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Quais os processos envolvidos no início e o término do processo de diferenciação gonadal no sexo masculino

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Quais os processos envolvidos no início e o término do processo de diferenciação
gonadal no sexo masculino?
As células germinativas primordiais não se originam na gônada, elas migram a partir do
saco vitelino para a gônada ao longo do mesentério da porção caudal do tubo intestinal,
aproximadamente na quinta semana do desenvolvimento embrionário. As células
germinativas primordiais dos humanos são encontradas no epitélio endodérmico do
saco vitelino nas proximidades do saco alantoide, e de lá as células germinativas migram
até o mesênquima adjacente. Depois de um tempo assumem uma posição incorporada
nas cristas gonadais. A determinação do sexo gonadal é a responsável pelo processo de
diferenciação sexual durante a vida fetal. Desse processo participam vários genes que
se correlacionam como SRY e DAX1, estes estão localizados nos cromossomos sexuais e
os autossômicos WT-1, SF-1 e SOX9. A ação desses genes no processo de determinação
gonadal ainda não está bem definida mas mudanças identificadas nestes genes
resultaram na ausência da formação gonadal ou na presença de gônadas disgenéticas.
A diferenciação da genitália interna masculina incluindo a descida testicular, requer
secreção e ação local normal da testosterona nos ductos de Wolf e do hormônio anti
mülleriano (HAM) nos ductos de Müller, impedindo sua diferenciação. A porção medular
da gônada de um embrião que possui um conjunto de cromossomos XY se desenvolve
em um testículo e o córtex regride. De modo inverso, células germinativas XX parecem
estimular o desenvolvimento do córtex da gônada prematura em um ovário e a medula
regride. O cromossomo Y possui um gene chamado SRY responsável pela formação dos
testículos. Como a mulher não tem o cromossomo Y (logo não tem o gene SRY), ocorre
a formação do tecido ovariano. Além disso, o cromossomo X possui um gene chamado
DAX, que inibe a formação testicular. Esse gene tem o poder de bloquear a ação de um
outro gene chamado WNT4. O gene WNT4, quando não inativado pelo gene SRY,
estabiliza e silencia genes de formação testicular e suprarregula o gene DAX1, que inibe
enzimas esteroidogênicas. A ausência de hormônios masculinos ou andrógenos, além
de levar os ductos genitais internos a seguirem um padrão feminino de diferenciação,
também promove o desenvolvimento da genitália externa como feminina. Da mesma
maneira, a testosterona e a diidrotestosterona (DHT) causam a masculinização da
genitália externa. O gene SRY desencadeia o desenvolvimento do testículo que produz
os andrógenos e o AMH necessários para a diferenciação sexual masculina.
Referências:
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2010.
BORON, W.F.; BOULPAEP, E.L. Fisiologia Médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
Diferenciação Gonadal

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