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Avaliação Econômica de Projetos Depreciação Depreciação é a redução de valor de um produto/equipamento na medida em que o tempo passa, resultado de desgaste ou obsolescência ao longo do tempo. A depreciação pode ser: · Física -> resultante do uso ou por choque, impactos, etc; · Funcional -> resultante de obsolescência ou inadequação do equipamento; · Acidental -> resultante de avarias que ocorrem durante o uso do equipamento. No Brasil, em termos contábeis, o cálculo da depreciação deve obedecer aos critérios determinados pelo governo através da Secretaria da Receita Federal (IN RFB nº 162, de 31 de dezembro de 1998), que estipula os prazo e taxas de depreciação. IN RFB 162: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=15004&visao=original Segundo a IN RFB nº 162, a depreciação prevê que a perda de valor é linear ao longo de toda vida útil do bem (produto, equipamento). Apesar disso, alguns produtos possuem um modelo diferente de análise de depreciação, são os terrenos e as edificações. Esses dois são exceções quando se trata de depreciação. Por mais que sejam usados, os terrenos e as edificações não sofrem desgastes, podendo desvalorizar ou valorizar, mas não pelo uso e sim por fatores externos como a oscilação no valor de mercado. Isso significa que são registrados pelo seu custo e, consequentemente, não sofre depreciação apesar de seguirem a mesma regra de todos os demais ativos imobilizados de uma empresa. Nesse caso em especial, o valor do produto é avaliado através do teste de impairment, que é reavaliar anualmente o valor contábil de um bem imobilizado. O teste de impairment pode ser aplicado utilizando diferentes métodos lineares: · Método 1 – Valor em Uso: É calculado o valor que se espera obter no fluxo de caixa com o ativo; · Método 2 – Valor Justo: É calculado o valor de mercado do ativo que uma empresa possui. A Depreciação e a sua Representação Contábil Contabilmente falando, a depreciação só faz sentido como uma despesa que tem o efeito de reduzir a tributação (imposto de renda), pois na verdade ela não representa desembolso real (saída de caixa) realizado por uma empresa. A receita federal entende que a depreciação faz parte do abatimento do imposto de renda porque é uma perda que acontece ao longo do ano. Nesse caso, quando se apura o fluxo de caixa líquido a partir de um demonstrativo de resultados projetado (DRE), a depreciação deve ser somada de volta ao lucro líquido, pois ela entra somente para o cálculo do imposto. Obs.: A depreciação afeta “indiretamente” o fluxo de caixa dos projetos, pois altera o custo conforme o abatimento anual do imposto de renda. Depreciação Método Linear A depreciação varia de modo linear ao longo da vida útil do equipamento, sendo que no início da vida útil a depreciação é maior. Este é o método mais utilizado no Brasil. Vo R To n Vo = valor de compra R = valor residual To = Tempo inicial n = vida útil Gráfico: Modelo de depreciação linear Existem vários modelos de cálculo para depreciação linear. Iremos abordar 2 modelos, são eles: a) Modelo 1 – Uso de taxa de depreciação Esse modelo sugere o uso de uma taxa de depreciação para descobrir a perda de valor ao longo dos anos. Fórmulas: VD = Vo x i VE = Vo - (VD * Td) Onde: VD = Valor da depreciação Vo = Valor de aquisição do equipamento VE = Valor do equipamento depreciado Td = Tempo desejado para cálculo i = taxa Exemplo: Uma máquina é comprada pelo valor de R$ 110.000,00. Sabe-se que a vida útil da máquina é de 10 anos e que a empresa usa uma taxa anual de 5% para depreciação. Qual o valor da máquina daqui a 6 anos? Vo = 110.000,00 i = 5% Td = 6 anos Aplicando a fórmula: VD = Vo x i VD = 110.000,00 * 0,05 VD = 5.500,00 VE = Vo - (VD * Td) VE = 110.000,00 – (5.500,00 * 6) VE = 77.000,00 Aplicando na tabela de depreciação anual: Ano Depreciação Valor do produto 0 110.000,00 1 5.500,00 104.500,00 2 5.500,00 99.000,00 3 5.500,00 93.500,00 4 5.500,00 88.000,00 5 5.500,00 82.500,00 6 5.500,00 77.000,00 7 5.500,00 71.500,00 8 5.500,00 66.000,00 9 5.500,00 60.500,00 10 5.500,00 55.000,00 Modelo 2 – Uso de coeficiente Linear Esse modelo sugere o uso de um coeficiente linear para descobrir a perda de valor ao longo dos anos. Nesse modelo é necessário analisar o mercado atual. Fórmulas: m = (Vm – Vo) / (Tm – To) VE = Vo + (m * Td) Onde: m = Coeficiente linear Vm = Valor de mercado do equipamento Vo = Valor de aquisição do equipamento Tm = Tempo de mercado do equipamento analisado To = Tempo inicial do equipamento analisado VE = Valor do equipamento depreciado Td = Tempo desejado para cálculo Exemplo: Uma empresa adquire uma máquina nova, no qual foi comprada pelo valor de R$ 180.000,00 e precisa fazer o caçulo de depreciação para 5 anos. Sabe-se que o valor de mercado de venda dessa mesma máquina depois de 9 anos de uso é de R$ 70.000,00. Vo = 180.000,00 To = 0 anos Vm = 70.000,00 Tm = 9 anos Td = 5 anos Aplicando a fórmula: m = (Vm – Vo) / (Tm – To) m = (70.000,00 – 180.000,00) / (9 – 0) m = -12.222,22 VE = Vo + (m * Td) VE = 180.000,00 + (-12.222,22 * 5) VE = 118.888,89 Aplicando na tabela de depreciação anual: Ano Depreciação Valor do produto 0 180.000,00 1 12.222,22 167.777,78 2 12.222,22 155.555,56 3 12.222,22 143.333,33 4 12.222,22 131.111,11 5 12.222,22 118.888,89 6 12.222,22 106.666,67 7 12.222,22 94.444,44 8 12.222,22 82.222,22 9 12.222,22 70.000,00 10 12.222,22 57.777,78
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