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Pigmentações: Pigmentos Endógenos e Exógenos

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Pigmentações
Pigmentos são substâncias coloridas, algumas das 
quais são constituintes normais das células (p. 
ex., melanina), enquanto outros são anormais e 
acumulam-se nas células somente sob 
circunstâncias especiais. Podem ser exógenos, 
provenientes de fora do corpo, ou endógenos, 
sintetizados dentro do próprio corpo. 
Pigmentos Exógenos 
 Carvão (Antracose): um poluente do ar 
ubíquo da vida urbana. Quando inalado, é 
assimilado pelos macrófagos dentro dos 
alvéolos e, então, transportado através 
dos canais linfáticos para linfonodos 
regionais na região traqueobrônquica. O 
acúmulo desse pigmento escurece os 
tecidos dos pulmões e os linfonodos 
envolvidos; 
 
 Diversos pigmentos (tatuagem): A 
tatuagem é uma forma de pigmentação 
exógena localizada da pele. Os pigmentos 
inoculados são fagocitados pelos 
macrófagos da derme, nos quais residem 
pelo resto da vida das pessoas adornadas; 
 Asbesto, sílica e carvão (Minas de 
carvão): Nos mineiros de carvão, os 
agregados de poeira de carvão podem induzir 
uma reação fibroblástica, ou até mesmo 
enfisema, e, assim, causar uma doença 
pulmonar grave conhecida c om o 
pneumoconiose do trabalhador de carvão; 
 Caroteno 
 Clorofila 
Os pigmentos geralmente não suscitam 
nenhuma resposta inflamatória!! 
Pigmentos Endógenos 
 Lipofuscina: é um pigmento insolúvel, 
também conhecido como lipocromo ou 
pigmento do desgaste; 
- A lipofuscina não é nociva à célula ou às 
suas funções; Sua importância reside no 
fato de ser o sinal de alarme de lesão por 
radicais livres e peroxidação lipídica. 
- Em secções teciduais, aparece como um 
pigmento citoplasmático, frequentemente 
perinuclear, finamente granular e 
castanho-amarelado; 
- É observada em células sofrendo 
alterações regressivas lentas e é 
particularmente proeminente no fígado e 
coração de pacientes que estão 
envelhecendo ou naqueles com 
desnutrição grave e caquexia do câncer. 
 
 
Grânulos de lipofuscina em miócitos cardíacos mostrados por 
(A) microscopia óptica (depósitos indicados por setas) e (B) 
microscopia eletrônica (note a localização intralisossômica 
perinuclear). 
 Melanina: é um pigmento endógeno 
pretoacastanhado, não derivado de 
hemoglobina, formado quando a enzima 
tirosinase catalisa a oxidação da tirosina 
em diidroxifenilalanina nos melanócitos. 
- Hipopigmentação: 
*Albinismo (falta de enzima ou de ação); 
*Vitiligo (eliminação de melanócitos). 
-Hiperpigmentação: 
*Nevos: pequenos tumores cutâneos, 
geralmente escuros, que se desenvolvem a 
partir das células produtoras de pigmento da 
pele (melanócitos); 
 
*Melanomas: ocorre quando as células 
produtoras dos pigmentos que dão cor à pele 
tornam-se cancerígenas. 
-Pigmentação: 
*Melanose ectópica: melanina em lugares 
atípica não associada à causa tumoral. 
 Derivado da hemoglobina: 
 
 
- A hemossiderina é um pigmento granular ou 
cristalino, amarelo a castanho-dourado, 
derivado da hemoglobina, sendo a principal 
forma de armazenamento do ferro; 
- O ferro normalmente é transportado por 
proteínas transportadoras específicas, as 
transferrinas; 
- Quando há um excesso local ou sistêmico de 
ferro, a ferritina forma grânulos de 
hemossiderina; 
- Sob condições normais, pequenas 
quantidades de hemossiderina podem ser 
observadas em fagócitos mononucleares da 
medula óssea, baço e fígado, que são 
ativamente dedicados à degradação dos 
eritrócitos. 
- O melhor exemplo de hemossiderose 
localizada é a equimose comum. No local da 
lesão, os eritrócitos extravasados são 
fagocitados durante vários dias pelos 
macrófagos, que degradam a hemoglobina e 
recuperam o ferro. Após a remoção do ferro, 
a fração heme é convertida primeira à 
biliverdina (“bile verde”) e, então, à 
bilirrubina (“bile vermelha”). Em paralelo, o 
ferro liberado da heme é incorporado na 
ferritina e, finalmente, na hemossiderina. 
Essas conversões respondem pelo jogo 
dramático de cores visto em uma equimose 
em recuperação, que tipicamente muda de 
azul-avermelhada para azulesverdeada e para 
amarelo-dourada, antes de resolver. 
- As principais causas de hemossiderose são: 
(1) absorção aumentada de ferro alimentar; 
(2) anemias hemolíticas, nas quais 
quantidades anormais de ferro são liberadas 
dos eritrócitos; e (3) transfusões repetidas 
porque os eritrócitos transfundidos 
constituem uma carga exógena de ferro. 
 
Icterícia: produção excessiva de bilirrubina, 
redução da captação da bilirrubina pelo fígado, 
falha na produção do glicuronato de bilirrubina, 
necrose hepática, redução da excreção para os 
canais biliares e obstrução do canal biliar. 
Classificação: 
▪ Pré-hepática: decorrente do alto teor de 
hemólise, o que aumenta a concentração 
plasmática de bilirrubina não conjungada. 
Ex.: Anaplama ap., Ehrlichia canis, Babesia sp., 
anemia infecciosa equina. 
▪ Hepática: redução na captação, conjugação e 
transporte de bilirrubina pelos hepatócitos para 
os canais biliares. Isso causa aumento da 
concentração de bilirrubina conjugada ou não 
conjugada no plasma. 
 Ex.: hepatite, cirrose, intoxicação, Fascíola 
hepática. 
▪Pós-hepática: obstrução dos canalículos biliares 
para a passagem de bilirrubina conjugada. 
Ex.: neoplasias, Eimeria Stiedae (coelho). 
Calcificações 
Calcificação Patológica: é a deposição tecidual 
anormal de sais de cálcio, juntamente com 
quantidades menores de ferro, magnésio e 
outros minerais. Há duas formas de calcificação 
patológica: 
- Quando o depósito ocorre localmente em 
tecidos que estão morrendo, é conhecido como 
calcificação distrófica; ocorre a despeito de níveis 
séricos normais de cálcio e na ausência de 
perturbações no metabolismo do cálcio; 
- O depósito de sais de cálcio em tecidos normais 
é conhecido como calcificação metastática, e 
quase sempre resulta de hipercalcemia 
secundária a algum distúrbio do metabolismo do 
cálcio. 
Calcificação Distrófica: é encontrada em áreas de 
necrose, sejam estas do tipo coagulativa, caseosa 
ou liquefativa, e em focos de necrose enzimática 
da gordura; 
- Qualquer que seja o local do depósito, os sais de 
cálcio aparecem macroscopicamente como 
grânulos ou grumos finos brancos, muitas vezes 
palpáveis como depósitos arenosos; 
Morfologia: 
- Histologicamente, com a coloração rotineira de 
hematoxilina e eosina, os sais de cálcio exibem 
aparência granular, amorfa e basofílica, algumas 
vezes agregada. Podem ser intracelulares, 
extracelulares, ou em ambas as localizações. No 
decorrer do tempo, osso heterotópico pode ser 
formado no foco da calcificação. Eventualmente, 
células necróticas individuais constituem cristais 
que são incrustados pelos depósitos de minerais. 
A aquisição progressiva de camadas externas cria 
configurações lamelares chamadas de 
corpúsculos de psamoma devido à sua 
semelhança a grãos de areia. Alguns tipos de 
câncer papilar (p. ex., da tireoide) são capazes de 
desenvolver corpúsculos de psamoma. Na 
asbestose, os sais de ferro e cálcio se reúnem ao 
longo de espículas delgadas de asbesto no 
pulmão, criando formas exóticas de halteres com 
contas. 
Patogenia: 
- Na patogenia da calcificação distrófica, a via 
comum final é a formação de mineral fosfato de 
cálcio cristalino na forma de uma apatita 
semelhante à hidroxiapatita do osso. Acredita-se 
que nas células o cálcio esteja concentrado em 
vesículas ligadas à membrana por um processo 
que é iniciado pela lesão da membrana e que 
possui várias etapas: 
(1) o íon cálcio liga-se aos fosfolipídios presentes 
na membrana da vesícula; 
(2) fosfatases associadas à membrana geram 
grupos de fosfato, que se ligam ao cálcio; 
(3) o ciclo de ligação de cálcio e fosfato é 
repetido, elevando as concentrações locais e 
produzindo um depósito perto da membrana e 
(4) ocorre uma alteração estrutural no arranjo 
dos grupos de cálcio e fosfato, gerando um 
microcristal, que pode, então, propagar-se e levar 
a mais deposição de cálcio. 
Calcificação Metastática: pode ocorrer 
amplamente no corpo, mas afeta principalmente 
os tecidos
intersticiais da mucosa gástrica, rins, 
pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares. 
Embora de localização bastante diferente, todos 
esses tecidos excretam ácido e, portanto, têm um 
compartimento interno alcalino que os predispõe 
à calcificação metastática. Em todos esses locais, 
os sais de cálcio assemelham-se aos descritos na 
calcificação distrófica. Assim, podem ocorrer 
como depósitos amorfos não cristalinos ou, em 
outras vezes, como cristais de hidroxiapatita.

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