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Sala de Aula _ Estacio - empreendedorismo AULA 2

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Disciplina: Empreendedorismo cultural,
inovação social e criatividade
Aula 2: Ambiente virtuoso e aberto ao
empreendedorismo
Apresentação
Nesta aula, retomaremos o conceito de cultura e detalharemos seus múltiplos signi�cados, bem como sua importância para
a construção de um ambiente virtuoso e aberto ao empreendedorismo.
Nossa base de re�exão será a sociedade de consumo, que se encontra numa etapa avançada do desenvolvimento
capitalista e, por isso, a importância da diversidade cultural como expressão real da criatividade humana mais profunda.
Objetivos
Relacionar cultura, criatividade e inovação com as demandas sociais e de mercado;
Identi�car as características da Sociedade de Consumo;
Demonstrar os princípios do empreendedorismo como suporte para novas e inovadoras ideias.
A cultura e seus múltiplos signi�cados
 Fonte: Por Cienpies Design / Shutterstock.
Na primeira aula, falamos sobre as de�nições de criatividade e inovação e o quanto a relação entre esses dois conceitos estimula
o desenvolvimento de novas e inovadoras ideias.
Descobrimos o quanto as demandas sociais e mercadológicas suscitam mudanças constantes em produtos e serviços para
manter o equilíbrio. Destacamos também a emergência da cultura como elemento privilegiado para o progresso individual e
coletivo de uma sociedade.
A cultura toma uma nova dimensão nos tempos atuais com o advento da Era do
Consumo. Além do conceito servir para de�nir a identidade de um povo ou nação,
proveniente da interação de seus membros e da forma de interagir com o mundo,
como é o caso das culturas indígena e cigana, ele serve também para determinar um
segmento de mercado, como é o caso da cultura geek, da cultura jovem.
Esse movimento surgiu com o advento da tecnologia e do desenvolvimento dos meios de comunicação de massa. A chamada
cultura de massa designou tudo que era produzido com o intuito de atingir a massa social.
Sociedade de consumo
Antes de iniciar esse percurso, vale lembrar que nosso objetivo ao tratar do consumo não tem nenhuma relação com
consumismo. Nossa proposta é levantar os dados de um tipo de sociedade que se encontra numa avançada etapa de
desenvolvimento industrial capitalista e se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços.
Neste sentido, o desenvolvimento socioeconômico está atrelado ao consumo, resultando em lucro para as empresas, gerando
emprego e renda e, consequentemente, mais consumo.
Suas raízes estão vinculadas ao processo de Revolução Industrial. Entretanto, foi a emergência do American Way Of Life (modo
de vida americano), em 1910, nos Estados Unidos, que intensi�cou esse cenário.
 Fonte: tristaneaton.com <https://tristaneaton.com/the-american-way-long-beach-ca/om8m6fjyllifaqsyg63xw0lqg4n2xv>
Podemos listar algumas das características da nascente sociedade de consumo:
A oferta excede a procura;
A produção de bens normalizados, produção em série;
Padrão de consumo massi�cado.
Mas isso não se parece em nada com o que temos atualmente, não é mesmo?
Precisamos olhar mais de perto o consumo, tanto local quanto global, e as mudanças sociais implicadas, como, por exemplo, a
questão climática e a perspectiva sustentável e responsável.
Consumo local e global
https://tristaneaton.com/the-american-way-long-beach-ca/om8m6fjyllifaqsyg63xw0lqg4n2xv
1. O consumo do brasileiro aumentou em todas as categorias nas compras online.
A internet é fonte de compra para 34% dos que consomem livros, músicas, �lmes e videogames.
2. Brasileiros estão mais interessados em uso de assistentes pessoais e outros serviços
com inteligência arti�cial (AI).
14% dos brasileiros dizem já possuir ao menos um deles.
3. Gastos com produtos e experiências são iguais.
A prioridade dos brasileiros na hora de investir em experiência está em gastar seu dinheiro em ações individuais, no famoso
“tempo pra mim mesmo”, pois 37% dizem que este é o motivo pelo qual �zeram este tipo de investimento.
O relatório divulgado pela consultoria PrincewaterhouseCooper (PwC), com as dez características do consumo no Brasil em 2018,
contou com entrevista de vinte e duas mil pessoas no Brasil e em outros vinte e seis países e trouxe questões-chave atuais para
pensar sobre o tema.
Desse resultado, separamos três que nos interessam para tratar das mudanças ocorridas na sociedade de consumo.
Atenção
Não dá para pensar em apenas um fator para de�nir as transformações ocorridas na sociedade massiva do consumo (passado) e
na sociedade individual do consumo (atual). Sem dúvidas, a tecnologia foi um fator relevante para tamanha mudança.
Antes, o foco estava no produto, gerando um comportamento massivo de bens acessíveis a uma generalidade da população.
Atualmente, o foco recai no consumidor e, consequentemente, nos meios respectivos de informação e ação com a �nalidade de
terem reconhecidos seus direitos.
O desenvolvimento tecnológico também foi responsável pela aceleração da globalização . Neste processo, realizam-se
transações �nanceiras e comerciais e espalham-se aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.
1
Quem não conhece a Apple, a Nike ou a Samsung?
A crítica recorrente a esse modelo de consumo acelerado é à obsolescência programada.
Lembra que iniciamos este assunto com Schumpeter e o conceito de “destruição criativa”?
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0056/aula2.html
O que alimenta esse mecanismo no mundo contemporâneo é o desejo. Portanto, ao passar da sociedade do consumo para a
sociedade dos consumidores, tudo pode se transformar num armazém de produtos destinados ao consumo, em uma
concorrência acirrada para conquistar a atenção do público.
Neste cenário, como se diferenciar? 
A diversidade cultural pode ser a resposta.
Atenção
A cultura como ativo econômico e social
Na sequência, iremos apresentar com mais clareza como se institui a cultura como ativo e o quanto isso interfere na economia e
no comportamento social.
Estudos Culturais
 Fonte: Por Rawpixel.com / Shutterstock.
Para falar da cultura, iniciamos pelo conceito de Estudos Culturais , caracterizados por sua natureza interdisciplinar e por sua
transitoriedade. Importante entender o quanto os elos entre diferentes culturas estão permeados por vínculos de poder e
hierarquização.
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Neste sentido, podemos falar que segmentos sociais dominantes impõem seus valores e princípios aos demais, que são
desprovidos dos meios de produção e acesso. Ao pesquisar a cultura popular e os meios de comunicação de massa, os
autores dos Estudos Culturais viram que, no âmbito popular, não existe apenas submissão, mas também resistência.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0056/aula2.html
Atenção
Os estudos dos novos meios de informação e comunicação massivos foram importantes para detectar comportamentos e prever
cenários a partir das pesquisas de audiência. Desde então, temos a criação de alguns conceitos como o de Indústria Cultural.
Indústria Cultural
 Fonte: Por dimitris_k / Shutterstock.
Como o próprio nome sugere, o termo foi desenvolvido para denominar o modo de produzir cultura a partir do período industrial
capitalista. A situação da arte e dos elementos artísticos na sociedade capitalista industrial são marcadas pela produção com
foco no lucro.
Dois autores são fundamentais para a formulação desse conceito:
Max Horkheimer 
(1895-1973)
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
Ambos intelectuais da Escola de Frankfurt, na Alemanha.
Theodor Adorno 
(1903-1969)
O termo surgiu na década de 1940 e está ligado à produção industrial da época: os produtos culturais eram pensados e
produzidos para que houvesse grande consumo e altos lucros. Isso pressupõe uma produção padronizada, que coloca em cheque
qualquer potencial cultural e artístico.
Podemos tomar como exemplo as lembrancinhas, produzidas
em série e que alimentam a indústria do turismo. Ao consumir
o chaveiro da Torre Eiffel, estamos apenas alimentando o
consumo e não, necessariamente, envolvidos no contexto
simbólico que aquele objeto representa.
No entanto,outros teóricos, como Walter Benjamin,
enxergavam no consumo excessivo dos produtos culturais
uma via para a democratização das artes e das manifestações
artísticas.
E você, o que acha disso?
 Fonte: Por 1981 Rustic Studio kan / Shutterstock.
O consumo serve para pensar ou é, simplesmente, a alimentação do desejo inconsciente?
Não pense que existe resposta simples para essa questão:
Ela corresponde ao grande dilema dos estudiosos da comunicação e do consumo. Mas, enquanto re�etimos sobre isso, outro
comportamento de consumo ganha destaque na época do surgimento do conceito de indústrias culturais: os programas e
conteúdos distribuídos pelos meios de comunicação de massa. Eles foram os responsáveis pelo surgimento e
desenvolvimento da propaganda. Foi justamente a propaganda que acentuou a crença na liberdade individual, em que o desejo
e a escolha são estimulados.
Mas estamos falando de um tempo onde as mudanças na indústria ainda estavam centradas na eletricidade e nos
combustíveis derivados do petróleo.
E hoje? No advento da Indústria 4.0, qual é o impacto no comportamento e estilo de vida da
sociedade?
A autonomia da Indústria, com os avanços da eletrônica, dos sistemas computadorizados e robóticos, também re�ete na
expansão do setor de Comércio e Serviços e altera o comportamento de consumo. Este setor caracteriza-se pelas atividades que
não estão relacionadas diretamente com a produção de mercadorias e, portanto, é a área da economia em que os serviços são
direcionados ao consumidor.
Se no passado era difícil pensar em empreender, pois os meios de produção eram muito caros e inacessíveis, hoje, você é o
próprio meio de produção e isso tem muito a ver com a política cultural baseada na diversidade de formas de produção
simbólicas. Além disso, temos as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que oferecem possibilidade de produção e de
distribuição de conteúdo. Esse novo modo de vida, calcado em uma sociabilidade em rede, recebe o nome de “cultura
empreendedora”.
Cultura empreendedora
O empreendedorismo é uma realidade no Brasil e ganha traços muito particulares por conta
da miscigenação e das diversas culturas espalhadas pelo seu vasto território.
Segundo o economista Ricardo Amorim, nos últimos anos, com a crise econômica, milhões de brasileiros optaram por ter seu
próprio negócio, movidos por necessidade e falta de alternativas, mas o fenômeno começou muito antes e por outras razões.
Para o economista, o Brasil juntou-se aos países desenvolvidos, no quais há algum tempo tem aumentado o trabalho por conta
própria em função de novas tecnologias e contratos de trabalho �exíveis.  

Contudo, se o crescimento do empreendedorismo no Brasil é
uma boa notícia, a má notícia é que a qualidade dos novos
empreendimentos precisa melhorar.
Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, redução da burocracia, aperfeiçoamento da segurança jurídica e as leis de
propriedade intelectual são o primeiro passo para uma cultura verdadeiramente empreendedora. Enquanto isso, nosso foco recai
sobre as oportunidades que a Interculturalidade, a Globalização e as novas Formas Colaborativas oferecem para quem deseja
empreender.
 Fonte: Por mavo / Shutterstock.
Interculturalidade, Globalização e formas colaborativas
A diversidade cultural é a expressão da criatividade humana
mais profunda. São pessoas e comunidades humanas que, por
razões e motivos diferentes, desenvolveram modos distintos
de viver. Portanto, faz sentido pensar que a interculturalidade
 traga ganhos para a produção de bens materiais e
simbólicos. Por extensão, essa relação favorece a criatividade,
a inovação e o empreendedorismo. Estas são as principais
conclusões de um projeto de investigação realizado pela
Católica Lisbon School of Business & Economics, do INSEAD
Business School e da Columbia Business School.
3
 Fonte: Por Studio_G / Shutterstock.
Nos últimos dez anos, vários estudos identi�caram os benefícios de viver fora do país, como o processamento cognitivo mais
profundo, maior criatividade e maior sucesso no mercado de trabalho. As conclusões revelaram que os pro�ssionais que
mantiveram contato frequente com pessoas de outras culturas, após regressarem aos seus países de origem, tinham mais
probabilidade de inovar no local de trabalho e de se tornarem empreendedores.
Nos últimos anos, movidos pela crise econômica, milhões de brasileiros optaram por ter seus próprios negócios. No entanto, as
razões para o fenômeno do empreendedorismo não foram somente a necessidade ou a falta de alternativa. Para o economista
Ricardo Amorim, o Brasil juntou-se aos países desenvolvidos, nos quais, há algum tempo, tem aumentado o trabalho por conta
própria em função de novas tecnologias e contratos de trabalho �exíveis.
Essas ideias vão ao encontro ao interesse das organizações contemporáneas, que poderão se bene�ciar dos efeitos criativos do
relacionamento intercultural, abrindo portas e facilitando atividades partilhadas e tarefas que impliquem em cooperação.
Saiba mais
Sem esgotar o tema que merece uma re�exão mais profunda, o que pretendemos aqui é trazer um elemento que contrasta com o
movimento do American Way of Life e com as referências ditas universais. Mas, diante desse cenário, a pergunta é inevitável: o
processo de globalização ajuda ou di�culta o diálogo entre culturas?
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0056/aula2.html
Mais uma vez, estamos diante de um problema insolúvel, cuja resposta depende de como imaginamos ou, ainda, de como
projetamos e desejamos o futuro. Talvez estejamos no primeiro estágio dessa aproximação e a Globalização signi�que o
predomínio da cultura ocidental moderna sobre as demais culturas. No entanto, as futuras gerações têm o desa�o de estabelecer
um diálogo verdadeiramente plural para que, neste encontro, despontem novas e inovadoras propostas que rompam as fronteiras
econômicas, sociais e políticas. A globalização da economia e da cultura, bem como as interseções global e local, são processos
contemporâneos que produzem mudanças nos modos de socialização.
Os empreendedores contribuem para o desenvolvimento econômico e social na medida em que criam empregos, geram
impostos, inovam e produzem riquezas. Por isso são chamados de agentes de desenvolvimento e mudança. Para ilustrar esse
empreendedorismo transformador, globalizado e em rede, apresentamos um estudo de caso na área da educação.
Leitura
Estudo de Caso <galeria/aula2/anexo/estudo_de_caso.pdf>
Atividade
1. Zygmunt Bauman, �lósofo e sociólogo polonês, em seu livro Vida para Consumo, concentra sua análise da sociedade
contemporânea como uma sociedade constituída essencialmente por consumidores. Em sua re�exão, o processo de construção
da identidade das pessoas passa por considerar a si mesmas como mercadorias, inclusive ao estabelecer relações afetivas com
outras pessoas.
Segundo o autor "[…] As pessoas classi�cadas como “subclasse” são condenadas à exclusão social e consideradas incapazes de
se a�liarem a uma sociedade que exige que seus membros participem do jogo do consumo segundo as regras estabelecidas,
justamente porque são, tal como os ricos e abastados, abertos às seduções muito bem amparadas do consumismo, embora, de
forma distinta dos abastados e dos ricos, não possam de fato se dar ao luxo de serem seduzidos” (BAUMAN, Zygmunt. Vida para
Consumo. Rio de Janeiro: Jahar, 2008, p. 176).
A partir da re�exão deste teórico, desenvolva um texto com o tema “O consumo serve para pensar”, relacionando os seguintes
aspectos:
a) cultura, criatividade e inovação como elementos privilegiados para atender as demandas sociais e de mercado;
b) desenvolvimento econômico e social atrelado ao consumo.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0056/galeria/aula2/anexo/estudo_de_caso.pdf
2. O tipo de sociedade que se encontra numa avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista e se caracteriza pelo
consumo massivo de bens e serviço é denominada Sociedadede Consumo. Considerando que o desenvolvimento econômico e
social está atrelado ao consumo, resultando em lucro para as empresas, gerando emprego e renda e, consequentemente, mais
consumo, avalie as a�rmações a seguir:
I. As raízes da sociedade do consumo estão vinculadas à Revolução Industrial e ao desenvolvimento dos meios de comunicação
massivos.
II. As raízes da sociedade do consumo têm como característica uma oferta que excede a procura.
III. A sociedade do consumo é inspirada no American Way Of Line (estilo de vida americano).
É correto o que se a�rma em:
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas
e) I, II e III.
3. Quem decide criar uma empresa, especialmente no início do século XXI, tem importância vital para a nossa sociedade, pois são
grandes os desa�os, como o aumento da produção de alimentos, a construção de habitações, a fabricação de medicamentos,
entre outras prioridades. Superá-los requer a ação decisiva de empreendedores dispostos a capitanear empresas industriais,
comerciais e serviços. (Garcia, Luiz Fernando. O empreendedorismo e a Globalização. Portal Administradores, 19/10/2007
<//www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-empreendedorismo-e-a-globalizacao/12558/> .
Deste modo, o empreendedor está agindo dentro de um contexto internacional muito diferente daquele vivido pelos empresários
pioneiros das primeiras décadas do século passado. As mudanças no ambiente internacional estimulam cada vez mais a
integração econômica entre países. Contudo, ao mesmo tempo em que criam oportunidades, os mega-mercados fazem com que
a concorrência interna de cada país seja cada vez mais acirrada. A partir daí, é correto a�rmar que:
I. A formação de blocos econômicos amplia as fronteiras do comércio e cria zonas de livre mercado entre vários países.
II. Neste contexto de economia globalizada, o desa�o dos empreendedores é desenvolver a capacidade de criar uma empresa
verdadeiramente lucrativa.
III. Os produtos ou serviços oferecidos pela empresa terão de ser produzidos dentro de padrões de qualidade do mercado
mundial.
É correto o que se a�rma em:
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas
e) I, II e III.
https://www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-empreendedorismo-e-a-globalizacao/12558/
4. Leia o trecho do Princípios do Empreendedorismo <https://juoliveira02.jusbrasil.com.br/artigos/329177002/principios-de-
empreendedorismo> , de Juliana Oliveira e responda a pergunta a seguir:
“Considera-se o empreendedorismo como o ato de identi�car oportunidades e alavancar mudanças, ou seja, o ato de empreender
é um ato de transformação da ordem dominante. Assim, inovação e empreendedorismo, embora diferentes, são conceitos
profundamente relacionados. É possível dizer que o empreendedorismo é o ato de criar e utilizar inovações de forma a gerar
novas oportunidades. O ato de empreender signi�ca mudar as condições vigentes em um determinado ambiente, utilizando novos
recursos ou os recursos disponíveis de novas maneiras”.
Tendo esse texto como referência e considerando a relação entre interculturalidade, globalização e formas colaborativas, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Não há cenário mais apropriado para se tratar de empreendedorismo que o cenário globalizado. PORQUE
II. O Empreendedor busca oportunidades e a Globalização as oferece.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
5. A partir do brie�ng abaixo, determine o potencial empreendedor, o potencial inovador e o potencial criativo do projeto.
Nome: Projeto SOLE (Self Organised Learning Environments)
Professor: Sugata Mitra, professor indiano da Universidade de Newcastle.
Site: The School in the Cloud - https://www.theschoolinthecloud.org <https://www.theschoolinthecloud.org>
Produto: Uma escola na nuvem, na qual crianças pudessem aprender e ensinar umas com as outras. Pelo site, professores
disponíveis via Skype podem instigar crianças entre 8 e 12 anos a procurar, por meio de palavras-chave, fotos e vídeos, as
respostas para diversas perguntas.
Propósito: Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo pode experimentar a autoaprendizagem organizada.
Desa�o: Não substitui o sistema convencional de ensino, mas pode complementá-lo. “Se você dá a um grupo de crianças um
monte de questões e um computador com conexão a internet, ele conseguirá encontrar as respostas; não importa o nível de
di�culdade”, a�rma Mitra.
Solução: Sugata Mitra iniciou sua revolução na educação das crianças através de um experimento em uma comunidade muito
pobre em Delhi. Ele instalou um computador em um muro e deixou que as crianças locais utilizassem o aparelho sem terem
instruções de como operá-lo. A experiência é conhecida como "Buraco no Muro" e surpreendeu o professor quando, após duas
semanas, as crianças, além de dominarem o funcionamento do computador, navegavam pela internet e ampliavam o
conhecimento sobre muitos temas anteriormente desconhecidos. Com base nesta experiência, a pesquisa foi ampliada e, em
2013, Sutata Mitra tornou-se mundialmente conhecido após ganhar o Prêmio TED.
Resultado: A escola na nuvem é hoje uma plataforma de ensino que vem sendo levada ao mundo inteiro. A nuvem refere-se tanto
à nuvem (cloud) do sistema de compartilhamento entre diversos dispositivos (computadores, laptops, notebooks, celulares etc),
quanto ao aprendizado compartilhado.
https://juoliveira02.jusbrasil.com.br/artigos/329177002/principios-de-empreendedorismo
https://www.theschoolinthecloud.org/
Notas
Globalização 1
Processo de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultura e política entre os países e as pessoas do
mundo todo.
Estudos Culturais 2
Essa disciplina surgiu no �nal da década de 1950 e tinha como propósito investigar a especi�cidade do processo social, questões
sobre a realidade e a evolução da cultura.
Interculturalidade 3
Situação onde entrem em contato duas ou mais culturas.
Referências
ADORNO, Theodor, HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. São Paulo: Jorge Zahar, 1985.
COLI, Augustí Nicolau. Proposta para uma diversidade cultural intercultural na era da globalização. São Paulo: Instituto Pólis,
2002. Disponível em: //www.polis.org.br/uploads/885/885.pdf <//www.polis.org.br/uploads/885/885.pdf> . Acesso em: 21 jan.
2019.
GARCIA, Sandro Rudnuit. Global e local na teoria social contemporânea. VII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais,
2002. Disponível em: //www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?
option=com_docman&task=doc_download&gid=851&Itemid=170 <//www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?
option=com_docman&task=doc_download&gid=851&Itemid=170> . Acesso em: 21 jan. 2019.
MACHADO, C. E. J., MACHADO JR, R., VEDDA, M. (org.) Walter Benjamin: experiência histórica e imagens dialéticas. São Paulo:
Unesp, 2015.
SILVA, Regina Helena Alves da. Sociedade em rede: cultura, globalização e formas colaborativas. Disponível em:
//www.bocc.ubi.pt/pag/silva-regina-sociedade-em-rede.pdf <//www.bocc.ubi.pt/pag/silva-regina-sociedade-em-rede.pdf> . Acesso
em 24 nov. 2018.
SOUZA, Milena Costa de. Sociologia do consumo e indústria cultural. Curitiba: InterSaberes, 2017.
Próxima aula
Economia criativa;
https://www.polis.org.br/uploads/885/885.pdf
https://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=851&Itemid=170
https://www.bocc.ubi.pt/pag/silva-regina-sociedade-em-rede.pdf
Valor simbólico;
Setores culturais e criativos.Explore mais
Sugestões de leituras:
10 características do consumo no Brasil em 2018, segundo a PwC. RevistaÉpoca Negócios. 03/04/18.
<https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/04/10-caracteristicas-do-consumo-no-brasil-em-2018-segundo-
pwc.html >
Para saber mais sobre os estudos culturais, ler essa introdução feita pela Ana Carolina Escosteguy feita para o portal
Cartogra�as. s/d. <https://edisciplinas.usp.br/plugin�le.php/3363368/mod_resource/content/1/estudos_culturais_ana.pdf >
O que é Indústria 4.0 e como ela vai impactar o mundo. Portal Citisystems. <https://www.citisystems.com.br/industria-4-0/ >
Uma nova cultura empreendedora? Ricardo Amorim, Revista Isto É. 20/04/18. <https://istoe.com.br/uma-nova-cultura-
empreendedora/ >
Projeto Draft. Como a DreamShaper se tornou uma startup que “ensina empreendedorismo” nas escolas. 02/01/18.
<https://projetodraft.com/como-a-dreamshaper-se-tornou-uma-startup-que-ensina-empreendedorismo-nas-escolas/ >
Buraco no Muro. Sugata Mitra. Youtube. <https://www.youtube.com/watch?v=Xx8vCy9eloE >
TED. Sugata Mitra. Construir uma escola na nuvem. Youtube.
<https://www.ted.com/talks/sugata_mitra_build_a_school_in_the_cloud?language=pt >
TED. Sugata Mitra. O ensino virado para as crianças. Youtube.
<https://www.ted.com/talks/sugata_mitra_the_child_driven_education?language=pt >
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/04/10-caracteristicas-do-consumo-no-brasil-em-2018-segundo-pwc.html
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3363368/mod_resource/content/1/estudos_culturais_ana.pdf
https://www.citisystems.com.br/industria-4-0/
https://istoe.com.br/uma-nova-cultura-empreendedora/
https://projetodraft.com/como-a-dreamshaper-se-tornou-uma-startup-que-ensina-empreendedorismo-nas-escolas/
https://www.youtube.com/watch?v=Xx8vCy9eloE
https://www.ted.com/talks/sugata_mitra_build_a_school_in_the_cloud?language=pt
https://www.ted.com/talks/sugata_mitra_the_child_driven_education?language=pt

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