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Terapias Coletivas - Livro Digital

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Prévia do material em texto

Terapias Coletivas
ACESSE AQUI O SEU LIVRO 
NA VERSÃO DIGITAL!
Dra. Lilian Rosana dos Santos Moraes 
Esp. Marcia Elaine Angeli de Toledo Bonemer
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3419
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis 
Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. BONEMER, Marcia Elaine Angeli 
de Toledo. MORAES,Lilian Rosana dos Santos.
Terapias Coletivas. 
Marcia Elaine Angeli de Toledo Bonemer.
Lilian Rosana dos Santos Moraes.
Maringá - PR.: Unicesumar, 2021. 
128 p.
“Graduação - EaD”. 
1. Terapias 2. Coletivas 3. Bem-estar. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 615.851 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
ISBN 978-65-5615-165-6
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679 Fotos: Shutterstock
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar
Diretoria de Design Educacional
Equipe Produção de Materiais
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Reitor 
Wilson de Matos Silva
Neste mundo globalizado e dinâmico, 
nós trabalhamos com princípios éticos 
e profissionalismo, não somente para 
oferecer educação de qualidade, mas 
também, acima de tudo, gerar a conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. 
Baseamo-nos em quatro pilares: 
intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Assim, iniciamos a Unicesumar em 1990, 
com dois cursos de graduação e 180 
alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil, 
nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Londrina, Curitiba e Ponta Grossa) e em 
mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil 
e, também, no exterior, com dezenas de 
cursos de graduação e pós-graduação. Por 
ano, produzimos e revisamos 500 livros e 
distribuímos mais de 500 mil exemplares. 
Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 por 
sete anos consecutivos e estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as 
necessidades de todos. Para continuar 
relevante, a instituição de educação 
precisa ter, pelo menos, três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a 
qualidade.Por isso, desenvolvemos para 
os cursos híbridos, metodologias ativas, 
as quais visam reunir o melhor do ensino 
presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão,
que é promover a educação de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento,
formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
BOAS-VINDAS
Olá! Meu nome é Márcia Angeli. Sou casa-
da com o Christian Bonemer, mãe de dois 
filhos lindos: um é Advogado (Bruno) e ou-
tro é Artista (Hugo). Já sou vovó do Max 
e tenho minha filha/nora Letícia. Muitas 
pessoas me conhecem como profissional 
da Dança. Tenho um conhecimento abran-
gente nessa área. Eu sou proprietária da 
Academia Márcia Angeli, desde 1983, sou 
Diretora, professora, coreógrafa, drama-
turga, figurinista e cenógrafa. Tenho mui-
tas premiações e registro na calçada da 
fama no Festival de Dança em Joinville. 
Sou Fundadora do JUNTOS PELA DANÇA 
BRASIL, uma associação dos profissionais 
de dança do nosso País. Faço edição de 
áudios e vídeos. Apesar de tudo o que 
eu faço, me considero super tímida. Sou 
apaixonada pela natureza. Amo vasos gi-
gantes, e tenho uma ligação grande por 
plantas, em especial os pendentes. Amo 
ajudar as pessoas e respeito as diversida-
des. Sou péssima na cozinha, mas adoro 
arrumar uma boa mesa. A minha ligação 
com a Fisioterapia é a necessidade em 
buscar o conhecimento incansavelmente 
do corpo e aplicar o conhecimento aos 
meus alunos. Procuro pesquisar o corpo 
não apenas em suas questões físicas, mas 
metafísicas. Por isso sou especialista em 
Acupuntura, Dermato Funcional, alguns 
módulos de ortopedia e em Dança. E ago-
ra, estou muito feliz em estar com você!!!
Link Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0156651067798164
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3559
Assim, nasceu o amor pela docência. Ao 
voltar para minha cidade natal, iniciei o 
trabalho como fisioterapeuta, mas com o 
sonho de ser professora, procurei a Uni-
Cesumar que, na época, era Cesumar, 
para pleitear uma vaga na graduação que 
havia iniciado em fisio, porém, naquele 
momento, não havia. 
Observando a necessidade que os alunos 
teriam em realizar estágio com crianças 
na área de Pediatria, entrei em contato 
com uma ONG, Associação Norte Para-
naense de Reabilitação- ANPR, para pro-
por uma parceria com a IES, criando o es-
tágio dos alunos de Fisioterapia na ANPR, 
assim iniciei na docência que tanto amo e 
estou até hoje. Fiquei 18 anos no presen-
cial, como docente em vários cursos da 
saúde e 10 anos como Coordenadora de 
Estética e Cosmética e após ser convidada 
a construir os cursos de Bem-Estar, a IES 
permitiu que eu escolhesse ficar no pre-
sencial ou encarar o desafio da educação 
à distância. Hoje, estou á 2 anos no EAD, 
cuidando dos filhos que criei com muito 
amor. Em 2019, iniciei um doutorado em 
Promoção da Saúde na UniCesumar, e 
por meio dos estudos que já realizava em 
Políticas Públicas e com as discussões nas 
aulas de políticas voltadas para a melhora 
da qualidade de vida da população, resol-
vi me aventurar na Política, saindo como 
candidata a vice prefeita de Maringá. Sou 
abençoada com uma família que amo, 
casada com o Advogado e também pro-
fessor na IES, Carlos Alexandre Moraes, 
meu companheiro para todas as horas e 
temos uma pequena flor que Deus nos 
presenteou, Isabela Moraes. Amo estar 
em casa com minha família e viajar, pois 
alimenta a alma e nos traz experiências 
que ficam eternamente na memória.
Link Lattes:
http://lattes.cnpq.br/8428839515152168
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
MEU CURRÍCULO
MINHA HISTÓRIA
Olá estudante, tudo bem? Meu nome é Li-
lian Rosana dos Santos Moraes, mas todos 
me conhecem por Profa. Lilian Moraes, 
por estar na área da educação já há 20 
anos. Sou natural de Maringá-Pr, no en-
tanto, quando chegou a hora de prestar 
vestibular, como não havia Fisioterapia 
em minha cidade, fui morar em Lins-SP 
para realizar um sonho: ser Fisioterapeuta 
para cuidar de crianças com dificuldades 
motoras. Fiquei 4 anos por lá e durante 
3 anos da graduação que era de tempo 
integral (da 2ª a 4ª série) fui monitoria das 
disciplinas de Anatomia Humana, Micro-
biologia e Biologia, para os estudantes 
que tinham dificuldades com o conteúdo. 
http://lattes.cnpq.br/8428839515152168
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3560
REALIDADE AUMENTADA: sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado 
à internet e inicie o aplicativo Unicesumar Experience. Aproxime seu dispositivo 
móvel da página indicada e veja os recursos em Realidade Aumentada. Explore as 
ferramentas do App para saber das possibilidades de interação de cada objeto.
PODCAST: professores especialistas e convidados, ampliando as discussões 
sobre os temas.
PÍLULA DE APRENDIZAGEM: uma dose extra de conhecimento é sempre 
bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode sobre o código, você terá 
acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido.
PENSANDO JUNTOS: ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar 
e transformar. Aproveite este momento!
EXPLORANDO IDEIAS: com este elemento, você terá a oportunidade de explorar 
termos e palavras-chave do assunto discutido, de forma mais objetiva.
EU INDICO: enquanto estuda, você pode acessar conteúdos onlineque ampliaram a 
discussão sobre os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos online. O download do 
aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store
IMERSÃO
RECURSOS DE 
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
11
69
39
99
Aplicação 
Terapêutica da 
Música como 
Recurso para o 
Bem-estar
Dança Circular
Biodança
Terapia Comunitária 
Integrativa
1
3
2
4
INICIAIS
PROVOCAÇÕES
Como um profissional da saúde e do bem-estar, você deve estar atento aos sinais e sintomas que seu/sua 
paciente/cliente apresenta, sendo necessário na anamnese, a fim de coletar o maior número de dados 
que o possibilite trabalhar com conhecimento técnico e assertividade. Para testarmos essa competência, 
imagine a seguinte situação: você recebe, em sua clínica, um(a) paciente/cliente, que, independentemente 
da área terapêutica que você atue, você percebe que seria necessário agregar algo a mais em seu trata-
mento como uma música, uma dança ou até mesmo uma boa conversa e a interação com outras pessoas, 
com ensinamentos e troca, desenvolvendo a generosidade e o respeito mútuo. 
Você saberia como incluir algum desses recursos e elaborar um protocolo de atendimento? Você sabia 
que o som é capaz de curar doenças? E que sua/sua paciente pode melhorar com a aplicação de uma 
música? Que a dança é capaz de transformar sua vida, prevenir e curar até mesmo a depressão? Que 
existem outras formas de dançar de maneira não coreografada que são capazes de modificar sua forma 
de pensar sobre a vida? Que uma roda de conversa pode ser uma grande ferramenta para iniciar uma 
ressignificação de sua mente e retirar o sofrimento mental?
A vida em sociedade requer o convívio entre as pessoas. Os relacionamentos são baseados em trocas 
que, muitas vezes, devido às demandas do mundo contemporâneo, acabam ficando falhos. Inclusive, 
há inúmeros fatores, como estresse, ansiedade e até mesmo a depressão que provocam conflitos e 
sofrimentos, consequentemente atrapalhando a convivência. Nesse contexto, a saúde é uma das peças 
fundamentais para estar bem e ela engloba estado físico, emocional, espiritual, mental e social. As tera-
pias que trabalhem com o som, a dança e a convivência harmônica podem contribuir de forma holística 
para a promoção da saúde.
Que tal provarmos como um desses recursos pode contribuir para nossa saúde? Então vamos fazer uma 
prática bastante simples: monte uma playlist com umas cinco músicas, começando por aquelas de ritmo 
mais agitadas, como rock, seguidas por outras mais suaves e tranquilizantes como canções instrumentais, 
até ritmos que provoquem sono. Depois de montar, ouça cada uma delas, nessa sequência. 
TERAPIAS COLETIVAS
INICIAIS
PROVOCAÇÕES
Após vivenciar os efeitos empíricos que os sons exercem sobre o seu corpo, complemente a experiência 
pesquisando, em sites, artigos científicos que discorrem sobre os efeitos da música nos seres humanos. 
A proposta aqui é te orientar para um caminho seguro, para que você tenha essa continuidade da pes-
quisa e do conhecimento.
Mediante a vivência com os sons e a pesquisa sobre as evidências científicas, reflita sobre: conseguiria 
fazer indicações terapêuticas com o uso da música? Na sua cidade, é comum encontrar terapias como 
aquelas que você encontrou?
Para que você adquira proficiência para trabalhar com Terapias Coletivas, é necessário adquirir alguns 
conhecimento teóricos, como a fundamentação fisiológica do porquê o som cura, sua fisiologia, a sua 
importância para a otimização da plasticidade neural, suas interferências no corpo, exemplos de sons e 
algumas técnicas para a sua utilização, e que cada um tem a sua identidade sonora.
Além do som, estudaremos a Biodança por meio do Rolando Toro Araneda, como é empregado essa 
terapia. Você conhecerá o que é princípio Biocêntrico, como se organiza as sessões verbais e não verbais, 
o uso da música e consignas, como é a condução de um facilitador de Biodança, bem como entenderá a 
importância de trabalhar a dança de forma integrada ao bem-estar físico e emocional
Outra modalidade de Terapias Coletivas que você terá contato é com as Danças Circulares, seus benefícios 
e o que necessita para ser um focalizador e entender essa forma de movimento meditativo. Além delas, 
nas Terapias comunitárias integrativas, você aprenderá a como ajudar seu/sua paciente/cliente em uma 
roda de conversa, ajudando no sofrimento e inquietações mentais.
Esta disciplina abordará as Práticas Integrativas (PICs) que trabalham com a música, a dança, e a terapia 
em grupo, dando suporte para que você, terapeuta, tenha mais ferramentas para trabalhar com seus 
clientes/pacientes e possam propor técnicas terapêuticas em grupos. Ficou entusiasmado(a)? Convido 
você para mergulhar neste universo tão encantador. 
Vamos lá?
1
OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Aplicação Terapêutica 
da Música como Recurso 
para o Bem-estar
Dra. Lilian Rosana dos Santos Moraes 
Esp. Marcia Elaine Angeli de Toledo Bonemer
A Unidade um promete ser interessante e divertida, pois você conhecerá a 
música como uma grande ferramenta para o tratamento de seu paciente/
cliente dentro das Terapias Coletivas. Além do mais, a plasticidade neural, 
como o processo de remodelação neural, trará entendimento de como 
o som percorre dentro do organismo, além dos ouvidos, ressaltando os 
chakras.
12
UNICESUMAR
Você já sentiu, em algum momento de sua vida, que a música transformou os sentimentos que 
estavam lhe causando mal? Ou, ainda, escutando uma música, você já se lembrou de coisas im-
portantes? E se eu afirmar que existem sons benéficos e sons maléficos à sua saúde, o que você me 
diria? Que a música pode curar doenças, se for aplicada às práticas de Terapias Coletivas, como 
a Biodança, a Dança Circular e a Terapia Comunitária Integrativa, você sabia? 
O som é a nossa comunicação mais comum, sendo uma das formas que encontramos para enten-
der o mundo ao nosso redor. Usamos os nossos sentidos (audição, tato, paladar, olfato e visão) para 
a comunicação e entendimento do mundo externo. Cada um de nós apresenta uma característica 
própria e singular em relação a esses sentidos, o que nos faz ter mais habilidades ou não. Por ser a 
audição uma porta de entrada de informações, esta é também uma possibilidade de receber a cura. 
Até mesmo os deficientes auditivos são influenciados pelo campo vibratório das ondas sonoras, pois 
não podemos esquecer que estas ondas são mecânicas.
Nesse sentido, a utilização da música e/ou seus elementos 
(som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeu-
ta qualificado, isto é, o profissional que atua nesta área, 
proporciona objetivos terapêuticos que podem atuar 
em vários aspectos do indivíduo, como em suas ne-
cessidades físicas, emocionais, mentais, espirituais, 
sociais e cognitivas (BARCELLOS, 2004). Inclusi-
ve, pesquisas com Terapias associadas à Música 
ou mesmo ao estudo da Musicoterapia estão 
indicando que o Musicoterapeuta pode estar 
junto à equipe multiprofissional e contri-
buir no tratamento não medicamentoso. 
13
UNIDADE 1
Você já sabe que existem sons benéficos e outros prejudiciais à saúde, não é mesmo? Agora, proponho um 
rápido e divertido exercício para aguçar a percepção e a sensação da música sobre o seu corpo. Vamos lá?! 
Siga os passos tomando nota de seus sentimentos e sensações.
1 -Componha uma coleção de músicas variadas. Pode ser samba, músicas de filmes de suspense, comédia, 
ação ou romance, música clássica, sacra e intuitiva. Procure pelo menos sete estilos musicais que possam 
aflorar sentimentos diferentes, como alegria, tristeza, preocupação, leveza, intuição, espiritualidade e sedução.
2 -Com a lista organizada das músicas, vá para um lugar tranquilo e tenha um controle ao seu alcance.
3 -Deite e faça exercícios com sua respiração. Inspire e expire três vezes, sendo que o tempo de sua 
expiração deverá ser duas vezesmaior do que a sua inspiração.
4 - Deixe tocar as músicas uma a uma enquanto você permanece com os olhos fechados.
5 - Perceba as sensações de seu corpo a cada música, como respiração, algumas contrações, angústia, 
medo, alegria, paz, raiva, sensualidade, preocupação etc.
6 - Ao final de cada música, descreva, em seu Diário de Bordo, todas as anotações das percepções, 
seguindo o breve roteiro. 
a) Em qual região de seu corpo você sentiu a música bater 
mais forte? 
b) Qual sentimento você relata após ouvir cada música? Tris-
teza, alegria, raiva, sensualidade, preocupação, paz etc.?
c) Quais memórias afetivas vieram à mente? Se não houve 
nenhuma, provoque agora uma lembrança e descreva a 
primeira imagem que lhe vier à mente.
d) Com o aparelho desligado, liste quais sons você está ou-
vindo, desde os que estão mais longe, até os que estão à sua 
volta, além dos sons de seu próprio corpo.
14
UNICESUMAR
D
IÁ
R
IO
 D
E 
B
O
R
D
O
Percebe como a música pode nos envolver e influenciar as nossas 
emoções, por exemplo, a alegria, criando sentimentos como o 
amor? Devido a isso, algumas técnicas de terapias integrativas 
e complementares utilizam a música como uma ferramenta em 
diversos tratamentos que podem interferir diretamente no estado 
de consciência do indivíduo ou na capacidade de influenciar 
coletivamente no comportamento das pessoas. 
Barcellos (2004) considera que a musicoterapia acaba tendo 
três objetivos fundamentais na vida humana, sendo o estabeleci-
mento ou o restabelecimento das relações interpessoais, melhora 
da autoestima e o poder de energizar o indivíduo por meio do 
ritmo. A partir desse momento, com essa vivência, você deve ter 
em mente o quanto a música é capaz de proporcionar diferentes 
sensações, por exemplo, conforto e desconforto. Essas sensações 
experimentadas em seu próprio corpo são fundamentais para 
que você tenha entendimento do que pode acontecer no corpo 
de seu paciente/cliente, a fim de compreender seus sentimentos.
15
UNIDADE 1
Podemos perceber a influência que o som faz em nossas vidas, 
quando observamos a irritabilidade e o cansaço mental que ficamos, 
quando estamos o dia todo em contato com barulho de construção 
ou reforma, por exemplo. Sabe aquele som de britadeira, martelo, 
serrote e soldagem o dia todo em nosso ouvido? Irrita, não é mes-
mo!?Contudo, em contrapartida, quando ouvimos um som que nos 
agrada ou que nos remete a lembranças de momentos felizes que 
vivemos, dependendo do ritmo da música, temos a sensação de le-
veza, tranquilidade, animação, aumento da energia e da disposição. 
Figura 1 - Terapia com música em grupo
O som está intimamente conectado à existência do homem, e a música está cravada em suas memórias 
mais antigas, como: nas canções cantadas ainda na vida intrauterina, nas canções de ninar, nas inú-
meras canções experimentadas na infância e nas que você experimenta até o seu presente momento. 
Cada som, somado às emoções, traz uma interpretação individual. Tanto você quanto eu temos 
histórias de vidas diferentes, com vivências sonoras únicas, o que nos tornam pessoas com uma digital 
sonora única, uma identidade sonora (GASPARINI, 2003).
É interessante destacar que em termos históricos, desde os tempos mais remotos, o homem e a mulher 
perceberam todo o seu potencial musical. Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, 
madeiras, o próprio corpo e a voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras, 
surgindo, assim, a música (SANTOS; CAMARGO FILHO; ROCHA, 2018). 
Os diversos tipos de sons compõem uma música e, historicamente, a música sempre influencia e é 
influenciada pela cultura local de uma sociedade, e está presente na maioria das celebrações humanas. 
Isso porque a música é um fenômeno exclusivamente feito por humanos para a interação social, e é 
um comportamento aprendido. Não existe a música por si só; ela sempre é feita por seres humanos 
por meio de algum objeto ou parte do corpo, como o assobio ou as palmas.
16
UNICESUMAR
REALIDADE
AUMENTADA
A transformação da música 
em ondas elétricas
Em suma, a música não pode ser definida apenas como um fenômeno sonoro, pois envolve o com-
portamento de indivíduos e grupos de indivíduos, e sua organização particular exige a concordância 
social de pessoas que decidem o que ela pode ou não ser (MARCONATO, 2003).
Além da dimensão sócio-histórica que envolve a música, enquanto produto de interação social e 
abarcando na dimensão biológica da vida, povos orientais, como a Índia, ao longo dos tempos, tive-
ram uma grande experimentação em relação a cada tipo de som, e o que cada som provoca em seu 
organismo, não apenas pela porta de entrada auditiva, mas também pela compreensão dos chakras 
(SIEGEL; BARROS, 2012).
Com o tempo, houve grandes avanços científicos e sua comprovação quanto à eficácia da música e 
determinamos tipos de sons nos tratamentos das doenças. O uso da música como forma terapêutica 
surgiu após as Guerras Mundiais, em que foi descoberto que as dores e angústias de muitos soldados 
feridos podiam melhorar com o uso da música (SACKS, 2007).
Vários autores, por exemplo, Leinig (2008), comprovam a música como ferramenta terapêutica, sendo 
a musicoterapia uma delas, a qual é considerada uma profissão, em que pode ser aplicada por pessoa 
qualificada que usa a música de forma prescrita e clínica como intervenção terapêutica. Benezon (1985) 
descreve que a musicoterapia tem como objetivo facilitar e promover a expressão da comunicação e, 
com isso, melhorar relacionamentos sociais e até mesmo o aumento cognitivo.
Pense, agora, em um mundo tanto “micro” quanto “macro”. Tudo que há nesse mundo, desde seres 
humanos, animais, plantas, pedras, areia, pó etc., é composto por átomos que estão em constante mo-
vimento, que gera um tipo de som/ruído. Nosso próprio corpo apresenta vários tipos de sons. Para 
você entender, basta que retome a matéria de física no colégio, em que o(a) professor(a) nos dizia: “toda 
matéria é constituída por átomos, e esses estão em constante movimento” (CARUSO, 1994).
Uma molécula, de acordo com Caruso (1994), é constituída de um 
ou vários átomos presente nos seres vivos. As moléculas estão em 
um constante movimento de “vai e vem” o que gera uma vibração. 
Esse movimento vibracional gera os sons/ruídos. Alguns sons são 
audíveis e outros inaudíveis aos seres humanos, mas os sons estão 
por aí, em toda a parte, muitos e muitos ruídos (TROTTA, 2019).
No entanto, você precisa saber que um ruído apenas não traduz 
uma música. Um ruído é apenas um ruído. A música tem como 
característica a organização de diversos ruídos ou sons, com uma 
estrutura definida como ritmo, harmonia e melodia; entretanto, nem 
toda música causa bem-estar. Existem sons que são prejudiciais à 
saúde humana, bem como aqueles que elevam seu bem-estar, indo 
desde a prevenção até um bom tratamento (WISNIK, 1989).
17
UNIDADE 1
Com tudo isso, percebe-se que para ser um Musicoterapia, de 
acordo com Rocha (2013), há um longo caminho de estudos em gra-
duação e pós-graduação nesta área, da mesma forma que em outras 
formações. Por esse motivo, estou apenas esboçando uma proposta 
para que seja um diferencial em sua profissão. Sobre os conceitos, 
para que você, estudante, compreenda a Musicoterapia, escolhi estes:
Segundo o Centro de Musicoterapia Benenzon (1985), a Musi-
coterapia é a utilização terapêutica dos elementos sonoro-musicais 
com intuito de propiciar saúde, bem-estar e qualidade de vida ao 
ser humano.
O musicoterapeuta é o profissional capacitado para a utilização de 
procedimentos e técnicas específicas da área no atendimento de crian-
ças, adultos e idosos em diferentes âmbitos da atuação profissional. 
Ele pode atuar em áreas como: Saúde, Educação, Social/Comunitária, 
organizacional, entre outras (MARCONATO, 2003).
A World Federation of Music Therapy (WFMT), em 2011, traz 
uma definição atualizada da Musicoterapia, dizendo que esta téc-
nica é a utilização profissional damúsica e seus elementos, para 
a intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidiano 
com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que procuram 
otimizar a sua qualidade de vida e melhorar suas condições físicas, 
sociais, comunicativas, emocionais, intelectuais, espirituais e de 
saúde e bem-estar. 
A investigação, a educação, a prática e o ensino clínico em mu-
sicoterapia são baseados em padrões profissionais de acordo com 
contextos culturais, sociais e políticos (PASSARINI, 2013).
Na fundamentação teórica da Musicoterapia, temos o Modelo 
Benenzon de MBMT, em que, em Marconato (2003), é conhecido 
como um dos cinco modelos mais importantes de atuação em mu-
sicoterapia. Este foi criado pelo Prof. Dr. Rolando Benenzon, um 
médico psiquiatra, psicanalista e músico, ativista da musicoterapia. 
18
UNICESUMAR
O MBMT é caracterizado pela inter-relação de discursos filosóficos, científicos, 
artísticos e literários e um de seus embasamentos clínicos é que cada ser humano 
possui uma identidade sonora já descrita. Ademais, a identidade Sonora é um fator 
predominante na Musicoterapia, em que o Terapeuta a considera para diferenciar o 
tratamento a cada paciente (BRENNAN, 2009). 
Você percebe que, neste modelo MBMT, o terapeuta deve estar apto e disponível 
para realizar, junto com o seu paciente, ações como o de tocar algum instrumento, 
criar ou reinventar alguma composição musical, dançar, escutar alguma melodia 
ou ficar em silêncio, com o intuito de ofertar ao cliente a possibilidade de adquirir 
criatividade, independência, simplicidade, expressividade e autenticidade. 
Com as novas experiências que o paciente/cliente vivência com a música, ocorre 
uma remodelagem do campo vibracional dele, esta chama-se Plasticidade Neural, 
palavra que significa plástico/elástico. Significa que nosso encéfalo tem a capacidade 
de se remodelar no decorrer da vida, de acordo com estímulos dado a ele, e os neurô-
nios se adaptam aos estímulos do comportamento e aprendizado. Com isso, o som 
que é interpretado no tálamo, local em que nossas emoções podem ser remodeladas 
a partir de outros estímulos sonoros (SIEGEL; BARROS, 2012).
Figura 3 - Com a plasticidade, podemos 
desenvolver conexão entre os neurônios
19
UNIDADE 1
Coloco aqui um exemplo bem didático. Imagine 
que você faz uma poda em uma árvore, retiran-
do um de seus galhos com ramificações. Um dos 
galhos vizinhos não podado começa a remodelar 
essa árvore, crescendo e preenchendo o vazio que 
foi gerado pela poda. Dessa mesma forma é que 
se desenvolve o nosso encéfalo (cérebro, cerebelo 
e tronco encefálico), quando perdemos alguma 
parte ou função deste elemento, principalmente o 
cérebro, que é a sua maior parte, gerando a capa-
cidade de desenvolver novas conexões sinápticas 
entre os neurônios a partir das experiências vivi-
das, e estas criam novas interações, como novos 
galhos de uma árvore. Essas novas ligações que 
nosso sistema faz dependem também do compor-
tamento ou da forma de enfrentamento que o in-
divíduo se coloca diante das experiências vividas.
Só para lembrarmos, essas novas conexões da 
plasticidade neural acontecem entre as células 
nervosas, chamadas de neurônio, que possuem 
os axônios (substância branca) e o corpo celular 
(substância Cinzenta). Com isso, segundo Muskat 
(2012), temos a massa branca, que é responsável 
pela condução das informações e transmitem os 
sinais, e a massa cinzenta, que realiza o proces-
samento das informações, aumentando a capa-
cidade de concentração e das funções cognitivas 
do indivíduo.
Demonstramos essas funções desde o nosso 
nascimento. Todo o nosso comportamento, nos-
sas emoções e o funcionamento de nosso orga-
nismo são resultados das sinapses e, a cada novo 
aprendizado, a partir dos estímulos recebidos, 
como a musicoterapia, provoca-se, em nosso cor-
po, novas conexões sinápticas entre os neurônios, 
em uma constante remodelagem. Este é o fenô-
meno da plasticidade (SIEGEL; BARROS, 2012).
Podemos encontrar o termo remodelagem adap-
tativa contínua para a de plasticidade neural, em 
que essa é a explicação para o resultado obtido pelo 
Musicoterapêuta ou para o profissional que utiliza a 
música como terapia (MARCONATO, 2003).
Segundo Leinig (2008), as ondas sonoras são 
estímulos de vibrações elétricas, que, em graus 
propícios em seu paciente/cliente, potencializam 
os estímulos elétricos orgânicos em sua velocida-
de funcional, em que passa a auxiliar a criação de 
novos circuitos neurais e consequente remodela-
ção de suas funções (BAUM, 1999).
Sobre as conexões neurais, Jourdain (1998) 
apresenta caminhos diferentes para chegar até o 
cérebro, descrevendo que, em casos de lesões, o 
caminho para chegar as informações até o cérebro 
fica incompleto. Com novos estímulos, no nosso 
caso a música, ocorre a plasticidade neural, em que 
o caminho do circuito é modificado (BAUM, 1999). 
20
UNICESUMAR
O processo de remodelação funciona por 
meio da formação de novas extremidades do 
neurônio lesado, que é o exemplo que citei, como 
se fossem bracinhos, que vem para ocupar aquele 
espaço que sofreu a injúria e agora procura fazer 
essa função.
Em uma lesão neural, o caminho deste neurô-
nio não se regenera, no entanto, com estímulos 
apropriados, Muszkat e Correa (2000) defendem 
que pode fazer com que a função do Sistema 
Nervoso Central (SNC) possa ser desenvolvi-
da em outro lugar de seu cérebro por meio da 
plasticidade.
Por exemplo, quando as ondas mecânicas 
vibratórias do som entram no meato acústi-
co externo, orifício inicial do ouvido, ele passa 
pela tuba auditiva, estimulando os neurônios 
auditivos, que são interpretados na região do 
tálamo, em que se encontra o local que codifica 
as emoções (GASPARINI, 2003). Sendo assim, 
a música influencia diretamente o sistema ner-
voso central.
Como terapeuta integrativo, é importante 
sabermos e lembrarmos, durante nossos atendi-
mentos, que o remodelamento neural ocorre de 
forma diferente entre cada indivíduo. Em nosso 
córtex cerebral, aquela área superficial repleta de 
sulcos e giros, há presença de muitas áreas au-
ditivas e, com isso, o cérebro processa a música 
de forma distribuída, uma vez que são de difícil 
delimitação (BAUM, 1999).
A percepção do som descrita por Rocha e 
Boggio (2013) envolve uma série de estruturas 
cerebrais, tais como córtex pré-frontal, córtex 
pré-motor, córtex motor, córtex somatosen-
sorial, lobos temporais, córtex parietal, córtex 
occipital, cerebelo e áreas do sistema límbico, in-
cluindo a amígdala e o tálamo (WELCH, 2012).
Com isso, Rocha e Boggio (2013) citam que as 
funções no nosso organismo são influenciadas não 
só pela música, mas também pelo tipo de melodia, 
que passa pelo tálamo (área estacionária que reve-
za todas as emoções, sensações e sentimentos); a 
área mestre do cérebro (razão) é automaticamente 
influenciada. A partir dessa informação, qualquer 
terapia com uso de som é justificada pela impor-
tância dentro de seu organismo.
Em relação à Música na terapia, de acordo 
com Ávila (2009) e Welch (2012), proporciona 
um encontro íntimo consigo mesmo, o que a 
torna uma atualização entre sentimentos em seu 
campo psicoemocional, e grande influência na 
redução ou alívio da tensão emocional que esse 
indivíduo carrega, e assim você poderá conduzi-
-lo a superar essa crise, dando novos significados 
e sentidos, e melhorar suas relações sociais de 
sua comunicação, expressão, mobilização, loco-
moção e organização de suas indagações íntimas 
(CUERVO, 2011).
A musicoterapia é um tipo de intervenção 
que objetiva a promoção e a prevenção da saúde, 
quando aplicada na sociedade, antes do processo 
da doença, mas também auxilia no desenvolvi-
mento ou na restauração de potenciais das pes-
soas, por meio da música, dos sons, da voz, do 
corpo e dos instrumentos musicais usados na 
terapia. Segundo Costa (2002) e Bréscia (2003), 
a música é utilizada dentro da área terapêuti-
ca também como fonte de divertimento e lazer, 
promovendo a qualidadede vida e o bem-estar.
21
UNIDADE 1
As alterações que a música traz na vida do ser 
humano são notórias até mesmo na Anatomia. 
Em um artigo científico denominado “Efeitos 
do treinamento musical no cérebro: aspectos 
neurais e cognitivos”, o autor cita vários estudos 
sobre as mudanças na morfologia anatômica de 
várias regiões, como o aumento da região frontal 
do corpo caloso, do número e tamanho dos axô-
nios desta região de pessoas que iniciaram seus 
estudos na música desde criança (RODRIGUES; 
LOUREIRO; CARAMELLI, 2013). 
Assim, caro(a) estudante, pode-se perceber que 
o processo terapêutico ou construtivo com a música 
se dá a partir de experiências sonoro-musicais e se 
estas são intencionais, com o objetivo de provocar 
mudanças na saúde física, mental, social e emo-
cional do paciente/cliente, podendo ser aplicada 
com a execução de uma música inteira ou trechos 
musicais, em que o paciente vai acompanhando e 
participando com improvisação, ouvindo, recriação 
ou até mesmo compondo (PETRAGLIA, 2010).
A musicoterapia praticamente não tem contrain-
dicação, sendo utilizada até mesmo no contexto 
hospitalar 
para mi-
n i m i z a r 
os efeitos 
da hospitalização, 
defende Zanini 
(2009), in-
fluencian-
do direta-
mente na 
qualidade de 
vida do paciente, melhorando as relações sociais, 
afetivas, profissionais e a saúde. 
Os relatos de diversos autores, como Welch 
(2012), demonstram que a aplicação da música 
também pode melhorar a comunicação e a forma 
de expressão do indivíduo. Estes estudiosos ana-
lisam a influência do som em relação às formas 
estruturais da música, como a melodia, harmonia 
e o ritmo, considerando o seu timbre, sua altura, 
intensidade e duração. 
Vamos nos aprofundar na composição da es-
trutura musical iniciando pelo timbre?
Figura 4 - Composição da estrutura musical
22
UNICESUMAR
Quando observamos a música, verificamos que 
cada instrumento musical possui um timbre, 
fazendo com que o som de cada um seja único, 
como o piano, violão, flauta, bateria, entre outros, 
cada um com o seu timbre, da mesma forma que 
acontece com as nossas vozes. Segundo Heler-
brock (2020), este elemento permite diferenciar-
mos os sons e faz com que consigamos identificá-
-los mesmo que sejam do mesmo grupo sonoro, 
como as vozes das pessoas, que mesmo ouvindo 
alguém conhecido falar ao telefone, conseguimos, 
muitas vezes, identificar a pessoa do outro lado, 
que se modifica com o tipo de comando, como 
por exemplo a altura, que é medida por decibéis. 
O timbre é medido por meio da unidade hertz 
(Hz), que contabiliza a frequência do som, ou seja, 
o número de ciclos de uma onda sonora por se-
gundo. A frequência alta é aquela que possui mais 
ciclos por segundo, emitindo sons agudos, como 
no caso da voz feminina ou o cantar do pássaro.
Como a melodia é o elemento estrutural da música de maior desta-
que aos nossos ouvidos, convido-te a assistir um vídeo do consultor 
musical e CEO Gabriel Camargo, do canal missão musical, que é for-
mado em música, explicando sobre a melodia. No segundo link, veja 
como ele destaca, de uma forma bem didática, a utilização de uma 
mesma harmonia em várias músicas. Para quem tem interesse em se 
aprofundar nesta área, vai encontrar, neste canal, uma escola EAD de 
música com várias informações. 
Fonte: a autora.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
O que é MELODIA?
O que é HARMONIA?
A frequência baixa possui menos ciclos por se-
gundo, sendo os sons mais graves, por exemplo a 
voz masculina ou o contrabaixo. Na escala em Hertz, 
por Helerbrock (2020), os sons agudos ficam na 
direção do infrassom, e os sons graves na direção 
do ultrassom, conforme você pode observar a seguir.
a) De (0) HZ a (16) ou a (20) HZ temos uma 
frequência baixa (chamada de som gra-
ve), sendo classificada como infrassom, 
audível apenas para alguns animais, como 
gatos e elefantes, e fenômenos como vento 
e terremotos.
b) De (16) HZ em algumas literaturas de 
(20) HZ a (20.000)HZ é um intervalo co-
nhecido como espectro audível aos seres 
humanos.
c) Acima de (20.000) HZ temos frequências 
altas chamadas de sons agudos classificados 
como ultrassom, audível apenas para alguns 
animais, como o golfinho e morcego.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3562
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3561
23
UNIDADE 1
Figura 5 - Frequência do som
Você pode aprender mais com esses sons em programas de edição 
de áudio e aparelhos de som segundo a escala de grave e agudo. Que 
bom seria se o nosso aparelho auditivo pudesse conseguir um alcance 
maior, de modo a captar todas as frequências em cada intensidade 
sonora, de tudo que está a nossa volta, como o som das flores, dos 
campos, das montanhas, do céu e até de nosso próprio corpo, não é 
mesmo? (WATANABE, 2000).
Agora, é importante o cuidado que temos de ter com determina-
dos sons que são prejudiciais à saúde humana. As causas de perda 
auditiva, de acordo com as pesquisas de Helerbrock (2020), incluem 
infecções, envelhecimento e danos cerebrais, mas a causa mais comum 
é a exposição ao ruído. 
A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), por Russo e Santos 
(1993), pode acontecer dependendo da altura e tempo de exposição a 
esse som/ruído, danificando, quebrando ou diminuindo os minúscu-
los cílios no ouvido interno, chamados de células ciliadas, que vibram 
por meio das ondas sonoras que são mecânicas e transformam esta 
energia em um sinal elétrico ao nervo auditivo e, assim, as informa-
ções são entendidas. Os Decibéis traduzidos pelo volume do som, 
dependendo do volume, pode levar a uma surdez ou até à morte.
24
UNICESUMAR
A autora Barbara Ann Brennan trabalhou na Nasa por muito tempo 
e comprovou cientificamente, com trabalhos sobre o campo eletro-
magnético, a ação sobre esse corpo. Seus estudos cooperaram para o 
incentivo de grandes artigos científicos sobre a Física Quântica. Caso 
queira se aprofundar na literatura, segue link do livro completo: 
Fonte: a autora.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
O que você precisa compreender, caro(a) es-
tudante, é que o impacto de cada som em Deci-
béis, segundo Russo e Santos (1993), é somado 
à condição atual do ser humano quanto à sua 
carga emocional. Aqui, podemos pensar em 
quantos(as) pacientes/clientes não entrarão em 
seu consultório com problemas de desordem 
orgânica devido à exposição prolongada em 
ambientes com poluição sonora.
Além do mais, é importante você saber que 
não percebemos o som apenas pelo ouvido, 
mas, de acordo com Sacks (1998), o percebe-
mos pela vibração da pele, músculos e ossos, 
como no caso de pessoas surdas, porque o som 
(música) é uma onda mecânica, desloca o ar 
atmosférico quando se dissipa, movimentando 
objetos, como caixas de som e janelas de carros, 
quando estão com o volume alto. Essa percep-
ção é aguçada em sua potencialidade.
Ressalto aqui que a musicoterapia por Be-
nenzon (1985) sugere a troca do sistema audi-
tivo por soluções sensório-táteis na relação sur-
do/música, em que a prática coloca o paciente/
cliente deitado em um tablado de madeira, e a 
música com alto falante, incidindo perto, para 
provocar o “vibrar/tremer”.
A explicação é que as ondas vibratórias che-
gam até a pele, músculos e ossos (articulações) 
do sujeito, alcançando seu sistema nervoso au-
tônomo, possibilitando o surdo de perceber o 
ritmo, a acentuação, a altura, a intensidade e a 
duração do som. Além disso, os instrumentos 
utilizados são pandeiros, tambores, tamborins, 
chocalhos, guizos, violão, teclado, piano e outros 
(BENENZON, 1985).
Como terapeuta integrativo, você precisa 
levar em consideração a utilização da música 
juntamente com os Chakras. De acordo com 
Brennan (2009), o som influencia o seu campo 
vibracional e sua alteração pode levar a distúr-
bios e ao adoecimento do corpo de acordo com 
as áreas correspondentes. 
Os chakras são pontos de vórtices girató-
rios de energia em nosso corpo, em que cada 
um apresenta uma cor e variam de tamanho, 
indo do tamanho de uma moedaa um pires 
(+/- 5 cm). Além do mais, estes apresentam, em 
sua formação, rodas com pás ou pétalas (raios 
de energia) em um duplo cone atravessando a 
parte anterior e posterior do corpo. Temos sete 
chakras principais e muitos outros pequenos 
acessórios. Eles atravessam nosso corpo e criam 
camadas de energia correspondente a sua cor 
(BRENNAN, 2009).
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25
UNIDADE 1
Retomando, aqui, caro(a) aluno(a), sobre o início 
de nossos estudos, tudo o que há no universo 
é energia materializada em forma de vibração. 
Nosso corpo, de acordo com Brennan (2009), 
vibra em frequências em Hertz de formas dis-
tintas, de acordo com os Chakras e seus órgãos 
e vísceras correspondentes.
Brennan (2009) ainda mostra um estudo 
científico sobre as medições das frequências 
em Hz das cores, sendo diferentes em cada uma 
SISTEMA DE CHAKRA
SAHASRARA
CHAKRA CORONÁRIO
ESPIRITUALIDADE
VISHUDDHA
CHAKRA FRONTAL
CONSCIENTIZAÇÃO
AJNA
CHAKRA LARÍNGEO
COMUNICAÇÃO
ANAHATA
CHAKRA DO CORAÇÃO
CURA DO CORAÇÃO
MANIPURA
CHAKRA DO PLEXO SOLAR
PODER DE SABEDORIA
SWADHISTHANA
CHAKRA UMBILICAL
SEXUALIDADE
CRIATIVIDADE
MULADHARA
CHAKRA BÁSICO
BÁSICO
CONFIANÇA
Figura 6 - Chakras e seus órgãos correspondentes
delas. Veja, a seguir, as cores e suas respectivas 
frequências.
• Branco = 1.100-2.000 hz.
• Violeta = 1000-2000 hz.
• Azul = 250-275 hz mais 1.200 hz.
• Verde = 250-475 hz.
• Amarelo = 500-700 hz.
• Laranja = 950-1.050 hz.
• Vermelho = 1000-1200 hz.
26
UNICESUMAR
É importante saber também que, se cada chakra es-
tiver bloqueado, este não estará com sua frequência 
adequada e a energia estará estagnada, de acordo 
com Brennan (2009), o que irá interferir no bom 
funcionamento dos órgãos correspondentes.
O mesmo acontece com alterações de humor 
que influenciam os órgãos e as vísceras. Com o 
seu desequilíbrio, pode-se alterar a saúde de cada 
sistema do corpo humano. Navarro (1986, p. 28-
31) afirma que “todo bloqueio tem um significado 
emocional” e que “a perturbação do estado de cons-
ciência é a consequência da disfunção do primeiro 
segmento”, ou seja, as emoções, como tristeza, criam 
sentimentos negativos e afetam os nossos órgãos.
Ainda, você deve saber que um chakra sau-
dável, de acordo com Brennan (2009), trans-
mite sintomas da mesma forma que o chakra 
quando está doente:
• Chakra Basal (vermelho: saudável = ação/
doente = medo).
• Chakra sacral ou gástrico (laranja: saudável 
= integração/doente = isolamento).
• Chakra esplênico (amarelo; saudável = sem 
julgamentos/doente = baixa autoestima).
• Chakra cardíaco (verde: saudável = amor 
incondicional/doente = ódio).
• Chakra laríngeo (azul: saudável = alegria e 
tranquilidade/doente = negativismo).
• Chakra frontal (índigo: saudável = criativi-
dade/doente = depressão).
• Chakra coronário (lilás: saudável = aceita-
ção/doente = raiva).
Muitas de nossas doenças ocorrem por falta de es-
tagnação dos chakras, conforme você pode observar 
no quadro a seguir (BRENNAN, 2009).
Quadro 1 - Características dos chakras
CHAKRA 
/ NOTA / 
COR
LOCALIZAÇÃO LIGAÇÃO ELEMENTO CAUSAS DE BLOQUEIO NO INDIVÍDUO
Base ou Bá-
sico 
Nota DÓ
Vermelho e 
Preto
Cóccix Mundo material Terra Anemia, problemas cir-
culatórios, pressão baixa, 
fadiga, insuficiência renal, 
excesso de peso, agressivi-
dade, medo da morte, inca-
pacidade de planejamento 
do tempo e dependência
Umbilical ou 
da Reprodu-
ção
Nota RÉ
Laranja
Umbigo Sexualidade,
relações pessoais, ar-
tísticas e emocionais
Água Disfunções nos fluidos do 
corpo (urina, saliva, bile e 
linfa), mania de limpeza, in-
compreensão, racionalida-
de excessiva, isolamento e 
falta de apetite sexual
Plexo Solar 
ou Ligação 
ao Próximo
Nota MI
Amarelo
Diafragma Vitalidade-comanda, 
vontade de saber/
aprender, poder, de-
sejo de vida, comuni-
cação e participação
Fogo Secreções gástricas desor-
denadas, disfunção das 
glândulas salivares, sen-
timento de inferioridade, 
diminuição da capacidade 
lógica e racional e atitu-
des como ambição, gastos 
compulsivos e ansiedade
27
UNIDADE 1
CHAKRA 
/ NOTA / 
COR
LOCALIZAÇÃO LIGAÇÃO ELEMENTO CAUSAS DE BLOQUEIO NO INDIVÍDUO
Cardíaco ou 
do Amor
Nota FÁ
Verde e 
Rosa
Parte superior do 
peito, próximo ao 
coração
Crescimento da crian-
ça, dirige o sistema 
linfático e estimula e 
desenvolve o sistema 
imunológico
Ar Síndrome do pânico, câim-
bras, palpitações, arritmia 
cardíaca, pressão alta, en-
fermidade nos pulmões, 
problemas com o coleste-
rol, intoxicação e incapaci-
dade de amar, egoísmo e 
relações abusivas
Laríngeo ou 
da Comuni-
cação
Nota SOL
Azul
Garganta, glându-
las da tireoide
Comunicação e criativi-
dade, som e vibração, 
capacidade de receber 
e assimilar, sentidos da 
audição, do paladar e 
do olfato, bem como 
comanda a postura 
do corpo e tem papel 
importante no cresci-
mento do esqueleto e 
órgãos internos e regu-
lação do metabolismo
Éter Medo da rejeição e censu-
ra, medo do fracasso na 
vida social, agressividade, 
postura defensiva, favore-
cimento de doenças como 
resfriados, herpes, dores 
musculares, na cabeça e 
na base da nuca, proble-
mas dentários e bruxismo
Frontal ou 
Mundo Es-
piritual
Nota LÁ
Azul Índigo
Meio da testa, en-
tre as sobrance-
lhas, terceiro olho
Glândula hipófise pi-
tuitária, responsável 
pela energia da parte 
superior da cabeça, é 
ligado aos olhos, ouvi-
dos e corpo celestial da 
aura, bem como é rela-
cionado aos sentidos, 
representa intuição, 
percepção, conheci-
mento e liderança
Luz Vícios em drogas, alcoolis-
mo, compulsões, proble-
mas nos olhos, surdez, au-
sência de raciocínio lógico, 
incapacidade de colocar 
ideias em prática, falta de 
objetivos na vida e no tra-
balho
Coronário 
ou da Per-
feição
Nota SI
Lilás, Branco 
e Dourado
No alto da cabeça Ligação com a glându-
la pineal, ponte entre 
a mente espiritual e o 
cérebro físico
 Todos os ele-
mentos
Insônia, enxaqueca, desor-
dens no sistema nervoso, 
disfunções sensoriais, pu-
berdade tardia, falta de 
compreensão espiritual e 
visão materialista da exis-
tência
Fonte: adaptado de Brennan (2009).
Em um artigo cubano sobre a influência da música no corpo humano, é dito que a ela pode ex-
pressar emoções infinitas em uma gama muito mais complexa e sutil do que palavras. Existem 
áreas que são ativadas no cérebro com música em tempo real, o que oferece benefícios pessoais 
e espirituais para o paciente/cliente, ao mesmo tempo que melhora disfunções físicas e mentais 
(que confirmam a sua contribuição para a saúde física, mental e emocional) (GARCIA; GARCIA; 
ECHAVARRÍA, 2017). 
28
UNICESUMAR
Tudo o que existe no mundo tem vibração, pois somos formados por átomos que possuem 
prótons, nêutrons e elétrons. A troca de carga elétrica entre esses elementos gera vibração, 
logo, tudo interfere como em um “efeito borboleta”. Portanto, é importante raciocinar sempre 
sobre o nosso paciente de forma holística conforme a OMS estabelece: promoção da saúde, 
equilíbrio do corpo, mente e espírito e socialização.
Fonte: a autora.
Os mantras são sons poderosos, os quais ajudam a harmonizar os cha-
kras correspondentes. Eles são muito eficazes. Existem mantras que são 
eficazes em todos ao mesmo tempo. A seguir, deixo algumas indicações 
de vídeos sobre mantras que provocam a harmonização dos chakras de 
forma global e sobre o campo vibracional na medicina quântica, com o 
respeitado médico cardiologista e nutrólogo Lair Ribeiro.
O que é Mantra e Como Ele Funciona.
Restauração do Campo Vibracional do Ser Humano - Lair Ribeiro.
Fonte: a autora.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3565
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3564
29
UNIDADE 1
Caro(a) aluno(a), neste podcast eu amplio a explica-
ção sobre o que estudamos nesta unidade. Para tanto, 
entrevistamos a musicoterapêuta Lauanda Fernandes 
Tezolin, que nos explica como ela usa da música em 
contexto terapêutico, o que é musicoterapia, como atua 
o musicoterapeuta e como se utilizaa música na tera-
pia. Além disso, investigamos como uma paciente que 
utiliza a música, Bianca Pietrobom, está desfrutando 
dos benefícios dos sons em sua saúde.
Com o conhecimento em um olhar cuidadoso para os tipos de sons, e cada região específica que ele atua, 
a música será uma grande aliada para que você possa otimizar sua terapia nos mais diversos tipos de apli-
cação, como exemplo, quando for tratar um paciente que apresenta linfedema, falta de diurese, usando o 
tratamento com drenagens. 
Que tal associar sons que possam estimular o movimento durante a aplicação da técnica ou mesmo utili-
zar música romântica ou mais calma durante seus protocolos com aqueles pacientes com rancor, fechados?
Música clássica é muito bem aceita em nossos ambientes profissionais. É comum relatos da sensação 
de aperto na garganta, outras abrem sua mente, aumentando a criatividade.
Para escolher a música que irá utilizar na terapia, veja as características de seu paciente/cliente. Nós 
somos como flores, cada um tem o seu perfume, o que nos torna especiais e, com isso, um tratamento 
diferencial em uma identidade sonora.
Não tenho como fechar aqui, caro(a) aluno(a), esse conhecimento que é tão extenso, mas deixo um 
caminho para que você continue a estudar sobre o som e sua interferência na vida das pessoas.
Chegamos ao final desta unidade, vamos praticar o conteúdo recordando ativamente? Para isso, dou 
uma mãozinha com o mapa mental a seguir. Selecionei as palavras-chave que auxiliarão você a sistematizar 
o conteúdo. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3389
30
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1. Verificamos, nesta unidade do livro, que novas experiências vivenciadas com a música permitem 
uma remodelagem do nosso sistema nervoso no campo vibracional chamada de Plasticidade 
Neural. Significa que nosso encéfalo tem a capacidade de se remodelar no decorrer da vida, 
de acordo com estímulos dados a ele, sendo interpretado na região do tálamo os sons que o 
paciente/cliente tem contato, gerando nossas emoções. Sendo assim, para o profissional que 
utiliza a música como terapia, assinale a seguir a alternativa correta.
a) O seu conhecimento não tem explicação para o resultado obtido na Musicoterapia ou para o 
profissional que utiliza a música como terapia.
b) Não tem sentido algum para a sua terapia.
c) As ondas sonoras são estímulos de vibrações elétricas que, em graus propícios em seu paciente/
cliente, potencializam os estímulos elétricos orgânicos em sua velocidade funcional, em que pas-
sa a auxiliar a criação de novos circuitos neurais e consequente remodelação de suas funções.
d) Não existe conexão do som com a parte neural, o que não faz sentido essa tese.
e) A plasticidade é uma experiência criada em laboratório para descobrir a composição do plástico.
2. Quando trabalhamos com a música como ferramenta terapêutica, as inserimos de maneiras 
diferentes para cada paciente/cliente, pois a forma que recebemos as informações e as reações 
ao estímulo são únicas, variando de indivíduo para indivíduo. Após os estudos até aqui, analise 
os conceitos a seguir e relacione cada um à sua correspondência na coluna seguinte.
I) Identidade Sonora.
II) Os Decibéis.
III) Pessoas Surdas.
IV) Os Chakras.
V) O uso da Música.
 ) ( Vibram em frequências em Hertz de formas distintas, de acordo com seus órgãos e vísceras 
correspondentes.
 ) ( São colocadas deitadas em um tablado de madeira, e a música com alto falante, incidindo perto, 
para provocar o “vibrar/tremer”. 
 ) ( São traduzidos pelo volume do som, em que, dependendo do volume, pode levar a uma surdez 
ou até a morte. 
 ) ( É uma ferramenta que pode estar junto à equipe multiprofissional e contribuir no tratamento 
não medicamentoso.
 ) ( É dita onde cada som somado as emoções, traz uma interpretação individual, em que tanto você 
quanto eu temos histórias de vidas diferentes, com vivências sonoras únicas.
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Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta.
a) I, V, III, II, IV.
b) V, I, IV, III, II.
c) IV, III, II, V, I.
d) V, IV, I, II, III.
e) V, III, IV, II, I.
3. Segundo o Centro de Musicoterapia Benenzon (1985), vimos que a Musicoterapia é a utilização 
terapêutica dos elementos sonoro-musicais com intuito de propiciar saúde, bem-estar e qualidade 
de vida ao ser humano. Analisando o conceito dado, considere afirmativas a seguir.
a) A Musicoterapia é a utilização não terapêutica dos elementos sonoros-musicais com intuito de 
propiciar saúde, bem-estar e qualidade de vida ao seu humano.
b) A Musicoterapia não necessita de capacitação profissional, sendo necessário apenas a vontade 
do querer.
c) Musicoterapia é a utilização terapêutica dos elementos sonoro-musicais com intuito de propiciar 
saúde, bem-estar e qualidade de vida ao ser humano.
d) O musicoterapeuta é o profissional capacitado para a utilização de procedimentos e técnicas 
específicas da área no atendimento de crianças, adultos e idosos em diferentes âmbitos da 
atuação profissional.
e) Ele pode atuar em áreas como: Saúde, Educação, Social/ Comunitária, organizacional, entre outras.
É correto o que se afirma em:
a) Apenas IV.
b) Apenas I e V.
c) Apenas II, IV e V.
d) Apenas II e III.
e) Apenas II, III e V.
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1. A alternativa C está correta. Vale lembrar, por Leinig (2008), que as 
ondas sonoras são estímulos de vibrações elétricas que, em graus 
propícios em seu paciente/cliente, potencializam os estímulos 
elétricos orgânicos em sua velocidade funcional, em que passa 
a auxiliar a criação de novos circuitos neurais e consequente 
remodelação de suas funções (BAUM, 1999).
2. A alternativa C é a correta. A correspondência acontece da se-
guinte forma: 
IV - Os chakras vibram em frequências em Hertz de formas distintas, 
de acordo com seus órgãos e vísceras correspondentes.
III - Pessoas surdas são colocadas deitadas em um tablado de ma-
deira, e a música com alto falante, incidindo perto, para provocar 
o “vibrar/tremer”. 
II - Os decibéis são traduzidos pelo volume do som, em que, depen-
dendo do volume, pode levar a uma surdez ou até a morte. 
V - O uso da música é uma ferramenta, que pode estar junto à equi-
pe multiprofissional e contribuir no tratamento não medicamentoso.
I - A Identidade Sonora é dita onde cada som, somado às emoções, 
traz uma interpretação individual, em que tanto você quanto eu 
temos histórias de vidas diferentes, com vivências sonoras únicas.
3. Analisando o conceito do Centro de Musicoterapia Benenzon 
(1985), por Marconato (2003), estão corretas apenas as afirma-
tivas III, IV e V, que é confirmada pela Letra e) - “Musicoterapia 
é a utilização terapêutica dos elementos sonoro-musicais com 
intuito de propiciar saúde, bem-estar e qualidade de vida ao ser 
humano. O musicoterapeuta é o profissional capacitado para a 
utilização de procedimentos e técnicas específicas da área no 
atendimentode crianças, adultos e idosos em diferentes âmbitos 
da atuação profissional. Ele pode atuar em áreas como: Saú-
de, Educação, Social/ Comunitária, organizacional, entre outras” 
(MARCONATO, 2003).
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OPORTUNIDADES
DE APRENDIZAGEM
Biodança
Dra. Lilian Rosana dos Santos Moraes 
Esp. Marcia Elaine Angeli de Toledo Bonemer
Nesta unidade, mostrarei a você a base do conhecimento da Biodança e 
seu princípio biocêntrico, além das três bases estruturais e as cinco linhas 
de vivência dos potenciais genéticos humanos, bem como alguns aspectos 
e exemplos de vivências da Biodança. Você também encontrará, a partir 
deste conteúdo, a justificativa para a implementação da Biodança no SUS 
(Sistema Único de Saúde). Espero que o estudo desta unidade seja um 
grande estímulo para que você, aluno(a), siga estudando sobre a Biodança. 
Quando o assunto é dança, o que é que você pensa? Você se enquadra no grupo de pes-
soas que acredita que dançar não passa de uma manifestação artística ou crê que a dança 
apresenta muito mais atributos do que, simplesmente, a arte? Você já praticou a dança 
para além da arte? Você já experimentou realizar a dança como uma ação para libertar 
sentimentos e emoções? Já pensou em usar sequenciais de movimentos dinâmicas, 
juntamente com o ritmo de uma música para beneficiar a saúde de alguém e até criar 
um nome específico para esta prática de dança, que possa despertar os sentimentos nas 
pessoas, podendo chegar até à cura? Você saberia realizar uma prática assim? O termo 
Biodança, nesse contexto, faz algum sentido para você?
A dança é, por si só, libertadora e transformadora. Os movimentos de seu corpo 
libertam histórias antigas, que ficam registradasem cada célula. Ainda de acordo com 
a música empregada e suas vibrações, a dança otimiza os sentimentos em questão, 
trazendo-os à tona para o corpo, transformando-o em um organismo saudável, em 
termos físicos, psíquicos e emocionais. Nesse processo todo, são liberadas endorfinas, 
que são hormônios que causam o bem-estar.
Sendo assim, a prática da dança transforma e liberta sentimentos que podem interferir 
negativamente em seu organismo, por isso, a Biodança é considerada uma grande ferra-
menta dentro das terapias, por diversos profissionais, para a cura de problemas psicoe-
mocionais. Esta é uma prática integrativa, que tem como objetivo promover a sensação 
de bem-estar por meio da realização de movimentos de dança baseados em vivências.
Ela também é conhecida como Dança da Vida, a qual tem, por objetivo, estimular 
a comunicação com o próprio corpo e com as outras pessoas, bem como permite a 
saída da rotina da vida moderna de forma lúdica e equilibrada, voltando o olhar do 
indivíduo para o próprio corpo, mente e emoções. Esta prática promove também o 
diálogo não verbal entre os participantes, valorizando o olhar e o toque.
É importante que você saiba que a prática da Biodança vai além de apenas dançar 
em seu sentido emocional, físico e comunitário, mas resgata o relacionamento do 
indivíduo com o próximo. Em resumo, a Biodança promove a transformação inter-
na de seus participantes, resgatam valores perdidos e constrói valores que passam a 
repercutir em sua vida cotidiana.
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UNICESUMAR
Agora que estreitamos as propriedades da dança para além da arte en-
quanto uma manifestação, proponho que realize algumas pesquisas na 
Internet e busque relatos em vídeos, áudios ou, até mesmo, textos de 
pessoas que tiveram experiências com a prática da Biodança e, de alguma 
maneira, foram impactados, curados e/ou transformados.
Viu como a dança é importante?! É por meio dela que a expressão 
total do corpo é manifestada, isto é, a dança funciona como uma des-
carga emocional, na qual cada movimento realizado pode libertar os 
sentimentos mais profundos. Então, aluno(a), registre, em seu Diário de 
Bordo, o que mais chamou a sua atenção, durante esta pesquisa. Regis-
tre os pontos positivos da prática da Biodança e, quem sabe, as maiores 
surpresas que você teve ao deparar-se com este método terapêutico.
Como você já deve saber, existem várias formas de terapia emo-
cional, mas, com certeza, podemos afirmar que a dança é uma das 
terapias mais prazerosas, a qual comunga com o próprio corpo. Con-
tudo, agora, estamos tratando de uma técnica de dança embasada 
em grandes estudos psicológicos e antropológicos, que otimiza a 
relação do indivíduo com o outro e com o mundo. Esta é a Biodança, 
o assunto de nossa unidade.
Se a dança, por si, é uma forma terapêutica, a Biodança é uma 
classe de iniciação, isto é, um ritual e um laboratório em que a vida 
é testada e levada a uma transformação, onde são experimentadas 
mudanças profundas no cotidiano.
As pessoas que praticam a Biodança, independentemente de qual 
estágio se encontram, se é a primeira aula ou se já estão há muitos 
anos praticando, entram em estado de profunda comunhão consigo 
mesmas, com as outras pessoas ao seu redor e com a vida. Isso pro-
move mais vitalidade, saúde e contagia quem está ao lado.
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UNIDADE 2
Retomando sobre a dança, esta é uma das formas de expressão 
artística mais antigas, a qual está sempre presente em grandes cele-
brações da humanidade. Ela nasce com a existência do próprio ho-
mem e caminha pela história da humanidade registrando aspectos 
sócio-históricos da cultura de cada povo. Sabemos que homens e 
mulheres dançavam desde a pré-história, por pinturas encontradas 
nas cavernas, e podemos encontrar danças em grupos, duplas ou 
mesmo solo. 
Nós vivemos em uma cultura que está sempre a supervalorizar 
a racionalidade, em um ritmo urbano acelerado, e acabamos por 
não escutar a nós mesmos, os nossos ritmos internos orgânicos, 
o nosso colega ao lado e, até mesmo, a natureza.
Essa forma de ser nos afeta fisiológica e psiquicamente e acaba 
por gerar enfermidades. Sendo assim, a prática da Biodança, co-
nhecida por Biodanza em espanhol e até mesmo por psicodança, 
é colocada como uma forma terapêutica.
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UNICESUMAR
Foi criada em 1960, pelo psicólogo Rolan-
do Toro Araneda, baseada em fundamentos da 
Antropologia, Biologia e Psicologia. Ademais, 
a Biodança é baseada na integração de discipli-
nas, como dança, música e expressão corporal, 
não sendo uma coreografia, mas tendo, como 
característica, movimentos direcionados por 
um profissional facilitador, que conduz a ses-
são, para que o praticante não repita padrões 
de movimentos e possa resgatar a criança que 
existe em cada um dos integrantes.
Sim, caro(a) aluno(a), a Biodança trabalha 
o seu hoje, em seu ontem, e é por meio dessa 
terapia que o praticante terá a possibilida-
de de mergulhar em seu mundo individual 
e trabalhar os seus medos e anseios. Além 
disso, os tratamentos lúdicos promovem o 
bem-estar automático e, com isso, há libera-
ção de endorfinas, como a serotonina, o que 
torna essa terapia mais eficaz do que muitos 
tratamentos tradicionais.
Com o avanço da vida moderna, tem-se au-
mentado a cada dia mais o estresse, que está a 
cada dia mais presente na vida da população. O 
estresse traz como resultado a desarmonia entre 
corpo e mente, trazendo doenças orgânicas e de-
sequilíbrios comportamentais. Por esse motivo, 
ele é um dos principais tratamentos da Biodança, 
em que, após a terapia, o equilíbrio físico, psíqui-
co e emocional é restaurado.
43
UNIDADE 2
Devido aos benefícios que a Biodança traz para 
as pessoas no mundo contemporâneo, é que esta 
técnica está presente na portaria 849, de 27 de 
março de 2017, sendo incluída a Biodança, entre 
outras práticas, na Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares (PNPIC) (BRA-
SIL, 2006). 
A presença da Biodança nos serviços de saúde 
do país, evidenciada pelo Programa Nacional de 
Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção 
Básica (PMAQ), mostra que esta é uma aborda-
gem de cuidado já realizada em muitos municí-
pios e que, pela ampliação da PNPIC, tem-se um 
avanço na institucionalização desta prática no 
âmbito do SUS. Tendo em vista que a integrali-
dade da atenção é uma das diretrizes do SUS, a 
Biodança vem como uma possibilidade de am-
pliar as ofertas terapêuticas aos usuários na Rede 
de Atenção à Saúde - RAS.
Com a inserção desta técnica no SUS, a oferta 
da prática para a população aumentou, favore-
cendo o aumento da vitalidade; na melhora na 
autoestima; na diminuição da timidez; no estí-
mulo da criatividade; na promoção do autoco-
nhecimento; na ajuda no controle da ansiedade; 
melhora da saúde psíquica; dentre outros. Por isso, 
a Biodança está ganhando cada vez mais espaço 
entre profissionais da área da saúde, pois os pra-
ticantes começam a ter mais cuidados consigo 
mesmos, o que gera muito mais benefícios.
Dentro de um ponto de vista biocêntrico, a 
Biodança, por Araneda (2007), coloca seus in-
teresses em um universo que se entende como 
um sistema vivo, em que o reino da vida envolve 
muito mais do que os vegetais, animais e o próprio 
homem. É uma poesia dos seres humanos, funda-
da nas leis universais que conservam e permitem 
a evolução da vida.
Araneda (2007), em sua proposta de educação, 
propõe um retorno ao primitivo, na natureza bio-
lógica e na consciência da mente, do espírito e da 
vida, a partir do ponto de vista da ciência como 
conceito filosófico. Em linhas gerais, define-se 
a dimensão espiritual do homem, pois, se todos 
somos um, é necessário fortalecer e preservar os 
laços cósmicos que nos unem.
44
UNICESUMAR
Indico a você, aluno(a), a Tese de Doutorado de Guedes (2012) sobre 
princípios Biocêntricos, bem como uma entrevista do próprio fundador 
da Biodança, Rolando Toro Araneda, nos links que seguem, para que 
possa se apropriar mais sobre o assunto.
Para acessar,use seu leitor de QR Code.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3567
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3566
Araneda (2002) descreve que a Biodança é um sistema de 
integração e desenvolvimento humano, que tem como função 
renovação orgânica, reeducação afetiva e reaprendizagem 
das funções de origem da vida, baseado em “vivências”, isto é, 
experiências intensas no “aqui e agora”, otimizadas por meio 
de movimentos, músicas e situações de encontro não verbal 
dentro de um grupo.
O pensamento de Araneda (2002) era que, criando um sis-
tema (técnica) que fosse possível integrar níveis de desenvol-
vimento e crescimento espiritual, seria permitido trazer ho-
meostasia no organismo daqueles que praticassem a técnica. O 
autor relatava que integrar significa que as partes de um todo 
funcionem de forma interdependente, mas como um único 
sistema. Para isso, ele dizia que a palavra dita apenas não bastava, 
era preciso dançar; pois é no movimento da dança que ocorre o 
pleno sentido da vida, que transcende a estética corporal e faz 
aumentar a característica de ser colaborativo.
Retornando para a dança em sua essência, aluno(a), esta 
prática, desde os primórdios de nossa civilização, carrega o po-
der de comunicar sentimentos internos, celebrar e transmutar. 
Ademais, Araneda (2002) enfatiza as mudanças internas que 
permitem a experiência da sociedade de se afastar de elementos 
nocivos (desde ações a pensamentos) e se aproximar de Deus 
ou de ações de luz, de positividade, de ajuda, altruísmo, empatia 
que agregue para trazer benefícios. 
É importante que você tenha em mente sempre que a vida é 
movimento, que as funções vitais de nosso organismo aconte-
cem por meio de mobilidade, como o fluxo do sangue; conse-
quentemente, dançar é viver e traz ao ambiente, durante a sua 
prática, sentimentos de felicidade e emoções, como a alegria. 
Você pode encontrar várias literaturas que remetem à linguagem 
do movimento como uma linguagem não verbal, em que o corpo 
fala por si só, e tudo o que vivemos fica inscrito em cada um de 
nossos músculos, em nossa pele, em nossa mente (FUX, 1983). 
Essa experiência maravilhosa da dança fez com que, hoje, a 
Biodança fosse difundida em diversos países da América, Eu-
ropa, África e Ásia. Além disso, a Biodança tem como objetivo 
a promoção dos potenciais saudáveis, a partir de uma metodo-
logia que consiste em induzir vivências integradoras por meio 
da música, do canto, do movimento e de situações de encontro 
em grupo (ARANEDA, 2002).
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UNIDADE 2
Araneda, em sua Coletânea de Textos de Biodança, descreve 
alguns benefícios da Biodança, os quais separei a seguir para o seu 
conhecimento.
• Integração motora, como ritmo, coordenação, flexibilidade, 
fluidez, elasticidade, unidade e harmonia dos movimentos.
• Autorregulação sistémica, equilíbrio neurovegetativo e elimi-
nação de sintomas psicossomáticos.
• Aumento de energia vital, vontade de viver e disposição para 
a ação.
• Integração entre o pensamento, sentimento e ação.
• Expressão da criatividade e das emoções.
• Promoção da convivência, fortalecimento de vínculos e capa-
cidade de relações mais afetivas.
• Desenvolvimento de uma ecologia humana.
As pesquisas atuais destacam as conexões entre a saúde e a Biodança 
e mostram que esta prática terapêutica expressa um enorme potencial 
na promoção da saúde, aproximando as vidas. É importante destacar 
a International Biocentric Foundation - IBF, com sede em Santiago, 
no Chile, que dedica o seu trabalho para pesquisar a aplicação da 
cultura biocêntrica, que ajuda a fundamentar a Biodança, fortale-
cendo a técnica.
No Brasil, temos duas escolas de formação de professores em 
São Paulo: a Escola Paulista de Biodanza, dirigida por Maria Luiza 
Appy, e a Escola de Biodanza da Zona Sul, sob a direção de Teresa e 
Mauro Lima. As pesquisas são sempre voltadas ao que o(a) pratican-
te/paciente/cliente sente após as sessões de Biodança. Aí, você deve 
estar se perguntando: e como funciona? Não é uma dança formal, 
com uma coreografia que tem de ser aprendida. Pelo contrário, na 
vivência da Biodança, você recupera a naturalidade e a espontanei-
dade que existe dentro de você, destaca Araneda (1991).
Você poderá encontrar vários artigos científicos que comprovam 
que as vivências da Biodança contribuem para a regulação de pro-
cessos biológicos. Ademais, Araneda (1991) afirma que a Biodança 
é responsável pela capacidade 
de manter o meio interno em 
equilíbrio quase que constante, 
independentemente das altera-
ções que ocorram no ambiente 
externo, com uma consequente 
melhora da qualidade de vida de 
pacientes com dor e ansiedade, 
dentre outros, como mal de Par-
kinson, mal de Alzheimer, ano-
rexia, bulimia, deficiência senso-
rial e motora, além de produzir 
efeitos terapêuticos e estimular 
uma nova e verdadeira forma de 
viver (GÓIS, 1994).
Em resumo, o conceito de 
Araneda (2002) diz que a bio-
danza é um sistema de inte-
gração humana, de renovação 
da vitalidade, de reeducação 
afetiva que vem para resgatar 
a sensação de pertencer a tudo 
que está vivo e que foi perdida 
em nossa cultura. 
A civilização atual, conside-
rada racional e objetiva, rou-
bou-nos a vivência plena dos 
nossos sentidos, a vitalidade, a 
afetividade e até mesmo uma 
espiritualidade mais enraizada. 
Por esse motivo, os seus objeti-
vos são de promoção da saúde, 
da consciência ética e da ale-
gria de viver.
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UNICESUMAR
Se você observar as pessoas se movendo, você observará que cada corpo dança de uma maneira. Cada 
um de nós caminha de uma forma, uns devagar, outros mais rápidos, alguns mantêm o mesmo ritmo 
para caminhar sempre, e outros gostam de novidades. Isso é interessante, pois o movimento tem o seu 
significado, de acordo com seus sentimentos e forma de enxergar o mundo.
Esse é um dos pontos que os exercícios da Biodança são construídos, pois acordar sua autocons-
ciência de si é também acordar para o respeito em relação aos outros.
Araneda (2002) nos ensina que a vivência na Biodança permite, ao praticante, fazer uma analogia 
entre a sua forma de ser e agir em sua vida diária e sua relação com o outro, e ainda que a Biodança, em 
sua prática, estimula cinco potenciais humanos: vitalidade, criatividade, afetividade, sexualidade 
e transcendência, descritas a seguir.
Figura 1 - Conjunto de fatores para o sucesso em projetos
VITALIDADE
Conduz a celebração da energia, alegria e disposição para as ações de vida do ser humano. A energia traz/gera energia, pois,
quanto mais se gasta, mais esta será produzida.
CRIATIVIDADE
Conduz a inovação, o inventar de novas formas de artes.
AFETIVIDADE
Conduz a amorosidade, a ser mais altruísta, o que nos conduz ao trabalho social à solidariedade.
SEXUALIDADE
Conduz ao prazer de outras formas sexuais, isto é, prazeres amorosos.
TRANSCENDÊNCIA
Conduz a êxtases, vincula-nos a tudo o que nos rodeia, como plantas, animais, natureza e outras pessoas.
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UNIDADE 2
Trago, agora, para você, uma entrevista que fortalece o nosso estudo, 
na qual Nassar Hassan nos conta que a Biodança tem o objetivo de 
despertar os potenciais adormecidos e dar autoconhecimento para 
poder conhecer o próximo. Acesse o link e assista ao vídeo.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3568
A afetividade e a criatividade estão intimamen-
te ligadas para Araneda (1991). É importante você 
saber que o prazer de nosso corpo está ligado ao 
aprendizado de nossas ações cotidianas. Além do 
mais, é importante saber que, quando você extingue 
uma situação de seu cotidiano, é devido à falta de 
afetividade e, quanto mais experiências negativas 
na vida você tiver, menos espontaneidade você terá.
O prazer e a autoestima estão associados à li-
berdade de expressão. Araneda (2002) afirma que 
as vivências sempre estão relacionadas à questão 
da afetividade, da maneira como as pessoas ex-
pressam seu afeto. Elas relatam que isso melhora 
ao longo das sessões.
A partir dessa linha de raciocínio,

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