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RESENHA CRITICA BRENA

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RESENHA CRITICA 
Por Brena Michaele Brasil Santana
GUEDES, Gilberto Gomes; FERNANDES, Monica. Gestão ambiental de resíduos sólidos da construção civil no Distrito Federal. Universitas Gestão e TI, v. 3, n. 1, p. 39-50, jan./jun. 2013.
 
¹Gilberto Gomes Guedes - Mestre em Engenharia da Produção, bacharel em Administração de Empresas e professor universitário. 
²Mônica Fernandes - Graduanda do curso de Administração de Empresas da Faculdade Jesus Maria José.
O foco do estudo é a questão dos resíduos sólidos da construção civil e está delimitado na implantação da gestão ambiental desses resíduos gerados no Distrito Federal −Brasil, segundo diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. 
O questionamento-problema é verificar se as empresas de construção civil do Distrito Federal estão seguindo as recomendações do desenvolvimento sustentável, segundo diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O estudo tem como objetivo pesquisar o manejo de resíduos sólidos da construção civil do Distrito Federal – Brasil, tendo como base a Silco Engenharia, que é uma das empresas líderes de mercado.
A literatura comenta que os resíduos sólidos da construção civil são os restos de processos produtivos que se tornam inadequados ao consumo inicialmente programado, os quais são descartados em aglomerações urbanas ou rurais, sem o devido critério ambiental. A geração atual participa do desenvolvimento socioeconômico e auxilia no crescimento do país, porém sem planejamento acerca do que fazer com os resíduos sólidos, no que diz respeito ao seu descarte correto, essa população causa um problema para outras gerações futuras. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) existe para indicar as diretrizes a serem seguidas no manejo com esse tipo de resíduos urbanos, principalmente na construção civil, em busca de atender as exigências ambientais.
Um cenário que salta aos olhos é a dificuldade em planejar, controlar e executar uma gestão ambiental pelas empresas, geralmente o principal argumento é a não adequação dos processos sustentáveis. Isso ocorre porque para reduzir os impactos ambientais da atividade desenvolvida ou do negócio em questão, sempre envolve custos excessivos. 
Desse modo a relevância do estudo se dar pelo fato da construção civil gerar muitos resíduos sólidos, o que por sua vez acarreta em impactos diretos e indiretos ao ambiente e as pessoas envolvidas nele. Segundo dados sobre essa questão, todos os resíduos sólidos gerados nas cidades brasileiras, os resíduos da construção civil representam de 40% a 70% do montante. Outros dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública – ABRELPE, demonstram que o Brasil apresenta – a partir dos resíduos coletados – uma estimativa de geração de 31 milhões de toneladas de resíduos sólidos da construção civil por ano, de origem pública e de origem privada.
Outro estudo apurou que 63% da composição média dos materiais de resíduos sólidos da construção civil são de argamassa; 29%, de concreto e blocos; 7% advêm de outros componentes; e 1% é oriundo de materiais orgânicos. E que a origem deles é associada a trabalhos rodoviários, de escavações, de sobras de demolições, de obras diversas e de sobras de limpeza, tendo como componentes, tijolo, concreto, areia, solo, poeira, lama, rocha, asfalto, metais, madeira, papel, material orgânico etc.
Portanto, o segmento da construção civil é um dos mais importantes em uma nação, haja vista que ele se encontra entre os índices de avaliação de crescimento de um país. Entretanto é um segmento econômico, que gera impactos ambientais, pois consome recursos naturais, altera paisagens e, entre outros fatores, gera resíduos que, no Brasil, representam um grave problema para as cidades sob vários pontos de vista.
Nota-se que há uma dificuldade em definir o lixo ou resíduos sólidos, mas o consenso é de que o gerador tenha que se desfazer deles. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define resíduos sólidos relacionando com as atividades de origem, como “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define resíduos como “[...] algo que seu proprietário não mais deseja, em um dado momento e em determinado local, e que não tem valor de mercado”. Na pesquisa, em questão, adotou-se o conceito de resíduos sólidos como sendo recursos sólidos ou pastosos originados, seja do processo produtivo ou de restos de objetos, de produtos, de serviços que estão no lugar errado e na hora errada e que, por motivos tecnológicos ou econômicos, não estão sendo reutilizados e, quando descartados, causam impactos ambientais, e socioeconômicos.
Pela metodologia empregada é possível reproduzir os resultados da pesquisa, ao aplicar em outra realidade do Brasil e encontrar novas informações acerca do assunto escolhido ou de outros temas. As referências são em um total de 24, em sua maioria atual e recente para a época na qual o artigo foi publicado (ano de 2013), compreendem anos de 1999, 2002, 2004, 2006, 2010 e 2012, bem como apresenta algumas referências clássicas. O número de referências é expressivo, tendo em vista que é um artigo de 12 páginas. As referências consultadas são retiradas de revistas cientificas, livros e web sites do governo ou de plataformas de artigos. Os autores não fizeram citações de outros trabalhos de autoria própria. 
Quanto ao método de abordagem, a pesquisa combina elementos exploratórios e descritivos, utilizando-se de revisão bibliográfica. Foi utilizada também pesquisa documental. O estudo valeu-se ainda de investigação pontual, na qual foi possível coletar dados da realidade do segmento de construções, tendo em vista os pressupostos para o desenvolvimento sustentável, e os possíveis impactos ambientais causados pelo processo produtivo na ausência das diretrizes da gestão ambiental de resíduos sólidos.
A pesquisa foi quantitativa e o instrumento de pesquisa, um questionário de questões fechadas, executado em um tempo de 30 minutos e em duas visitações pré-agendadas, uma à matriz da empresa e a outra em um canteiro de obras, aplicou-se em uma amostra de 13 gestores da empresa, profissionais estes que são agentes determinantes nas tomadas de decisões dentro do processo produtivo e que poderão direcionar a construtora para uma gestão ambiental adequada e eficiente.
Após ser realizada a pesquisa utilizou-se gráficos para representar os dados coletados na pesquisa de campo, como para mostrar a responsabilidade compartilhada e parâmetros da pesquisa na empresa pesquisada. Foi usado figura para representar o processo da logística reversa. E também se utilizou uma tabela para visualizar os principais instrumentos legais e normativos de abrangência nacional adotados no estudo.
Esse texto é recomendado para leitura por acadêmicos de cursos das diversas engenharias, Administração de materiais, logística e planejamento de projetos estratégicos, entre outros. Além disso, é aconselhado para pessoas de setores empresariais, ligadas as áreas de controle e finanças, que procuram estudar formas de reduzir custos e reutilizar materiais e insumos.
Os autores concluem que as principais dificuldades é o setor da construção civil entender e atender às especificações da PNRS, principalmente devido à falta de parâmetros e de delimitações mais objetivas sobre as possíveis formas para gestão dos resíduos gerados no processo construtivo. Eles ainda apontam que a Silco Engenharia está seguindo as recomendações do desenvolvimento sustentável respeitando a PNRS – por aproximação, sendo possível reconhecer a aplicação dos conceitos sobre resíduos sólidos. Pode-se afirmar que resíduos sólidos são recursos que estão no lugar e na hora errada.
Os autores afirmam que os resultados mencionados no estudo impulsionam a comunidade acadêmica a aprofundar a problemática dos resíduos sólidos em âmbito distrital e nacional. Sugerem-se estudos em outrossegmentos, com outros enfoques e com detalhamentos específicos. 
Conclui-se que muitos paradigmas ainda deverão ser quebrados, e muitos processos produtivos revistos para que, por meio da gestão ambiental, promovam a continuidade do desenvolvimento sustentável do segmento da construção civil, contudo, sem com isso esgotar ainda mais os recursos naturais, seja por meio da exploração indiscriminada deles, seja porque produzem um volume de lixo tal que torna o descarte como inadequado e ameaçador para as gerações futuras.
A reflexão acerca do tema, traz questionamentos ao setor, como: Faltam profissionais adequados e capacitados para implementar e cumprir a PNRS? Há órgãos fiscalizadores desses serviços? Quais os benefícios para as empresas que cumprem essas diretrizes? Falta de conhecimento acerca dos resíduos sólidos? A mentalidade dos diretores sobre a gestão ambiental?
Percebe-se que a política nacional de resíduos sólidos apenas disse o que é necessário fazer e falta com a orientação de como deve ser feito. Isso acarreta em modos operantes diferentes e sem nenhuma uniformidade, bem como não conseguem adotar medidas efetivas que visem o desenvolvimento sustentável.

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