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Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 PRESCRIÇÃO MÉDICA OBJETIVOS DE AULA: Uso racional de medicamentos. Relação de medicamentos essenciais. Introdução sobre os tipos de prescrição: Hospitalar e Ambulatorial; Estrutura geral das prescrições. Prescrição de medicamentos Psicotrópicos (Portaria 344/99) A prescrição médica é uma das etapas para o tratamento do paciente que procura atendimento em uma clínica, consultório, hospital ou qualquer unidade de Saúde. Este documento deve descrever o tratamento com as respectivas orientações do médico. Assim, o paciente terá em mãos todas as informações, por exemplo, sobre hidratação, uso de antibióticos e outros medicamentos. Além disso, será devidamente esclarecido acerca de sedação, uso de analgésicos, profilaxias e alimentação. Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a elaboração de uma boa prescrição médica deve seguir um ritual. Antes de mais nada, é preciso definir qual o problema que aflige o paciente. Em seguida, o médico especificará o objetivo de sua indicação terapêutica. Também é fundamental repassar todas as instruções, informações e recomendações, como por exemplo os possíveis efeitos do medicamento, incluindo os colaterais. Além disso, o médico deve esclarecer bem as instruções de uso de cada medicamento e fazer os avisos pertinentes. Dessa maneira, sua tarefa será monitorar o tratamento. A prescrição pode ser feita de forma manual e digital, mas quem ainda não utiliza a prescrição digital, é preciso ressaltar que a prescrição médica deve ser feita de forma clara, legível e com indicações precisas. Não pode conter rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade. Em todas as receitas médicas, alguns elementos são indispensáveis. Confira: Tipo de receita Data Individualidade/ Nome do paciente Via de administração Fármaco: genérico e/ou comercial Posologia e forma de apresentação Tempo de uso Indicação Advertências Efeitos colaterais principais. OBS: Além disso, é importante colocar o carimbo com o seu nome. Segundo a legislação da Anvisa e do CFM, o carimbo não é obrigatório, desde que o médico ou outro profissional da Saúde prescritor descreva manualmente e de forma legível seu nome completo e o número do CRM. Assim, para que o documento tenha validade, basta a assinatura. Entretanto, é preciso destacar que o uso do carimbo é obrigatório para o recebimento do talonário para prescrição de medicamentos e substâncias entorpecentes e psicotrópicos. O que são as tarjas presentes nas embalagens os medicamentos? É a rotulação de todos os medicamentos e eles precisam passar pelo controle de qualidade da ANVISA, que é responsável por: certificar e distribuir todos os medicamentos em solo brasileiro. https://bit.ly/2ArGIzu https://bit.ly/2TZphNs https://bit.ly/3duXtbS https://pebmed.com.br/carimbo-na-prescricao-e-obrigatorio/#_blank Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 · Medicamentos de Venda Livre: São medicamentos que não precisam de receita médica, isto é, conhecidos também como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP), podem ser adquiridos a qualquer momento, por qualquer pessoa. Todavia, não se esqueça de orientar os seus pacientes sobre o uso descontrolado de medicações, pois, mesmo que sejam vendidos livremente, podem causar efeitos colaterais. · Medicamentos de Tarja Amarela: A tarja amarela serve para destacar os fármacos genéricos dos similares e de referência. A identificação vem ainda acompanhada por um “G” e as palavras “medicamento genérico”. · Medicamentos de Tarja Vermelha: Segundo a ANVISA, a tarja vermelha assinala que determinados medicamentos só podem ser vendidos a pacientes que apresentem a receita médica no ato da compra. Esses medicamentos são divididos em duas subcategorias: com retenção de receita e sem retenção de receita. · Medicamentos de Tarja Preta: Os medicamentos que recebem a tarja preta precisam, de certa forma, de maior controle e cuidado, pois são medicamentos que trazem riscos à saúde do paciente. Esses medicamentos contêm substâncias que afetam o Sistema Nervoso Central e carregam consigo muitos efeitos colaterais, como também reações adversas. DADOS DA PRESCRIÇÃO MÉDICA Essenciais • Cabeçalho – impresso, inclui nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha (clínica ou hospital), registro profissional e número de cadastro de pessoa física ou jurídica; pode ainda conter a especialidade do profissional, desde que registrada em um CRM. • Superinscrição – constituída por nome e endereço do paciente, idade, quando pertinente, sem a obrigatoriedade do símbolo, que significa “receba”; por vezes, este último é omitido e no seu lugar se escreve “uso interno” ou “uso externo”, correspondente ao emprego de medicamentos por vias enterais ou parenterais, respectivamente. • Inscrição – compreende o nome do fármaco, a forma farmacêutica e sua concentração. • Subinscrição – designa a quantidade total a ser fornecida; para fármacos de uso controlado, esta quantidade deve ser expressa em algarismos arábicos, escritos por extenso, entre parênteses. Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 • Adscrição – é composta pelas orientações do profissional para o paciente. • Data, assinatura e número de inscrição no respectivo conselho de Medicina, Medicina Veterinária ou Odontologia. Facultativos Peso, altura e dosagens específicas. O verso do receituário pode ser utilizado tanto para dar continuidade à prescrição como para registrar as orientações de repouso, dietas, possíveis reações adversas ou outras informações referentes ao tratamento. • Sobre o “R” cortado é um símbolo usado por alguns médicos no início de sua prescrição. Existem várias teorias sobre sua origem; em comum, um pedido de proteção para a prescrição. Não há obrigatoriedade de seu uso na receita médica. • Sobre o ® símbolo indica o nome comercial do produto, e não o seu princípio ativo. TIPOS DE RECEITAS Entre os modelos de receita mais comuns reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), destacam-se: Simples – Utilizado para a prescrição de medicamentos anódinos e de tarja vermelha. Controle especial – É usado para a prescrição de medicamentos de tarja vermelha, como por exemplo substâncias sujeitas a controle especial, retinoicas de uso tópico, imunossupressoras e antirretrovirais, anabolizantes, antidepressivos, etc. Azul (Receita B) – Este impresso padronizado na cor azul é utilizado para prescrever medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas. Amarela (Receita A) – Este impresso padronizado na cor amarela é usado para a prescrição de entorpecentes e psicotrópicos. Renovável – Modelo criado para a comodidade dos pacientes, sendo particularmente útil para os doentes crônicos. É utilizado com o propósito de evitar que o paciente tenha que se deslocar com frequência aos centros de saúde e hospitais para a obtenção exclusiva de receitas. Notificação de receita especial de retinoides – lista “C2” (retinoides de uso sistêmico); validade de 30 dias, apenas na unidade federada que concedeu a numeração; 5 ampolas. Para as demais formas farmacêuticas, a quantidade necessária para o tratamento é correspondente, no máximo, a 30 dias a partir de sua emissão. Notificação de receita especial para talidomida – lista “C3”; tratamento para 30 dias; validade de 15 dias. Substâncias antirretrovirais – lista “C4”. Formulário próprio estabelecido pelo Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids/MS. Anabolizantes – a prescrição de anabolizantes, de acordo com a Lei 9.965, de 27 de abril de 2000, deve conter o código da Classificação Internacional Antimicrobianos – a RDC 44/2010, da Anvisa, regulamenta a prescrição de 93 antimicrobianos. As receitas terão validadede dez dias a partir de sua emissão e deverão ser prescritas em formulários (receita de controle especial ou comum, em duas vias) que contenham, pelo menos, as seguintes informações: nome, telefone, endereço completo do médico emissor e número do CRM; nome e endereço completo do paciente; prescrição do medicamento conforme as normas vigentes; Data de emissão, assinatura e marcação gráfica (carimbo). Receita renovável – é um modelo criado para a comodidade dos utentes, sendo particularmente útil para os doentes crônicos. Intenciona evitar que o paciente tenha que se deslocar com frequência aos centros de saúde e hospitais para a obtenção exclusiva de receitas. Deve ser utilizada de acordo com requisitos. https://bit.ly/3dpbzLL https://bit.ly/3dpbzLL Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 PRESCRIÇÃO EMERGENCIAL O receituário emergencial é um tipo especial de receituário utilizado em emergência médica, pois é elaborado em qualquer modelo de documento, sem considerar modelo próprio, padronizado ou oficial. O prescritor deve informar na receita, ou à parte, a justificativa com diagnóstico ou CID dessa prescrição, ou seja, descrever qual o motivo de prescrever em receituário não padronizado ou oficial e qual é a emergência pela qual o paciente está em curso; A receita ...pode ser elaborada em qualquer tipo de documento ou modelo; ...deve estar escrita à tinta, em português, por extenso e de modo legível, observada a nomenclatura oficial dos medicamentos e o sistema de pesos e medidas oficiais do Brasil; ...deve conter a identificação do paciente (se possível, o nome e o seu endereço); ...deve conter o modo de usar a medicação (para tanto, é necessária a descrição da apresentação, forma farmacêutica, posologia, método de administração e duração do tratamento); ...deve conter o endereço do emitente (consultório ou serviço de saúde ao qual esteja vinculado); ...deve conter a assinatura do profissional prescritor; ...deve conter a descrição (manual ou impressa, ou por aposição de carimbo) de seus dados profissionais (nome e o número de inscrição no respectivo conselho profissional): se o prescritor e o emitente forem a mesma pessoa não é necessária a identificação do prescritor; ...deve conter a data da prescrição. Se a receita emergencial for aceita, e contiver substância sujeita ao controle especial da Portaria SVS/MS 344/1998, deve-se informar a vigilância sanitária local em até 72h após a sua dispensação. PRESCRIÇÃO PARA INTERNAÇÃO Lucianne Albuquerque| Farmacologia| Medicina- Unit 2022.1 PORTARIA 344/99 A Portaria SVS/MS nº 344/98 é a legislação que aborda os critérios sobre a prescrição e dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial. Esta Portaria classifica as substâncias sob controle especial em diversas listas as quais se aplicam regras específicas para sua prescrição e dispensação, sendo que tais listas são frequentemente atualizadas pela Anvisa, por meio de publicações de Resolução de Diretoria Colegiada. Além de manter-se informado sobre as atualizações das Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, da Portaria SVS/MS nº 344/98, o farmacêutico deve prestar especial atenção aos adendos destas listas, pois os mesmos modificam a forma de prescrição e dispensação de algumas substâncias. Desse modo, em certos casos, uma substância presente em determinada lista poderá ser prescrita em receituário diferente do padrão da lista a qual pertence, conforme previsão do adendo que consta ao final de cada lista. A1 medicamentos à base de OXICODONA, A2 base de ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA, DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, FOLCODINA, NICODICODINA, NORCODEÍNA, B1 contenham FENOBARBITAL, METILFENOBARBITAL (PROMINAL), BARBITAL e BARBEXACLONA, ZOLPIDEM e de ZALEPLONA, C1 base da substância TETRACAÍNA, C2 a base de substâncias retinoicas, C5 anabolizantes. REFERÊNCIAS: https://pebmed.com.br/prescricao-medica-orientacoes-de-como-fazer/ https://www.feegowclinic.com.br/prescricao-medica-blog/ https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/cartilhaprescrimed2012.pdf https://crfrs.org.br/noticias/prescricao-emergencial-de-medicamentos--conheca-as-regras file:///C:/Users/lu_al/Downloads/62319-Texto%20do%20artigo-81203-1-10-20130927.pdf https://www.youtube.com/watch?v=2b8kJTJVSpM https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html http://www.crfsp.org.br/noticias/7886-fiscalizacao- DDVI https://pebmed.com.br/prescricao-medica-orientacoes-de-como-fazer/ https://www.feegowclinic.com.br/prescricao-medica-blog/ https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/cartilhaprescrimed2012.pdf https://crfrs.org.br/noticias/prescricao-emergencial-de-medicamentos--conheca-as-regras file:///C:/Users/lu_al/Downloads/62319-Texto%20do%20artigo-81203-1-10-20130927.pdf https://www.youtube.com/watch?v=2b8kJTJVSpM https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html http://www.crfsp.org.br/noticias/7886-fiscalizacao-
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