma cesta de compras que é montada com base nos 
resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). 
O IBGE produz ainda o INPC, que faz o cálculo com famílias de 1 a 8 salários mínimos, e o IPCA-15, cujo 
diferencial para o IPCA é o período de coleta - vai do dia 15 de um mês até a mesma data do mês 
seguinte. 
Já o IGP-M, índice Geral de Preços do Mercado, tem caráter mais amplo. Isto porque considera não só 
preços de produtos finais (de consumo), mas também os de atacado e da construção civil. O período de 
coleta vai dos dias 21 de um mês a 20 do seguinte. 
7. Como se combate à inflação? 
No Brasil, o principal instrumento para combater a inflação é a política de juros, cuja taxa básica (a Selic) 
é fixada pelo Banco Central. Ao aumentá-la, o BC eleva o custo do dinheiro, tornando mais caro o crédito 
para o consumo e para expandira capacidade produtiva. Com menos pessoas e empresas consumindo 
bens e serviços, os preços tendem a cair. A redução dos gastos públicos também poderia contribuir para 
o combate da inflação. A explicação é que o Estado, assim como as famílias e o setor privado, é um 
importante demandante de tudo o que se produz na economia. Só que, ao contrário dos outros dois, o 
setor público pouco reage à alta dos juros e dificulta o trabalho do BC de controlar a elevação dos preços. 
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 Fonte: http://veja.abril.com.br/ 
 
Risco País 
Definição: é um indicador que procura determinar o grau de instabilidade econômica de cada país. Desta 
forma, se tornou decisivo para o futuro imediato dos países emergentes. 
 O risco país é um índice denominado Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+) e mede o grau de 
"perigo" que um país representa para o investidor estrangeiro. 
Este indicador se concentra nos países emergentes. Na América Latina, os índices mais significativos são 
aqueles relativos às três maiores economias da região: Brasil, México e Argentina. Dados comparativos 
de outros países - como Rússia, Bulgária, Marrocos, Nigéria, Filipinas, Polônia, África do Sul, Malásia e 
outros. índices. 
Cálculo 
O risco país é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos. O banco de 
investimentos americano J. P. 
Medição 
Em pontos básicos, sua conversão é simples: 100 unidades equivalem a uma sobretaxa de 1%. 
O chamado risco-país reflete a percepção de segurança que os investidores externos têm em relação a 
um país. Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que determinado governo 
tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. A maior economia do planeta 
é considerada de risco zero para o investidor. 
 Na prática, um risco em torno de 600 pontos significa que o governo tem de pagar juros de 6% a mais 
do que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica a 
captar dinheiro no mercado internacional. O banco americano JP Morgan é responsável pelo cálculo do 
risco-país. 
Significado deste índice para os investidores 
Quanto maior for o risco, menor será a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros. Para 
tornar o investimento atraente, o país tem que elevar as taxas de juros que remuneram os títulos 
representativos da dívida. ·. 
Rating 
 
a. O que é 'rating'? 
É a opinião de uma agência especializada sobre a capacidade de uma empresa ou um país pagar as suas 
dívidas. Por exemplo, se uma empresa oferece ações que irão render juros a investidores, a agência dá 
a sua opinião sobre os riscos envolvidos na compra destes papéis. Em relação aos países, avalia a 
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capacidade deles de pagar os títulos de longo prazo que lançam no mercado internacional. Assim, o 
'rating' é uma nota que indica qual o risco de calote que o investidor deve encontrar ao colocar dinheiro 
nestas empresas ou países. 
 
b. O que é grau de investimento? 
Quando uma agência considera um país ou uma empresa "bons pagadores", eles recebem o grau de 
investimento. O nome nada mais é do que um selo de qualidade, que indica baixíssimo risco de calote. 
As empresas ou países, uma vez que recebem o grau de investimento, podem continuar a subir na 
classificação. Assim que atingem o topo, são consideradas com total capacidade de quitar suas dívidas. 
Algumas empresas brasileiras que possuem o grau de investimento são a Petrobras, a Vale e a AmBev. 
 
 
 
c. Para o que serve esta classificação? 
Para diferenciar os bons pagadores dos mau pagadores no mercado internacional. Ao longo dos anos, 
tornou-se a bússola dos investidores e instituições financeiras internacionais na hora decidir onde 
colocar dinheiro e, ainda, que taxa de juro cobrar por ele. Desta forma, quanto mais seguro um país ou 
uma empresa for considerado por uma agência, mais dinheiro recebe a custos cada vez mais baixos. 
d. Quem atribui as notas? 
As agências de classificação de risco, ou agências de "ratings". São empresas especializadas que emitem 
notas sobre o risco de um país ou empresa suspender os pagamentos de suas dívidas. As mais 
respeitadas no mercado internacional são a Fitch, a Moody's e a Standard & Poor's - esta, a primeira a 
elevar o Brasil para o grau de investimento 
e. Como funciona a classificação? 
Os países e empresas são classificados em uma escala que caminha da alta probabilidade de calote até 
a total capacidade de pagar as dívidas dentro do prazo. Tecnicamente, elas são arranjadas em um 
ranking com notas, simbolizadas por meio de letras e sinais. São agrupadas em suas categorias, o Grau 
de Investimento e o Grau Especulativo, que é onde se vai parar quando há risco no pagamento das 
dívidas. A melhor qualificação que um país pode receber é Aaa (para a Moody's) ou AAA (para a Standard 
& Poor's e a Fitch, que usam os mesmos símbolos). Por outro lado, a pior é C (Moody's) ou D (Standard 
& Poor's e Fitch). Veja, no quadro, o exemplo da classificação utilizada pela Standard & Poor's 
f. O que significam os sinais numéricos das notas? 
Cada nota contém subdivisões indicadas por sinais numéricos. Por exemplo, a nota mais baixa do grau 
de investimento da Moody's é Baa. Assim, da menor à maior classificação dentro desta nota, um país ou 
empresa recebe Baa3, Baa2 e Baa1, sucessivamente. No caso da Standard & Poor's e da Fitch, que 
utilizam os mesmos símbolos, a menor nota do grau de investimento é BBB. Assim, da menor à maior 
colocação dentro desta categoria, um país ou empresa pode receber BBB-, BBB e BBB+, sucessivamente. 
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Baa3 e BBB- indicam risco de rebaixamento á nota anterior. Baa1 e BBB+ indicam grande probabilidade 
de elevação à próxima nota. O "rating" mais alto de cada agência não recebe esta subdivisão. Veja a 
classificação utilizada pela Standard & Poor's. 
 
 
 
g. Como as agências fazem a avaliação? 
As agências se baseiam em informações enviadas pelo emissor, aquele que vai receber a nota, e 
concedidas por fontes de mercado consideradas confiáveis. Os técnicos avaliam toda a situação 
financeira do país ou da empresa. Depois, combinam estes dados com os obtidos por análises das 
condições do mercado mundial e de especialistas da iniciativa privada, da área acadêmica e também 
fontes oficiais. A combinação destes dados resulta no "rating", a opinião da agência quanto à capacidade 
do emissor em cumprir com seus débitos. 
 
f. As notas podem ser rebaixadas? 
Sim. Elas são revistas periodicamente. Caso uma nova análise dos títulos do país ou da empresa indique 
que a qualidade de seu crédito tenha diminuído, ou então que esteja mais vulnerável a não honrar seus 
compromissos futuros, a agência a rebaixa ou até mesmo suspende a nota. 
i. Quais as nações com a maior nota de grau de investimento? 
Canadá, França, Alemanha, Estados Unidos, Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suíça e Suécia são países 
que possuem a maior nota de grau de investimento nas três principais agências de classificação de risco, 
Standard & Poor's, Fitch e Moody's

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