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CARLOS MÁRIO FREITAS DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DO CURSO DE FARMÁCIA PROTOFAR PROTOCOLO DE FARMACOTÉCNICA: MANIPULAÇÃO, CONTROLE DE QUALIDADE E DISPENSAÇÃO 2022 VITAMINA A & TRETINOÍNA CARLOS MÁRIO FREITAS DE OLIVEIRA PROTOFAR - PROTOCOLO DE FARMACOTÉCNICA: MANIPULAÇÃO, CONTROLE DE QUALIDADE E DISPENSAÇÃO DA VITAMINA A/TRETINOÍNA Protocolo de manipulação apresentado a disciplina de Farmacotécnica do curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí como requisito parcial para aprovação na disciplina. Orientadores: Prof. Dr. Andre Luis Menezes Carvalho Profª. Drª. Hercilia Maria Lins Rolim Teresina - PI, maio de 2022 SUMÁRIO 1 Objetivo ----------------------------------------------------------------------------------------- 02 2 Molécula: Aspectos Gerais, Físicos, Físico-Químicos e Químicos ---------------- 02 2.1 Estrutura química -------------------------------------------------------------------------- 02 2.2 Peso e formula molecular ---------------------------------------------------------------- 03 2.3 Ponto de fusão ------------------------------------------------------------------------------ 03 2.4 pH ----------------------------------------------------------------------------------------------- 03 2.5 Solubilidade em diferentes solventes ------------------------------------------------- 03 2.6 Pka ---------------------------------------------------------------------------------------------- 04 3 Funções Fisiológicas e Ações Farmacológicas ------------------------------------------ 04 3.1 Indicações Terapêuticas ------------------------------------------------------------------- 04 3.1.1 Deficiência dietética --------------------------------------------------------------------- 05 3.1.2 Acne e psoríase ---------------------------------------------------------------------------- 05 4 Aspectos farmacológicos I: Farmacocinética ------------------------------------------- 06 4.1 Sistema ADME ------------------------------------------------------------------------------- 06 4.1.1 Absorção e Transporte ------------------------------------------------------------------ 06 4.1.2 Distribuição e Metabolismo ----------------------------------------------------------- 06 4.1.3 Armazenamento e Excreção----------------------------------------------------------- 06 5 Aspectos farmacológicos II: Farmacodinâmica ---------------------------------------- 07 5.1 Mecanismos de ação ----------------------------------------------------------------------- 07 6 Aspectos Farmacológicos III: Toxicidade ------------------------------------------------ 09 7 Administração do Fármaco ----------------------------------------------------------------- 09 7.1 Vias de administração --------------------------------------------------------------------- 09 7.2 Dose posológica e máxima permitida por dia --------------------------------------- 09 7.3 Eventos adversos --------------------------------------------------------------------------- 09 8 Sistema de classificação biofarmacêutica (via oral) --------------------------------- 10 9 Formulações propostas (descrição quantitativa e qualitativa) ------------------- 09 9.1 Capsulas orais -------------------------------------------------------------------------------- 10 9.2 Creme tópico --------------------------------------------------------------------------------- 13 10 Manipulação e Envasamento ------------------------------------------------------------- 14 10.1 Descrição da Técnica de Manipulação ----------------------------------------------- 14 10.1.1 Preparação das cápsulas -------------------------------------------------------------- 14 10.1.1.1 Cálculos pré-formulação ------------------------------------------------------------ 14 10.1.1.2 Pesagem de ativos e excipientes ------------------------------------------------- 14 10.1.1.3 Mistura de pós ------------------------------------------------------------------------ 14 10.1.1.4 Encapsulamento ---------------------------------------------------------------------- 14 10.1.1.5 Envasamento e Rotulagem -------------------------------------------------------- 15 10.1.2 Preparação do creme tópico --------------------------------------------------------- 15 10.1.2.1 Cálculos pré-formulação ----------------------------------------------------------- 15 10.1.2.2 Pesagem do ativo -------------------------------------------------------------------- 15 10.1.2.3 Solubilização em propilenoglicol ------------------------------------------------- 15 10.1.2.4 Mistura com base Lannet ---------------------------------------------------------- 16 10.1.2.5 Envasamento e Rotulagem -------------------------------------------------------- 16 10.2 Embalagem Primária e Rotulagem ---------------------------------------------------- 16 11 Descrição dos Métodos de Controle de Qualidade da Matéria Prima e do Produto Acabado ---------------------------------------------------------------------- 18 12 Dispensação: Principais Orientações Farmacêuticas para os Pacientes que Serão Usuários ------------------------------------------------------------ 18 12.1 Para as cápsulas de Vitamina A ------------------------------------------------------- 18 12.2 Para o creme tópico de Tretinoína --------------------------------------------------- 19 12.3 Para ambas as formulações ------------------------------------------------------------ 19 11 Referências ------------------------------------------------------------------------------------ 20 2 1 Objetivo O protocolo de manipulação tem como intuito a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina em um único trabalho. A proposta de formulações para uma molécula fornece autonomia ao alunato para uso de sua criatividade e demais habilidades em um projeto teórico que vise a elaboração prática de um produto farmacêutico a partir de um rico referencial bibliográfico. 2 Molécula Escolhida: Aspectos Gerais, Físicos, Físico-Químicos e Químicos 2.1 Estrutura Química Vitamina A é um termo frequentemente usado como coletivo para várias moléculas relacionadas, biologicamente ativas. O termo retinóides inclui as formas natural e sintética da vitamina A, que podem ou não ter atividade de vitamina (Pamela et al. 2006). Retinol: O composto mais referido como vitamina A, é formado por um álcool primário que contém um anel β-ionona com uma cadeia lateral insaturada, o retinol é encontrado em tecidos animais como um éster retinil com ácidos graxos de cadeia longa. Figura 1. Estrutura molecular do Retinol. - Fonte: drugBANK online Tretinoína: também conhecido como ácido retinóico, é o ácido derivado da oxidação do retinal. O ácido retinóico não pode ser reduzido no organismo e, assim, não pode originar retinal ou retinol. 3 Figura 2. Estrutura molecular da Tretinoína. - Fonte: drugBANK online 2.2 Peso e Fórmula Molecular Retinol: contendo 20 átomos de Carbono, 30 de Hidrogênio e 1 de Oxigênio (Fórmula molecular C20H30O1) a vitamina A pesa aproximadamente 286,451 g/mol (PubChem, 2022). Tretinoína: contendo 20 átomos de Carbono, 28 de Hidrogênio e 2 de Oxigênio (Fórmula molecular C20H28O2) o ác. retinóico pesa aproximadamente 300.442 g/mol (PubChem, 2022). 2.3 Ponto de Fusão Retinol: o composto passa do estado sólido para o estado líquido a partir de 62,2 °C (PubChem, 2022). Tretinoína: a presença do grupamento carboxilico permite a formação de pontes de hidrogênio entre as moléculas de ác. retinóico, o que dificulta a sua separação, sendo preciso uma quantidade de energia maior para desfazer as ligações, tendo seu ponto defusão por volta de 180,1 °C (PubChem, 2022). 2.4 PH Retinol: estabilidade entre os valores de ph 5,0 e 7,0 (Draelus, 2005). Tretinoína: estável em ph entre 4,5 e 6,5 (Oliveira, 2019). 2.5 Solubilidade em Diferentes Solventes Retinol: pouco polar, maior lipofilicidade sendo de fácil dissolução em solventes orgânicos apolares como óleos essenciais, hexano, benzeno e clorofórmio (Alves, 2012). Tretinoína: altamente solúvel em água e outros solventes polares como metanol e etanol (Costa, 2010). 4 2.6 PKA Retinol: 16.44 (PubChem, 2022). Tretinoína: entre 6 e 8 (Costa, 2010). 3 Funções Fisiológicas e Ações Farmacológicas A vitamina A desempenha um papel essencial na função retiniana, é necessária ao crescimento e à diferenciação dos tecidos epiteliais, sendo essencial ao crescimento dos ossos, à reprodução e ao desenvolvimento embrionário. Em combinação com alguns carotenoides, melhora a função imune, reduz as consequências de algumas doenças infecciosas e pode conferir proteção contra o desenvolvimento de algumas neoplasias malignas. Por essa razão, existe interesse significativo em torno da utilização farmacológica dos retinoides na profilaxia do câncer e no tratamento de vários distúrbios pré-malignos. Em vista dos efeitos da vitamina A nos tecidos epiteliais, os retinoides e seus análogos são utilizados para tratar certas doenças cutâneas, inclusive algumas consequências do envelhecimento e da exposição prolongada ao sol. As funções da vitamina A são mediadas pelas diferentes configurações da molécula. Na visão, a vitamina funcionante é o retinal. O ácido retinoico parece ser a forma ativa nas funções associadas ao crescimento, à diferenciação e à transformação (BRUNTON et al, 2012). Na ausência de vitamina A, as células caliciformes produtoras de muco desaparecem e são substituídas pelas células basais que foram estimuladas a proliferar. Estas células basais enfraquecem e substituem o epitélio original por um epitélio ceratinizado estratificado. A supressão de secreções normais causa irritação e infecção. A reversão dessas alterações é conseguida com a administração do retinol, do ácido retinoico ou de outros retinoides (BRUNTON et al, 2012). 3.1 Indicações Terapêuticas Embora relacionados quimicamente, o ácido retinóico e o retinol apresentam aplicações terapêuticas bastante distintas. Retinol e seus precursores são utilizados como suplementos dietéticas, enquanto várias formas do ácido retinóico são usadas na dermatologia (Pamela et al. 2006). 5 3.1.1 Deficiência dietética: A vitamina A, administrada como retinol ou ésteres de retinil, é utilizada para o tratamento de pacientes deficientes nessa vitamina. A cegueira noturna é um dos primeiros sinais de deficiência em vitamina A. O limiar visual aumenta, dificultando a visão em ambientes com pouca luminosidade. A deficiência prolongada leva a uma perda irreversível no número de células visuais. A deficiência grave de vitamina A leva à xeroftalmia, o ressecamento patológico da conjuntiva e da córnea. Se não for tratada, a xeroftalmia resulta em ulceração da córnea e, por fim, em cegueira, devido à formação de tecido de cicatrização opaco (Pamela et al. 2006). 3.1.2 Acne e psoríase: Problemas dermatológicos, como acne e psoríase, são tratados efetivamente com ácido retinóico ou seus derivados. Casos menos graves de acne, doença de Darier e envelhecimento da pele são tratados com aplicação tópica de tretinoína (todo-trans-ácido retinóico), assim como com peróxido de benzoíla e com antibióticos. Em pacientes com acne cística recalcitrante grave, que não responde às terapias convencionais, a droga de escolha é a isotretinoína (13-cis-ácido retinóico), administrada oralmente. A Tretinoína é muito tóxica para administração sistêmica e seu uso restringe-se à aplicação tópica (Pamela et al. 2006). Figura 3. Resumo das ações dos retinóides. Os compostos estão disponíveis como componentes dietéticas ou como agentes farmacológicos. Fonte: Pamela 2006. 6 4 Aspectos Farmacológicos I: Farmacocinética 4.1 Sistema ADME 4.1.1 Absorção e Transporte Sua absorção ocorre principalmente no intestino delgado, os ésteres de retinol absorvidos são hidrolisados na mucosa intestinal, liberando retinol e ácidos graxas livres. O retinol derivado dos ésteres e de clivagem e redução de carotenos é novamente esterificado a ácidos graxos na mucosa do intestino e secretado como componente dos quilomícrons no sistema linfático que serão captados pelo fígado e nele armazenados (Mourão, 2005). 4.1.2 Distribuição e Metabolismo Os níveis máximos de soro são atingidos 4h após a ingestão de uma dose terapêutica. A vitamina A é distribuída para a circulação geral através dos dutos linfáticos e torácicos (Mourão, 2005). Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo que dois tipos de células hepáticas estão envolvidos nesse processo, as células do parênquima hepático e as células de Ito. Grande parte do retinol ingerido é absorvido por via linfática e transportado pelos quilomícrons como ésteres de retinil para as células do parênquima hepático. Nessas células, os ésteres de retinil são hidrolisados, formando novamente o retinol que se liga a uma proteína ligadora de retinol e é transferido para as células de Ito (Mourão, 2005). 4.1.3 Armazenamento e Excreção Noventa por cento da vitamina A é armazenada no fígado, da qual é mobilizada como o álcool livre na forma de retinol. Noventa e cinco por cento são transportados ligados a proteínas plasmáticas, a principal é a proteína de ligação de retinol (LEWIS, 1947). A vitamina A é excretada através das fezes e urina. Betacaroteno é convertido em retinol na parede do intestino delgado e pode ser convertido em ácido retinóico e excretado na bile e nas fezes. A eliminação da meia-vida do retinol pode variar de 2 a 9 h, no entanto, a meia-vida da maioria dos derivados da vitamina A é de cerca de 12 dias (LEWIS, 1947). 7 5 Aspectos Farmacológicos II: Farmacodinâmica 5.1 Mecanismo de ação A ação do ácido retinóico se dá a partir da ligação de alta afinidade com as proteínas receptoras específicas presentes no núcleo de células-alvo, como as células epiteliais. O complexo ativado receptor-ácido retinóico interage com a cromatina nuclear que vai estimular a síntese de RNA retinóide-específico, produzindo proteínas específicas que podem mediar várias funções fisiológicas. Como por exemplo, os retinóides controlam a expressão do gene da queratina na maior parte dos tecidos epiteliais do corpo. As proteínas receptoras específicas do ácido retinóico são parte da superfamília dos reguladores transcricionais que incluem os hormônios esteróides e da tireóide, e o 1 ,25-diidroxicolecalciferol, os quais funcionam de maneira similar (Pamela, 2006). Em fibroblastos isolados ou no tecido epitelial, os retinoides podem tanto aumentar a síntese de algumas proteínas (como a fibronectina) quanto reduzir a síntese de outras (como a colagenase e alguns tipos de ceratina), e evidências moleculares sugerem que estas ações possam ser totalmente explicadas pelas alterações da transcrição nuclear. O ácido retinóico parece ser significativamente mais potente do que o retinol como mediador desses efeitos, pois ele afeta diretamente a expressão dos genes quando combinado com seus receptores nucleares (BRUNTON et al, 2012). Figura 4. Ações dos retinóides (PLR = proteína ligadora de retinol). 8 Existem vários receptores retinoides descritos, agrupados em duas famílias. A primeira família — receptores do ácido retinóico (RAR) designados pelas letras α, β e γ — é derivada de genes localizados nos cromossomos humanos 17, 3 e 12, respectivamente. A segunda família de receptores retinoides X (RXR) — também é formada pelas isoformas α, β e γ (BRUNTONet al, 2012). Os receptores dos retinoides apresentam ampla homologia de sequências entre si, tanto em seus domínios de ligação hormonal quanto no DNA, e pertencem a uma superfamília de receptores que inclui os receptores dos hormônios esteroides e tireóideos, bem como do calcitriol. As respostas celulares aos hormônios tireóideos, ao calcitriol e ao ácido retinóico são acentuadas pela presença do RXR. A ativação dos genes depende da ligação do complexo hormônio-receptor aos elementos promotores dos genes alvos, seguida da dimerização com um complexo RXR-ligando. O ligante endógeno do RXR é o ácido 9-cis-retinoico. O receptor do retinol não foi identificado; o retinol pode depender da oxidação em ácido retinóico para produzir seus efeitos nas células alvo. Os retinoides podem afetar a expressão dos receptores de alguns hormônios e fatores do crescimento, podendo, deste modo, influenciar o crescimento, a diferenciação e a função das células alvo por ações diretas e indiretas (David L. et al, 2018). Figura 5. Atuação do dímero RXR-RHX sobre a expressão de genes. 9 6 Aspectos Farmacológicos III: Toxicidade Ingestão excessiva de vitamina A produz uma síndrome tóxica denominada Hipervitaminose A. Quantidades que excedam 7,5 mg/dia de retinol devem ser evitadas. Os sinais iniciais de Hipervitaminose A crônica refletem-se na pele, que torna- se seca e prurítica, no fígado, que apresenta aumento e pode tornar-se cirrótico, e no sistema nervoso, onde um aumento da pressão intracraniana pode mimetizar sintomas de tumor encefálico. Gestantes, especialmente, não devem ingerir quantidades excessivas de vitamina A, em função da potencial possibilidade de malformações congênitas no feto em desenvolvimento (Pamela et al. 2006). 7 Administração do Fármaco 7.1 Vias de Administração O uso de retinoides sistêmicos para tratar acne e distúrbios de ceratinização foi limitado pelos efeitos colaterais tóxicos dos retinoides de primeira geração. Isto foi amplamente resolvido mediante modificações que produziram novas gerações de compostos com margens de segurança muito maiores. (BRUNTON et al, 2012). Sendo assim, fica-se restrito o uso tópico para a tretinoína, mas liberado o uso sistêmico de retinol e demais compostos da vitamina A. 7.2 Dose Posológica e Máxima Permitida Por Dia Para a vitamina A, em adultos com sintomas de carência recomenda-se 30.000 a 50.000 UI por dia. Para o tratamento da avitaminose A leve é indicado 100.000 a 200.000 UI por dia, e casos graves ou rebeldes (incluindo de acne vulgar): 300.000 UI por dia, sendo esse o limite diário para adultos (Ferreira, 2000). Para a Tretinoína tópica, a sua concentração deve ser ajustada de acordo com a necessidade e tolerância do paciente. As concentrações normalmente variam de 0,025 a 1% para comprar nas farmácias, já os dermatologistas podem prescrever concentrações mais altas de 5 a 10% (Ferreira, 2000). 7.3 Eventos Adversos Consumo em altas doses de vitamina A pode causar sonolência, irritabilidade, dor de cabeça, náusea e vômitos, às vezes seguidos por descamação da pele, além disso, foram descritos casos de mulheres que ingeriram quantidades excessivas de vitamina A durante a gravidez, cujos filhos manifestaram atraso no crescimento e fechamento prematuro das epífises. Ainda que, na gravidez, as necessidades de 10 vitamina A estejam aumentadas, não são recomendadas doses diárias superiores a 6.000UI (Assis, 2002). O Ácido retinóico pode apresentar algumas desvantagens e efeitos não desejados, e alguns dos mais comuns incluem vermelhidão no local da aplicação, esfoliação da pele, ressecamento da pele, sensação de ardência e surgimento de pequenos edemas ou manchas na pele no local da aplicação (Silva, 2014). Os efeitos colaterais podem surgir conforme se usa concentrações mais altas do fármaco (Silva, 2014). 8 Sistema de Classificação Biofarmacêutica (Via Oral) O retinol possui classificação biofarmcêutica classe II, tendo baixa solubilidade, e alta permeabilidade. 9 Formulações Propostas (Descrição Quantitativa e Qualitativa) Pretende-se formular cápsulas gelatinosas duras de Vitamina A de uso oral e considerando que o uso da Tretinoína se limita a via tópica, será proposta um creme de Tretinoína de uso tópico. 9.1 Capsulas Orais Formulação proposta: 1 frasco contendo 30 capsulas de Vitamina A a 25.000 UI 25.000 UI de Vitamina A ------------------------------------------ 1x ao dia por 30 dias Excipiente IP4* ------------------------------------------------------ q.s.p. 1 Capsula - Lauril sulfato de sódio ------------------------------------------- 1% - Aerosil --------------------------------------------------------------- 1% - Amido glicolato sódio ------------------------------------------- 4% - Amido de milho --------------------------------------------------- 50% - Celulose microcristalina ---------------------------------------- q.s.p. 1 Capsula Sendo: Vitamina A o princípio ativo; o Lauril sulfato de sódio agente molhante para facilitar o contato com os fluidos GI; o Aerosil agente dessecante; o Amido glicolato de sódio e o Amido de milho agentes desagregantes; e a Celulose microcristalina agente aglutinante. 11 Conversão de UI para miligramas: 1UI ------------- 0,3mcg x= 7,5mg de Vitamina A por cápsula 25.000 --------- x Para capsulas contendo 7,5mg de ativo, escolhe-se usar a capsula de menor capacidade, porém, a manipulação em capsula de número 5 poderia trazer dificuldades devido a sua pequena capacidade já que a preparação utilizará encapsuladora manual, então será escolhida a capsula de número 4. Segundo a literatura, a cápsula de número 4 possui capacidade para 0,21ml, para que se ocupe esse volume de forma precisa, o espaço que será ocupado por todos os constituintes da formulação deverá ser calculado de acordo com a densidade de cada substância (Allen, 2013). Calculo de densidade: Vitamina A: possui densidade de 1g/ml, então: 1g ---------------------- 1ml x = 0,0075ml são ocupados por 0,0075g de Vit. A. 0,0075g -------------- x subtraindo do volume total da capsula, temos: 0,21ml – 0,0075ml = 0,2025ml deverão ser preenchidos com excipientes. Excipiente IP4: 1% de Lauril sulfato de sódio representa 0,0021ml do volume total da cápsula, sabendo que sua densidade é de 1,01g/ml, faz-se o cálculo: 1,01g ------------------ 1ml x = 0,0021g serão usados em uma cápsula. x ---------------------- 0,0021ml 12 1% de Aerosil representa 0,0021ml do volume total da cápsula, sabendo que sua densidade é de 0,05g/ml, faz-se o cálculo: 0,05g ------------------ 1ml x = 0,0001g de serão usados em uma cápsula. x ---------------------- 0,0021ml 4% de Amido glicolato sódio representa 0,0084ml do volume total da cápsula, sabendo que sua densidade é de 0,756g/ml, faz-se o cálculo: 0,756g ----------------- 1ml x = 0,0063g de serão usados em uma cápsula. x ---------------------- 0,0084ml 50% de Amido de milho representa 0,105ml do volume total da cápsula, sabendo que sua densidade é de 1,5g/ml, faz-se o cálculo: 1,5g -------------------- 1ml x = 0,1575g de serão usados em uma cápsula. x ---------------------- 0,105ml Para saber a quantidade de Celulose microcristalina que será usada para preencher o restante do volume da capsula, subtrai-se o volume ocupado pelo ativo e demais excipientes da capacidade total: 0,21ml - 0,0075ml - 0,0021ml - 0,0021ml - 0,0084ml - 0,105ml = 0,0849ml A Celulose microcristalina precisa ocupar 0,0849ml da capsula, sabendo que sua densidade é de 0,32g/ml, faz-se o cálculo: 0,32g ------------------- 1ml x = 0,0271g de serão usados em uma cápsula. x ---------------------- 0,0849mlJá sabendo da quantidade tanto de ativo quanto de excipientes que irão em cada capsula, pode-se calcular a quantidade de cada um que será pesado para preparar 30 capsulas: 0,0075g x 30 = 0,225g de Vitamina A 0,0021g x 30 = 0,063g de Lauril sulfato de sódio 0,0001g x 30 = 0,003g de Aerosil 0,0063g x 30 = 0,189g de Amido glicolato sódio 0,1575g x 30 = 4,725g de Amido de milho 0,0271g x 30 = 0,813g de Celulose microcristalina 13 9.2 Creme Tópico Formulação proposta: 1 bisnaga contendo 80g de creme com Tretinoína a 1% Tretinoína 1% --------------------------------------------------------- 1x a noite Proprilenoglicol ------------------------------------------------------- q.s.p. solubilizar Base de creme aniônico Lannet® -------------------------------- q.s.p 80g (álcool cetoestearílico e cetilestearil sulfato de sódio) O Lanette® apresenta boa espalhabilidade e estabilidade para formulações antiacneicas. São as emulsões mais adequadas para veículo de uso tópico no tratamento da acne pois são do tipo O/A, pois este tipo de emulsão proporciona uma sensação menos oleosa, refrescante e possui uma absorção rápida. Os emulsionantes aniônicos se dissociam em solução aquosa formando íons carregados negativamente. São emulsionantes muito utilizados, pois possuem geralmente baixo custo e está destinada a ser utilizada como veículo/excipiente de preparações farmacêuticas. É emulsionante aniônica, ou seja, se dissociam em solução aquosa formando íons carregados negativamente. Por possuir capacidade detergente, são utilizadas como emulsões de limpeza, demaquilantes e para formulações de alta permeação cutânea. Para preparar 80g de creme de Tretinoína a 1% serão necessários: 80g ----------- 100% x = 0,8g de Tretinoína deverão ser pesados X --------------- 1% O propilenoglicol será utilizado uma quantidade suficiente para solubilizar 0,8g de ácido retinóico. Para a base Lannet, é necessário diminuir o peso dos ativos para completar com base: 80g – 0,8g = 79,2g de base Lannet deverão ser pesadas. 14 10 Manipulação e Envasamento 10.1 Descrição da Técnica de Manipulação 10.1.1 Preparação das cápsulas 10.1.1.1 Cálculos pré-formulação: é a primeira etapa da manipulação e onde se define: - Qual capsula será usada de acordo com a quantidade de princípio ativo; - A escolha e definição da quantidade de excipiente que será necessária para preencher o volume da cápsula e conferir propriedades físicas-químicas que melhorem a manipulação dos pós. - O valor total tanto de princípio ativo quanto de excipientes que serão pesados se acordo com a quantidade de cápsulas que foi prescrita. Esses cálculos podem ser feitos manualmente ou diretamente em um sistema próprio da farmácia de manipulação assim que a receita for cadastrada. Em caso da utilização de sistemas, sempre é recomendável a conferência dos valores para em busca de evitar erros esporádicos. 10.1.1.2 Pesagem de ativos e excipientes: é feita a pesagem da quantidade total de cada componente da formulação definido na etapa anterior. A pesagem ocorre em uma balança de precisão, onde cada substancia é pesada em um papel manteiga sob vidro de relógio, e em seguida passada para gral. 10.1.1.3 Mistura de pós: nessa etapa todas as substâncias serão misturadas no gral com o auxilio do pistilo realizando movimentos circulares de forma que passe em todas as paredes e fundo do gral. O uso de gral e pistilo também evita a presença de grânulos e aglutinados de pós na mistura, pois serão desfeitos pelo atrito gerado no contato entre o gral e o cadinho. 10.1.1.4 Encapsulamento: após homogeneização, a mistura é levada para uma bancada previamente higienizada com álcool 70% onde será montada uma encapsuladora, podendo ser do tipo manual, semiautomática e automática. As encapsuladoras manuais são compostas por um base que sustentará as capsulas, uma bandeja para espalhar o pó com aberturas equivalentes ao diâmetro da cápsula utilizada, réguas de altura de acordo com a altura da capsula escolhida, espátula para espalhar o pó até que esse entre nas aberturas da bandeja, divisor de campos para evitar que o pó caia em aberturas vazias quando se está preparando uma formulação 15 que não utilize a capacidade máxima da encapsuladora, e um socador com 10 pinos para comprimir o pó dentro das cápsulas até que não reste pó sobrando na bandeja. O encapsulamento se dá pela montagem da encapsuladora escolhendo a bandeja, as réguas, o divisor de campos e se necessário, o socador, da capsula numero 4. Em seguida são postas 30 capsulas nas aberturas da bandeja com a sua base (parte branca) voltada para baixo. Em seguida as capsulas são abertas na retirada de suas tampas (parte colorida), as réguas posicionadas a modo que a borda das capsulas abertas se alinhem a altura da bandeja. Com as capsulas abertas e posicionadas, é posta a mistura de pós sobre a bandeja e com o auxílio de uma espátula é espalhada de modo que todo o pó entre nas capsulas de forma uniforme, e caso sobre pó na bandeja, é necessária a utilização do socador para compacta-lo de forma que não reste pós sobre a bandeja. Enchidas, as réguas são postas de lado e a bandeja é baixa para que as tampas sejam recolocadas e em seguidas travadas. Em seguida, as cápsulas finalizadas são retiradas da bandeja e limpas com papel absorvente para remover resquícios de pó do exterior da cápsula 10.1.1.5 Envasamento e Rotulagem: as cápsulas então são colocadas em frasco de plástico de volume equivalente a capacidade de 30 cápsulas número 4, juntamente á elas é posto um sachê de sílica gel para evitar degradação por umidade, o frasco então é lacrado com tampa própria. O frasco então é rotulado e posto em embalagem secundária para aguardar retirada pelo cliente. 10.1.2 Preparação do creme tópico 10.1.2.1 Cálculos pré-formulação: é verificado a quantidade tanto de Tretinoína quanto de base Lannet que será utilizada, onde primeiro de calcula quanto 1% corresponde de tretínoina numa formulação de 80g, sendo encontrado o valor de 0,8g. Então, retira-se esse valor da quantidade de formulação total para se achar quanto de base será pesada, sendo verificado a quantidade de 79,2g. 10.1.2.2 Pesagem do ativo: nessa etapa, a Tretinoína será pesada sob papel manteiga em um vidro de relógio numa balança de precisão até a marca de 0,8g. Então, o pó é repassado para um gral. 10.1.2.3 Solubilização em propilenoglicol: com a Tretinoína no gral, será adicionado pequena quantidade de propilenoglicol para solubilizar as 0,8g do ativo com o auxílio 16 do pistilo fazendo movimentos circulares, pois não se deve fazer a mistura de pós diretamente com bases de creme para evitar a formação de grumes e precipitados. 10.1.2.4 Mistura com base Lannet: solubilizado, será adicionado a base de creme na formulação e então misturada com o auxilio do pistilo até que se torne uma mistura homogênia. Caso seja visível a presença de grumes ou precipitados, a mistura deve passar pela etapa de tamisação, caso se apresente como uma mistura uniforme, segue para envasamento. 10.1.2.5 Envasamento e Rotulagem: por fim, com o auxílio de umas espátula, a mistura então é repassada para uma bisnaga de plástico com capacidade para 80g de modo que o creme não fique em grandes quantidades na borda da abertuda da bisnaga. Após a passagem de toda a quantidade de creme, a abertura da bisnaga é limpa com papel toalha e a tampa do recipiente é colocada, juntamente com um rótulo pré-formulado contendo as informações necessárias dessa formulação. Um adesivo a mais será adicionado a embalagem contendo o alerta de proibição do uso dessa formulação por gestantes devido ao risco de causar deformidades no desenvolvimento do feto. 10.2 Embalagem Primária e Rotulagem Os rótulos de ambos os produtos seguem um padrãode informações que estarão presentes, como: -Identificação da farmácia com CNPJ, endereço completo, telefone, nome do farmacêutico responsável com o respectivo CRF; - Nome do paciente; - Nome do prescritor e respectivo número do registro profissional; - Número de registro do livro de Registro Geral; - Identificação dos componentes com as respectivas quantidades; - Tipo de uso (tópico ou externo, interno, ginecológico, odontológico, nasal, retal, sublingual); - Quantidade, peso ou volume contido na embalagem; - Posologia; - Prazo de validade; - Informações orientativas, quando necessárias (Brasil, 2007). 17 Figura 6. Proposta embalagens primárias para as formulações oral e tópica. Figura 7. Proposta de Rótulo para frasco de cápsulas de Vitamina A. Figura 6. Proposta de Rótulo para bisnaga com creme de Tretinoína. 18 11 Descrição dos Métodos de Controle de Qualidade da Matéria – Prima e do Produto Acabado A maioria são simples, a qualidade pode avaliar a: turbidez, precipitação, cristalização, mudança de coloração, alteração de odor, formação de gases ou vapores, alteração de viscosidade e separação de fases (Dutra, 2012) Podem ser feitos testes de: Descrição, aspecto, caracteres organolépticos e peso médio. Devem ser calculados o desvio padrão e o coeficiente de variação em relação ao peso médio (Ferreira, 2000). Teste de determinação de peso: verifica se as capsulas de um mesmo lote apresentam uniformidade de peso (Ferreira, 2000). Desvio padrão: quando resultam em pouca variação entre as capsulas, sugere homogeneidade, doseamento, uniformidade em doses unitárias (Ferreira, 2000). Controle da homogeneidade da mistura: pode ser realizado através de uma inspeção visual para misturas de produtos com cores diferentes entre si, ou pela adição de corante à mistura brancas, bem como pela coleta de um número de amostras em diferentes partes da mistura, quantificando a substância ativa (Dutra, 2012) Peso médio: constitui uma ferramenta essencial para o controle de qualidade na produção de capsulas, podendo indicar a ineficiência da técnica de manipulação empregada. A Farmacopéia estabelece que podem ser toleradas duas unidades fora dos limites, desde que as mesmas não estejam acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas. Pode ser realizado determinando o peso do conteúdo de cada cápsula pela diferença de peso entre a cápsula cheia e a vazia. A partir dos valores obtidos, determina-se o peso médio do conteúdo e os limites de variação superior e inferior permitidos, considerando-se um desvio de ± 10 % em relação ao peso médio (Dutra, 2012). Teste de acidez: aferição do pH do creme tópico de Tretinoína com fitas reagentes para constatar sua segurança de uso dentro da faixa de 4,5 – 6,5 (Ferreira, 2000). 12 Dispensação: Principais Orientações Farmacêuticas para os Pacientes que Serão Usuários – Linguagem Adequada e Estratégias 12.1 Para as cápsulas de Vitamina A: - Tomar a cápsula com copo cheio de água. 19 - Caso esquecimento da administração de uma dose no dia, não o uso de uma sobre dose na administração seguinte. 12.2 Para o creme tópico de Tretinoína: - Se estiver grávida ou amamentando, consulte um médico antes de usar este produto. - Mantenha fora do alcance de crianças. guarde em local frio e seco. - O uso do medicamento durante o período de amamentação também não é recomendado. - Este medicamento não deve ser utilizado por menores de 18 anos sem orientação médica. 12.3 Para ambas as formulações: - Não misturar esse medicamento com outro tipo de estimulante drogas ou bebida alcoólica. - Nunca compre medicamento sem orientação de um profissional habilitado. - É recomendável uma dieta e exercícios físicos para auxiliar na manutenção do tratamento. - Pessoas com hipersensibilidade à substância não devem ingerir o produto. - Em caso de hipersensibilidade ao produto recomenda-se descontinuar o uso e consultar o médico. - Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. - Manter em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz do calor e da umidade. Nestas condições o medicamento se manterá próprio para o consumo respeitando o prazo de validade indicado na embalagem. - Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. - Embora não existam contra-indicações relativas a faixas etárias recomendamos a utilização do produto para pacientes de idade adulta. - Siga corretamente o modo de usar. Não desaparecendo os sintomas procure orientação médica. 20 REFERÊNCIAS ALLEN JR, Loyd V.; POPOVICH, Nicholas G.; ANSEL, Howard C. Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos-9. Artmed Editora, 2013. ALVES, Marta Isabel Neves. Formulações Nanoestruturadas de Retinol. 2012. Tese de Doutorado. [sn]. ASSIS, Ana Marlúcia O.; BARRETO, Mauricio Lima. Suplementação com vitamina A: impacto na morbidade e efeitos adversos. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 5, n. 1, p. 84-92, 2002. BRASIL. Resolução RDC 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe so‑bre as Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos para Uso Humano em Farmácias e seus anexos, ANVISA, Diário Oficial da União de 09/10/2007, páginas 29 a 58. BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A; KNOLLMANN, B. C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman.12. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. COSTA, Edlaine Rijo. Desenvolvimento E Validação De Método De Cromatografia Líquida De Alta Eficiência Acoplada À Espectrometria De Massas Em Seqüência Para Quantificação Simultânea De Retinol E Ácido Retinóico Em Pacientes Com Doença Hepática Crônica. 2010. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas)—Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. DA SILVA, Ana Margarida Ferreira; DA COSTA, Francisco Pinto; MOREIRA, Margarida. Acne vulgar: diagnóstico e manejo pelo médico de família e comunidade. Revista Brasileira de medicina de família e comunidade, v. 9, n. 30, p. 54-63, 2014. DAVID L. Nelson e Michael M. Cox, Princípios de Bioquímica de Lehninger; 7ª Edição, 2018. Editora Artmed, Porto Alegre, RS DRAELUS, Z.D. Cosmecêuticos. Rio de Janeiro; Elsevier. 2005 DUTRA, V. C. Dossiê técnico: Manipulação de cápsulas. Serviços Brasileiros de Resposta Técnicas, 2012. EVANS TR, Kaye SB. Retinoids: Present role and future potential. Br J Cancer, 1999, 80:18. 21 FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da farmácia magistral. In: Guia prático da Farmácia Magistral. 2° Edição - Juiz de Fora. 2000. INFINITY PHARMA. Guia de Formulações. 2022 LEWIS, J. M. et al. Comparative absorption, excretion, and storage of oily and aqueous preparations of vitamin A. The Journal of Pediatrics, v. 31, n. 5, p. 496-508, 1947. MOURÃO, Denise Machado et al. Biodisponibilidade de vitaminas lipossolúveis. Revista de Nutrição, v. 18, p. 529-539, 2005. NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed Editora, 2018. OLIVEIRA, Bruna Abadia; Pereira, Tatiana Aparecida. 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