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UNIVERSIDADE LICUNGO FACULDADE DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA LICENCIATURA EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES COM HABILIDADES EM COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 3º ANO LABORAL Deolinda Oliveira M. Nhampa Yona Alfredo Manuel Noventeya Rosária Rosário Cosmo Tonildo Alfredo Muampua · TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA · TEORIA DE APRENDIZAGEM SOCIAL Quelimane 2022 Deolinda Oliveira M. Nhampa Yona Alfredo Manuel Noventeya Rosaria Rosário Cosmo Tonildo Alfredo Muampua · TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA · TEORIA DE APRENDIZAGEM SOCIAL Trabalho científico de carácteravaliativo A ser entregue na Faculdade de Educação E Psicologia na Cadeira de Psicologia de Aprendizagem no Curso de Psicologia 3º Ano laboral ministrado pelo Docente: Dr. Miguel Reis Quelimane 2022 Índice Introdução 4 TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA 5 O que é Behaviorismo 5 História e origem do Behaviorismo 5 Principais diferenças: condicionamento clássico X condicionamento operante 8 APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA 9 TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL 10 História e base da teoria 11 Processos Cognitivos 12 Processos de Atenção 12 Processos de Retenção 13 Processos de Reprodução Motora 13 Processos de Reforço 13 Importância da Teoria 13 Conclusão 15 Referência Bibliográfica 16 Introdução Pensar no processo de ensino e aprendizagem significa considerar uma variedade de aspectos que se correlacionam para efetivação do processo de ensinar e aprender. Dentre as teorias da aprendizagem pesquisadas, focalizamos aqui, as teorias behavioristas e a Teoria de Aprendizagem Social de Bandura, que analisam os processos de desenvolvimento e aprendizagem considerando o sujeito cognitivamente activo. O objectivo dessa pesquisa é investigar as teorias da aprendizagem em actividades pedagógicas e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem. Para Moreira (2011), teoria de aprendizagem significa uma construção humana para interpretar sistematicamente a área de conhecimento chamada de aprendizagem, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar e prever observações, de resolver problemas. Objectivos do Trabalho Objectivos Gerais · Compreender a Teoria de Aprendizagem Behaviorista de proposta por John B. Watson; · Compreender a Teoria de Aprendizagem Social de Alberto Bantura. Objectivo Especifico · Interpretar as teorias de aprendizagem no contexto ensino e aprendizagem; · Interpretar as implicações destas teorias nas aulas e nas séries do ensino Fundamental; · Interpretar as teorias de maneira espectacular para a acção pedagógica do professor em sala de aula. Para a concretização do presente trabalho da cadeira Psicologia de Aprendizagem, recorreu-se ao método bibliográfico que este culminou com a consulta de varias obras de diversos autores que fizeram menção do tema em estudo. TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA O que é Behaviorismo O nome Behaviorismo tem origem no termo em inglês Behavior, que significa comportamento. O Behaviorismo, também chamado de Comportamentismo ou Comportamentalismo, tem como objecto de estudo o comportamento. Essa teoria psicológica defende que a psicologia humana ou animal pode ser objectivamente estudada por meio de observação de suas acções, ou seja, observando o comportamento. Os Behavioristas acreditam que todos os comportamentos são resultados de experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento clássico e ao condicionamento operante, respectivamente. Diferença entre e a Psicanálise e o Behaviorismo A Psicanálise investiga os conflitos psíquicos resultantes de sonhos, lembranças reprimidas e delírios. Freud acreditava que a mente é responsável por decisões conscientes e inconscientes que ela toma com base nos impulsos psíquicos. O id, o ego e o super-ego são três aspectos da mente que Freud acreditava compor a personalidade de uma pessoa O Behaviorismo estuda o comportamento de forma directa, com base no ambiente e no condicionamento em que vive o indivíduo ou animal. História e origem do Behaviorismo Os estudos do Behaviorismo iniciaram-se no século 19, a partir de um trabalho do psicólogo John B. Watson, intitulado de ”Psicology as the Behavioristviewsit”, traduzindo para o português: “Psicologia como um comportamentista a vê”. Entre 1920 até meados de 1950, o behaviorismo se tornou a escola dominante de psicologia, com o propósito de estabelecer a psicologia como uma ciência objectiva e mensurável. Os estudiosos e pesquisadores do behaviorismo estavam envolvidos em criar teorias que pudessem ser descritas e medidas de forma clara e prática. Principais conceitos do Behaviorismo A Psicologia comportamental não possui um único conjunto de teorias, seus estudos são debatidos por diversos autores. Os principais tipos de Behaviorismo são o Behaviorismo metodológico, influenciado pelo trabalho de John B. Watson, e o Behaviorismo radical, que foi iniciado pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner. Condicionamento clássico e Condicionamento operante Os behavioristas acreditam que os comportamentos podem ser aprendidos por meio do condicionamento. Isto é, as condições do ambiente têm influência directa no comportamento do indivíduo ou animal. O condicionamento clássico está ligado à escola do Behaviorismo metodológico (ou behaviorismo clássico), enquanto que o condicionamento operante, faz parte dos estudos do Behaviorismo radical. Behaviorismo Metodológico O Behaviorismo metodológico foi o ponto de partida do Behaviorismo, fundado por John B. Watson, com base nas teorias sobre condicionamento do russo Ivan Pavlov. O Behaviorismo metodológico (ou clássico), se opõe ao mentalismo e interseccionismo, ou seja, descarta os estudos relacionados à mente, pensamento e emoções. É baseado através de observação e experimentação. Essa abordagem defende que o comportamento pode ser previsível e controlado a partir de estímulos. Na educação, a teoria comportamental de Watson defende que o comportamento do indivíduo pode ser moldado e ajustado, capaz de fazer com que uma criança tivesse determinada formação de carácter ou exercesse qualquer profissão que escolhessem para ela, por exemplo. Condicionamento Clássico: “O cão de Pavlov” A experiência mais conhecida para explicar o condicionamento clássico é a chamada “Cão de Pavlov”, que foi realizada com um cachorro que saliva ao ver comida, e também a qualquer sinal ou gesto que lembrava a chegada da sua refeição. Nessa experiência, Pavlov treinou cachorros para que eles salivassem mesmo que a comida não estivesse por perto. Pavlov tocava um sino toda vez que alimentava os cachorros. Com o passar do tempo, os cachorros começaram a associar o barulho do sino à comida, e ficavam famintos e salivantes a cada som emitido pelo sino, mesmo que seus potes de comida estivessem vazios. Com isso, concluiu-se que os seres vivos já nascem com certos reflexos, ou seja, possuem determinada reacçãoa partir de acções específicas. Behaviorismo Radical O Behaviorismo radical, corrente comportamentalista de Skinner, surgiu em oposição ao behaviorismo metodológico. Essa abordagem considera que os comportamentos observáveis eram manifestações externas de processos mentais invisíveis, como o autocontrole, o pensamento, entre outros. Porém, defende que era mais conveniente estudar os comportamentos observáveis. Com isso, ele pretende dizer que as emoções não dão origem à nossa conduta, pois também fazem parte do modo de agir. Ou seja, o comportamento não é consequência do livre arbítrio, mas sim das consequências dos seus actos, sejam positivos ou negativos. Skinner contribuiu grandemente com a criação do Condicionamento Operante, um método de aprendizado que ocorre através de reforços (positivos ou negativos) e punições. O objectivo é entender a relação entre os comportamentos de um animal ao seu ambiente. Para Skinner, o comportamento é reforçado através das suas próprias consequências. Partindo da premissa que o indivíduobusca sobreviver, se proteger, se autor realizar, entre outras acções que sentem necessidade, à medida que alcançasse o seu objectivo, o comportamento se repetiria. Reforço (positivo ou negativo) e Punição Os reforços são divididos em positivos ou negativos, ambos têm o objectivo de estimular a repetição de comportamentos que tem como consequência uma premiação positiva. Reforço positivo: quando algo bom é adicionado, por exemplo alimento cai na caixa, para ensinar um novo comportamento. Reforço negativo: quando algo ruim é removido, por exemplo, uma corrente eléctrica é interrompida, para ensinar um novo comportamento. Já as Punições têm o objectivo de cessar ou diminuir a frequência de um comportamento, pois sua consequência é algo ruim. Punição: Quando algo ruim é adicionado, por exemplo, multa de trânsito, para ensinar a parar um comportamento. Principais diferenças: condicionamento clássico X condicionamento operante As principais diferenças entre o condicionamento clássico e o condicionamento operante é que o condicionamento clássico destaca que o estímulo neutro (comida, rato branco e objectos) pode ser transformado em um estímulo condicionado (quando é adicionado o som ou barulho), produzindo uma resposta conforme às condições que foram transformadas o estímulo neutro. Enquanto que o condicionamento operante, envolve condicionamento voluntário, ou seja, o indivíduo controla através das consequências. Ou seja, no condicionamento clássico, a associação não pode ser controlada, e no condicionamento operante, a associação entre comportamentos e resultados é aprendida. Influência do Behaviorismo na actualidade O Behaviorismo é adoptado por diversas instituições e sociedade, como escolas, empresas, grupos de trabalho, entre outras que visam observar o comportamento humano. APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA A aprendizagem não seria apenas inteligência e construção de conhecimento propriamente dito, mas identificação pessoal, carácter, formação humana, socialização e relação através da interacção entre grupo de pessoas. Na aprendizagem escolar, é possível identificar alguns elementos centrais, para que o desenvolvimento da prática escolar: o aluno, o professor, as diversas situações e objectos de aprendizagem, e a participação da família no acompanhamento, na orientação dos alunos. As teorias de aprendizagem surgem para compreender o desenvolvimento cognitivo humano e consequentemente tem auxiliado na formação do professor e na sistematização do trabalho pedagógico em sala de aula, buscando apontar dinâmicas nos actos de ensinar e aprender, partindo da evolução cognitiva do indivíduo para tentar explicar a relação que se dá entre a informação pré-existente e o novo conhecimento. No contexto escolar actualmente é difícil o professor defender as concepções, tendências ou teorias da aprendizagem, entretanto, isso não acontece na prática, quando se trata do processo de ensinar/aprender Matemática, razão pela qual as abordagens das teorias da aprendizagem contribuem significativamente para que o professor possa reflectir sobre os seus métodos e práticas pedagógicas. As teorias da aprendizagem se caracterizam como uma área bem específica dentro da psicologia teórica na tentativa de fundamentar como surge a natureza essencial do processo de aprendizado. Serão apresentadas a seguir as principais teorias behavioristas ou comportamentalistas e as teorias cognitivas a que procuram compreender e explicar o processo de aprendizagem e não pretendemos esgotar nossas discussões no tocante a aprendizagem Matemática. Behaviorismo a aprendizagem Matemática O Behaviorismo em busca de uma identidade como ciência, desenvolveu estudos e pesquisas no campo da psicologia, buscando caracterizar e identificar o comportamento em relação ao meio. Os teóricos das behavioristas chegaram aos termos “resposta” e “estimulo” para se referirem aquilo que o organismo faz e às variáveis ambientais que interagem com o sujeito. Apesar de Watson (1878-1958), ter sido o grande precursor do Behaviorismo, B. F. Skinner (1904-1990), foi um dos discípulos behavioristas que teve seus estudos amplamente divulgados, inclusive no Brasil, cuja teoria foi inaugurada e permanece presente em todos os discursos da educação. Para Skinner (2009), a aprendizagem da criança concentra-se na aquisição de novos comportamentos, através de estímulos e respostas, de modo que se torna mecanizada. Os alunos são sujeitos passivos do processo de ensino aprendizagem, onde recebem o conhecimento que é transferido pelo professor. Não há um diálogo entre o sujeito e o conhecimento, esse conhecimento não é construído pela criança. A Teoria Behaviorista de Skinner, foi bem difundida na educação no Brasil, e Apoiada na década de 70 pela “tendência tecnicista” traduzida pelos métodos de ensino programado, as formas de controlo e organização das situações de aprendizagem, o controle sobre o professor que ensinava, o conteúdo a ser ministrado e o controle do aluno que estava em processos de aprendizagem, que continua presente nas escolas, nas salas de aulas, nas aulas de Matemática e amigo incansável do livro didáctico. A prática escolar fundamentada no behaviorismo apresenta planeamento escolar rígido, organização e execução pedagógica das actividades sob a responsabilidade do professor que ainda julga e utiliza diversos argumentos para reforçar positivamente os comportamentos ensinados em sala de aula. TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL A Teoria da aprendizagem social, também conhecida como Teoria Social Cognitiva, proposta por Albert Bandura, é considerada uma extensão do condicionamento operante, aplicado com esses termos por muitos pesquisadores e profissionais. O conceito baseia-se na premissa de que a Aprendizagem pode ocorrer por meio de experiências directas, isto é, através de experiências e modelos de observação do comportamento de outros indivíduos e das recompensas que estes recebem. Além de seu foco na aprendizagem por meio da observação, a teoria afirma que os indivíduos podem reforçar ou punir seus próprios comportamentos. Albert Bundura, professor de psicologia que propôs a Teoria da Aprendizagem Social. Segundo Pervin e John (2004)[3],a Teoria Social Cognitiva enfatiza não apenas eventos externos, mas, também, eventos internos. Para Bandura, as contingências modelam as pessoas como também eis aqui o diferencial em relação à Skinner as pessoas modelam as contingências do ambiente; é o que acontece no processo de determinismo recíproco. Há uma ênfase não apenas no comportamento, mas na cognição e emoção, enfatizando a relação pensamento, sentimento e comportamento. História e base da teoria Em 1940, B.F. Skinner compartilhou uma série de conhecimentos de forma verbal sobre o comportamento, colocando mais ênfase no assunto psicologia da época. Na época, ele propôs que o uso de estimulos-resposta teoria para descrever a linguagem de uso e desenvolvimento, e que todos os comportamentos verbais são sustentados por condições de operação. Ele entretanto mencionou que algumas formas de linguagem derivam de palavras e sons que já haviam sido ouvidos, e que foram reforçados para a forma "permitida" que virou compreendida. Enquanto ele negava que existisse alguma "Instintiva e facultativa imitação", A teoria do comportamento de Skinner formou a base para o desenvolvimento da Teoria da Aprendizagem Social. Ao mesmo tempo, Clark Lewis Hull, um psicólogo Americano, teve um forte proposta diferente sobre o comportamento por estimulo-resposta. E comandou um grupo da Universidade Yale Instituto de relações humanas. Abaixo dele, Neil Miller and John Dollarddestubiy a ser um reinterprete da teoria psicanálise nos termos dos estimulos-resposta.Isso levou ao livro da Teoria da Aprendizagem Social publicada em 1941, que diz que a personalidade consiste em hábitos de aprendizado. Eles usaram a teoria de Hull, que reforçava a interacção social e o que resultava. Julian B. Rotter, um professor da Universidade de Ohio, publicou um livro chamado Teoria social e Psicologiaclinica em 1954. A teoria dele moveu com a ideia que o comportamento são aprendizados do passado, e considerou além da interacção entre indivíduos e o ambiente. Na teoria dele, a personalidade dos indivíduos criou probabilidade de comportamento, e de reforço com os comportamentos para aprendizado. Ele enfatiza que esse objectivo da natureza e da eficiência dos tipos de reforço. Enquanto essa teoria usa o o vocabulário comum do comportamento, ele foca na função e diferenciação das teorias, o que aparenta ser um percursos de mais cognitivas e apostas de aprendizado. Em 1959, Noam Chomsky publicou sua crítica do livro do Skinner Skinner'sbook Verbal Behavior, anextensionof Skinner'sinitiallectures. E na sua resenha, Chomsky declarou que a teoria da estimulo-resposta do comportamento não poderia contar para o processo de aquisição da língua, um argumento que contribui significamente para a revolução da psicologia cognitiva. A teoria dele diz que " Seres humanos estão de certa forma feitos para entender uma língua, atribuindo uma forma de definir uma forma desconhecida de mecanismos". Com esse contexto, Albert Bandura estuda o processo de aprendizado que ocorreu que forma interpessoal em contextos que não são adequadamente explicados pela Teoria da condição operante ou existente de modelos da aprendizagem social. Especificamente, Bandura argumenta que "A fraqueza do aprendizado apoia na ideia que desconta a influência de variáveis sociais que são mais reveladas que os tratamentos de aquisição de novas respostas. Processos Cognitivos Deste modo, estão presentes quatro processos cognitivos que podem estabelecer a influência de aprendizagem sobre um indivíduo: Processos de Atenção Modelos de admiração e influência que chamam atenção dos indivíduos, trazendo aprendizado de acordo com atitudes e comportamentos atraentes e frequentes, sendo importante ou semelhante para as percepções do cidadão, ou seja, é fundamental obter atenção no modelo que executa a acção a ser aprendida, neste processo, influenciam variáveis como a intensidade do estímulo, a relevância, o tamanho, a facilidade para ser discriminada, a novidade ou a influência de frequência, abrangendo outras variáveis de modelo de execução, como o sexo, raça, idade ou a importância concedida pelo observador. Processos de Retenção Trata-se de um processos relacionado a memória. Permite que o individuo realize a acção mesmo que o modelo não esteja mais disponível. Sem a retenção, o aprendizado sobre o comportamento não estará estabelecido, e pode ser necessário retornar à observação do modelo novamente uma vez que o indivíduo não registou suficientemente a informação sobre o comportamento. Processos de Reprodução Motora Modelo que consiste no comportamento percebido e reproduzido, isto é, a manifestação de ação assimilada, associado à auto-observação e auto avaliação. Para isso, o individuo deve dispor das habilidades básicas para realizar o comportamento a ser aprendido e ter componentes essenciais dentro de um repertório de condutas. Processos de Reforço São acções relacionadas à motivação e recompensas para o indivíduo. Os comportamentos positivos recebem mais atenção e são adquiridos e desenvolvido com mais frequência.Desta maneira, o ser humano está em condições de aprender novos comportamentos sem praticá-los, isto é, ao observar modelos, pode-se compreender o que eles desempenham. Importância da Teoria A importância de se aprender um comportamento por meio de situações de contextos específicos e, também, a importância da recompensa para a alteração ou permanência de determinado comportamento. Enfatiza a terapia como a aprendizagem de novos padrões de comportamento. O aprendizado seria excessivamente trabalhoso, para não mencionar perigosos, se as pessoas dependessem somente dos efeitos de suas próprias acções para informá-las sobre o que fazer. Por sorte, a maior parte do comportamento humano é aprendida pela observação através da modelagem. Pela observação dos outros, uma pessoa forma uma ideia de como novos comportamentos são executados e, em ocasiões posteriores, esta informação codificada serve como um guia para acção." (Bandura, 1977, p22). O especialista pontua que não devemos cometer o erro de pensar que as pessoas imitam tudo que vêem e que absolutamente todas as crianças vão apresentar comportamentos agressivos pelo simples fato de ver cenas violentas em casa ou na televisão. “Ocorrem pensamentos antes da imitação e há mediadores que favorecem a imitação ou uma resposta alternativa”. Alguns dos mediadores: Ambiente – Nossa sociedade não é igualitária nem homogénea, mas está constituída por e produz, os mais variados ambientes e cenários. Há alguns mais propícios, mais positivos e outros mais opressivos. Vamos analisar um exemplo. Pedro tem 10 anos e esse ano tem um novo professor de música que está ensinando as crianças a tocar piano. Nos primeiros dias, Pedro ficou fascinado por esse instrumento, queria ter um, aprender mais. No entanto, quando chegou em casa, um lar pouco facilitador, seu pai rapidamente tirou essa ideia da sua cabeça. Desde então, Pedro passou a perder o interesse pelo piano. Atenção – Para que um comportamento seja imitado, ele precisa chamar nossa atenção, despertar de alguma maneira nosso interesse e o dos nossos neurónios espelho. No nosso dia a dia, observamos muitos comportamentos, mas nem todos são do nosso interesse. Motivação- A motivação é o motor, é a vontade de realizar determinado comportamento que vemos nas outras pessoas. No entanto, neste ponto, precisamos falar sobre a aprendizagem vicária, na qual segundo Albert Bandura, não basta apenas “observar” o que as pessoas fazem, mas também ver quais recompensas ou quais consequências elas obtêm devido a esse comportamento. Se as recompensas percebidas compensam os custos (caso haja algum), então o comportamento será imitado pelo observador. Em contrapartida, se o reforço vicário não é visto como suficientemente importante para o observador, então este não imitará o comportamento. Conclusão Esta pesquisa não teve como objectivo realizar um cotejamento das teorias da aprendizagem, mas pautar-se nas implicações destas teorias nas aulas e nas séries do ensino Fundamental, contribuindo de maneira espectacular para a acção pedagógica do professor em sala de aula, facilitando na escolha de quais os elementos a serem considerados na preparação das aulas, no desenvolvimento e mobilização de saberes no processo de ensino-aprendizagem em Matemática. Percebe-se também que a maioria das escolas públicas, apresentam um olhar e discurso cognitivista em suas propostas pedagógicas, mas realizando ainda práticas tradicionais e comportamentalistas/behavioristas, para forçar ou reforçar a aprendizagem dos alunos, que se constituem como formas de controle sobre o aluno e no reforço às limitações do aluno, não avançando na produção de conhecimentos sobre o sujeito cognoscente. Referência Bibliográfica Guedes, S. S.(2009)Teorias da Aprendizagem. Técnicas Instrumentais de Didáctica. 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