Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS – FAMEG NATÁLIA FREIRE DA SILVA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II – SOI II TICS 1. Quais os processos envolvidos no início e o término do processo de diferenciação gonadal no sexo masculino? As células germinativas primordiais não se originam na gônada, elas migram a partir do saco vitelino para a gônada ao longo do mesentério da porção caudal do tubo intestinal, aproximadamente na quinta semana do desenvolvimento embrionário. As células germinativas primordiais dos humanos são encontradas no epitélio endodérmico do saco vitelino nas proximidades do saco alantoide, e de lá as células germinativas migram até o mesênquima adjacente. Depois de um tempo assumem uma posição incorporada nas cristas gonadais. A determinação do sexo gonadal é a responsável pelo processo de diferenciação sexual durante a vida fetal. Desse processo participam vários genes que se correlacionam como SRY e DAX1, estes estão localizados nos cromossomos sexuais e os autossômicos WT-1, SF-1 e SOX9. A ação desses genes no processo de determinação gonadal ainda não está bem definida, mas mudanças identificadas nestes genes resultaram na ausência da formação gonadal ou na presença de gônadas disgenéticas. A diferenciação da genitália interna masculina incluindo a descida testicular, requer secreção e ação local normal da testosterona nos ductos de Wolf e do hormônio antimülleriano (HAM) nos ductos de Müller, impedindo sua diferenciação. A porção medular da gônada de um embrião que possui um conjunto de cromossomos XY se desenvolve em um testículo e o córtex regride. De modo inverso, células germinativas XX parecem estimular o desenvolvimento do córtex da gônada prematura em um ovário e a medula regride. O cromossomo Y possui um gene chamado SRY responsável pela formação dos testículos. Como a mulher não tem o cromossomo Y (logo não tem o gene SRY), ocorre a formação do tecido ovariano. Além disso, o cromossomo X possui um gene chamado DAX, que inibe a formação testicular. Esse gene tem o poder de bloquear a ação de um outro gene chamado WNT4. O gene WNT4, quando não inativado pelo gene SRY, estabiliza e silencia genes de formação testicular e suprarregula o gene DAX1, que inibe enzimas esteroidogênicas. A ausência de hormônios masculinos ou andrógenos, além de levar os ductos genitais internos a seguirem um padrão feminino de diferenciação, também promove o desenvolvimento da genitália externa como feminina. Da mesma maneira, a testosterona e a didrotestosterona (DHT) causam a masculinização da genitália externa. O gene SRY desencadeia o desenvolvimento do testículo que produz os andrógenos e o AMH necessários para a diferenciação sexual masculina. REFERÊNCIAS BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. BORON, W.F.; BOULPAEP, E.L. Fisiologia Médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
Compartilhar