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TICS 13 - Diferenciação Gonadal no sexo masculino

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FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS – FAMEG 
 
NATÁLIA FREIRE DA SILVA 
 
 
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II – SOI II 
TICS 
 
 
1. Quais os processos envolvidos no início e o término do processo de 
diferenciação gonadal no sexo masculino? 
As células germinativas primordiais não se originam na gônada, elas migram a 
partir do saco vitelino para a gônada ao longo do mesentério da porção caudal do tubo 
intestinal, aproximadamente na quinta semana do desenvolvimento embrionário. As 
células germinativas primordiais dos humanos são encontradas no epitélio 
endodérmico do saco vitelino nas proximidades do saco alantoide, e de lá as células 
germinativas migram até o mesênquima adjacente. Depois de um tempo assumem 
uma posição incorporada nas cristas gonadais. 
A determinação do sexo gonadal é a responsável pelo processo de 
diferenciação sexual durante a vida fetal. Desse processo participam vários genes que 
se correlacionam como SRY e DAX1, estes estão localizados nos cromossomos 
sexuais e os autossômicos WT-1, SF-1 e SOX9. A ação desses genes no processo 
de determinação gonadal ainda não está bem definida, mas mudanças identificadas 
nestes genes resultaram na ausência da formação gonadal ou na presença de 
gônadas disgenéticas. 
A diferenciação da genitália interna masculina incluindo a descida testicular, 
requer secreção e ação local normal da testosterona nos ductos de Wolf e do 
hormônio antimülleriano (HAM) nos ductos de Müller, impedindo sua diferenciação. A 
porção medular da gônada de um embrião que possui um conjunto de cromossomos 
XY se desenvolve em um testículo e o córtex regride. De modo inverso, células 
germinativas XX parecem estimular o desenvolvimento do córtex da gônada 
prematura em um ovário e a medula regride. 
O cromossomo Y possui um gene chamado SRY responsável pela formação 
dos testículos. Como a mulher não tem o cromossomo Y (logo não tem o gene SRY), 
ocorre a formação do tecido ovariano. Além disso, o cromossomo X possui um gene 
chamado DAX, que inibe a formação testicular. Esse gene tem o poder de bloquear a 
ação de um outro gene chamado WNT4. O gene WNT4, quando não inativado pelo 
gene SRY, estabiliza e silencia genes de formação testicular e suprarregula o gene 
DAX1, que inibe enzimas esteroidogênicas. 
A ausência de hormônios masculinos ou andrógenos, além de levar os ductos 
genitais internos a seguirem um padrão feminino de diferenciação, também promove 
o desenvolvimento da genitália externa como feminina. Da mesma maneira, a 
testosterona e a didrotestosterona (DHT) causam a masculinização da genitália 
externa. O gene SRY desencadeia o desenvolvimento do testículo que produz os 
andrógenos e o AMH necessários para a diferenciação sexual masculina. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. 
 
BORON, W.F.; BOULPAEP, E.L. Fisiologia Médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2015.

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