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PROTOFAR: Protocolo de Farmacotécnica: Manipulação, Controle de Qualidade e Dispensação da Vitamina A / Tretinoína

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CARLOS MÁRIO FREITAS DE OLIVEIRA 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DO CURSO DE FARMÁCIA 
 
PROTOFAR 
PROTOCOLO DE FARMACOTÉCNICA: 
MANIPULAÇÃO, CONTROLE DE 
QUALIDADE E DISPENSAÇÃO 
2022 
 
 
 
VITAMINA A & 
TRETINOÍNA 
 
 
 
 
CARLOS MÁRIO FREITAS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOFAR - PROTOCOLO DE FARMACOTÉCNICA: MANIPULAÇÃO, CONTROLE DE 
QUALIDADE E DISPENSAÇÃO DA VITAMINA A/TRETINOÍNA 
 
 
 
Protocolo de manipulação apresentado a 
disciplina de Farmacotécnica do curso de 
Farmácia da Universidade Federal do Piauí 
como requisito parcial para aprovação na 
disciplina. 
 
Orientadores: 
Prof. Dr. Andre Luis Menezes Carvalho 
Profª. Drª. Hercilia Maria Lins Rolim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresina - PI, maio de 2022 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 Objetivo ----------------------------------------------------------------------------------------- 02 
2 Molécula: Aspectos Gerais, Físicos, Físico-Químicos e Químicos ---------------- 02 
2.1 Estrutura química -------------------------------------------------------------------------- 02 
2.2 Peso e formula molecular ---------------------------------------------------------------- 03 
2.3 Ponto de fusão ------------------------------------------------------------------------------ 03 
2.4 pH ----------------------------------------------------------------------------------------------- 03 
2.5 Solubilidade em diferentes solventes ------------------------------------------------- 03 
2.6 Pka ---------------------------------------------------------------------------------------------- 04 
3 Funções Fisiológicas e Ações Farmacológicas ------------------------------------------ 04 
3.1 Indicações Terapêuticas ------------------------------------------------------------------- 04 
3.1.1 Deficiência dietética --------------------------------------------------------------------- 05 
3.1.2 Acne e psoríase ---------------------------------------------------------------------------- 05 
4 Aspectos farmacológicos I: Farmacocinética ------------------------------------------- 06 
4.1 Sistema ADME ------------------------------------------------------------------------------- 06 
4.1.1 Absorção e Transporte ------------------------------------------------------------------ 06 
4.1.2 Distribuição e Metabolismo ----------------------------------------------------------- 06 
4.1.3 Armazenamento e Excreção----------------------------------------------------------- 06 
5 Aspectos farmacológicos II: Farmacodinâmica ---------------------------------------- 07 
5.1 Mecanismos de ação ----------------------------------------------------------------------- 07 
6 Aspectos Farmacológicos III: Toxicidade ------------------------------------------------ 09 
7 Administração do Fármaco ----------------------------------------------------------------- 09 
7.1 Vias de administração --------------------------------------------------------------------- 09 
7.2 Dose posológica e máxima permitida por dia --------------------------------------- 09 
7.3 Eventos adversos --------------------------------------------------------------------------- 09 
8 Sistema de classificação biofarmacêutica (via oral) --------------------------------- 10
 
 
 
9 Formulações propostas (descrição quantitativa e qualitativa) ------------------- 09 
9.1 Capsulas orais -------------------------------------------------------------------------------- 10 
9.2 Creme tópico --------------------------------------------------------------------------------- 13 
10 Manipulação e Envasamento ------------------------------------------------------------- 14 
10.1 Descrição da Técnica de Manipulação ----------------------------------------------- 14 
10.1.1 Preparação das cápsulas -------------------------------------------------------------- 14 
10.1.1.1 Cálculos pré-formulação ------------------------------------------------------------ 14 
10.1.1.2 Pesagem de ativos e excipientes ------------------------------------------------- 14 
10.1.1.3 Mistura de pós ------------------------------------------------------------------------ 14 
10.1.1.4 Encapsulamento ---------------------------------------------------------------------- 14 
10.1.1.5 Envasamento e Rotulagem -------------------------------------------------------- 15 
10.1.2 Preparação do creme tópico --------------------------------------------------------- 15 
10.1.2.1 Cálculos pré-formulação ----------------------------------------------------------- 15 
10.1.2.2 Pesagem do ativo -------------------------------------------------------------------- 15 
10.1.2.3 Solubilização em propilenoglicol ------------------------------------------------- 15 
10.1.2.4 Mistura com base Lannet ---------------------------------------------------------- 16 
10.1.2.5 Envasamento e Rotulagem -------------------------------------------------------- 16 
10.2 Embalagem Primária e Rotulagem ---------------------------------------------------- 16 
11 Descrição dos Métodos de Controle de Qualidade da Matéria Prima 
 e do Produto Acabado ---------------------------------------------------------------------- 18 
12 Dispensação: Principais Orientações Farmacêuticas para os 
 Pacientes que Serão Usuários ------------------------------------------------------------ 18 
12.1 Para as cápsulas de Vitamina A ------------------------------------------------------- 18 
12.2 Para o creme tópico de Tretinoína --------------------------------------------------- 19 
12.3 Para ambas as formulações ------------------------------------------------------------ 19 
11 Referências ------------------------------------------------------------------------------------ 20 
 
 
2 
 
1 Objetivo 
 O protocolo de manipulação tem como intuito a aplicação dos conhecimentos 
adquiridos ao longo da disciplina em um único trabalho. A proposta de formulações 
para uma molécula fornece autonomia ao alunato para uso de sua criatividade e 
demais habilidades em um projeto teórico que vise a elaboração prática de um 
produto farmacêutico a partir de um rico referencial bibliográfico. 
 
2 Molécula Escolhida: Aspectos Gerais, Físicos, Físico-Químicos e Químicos 
2.1 Estrutura Química 
Vitamina A é um termo frequentemente usado como coletivo para várias moléculas 
relacionadas, biologicamente ativas. O termo retinóides inclui as formas natural e 
sintética da vitamina A, que podem ou não ter atividade de vitamina (Pamela et al. 
2006). 
Retinol: O composto mais referido como vitamina A, é formado por um álcool primário 
que contém um anel β-ionona com uma cadeia lateral insaturada, o retinol é 
encontrado em tecidos animais como um éster retinil com ácidos graxos de cadeia 
longa. 
 
 
Figura 1. Estrutura molecular do Retinol. - Fonte: drugBANK online 
Tretinoína: também conhecido como ácido retinóico, é o ácido derivado da oxidação 
do retinal. O ácido retinóico não pode ser reduzido no organismo e, assim, não pode 
originar retinal ou retinol. 
 
 
 
 
3 
 
 
Figura 2. Estrutura molecular da Tretinoína. - Fonte: drugBANK online 
2.2 Peso e Fórmula Molecular 
Retinol: contendo 20 átomos de Carbono, 30 de Hidrogênio e 1 de Oxigênio (Fórmula 
molecular C20H30O1) a vitamina A pesa aproximadamente 286,451 g/mol (PubChem, 
2022). 
Tretinoína: contendo 20 átomos de Carbono, 28 de Hidrogênio e 2 de Oxigênio 
(Fórmula molecular C20H28O2) o ác. retinóico pesa aproximadamente 300.442 g/mol 
(PubChem, 2022). 
2.3 Ponto de Fusão 
Retinol: o composto passa do estado sólido para o estado líquido a partir de 62,2 °C 
(PubChem, 2022). 
Tretinoína: a presença do grupamento carboxilico permite a formação de pontes de 
hidrogênio entre as moléculas de ác. retinóico, o que dificulta a sua separação, sendo 
preciso uma quantidade de energia maior para desfazer as ligações, tendo seu ponto 
defusão por volta de 180,1 °C (PubChem, 2022). 
2.4 PH 
Retinol: estabilidade entre os valores de ph 5,0 e 7,0 (Draelus, 2005). 
Tretinoína: estável em ph entre 4,5 e 6,5 (Oliveira, 2019). 
2.5 Solubilidade em Diferentes Solventes 
Retinol: pouco polar, maior lipofilicidade sendo de fácil dissolução em solventes 
orgânicos apolares como óleos essenciais, hexano, benzeno e clorofórmio (Alves, 
2012). 
Tretinoína: altamente solúvel em água e outros solventes polares como metanol e 
etanol (Costa, 2010). 
 
 
4 
 
2.6 PKA 
Retinol: 16.44 (PubChem, 2022). 
Tretinoína: entre 6 e 8 (Costa, 2010). 
 
3 Funções Fisiológicas e Ações Farmacológicas 
A vitamina A desempenha um papel essencial na função retiniana, é necessária 
ao crescimento e à diferenciação dos tecidos epiteliais, sendo essencial ao crescimento 
dos ossos, à reprodução e ao desenvolvimento embrionário. Em combinação com 
alguns carotenoides, melhora a função imune, reduz as consequências de algumas 
doenças infecciosas e pode conferir proteção contra o desenvolvimento de algumas 
neoplasias malignas. Por essa razão, existe interesse significativo em torno da 
utilização farmacológica dos retinoides na profilaxia do câncer e no tratamento de 
vários distúrbios pré-malignos. Em vista dos efeitos da vitamina A nos tecidos epiteliais, 
os retinoides e seus análogos são utilizados para tratar certas doenças cutâneas, 
inclusive algumas consequências do envelhecimento e da exposição prolongada ao sol. 
As funções da vitamina A são mediadas pelas diferentes configurações da molécula. Na 
visão, a vitamina funcionante é o retinal. O ácido retinoico parece ser a forma ativa nas 
funções associadas ao crescimento, à diferenciação e à transformação (BRUNTON et 
al, 2012). 
Na ausência de vitamina A, as células caliciformes produtoras de muco 
desaparecem e são substituídas pelas células basais que foram estimuladas a 
proliferar. Estas células basais enfraquecem e substituem o epitélio original por um 
epitélio ceratinizado estratificado. A supressão de secreções normais causa irritação e 
infecção. A reversão dessas alterações é conseguida com a administração do retinol, 
do ácido retinoico ou de outros retinoides (BRUNTON et al, 2012). 
 
3.1 Indicações Terapêuticas 
Embora relacionados quimicamente, o ácido retinóico e o retinol apresentam 
aplicações terapêuticas bastante distintas. Retinol e seus precursores são utilizados 
como suplementos dietéticas, enquanto várias formas do ácido retinóico são usadas 
na dermatologia (Pamela et al. 2006). 
 
 
 
5 
 
3.1.1 Deficiência dietética: A vitamina A, administrada como retinol ou ésteres de 
retinil, é utilizada para o tratamento de pacientes deficientes nessa vitamina. A 
cegueira noturna é um dos primeiros sinais de deficiência em vitamina A. O limiar visual 
aumenta, dificultando a visão em ambientes com pouca luminosidade. A deficiência 
prolongada leva a uma perda irreversível no número de células visuais. A deficiência 
grave de vitamina A leva à xeroftalmia, o ressecamento patológico da conjuntiva e da 
córnea. Se não for tratada, a xeroftalmia resulta em ulceração da córnea e, por fim, em 
cegueira, devido à formação de tecido de cicatrização opaco (Pamela et al. 2006). 
 
3.1.2 Acne e psoríase: Problemas dermatológicos, como acne e psoríase, são tratados 
efetivamente com ácido retinóico ou seus derivados. Casos menos graves de acne, 
doença de Darier e envelhecimento da pele são tratados com aplicação tópica de 
tretinoína (todo-trans-ácido retinóico), assim como com peróxido de benzoíla e com 
antibióticos. Em pacientes com acne cística recalcitrante grave, que não responde às 
terapias convencionais, a droga de escolha é a isotretinoína (13-cis-ácido retinóico), 
administrada oralmente. A Tretinoína é muito tóxica para administração sistêmica e 
seu uso restringe-se à aplicação tópica (Pamela et al. 2006). 
 
 
Figura 3. Resumo das ações dos retinóides. Os compostos estão disponíveis como 
componentes dietéticas ou como agentes farmacológicos. Fonte: Pamela 2006. 
 
 
6 
 
4 Aspectos Farmacológicos I: Farmacocinética 
4.1 Sistema ADME 
4.1.1 Absorção e Transporte 
Sua absorção ocorre principalmente no intestino delgado, os ésteres de retinol 
absorvidos são hidrolisados na mucosa intestinal, liberando retinol e ácidos graxas 
livres. O retinol derivado dos ésteres e de clivagem e redução de carotenos é 
novamente esterificado a ácidos graxos na mucosa do intestino e secretado como 
componente dos quilomícrons no sistema linfático que serão captados pelo fígado e 
nele armazenados (Mourão, 2005). 
 
4.1.2 Distribuição e Metabolismo 
Os níveis máximos de soro são atingidos 4h após a ingestão de uma dose 
terapêutica. A vitamina A é distribuída para a circulação geral através dos dutos 
linfáticos e torácicos (Mourão, 2005). 
Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo que dois tipos de células hepáticas 
estão envolvidos nesse processo, as células do parênquima hepático e as células de Ito. 
Grande parte do retinol ingerido é absorvido por via linfática e transportado pelos 
quilomícrons como ésteres de retinil para as células do parênquima hepático. Nessas 
células, os ésteres de retinil são hidrolisados, formando novamente o retinol que se 
liga a uma proteína ligadora de retinol e é transferido para as células de Ito (Mourão, 
2005). 
 
4.1.3 Armazenamento e Excreção 
Noventa por cento da vitamina A é armazenada no fígado, da qual é mobilizada 
como o álcool livre na forma de retinol. Noventa e cinco por cento são transportados 
ligados a proteínas plasmáticas, a principal é a proteína de ligação de retinol (LEWIS, 
1947). 
A vitamina A é excretada através das fezes e urina. Betacaroteno é convertido 
em retinol na parede do intestino delgado e pode ser convertido em ácido retinóico e 
excretado na bile e nas fezes. A eliminação da meia-vida do retinol pode variar de 2 a 
9 h, no entanto, a meia-vida da maioria dos derivados da vitamina A é de cerca de 12 
dias (LEWIS, 1947). 
 
 
7 
 
5 Aspectos Farmacológicos II: Farmacodinâmica 
5.1 Mecanismo de ação 
A ação do ácido retinóico se dá a partir da 
ligação de alta afinidade com as proteínas 
receptoras específicas presentes no núcleo de 
células-alvo, como as células epiteliais. O 
complexo ativado receptor-ácido retinóico 
interage com a cromatina nuclear que vai 
estimular a síntese de RNA retinóide-específico, 
produzindo proteínas específicas que podem 
mediar várias funções fisiológicas. Como por 
exemplo, os retinóides controlam a expressão 
do gene da queratina na maior parte dos tecidos 
epiteliais do corpo. As proteínas receptoras 
específicas do ácido retinóico são parte da 
superfamília dos reguladores transcricionais que 
incluem os hormônios esteróides e da tireóide, 
e o 1 ,25-diidroxicolecalciferol, os quais 
funcionam de maneira similar (Pamela, 2006). 
Em fibroblastos isolados ou no tecido 
epitelial, os retinoides podem tanto aumentar a 
síntese de algumas proteínas (como a 
fibronectina) quanto reduzir a síntese de outras 
(como a colagenase e alguns tipos de ceratina), 
e evidências moleculares sugerem que estas 
ações possam ser totalmente explicadas pelas 
alterações da transcrição nuclear. O ácido 
retinóico parece ser significativamente mais 
potente do que o retinol como mediador desses 
efeitos, pois ele afeta diretamente a expressão 
dos genes quando combinado com seus 
receptores nucleares (BRUNTON et al, 2012). 
 
 
Figura 4. Ações dos retinóides (PLR = 
proteína ligadora de retinol). 
 
 
8 
 
Existem vários receptores retinoides descritos, agrupados em duas famílias. A 
primeira família — receptores do ácido retinóico (RAR) designados pelas letras α, β e γ 
— é derivada de genes localizados nos cromossomos humanos 17, 3 e 12, 
respectivamente. A segunda família de receptores retinoides X (RXR) — também é 
formada pelas isoformas α, β e γ (BRUNTONet al, 2012). 
Os receptores dos retinoides apresentam ampla homologia de sequências entre 
si, tanto em seus domínios de ligação hormonal quanto no DNA, e pertencem a uma 
superfamília de receptores que inclui os receptores dos hormônios esteroides e 
tireóideos, bem como do calcitriol. As respostas celulares aos hormônios tireóideos, ao 
calcitriol e ao ácido retinóico são acentuadas pela presença do RXR. A ativação dos 
genes depende da ligação do complexo hormônio-receptor aos elementos promotores 
dos genes alvos, seguida da dimerização com um complexo RXR-ligando. O ligante 
endógeno do RXR é o ácido 9-cis-retinoico. O receptor do retinol não foi identificado; 
o retinol pode depender da oxidação em ácido retinóico para produzir seus efeitos nas 
células alvo. Os retinoides podem afetar a expressão dos receptores de alguns 
hormônios e fatores do crescimento, podendo, deste modo, influenciar o crescimento, 
a diferenciação e a função das células alvo por ações diretas e indiretas (David L. et al, 
2018). 
 
Figura 5. Atuação do dímero RXR-RHX sobre a expressão de genes. 
 
 
9 
 
6 Aspectos Farmacológicos III: Toxicidade 
 Ingestão excessiva de vitamina A produz uma síndrome tóxica denominada 
Hipervitaminose A. Quantidades que excedam 7,5 mg/dia de retinol devem ser 
evitadas. Os sinais iniciais de Hipervitaminose A crônica refletem-se na pele, que torna-
se seca e prurítica, no fígado, que apresenta aumento e pode tornar-se cirrótico, e no 
sistema nervoso, onde um aumento da pressão intracraniana pode mimetizar sintomas 
de tumor encefálico. Gestantes, especialmente, não devem ingerir quantidades 
excessivas de vitamina A, em função da potencial possibilidade de malformações 
congênitas no feto em desenvolvimento (Pamela et al. 2006). 
7 Administração do Fármaco 
7.1 Vias de Administração 
O uso de retinoides sistêmicos para tratar acne e distúrbios de ceratinização foi 
limitado pelos efeitos colaterais tóxicos dos retinoides de primeira geração. Isto foi 
amplamente resolvido mediante modificações que produziram novas gerações de 
compostos com margens de segurança muito maiores. (BRUNTON et al, 2012). 
Sendo assim, fica-se restrito o uso tópico para a tretinoína, mas liberado o uso 
sistêmico de retinol e demais compostos da vitamina A. 
7.2 Dose Posológica e Máxima Permitida Por Dia 
Para a vitamina A, em adultos com sintomas de carência recomenda-se 30.000 
a 50.000 UI por dia. Para o tratamento da avitaminose A leve é indicado 100.000 a 
200.000 UI por dia, e casos graves ou rebeldes (incluindo de acne vulgar): 300.000 UI 
por dia, sendo esse o limite diário para adultos (Ferreira, 2000). 
Para a Tretinoína tópica, a sua concentração deve ser ajustada de acordo com a 
necessidade e tolerância do paciente. As concentrações normalmente variam de 0,025 
a 1% para comprar nas farmácias, já os dermatologistas podem prescrever 
concentrações mais altas de 5 a 10% (Ferreira, 2000). 
7.3 Eventos Adversos 
Consumo em altas doses de vitamina A pode causar sonolência, irritabilidade, 
dor de cabeça, náusea e vômitos, às vezes seguidos por descamação da pele, além 
disso, foram descritos casos de mulheres que ingeriram quantidades excessivas de 
vitamina A durante a gravidez, cujos filhos manifestaram atraso no crescimento e 
fechamento prematuro das epífises. Ainda que, na gravidez, as necessidades de 
 
 
10 
 
vitamina A estejam aumentadas, não são recomendadas doses diárias superiores a 
6.000UI (Assis, 2002). 
O Ácido retinóico pode apresentar algumas desvantagens e efeitos não 
desejados, e alguns dos mais comuns incluem vermelhidão no local da aplicação, 
esfoliação da pele, ressecamento da pele, sensação de ardência e surgimento de 
pequenos edemas ou manchas na pele no local da aplicação (Silva, 2014). 
Os efeitos colaterais podem surgir conforme se usa concentrações mais altas do 
fármaco (Silva, 2014). 
8 Sistema de Classificação Biofarmacêutica (Via Oral) 
O retinol possui classificação biofarmcêutica classe II, tendo baixa solubilidade, 
e alta permeabilidade. 
9 Formulações Propostas (Descrição Quantitativa e Qualitativa) 
 Pretende-se formular cápsulas gelatinosas duras de Vitamina A de uso oral e 
considerando que o uso da Tretinoína se limita a via tópica, será proposta um creme 
de Tretinoína de uso tópico. 
9.1 Capsulas Orais 
Formulação proposta: 
1 frasco contendo 30 capsulas de Vitamina A a 25.000 UI 
25.000 UI de Vitamina A ------------------------------------------ 1x ao dia por 30 dias 
Excipiente IP4* ------------------------------------------------------ q.s.p. 1 Capsula 
- Lauril sulfato de sódio ------------------------------------------- 1% 
- Aerosil --------------------------------------------------------------- 1% 
- Amido glicolato sódio ------------------------------------------- 4% 
- Amido de milho --------------------------------------------------- 50% 
- Celulose microcristalina ---------------------------------------- q.s.p. 1 Capsula 
Sendo: Vitamina A o princípio ativo; o Lauril sulfato de sódio agente molhante 
para facilitar o contato com os fluidos GI; o Aerosil agente dessecante; o Amido 
glicolato de sódio e o Amido de milho agentes desagregantes; e a Celulose 
microcristalina agente aglutinante. 
 
 
11 
 
Conversão de UI para miligramas: 
1UI ------------- 0,3mcg x= 7,5mg de Vitamina A por cápsula 
25.000 --------- x 
 Para capsulas contendo 7,5mg de ativo, escolhe-se usar a capsula de menor 
capacidade, porém, a manipulação em capsula de número 5 poderia trazer dificuldades 
devido a sua pequena capacidade já que a preparação utilizará encapsuladora manual, 
então será escolhida a capsula de número 4. 
 
Segundo a literatura, a cápsula de número 4 possui capacidade para 0,21ml, para 
que se ocupe esse volume de forma precisa, o espaço que será ocupado por todos os 
constituintes da formulação deverá ser calculado de acordo com a densidade de cada 
substância (Allen, 2013). 
 
Calculo de densidade: 
Vitamina A: possui densidade de 1g/ml, então: 
1g ---------------------- 1ml x = 0,0075ml são ocupados por 0,0075g de Vit. A. 
0,0075g -------------- x 
subtraindo do volume total da capsula, temos: 
0,21ml – 0,0075ml = 0,2025ml deverão ser preenchidos com excipientes. 
 
Excipiente IP4: 
1% de Lauril sulfato de sódio representa 0,0021ml do volume total da cápsula, 
sabendo que sua densidade é de 1,01g/ml, faz-se o cálculo: 
1,01g ------------------ 1ml x = 0,0021g serão usados em uma cápsula. 
 x ---------------------- 0,0021ml 
 
 
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1% de Aerosil representa 0,0021ml do volume total da cápsula, sabendo que sua 
densidade é de 0,05g/ml, faz-se o cálculo: 
0,05g ------------------ 1ml x = 0,0001g de serão usados em uma cápsula. 
 x ---------------------- 0,0021ml 
4% de Amido glicolato sódio representa 0,0084ml do volume total da cápsula, 
sabendo que sua densidade é de 0,756g/ml, faz-se o cálculo: 
0,756g ----------------- 1ml x = 0,0063g de serão usados em uma cápsula. 
 x ---------------------- 0,0084ml 
50% de Amido de milho representa 0,105ml do volume total da cápsula, sabendo 
que sua densidade é de 1,5g/ml, faz-se o cálculo: 
1,5g -------------------- 1ml x = 0,1575g de serão usados em uma cápsula. 
 x ---------------------- 0,105ml 
Para saber a quantidade de Celulose microcristalina que será usada para 
preencher o restante do volume da capsula, subtrai-se o volume ocupado pelo ativo e 
demais excipientes da capacidade total: 
0,21ml - 0,0075ml - 0,0021ml - 0,0021ml - 0,0084ml - 0,105ml = 0,0849ml 
A Celulose microcristalina precisa ocupar 0,0849ml da capsula, sabendo que sua 
densidade é de 0,32g/ml, faz-se o cálculo: 
0,32g ------------------- 1ml x = 0,0271g de serão usados em uma cápsula. 
 x ---------------------- 0,0849mlJá sabendo da quantidade tanto de ativo quanto de excipientes que irão em cada 
capsula, pode-se calcular a quantidade de cada um que será pesado para preparar 30 
capsulas: 
0,0075g x 30 = 0,225g de Vitamina A 
0,0021g x 30 = 0,063g de Lauril sulfato de sódio 
0,0001g x 30 = 0,003g de Aerosil 
0,0063g x 30 = 0,189g de Amido glicolato sódio 
0,1575g x 30 = 4,725g de Amido de milho 
0,0271g x 30 = 0,813g de Celulose microcristalina 
 
 
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9.2 Creme Tópico 
Formulação proposta: 
1 bisnaga contendo 80g de creme com Tretinoína a 1% 
Tretinoína 1% --------------------------------------------------------- 1x a noite 
Proprilenoglicol ------------------------------------------------------- q.s.p. solubilizar 
Base de creme aniônico Lannet® -------------------------------- q.s.p 80g 
(álcool cetoestearílico e cetilestearil sulfato de sódio) 
 
O Lanette® apresenta boa espalhabilidade e estabilidade para formulações 
antiacneicas. São as emulsões mais adequadas para veículo de uso tópico no 
tratamento da acne pois são do tipo O/A, pois este tipo de emulsão proporciona uma 
sensação menos oleosa, refrescante e possui uma absorção rápida. 
Os emulsionantes aniônicos se dissociam em solução aquosa formando íons 
carregados negativamente. São emulsionantes muito utilizados, pois possuem 
geralmente baixo custo e está destinada a ser utilizada como veículo/excipiente de 
preparações farmacêuticas. É emulsionante aniônica, ou seja, se dissociam em solução 
aquosa formando íons carregados negativamente. Por possuir capacidade detergente, 
são utilizadas como emulsões de limpeza, demaquilantes e para formulações de alta 
permeação cutânea. 
Para preparar 80g de creme de Tretinoína a 1% serão necessários: 
80g ----------- 100% x = 0,8g de Tretinoína deverão ser pesados 
X --------------- 1% 
O propilenoglicol será utilizado uma quantidade suficiente para solubilizar 0,8g 
de ácido retinóico. 
Para a base Lannet, é necessário diminuir o peso dos ativos para completar com 
base: 
80g – 0,8g = 79,2g de base Lannet deverão ser pesadas. 
 
 
 
 
14 
 
10 Manipulação e Envasamento 
10.1 Descrição da Técnica de Manipulação 
10.1.1 Preparação das cápsulas 
10.1.1.1 Cálculos pré-formulação: é a primeira etapa da manipulação e onde se define: 
- Qual capsula será usada de acordo com a quantidade de princípio ativo; 
- A escolha e definição da quantidade de excipiente que será necessária para preencher 
o volume da cápsula e conferir propriedades físicas-químicas que melhorem a 
manipulação dos pós. 
- O valor total tanto de princípio ativo quanto de excipientes que serão pesados se 
acordo com a quantidade de cápsulas que foi prescrita. 
Esses cálculos podem ser feitos manualmente ou diretamente em um sistema 
próprio da farmácia de manipulação assim que a receita for cadastrada. Em caso da 
utilização de sistemas, sempre é recomendável a conferência dos valores para em 
busca de evitar erros esporádicos. 
10.1.1.2 Pesagem de ativos e excipientes: é feita a pesagem da quantidade total de 
cada componente da formulação definido na etapa anterior. A pesagem ocorre em 
uma balança de precisão, onde cada substancia é pesada em um papel manteiga sob 
vidro de relógio, e em seguida passada para gral. 
10.1.1.3 Mistura de pós: nessa etapa todas as substâncias serão misturadas no gral 
com o auxilio do pistilo realizando movimentos circulares de forma que passe em todas 
as paredes e fundo do gral. O uso de gral e pistilo também evita a presença de grânulos 
e aglutinados de pós na mistura, pois serão desfeitos pelo atrito gerado no contato 
entre o gral e o cadinho. 
10.1.1.4 Encapsulamento: após homogeneização, a mistura é levada para uma 
bancada previamente higienizada com álcool 70% onde será montada uma 
encapsuladora, podendo ser do tipo manual, semiautomática e automática. As 
encapsuladoras manuais são compostas por um base que sustentará as capsulas, uma 
bandeja para espalhar o pó com aberturas equivalentes ao diâmetro da cápsula 
utilizada, réguas de altura de acordo com a altura da capsula escolhida, espátula para 
espalhar o pó até que esse entre nas aberturas da bandeja, divisor de campos para 
evitar que o pó caia em aberturas vazias quando se está preparando uma formulação 
 
 
15 
 
que não utilize a capacidade máxima da encapsuladora, e um socador com 10 pinos 
para comprimir o pó dentro das cápsulas até que não reste pó sobrando na bandeja. 
O encapsulamento se dá pela montagem da encapsuladora escolhendo a 
bandeja, as réguas, o divisor de campos e se necessário, o socador, da capsula numero 
4. Em seguida são postas 30 capsulas nas aberturas da bandeja com a sua base (parte 
branca) voltada para baixo. Em seguida as capsulas são abertas na retirada de suas 
tampas (parte colorida), as réguas posicionadas a modo que a borda das capsulas 
abertas se alinhem a altura da bandeja. Com as capsulas abertas e posicionadas, é 
posta a mistura de pós sobre a bandeja e com o auxílio de uma espátula é espalhada 
de modo que todo o pó entre nas capsulas de forma uniforme, e caso sobre pó na 
bandeja, é necessária a utilização do socador para compacta-lo de forma que não reste 
pós sobre a bandeja. Enchidas, as réguas são postas de lado e a bandeja é baixa para 
que as tampas sejam recolocadas e em seguidas travadas. Em seguida, as cápsulas 
finalizadas são retiradas da bandeja e limpas com papel absorvente para remover 
resquícios de pó do exterior da cápsula 
10.1.1.5 Envasamento e Rotulagem: as cápsulas então são colocadas em frasco de 
plástico de volume equivalente a capacidade de 30 cápsulas número 4, juntamente á 
elas é posto um sachê de sílica gel para evitar degradação por umidade, o frasco então 
é lacrado com tampa própria. O frasco então é rotulado e posto em embalagem 
secundária para aguardar retirada pelo cliente. 
 
10.1.2 Preparação do creme tópico 
10.1.2.1 Cálculos pré-formulação: é verificado a quantidade tanto de Tretinoína 
quanto de base Lannet que será utilizada, onde primeiro de calcula quanto 1% 
corresponde de tretínoina numa formulação de 80g, sendo encontrado o valor de 0,8g. 
Então, retira-se esse valor da quantidade de formulação total para se achar quanto de 
base será pesada, sendo verificado a quantidade de 79,2g. 
10.1.2.2 Pesagem do ativo: nessa etapa, a Tretinoína será pesada sob papel manteiga 
em um vidro de relógio numa balança de precisão até a marca de 0,8g. Então, o pó é 
repassado para um gral. 
10.1.2.3 Solubilização em propilenoglicol: com a Tretinoína no gral, será adicionado 
pequena quantidade de propilenoglicol para solubilizar as 0,8g do ativo com o auxílio 
 
 
16 
 
do pistilo fazendo movimentos circulares, pois não se deve fazer a mistura de pós 
diretamente com bases de creme para evitar a formação de grumes e precipitados. 
10.1.2.4 Mistura com base Lannet: solubilizado, será adicionado a base de creme na 
formulação e então misturada com o auxilio do pistilo até que se torne uma mistura 
homogênia. Caso seja visível a presença de grumes ou precipitados, a mistura deve 
passar pela etapa de tamisação, caso se apresente como uma mistura uniforme, segue 
para envasamento. 
10.1.2.5 Envasamento e Rotulagem: por fim, com o auxílio de umas espátula, a mistura 
então é repassada para uma bisnaga de plástico com capacidade para 80g de modo 
que o creme não fique em grandes quantidades na borda da abertuda da bisnaga. Após 
a passagem de toda a quantidade de creme, a abertura da bisnaga é limpa com papel 
toalha e a tampa do recipiente é colocada, juntamente com um rótulo pré-formulado 
contendo as informações necessárias dessa formulação. 
Um adesivo a mais será adicionado a embalagem contendo o alerta de proibição 
do uso dessa formulação por gestantes devido ao risco de causar deformidades no 
desenvolvimento do feto. 
10.2 Embalagem Primária e Rotulagem 
Os rótulos de ambos os produtos seguem um padrãode informações que 
estarão presentes, como: 
-Identificação da farmácia com CNPJ, endereço completo, telefone, nome do 
farmacêutico responsável com o respectivo CRF; 
- Nome do paciente; 
- Nome do prescritor e respectivo número do registro profissional; 
- Número de registro do livro de Registro Geral; 
- Identificação dos componentes com as respectivas quantidades; 
- Tipo de uso (tópico ou externo, interno, ginecológico, odontológico, nasal, retal, 
sublingual); 
- Quantidade, peso ou volume contido na embalagem; 
- Posologia; 
- Prazo de validade; 
- Informações orientativas, quando necessárias (Brasil, 2007). 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6. Proposta embalagens primárias para as formulações oral e tópica. 
 
Figura 7. Proposta de Rótulo para frasco de cápsulas de Vitamina A. 
 
Figura 6. Proposta de Rótulo para bisnaga com creme de Tretinoína. 
 
 
18 
 
11 Descrição dos Métodos de Controle de Qualidade da Matéria – Prima e do Produto 
Acabado 
 A maioria são simples, a qualidade pode avaliar a: turbidez, precipitação, 
cristalização, mudança de coloração, alteração de odor, formação de gases ou vapores, 
alteração de viscosidade e separação de fases (Dutra, 2012) 
 Podem ser feitos testes de: Descrição, aspecto, caracteres organolépticos e peso 
médio. Devem ser calculados o desvio padrão e o coeficiente de variação em relação 
ao peso médio (Ferreira, 2000). 
Teste de determinação de peso: verifica se as capsulas de um mesmo lote apresentam 
uniformidade de peso (Ferreira, 2000). 
Desvio padrão: quando resultam em pouca variação entre as capsulas, sugere 
homogeneidade, doseamento, uniformidade em doses unitárias (Ferreira, 2000). 
Controle da homogeneidade da mistura: pode ser realizado através de uma inspeção 
visual para misturas de produtos com cores diferentes entre si, ou pela adição de 
corante à mistura brancas, bem como pela coleta de um número de amostras em 
diferentes partes da mistura, quantificando a substância ativa (Dutra, 2012) 
Peso médio: constitui uma ferramenta essencial para o controle de qualidade na 
produção de capsulas, podendo indicar a ineficiência da técnica de manipulação 
empregada. A Farmacopéia estabelece que podem ser toleradas duas unidades fora 
dos limites, desde que as mesmas não estejam acima ou abaixo do dobro das 
porcentagens indicadas. Pode ser realizado determinando o peso do conteúdo de cada 
cápsula pela diferença de peso entre a cápsula cheia e a vazia. A partir dos valores 
obtidos, determina-se o peso médio do conteúdo e os limites de variação superior e 
inferior permitidos, considerando-se um desvio de ± 10 % em relação ao peso médio 
(Dutra, 2012). 
Teste de acidez: aferição do pH do creme tópico de Tretinoína com fitas reagentes para 
constatar sua segurança de uso dentro da faixa de 4,5 – 6,5 (Ferreira, 2000). 
12 Dispensação: Principais Orientações Farmacêuticas para os Pacientes que Serão 
Usuários – Linguagem Adequada e Estratégias 
12.1 Para as cápsulas de Vitamina A: 
- Tomar a cápsula com copo cheio de água. 
 
 
19 
 
- Caso esquecimento da administração de uma dose no dia, não o uso de uma sobre 
dose na administração seguinte. 
12.2 Para o creme tópico de Tretinoína: 
- Se estiver grávida ou amamentando, consulte um médico antes de usar este produto. 
- Mantenha fora do alcance de crianças. guarde em local frio e seco. 
- O uso do medicamento durante o período de amamentação também não é 
recomendado. 
- Este medicamento não deve ser utilizado por menores de 18 anos sem orientação 
médica. 
12.3 Para ambas as formulações: 
- Não misturar esse medicamento com outro tipo de estimulante drogas ou bebida 
alcoólica. 
- Nunca compre medicamento sem orientação de um profissional habilitado. 
- É recomendável uma dieta e exercícios físicos para auxiliar na manutenção do 
tratamento. 
- Pessoas com hipersensibilidade à substância não devem ingerir o produto. 
- Em caso de hipersensibilidade ao produto recomenda-se descontinuar o uso e 
consultar o médico. 
- Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. 
- Manter em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz do calor e da umidade. 
Nestas condições o medicamento se manterá próprio para o consumo respeitando o 
prazo de validade indicado na embalagem. 
- Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
- Embora não existam contra-indicações relativas a faixas etárias recomendamos a 
utilização do produto para pacientes de idade adulta. 
- Siga corretamente o modo de usar. Não desaparecendo os sintomas procure 
orientação médica. 
 
 
 
 
20 
 
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