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Sistema digestório: estruturas e órgãos acessórios APRESENTAÇÃO O sistema digestório é composto por vários órgãos e estruturas e é dividido em dois grupos: trato gastrintestinal e órgãos acessórios. Como órgãos acessórios vamos estudar o fígado, o pâncreas e a vesícula biliar. O fígado é uma volumosa glândula mista, um órgão maciço, responsável pela síntese e transformação de diversas substâncias. Dentre suas funções estão, por exemplo, transformar glicogênio em glicose e secretar a bile, que é armazenada na vesícula biliar, onde torna-se concentrada e pronta para digerir os lipídeos da nossa dieta alimentar. O pâncreas é um glândula situada posteriormente ao estômago, responsável pela secreção do suco pancreático e pela secreção dos hormônios insulina e glucagon. Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos identificar as respectivas estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas, relacionando suas respectivas funções e abordando as patologias relacionadas a esses órgãos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as respectivas estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas. • Relacionar as características anatômicas e suas respectivas funções.• Justificar as consequências anatomofisiológicas de patologias relacionadas ao fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas. • DESAFIO Considere o seguinte caso clínico: Uma mulher de 45 anos foi atendida na emergência com queixa de fortes dores no quadrante superior direito do abdome, próximo da “boca do estômago” e também no lado esquerdo do abdome. Ela relata que a dor começa pouco tempo depois de uma refeição e dura aproximadamente 30 minutos. Durante estes episódios sente náuseas. Por três dias consecutivos apresentou fezes com aspecto “gorduroso” e diarreia. Relata não ser consumidora de bebidas alcoólicas. A paciente relata também que a cor de sua pele tem se tornado amarelada. Após a realização de exames o diagnóstico apresentado pelo clínico de plantão foi: pancreatite aguda causada por cálculos biliares. Casos clínicos como este são comuns, mas perigosos, pois a lesão do pâncreas pode levar à óbito a curto ou a longo prazo. Você como profissional da área da saúde deve ficar atento a estes sinais e sintomas em pacientes. Então a pergunta do Desafio é a seguinte: porque cálculos biliares podem causar inflamação no pâncreas (pancreatite)? Dica: para realizar este desafio você deverá levar em consideração os aspectos anatômicos do fígado, da vesícula biliar, do pâncreas e dos respectivos ductos destes órgãos, para explicar por que a formação de cálculos biliares pode causar pancreatite. INFOGRÁFICO Quando a concentração da bile aumenta em grande proporção, pode ocorrer colelitíase, uma condição na qual são formados cristais de sais minerais insolúveis que acumulam no interior da vesícula biliar. Esses cristais são chamados cálculos biliares e, se pequenos, são excretados sem que haja algum sintoma. Entretanto, se maiores, podem obstruir o ducto cístico ou o ducto colédoco, causando uma condição denominada colecistite aguda, a qual pode necessitar de intervenção cirúrgica em alguns casos. No infográfico a seguir, você conhecerá a definição dos cálculos biliares e da colecistite aguda, suas características e indicações de tratamento. CONTEÚDO DO LIVRO O fígado e a vesícula biliar são os órgãos responsáveis, respectivamente, pela secreção e armazenamento da bile em nosso organismo. O fígado também executa outras funções importantes, como transformar glicogênio em glicose. Já o pâncreas é a glândula que segrega insulina, glucagon e suco pancreático. Para identificar as estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas, buscando caracterizar suas respectivas funções e patologias, realize a leitura do capítulo Sistema digestório: estruturas e órgãos acessórios, da obra Anatomia, base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura! Conteúdo: ANATOMIA Kamile Pavani Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identi� car as respectivas estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas; Relacionar as características anatômicas do fígado e do pâncreas com suas respectivas funções; Justi� car as consequências anatomo� siológicas de patologias rela- cionadas ao fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas. Introdução Neste capítulo, você vai identificar as respectivas estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas, buscando rela- cionar suas respectivas funções. Também serão abordadas as patologias relacionadas ao fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas. Estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas O fígado é o maior órgão metabólico e o segundo maior órgão do corpo humano, representando cerca de 2,5% do peso de um adulto. É o único órgão que pode regenerar-se. Apresenta uma face diafragmática convexa e uma face visceral levemente côncava. A face diafragmática é lisa, enquanto que a face visceral tem inúmeras fi ssuras e impressões por contato com outros órgãos. A face diafragmática do fígado é recoberta por peritônio visceral, exceto na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma. A face visceral do fígado é recoberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado (onde os vasos, o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos entram e saem). A face visceral tem relação direta com o lado direito da porção anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica), a parte superior do duodeno (área duodenal), o omento menor (estende-se até a fi ssura do ligamento venoso), a vesícula biliar, a fl exura direita do colo e colo transverso direito (área cólica), o rim e a área suprarrenal direita (área renal e suprarrenal). Em sua superfície, o fígado se divide em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios pelas reflexões de peritônio em sua superfície. Estes “lobos” superficiais não são lobos verdadeiros e têm apenas relação secundária com a arquitetura interna do órgão. O plano definido pela fixação do ligamento falciforme e fissura sagital esquerda separa o lobo direito (grande) do lobo esquerdo (muito menor). Na face visceral, as fissuras sagitais e a porta do fígado transversa demarcam dois lobos acessórios: lobo quadrado (ântero- -inferior) e lobo caudado (póstero-superior) (Figura 1). Figura 1. (a) Vista anterior do fígado e (b) vista inferior. Fonte: Vanputte et al. (2016, p. 884). Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios2 Sob o ponto de vista funcional, apesar de não ser distintamente demarcado, o fígado possui, em seu interior, lobos porta direito e esquerdo, independentes e cada um recebendo seu próprio ramo primário da artéria hepática e da veia porta e sendo drenado por seu próprio ducto hepático. O lobo caudado pode ser considerado um terceiro lobo porta, pois sua vascularização é indepen- dente da bifurcação da tríade portal e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas, entrando diretamente na porção distal da veia cava inferior. O fígado pode ser subdividido em oito segmentos hepáticos cirurgicamente ressecáveis, servidos independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade portal. O fígado possui um suprimento sanguíneo duplo – uma fonte venosa dominante e uma arterial menor. A veia porta é responsável por 75% do san- gue drenado para o fígado. O sangue porta sustenta o parênquima hepático, levando, além de oxigênio, praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo trato gastrointestinal; possui 40% mais oxigênio do que o sangue venoso que retorna para o coração. O sangue da artéria hepática irriga estruturas não parenquimatosas, particularmente ductos biliares intra-hepáticos.A veia porta é formada pela veia mesentérica superior e esplênica. A artéria hepática comum, ramo do tronco celíaco, divide-se em artéria gastroduodenal e artéria hepática própria. Na porta do fígado, a artéria hepática própria e a veia porta se dividem em ramos direito e esquerdo. O fígado também é o maior produtor de linfa do corpo humano; sua face visceral drena por via abdominal, enquanto sua face diafragmática drena por via torácica. O fígado produz bile continuamente e a armazena na vesícula biliar, que a libera na presença de gordura no duodeno. A bile emulsifica a gordura para que o intestino possa absorvê-la. Os hepatócitos secretam bile pelos canalículos biliares, que drenam para os ductos biliares interlobulares e, então, para os ductos biliares coletores da tríade portal intra-hepática. Estes se fundem, formando os ductos hepáticos direito e esquerdo, que se unem, formando o ducto hepático comum que, ao receber no lado direito o ducto cístico, forma o ducto colédoco. O colédoco desce posteriormente, onde, ao entrar em contato com o ducto pancreático, abre-se no duodeno, formando a ampola hepatopancreática na papila maior do duodeno. Na extremidade distal do ducto colédoco, há um espessamento muscular circunferencial que forma o esfíncter do ducto colédoco que, quando contraído, leva a bile a refluir de volta para a vesícula biliar, onde é concentrada e armazenada. 3Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios A vesícula biliar de formato piriforme está situada na face visceral do fígado, na junção das partes direita e esquerda. Em sua posição natural, a vesícula biliar está situada anteriormente ao duodeno. Pode ser dividida em três partes: fundo (extremidade larga do órgão), corpo (toca a face visceral do fígado, o colo transverso e a face superior do duodeno) e colo (estreito e afilado, orientado para a porta do fígado, faz uma curva em S, unindo-se ao ducto cístico). O ducto cístico une o colo da vesícula ao ducto hepático comum (Figura 2). Figura 2. Sistema de ductos no pâncreas. Fonte: Vanputte et al. (2016, p. 885). Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios4 O pâncreas é uma glândula anexa do sistema digestório, alongada, retrope- ritoneal e transversa na parede posterior do abdômen, posterior ao estômago, entre o duodeno e o baço. O pâncreas produz secreção exócrina (suco pan- creático), que chega ao duodeno por meio dos ductos pancreáticos principal e acessório, e secreções endócrinas (glucagon e insulina), que chegam ao sangue. O pâncreas é dividido anatomicamente em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. A cabeça do pâncreas é a porção circundada pelo duodeno, à direita dos vasos mesentéricos superiores. O processo uncinado, uma projeção da porção inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda. O ducto colédoco, em seu trajeto até o duodeno, está situado na face póstero- -superior da cabeça ou incrustado em sua substância. O colo do pâncreas está situado sobre os vasos mesentéricos superiores. Sua face anterior, coberta por peritônio, está situada junto ao piloro do estômago. O corpo do pâncreas está à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta. Sua face anterior é coberta por peritônio e forma parte do leito do estômago. A face posterior é desprovida de peritônio. A cauda do pâncreas está situada anteriormente ao rim esquerdo; é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal com os vasos esplênicos. O ducto pancreático principal se inicia na cauda e atravessa o parênquima até a cabeça do pâncreas, voltando-se inferiormente e unindo-se ao ducto colé- doco, formando a ampola hepatopancreática (de Vater), que se abre na porção descendente do duodeno. Em um quarto das pessoas, os ductos se abrem no duodeno separadamente. Três esfíncteres de músculo liso controlam o fluxo de bile e de suco pancreático para o duodeno: esfíncter do ducto pancreático, esfíncter do ducto colédoco e esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi). A porção exócrina do pâncreas raramente causa problemas clínicos; entre- tanto, o diabetes envolvendo o pâncreas endócrino é cada vez mais comum. A Figura 3 apresenta uma visão geral do sistema e a descrição dos processos em cada componente. 5Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios Figura 3. Componentes do trato digestó rio. Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 657). A hepatite é uma inflamaç ã o do fí gado, causada por ví rus, medicamentos e substâ ncias quí micas, incluindo o á lcool. Hepatite A: é um tipo infeccioso, provocada pelo ví rus da hepatite A; sua trans- missão se dá por contaminaç ã o fecal de alimentos, roupas, brinquedos, louças e assim por diante (via fecal-oral). Sua lesão hepá tica não é duradoura. Hepatite B: é provocada pelo ví rus da hepatite B; sua disseminação é basicamente por contato sexual e contaminaç ã o de seringas e equipamentos de transfusã o. Também se dissemina por meio de saliva e lá grimas. Esse tipo de hepatite produz uma inflamaç ã o hepá tica crô nica. Já existem vacinas para a hepatite B, exigidas para os trabalhadores da á rea de saú de. Hepatite C: é causada pelo ví rus da hepatite C, clinicamente semelhante ao da hepatite B; sua transmissão acontece por transfusã o de sangue, causando, na maioria dos casos, cirrose e câ ncer de fí gado. Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios6 Características anatômicas do fígado e do pâncreas com suas respectivas funções O fígado tem importantes funções digestórias e excretoras, estocando e proces- sando os nutrientes; sintetiza novas moléculas e degrada compostos químicos tóxicos. A bile não contém enzimas digestivas, é apenas um emulsifi cante para gorduras. A bile també m é composta por produtos da excreç ã o, como os pigmentos biliares, sendo um destes a bilirrubina, que resulta da quebra da hemoglobina. A bile també m é composta por colesterol, lipí deos, hormô nios lipossolú veis e lecitina. Os hepató citos removem o aç ú car do sangue, estocando-o na forma de glicogê nio, podendo também estocar lipí deos, vitaminas (A, B12, D, E e K), cobre e ferro. Essa funç ã o de estocar acontece por um curto perí odo, sendo que a quantidade de material estocado nos hepató citos (o seu tamanho) varia durante o dia. O fí gado também pode converter alguns nutrientes em outros. As secreç õ es exó crinas do pâ ncreas, conhecidas como suco pancreá tico, apresentam um componente aquoso e um componente enzimá tico, sendo que o suco pancreá tico é liberado no intestino delgado pelos ductos pancreá ticos, onde ele atua na digestã o. Tanto mecanismos neurais quanto hormonais con- trolam as secreç õ es exó crinas do pâ ncreas. A parte endó crina do pâ ncreas consiste em ilhotas pancreá ticas, ou ilhotas de Langerhans, que produzem insulina e glucagon. Estes sã o muito importantes no controle dos ní veis sanguí neos de nutrientes, como glicose e aminoá cidos, e somatostatina, que regula a secreç ã o de insulina e glucagon, podendo inibir o hormô nio do crescimento. O pâncreas e o fígado atuam em conjunto no metabolismo da glicose. A insulina estimula a neoglicogênese (formação de glicogênio e abastecimento do mesmo no fígado), enquanto que o glucagon estimula a glicogenólise (metabolismo do glicogênio em glicose). Hepatite D: é provocada pelo ví rus da hepatite D; sua transmissão é como a da hepatite B. A pessoa precisa estar infectada com hepatite B para contrair a hepatite D. Esse tipo de vírus resulta em lesã o hepá tica grave e apresenta uma alta taxa de mortalidade, maior do que a da hepatite B, em virtude da infecç ã o com o ví rus da hepatite B. Hepatite E: é causada pelo ví rus da hepatite E; sua disseminação é como a da hepatite A. Apesar de não causar doenç a hepá tica crô nica, esse tipo de ví rus é responsá vel por uma alta incidê ncia de morte em mulheres grá vidas. 7Sistema digestório: estruturas e órgãos digestóriosCálculos biliares: quando a bile se encontra com insuficiê ncia de sais biliares ou de lecitina ou excesso de colesterol, este último pode cristalizar e formar cá lculos biliares. Conforme o aumento do tamanho e quantidade, esses cá lculos provocam a obstruç ã o mí nima ou completa do fluxo de bile proveniente da vesí cula biliar para o duodeno. O tratamento é baseado em uso de medicamentos que dissolvem os cá lculos biliares, litotripsia (terapia por ondas de choque) ou cirurgia. Em caso de histórico de cálculos biliares, ou quando os fá rmacos e litotripsia nã o sã o opç õ es, indica-se a colecistectomia (remoç ã o da vesí cula biliar e de seu conteú do). Consequências anatomofisiológicas de patologias relacionadas ao fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas Dentre as patologias que acometem o fígado, citamos a hepatite, em seus variados tipos; a cirrose, que pode ser consequência de hepatite ou alcoolismo; e neoplasias. Nas patologias relacionas ao pâncreas, citamos pancreatite, neoplasias e diabete. A vesícula biliar e seus ductos podem ser acometidos por cálculos biliares e neoplasia. A hepatite é uma inflamação aguda no fígado que pode vir a cronificar- -se de acordo com seu tipo. Essa inflamaç ã o do fí gado causa morte celular e substituiç ã o por tecido de cicatrizaç ã o; quando não tratada, pode causar perda da funç ã o hepá tica, evoluindo para morte do paciente; os sintomas comuns incluem ná usea, dor abdominal, febre, calafrios, mal-estar e icterí cia. A hepatite pode ser causada por sete ví rus diferentes. A cirrose é o dano ou morte dos hepató citos, caracterizada pela sua substituiç ã o por tecido conectivo, resultando na diminuição da funç ã o do fí gado e na interferê ncia sobre o fluxo sanguí neo para o fí gado; é uma consequê ncia comum do alcoolismo. O câ ncer de pâ ncreas ocorre com mais frequê ncia nos homens, com idade acima de 50 anos. São poucos os sintomas associados à doença antes que o distú rbio atinja um está gio avanç ado e, geralmente, ele acaba sendo diagnos- ticado quando já espalhado para outras partes do corpo, como linfonodos, fí gado ou pulmõ es. É quase sempre fatal, sendo a quarta causa mais comum de morte por câ ncer nos Estados Unidos. Esse tipo de câ ncer está associado ao consumo de alimentos gordurosos, alcoolismo, fatores gené ticos, tabagismo e pancreatite crô nica. Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios8 A pancreatite é uma inflamaç ã o do pâ ncreas devido à obstruç ã o do ducto pancreá tico, podendo ser causada por infecç õ es bacterianas ou virais, ou ainda por reaç õ es a drogas. Pode ser aguda ou crônica. A colelití ase é uma inflmação na vesícula biliar ou no ducto, causada pela presenç a de cá lculos na vesí cula biliar. Este vídeo aborda o tema transplante de fígado e suas particularidades. Acesse o link a seguir. https://goo.gl/5zY8q1 Os testes de funç ã o hepá tica sã o testes de sangue que determinam a presenç a de determinadas substâ ncias quí micas (enzimas e proteí nas) liberadas pelos hepató citos. Esses testes sã o usados para avaliar e monitorar doenç as ou lesõ es no fí gado. Dentre as causas comuns do nú mero elevado de enzimas do fí gado estão: uso de medicamentos anti-inflamató rios nã o esteroides e de medicamentos que reduzem o colesterol, antibió ticos e substâncias como á lcool. Até mesmo o diabetes e outras infecç õ es (hepatite viral e mononucleose), cá lculos biliares, tumores do fí gado, entre outros, estão relacionados a alterações no número de enzimas do fígado. Esses testes são muito usados na prática para definir e tratar as doenças de base. É importante salientar que, em diversos casos, não são usados somente esses testes para diagnosticar a patologia do paciente, sendo necessários outros marcadores sanguíneos, exames físicos e de imagem. 9Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Leituras recomendadas GOSS, C.M. Gray anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. HANKIN, M. H.; MORSE, D. E.; BENNETT-CLARKE, C. A. Anatomia clínica: uma abordagem por estudos de casos. Porto Alegre: AMGH, 2015. 432 p. MEIRELLES JÚNIOR, R. F. et al. Transplante de fígado: história, resultados e perspectivas. Einstein, São Paulo, v. 13, n. 1, p.149-52, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/eins/v13n1/pt_1679-4508-eins-13-1-149.pdf>. Acesso em: 19 out. 2017. MOORE, K.L; DALLEY, A.F. Anatomia orientada para clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2007. PACHECO, L. Transplante de fígado no Brasil. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Rio de Janeiro, v. 43, n. 4, p. 223-224, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rcbc/v43n4/pt_0100-6991-rcbc-43-04-00223.pdf>.Acesso em: 19 out. 2017. PUTZ, R.; PABST, R. Atlas de anatomia SOBOTTA. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. SUA SAÚDE NA REDE – SPDM. Tudo o que você precisa saber sobre o Transplante de Fígado. YouTube, 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=H_h3j4E- ALGE>. Acesso em: 19 out. 2017. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios10 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: DICA DO PROFESSOR O fígado é responsável por metabolizar a bilirrubina, realizando sua captação, conjugação e excreção. Em condições normais, a bilirrubina não conjugada é rapidamente metabolizada pelo fígado e eliminada. Entretanto, em caso de aumento de bilirrubina, acontece uma patologia denominada icterícia. No vídeo da Dica do Professor a seguir, você poderá conhecer melhor as características e diagnósticos dessa doença. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) O pâncreas é um órgão acessório do sistema digestório, considerado uma glândula mista, pois secreta substâncias e hormônios de forma exócrina e endócrina. Assinale a alternativa correta sobre este órgão: A) As secreções endócrinas do pâncreas, conhecidas como suco pancreático, apresentam um componente aquoso e um componente enzimático. B) Somente mecanismos neurais controlam as secreções exócrinas do pâncreas. C) A insulina estimula a glicogenólise, enquanto que o glucagon estimula a neoglicogênese. D) O pâncreas não tem funções de controle de níveis sanguíneos de aminoácidos e nem de somatostatina, somente de glicose. E) A parte endócrina do pâncreas consiste em ilhotas pancreáticas, que produzem insulina e glucagon. As secreções exócrinas do pâncreas, conhecidas como suco pancreático, apresentam um componente aquoso e um componente enzimático. Tanto mecanismos neurais quanto hormonais controlam as secreções exócrinas deste órgão. A parte endócrina do pâncreas é composta por ilhotas de Langerhans, que produzem insulina e glucagon. O pâncreas atua no controle dos níveis sanguíneos de nutrientes, como glicose e aminoácidos, e somatostatina. A insulina estimula a neoglicogênese, enquanto que o glucagon estimula a glicogenólise. 2) O pâncreas é dividido anatomicamente em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. Selecione a alternativa que corresponde às características da cauda pancreática: A) Porção circundada pelo duodeno. B) Anterior ao rim esquerdo e relativamente móvel. C) Tem sua localização junto ao piloro do estômago. D) Localiza-se sobre os vasos mesentéricos superiores. E) Onde está localizada a ampola hepatopancreática. 3) O fígado possui suprimento sanguíneo duplo, isto é, uma fonte venosa dominante e uma fonte arterial menor. Selecione a alternativa correta sobre a vascularização hepática. A) A veia hepática é responsável pela maior parte do sangue drenadopara o fígado. B) A veia porta é formada pela veia mesentérica superior e pela veia cava inferior. C) O sangue da veia porta sustenta o parênquima hepático. D) O sangue da artéria hepática irriga estruturas parenquimatosas. E) A artéria hepática comum divide-se em artéria gastroduodenal e artéria esplênica A hepatite é uma inflamação do fígado, causada por vírus, medicamentos e substâncias químicas, incluindo o álcool e apresentada em 5 tipos: hepatite A, 4) A cabeça do pâncreas é circundada pelo duodeno e nela encontra-se a ampola hepatopancreática. O colo do pâncreas localiza-se junto ao piloro do estômago e sobre os vasos mesentéricos superiores. A cauda está posicionada anteriormente ao rim esquerdo e é relativamente móvel. Highlight A veia porta é responsável pela maior parte do sangue drenado para o fígado.O sangue da veia porta sustenta o parênquima hepático, levando oxigênio e nutrientes. A veia porta é formada pela veia mesentérica superior e pela veia esplênica. O sangue da artéria hepática irriga estruturas não parenquimatosas. A artéria hepática comum divide-se em artéria gastroduodenal e artéria hepática própria. hepatite B, hepatite C e hepatite D e hepatite E. Qual descrição corresponde à hepatite tipo C? A) Causada por vírus, clinicamente semelhante ao da hepatite B; sua transmissão acontece por transfusão de sangue e podendo causar cirrose e câncer de fígado. B) Provocada por vírus disseminado basicamente por contato sexual e contaminação de seringas e equipamentos de transfusão, saliva e lágrimas. C) Causada por vírus disseminado como na hepatite A; responsável por uma alta incidência de morte em mulheres grávidas. D) Tipo infeccioso, provocada pelo vírus transmitidos por contaminação fecal de alimentos, roupas, brinquedos, louças e assim por diante (via fecal-oral). E) Causada por vírus; a pessoa precisa estar infectada com hepatite B para contrair a hepatite C. 5) A vesícula biliar é composta por musculatura lisa em suas paredes e tem a função de armazenar e concentrar a bile que é produzida pelo fígado. O que se pode afirmar sobre a anatomia da vesícula biliar e sobre as vias biliares: A) Em sua posição natural, a vesícula biliar está situada anteriormente ao duodeno. B) O ducto cístico se abre juntamente com o ducto principal do pâncreas. C) Em sua posição natural, a vesícula biliar está situada anteriormente ao duodeno. D) Está situada na face diafragmática do fígado. Highlight A hepatite A é um tipo infeccioso, provocada pelo vírus da hepatite A; sua transmissão se dá por contaminação fecal de alimentos, roupas, brinquedos, louças e assim por diante. A hepatite B é provocada pelo vírus da hepatite B; sua disseminação é basicamente por contato sexual e contaminação de seringas e equipamentos de transfusão. Também se dissemina por meio de saliva e lágrimas. Já a hepatite C é causada pelo vírus da hepatite C, clinicamente semelhante ao da hepatite B; sua transmissão acontece por transfusão de sangue, causando, na maioria dos casos, cirrose e câncer de fígado. A hepatite D é provocada pelo vírus da hepatite D e sua transmissão é como a da hepatite B. A pessoa precisa estar infectada com hepatite B para contrair a hepatite D. E a hepatite E é causada pelo vírus da hepatite E e sua disseminação é como a da hepatite A. Apesar de não causar doença hepática crônica, esse tipo de vírus é responsável por uma alta incidência de morte em mulheres grávidas. Em sua posição natural, a vesícula biliar está situada anteriormente ao duodeno. Pode ser dividida em três partes: fundo, corpo e colo. O ducto cístico une o colo da vesícula ao ducto hepático comum. Está situada na face visceral do fígado. Armazena bile, que digere os lipídios. E) Armazena bile que digere as proteínas. NA PRÁTICA Em casos de pacientes cirróticos, onde há fibrose e obstrução da veia porta hepática, pode ocorrer um aumento da pressão sanguínea na veia porta e em suas tributárias. A grande quantidade de sangue que flui do sistema porta para o sistema sistêmico produz veias varicosas, especialmente na porção distal do esôfago. Essas varizes esofágicas, podem se romper, levando a hemorragia digestiva de alta gravidade e, por vezes, fatal. O diagnóstico se baseia em sinais e sintomas e resultados de anamnese e exame físico, podendo ser complementado com ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) ou biópsia hepática. SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Transplante de fígado no Brasil Acompanhe o editorial a seguir, no qual é discutido o transplante de fígado no Brasil, citando os primeiros casos e trazendo dados atuais sobre esse procedimento nos hospitais do país. https://www.scielo.br/j/rcbc/a/k4PtqzhdMs6xNNmPsfM9nLv/?format=pdf&lang=pt Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Transplante de fígado: história, resultados e perspectivas O seguinte artigo revisa a história e apresenta os resultados recentes do transplante de fígado no Brasil e no mundo, juntamente de seus tópicos controversos e perspectivas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Icterícia no recém-nascido com idade gestacional maior ou igual a 35 semanas O documento a seguir trata, com detalhes, da icterícia neonatal, investigando diagnósticos e analisando tratamentos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! https://www.scielo.br/j/eins/a/3Y5prPszrQg8DYQbdQLVwNs/?format=pdf&lang=pt https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/Ictericia_sem-DeptoNeoSBP-11nov12.pdf
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