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Literatura Inglesa - Atividade 2

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LITERATURA INGLESA 
Atividade 2
“O século XIV apresenta aos interessados nos estudos da literatura britânica um caminho deveras truncado, inicialmente devido a uma discrepância de linguagem que ocorria entre as classes sociais: aristocracia e clero serviam-se do latim e do francês como forma de expressão, e o povo falava um dialeto parecido com o de hoje. Percebe-se, por esse fato, que o país não possuía uma unidade linguística” (MEDEIROS, 2012, p. 213-237).
BURNS, W. E. A Brief History of Great Britain. New York: Facts on File, 2010.
MEDEIROS, M. M. de M. A história da literatura e a compreensão dos meandros da sociedade inglesa da Baixa Idade Média. Cordis - Revista Eletrônica de História Social da Cidade, São Paulo, n. 9, p. 213-237, jul./dez. 2012.
A respeito da proposição de Medeiros (2012), marque a alternativa correta:
· 
No século XIV, a população inglesa do baixo clero falava inglês e latim, o que demonstra uma fragilidade linguística e cultural muito grande dos povos anglo-saxões, já que foram dominados indiretamente pela cultura romana e francesa, sem que se dessem conta de um processo de dominação.
· A história da língua inglesa nos revela que ela não é uma língua tão homogênea quanto idealizamos, ou seja, apresenta variações linguísticas e questões sociolinguísticas desde suas origens, o que desmente a ideia de que existe uma língua inglesa una de pronúncia e léxico invariável.
· A literatura inglesa nos revela que, desde as suas origens, a língua inglesa foi pensada a partir de uma unicidade planejada, de modo que todos os povos que fossem conquistados devessem se apropriar do dialeto padrão do inglês que era falado na Bretanha, o que torna o inglês uma língua homogênea.
· O Middle English é uma língua heterogênea que se formou a partir do francês e do latim. Esse entrecruzamento deu-se exatamente em virtude da colonização da Bretanha por povos franceses e romanos que implementaram nesses territórios a cultura anglo-saxã, que mais tardiamente se torna o marco da cultura inglesa.
· Como retratam os textos antigos da literatura inglesa, o inglês surgiu do cruzamento entre o latim e o francês, o que nos demonstra claramente igualdade das gramáticas dessas línguas. Para Medeiros (2012), isso justifica a unicidade surpreendente entre essas três línguas, tranquilizando-nos em relação à homogeneidade do inglês.
Resposta correta: a literatura inglesa medieval nos revela, a partir de seus textos mais antigos, que o inglês apresenta variações linguísticas e questões sociolinguísticas amplas que perduram desde as origens da língua. Portanto, ela não é uma língua tão homogênea quanto idealizamos, por mais que o mercado das línguas tente nos reforçar essa ideia. Há inúmeras variações de léxico, pronúncia e dialeto no inglês, a depender do território e classe social que dela se apropriou.
Em 1400, Chaucer morre e é enterrado na abadia de Westminster, The Poet’s Corner, local hoje famoso por se tornar a última residência dos maiores artistas da Inglaterra. A obra ‘The Canterbury Tales’ trata-se de um grupo de 29 pessoas que se encontra na hospedaria Tabard em Southwark para a peregrinação até a Catedral de Canterbury. O dono do local sugere que cada pessoa conte duas histórias na ida e duas histórias na vinda de Canterbury. Dessa forma, a peregrinação pareceria mais curta. A pessoa que contar a melhor história ganhará uma refeição na hospedaria paga pelas outras pessoas no final da peregrinação. O anfitrião deseja acompanhar o grupo e ser o juiz da competição. Sendo assim, aquele que não aceitasse suas ordens pagaria as despesas da viagem dos outros. O grupo, contando com o dono da hospedaria, é formado agora por 30 diferentes membros da sociedade medieval e dividido em subgrupos” (CAMPOS, [ s.d.], [ s.p.]).
 
CAMPOS, M. L. R. Análise "The Canterbury Tales". Portal Educação, [ s.l.], [ s.d.]. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cursos-de-idiomas/analise-the-canterbury-tales/13909. Acesso em 26 dez. 2020.
 
Tendo em vista as reflexões de Campos ([ s.d.]), julgue as alternativas abaixo em verdadeiras e falsas:
I.             Condecorado como cortesão da Família Real Britânica, Geoffrey Chaucer foi altamente reconhecido pelas suas obras literárias, o que lhe permitiu ser enterrado na Catedral de Cantuária, berço da obra The Canterbury Tales.
II.            O livro The Canterbury Tales retrata a história de um grupo de peregrinos hospedados em Southwark que caminhava rumo à Catedral de Canterbury em peregrinação cristã.
III.          Campos ([ s.d.]) revela que The Canterbury Tales
foi uma epopeia escrita por peregrinos hospedados em Canterbury aos moldes da cultura judaico-cristã e da redação dos livros eclesiásticos.
IV.          O dono da hospedaria Tabard em Southwark foi o grande inventor da competição de histórias sobre as idas e vindas a Canterbury narradas por Geoffrey Chaucer em The Canterbury Tales.
Assinale a alternativa que apresenta apenas alternativas verdadeiras:
 II e III, apenas.
 I e IV, apenas.  
 III e IV, apenas.
 II e IV, apenas.
 I e II, apenas.
Resposta correta: de acordo com Campos ([ s.d.]), o livro The Canterbury Tales, escrito por Chaucer, retrata a história de um grupo de peregrinos que caminhava rumo à Catedral de Canterbury em peregrinação cristã. Para a autora, as histórias que compõem o livro se movem a partir das narrativas dos peregrinos sobre suas idas e vindas a Canterbury advindas de uma aposta travada pelo dono da hospedaria Tabard em Southwark.
Leia o texto a seguir:
“E agora quero contar-lhes a respeito de meu quinto marido. Não permita Deus que sua alma se dane, apesar de ter sido o mais duro de todos. Acho que até o dia de minha morte vou sentir as pancadas que me deu em cada uma das costelas. Mas era tão animado e fogoso na cama, e sabia ser tão atraente quando desejava a minha belle chose, que, ainda que tivesse acabado de quebrar-me os ossos um a um, imediatamente reconquistava o meu amor. Acho que eu gostava mais dele porque era o que me tratava com maior desdém. Se não minto, nessa questão nós mulheres nos guiamos por uma fantasia caprichosa: ficamos o dia inteiro a implorar e a cobiçar tudo aquilo que não está facilmente a nosso alcance. Proíbam-nos uma coisa, e nós choramos por ela; fugimos dela, no entanto, quando nos é ofertada. É com pouco caso que expomos nossa mercadoria: os preços altos estimulam a procura, e ninguém dá valor ao que é barato. Toda mulher inteligente sabe disso. ”
CHAUCER, G. Os contos de Cantuária. Tradução e apresentação de Paulo Vizioli. São Paulo: Editora 34, 2014. Edição bilíngue.
O texto acima é um fragmento de “O Conto da Mulher de Bath”, texto disposto no livro “Os Contos de Cantuária” de Geoffrey Chaucer. Escrito na Era Medieval, o texto aborda questões contemporâneas e apresenta uma das primeiras vozes femininas da literatura inglesa. A esse respeito, marque a alternativa correta.
 Alice, mulher de Bath, retrata a voz de uma mulher ideal aos parâmetros cristãos de seu tempo, a qual deveria sentir prazer pela dor para agradar seu marido.
 
 Na voz de Alice, é possível perceber tristeza e melancolia, quando ela lembra que apanhava do marido e devia se manter passiva, já que vivia em épocas heteronormativas.
 Bater nas mulheres era um comportamento comum na Era Medieval, o que era visto com naturalidade nos matrimônios, principalmente pelas mulheres.
 O texto faz uma alusão ao lugar heteronormativo que o homem segue na contemporaneidade, expondo como a mulher deve ser tratada.
 Em “O conto da mulher de Bath”, Alice a mulher de Bath, retrata as diferentes facetas do matrimônio e expõe sentimentos profundos do psicológico feminino, comuns ainda hoje. 
Resposta correta:
no fragmento exposto de “O Conto da Mulher de Bath”, Alice, viúva de Bath, retrata as diferentes facetas do matrimônio e expõe sentimentos profundos do psicológico feminino, comuns ainda hoje, como, por exemplo, o retrato do papel que a mulher exerce frente ao homem no matrimônio
Leiao texto:
“Janekin leu-me depois sobre mulheres mais recentes, como a que havia matado o marido na própria cama e, a seguir, teve relações com o amante a noite inteira, sem se importar com o cadáver deitado de costas no chão; ou como aquela que dera cabo do esposo enquanto dormia, martelando-lhe um prego nos miolos; ou como aquela outra, que misturava veneno na bebida. Falava mais mal das mulheres do que a nossa mente pode imaginar, e conhecia mais provérbios a respeito delas do que há fios de relva neste mundo: ‘É melhor’, dizia, ‘viver com um leão ou com um dragão horrendo do que com uma mulher que ralha o tempo todo’; ou então: ‘É melhor morar sozinho em cima do telhado do que debaixo dele com uma mulher rabugenta, pois elas são tão perversas e contraditórias que odeiam tudo o que os maridos apreciam’; ou então: ‘A mulher se livra da vergonha assim que se livra das roupas’; ou ainda: ‘A beleza em mulher pecadora é como uma argola de ouro no focinho de uma porca’. Ninguém sabe, ou sequer imagina, quanto isso me machucava o coração e me fazia sofrer!
“Por isso, quando percebi que ele pretendia passar a noite inteira lendo aquele maldito volume, num impulso repentino arranquei-lhe três folhas do livro, enquanto ele ainda lia, e desferi-lhe tal soco no rosto que ele perdeu o equilíbrio e caiu de costas no fogo. Levantou-se então de um salto, como um leão endoidecido, e, com o punho, bateu-me com tanta violência na cabeça que vim ao chão desfalecida. Ao ver que eu não me mexia, ficou horrorizado, julgando-me morta; e teria fugido dali se eu, finalmente, não tivesse recobrado os sentidos: ‘Oh, você me matou, ladrão traiçoeiro?’ gemi; ‘foi por causa de minhas terras que você me assassinou? Assim mesmo, antes que eu morra, quero dar-lhe um beijo’. Ao ouvir isso, ele se aproximou e se ajoelhou junto a mim, dizendo: ‘Alice, minha querida, Deus me ajude, nunca mais vou bater em você. Se fiz isso, foi por sua culpa. Perdoe-me, eu lhe suplico!’ Aproveitei-me de sua proximidade e dei-lhe outro soco no rosto, gritando: ‘Bandido, estou vingada. Agora posso morrer; não preciso dizer mais nada’.”
CHAUCER, G. Os contos de Cantuária. Tradução e apresentação de Paulo Vizioli. São Paulo: Editora 34, 2014. Edição bilíngue.
Ao tecermos uma releitura contemporânea do casamento de Alice e Janekin retratado em “O Conto da Mulher de Bath”, no livro “Os Contos de Cantuária”, de Geoffrey Chaucer, os excertos “Ninguém sabe, ou sequer imagina, quanto isso me machucava o coração e me fazia sofrer!”, “e desferi-lhe tal soco no rosto que ele perdeu o equilíbrio e caiu de costas no fogo” e “Aproveitei-me de sua proximidade e dei-lhe outro soco no rosto” nos remontam indícios de que:
 Janekin era torturado por Alice e não fazia nada em oposição aos desejos dela, demonstrando hominicídio.
 O casamento na Era Medieval era uma instituição pacífica e tranquila, em que homem e mulher se respeitavam.
 Alice e Janekin viviam em um relacionamento abusivo em que tanto um quanto o outro faziam chantagens e agiam violentamente.
 Alice e Janekin representariam um casal moderno, compreensivo e padrão dos filmes hollywoodianos.
 
 Alice aceitava as chantagens e assédios de Janekin e não agia em oposição às suas malícias e tentativas de castração da liberdade.
Resposta correta:
ao tecermos uma releitura dos fragmentos destacados no texto e tentarmos contextualizá-los nas relações matrimoniais contemporâneas, é possível inferirmos que Alice e Janekin viviam em um relacionamento abusivo em que tanto um quanto o outro faziam chantagens e agiam violentamente. Ora era Janekin quem criava situações para violentar emocional e fisicamente Alice, ora era Alice quem chantageava e violentava fisicamente Janekin.
Observe a figura abaixo:
Fonte: Tristan Tan, Shutterstock, 2020.
A figura acima retrata um selo comemorativo da edição da obra “Os Contos de Cantuária”, escrita por Geoffrey Chaucer e publicada pelo editor William Caxton em 1476. “Os Contos de Cantuária” é um cânone da literatura inglesa. A esse respeito, julgue as alternativas abaixo:
I - “Os Contos de Cantuária” foi a primeira obra da literatura inglesa que retratou o estilo de vida e a cultura dos povos medievais que viviam no território britânico a partir do Old English.
 
II - Chaucer abdicou do francês e do latim, as línguas das elites do seu tempo, quando escreveu “Os Contos de Cantuária”, texto majoritariamente escrito nos primeiros arquétipos da língua inglesa que temos hoje.
 
III - A obra intitulada “Os Contos de Cantuária”, escrita por Chaucer, é considerada ainda hoje como um dos cânones da literatura medieval e um dos livros percussores da literatura inglesa.
 
IV - Quando William Caxton escreveu “Os Contos de Cantuária” em 1476, o livro foi alvo de grandes críticas, pois a população elitizada não viu com bons olhos um livro escrito em um dialeto minoritário.
Assinale a alternativa que apresenta apenas alternativas verdadeiras:
· I e IV, apenas.
 
· II e III, apenas.
· II e IV, apenas.
· I e II, apenas.
· I e III, apenas
Resposta correta: “Os Contos de Cantuária”, de Chaucer, recebeu grande apreço em seu tempo por ter sido escrito na língua própria do povo britânico da Era Medieval. Chaucer teve a ideia de abdicar do francês e do latim, as línguas das elites do seu tempo, como uma espécie de crítica social e no intento de valorizar as culturas minoritárias existentes na Inglaterra de seu tempo. Foi por esse motivo que a obra se tornou um cânone e é considerada ainda hoje uma obra destaque da literatura medieval e um dos livros percussores da literatura inglesa.
“As obras literárias geralmente têm sua escrita relacionada a práticas sociais, já que as palavras fazem emergir um retrato histórico de uma época e do seu contexto sociocultural. Os tradutores dessas obras passam por situação similar: as estratégias utilizadas na tradução são muitas vezes assinaladas por condições históricas e ideológicas. Assim, se a língua representa o mundo simbolicamente, as mensagens trocadas entre os indivíduos possuem informações circunscritas no conjunto de ideais de cada sociedade, uma vez que os códigos linguísticos revelam as idiossincrasias de cada contexto cultural. Ciente da importância da cultura para a tradução, Katan (1999) afirma que tal aspecto exige do tradutor uma atuação que transcenda a ineficiência dos dicionários humanos, dado que seu papel se anuncia muito mais como ‘facilitador’ da compreensão mútua entre pessoas. Nesse sentido, embora o senso comum compreenda o ato tradutório como um ato de transpor um texto de uma língua para outra, restrito ao artifício de decodificação de signos linguísticos ou de transmutações sinonímicas, o tradutor literário, sendo um elemento chave na comunicação entre universos, vai perceber a tradução como uma atividade além da mecanização de trocas de regras estruturais, na qual se leva em conta, sobretudo, os aspectos semânticos, os pormenores do estilo, entendendo o ato tradutório como meio de interseção direta entre línguas e culturas” (BRANCO; MAIA, 2016, p. 214).
BRANCO, S. O.; MAIA, I. N. B. O entrelugar da tradução literária: as exigências do mercado editorial e suas implicações na formação de identidades culturais. Revista Ilha do Desterro, Florianópolis, v. 69, n. 1, p. 213-221, jan/abr 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-80262016000100213. Acesso em: 26 dez. 2020.
De acordo com Branco e Maia (2016), marque a alternativa correta:
 A tradução, como uma atividade além da mecanização de trocas de regras estruturais, exigirá do tradutor literário se despir das condições ideológicas e históricas de produção de um texto. O tradutor literário é como um dicionário humano que busca encontrar palavras exatamente correspondentes de uma língua para outra.
 A tradução é um processo mecânico, e mesmo no contexto literário o tradutor não pode se utilizar de estratégias assinaladas por condições históricas e ideológicas. O tradutor ideal é aquele que se posa como um dicionáriohumano e encontra as palavras precisas ao fazer a tradução de uma língua para outra.
 O tradutor literário tem um trabalho diferenciado dos tradutores convencionais, já que dele é requerida a sensitividade de ver a tradução como uma atividade além da mecanização de trocas de regras estruturais e o entendimento do ato tradutório como meio de interseção direta entre línguas e culturas.   
 O tradutor ideal é como um dicionário humano. Ele tem alto conhecimento do léxico tanto da língua-fonte, como da língua-alvo, o que é fundamental para fazer uma tradução literária. Traduzir um texto literário exigirá do tradutor altíssima neutralidade e o não envolvimento com questões históricas e ideológicas, já que isso desconfigura a obra original.
 A tradução literária é um processo convencional no qual o tradutor deve se preocupar com a mecanização direta e adaptação das regras gramaticais e estruturais de um texto. É possível perceber este movimento na tradução da obra “Os Cantos de Cantuária”de Chaucer para o português. 
Resposta correta: na proposta de Branco e Maia (2016), o tradutor literário se diferencia dos tradutores convencionais pela sensitividade de ver a tradução com uma atividade além da mecanização de trocas de regras estruturais e o entendimento do ato tradutório como meio de interseção direta entre línguas e culturas. Nesse sentido, o tradutor literário não é um dicionário humano, mas um estudioso das condições históricas e ideológicas de produção do texto-fonte e um adaptador da obra para outro contexto e código linguístico, que muitas vezes não tem correspondência simbólica com as informações dispostas na obra traduzida. 
“Com a influência da Igreja Católica Romana durante o período Medieval na Inglaterra, a obra de George Chaucer ‘The Canterbury Tales’ descreve uma peregrinação cristã figurativa, onde o destino é a Jerusalém Celestial. Um grupo de pessoas de diferentes profissões e classes sociais se reúne para a peregrinação ao Santuário de São Thomas Becket, um arcebispo de Canterbury assassinado na catedral em 1170 a mando do rei Henry II e que após quatro anos foi canonizado. A primeira versão impressa de ‘The Canterbury Tales’ foi publicada em 1476 pelo editor William Caxton em Westminster, seguida de outra em 1483, tornando-se um grande clássico da literatura inglesa” (CAMPOS, [ s.d.], [ s.p.]).
 
CAMPOS, M. L. R. Análise "The Canterbury Tales". Portal Educação, [ s.l.], [ s.d.]. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cursos-de-idiomas/analise-the-canterbury-tales/13909. Acesso em 26 dez. 2020.
 
Tendo em base as informações apresentadas por Campos ([ s.d.]), marque a alternativa correta
 A obra The Canterbury Tales foi escrita por Geoffrey Chaucer a mando do rei Henry II, imperador britânico.
 A obra The Canterbury Tales é figurativa e representativa dos povos pagãos da Inglaterra medieval.
 Geoffrey Chaucer inspirou-se nos elementos simbólicos da cultura judaico-cristã para escrever The Canterbury Tales. (resposta correta)
 Escrito por William Caxton em Westminster, The Canterbury Tales foi publicado em 1483 por Geoffrey Chaucer.
 Escrito em 1170, The Canterbury Tales foi escrito a partir da língua latina e francesa, preservando os elementos das línguas dominantes da Era Medieval. 
Resposta incorreta: a autora nos propõe que The Canterbury Tales teve grande influência da cultura cristã. Escrita por Geoffrey Chaucer despretensiosamente, a obra foi publicada pela primeira vez em 1483. Campos ([ s.d.]) não relata se a obra foi escrita em latim ou francês, mas como estudamos, Chaucer redigiu todo o texto a partir de uma língua popular falada pelo povo inglês naquele tempo.
“No dia do velório de meu quarto marido, eu me lamentava e chorava o tempo todo, como costumam fazer as viúvas, cobrindo o rosto com um véu. Posso assegurar-lhes, porém, que as lágrimas de verdade eram poucas, mesmo porque eu já estava com o próximo casamento em vista. Na manhã seguinte, meu finado marido foi levado para a igreja, em meio às demonstrações de luto dos vizinhos. E entre eles se achava Janekin. Meu Deus, quando o vi atrás do féretro e bati os olhos naquele par de pernas tão bonitas e bem-feitas, senti que daquela hora em diante meu coração lhe pertencia. Calculo que ele devia ter uns vinte anos; e eu quarenta, se não minto. Mas meu apetite sempre foi de jovem.” 
CHAUCER, G. Os contos de Cantuária. Tradução e apresentação de Paulo Vizioli. São Paulo: Editora 34, 2014. Edição bilíngue.
O fragmento acima explicita uma série de interpretações sobre a personalidade de Alice, entre elas podemos afirmar que:
 Alice se interessava por rapazes mais velhos. 
 Alice foi chantageada por Janekin ainda no velório do seu falecido marido
 Alice guardava grandes mágoas do seu falecido marido. 
 A personagem Alice guardava grandes períodos de luto.
 
 Alice se interessou por outro rapaz ainda no velório de seu falecido marido. 
Resposta correta: a partir do fragmento, podemos inferir que Alice se interessou por Janekin, um rapaz bem mais novo do que ela, ainda no funeral de seu falecido marido. Isso demonstra uma certa insaciedade da personagem quanto a ficar só. Revela também um certo caráter astuto de desejar sempre estar casada. 
Leia atentamente o trecho abaixo:
“A política linguística é a tentativa de estruturar os estudos linguísticos desde a perspectiva das lutas políticas dos falantes, das comunidades linguísticas em suas lutas históricas: as lutas tanto dos indígenas como dos imigrantes para a manutenção das suas línguas, a luta dos excluídos da cidadania pela desqualificação dos seus falantes, a luta dos falantes para desenvolver novos usos para suas línguas. Aos linguistas cabe identificar essas comunidades linguísticas, cada uma delas com suas histórias e estratégias políticas, e se aliar a elas, construir com elas, uma parceria, novas teorias que darão o tom no século XXI” (OLIVEIRA, 2007, p. 41).
OLIVEIRA, G. M. A virada político-linguística e a relevância social da linguística e dos linguistas. In: CORREA, D. A. (Org.). A relevância social da linguística: Linguagem, teoria e ensino. São Paulo: Parábola; Ponta Grossa: UEPG, 2007.
A passagem de Oliveira (2007) nos permite refletir sobre os diferentes aspectos políticos que as línguas têm. A esse respeito, poderíamos inferir que, ao escrever “Os Contos de Cantuária”, _____________________ tentou propor, mesmo sem conhecer, uma espécie de movimento ________________, já que resolveu retratar em seu livro a língua falada majoritariamente pelos excluídos da cidadania inglesa na Era Medieval. Embora Oliveira (2007) faça uma reflexão para os linguistas e letrados do século XXI, essa inferência nos serve para pensar que a língua sempre foi um elemento _____________ dentro das culturas.
Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas:
 William Caxton; político-linguístico; político.
 William Caxton; gramatical; simbólico.
 Geoffrey Chaucer; político-linguístico; político.
 Geoffrey Chaucer; extremista; simbólico.
 William Caxaton, extremista, político.
Resposta correta: as reflexões de Oliveira (2007) permitem inferir que Geoffrey Chaucer, embora desconhecesse as políticas linguísticas em seu tempo, travou um grande movimento político-linguístico ao escrever “Os Contos de Cantuária”, que mais tardiamente vem a ser considerado um dos livros percussores do inglês que conhecemos hoje. Portanto, podemos perceber, a partir da Era Medieval, o quanto as línguas sempre foram um elemento político dentro das culturas e da consolidação das sociedades.
Leia o fragmento de “O Conto da Mulher de Bath” de Geoffrey Chaucer:
“Depois disso, o que posso dizer é que, ao cabo de um mês, o alegre Janekin, que era tão encantador, já havia me desposado, em meio a grande pompa. E a ele confiei todos os meus bens e minhas terras, tudo o que amealhara em meus casamentos anteriores. Coisa de que logo me arrependi amargamente, porque ele então resolveu não mais deixar-me fazer nada do meujeito. Por Deus, uma vez, só porque eu rasgara uma folha de seu livro, ele chegou a bater-me na cabeça com tanta força que eu acabei ficando surda de um ouvido. Eu, porém, era teimosa como uma leoa e tinha uma língua que era uma matraca, de modo que, apesar da proibição dele, continuei a proceder como sempre, andando de casa em casa. E ele, para domar-me, punha-se a pregar e a contar histórias de Roma antiga, lembrando como um tal de Simplício Galo deixou a esposa e a abandonou pelo resto da vida só porque um dia a viu espiar porta afora com a cabeça descoberta. Também falava de outro romano, cujo nome me escapa, que, porque sua mulher comparecera a um festival de verão sem o seu conhecimento, igualmente a repudiou; e depois procurava na Bíblia aquele provérbio do Eclesiástico que reza e ordena estritamente que o homem não deve permitir à mulher que zanze pelas ruas; e, para terminar, vinha sem falta este adágio: ‘Quem sob um teto de salgueiro mora, e num cavalo cego aplica a espora, e deixa a esposa ir longe rezar fora, deve ser enforcado sem demora’.”
CHAUCER, G. Os contos de Cantuária. Tradução e apresentação de Paulo Vizioli. São Paulo: Editora 34, 2014. Edição bilíngue.
Analise as alternativas abaixo:
 
I - Janekin exigia que Alice fosse fiel a ele e cúmplice de suas vontades e desejos.
II - Alice era totalmente fiel e submissa a Janekin, como ordenavam as regras do matrimônio.
III - De acordo com um provérbio Eclesiástico, o homem deve permitir que a mulher ande livremente pelas ruas.
IV - Janekin costumava usar um adagio com o intuito de castrar a liberdade de Alice.
V - Após se casar com Janekin, Alice se arrependeu de tê-lo dado todos os bens e posses.
É correto o que se afirma em:
 III, IV e V, apenas.
 
 I, IV e V, apenas.
 I, II e IV, apenas.
 I, II e III, apenas.
 I, III e V apenas.

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